31
Ensino Superior: dicas, dúvidas, esclarecimentos, curiosidades… you name it #3 June 30, 2012Maria As minhas frequências acabaram na semana passada, por isso, felizmente, já posso dizer que estou literalmente de férias (embora elas já tenham, tecnicamente, começado em finais de Maio). Mesmo assim, como irão perceber ao longo deste post, vou estar bastante ocupada nas próximas semanas (basicamente todo o mês de Julho) pelo que só irei mesmo saborear verdadeiramente as minhas férias em Agosto. Mas honestamente não me importo. O que vou fazer é algo que eu absolutamente adoro, mas sabe sempre muito bem não ter nada para fazer durante várias semanas de seguida. Já recebi alguns feedbacks sobre alguns cursos, espero entretanto receber os restantes. Com sorte, ainda no início do próximo mês (Julho) poderei dar-vos a conhecer algumas opiniões de alunos sobre determinados cursos. Antes demais, quero deixar este aviso: todos os cursos que eu aqui falar são referentes à Universidade de Lisboa; se alguma vez referir cursos de outras universidades, irei fazer referência a essa universidade; se aparecer apenas o nome do curso no meio dos textos é porque é da Universidade de Lisboa. E para quem esteja a ler isto pela primeira vez, quando falar na minha faculdade estou-me a refir à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa .

Ensino Superior

  • Upload
    paulo

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Ensino Superior

Citation preview

Ensino Superior: dicas, dvidas, esclarecimentos, curiosidades you name it#3June 30, 2012MariaAs minhas frequncias acabaram na semana passada, por isso, felizmente, j posso dizer que estou literalmente de frias (embora elas j tenham, tecnicamente, comeado em finais de Maio). Mesmo assim, como iro perceber ao longo deste post, vou estar bastante ocupada nas prximas semanas (basicamente todo o ms de Julho) pelo que s irei mesmo saborear verdadeiramente as minhas frias em Agosto. Mas honestamente no me importo. O que vou fazer algo que eu absolutamente adoro, mas sabe sempre muito bem no ter nada para fazer durante vrias semanas de seguida.J recebi alguns feedbacks sobre alguns cursos, espero entretanto receber os restantes. Com sorte, ainda no incio do prximo ms (Julho) poderei dar-vos a conhecer algumas opinies de alunos sobre determinados cursos.Antes demais, quero deixar este aviso:todos os cursos que eu aqui falar so referentes Universidade de Lisboa; se alguma vez referir cursos de outras universidades, irei fazer referncia a essa universidade; se aparecer apenas o nome do curso no meio dos textos porque da Universidade de Lisboa. E para quem esteja a ler isto pela primeira vez, quando falar na minha faculdade estou-me a refir Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Calendrio escolarDe certo modo, sobretudo a um nvel geral, o calendrio escolar na Universidade no difere muito daquele que se tem nos Ensino Bsico e Secundrio. No entanto, tem as suas diferenas. Como podem ver pelo calendrio que abaixo apresento deste ano lectivo (2011/2012) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa -, as aulas no comearam muito mais tarde do que normal nos Ensinos Bsico e Secundrio. Agora na altura de acabarem, para frias de Natal, que tivemos quase aulas at vspera de Natal. Depois, com a poca de exames, s se voltou a ter aulas em meados de Fevereiro, enquanto que o resto no Bsico e no Secundrio j estavam a ter aulas desde Janeiro. No final do ano, as aulas, a sim, acabam umas quantas semanas antes mesmo dos anos em que h exames nacionais, mas isso deve-se ao facto de a nossa segunda poca de exames comear mais cedo do que a poca de exames nacionais.No que diz respeito s frias, como podem ter reparado, s tivemos uma semana tanto no Natal como na Pscoa. As frias do Natal s se prolongaram para uma segunda semana porque tivemos uma pausa lectiva logo na semana a seguir do Natal, antes de comear a poca de exames. No carnaval, em vez dos habituais trs dias (como nos Ensino Bsico e Secundrio) s tivemos direito a dois dias.Em relao a estas pocas de exames, a primeira dura 4 semanas, enquanto que a segunda s dura 3 semanas. Mesmo sendo estas as semanas estabelecidas para se fazerem os exames, h professores que, durante o decorrer normal dos semestres, fazem os seus exames.1 semestrePerodo de aulas: 19-09-2011 a 21-12-2011Perodo de avaliaes:09-01-2012 a 04-02-2012Frias de Natal:22-12-2011 a 01-01-2012Pausa Lectiva: 02-01-2012 a 06-01-20122 semestrePerodo de aulas: 13-02-2012 a 26-05-2012Perodo de avaliaes:04-06-2012 a 23-06-2012Frias de Carnaval: 20-02-2012 a 21-02-2012Frias da Pscoa: 02-04-2012 a 09-04-2012Pausa Lectiva: 28-05-2012 a 01-06-2012Perodo vs SemestrePara alm do termo utilizado que no obviamente o mesmo h algumas diferenas entre aquilo que se esteve habituado a ter como perodo durante doze anos de escola e aquilo que vai passar a ser a nossa nova realidade, os semestres. Como podem ter visto acima, no s h unicamente dois semestres (sendo que nos outros anos tinham-se trs perodos), como eles tm duraes distintas das dos perodos nos Ensinos Bsico e Secundrio. certo que o primeiro semestre quase semelhante ao primeiro perodo (16 semanas/14 semanas), mas para o segundo o mesmo j no se verifica (15 semanas/23 semanas aqui englobei o segundo e terceiro perodos).Semestre de VeroA primeira coisa que vos tenho para dizer sobre este tpico parano entrarem em pnico por pensarem que vo ter aulas durante o vosso Vero. Bem, isso se no estiverem no meu curso. Honestamente, penso que mais nenhum curso (Arqueologia) tem um semestre de Vero. Para mim este semestre significa continuar a ter aulas enquanto toda a gente se encontra de frias. Mas no me importo de todo. O meu curso envolve uma parte prtica muito importante que aquilo que vou ter agora no Vero, motivo pelo qual estarei um pouco ausente do blog. Para mim, pelo menos, de longe a melhor parte do meu curso.Para o resto dos estudantes, este semestre de Vero poder significar fazer cursos de lnguas, por exemplo. A minha faculdade, para alm de os oferecer ao longo do ano lectivo, tambm os oferece aos seus estudantes durante o primeiro ms de frias, ou seja, em Julho.Por ltimo, para quem foi mais desleixado durante os dois semestres, este ms pode ser para essas pessoas uma poca especial de exames. Eu no sei bem o que que esta poca de exames realmente significa, mas pelos vistos, ela bastante utilizada por estudantes com estatutos especiais, como os que so trabalhadores-estudantes, por exemplo. Se bem que tenho a ideia de os alunos com estatutos ditos normais tambm poderem usufruir desta poca especial. Peo desculpa no poder ser mais clara em relao a este assunto.Disciplina vs CadeiraUma disciplina sempre uma disciplina e, neste aspecto, no h quaisquer tipos de diferenas a referir entre o Ensino Superior e os anteriores. H uma pequena mudana: a disciplina deixa de ser designada como disciplina e passa-se a usar o termo cadeira. Posso-vos dizer que nos primeiros tempos ainda vo dizer muitas vezes a palavra disciplina; normal, visto que ainda nos estamos a habituar a novas designaes. Depois, j mesmo no final do vosso primeiro ano, referindo-se a disciplinas do Bsico ou Secundrio, iro passar a usar o termo de cadeira, mal que no seja porque se haituaram a us-lo.Mas a principal diferena verifica-se no tempo de durao. Quer isto dizer que,enquanto no Secundrio, por exemplo, tm-se aulas da disciplina de Portugus durante os trs perodos, na Universidade, as cadeiras tem apenas a durao de um semestre. O que significa que a matria est muito mais concentrada pois o tempo de aulas no assim tanto. Pode-se, assim, dizer que h uma grande acumulao de matria em to pouco tempo. certo que pode parecer que os semestres no so assim to curtos, mas para a quantidade de matria que se tem de dar, garanto-vos que ao fim de um pouco os semestres vo comear a parecer que so at bem pequenos.Cadeiras obrigatrias vs Cadeiras opcionaisSe bem que estes casos tambm podem ser designados de unidades curriculares obrigatrias e unidades curriculares opcionais, respectivamente.Todos os cursos, num momento ou noutro, permitem que os seus alunos escolham que cadeiras que querem fazer.Uns tens mais escolhas, enquanto que outros nem por isso. Uns podem escolher mais cedo, outros s mais tarde nos seus cursos. Posso-vos dar dois exemplos. Por um lado, tem-se o curso de Histria, em que logo no primeiro semestre do primeiro ano podem escolher uma cadeira opcional. Por outro lado, tem-se o meu curso, no qual, s no segundo semestre do segundo ano, que podemos escolher uma opo.Em relao ao que me foi perguntado sobre onde que se pode ver quais as unidades curriculares opcionais do nosso curso, digo que isso depende muito de cada caso. Pelo que sei s mesmo na faculdade que se consegue saber isso. Mas provavelmente cursos que tenham pouca escolha, essas unidades curriculares at podem estar disponveis no site da faculdade e universidade correspondentes. Por exemplo, o meu curso pode escolher cadeiras dos cursos de Histria e de Histria de Arte e, se colocassem todas as cadeiras disponveis no site a lista nunca mais acabaria. Penso que seja esse o motivo pelo qual no aparecem discriminadas na net, mas tambm poder ser uma pura m organizao das informaes necessrias nas pginas dos vrios cursos. Para alm disso, penso que a maior parte dos alunos (independentemente do curso que est a fazer) podem escolher lnguas como unidades curriculares opcionais: pelo menos, pelo que j ouvi, isso assim na minha Universidade. Por isso, se conhecerem algum na faculdade, seria uma boa ideia perguntarem-lhe que opes podem escolher.Por ltimo,no mnimo dos mnimos, para se completar um curso tem-se de ter 180 ECTS(ou seja, o nmero total de crditos que temos de fazer para concluir o nosso curso isto apenas referente aos cursos de trs anos). E, para alm disto,nem todos os alunos tm o mesmo nmero de cadeiras por semestre. Por exemplo, na minha faculdade, todos tm cinco cadeiras por semestre, todos os anos, perfazendo um total de 30 cadeiras ao final doa trs anos do curso. Mas no meu curso, tirando o terceiro ano, no primeiro semestre tenho as habituais cinco cadeiras, mas no segundo semestre s tenho quatro cadeiras, isto porque a quinta cadeira tenho no Vero (aquilo que vos falei acima sobre o semestre de Vero).

AulasEm primeiro lugar, quero referir algo que vo presenciar logo no acto da matrcula, especialmente quando esto a escolher o vosso horrio.Vo ver que vos vai aparecer estas siglas: TP1, T2, P3. Se eu no tivesse perguntado na altura o que significavam, ainda estaria nora sobre isto. Ento,TP significa terico-prtico, T significa terica e P significa prtica. Uma aula que seja T significa que uma aula simplesmente terica. Em relao aos nmeros, estes identificam a que turma pertencem. Na minha faculdade, a cadeira de Histria da Antiguidade Pr-Clssica, por exemplo, tem trs turmas (cada uma dada por professores diferentes); isto porque so trs cursos que tm ao mesmo tempo essa cadeira: se houvesse s uma turma seriamos muitos dentro de uma s sala.Em segundo lugar, ficam j a saber quea durao das aulas vai modificar(um pouco), tanto para melhor como para pior. E eu digo para melhor e pior porque h casos em que a durao diminui, e h outros em que aumenta. A ttulo de exemplo,na minha faculdade s h aulas de 2h. Pode parecer que s por se ter mais meia-hora do que no Bsico e Secundrio no aumenta quase nada, mas garanto-vos que faz muita diferena. Alis, a meu ver as aulas no deviam durar mais do que 1h, isto porque chega-se a um ponto que, por mais interessante que a aula esteja a ser, comea-se a perder a concentrao. Por outro lado, por exemplo,tem-se as aulas do curso de Biologia que s duram uma 1h.E, em terceiro lugar,a frequncia com que se tem as mesmas cadeiras durante uma semana tambm diferente. Na minha faculdade, qualquer que seja o tipo de aula (prticas ou teria ou as duas) temo-la duas vezes por semana. O que at no nada fora do normal, uma vez que isso o habitual no Ensino Bsico e Secundrio. Depois, por outro lado, tem-se outra vez o exemplo do curso de Biologia, em que tm cada cadeira trs vezes por semana.Algo que no sei bem onde referir, mas penso que aqui no fica mal enquadrado. Pelo que sei, no existe trabalhos de casa na Universidade; o que no quer dizer que no tenhamos de trabalhos para fazer todos os dias. Explico-vos isto mais abaixo.Em relao s aulas na Universidade, posso ainda acrescentar mais alguns aspectos, nomeadamente, sobre osmtodos como alguns professores leccionam. De um modo geral, todos os meus professores fazem uso de apresentaes PowerPoint. No caso do meu curso este um mtodo extremamente til, j que muitas vezes tem-se de recorrer ao uso de imagens para se compreender melhor a teoria; mas para outros cursos poder j no ser to til. E, alm do mais, isto tambm vai depender do prprio professor, se bem que ao contrario dos Ensinos Bsico e Secundrio, os professores na Universidade esto mais habituados s novas tecnologias (pelo menos para mim: a maior parte dos meus professores no Secundrio no sabiam mexer nos computadores, muito menos dar aulas com recurso a eles). Agora o modo como cada um utiliza os PowerPoints que j diferente. Enquanto que uns utilizam apenas este tipo de apresentao s para mostrarem imagens e/ou vdeos e os sumrios de cada aula, h outros que no acrescentam mais para alm daquilo que puseram nos slides. Por outro lado, tambm tive um professor que dava mesmo s a matria falando; ou melhor, quase ditando a matria. No me posso queixar de todo porque dava para apanhar muito do que ele dizia. Analisando todos os meus professores, estou bastante satisfeita com o modo como deram as suas aulas.Tudo o que referi no pargrafo acima tem por base o modo como so dadas as aulas pelos professores do Departamento de Histria (que engloba trs cursos, incluindo o meu) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.Outro aspecto que por momentos me ia esquecendo de referir.Dependendo da cadeira que esto a fazer, maiores ou menores podero ser as vossas turmas. No primeiro semestre, tive trs cadeiras que so obrigatrias para os trs cursos do Departamento de Histria. Neste caso, se todos os alunos tivessem ido s aulas, teramos sido uns 200 alunos como ramos muitos, as aulas eram dadas em anfiteatros. Por outro lado, nas restantes cadeiras que apenas abrangiam o meu curso, ramos bastante menos alunos nas aulas, sensivelmente uns 30 alunos quando ia quase toda a turma nestes casos, as aulas eram dadas em salas normais. Contudo, em Direito isto j no se verifica porque as cadeiras so todas para os alunos do curso e, alm do mais, cada turma tem cerca de 250 alunos.ApontamentosNo vos irei dizer como fazer apontamentos aqui, at porque j referi esse assunto (um pouco por alto) num dos post que fiz sobre o Ensino Secundrio (que podem veraqui). E alis, estou a pensar fazer outro post s mesmo sobre mtodos de estudo (algo mais aprofundado desta vez), mais perto da abertura do prximo ano lectivo. Assim, neste tpico vou-vos falar um pouco, de certo modo, de como o ambiente nas salas de aulas.Uma das grandes diferenas que se vai sentir na mudana do Ensino Secundrio para o Ensino Superior o facto de no haver manuais para ningum. Isto se no pensarmos em quem est a fazer lnguas, porque a h os manuais normais, que se tinham para Ingls, Francs, Alemo ou Espanhol.E isto faz com que se tenha de estar com muita ateno nas aulas, porque de outra maneira no faramos a mnima ideia que matria que tnhamos para estudar.E daqui que vem a importncia de se tirar apontamentos nas aulas, uma vez que registamos aquilo que o(a) professor(a) est a leccionar. Como no somos mquinas, claro que no conseguimos apanhar absolutamente tudo do que estamos a ouvir, sendo que aqui que entra em aco a bibliografia da cadeira.E, agora, na Universidade, convm ir, sempre que possvel, a todas as aulas, pois no podemos chegar a casa e ler as pginas do livro X sobre a matria que foi dada na aula, algo que se fazia nos escales de ensino anteriores.Pelo menos na minha faculdade, todos os professores tem uma folha (normalmente mais do que s uma) em que fornecem as informaes gerais sobre a cadeira que vo leccionar: critrios de avaliao, objectivos da cadeira, sumrios dos temas a serem abordados e depois a bibliografia. Normalmente listam entre umas duas a trs dezenas (se no ainda mais), mas no necessrio ter-se tudo, uma vez que h sempre bibliografia-chave, ou seja, livros ou artigos que so os mais importantes e que realmente valem a pena adquirir. Estas folhas podem estar tanto disponveis na net (se bem que o mais provvel no estarem todas) como depois numa reprografia da vossa faculdade.Esta bibliografia no s importante por ser uma fonte extra de informao, como muitas vezes pode ser a diferena entre percebermos ou no a matria de uma cadeira. Uma dos professores que eu tive este ano, tem um mtodo peculiar de dar as aulas, no sendo assim o melhor deles todos. Muitas vezes chegavamos altura dos testes ou exames sem saber muito bem o que tinhamos para estudar. Mas como a professora nos fornecia bibliografia sempre que se acabava de tratar algum assunto, tornava-se depois muito mais fcil estudar para os testes ou exames, j que os artigos que ela nos disponibiliza so muito bons e permitiam que ns percebecemos a matria. Por estes motivos, que penso que sempre bom investir em alguma bibliografia, especialmente se servir para mais do que uma s cadeira.Mas voltando aos apontamentos, agora numa perspectiva mais direccionada para quem se vir na situao de entrar s nasegunda ou terceiras fases. Como j tinha dito anteriormente,quem entra nestas fases entra j com algumas semanas de aulas j dadas. E, como seria de esperar, os professores no vos dizer o que que j deram; quanto muito, a nica coisa que devem dizer como funcionam os critrios de avaliao da sua cadeira. Deste modo, tero de arranjar algum que tenha entrado em primeira fase e pedir-lhe os seus apontamentos das aulas, visto que entraram mais tarde.Mas aqui colocam-se dois problemas ou obstculos. Primeiro,nem todos os alunos tiram apontamentos. claro que os nmeros variam de curso para curso, e de Universidade para Universidade (j que umas so mais exigentes que outras). No caso do meu curso, chegamos a ser apenas umas 3 ou 4 pessoas a fazer apontamentos em pouco mais de 30 alunos na sala. Segundo,nem todas as pessoas se disponibilizam a dar os seus apontamentos, e nem todas as pessoas fazem apontamentos como deve de ser. Assim, sem parecermos um pouco idiotas, d sempre jeito analisar um pouco essas pessoas nos primeiros dias, para saber a quem que valer a pena pedir os apontamentos. De qualquer das maneiras, podem sempre tambm ver na net (no Portal Acadmico) os sumrios das aulas em que no estiveram, e tentarem por vocs arranjar bibliografia para os temas que foram abordados.Por ltimo, desta vez em relao bibliografia.Este um dos custos extra que eu falei para alm daqueles que se vo ter com as propinas. E esta bibliografia diversificada. Por um lado, h professores que tm aquilo a que chama de sebentas, que se encontram nalguma reprografia da vossa faculdade. Depois tm artigos que se podem encontrar online ou que os vossos professores vos podem disponibilizar. Por outro lado, tm os livros. Muitos deles podem ser encontrados nas bibliotecas da vossa Universidade ou em outras (j que h algumas que permitem o acesso a livros de alunos de outras universidades a Universidade Catlica de Lisboa, h uns anos deixava, neste momento no sei, mas suponho que no tenham eliminado esta medida). Outros tero de ir procurar a bibliotecas especificas nas vossas cidades ou em bibliotecas municipais. Ainda, h casos em que se tem mesmo de adquirir alguns livros. Enquanto que uns facilmente se encontram em lojas fsicas como a Fnac (que o caso dos livros para o curso de Direito, por exemplo), outros tero de ser comprados na net, em lojas como a Amazon, especialmente se forem livros em Ingls, Francs ou Espanhol, por exemplo. Eu comprei uns dois livros pela Amazon, vieram em muito boas condies e, se os tivesse comprado em Portugal teriam-me sado mais caros quando so livros em lnguas que no o portugus, os preos ultrapassam, na maioria dos casos, os 30.HorrioOutro aspecto que tambm tem as suas parecenas e as suas diferenas com os Ensinos Bsico e Secundrio o horrio.Por um lado, h quem tenha horrios como aqueles que se tinham, por exemplo, no Secundrio; enquanto que outros tm horrios completamente diferentes dos que possam ter tido nos anos anteriores. Para explicar melhor esta minha perspectiva vou dar-vos alguns exemplos. Os alunos de Direito (pelo menos no primeiro ano) tm aulas das 9h as 13h, sendo que todas as cadeiras so leccionadas de enfiada (ou seja, umas a seguir s outras). E os alunos de Cincias da Educao (tambm pelo menos no primeiro ano), tm todas as suas aulas de seguida, tanto de manh como de tarde, dependendo dos dias. Assim, como podem ver so horrios parecidos com os do Bsico e Secundrio. Por outro lado, no departamento de Historia da minha faculdade, os horrios so completamente diferentes. No s as aulas no so todas a seguir umas s outras, como temos imensos intervalos entre as vrias cadeiras, chegando alguns deles a atingir as 8 horas. E como podem ver, isto no Bsico e no Secundrio nunca se verificaria.Fora istoh que ter em conta que na Universidade no h intervalos, mas sim furos. E esta diferena importa.Enquanto que um intervalo implica uma paragem entre 15 a 25 minutos (como se verificam nas vrias escolas), um furo significa que se tem um perodo sem aulas. Isto faz com que, por exemplo, se tiverem duas cadeiras de seguida, quando saem de uma para irem para a outra, porque no h quaisquer tipos de intervalos. Outro factor a que vo ter de se habituar, o no haver toques e de termos de nos guiar sozinhos para estarmos sempre a horas para as aulas. Isto no nada de outro mundo, e em algumas escolas secundrias j nem sequer h toques.Ainda dentro deste tpico:dependendo de faculdade para faculdade e de Universidade para Universidade, as aulas comeam e acabam a horas muito prprias. Como j puderam ler acima, os alunos de Direito, pelo menos no seu primeiro ano, comeam as suas aulas no mnimo as 9h da manh e acabam no mximo as 13h. Mas suponho que venham a ter aulas em outros horrios. Por outro lado, a ttulo de exemplo, na Universidade Catlica de Lisboa, as aulas comeam no mnimo as 8h30 da manh. Por outro lado, na minha faculdade as aulas comeam s 8h e podem acabar, no mximo, s 22h. Contudo, poucos alunos tm o azar de ter aulas assim to tarde. Infelizmente, alguns alunos do curso de Histria no primeiro ano tero de ter aulas a esta hora.Por ltimo,quando estiverem a fazer o vosso horrio devem ter em conta alguns aspectos:(1)se tiverem algum conhecido na faculdade que esteja a fazer (ou tenha feito) o vosso curso, bastante til perguntar-lhe quais os professores que aconselha. Isto porque h umas quantas cadeiras que so dadas por mais do que um professor;(2)como ser fcil de entender, para quem tiver a oportunidade de escolher opes, estas no devem sobrepor-se a nenhuma outra cadeira (seja obrigatria ou tambm opcional);(3)para quem no se interessa minimamente sobre quem ser o(a) seu(sua) professor(a), pode escolher as cadeiras conforme o seu horrio (isto em relao aquelas que so leccionadas por mais do que um professor).Dia livreE isto algo que a maioria dos alunos da Universidade de Lisboa e do ISCET (em relao s outras universidades no fao ideia se tm ou no s sei que nas privadas no h) vo ter conhecimento de quando fizerem o seu horrio.Na Universidade de Lisboa, tirando os alunos de Direito da Universidade de Lisboa, todos os outros alunos tm uma dia sem aulas por semana. O dia sempre o mesmo e varia tanto de faculdade para faculdade, como de departamento para departamento. Depois, dependendo do horrio de cada curso, conheo casos em que, num determinado semestre, chegaram a ter dois dias livres (o dia livre propriamente dito e outro dia em que, devido organizao do horrio desse semestre tm outro dia sem aulas). Para quem tem a sorte se o ter sexta, tem direito a um fim-de-semana prolongado todas as semanas. Pelo que sei, o dia livre sempre o mesmo para cada departamento, ao longo de todos os anos do curso. Isto se entretanto ele no for modificado.Embora seja um dia sem aulas, muitos professores podem optar por fazer aulas extra nesse dia (aulas que so marcadas quando h matria em atrasa e so j poucas as aulas que sobram) ou organizar algum tipo de actividade. Estas actividades podem ser tanto visitas de estudo (algum bastante raro na Universidade, e que ao se verifica em alguns cursos especficos) como palestras. Eu por exemplo, passei o primeiro ms de aulas sem o meu dia livre, porque tinha sempre palestras nesse dia (bastante interessantes por acaso), sendo que ainda tinha de fazer relatrios sobre as mesmas. No geral, este dia bastante til porque garante-nos mais um dia (para alm do fim-de-semana) sem quaisquer aulas, permitindo-nos que tenhamos mais tempo livre para estudar e fazer trabalhos.Exemplo de bibliografia.Critrios de avaliaoH professores que, logo no primeiro dia de aulas, apresentam quais que so os critrios se avaliao da sua cadeira, enquanto que outros apenas disponibilizam aquela folha que vos falei acima.Aviso-vos j que devem ter muita ateno quando os professores vos esto a explicar como tudo isto funciona. E digo isto porque h alguns professores que no do uma nota final se falharmos alguns dos critrios, ou seja, se no realizarmos algumas das provas. E tal como acontecia nos Ensinos Bsico e Secundrio, tambm na Universidade cada prova tem o seu valor.Os critrios de avaliao variam de curso para curso e, depois, de professor para professor. Por isso, o que vou abaixo dizer, provavelmente, apenas se aplica aos alunos do Departamento de Histria da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Neste meu primeiro ano, os meus critrios de avaliao foram basicamente os seguintes: 1 ficha de leituraou 1 trabalho escrito+ 1 teste intermdioou 1 trabalho escrito+1 frequnciaEnquanto que os valores das fichas de leitura, dos trabalhos escritos e dos testes intermdios variam de professor para professor,as frequncias valem sempre 50% da nota final. Em relao s fichas de leitura no tenho muito a dizer, talvez, que elas, no fundo, so um resumo critico de um livro ou de um captulo de um livro. No vos consigo adiantar mais nada, at porque depois de fazer duas continuo sem perceber o que que o professor queria que realmente fizessemos. Os temas para os trabalhos escritos so sempre de escolha livre, o que ptimo porque podemos fazer sobre algo que realmente gostamos. O mesmo no se podia dizer nos ensinos anteriores, em que no tnhamos, muitas vezes, quase autonomia nenhuma, j que os professores gostavam de decidir tudo por ns.A substituio do teste intermdio por um trabalho escrito desencorajado pelos prprios professores, uma vez que temos sempre trabalhos escritos em todas as cadeiras e eles do algum trabalho, e quantos menos tivermos melhor. E, alm do mais, esta opo no nada frequente. Apenas um professor meu teve isto como critrio. Sobre os trabalhos e as frequncias irei falar mais abaixo.Exames vs Frequncias (e testes intermdios)No vos querendo desanimar,para quem pensa que aps o 12o ano acabaram-se os exames em Junho(j quase no Vero, quando mais nos apetece ir para a praia para quem gosta claro),bem que pode tirar essa ideia da cabea.Como podero ter visto no incio deste post, uma das pocas de exames exactamente em Junho, sendo que a outra , sensivelmente, em Janeiro. E como eu j referir, embora hajam estas datas estabelecidas, professores que fazem as frequncias ainda em Dezembro ou Maio, enquanto o semestre respectivo ainda est a decorrer.Estas frequncias so como os exames, na perspectiva em que sai toda a matria leccionada daquela cadeira, naquele semestre. Mas ao contrario dos exames do Ensino Secundrio, as frequncias tm a durao mxima de 2h, sem quaisquer tempos extra, por isso convm que se esteja bem preparado para faz-las. Ao contrario, os testes intermdios abrangem s uma determinada parte da matria.Em relao minha experincia, o primeiro aspecto que quero referir que,por um lado, h professores como que dividem a matria toda em duas partes, sendo que cada uma corresponde, respectivamente, ao teste intermdio e frequncia; por outro lado, h professores que optam por fazer o teste intermdio sobre uma pequena parte da matria, e depois a frequncia sobre tudo.E quando os professores dizem que sai tudo para a frequncia porque sai mesmo. claro que ir abranger mais a matria que no saiu no teste, mas haver sempre uma pergunta ou mais sobre a matria que j tinha sado. Por isso, mais vale prevenir e estudar tudo, do que nos virmos na situao de tirar uma m nota na frequncia e, no pior dos casos, chumbar cadeira. Em segundo lugar,embora o nvel de exigncia tenha-se elevado, at ao momento, no achei nada complicadas as 9 frequncias que fiz, nem os 9 testes intermdios que fiz. No sou nenhum gnio (quem me dera a mim ter o crebro da Lexie da Anatomia de Grey), maspelo que me fui apercebendo ao longo dos 12 anos na escola e deste ano na Universidade, se realmente estudarmos e tivermos entendido a matria, os testes nunca sero (super) complicados. E se nos empenharmos mesmo, o nosso esforo ser recompensado. Por ltimo, algo que importante reter (e que tenho vindo a referir ao longo de vrios posts, mesmo nos posts sobre o Ensino Secundrio) quenunca se deve estudar s na vspera. O aconselhvel comear a estudar, no mximo dos mximos, uma semana antes do teste ou frequncia. E para no se estar a fazer tudo e mais alguma coisa ltima hora, o melhor mesmo ir passando os apontamentos, no mnimo, todos os fins-de-semana e, ir-se arranjando bibliografia, quando necessrio, o mais cedo que se poder. Digo isto mesmo por experincia prpria: desleixei-me este semestre a passar os apontamentos, que estive uma semana inteira a p-los em dia. O que vale, de certo modo, que antes das minhas frequncias terem comeado tive duas semanas inteiras sem aulas.TrabalhosComo j vos disse acima, talvez o seu melhor aspecto seja o facto de os seus temas serem inteiramente da nossa escolha. At porque quantas vezes no tivemos ns (especialmente no Ensino Bsico) de fazer trabalhos sugeridos pelos professores, sobre temas que nem sempre eram do nosso total agrado? Aconteceu-me varias vezes, mas felizmente j no me tenho de preocupar mais com isso. Outro aspecto que devem ter em mente, que a exigncia, naturalmente, tambm aumenta neste caso. E esta exigncia verifica-se em alguns sub-aspectos, por assim dizer:(1)introdues e concluses no podem ser simples textos em que colocamos os nossos objectivos e o que gostamos de fazer no trabalho como muita gente faz nos ensinos anteriores, ainda que j devessem ser bem escritas. Deve ser uma introduo em pleno conceito da palavra;(2)a bibliografia, ainda que parea para muitos algo acessrio, torna-se importante para os trabalhos na Universidade. E no deve ser feita de qualquer maneira. Abaixo apresento-vos um exemplo de como ela deve aparecer nos trabalhos. Uma vez que alguns cursos tm modos especficos de apresentar as suas bibliografias, o exemplo que vos mostro mesmo um exemplo, sendo que s se aplica aos trabalhos feitos para o meu curso.[apresento-vos um exemplo de bibliografia no final deste tpico];(3)os trabalhos podero ter limites de pginas, de certo modo, pequenos, como por exemplo 10 pginas. Para quem, como eu, tenha por hbito fazer trabalhos extensos, isto pode ser um desafio. Neste casos, a exigncia o facto de se ter de ser sucinto, mas ao mesmo tempo ter de referir todos os aspectos importantes sobre o tema em estudo;(4)por outro lado, alguns trabalhos tendem a ser mais complexos, quando os professores requerem que se tenha mais informaes. Assim, tem-se de procurar bastante bibliografia (o que nem sempre necessariamente fcil) e saber organizar muito bem toda a informao que se obter;(5)em trabalhos de grupo, deve-se escolher, sempre que possvel, pessoas com que trabalhemos bem, no pelo facto de serem ou no amigos. Isto porque se for para nos divertirmos temos muito tempo para isso, afastado de tudo o que tenha a ver com os deveres de estudante. Se der para juntar o til ao agradvel, ainda melhor. Como so trabalhos que do bastante trabalho e preocupao a serem elaborados, nunca devem ser deixados para a ltima hora, especialmente porque eles tm sempre uns prazos prximos daqueles dos testes intermdios ou das frequncias. Deve-se sim comear a faz-los o mais cedo que podermos.Exemplo de bibliografia:1.CHTELET, Albert; GROSLIER, Bernard Philippe (1985):Histoire de LArt. Librairie Larousse2.CHILDE, Vere Gordon (1929):The Danube in Prehistory. Oxford University Press3.STRAUS, Lawrence Guy; MORALES, Manuel Gonzlez (2005):El Magdaleniense de la Cueva del Mirn (Ramales de la Victoria, Cantabria, Espaa): observaciones preliminares. In Actas do IV Congresso de Arqueologia Peninsular, pp. 49-624.TRIGGER, Bruce Graham (1989):A History of Archaeological Thought. Cambridge University PressClassificaesUma vez que a escala de classificao igual do Ensino Secundrio, tem-se trs anos para nos habituarmos perfeitamente a ela. Assim sendo,a escala de notas utilizadas vai tambm dos 0 aos 20 valores. A mdia final feita do mesmo modo como se faz para o Secundrio, somam-se todas as notas e divide-se o valor obtido pelo nmero total de cadeiras feitas.E, embora seja a partir de uma mdia de 14 que se pode candidatar para o Mestrado, para quem pretende seguir a vertente de investigao na rea do seu curso, ou noutra qualquer, deve tentar assegurar uma mdia de final de curso de 16 valores ou mais. E garantindo uma mdia deste gnero, aumentamos as nossas hipteses de conseguir fazer o Mestrado, caso o desejemos, no estrangeiro. Para alm de todos estes incentivos para termos boas notas, h umas faculdades com medidas bastante interessantes. Conheo uma rapariga que, tendo tido a mdia mais alta, do primeiro ano, na sua faculdade (Faculdade de Letras da Universidade do Porto) ou do seu curso este pormenor j no me lembro muito bem foi-lhe dado como prmio um valor monetrio igual a um ano de propinas. Outro exemplo, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa . Segundo o que me foi dito, sendo este curso um curso bastante exigente, a quem passar a todas as cadeiras em que est inscrito por ano, -lhe dado 0,6 valores para a sua mdia. Ao final dos quatros anos do curso, passando a todas as suas cadeiras, o tal aluno ter ganho 2,4 valores. Por um lado, acho que um ptimo incentivo, mas por outro, penso que injusto para todos os outros alunos que, mesmo esforando-se bastante durante todo o curso, no recebem assim, de mo beijada, mais de 2 valores para a sua mdia final.Neste tpico vou falar, tambm, um pouco da minha experincia.No Ensino Secundrio , nas muitas vezes que os meus professores se punham a falar do Ensino Superior, um dos aspectos que destacavam a dificuldade em obter boas notas (ou seja, notas acima dos 14/15 valores). E o prprio senso comum assim o dita tambm. E eu realmente sempre fiquei com esta impresso do Ensino Superior. Para alm disto, no incio do ano lectivo, alguns dos alunos de segundo ano que conheci, disseram que com o professor X no passam do 15. E, pelo que j sabia da experincia de familiares, isto algo normal entre os professores universitrios. Quer isto dizer que, embora a escala v dos 0 aos 20 valores, para alguns professores esta escala poder ser um tanto ou quanto mais curta, ficando-se por exemplo pelos 15 valores. Eu tinha professores assim j no Secundrio, que nunca davam mais de 17 valores, mesmo que tivssemos aproveitamento para isso. Na Universidade no duvido nada que isto possa acontecer.No entanto, por experincia prpria, digo-vos que tudo isto irrelevante, pois se nos empenharmos realmente nessa cadeira, conseguimos ultrapassar o suposto limite. Repararam naquilo que disse do professor X acima? Pois bem, das 6 avaliaes que fiz com esse professor, em 5 delas tive igual ou superior a 15 valores. Por isso,no desanimem se vos disserem algo do gnero. E caso numa primeira avaliao tenham abaixo dos supostos limites, isso no quer dizer nada. Tambm me aconteceu isso, e depois na frequncia tive uma nota bem mais alta.Ainda sobre o facto de, supostamente, no se conseguir notas acima dos 15 valores. Se algum vos disser isto, ela no podia estar mais longe da realidade.Conheo vrios casos que tiraram, quer seja em testes intermdios, quer seja em frequncias, notas entre os 17 e os 19 valores, inclusiv. Temos apenas de trabalhar para l chegarmos, uma vez que as boas notas no caem definitivamente do cu. Neste momento, ainda me faltam receber notas finais de uma cadeira e, fazer a minha cadeira do Semestre de Vero, pelo que ainda no consigo calcular a minha mdia de primeiro ano. Mas calculando com os resultados que j sei, posso-vos dizer que estou com 15,7 valores de mdia de 9 cadeiras feitas. Ainda tenho de esperar pela outra nota para ter um resultado fixo, mas se no se modificar muito, at estou bastante satisfeita com a minha mdia. Agora h que trabalhar mais para chegar, se possvel, aos 16,5 valores no prximo ano. Impossvel no ser (espero eu), mas ir me dar muito trabalho, de certeza absoluta. Em relao s minhas notas nos testes e frequncias, tive 15,3 valores como mdia, isto contando apenas com as 16 provas de avaliao de que j sei as notas. No so notas assim to extraordinrias, masestou a mostrar-vos isto para perceberem que por mais que digam que no se conseguem grandes notas ou mdias no Ensino Superior, se esforarem para tal no vejo porque no tero ptimas notas.FaltasE este tpico daqueles que mais mitos tem. A minha turma no Secundrio sempre foi muito complicada e, por vezes, no meio das vrias discusses que tnhamos em plena aula, vinha ao barulho o facto de haver ou no faltas na Universidade. No sei se alguma vez falaram disto nas vossas aulas mas, honestamente, comeo a duvidar que os meus professores percebessem alguma coisa do que diziam. Primeiro ponto que devem saber quecontinuam a existir faltas no Ensino Superior, e as Universidades privadas (como a Universidade Catlica Portuguesa) so muito rgidas a este respeito. Segundo ponto,a diferena do Ensino Superior para os Ensinos Bsico e Secundrio que nem todos os professores do muita importncia marcao de faltas. E aqui que est aquilo que deveria ser dito aos estudantes do Secundrio:na Universidade h faltas mas nem todos os professores as marcam. Os professores que marcam faltas, passam sempre uma folha (conhecida como folha de presenas) nas suas aulas, em que cada aluno assina com o seu nome e nmero de aluno. Em relao ao facto de se puder chumbar a uma cadeira por faltas, penso que isso no tem grande efeito na Universidade, porque tenho uns quantos casos na minha turma, de estudantes no trabalhadores, que faltam a imensas aulas mas que so avaliados, uma vez que pelo menos aparecem na altura das provas e das entregas de trabalhos. Para no nos virmos na situao de podermos chumbar por faltas, o melhor mesmo ir s aulas, a no ser que se esteja muito doente ou algo do gnero.Um aspecto que eu gosto bastante no Ensino Superior(e que acho que deveria ser transportado para o Ensino Secundrio) a no existncia de faltas de atraso. Com o novo estatuto do aluno, no Secundrio, se chegssemos atrasados a meia dzia de aulas no total do ano, estvamos sobo risco de irmos a exames para no chumbarmos. Acho que do 10.o ao 12.o ano intil marcar-se este tipo de faltas, uma vez que nenhum professor alguma vez aceitaria uma justificao de uma falta de atraso pelo facto de o despertador nesse dia no ter tocado ou de no o termos ouvido. E para ajudar mais festa, eu tinha professores que no davam tolerncia quase nenhuma. Felizmente agora no tenho de me preocupar com nada disso, mas mesmo assim fao questo de estar, pelo menos, 15 minutos antes de cada aula j na faculdade.Os professores deixam, geralmente, as portas das salas ou anfiteatros abertas, mas mesmo quando as fecham podemos sempre entrar. Embora, durante os primeiros 20 minutos hajam sempre pessoas a entrar, porque chegaram atrasadas, a aula continua e as pessoas fazem o favor de no fazer barulho para no incomodar. Agora se no Secundrio fizessem isto que era. Mas no. Nestas alturas os professores tm de interromper a aula para dar um sermo de meia hora, protestando que ao chegarmos tarde estamos a perturbar o decorrer da aula, quando na realidade eles que a esto a interromper, porque a pessoa que chegou atrasada at tinha entrado bastante silenciosamente. Agora claro que tudo isto muda quando as pessoas em questo chegam constantemente atrasadas. Chega-se a um ponto que at j falta de educao para com os colegas e os professores. Tenho um caso deste no meu curso, em que uma pessoa chega no mnimo 30 minutos depois da aula comear.Para quem realmente se d ao trabalho de prestar ateno a toda a aula, convm sempre chegar a horas, pois se a aula comea hora X, a essa mesma hora que comea.De qualquer modo, na Universidade j nos tratam como pessoas adultas, no como crianas que precisam se ser vigiadas a todo o momento. E acho muito bem que no haja marcao de faltas de atraso, uma vez que apenas (e inteiramente) problema nosso se no ouvirmos toda a aula porque chegamos tarde.Estar na escola ou na universidade no implica s aprender-se novas equaes matemticas ou como funciona o nosso crebro ou como era a poltica europeia no sculo XX, implica tambm tornarmos-nos mais independentes e autnomos, conseguido pelos nossos prprios meios chegar a algum lado.

Actividades extra-curricularesTunaIsto algo de que no estou bem dentro do assunto, mas mesmo assim ainda posso dizer algumas coisas. Um aspecto que muitas pessoas podem no saber que as tunas tm as suas prprias praxes. Mas, pelos vistos, ao contrario das praxes ditas normais, estas parecem ser bem melhores e servirem mesmo para acolher os novos elementos. Penso que no geral cada faculdade ter as suas tunas, sendo que h uma feminina e uma masculina. Em relao s outras faculdades e s outras universidades no sei, mas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa existe uma tuba mista, que foi criada apenas no incio do segundo semestre deste ano lectivo (2011/2012). Existem audies para cada uma das tunas, cujas datas esto normalmente afixadas nos corredores das respectivas faculdades. Dentro de uma tuna tem-se os seguintes elementos:(1)os cantores(as) principais;(2)o coro;(3)os membros que tocam determinados instrumentos. Pelo que me foi dito, mesmo que no se saiba tocar muito bem um determinado instrumentos, os restantes membros da tuna ensinam essa pessoas a tocar o tal instrumento. Poder haver mais a dizer sobre este tpico, mas infelizmente isto tudo o que me lembro sobre as tunas.VoluntariadoUma das facetas do Ensino Superior que, infelizmente, no muitas pessoas conhecem, o facto de existirem vrios projectos de voluntariado nas Universidades. Aspecto este que no s se v no estrangeiro, como tambm em Portugal. Um dos ltimos eventos que houve foi ser voluntrio na Banco Alimentar contra a Fome, aquando da ltima recolha de alimentos a nvel nacional.Segundo o que disse uma das minhas professoras, se formos voluntrios isso ir aparecer discriminado no nosso diploma de licenciatura, sendo que um aspecto ptimo para se ter no nosso curriculum vitae. Para vos ser sincera, neste momento no me lembro de mais nenhum projecto ou evento, mas garanto-vos que eles existem.Para alm deste tipo de voluntariado que do nosso conhecimento (j que ouvimos falar dele frequentemente), nas universidades existe um outro gnero de voluntariado. algo mais especifico e particular, ligado apenas a cada curso. Neste caso, no penso que sejamos referenciados como voluntrios no nosso diploma, mas de certo que ganhamos muitos mais conhecimentos na nossa rea de especializao. Posso-voa dizer que este trabalho pode abrir muitas portas que de outra maneira no se abririam. E eu que o diga. Deste meados do primeiro semestre que tenho feiro alguns trabalhos de voluntariado no centro de Arqueologia (o meu curso) da minha faculdade. No s tive a oportunidade de conhecer outros alunos (nomeadamente dos segundo e terceiro anos), como aprender novas coisas que nas aulas dificilmente seria possvel, visto que o meu curso envolve uma parte pratica muito importante. Para alm disso, estes trabalhos de voluntariado permitiram-me que conseguisse assegurar que tinha local para a espcie de estgio que vou fazer agora no Vero, que esteve em risco de acontecer para 95% da minha turma.Tem-se depois a possibilidade de sermos voluntrios em congressos a realizar na nossa faculdade, relacionados com o nosso curso. certo que temos de ajudar e que ajudar na organizao de um congresso d trabalho, mas pelo lado positivo, podemos assistir a todas as suas apresentaes sem pagarmos nada o que ptimo porque eles custam, no mnimo, uns 50. Para alm disto, por exemplo, eu estive como voluntria na Futurlia (de que vos falei no post anterior sobre o Ensino Superior). Foi uma ptima oportunidade para ficar a conhecer novas pessoas e novos aspectos sobre o meu curso, bem como ficar a conhecer outros professores do meu curso.Embora no esteja bem dentro deste assunto, achei que devia referir o seguinte aspecto.Para alm das bolsas de estudo, que cobram a totalidade das propinas, existe outro meio para se ter uma ajuda extra para as pagar. E esse meio trabalhar. Neste caso no estou a falar de se arranjar um part-time numa loja ou caf, mas sim de se trabalhar umas horas por semana b biblioteca ou na reprografia da vossa faculdade. Pelo que sei, no so muitas horas e como que vos pago uma parte da totalidade das propinas.Tempo livre na UniversidadeSobre este tpico deve-se logo reter que se formos bem organizados teremos sempre tempo para fazer aquilo que mais gostamos, e que nada tem a ver com a vida acadmica. Por isso que importante fazer-se um pouco todos os dias, no deixando acumular-se tudo para as ltimas semanas, antes das provas e das entregas de trabalhos. Eu no sou propriamente de sair noite todas a sextas ou sbados, prefiro mais uns jantares ou idas ao cinema. Mas de qualquer das formas, tenho consigo fazer isto em pleno ano lectivo. Sobre isto no posso dizer muito mais porque tambm no saio assim tanto noite. Para quem tem outras actividades, tambm no vejo porque no ir conseguir ter tempo para tudo. Basicamente, o que importante referir aqui que devemos organizar muito bem o nosso tempo, para que haja espao para tudo.Almoo cantinaPor aquilo que sei, todas as Universidades tm, pelo menos, uma cantina. Realmente pensei que a da minha Universidade no fosse ser grande coisa, tal como eram aquelas nas minhas escolas anteriores, mas, pelo contrrio, bastante boa.Para quem tem pouco tempo de almoo ou vive longe da Universidade, almoar na cantina uma boa escolha. Tomando como exemplo os bares da Faculdade de Letras e acantina (velha) da Universidade de LisboaAs senhas custam 2, 40 e garantem o seguinte: sopa, prato, sobremesa, bebida (agua ou sumo de laranja) e po. Por 2, 60, nos bares, apenas compramos uma simples sandes. Esta senha vlida para o refeitrio de comida dita normal e para o refeitrio de comida macrobitica. Neste ltimo refeitrio s l comi uma vez lasanha de soja que estava bastante bom. Para alm disto, na cantina, aindaexiste outro refeitrio, cuja principal refeio um bife (Peru ou vaca) com arroz ou batatas fritas, com ovo estrelado (s vezes) e salada (alface, tomate e cenoura). A sua senha custa 3, 20 (se no me engano), e apenas para o prato. As bebidas e sobremesas so pagas parte.Neste refeitrio, h um prato do dia (nem sempre diferente do outro) que custa 3. Este preo tambm s para o prato. O resto paga-se parte. Como no se paga a gua, o que a maior parte dos alunos faz beber gua ao invs de qualquer outro topo de bebida.Para quem prefere trazer comida de casa, tambm a pose comer nas mesas da cantina, onde h microondas para aquecer a comida, caso seja necessrio. Ao p da AE da minha faculdade tambm h um microondas que pode ser usado por qualquer aluno.rea com mais sada e rea com menos sadaEm relao a este assunto, prefiro dar-vos primeiro a minha opinio acerca dele e, s depois, mostrar-vos alguns dados estatsticos. O primeiro aspecto que se dever ter em mente que,nas presentes circunstancias scio-econmicas, nenhum curso nos garante nem a 50%, quanto mais a 100%, empregabilidade. Todas a reas esto afectadas por esta conjuntura, e o desemprego uma realidade que de certo ir bater porta de muitos.No estou a ser pessimista nem a querer desmotivar-vos, quero apenas alertar-vos para a realidade, j que o pior que se pode ser ignorante. Por mais que digam o contrario, no h c engenharias ou medicinas que nos safem.E so os prprios professores universitrios que admitem isto. H depois, tambm que se entender as prprias estatsticas. Em primeiro lugar,os ltimos dados que se h tm cerca de uma dcada, logo, o que se verificava no incio do sculo de certo que j no o mesmo que se verifica agora. Em segundo,cada curso como cada qual, ou seja, cada um tem os seus tipos especficos de empregos e, dependendo da conjuntura scio-econmica, uns podem ser mais favorecidos do que outros. Em terceiro lugar,um curso pode ter bastante empregabilidade em algo que no do nosso total interesse. Por exemplo, o curso de Histria, imaginando, poder ter bastante sada para se trabalhar em museus, mas se isso no for do nosso interesse para o nosso futuro, do que que nos vale saber que o curso tem uma grande sada? Por ltimo, a meu ver,deve-se escolher um curso porque essa a rea que nos gostamos e qual queremos dedicar os nossos prximos anos(at reforma, se for caso disso),no porque , supostamente, o curso com mais sada. Tendo como exemplo o meu caso. O curso que eu escolhi daqueles que imediatamente algum diria logo que sou maluca por o estar a fazer; at tive professores no Secundrio que me disseram para o no fazer de todo. Mas o que que eu fiz? Exactamente o contrrio. Estou a acabar o primeiro ano e no podia estar mais feliz com a minha escolha de fazer este curso, visto que cada vez mais estou apaixonada por ele. Sinceramente, prefiro no receber toneladas de dinheiro e fazer aquilo que realmente gosto, do que passar o resto da minha vida a lamentar-me que no gosto do trabalho que arranjei e que desperdicei X anos a tirar um curso que nem se quer gostava. Mas o certo que cada um sabe de si.Em relao estatstica, estes foram os dados que descobri, de pouqussimas fontes credveis que encontrei sobre este assunto. De acordo com uma notcia do Jornal Econmico (que podem veraqui), os cursos que tm mais sadas so aquelas nas reas das cincias e das matemticas; sendo que aqueles que tm menos so os cursos na rea de Humanidades: as reas com mais procura no mercado de trabalho so as engenharias (informtica, civil e mecnica), gesto e sade (com principal domnio para a medicina). As restantes notcias que li dizem basicamente o mesmo.Cursos com mdias mais altasNeste ano lectivo (2011/2012) estes foram os cinco cursos com as mdias mais altas:1.Faculdade de Medicina do Porto 18,632.Instituto de Cincias Biomdicas Abel Salazar (Medicina) 18,553.Universidade do Minho (Medicina) 18,454.Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 18,355.Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Bioengenharia) 18,28Informao retiradadaqui. Como podem ver, os cursos com maiores mdias so os de Medicina e os de Engenharia, sendo que neste caso, apenas destacado o de Bioengenharia. Em termos de Universidades, so as do Norte que tm as mdias mais altas.Como o prximo (e ltimo post) sobre o Ensino Superior vai-se focar, por um lado, em opinies de alguns estudantes sobre os seus cursos, gostava de saber se estavam interessadas(os) em algum em especial. No prometo que consiga arranjar alguma coisa, mas posso sempre tentar. Algumas opinies j me foram pedidas sobre os seguintes cursos: Psicologia, Farmcia e Comunicao Social e Cultural. Estou a ver se consigo arranjar mais algumas, mas no prometo nada.Espero que o post vos tenha sido til e, caso tenham alguma questo no deixem de as colocar. Como podero ter percebido, vou estar bastante ausente nas prximas semanas, pelo que os posts sero todos agendados previamente. Infelizmente no tive oportunidade de preparar nada para esta semana, mas vou tentar o meu melhor para ter post para as prximas semanas deste ms.