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Coordenação: Natália Rebelo Nº 7 Junho 2014 Distribuição gratuita

EPB Revista junho 2014

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7ª edição da epb Revista

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Coordenação: Natália Rebelo Nº 7 Junho 2014 Distribuição gratuita

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25 anosA Escola Profissional de Braga,

na sua génese em 29 de se-tembro de 1989, inscreve no

seu projeto educativo as suas principais coordenadas: o desenvol-

vimento pessoal, cultural e científico e a qualificação profissional de jovens e adultos,

numa grande cumplicidade entre a educação e for-mação e a realidade social e económica.

Este é o momento em que devemos, sobretudo, refletir e evocar o trajeto calcorreado - 25 anos! – com muitos obstá-culos enfrentados, superações e aprendizagens - e brindar! Uma comemoração merecida pela identidade coletiva edi-ficada. A celebração estará à altura desta marca EPB se continuar a ser traduzida em criatividade e dinamismo e se converti-da em atividades que deem voz aos atores do projeto, cujo mérito justo é relevar. Celebrar, aliás, 25 anos é, acima de tudo, projetar os próximos 25, porque ser escola é estar sempre a caminho. Com efeito, evoquemos o trajeto da EPB: o arranque com 4 turmas, a fixação, durante quase duas décadas, a partir de 1991/92, em 16 a 18 turmas. O crescimento, no início desta década, com o lema Inovação e Competência, até 26 a 28 turmas e com a implementação de uma dinâmica ímpar na qualificação dos adultos.

Realçar a trajetória da oferta formativa com considerável estabilidade durante uma década, mas, principalmente a partir de 1999, com mudança e rotatividade que preserva a área dos serviços e robustece as áreas com registo predo-minantemente tecnológico. Destacar a relevância da cooperação com o tecido empre-sarial que acolheu os nossos alunos em estágio, propor-cionou aprendizagens e municiou a EPB com o que uma organização educativa pretende: notoriedade, confiança, reconhecimento social. Uma cooperação com o mundo empresarial que criou oportunidades de projeção profis-sional aos alunos e foi decisiva para vários deles evoluírem para a criação de empresas ou no mundo académico. A EPB orgulha-se dos seus alunos e é neles que observa a sua real capacidade de responder à sua missão. Enaltecer a visão das instituições maternas deste proje-to educativo, a qualidade do trabalho do pessoal docente e não docente, propiciador de um ambiente familiar, que tornaram possível não apenas a criação de um edifício de raiz, mas sobretudo o edifício pedagógico, em permanente renovação. Não nos deteremos em celebrações. Houve sempre e ha-verá nuvens densas. Mas a confiança transmitida por este trajeto dá-nos a convicção de que as rasgaremos sempre.

Comissão Executiva, Ana Cláudia RodriguesComissão Pedagógica, José Oliveira

Escola

Em rede

Opinião

Iniciativas

À Conversa com...

Fora de portas

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Escola comemora 25 anos de vida.

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aberturaeditorial

Escola estabelece parceria com GoWork e AIESEC.

Filipe Oliveira, e o casal Anabela e Rogérioconversam com a redação.

Casos de sucesso de antigos alunos da escola.

Olhar crítico sobre tópicos da atualidade.

Diversas atividades enriquecem a escola.

A fechar

35 valter hugo mãe à conversa na epb.

Aposta em ofertas formativas diversificadas.Cursos

Comunidade escolar dinamiza atividades em diferentes domínios do saber.

Destaque

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destaque

25 anos de uma escola singular

Uma referência em formação de qualidadeA Escola Profissional de Braga, criada em 29 de setembro de 1989, integra atualmente o Grupo Rumos. Desde a sua gé-nese, a EPB está profundamente marcada pelo imperativo da elevação da qualificação profissional como resposta às necessidades de desenvolvimento da região de Braga.

Quase a celebrar o seu 25º aniversário, a EPB preserva a sua ambição em manter-se e reforçar-se como uma instituição educativa de referência nacional e transnacional, no âmbito do ensino profissional, sob o lema: Inovação e Competência.

Com pouco mais de 500 alunos, integrados em 26 turmas, a EPB é uma escola com uma cultura de proximidade, exigência e rigor, sempre assente num forte dinamismo e na necessi-dade de conjugar todas as energias em torno do seu projeto educativo que se pretende de grande credibilidade e qualida-de pedagógica e institucional.

A EPB está certificada pelo Sistema de Gestão da Qualidade, desde 2006.

A CISCO e a MICROSOFT são também parceiros de certifi-cação.

Oferta formativa da EPB: um registo predominantemente tecnológico

A sua atividade educativa e formativa tem incidido, predo-minantemente, na população juvenil e em cursos profissio-nais, com duração de 3 anos, que conferem uma qualificação profissional de nível IV e o 12º ano de escolaridade como cer-tificação escolar.

Os cursos profissionais que integram a história da sua ofer-ta formativa localizam-se em diversas áreas, entre as quais Eletrónica e Automação, Eletricidade e Energia, Construção Civil e Engenharia Civil, Ciências Informáticas, Audiovisuais e Produção dos Media, Marketing e Publicidade, Gestão e Ad-ministração, Secretariado e Trabalho Administrativo e Saúde.

Uma oferta formativa caraterizada pela sua diversidade, mo-bilidade e por um registo predominantemente tecnológico, com elevadas expectativas de empregabilidade.

Ao longo dos 25 anos, a Escola Profissional de Braga acom-panhou o percurso escolar de cerca de 3 mil e 500 alunos em cursos profissionais. Na sua atividade formativa, tem também a preocupação de integrar os alunos na vida ativa, apoiando a sua participação em estágios e o contacto com o mercado de trabalho a nível local/regional, e a nível internacional.

Evolução do número de turmas A EPB tem assistido, desde o ano letivo de 2007/2008 (ano

que correspondeu ao número mais baixo de turmas desta modalidade de formação, após criação das suas instalações em 2000 com 17 turmas), a um crescimento expressivo do número de turmas, mais condizente com a sua capacidade instalada, e com a estratégia nacional de qualificação e de elevação dos níveis escolares, considerando o 12º ano como patamar mínimo de referência.

Assim, o número de turmas e o volume de formação em cursos profissionais registou, desde 2008/2009, um significa-tivo crescimento com a abertura de 10 novas turmas de cur-sos profissionais em 2008/2009 e 2009/2010, 8 em 2010/2011, e 10 em 2011/2012. Nesse cenário de crescimento, aprovei-tamos os investimentos efetuados ao longo de 23 anos, e, simultaneamente, orientamos esforços para novas áreas de formação (Instalações Elétricas, Energias Renováveis, Frio e Climatização e Auxiliar de Saúde).

Mais recentemente, em 2012/2013, a EPB lançou novos cur-sos, nomeadamente de Mecatrónica e reserva, já para o próxi-mo ano letivo, a aposta no curso de Mecatrónica Automóvel.

Uma escola aberta às instituições sociais, económicas e educativas

A EPB é uma instituição em estreita interação com o teci-do económico e social. Tem estabelecido parcerias com cerca de 400 entidades que, anualmente, recebem em estágio os alunos dos 2º e 3º anos, e desenvolvem projetos e iniciativas conjuntas que representam uma mais-valia no processo de ensino-aprendizagem e enriquecem o projeto educativo da escola. A aposta no aprofundamento da relação com o tecido empresarial e a consideração de que as empresas são tam-bém um local relevante de aprendizagem fazem com que a formação em contexto de trabalho seja um momento de pri-vilegiado valor na formação dos nossos alunos.

Ao longo destes anos, a EPB tem sido, também, convidada por diversas entidades parceiras a participar em inúmeras ini-ciativas, prestando serviços na comunidade, através dos seus alunos e colaboradores, em diversas áreas, nomeadamente

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a nível de rececionismo, secretariado, apresentação e apoio na organização de eventos, captação de imagem e ví-deo, edição, design, modelação 3D, animação, rastreios e palestras na área de saúde, etc.. O destaque e referências de grande excecionalidade do profissio-nalismo e qualidade técnica dos alunos envolvidos nestas atividades são moti-vo de orgulho para a nossa instituição e reveladores da clara perceção dos par-ceiros da qualidade da formação desta escola.

A EPB tem colaborado com institui-ções educativas, através do acolhimen-to de estagiários de instituições de ensi-no superior e da abertura à participação em estudos e projetos de investigação que se revelem de interesse científico.

Uma escola com espírito transnacional

A EPB tem participado em diversos programas comunitários, promovendo a dimensão transnacional da forma-ção. Através destes projetos, muitos alunos (mais de 175 estágios transna-cionais) têm beneficiado de algumas experiências enriquecedoras pela sua participação em estágios em empresas estrangeiras. A título de exemplo, ci-tem-se estágios realizados em Espanha, Inglaterra, Irlanda, França, Holanda, Di-namarca, Finlândia, Malta e Alemanha. Alguns dos nossos alunos de diversos cursos têm sido inclusive convidados para trabalharem nas empresas onde estagiaram. Com estes projetos de mo-bilidade, a Escola Profissional de Braga dá uma dimensão europeia à sua forma-ção.

Uma escola de iniciativas e projetos

A EPB procura impulsionar e estimular os jovens alunos nas atividades, na con-ceção e realização de projetos.

O programa de ensino da EPB distin-gue-se pelo seu elevado nível de exi-gência, pela sua atenção às necessida-des do tecido empresarial e, ainda, pela incorporação das componentes teórica e prática, de modo a dotar os jovens de conhecimentos técnicos, científicos, sociais e culturais ajustados ao merca-do de trabalho. Ao longo do percurso escolar dos alunos, são concebidos e implementados projetos de diversa na-tureza, dentro e fora de portas, com o objetivo de desenvolver competências

técnicas, relacionais e organizacionais, e impulsionar experiências capazes de promover o desenvolvimento de com-portamentos e de atitudes facilitadores da inserção no mundo do trabalho. Con-cursos, jornadas, palestras, encontros, exposições, ações de solidariedade, torneios, visitas, workshops, conversas com figuras públicas, etc., são ativida-des recorrentes, projetadas e concreti-zadas pelos nossos alunos.

Uma escola que premeia. Uma escola premiada

Com o objetivo de motivar os alunos para o sucesso escolar e profissional e premiar o bom desempenho, a EPB des-taca anualmente os melhores alunos, através da atribuição de prémios de mé-

rito escolar e menções honrosas. Do mesmo modo, a EPB tem sido des-

tacada, inúmeras vezes, pelo desempe-nho dos seus alunos em participações em diversas iniciativas. Refira-se, a título ilustrativo, o 1º lugar no Campeonato Nacional da Matemática, em 2012; o 1º lugar no Projeto Multidisciplinar, de educação para o empreendedorismo, no âmbito da parceria entre a Capital Europeia da Juventude Braga 2012 e a empresa Betweien – Challenge and Success; a conceção da Mascote da CEJ 2012; a criação da Mascote para o Cam-peonato Mundial de Andebol Escolar, em 2010, entre tantos outros. É de re-ferir, ainda, a participação com lugares de relevado destaque, desde 2007, no concurso nacional e internacional de robótica, ressaltando-se o 1º lugar no Festival Mundial de Robótica, em Istam-bul, em 2011. Muito outros prémios se acumulam se consideramos os alunos que, entretanto, lançados no mercado de trabalho, têm sido destacados em diversos concursos e iniciativas a nível local, regional e nacional.

Uma escola aberta à comunidade local

Sob o lema “Venham conhecer-nos, venham experimentar!”, a EPB está, ao longo do ano, de portas abertas a todos os que pretendam conhecer melhor a nossa escola e o seu modus operandi, os nossos cursos, a nossa equipa, as nossas instalações.

As inscrições já estão a decorrer e podem ser feitas presencialmente na secretaria da escola e online em www.epb.pt

“O Sucesso do teu futuro depende ti. Constrói o teu!” na EPB.

Ana Cláudia RodriguesComissão Executiva

José OliveiraComissão Pedagógica

“O Sucesso do teu futuro depende ti. Constrói o teu!”

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destaque

Joaquim MonteiroJosé Joaquim Monteiro integrou o pri-meiro grupo de professores da Escola Profissional de Braga, há 25 anos.Profissional de rara sensibilidade para estar próximo das pessoas, dedicou uma parte da sua vida profissional e pessoal ao arranque e consolidação do projeto educativo da EPB, em ativida-des marcantes como docente, coorde-nação de curso, diretor de turma, de-senvolvimento do jornal Passo a Passo e colaboração na criação do hino da escola. Foi, ainda, o dinamizador do Grupo Coral EPB.Amavelmente, deixou-nos o seu tes-temunho de momentos marcantes da instituição.

Como foi o arranque da EPB? A escola arrancou com 5 turmas, com

dificuldades a todos os níveis. Os recur-sos materiais eram muito reduzidos, não havia instalações, sendo as primei-ras inscrições feitas num dos corredores do PEB. Havia indefinições quanto ao funcionamento de cursos (perfil técni-co, estágios, avaliação), os programas apresentavam conteúdos repetidos em várias disciplinas. Eram muitas as difi-culdades, até mesmo em entender o sistema de avaliação modular.

Como reagiu a população bracarense? Com certa indiferença! Talvez pelo

desconhecimento do novo sistema de ensino e pela tradição recente em pros-seguir estudos, a escola era pouco pro-curada nos primeiros anos.

Evidencia alguns momentos marcantes da instituição.

O aumento significativo de alunos após os primeiros anos de incerteza implicou a abertura de um 2º polo da escola, no Pé Alado, Largo Carlos Ama-rante, levando ao desmembramento da escola; outro momento foi a construção de novas instalações, possibilitando a

concentração de toda a escola num úni-co edifício.

Destaca a importância dos projetos em que estiveste envolvido.

A função de coordenador de curso, pelo contacto com outras escolas e des-locação ao Ministério para debate dos programas e do perfil técnico dos for-mandos; a participação no jornal Passo a Passo que deu voz à vida da escola e a projetos aí dinamizados; a criação do

Grupo Coral, que possibilitou participa-ções em momentos festivos e convívio entre professores e funcionários; e a colaboração, com o colega José Carlos Peixoto, na criação do hino da escola.

O que distingue a EPB das demais esco-las?

A organização dos cursos, a qualidade de recursos materiais e humanos, a boa aceitação de estagiários pelas empre-sas, a preparação dos formandos, bem visível no prosseguimento de estudos e no espírito empreendedor que os moti-va, ao ponto de criarem com facilidade as suas próprias empresas.

Como vês o futuro do ensino profissio-nal em Portugal.

Positivamente. É importante cada aluno “conquistar” um diploma profis-sional, pois a sociedade continua de-ficitária, esperando por mais técnicos

qualificados. Cabe, então, aos alunos aproveitarem este momento e prepara-rem-se o melhor possível.

Deixa uma mensagem a todos os cola-boradores e alunos da EPB.

Aos colaboradores: que continuem o trabalho com empenho e dedicação no seu dia a dia; aos alunos: a “crise” (difi-culdade de emprego) não pode afetar o empenho, a aplicação, o desenvol-vimento pessoal e profissional no mo-mento presente. É preciso ter esperança num futuro mais risonho e estar desde já preparado para ele.

Entrevista conduzida por Fernando Silva

“Os recursos materiais eram muito reduzidos, não havia

instalações, sendo as primeiras inscrições feitas num dos

corredores do PEB.”

“É importante cada aluno “conquistar” um diploma

profissional, pois a sociedade continua deficitária, esperando

por mais técnicos qualificados.”

“É preciso ter esperança num futuro mais risonho e estar

desde já preparado para ele.”

Breves

FilmeVoando sobre um ninho de cucos

Tema musicalPara os braços da minha mãe

LivroAs Farpas

ViagemInterior de Portugal

Lema de vidaHonestidade

Amigo é aceitar e ajudar o outro…

Ser professor é ajudar a abrir ho-rizontes…

Os alunos são os homens do ama-nhã…

O homem mede-se pela inteli-gência, honestidade, amizade…

O ontem foi o passado que se deve ter em conta no presente e no futuro …

O amanhã será aquilo que nós quisermos…

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Ilha de solOnde cabem sonhosÉ o rumo certoComo os raios de um farol.

Segue para o caisDa Ilha dos SonhosDescobre as paisagensVerdejantes mas reais.

CORO

A EPB, a EPBÉ afinal,Porta seguraDe um futuro ideal.

Saber estarE saber fazerSão os desafiosDe aprender e ensinar.

Aposta fundoPara ir mais longe,Estrela PolarDos que lutam neste [ mundo.

Música: José Carlos Peixoto

Letra: José Carlos Peixoto e Joaquim Monteiro

Hino da escola

Fátima Marques, uma epbiana às direitasFátima Marques pertence ao grupo de pessoas mais anti-gas da EPB, desenvolvendo a sua atividade no bar da esco-la, cuja concessão foi adquirida há 23 anos. É aí que cumpre 10 a 12 horas de trabalho diário, contando, por vezes, com o apoio de alunos e familiares.

Muitas horas de trabalho realizadas sempre com boa dispo-sição e entusiasmo, uma força que advém em grande medida da colaboração da família, marido e dois filhos fantásticos, um dos quais, o Marco, está inclusive a apoiá-la diariamente no bar, enquanto não surge uma oportunidade de emprego.

A dona Fátima é uma pessoa de trato fácil, mantendo uma relação cordial, humana e de mútua confiança com todos os membros da comunidade escolar, desde diretores a professo-res, passando por funcionários e, naturalmente, alunos.

É uma epbiana às direitas, que se orgulha da escola: “Visto a camisola da escola, estando presente mesmo em atividades que vão para além do meu trabalho.”

Acredita que cada pessoa deve fazer o que gosta e da me-lhor forma que puder e souber, vivendo com paixão: “Adoro o que faço! Nasci para estar em contacto com o público, sobre-tudo dos jovens!”

Sim, gosta imenso dos alunos, a quem considera como fi-lhos, sentindo alguma frustração por não poder acudir a todas as situações difíceis que vai conhecendo, sobretudo quando a “mesada” se esgota para alguns ou nunca chega a outros…

Por vezes, descuidam-se e fazem algum barulho, mas, “cha-

mados à razão, aceitam as recomendações, respeitam-me sempre.”

A terminar, deixou uma mensagem aos alunos: “que apro-veitem este tempo de estudo, os cursos profissionais são bons e dão muitas garantias de emprego nesta sociedade competitiva, onde só entram os melhores”. Por isso, “devem aproveitar a formação que a escola lhes oferece.”

Fernando Silva

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Educação e formação de adultosFerramenta de (re)inserção social e profissionalDesde que a instituição escolar (e de-mais organizações educativas formais, informais e não formais) se tornou uma realidade histórica, em resposta a questões sociais, económicas, políti-cas e culturais, a ideia de mudança tem sido uma constante.

Acredita-se, com alguma convicção, que cada tempo geracional é portador de um projeto de mudança capaz de representar uma rutura com o passado, ainda que seja reconhecida a continui-dade de práticas, no que se pode cha-mar uma tradição educativa inventada, observável em educação pelas regula-ridades existentes na sua construção histórica e social. O que é mais regular em educação é o conhecimento, na me-dida em que o conteúdo de aprendiza-gem se converte no elo de ligação entre as pessoas e se torna no cimento social dos sistemas educativos. Sem conheci-mento não há educação, e toda a edu-cação é um processo de transformação pessoal e social em função de determi-nados códigos de seleção, organização e construção do conhecimento.

A análise da eficácia de qualquer modalidade de ensino e formação não pode ser desenquadrada do contexto em que os processos educativo e forma-tivo se desenrolam. O ensino e formação de adultos têm como principal objetivo dotar a população adulta de ferramen-tas que lhe permitam uma nova aborda-gem do mercado de trabalho, com vista a uma (re)inserção ou progressão na estrutura de emprego. Além disso, atu-almente espera-se que contribua para o desenvolvimento económico e para a minimização do desemprego adulto; facilite o acesso das pessoas que conhe-cem maiores dificuldades de integração ou reintegração no mercado laboral; promova a Aprendizagem ao Longo da Vida e as práticas laborais integrado-ras, que incentivam o recrutamento e a manutenção no emprego das catego-rias mais expostas à discriminação e à desigualdade no mercado de trabalho; e que fomente a adaptabilidade das empresas e dos trabalhadores às trans-

formações económicas, assim como à utilização das novas tecnologias da in-formação.

Portugal apresenta, hoje, um quadro de envelhecimento acentuado da sua população que é em tudo semelhante aos seus parceiros comunitários, e onde os níveis habilitacionais se distanciam dos padrões médios europeus, apesar de significativas melhorias nos últimos trinta anos. Esta situação constitui-se como a principal limitação ao desen-volvimento económico e social dos por-tugueses, reforçando a importância de estratégias mobilizadoras para a edu-cação e formação que recorram à diver-sificação de modalidades que atraiam e se configurem como alternativas ao abandono e saída precoce do sistema educacional.

Ladeados da pobre estrutura habi-litacional, surgem os baixos níveis de participação escolar, em resultado dos elevados níveis de abandono e saída precoce do sistema de ensino, que, ape-sar de significativas melhorias, ainda

traduzem a realidade de muitos jovens e adultos que não terminaram a escola-ridade obrigatória e/ou não completa-ram o ensino secundário.

Assim, é importante proporcionar mecanismos que melhorem os níveis escolares e profissionais dos adultos, para responder simultaneamente ao objetivo de «crescimento inteligente», ao melhorar os níveis de qualificação, e ao objetivo de «crescimento inclusivo, contrariando, assim, o desemprego e a pobreza. Aliás, a Estratégia Europa é orientada para melhorar a qualidade e a equidade na educação e formação, para dotar um maior número de adultos das competências necessárias para se tor-narem aprendentes ao longo da vida e poderem participar na mobilidade para fins de aprendizagem. Em suma, o au-mento significativo das qualificações de base da população adulta portuguesa que abandonou a escola prematura-mente é um investimento crucial, não apenas para o seu futuro individual, mas também para a futura prosperidade e coesão social da UE no seu conjunto.

Ricardo CostaTécnico Superior de Educação

“Sem conhecimento não há educação, e toda a educação é um processo de transformação

pessoal e social”

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fora de portas

A inserção no mercado de trabalho, de forma sólida e progressiva, esteve na base da mi-nha decisão na escolha do Curso Profissional de Eletrónica, iniciado em 2003.

Muitos foram os fa-tores que contribuíram para o sucesso escolar e profissional obtido, nomeadamente o sen-

timento de entreajuda existente entre colegas de turma; o acompanhamento e empenho dos professores, a nível edu-cativo e na relação próxima estabelecida com os alunos; e a boa relação existente em toda a comunidade escolar.

Posteriormente, iniciei, em 2007, funções de Técnico de Eletrónica, na altura ainda recente empresa portuguesa ITEC, que, atualmente, desenvolve projetos de automação para a indústria, nomeadamente do setor automóvel. Nos primeiros anos, fui desenvolvendo tarefas de eletrificação e programa-ção de equipamentos para auxílio de produção. Para o meu exercício profissional, foram fundamentais as competências teórico-práticas adquiridas durante o percurso escolar na EPB, as quais me têm permitido desempenhar de forma eficiente e

proativa as atividades que desenvolvo no dia a dia, nomeada-mente ao nível da conceção e desenvolvimento de projetos para a aplicação na indústria.

Face à exigência do mercado de trabalho e à progressiva inovação tecnológica, foi-me possível evoluir profissional-mente, desde o desempenho de funções, como Técnico de Eletrónica, até à completa gestão de projetos que atualmente desenvolvo. Para isso, contibuiu o dinamismo e proatividade na atualização de competências e aperfeiçoamento de técni-cas de trabalho anteriormente adquiridas.

Esta empresa tem crescido de forma progressiva nos últi-mos anos, e tem-me proporcionado satisfação e realização enquanto profissional. Saliento que é uma das empresas locais que todos os anos tem integrado alunos oriundos de cursos profissionais da EPB para a realização de estágios e in-serção profissional.

Assim, o terminar do Curso Profissional de Eletrónica per-mitiu-me a entrada no mercado de trabalho mas, sobretudo, deu-me bases para superar as minhas ambições profissionais.

Tiago BarbosaCurso de Eletrónica e Comando (2003-2006)

Superação das ambições profissionais

Concluí o curso de Marketing (apesar de um controverso percurso) em 2012. Não consegui entrar para o ensino superior e os meses que se seguiram deram lugar a uma série de más expe-riências no mundo laboral, que me le-varam a parar para refletir sobre o que realmente gostaria de fazer.

Como nunca fui pessoa de seguir re-gras ou padrões, optei por criar algo meu, onde pudesse agir sem restrições a nível criativo e operacional. Uma von-tade que sempre foi acompanhada pela convicção de que toda a pessoa é extre-mamente talentosa em alguma coisa, só que a sociedade (e a escola) nem sem-pre sabem tirar partido desse talento.

Numa era em que as oportunidades de carreira são escassas e onde a pres-são do sustento torna difícil a prosse-

cução de estudos ou a concretização de sonhos, achei que a maneira mais eficiente de aproveitar o talento das pessoas que me rodeavam para criar

sinergias seria permitir que cada um tra-balhasse da maneira mais livre possível, em troca de pequenas remunerações.

Sendo que o meu trabalho era literal-

mente vender de porta em porta o ta-lento dos meus colegas, estava, assim, lançada uma oportunidade para todos!

Esse foi o ponto de partida da Já Sei!, entidade que se resume a uma rede de contactos que, reunindo várias áreas (design, marketing, programação e tam-bém áreas artísticas), tem por objetivo promover negócios de pequeno porte com os custos mais reduzidos possíveis.

O percurso para chegar ao nível de-sejado ainda é longo, imprevisível e requer um trabalho de todos, que nem sempre é bem pago. Mas quem disse que a vida era fácil?

Adriano SousaCurso de Marketing (2008-2011)

Explorar a veia empreendedora

Já sei!

“Para o meu exercício profissional, foram fundamentais as competências teórico-práticas adquiridas durante o percurso escolar na EPB”

“convicção de que toda a pessoa é extremamente

talentosa em alguma coisa, só que a sociedade (e a escola)

nem sempre sabem tirar partido desse talento”

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fora de portas

Tem 21 anos e, recentemente, obteve a licenciatura em Economia.Frequentou a EPB entre 2007 e 2010, no curso de Contabilidade.De uma sobriedade avassaladora e de uma inteligência emocional fora do comum, Sandra Ferreira traçou, desde cedo, o caminho que quis percorrer. Agora, numa nova fase da sua vida, disponibilizou-se, com a amabilidade de sempre, a transmitir o seu testemu-nho aos leitores da epb Revista.

Repórter EPB: Olá, Sandra, podes reve-lar-nos o que mais te marcou na passa-gem pela EPB?

Sandra Ferreira: Sem dúvida, o espíri-to de camaradagem, a receção calorosa no seio da família EPB, sem nunca colo-car em questão a primazia pelo rigor e pela qualidade.

E o percurso universitário, como o ca-racterizas?

O percurso universitário demarca um triénio de (re)aprendizagem de gestão de tempo. Um período de teste, de es-forços e de reforço do gene da obstina-ção incutido no secundário.

Podes dar um conselho a quem se pre-para para iniciar o ensino secundário?

Penso que o ponto de partida se re-laciona com a escolha da área com que cada um se identifica, pessoalmente. Como refere o adágio popular, “quem corre por gosto, não cansa”, ou seja, a direção do empenho em prol de bons resultados naquilo que satisfaz a indivi-dualidade é uma forma de completar a sua própria essência.

E agora, em que área gostarias de con-tinuar a trabalhar?

Já experimentei a área social, através do trabalho voluntário, bem como a ati-vidade de explicações. No entanto, não consigo ver a construção da minha car-reira profissional sem as minhas enamo-radas matemáticas e afins.

Sandra FerreiraCurso de Contabilidade (2007-2010)

Entrevista conduzida por Paulo Leitão

Sandra Ferreira, economista com ADN EPB

Numa palavra diria…

Um livro: A Escrava de Córdova, de Alberto S. SantosUma música: I dreamed a Dream, de Les MiserablesUm lugar: Alhambra, em Granada (Espanha)Uma personalidade inspiradora: A minha famíliaUm filme: A Vida é BelaUm receio: Que os conflitos mun-danos se sobreponham aos prodí-gios da vidaUm lema para a vida: O que fomos no passado influencia-nos no pre-sente e define-nos no futuro. O ideal é sermos, desde cedo, o me-lhor de nós.

Fui aluna da EPB entre 2004 e 2007, tendo frequentado o Curso Profissio-nal de Secretariado.

O que mais me marcou nesta pas-sagem pela EPB foi a camaradagem e união entre alunos, professores e fun-cionários, podendo mesmo dizer que, nesses 3 anos, a EPB foi a minha segun-da casa.

A EPB contribuiu imenso para o meu crescimento e desenvolvimento, não só a nível profissional mas também pessoal. Após a conclusão do curso e respetivo estágio no Departamento de Recursos Humanos da Bosch, decidi prosseguir os estudos e tirei uma licen-ciatura em Línguas Aplicadas, pela Uni-

versidade do Minho.Hoje, sou Gestora de Clientes na Salsa,

e adoro o meu trabalho! A quem se pre-para para iniciar o ensino secundário, só posso aconselhar a seguir o coração e escolher algo de que realmente gosta. Como diria o filósofo chinês Confúcio: “Escolha um trabalho que ame e não terá de trabalhar um único dia da sua vida!”

Marta FerreiraCurso de Secretariado (2004-2007)

Camaradagem e união como marcas

“o espírito de camaradagem (...) sem nunca colocar em questão

a primazia pelo rigor e pela qualidade”

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fora de portas

O meu percurso iniciou-se em 2010, quando entrei para o Curso Técnico de Eletrónica. Desde logo, senti grandes dificuldades, o que fez com que pen-sasse em abandonar a escola. Feliz-mente, professores e colegas fizeram--me mudar de ideias e continuei!

Depois do 1º ano com alguns módu-los em atraso, veio o 2.º e foi, nesse ano, que tive as duas melhores experiências. A primeira foi a participação no Festival Nacional de Robótica (FNR), a minha grande motivação, onde alcançamos um honroso 2º lugar. Nesse mesmo ano, tive também a oportunidade de realizar um estágio na Alemanha, que foi uma experiência muito enriquecedora.

No 3º ano, na PAP, decidi fazer um robô com a ajuda de três colegas, um de Eletrónica e dois do curso de GPSI, para participar novamente no FNR. Conse-

guimos o 3º lugar, numa prova onde concorreram equipas universitárias. Nesse mesmo ano, já próximo do in-gresso no mercado de trabalho, fiz uma candidatura ao Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça, e re-cebi uma resposta que não estava à es-pera: “candidatura aceite”! Foi um final

de ano feliz, sinal de que o esforço e a decisão certa na hora compensam…

Saí do meu país e, tal como no início do curso, também a entrada no CERN foi difícil, mas acabei por me habituar e agora sinto-me bem. Trabalhar aqui é uma experiência que aconselho a todos, pois há muito trabalho e isso é bom. No CERN, faço um pouco de tudo no que toca à área de Eletrónica, desde a re-paração e a manutenção de placas de circuito eletrónico, à montagem e teste das mesmas. E realizo, ainda, pequenos trabalhos relativos a testes radioativos e fabrico de cabos e conetores.

Felizmente, faço o que gosto e espero que todos o façam quando saírem da EPB.

Luís CorreiaCurso de Eletrónica, Automação e Comando (2010-2013)

A Robótica foi o clic que faltava

Terminado o meu 9º ano, pensei: “o que fazer? Vou para o ensino regular ou opto por uma escola profissional?”

Estas eram as minhas dúvidas há cerca de 13 anos… E, depois de muito pensar e pesquisar, op-tei por tirar o Curso Profissional de Secretariado da EPB.

Terminei o curso no ano 2004 e

fui convidada nessa mesma data para trabalhar na ADECCO RECURSOS HUMANOS, onde comecei pela área administrati-va e hoje sou Técnica de Recursos Humanos.

Sem dúvida que a EPB me deu umas excelentes bases a nível de formação e preparação para entrar no mercado de trabalho. Hoje, sinto a saudade e o carinho de todos, e até dos momentos de luta, empenho e dedicação que travei para conseguir os meus objetivos. Uma aposta que valeu a pena.

Mara SilvaCurso de Secretariado (2001-2004)

Uma aposta que valeu a pena

Tudo começou há uns tempos… Como freelancer da 7Noites, ia aufe-rindo algum dinheiro e consolidando experiência, para além de angariar contactos.

E foi numa conversa entre amigos que surgiu o desafio de abraçar um sonho e criar o projeto Camaleão-Reportagem de eventos, uma empresa multifacetada de fotografia e vídeo (o que faz jus ao nome “Camaleão”). Para além de even-tos sociais noturnos, marco presença nos momentos mais importantes da

vida dos meus clientes e faço com que a emoção perdure através dos meus re-gistos.

Porque “a união faz a força” e os ami-gos são valiosos nos momentos cruciais, contei com o apoio do Ricardo Coelho, ex-aluno de Design Gráfico, na conce-ção do logótipo.

Onde encontrar-me para além dos contactos oficiais? No Insense Bar, onde sou fotógrafo residente, e no Grupo de Capoeira Sul da Bahia.

José CarvalhoCurso de Multimédia (2010-2013)

Camaleão multimédia

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Page 12: EPB Revista junho 2014

conquistas

O dia aberto da Escola de Economia e Gestão (EEG) decorreu a 2 de abril e juntou as duas turmas do Curso Técni-co de Gestão, numa visita às instala-ções da universidade, acompanhados pela professora Cristina Lima, da dis-ciplina de Contabilidade e Fiscalidade.

No dia aberto da EEG, foram vários os alunos de diversas instituições de ensi-no do país que assistiram à promoção da oferta formativa dessa instituição de ensino superior. Deve referir-se, contu-do, que a EPB foi a única instituição de ensino profissional convidada a estar

presente nesta iniciativa, o que muito nos congratula e engrandece.

E foi esta confiança que possibilitou a minha conquista da medalha de prata, como aluno finalista do curso de Ges-tão, nas “Olimpíadas de Economia”, pro-movidas durante o evento. Assim, ficou provado que o ensino profissional não é e nunca poderá ser um obstáculo para participar em grandes eventos e deixar cair por terra o sonho de um ingresso no ensino superior.

Eu fui e venci!

Tiago Rodrigues3º ano de Gestão

Olimpíadas de Economia na UM

Aluno finalista de Gestão recebe medalha

A EPB reforçou as competên-cias na sua oferta formativa, através de uma parceria com

a Microsoft, dando a possibilidade aos seus alunos de obte-rem uma formação certificada com o programa IT Academy Microsoft.

A Microsoft Technology Associate (MTA) é uma certificação em TI, reconhecida pelo setor a nível mundial, sendo um fator de distinção na formação académica de um jovem que pre-tenda investir numa carreira na área tecnológica.

Para obterem a certificação em MTA, os formandos terão que realizar um exame e demonstrar que dominam os co-

nhecimentos das tecnologias Microsoft. Esta formação apre-senta diversas vantagens para os alunos, nomeadamente o reconhecimento do sector de TI, competências profissionais de elevado nível que irão facilitar o recrutamento pelas en-tidades empregadoras e a entrada no mercado de trabalho destes jovens.

Para além da EPB, também os alunos da Escola Digital e da Escola Ruiz Costa poderão beneficiar do MTA, sendo estas as três instituições de ensino no país a atribuir este certificado aos seus alunos. Para implementar este processo, os forma-dores dos cursos recebem uma formação na área, adquirindo novas competências no sentido de se converterem em profis-sionais certificados na atribuição do MTA.

Reforço de competências da oferta formativa

Certificação Microsoft

Ludger Santo GPSI18 valores 2012/13

Gabriel Borges GPSI19 valores 2011/12

Celso Nazaré Gestão18 valores 2010/11

Sandra Ferreira Contabilidade18 valores 2009/10

Bruna Silva Serviços Jurídicos 18 valores 2008/09

Tânia Maia Contabilidade19 valores 2007/08

Prémio de Excelência EPB (2005/08) – 1ª vez e única: João Loureiro, Design Gráfico.

Alguns dos nossos melhores

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Page 13: EPB Revista junho 2014

cursos

Os técnicos de Frio e de Energias Re-nováveis devem ser capazes de reali-zar um vasto conjunto de operações e procedimentos, associando-se ainda a uma boa capacidade de resolução de avarias e realização de diagnósticos.

Aqui, os alunos têm oportunidade de se familiarizarem com os processos de fabrico comuns que encontramos em diversos setores de atividade.

A começar pelo projeto, desenho de estruturas e peças que têm que construir, passando pela execução de medições e traçagem que permitirão proceder ao corte, dobra, entre outros, resultando nos diferentes componentes de cada projeto.

Depois, aplicam processos de ligação, tais como a soldadura, furação (para ligações aparafusadas) e rebitagem, associados a uma correta ordem, na execução de cada um, em função das especificações que definiram no plano de trabalho, originando uma primeira construção de suporte a todas as suas ideias.

A necessidade de recorrer à monta-

gem de circuitos elétricos que vão ali-mentar cada um dos componentes ati-vos do projeto culmina, numa fase final, com a colocação de circuitos dedicados à função de cada um. Têm, por isso, de ser conhecedores dos processos, utili-zando os recursos adequados. Há de-pois uma grande expectativa para ver o resultado final de cada um! É caso para dizer: a obra finalmente nasceu, resulta-do do empenho e conhecimento reve-lados ao longo da formação!

Os projetos finais dos alunos espe-lham equipamentos que nós utilizamos no quotidiano e que para estes jovens são o resultado do seu conhecimento, traduzido num conjunto de procedi-mentos e operações que os tornaram reais.

Trata-se de cursos ricos em conhe-cimento e com uma necessidade con-tínua de formação ao longo da vida, tendo em conta a necessidade de se manter atualizado e com um bom do-mínio, quer das inovações tecnológicas, quer de um bom conhecimento das re-gras e demais legislação aplicada a este setor de atividade.

Os jovens mais empreendedores po-derão ainda, caso consigam, criar/gerir o seu próprio negócio, prestando servi-

ços domésticos ou até, quem sabe, a es-pecialização numa determinada área ou subsetor e, a partir daí, poderem prestar serviços mais especializados a empresas de maior dimensão. Não podem é, de-pois de terminar o ciclo de estudos, ficar parados à espera…

José EstevesCoordenador de Curso

Frio e Energias RenováveisConhecimento e inovação tecnológica

“cursos ricos em conhecimento e com uma necessidade

contínua de formação ao longo da vida”

“os alunos têm oportunidade de se familiarizarem com os

processos de fabrico comuns”

Prémio de Excelência EPB (2005/08) – 1ª vez e única: João Loureiro, Design Gráfico.

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Page 14: EPB Revista junho 2014

cursos

Desafios permanentesEletrónica e Mecatrónica

Estes cursos têm, na sua gé-nese, um caráter fundamen-talmente técnico, e estão relacionados com a manu-tenção, reparação e adap-tação de equipamentos diversos, nas áreas de eletri-cidade, eletrónica, contro-lo automático de sistemas pneumáticos e hidráulicos, robótica e mecânica de âm-bito geral.

Na escola, os alunos de Eletrónica aprendem a pro-jetar esquemas elétricos, eletrónicos, pneumáticos e hidráulicos, utilizando sof-tware específico: o CAD, na parte elétrica; o EAGLE, nos esquemas de placas em ele-trónica; e o CX-One (Omron), que é um conjunto de pro-gramas para programação de PLC, supervisão e controlo de processos (SCADA) e termi-nais (HMI). A seguir, passam a realizar tarefas de maior domínio que se relacionam com a montagem de equi-pamentos que resultam de

um processo de assimilação e compreensão das aprendi-zagens teóricas e práticas. E é no projeto final do curso, a chamada Prova de Aptidão Profissional, que os alunos executam um projeto físico do início ao fim, de forma mais autónoma, no domí-nio que mais os motivou ou desafiou. Os projetos desen-volvidos são de pequena ou média complexidade, como

aqueles que estão relacio-nados com a execução de circuitos de automatismos diversos, tais como domóti-ca, automatização de máqui-nas industriais, entre outros. Além destes, temos sempre alunos que realizam projetos eletrónicos de nível superior, como os robôs futebolísticos ou mesmo o carro-robô para condução autónoma que já participaram em diversos festivais de robótica.

Na área da Mecatrónica, acrescentam-se a competên-cia da conceção e realização de peças mecânicas, utilizan-do processos convencionais e tecnologias CAD/CAM, bem como a programação e operação de máquinas de CNC. Nesta área, os alunos têm um conjunto muito alar-gado de opções de projetos e de um futuro profissional.

Em termos gerais, os alu-nos destas áreas poderão ser técnicos de nível IV (com o 12.º ano) e trabalhar em em-presas especializadas, como a Bosch, a Delphi, a ETMA, a ITEC, a Rito, R&D - Automa-ção Industrial, ou empresas de instalação / reparação de alarmes, automatismos, equipamentos pneumáticos e hidráulicos, ou outras como os grandes grupos EDP e PT e ainda empresas que tenham automatismos industriais. Há certamente muitas opções e uma delas é, também, o ingresso no ensino superior, mas o que importa é querer saber e, essencialmente, sa-ber fazer com conhecimento e brio. Em síntese, estas são áreas que despertam quem quer ser desafiado!

João GarciaCoordenador de Curso

“temos sempre alunos que realizam projetos

eletrónicos de nível superior (...) que já participaram em diversos festivais”

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cursos

A área da Administração e Comércio tem a particularidade de formar técnicos cujas competências preenchem os re-quisitos solicitados pela esmagadora maioria das empresas sedeadas na região. Fortemente dominada pelo setor terciário, a economia por-tuguesa sinaliza a cidade de Braga como referência no de-senvolvimento de atividades comerciais e na implantação de serviços de especialidades diversas.

Curso Técnico de ComércioSer «Comercial», representando uma empresa, marca ou

produto, é a profissão mais procurada no mercado de empre-go nacional. Com o propósito de conquistar e fidelizar clien-tes, todas as empresas disputam estes profissionais, cujas competências nas áreas da comunicação, organização e ges-tão, se tornam em recursos com altíssimo valor acrescentado.

Destaca-se, ainda, a vertente do domínio das línguas ingle-sa, espanhola e francesa, como ferramenta que potencia a elevação dos negócios à escala global.

Curso Técnico de ContabilidadeA valorização da estabilidade financeira das empresas e a

necessidade do acesso permanente a plataformas digitais e a modelos eletrónicos elevou, exponencialmente, o nível prio-ritário desta área profissional.

A EPB responde à solicitação urgente dos mercados de tra-balho, com a segurança de um capital de experiência na for-mação destes técnicos especializados, bem como na relação privilegiada que mantém com a OTOC e empresas associadas.

Curso Técnico de SecretariadoA adequação permanente do seu plano de estudos à atual

realidade administrativa das empresas tem levado esta oferta formativa a potenciar a empregabilidade.

Organização de eventos, práticas de rececionismo ou asses-soria executiva são atividades emblemáticas do curso.

Curso Técnico de GestãoEvidenciando uma forte aposta no empreendedorismo, a

componente técnica de formação privilegia a aquisição de competências que favorecem a criação do próprio emprego.

Elaboração de planos de negócio e análise de projetos são domínios de atuação preferenciais.

Curso Técnico de MarketingNa era da comunicação global, a difusão de mensagens que

permitam às empresas apresentar produtos e serviços capa-zes de satisfazer os desejos dos consumidores não é um pro-cesso facultativo, mas absolutamente obrigatório.

Conhecer o comportamento dos consumidores e criar es-tratégias de Marketing assertivas fazem parte dos planos cria-tivos implementados pelos alunos deste curso.

Paulo Leitão

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Criar valor, ganhar um rumoAdministração e Comércio

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Page 16: EPB Revista junho 2014

cursos

No próximo ano letivo a oferta forma-tiva na área dos audiovisuais da EPB volta a apresentar o curso de Multi-média. Este regresso é uma resposta à crescente procura do mercado de profissionais nas áreas de design de interface, user experience design, animação gráfica e 3D. A EPB preten-de continuar a ser uma referência na formação na área dos audiovisuais. Há cerca de 15 anos tem vindo a formar novos talentos que se têm afirmado no mercado profissional da região.

Vamos explorar as seguintes áreas:

Vídeo e fotografiaOs alunos serão desafiados a explorar,

através de meios audiovisuais, a sua ca-pacidade e sensibilidade para transmitir emoções, valores e mensagens. Desen-volvem, ao longo de três anos, guiões, curtas-metragens, documentários, ál-buns fotográficos e exposições.

UX e UIUX e UI são as formas abreviadas para

designar respetivamente o user expe-rience design e user interface, duas áre-as do design claramente vocacionadas para os comportamentos, emoções e atitudes dos utilizadores na sua relação com a realidade digital e com as máqui-nas.

Com a universalização da web, a mul-tiplicação dos meios de acesso e a sua integração nas rotinas diárias, as empre-sas procuram, cada vez mais, designers capazes de compreender as relações

interativas e dinâmicas dos indivíduos e diferentes grupos sociais e culturais com os interfaces, software, aplicações e páginas. O designer tem agora que aprofundar conhecimentos de comuni-cação, marketing, psicologia, tecnologia diversa, entre muitas outras áreas, que lhe permitam desenvolver soluções grá-ficas que favoreçam e acelerem a inte-ração.

Design GráficoÉ uma área de formação estrutural

para os jovens profissionais na área do audiovisual. O trabalho em animação,

modelação 3D, webde-sign ou fotografia bene-ficia muito de uma boa cultura visual e gráfica.

A compreensão da história do design e o desenvolvimento con-cetual em grelhas, tipo-grafia, cor, publicidade ou identidade são deci-sivos para desenvolver um profissional criativo, competente e capaz de compreender os diferen-tes desafios.

Animação e 3DUtilização de gráficos, ilustrações, fo-

tografia, vídeo, 3D e som levam à cria-ção de filmes mais dinâmicos, menos lineares e com riqueza visual. O motion graphics e o 3D estão cada vez mais presentes no vídeo, na internet, na te-levisão e no cinema. O domínio de fer-ramentas de vídeo integradas com pós--produção, efeitos especiais, modelação e animação 3D permitem comunicar melhor com os diferentes públicos.

Método de trabalhoAo longo de três anos, os nossos alu-

nos são constantemente desafiados a realizar projetos da sua iniciativa pes-soal ou para dar resposta a solicitações de empresas, instituições locais, colegas de outros cursos e departamentos da EPB. No final da formação, estes alunos apresentarão portefólios diversificados, terão aprofundado as aptidões de co-municação com diferentes clientes e melhorado a capacidade de resposta às múltiplas solicitações do mercado pro-fissional.

João Paulo TeixeiraCoordenador de Curso

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Design Digital e New Media EPB volta a abrir o curso de Multimédia

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Page 17: EPB Revista junho 2014

cursos

O ramo da Construção Civil tem sido provavelmente aquele que, nos últi-mos anos, mais sentiu e sofreu com a propalada crise que nos tem persegui-do.

Esta constatação, para além de ser o retrato fiel das dificuldades por que te-mos passado e em simultâneo ter fun-cionado como barómetro da situação

económica do país, serviu para verificar a versatilidade e a sustentação do setor, bem como a sua capacidade de adapta-ção a novas realidades e novos desafios.

E, assim, verificamos, qual fénix renas-cida das cinzas e com o serpentear do pescoço da sua estrutura na busca da verticalidade e de uma posição firme, a recuperação lenta mas firme do setor, após a turbulência da tempestade que nos assolou.

A Escola Profissional de Braga e, mais

especificamente, o seu curso de Cons-trução Civil procuram dar o seu contri-buto para a construção deste barco de futuro que navega com segurança e fir-meza em águas, por vezes, tumultuosas.

Nesse sentido, a colaboração e a pro-ximidade com o tecido empresarial são cada vez mais necessárias e imperiosas, na busca da melhor preparação dos nossos formandos, quer ao nível técni-

co e de formação geral, quer da sua pre-paração para a adequação a novas rea-lidades profissionais e o confronto com novas realidades políticas, económicas e sociais.

Mais do que nunca, existe uma pre-

ocupação com o saber estar e com o desenvolvimento da disponibilidade para a aprendizagem, para além de uma crescente necessidade de levar os nos-sos alunos a pensar e raciocinar, como forma de lhes serem criadas condições de sustentação e sobrevivência neste mundo feroz em que nos encontramos. Só assim poderá ser possível um cres-cimento, como ultimamente tem sido

muito utilizado, alavancado em estrutu-ras sólidas e de futuro.

Aproveitando o Campeonato Mundial de Futebol e utilizando uma linguagem própria da gíria futebolística, gostaria de terminar dizendo: “Ninguém nos se-gura, carago”.

Jorge FranqueiraCoordenador de Curso

Não há crise que lhe pegueConstrução Civil

“verificamos (...) a recuperação lenta mas firme do setor, após a turbulência da tempestade que

nos assolou”

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Page 18: EPB Revista junho 2014

cursos

Ser Técnico Auxiliar de Saúde é uma profissão em que o Cuidar é inerente da essência humana, sendo de res-ponsabilização e de envolvimento empático. Cuidar pode ser entendido como um conjunto de ações e com-portamentos realizados no sentido de favorecer, manter ou melhorar a con-dição humana no processo de viver ou morrer.

Este profissional está qualificado e apto a desempenhar tarefas sob orien-tação do enfermeiro, na prestação de cuidados de saúde aos utentes e sua família. Uma das atividades essenciais a desempenhar por um Técnico Auxiliar de Saúde é proporcionar o máximo con-forto ao doente e sua família em todas as etapas do processo Cuidar, desde a fase embrionária até à morte do Ser Hu-mano.

Na EPB, formam-se profissionais de saúde que enaltecem o saber ser, o sa-ber estar e o saber fazer. Este último é vivenciado de uma forma intensiva em aulas práticas laboratoriais aproximadas à realidade das instituições de saúde, como lares, clínicas, hospitais, centros de saúde, IPSS, laboratórios e farmácias.

Nos alunos epbianos é fomentada a responsabilidade ética e deontológica

numa prestação de cuidados especia-lizados, de forma a darem ao utente o direito à receção de serviços de alta

qualidade, com urbanidade, respeito e igualdade de tratamento.

Os alunos do Curso Técnico Auxiliar de Saúde da EPB passam por experiên-cias reais na formação em contexto de trabalho, desde lares aos hospitais do concelho de Braga. Instituições como o Hospital de Braga, o Hospital Privado de Braga, a Casa de Saúde do Bom Jesus, entre outras, proporcionam-lhes experi-

ências, onde podem colocar em prática os conhecimentos adquiridos em con-texto escola.

A forma como os profissionais de saúde se entregam à prestação de cui-dados aos utentes, como estão presen-tes, como agem, serão sempre ações de grande influência no fator relacional e no sucesso profissional.

Ana Isabel Oliveira

Mais que um ato, Cuidar é uma atitude…Técnico Auxiliar de Saúde

“Nos alunos epbianos é fomentada a responsabilidade

ética e deontológica numa prestação de cuidados

especializados”

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cursos

GPSI: mais-valia nas novas tecnologiasOs cursos profissionais são uma moda-lidade de educação do ensino secun-dário de nível IV e equivalência ao 12º ano, e caraterizam-se por uma forte ligação ao mundo do trabalho. Num mercado de trabalho global cada vez mais difícil - escasso e exigente -, e de-pendente das inovações tecnológicas, este tipo de formação é sempre dife-renciador e decisor.

O Curso Técnico de Gestão e Progra-mação de Sistemas Informáticos, da fa-mília das Ciências Informáticas, forma profissionais polivalentes com conhe-

cimentos transversais na área de infor-mática.

No plano técnico, destacamos o do-mínio das competências no manuse-amento dos diversos sistemas opera-tivos, a arquitetura de computadores (Hardware), a certificação CISCO, as cer-tificações Microsoft, a programação e as ferramentas web.

Depois de concluírem o curso, os

formandos são capazes de desenvol-ver competências na área de criação de software, instalação e manutenção de computadores, gestão de redes infor-máticas, bem como o desenvolvimento de aplicações web e mobile.

O curso inclui, ainda, uma Prova de Aptidão Profissional e um período de formação em contexto de trabalho (es-tágio em empresas ou organizações), realizada em dois momentos nas me-lhores empresas da região. No 2º ano

do curso é realizado um estágio de 3-4 semanas, visando um primeiro contacto com o mundo do trabalho. No 3º ano, é realizado um estágio de 7-8 semanas.

Os estágios realizados pelos forman-dos, assim como a presença dos em-presários e quadros técnicos no júri da Prova de Aptidão Profissional de cada aluno, são um contributo desisivo para aferir da adequação do perfil profissio-nal do curso. É importante referir que as empresas, além dos conhecimentos téc-nicos, consideram como determinantes as chamadas capacidades habilitantes: trabalho em equipa, adaptação à mu-dança, liderança, iniciativa, responsabi-lidade, etc. Os estágios internacionais realizados por muitos alunos permitem--nos refletir e comparar a uma escala global.

O curso agrega algumas profissões como Técnico de Informática, Progra-mador - Informática, Técnico de Manu-tenção - Informática e Gestor de Redes Informáticas.

Todos os alunos que concluíram o curso são unânimes em reconhecer a mais-valia de terem conseguido um curso técnico na área das novas tecno-logias, trunfo decisivo para qualquer de-safio futuro, pessoal ou profissional. São vários os alunos do curso de Informática da EPB que, além de terem conseguido emprego na área, continuaram estudos, nos cursos da especialidade ou no ensi-no superior.

Américo RodriguesCoordenador de Curso

PEDRO FERNANDES, aluno do 3º ano do curso de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos da Escola Profissional de Braga, destacou-se pela inovação e pioneirismo, criando uma aplicação para iPhone designada Wake Alarm Clock Pro.A aplicação consiste num despertador com um conceito inovador, focado na acessibilidade e simplicidade. Num

simples passar de mão, o utilizador pode adiar o despertador ou desligá--lo virando-o ao contrário. Uma apli-cação desenvolvida num contexto autodidata, e que acabou por se tor-nar na Prova de Aptidão Profissional, enquanto aluno finalista.

“O curso agrega algumas profissões como Técnico de

Informática, Programador - Informática, Técnico de

Manutenção - Informática e Gestor de Redes Informáticas”.

Aluno de GPSI cria aplicação para iPhone

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Page 20: EPB Revista junho 2014

à conversa com

Esta não é uma história singular, nem tão pouco uma coincidência. Anabe-la Sousa e Rogério Lourei-ro conheceram-se na EPB, precisamente há 20 anos. Ela frequentou o curso de Secretariado entre 94 e 97. Ele foi aluno de Eletrónica, entre 93 e 96.

Não houve choque e mui-to menos alta tensão. Aca-bariam por casar, fazendo das suas vidas apenas uma, aquela que, afinal, continu-am a partilhar.

O repórter da epb Revista, antigo professor de Anabe-la, nunca lhe perdeu o rasto, por ser a interlocutora natu-ral da parceria que a escola mantém com o grupo em-presarial para o qual ambos trabalham.

Repórter EPB: Como recor-dam os tempos passados na EPB?

Anabela: Como os melho-res da minha vida! Foi a altu-ra em que criei verdadeiras amizades que ainda perdu-ram. Foi, também, um pe-ríodo muito importante de aquisição de conhecimentos e construção da personalida-de.

Rogério: Os saudosos tem-pos de estudo, sem respon-sabilidades acrescidas… os melhores!

O vosso percurso profissio-nal foi impulsionado pela es-cola. Contem-nos como tudo se tem passado?

Anabela: Três meses depois de terminar o curso, fui con-tactada pela EPB para saber se estava interessada em ir a uma entrevista de emprego. Aproveitei a oportunidade e fiquei a trabalhar como es-criturária numa empresa do

ramo imobiliário. Mas a EPB continuou a contactar-me, durante 18 meses em que es-tive nessa empresa, obtendo feedback contínuo do meu percurso. Como sabiam que aspirava a uma atividade que se constituísse como maior desafio, propuseram-me ir a uma entrevista noutra em-presa, que procurava uma Secretária de Administração. Fui e fiquei colocada. Assim, rescindi amigavelmente com a imobiliária e iniciei ativida-de na TLCI, onde permaneço há 15 anos.

Rogério: Entre 96 e 97, tra-balhei numa pequena em-presa de reparação de eletro-domésticos da linha branca. Entre 97 e 2002, trabalhei como reparador e montador de placas para a pesagem, básculas e balanças. Nes-sa mesma empresa efetuei, posteriormente, montagem, instalação e manutenção de autosserviços (sistemas de pesagem automáticos para básculas). Desenvolvi insta-lações em empresas como a Cimpor, Secil, Valor Sul, Side-rurgia Nacional, entre outras.

Desde então, já trabalhei como eletricista em obras civis, estive 5 anos na Blau-punkt como reparador nas linhas de montagem, e es-tive emigrado em Espanha, durante 2 anos, onde me empreguei no ramo do meio ambiente (construção e re-modelação de infraestrutu-ras para a rede elétrica, gás, resíduos perigosos, águas residuais, etc.).

Em 2010, estabeleci-me por conta própria e iniciei a atividade de prestador de serviços na instalação e ma-

nutenção de telecomunica-ções por fio, para a empresa MMCI (grupo TLCI), onde per-maneço até hoje.

Os cursos que frequentaram continuam a figurar na oferta formativa da escola. Querem dar um conselho aos atuais alunos?

Anabela: Aproveitem o curso para assimilar, ao máxi-mo, o conhecimento prático e teórico que vos é dispo-nibilizado. Mesmo as coisas mais «chatas» poderão vir a ser muito úteis e a alavancar

várias atividades. Com as ba-ses que me foram dadas na EPB, já pude desempenhar diferentes funções, desde o secretariado de administra-ção ao apoio comercial (ba-ckoffice). Atualmente, sou responsável pela gestão de stocks e logística (sede e 28 lojas). Os conteúdos do cur-so de Secretariado abriram o caminho para diversas opor-tunidades!

Rogério: É sem dúvida um curso com elevado índice de colocação dos formandos no mercado. Se gostaram da aprendizagem, vão gostar ainda mais de a poder co-locar em prática. Aos atuais alunos digo que sejam ho-nestos no que fazem, por-que o curso de Eletrónica e Comando abrirá horizontes para um futuro preenchido.

Finalizemos com a pergun-ta sacramental: Há segredos para se manter o namoro de sempre?

Anabela: Muito amor, tole-rância q.b. e paletes de paci-ência! (não necessariamente por esta ordem.)

Rogério: Ter uma mulher fantástica ao meu lado, que me atura todos os dias… e dar-lhe «graxa» de vez em quando!

Entrevista conduzida por Paulo Leitão

Anabela e Rogério, 20 anos mais tarde

“Os conteúdos do curso de Secretariado

abriram o caminho para diversas

oportunidades!” (Anabela)

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à conversa com

Filipe Oliveira é jogador de futebol do Videoton, da primeira Liga da Hungria, e nutre desde muito novo grande pai-xão por esta modalidade desportiva.

Tudo começou na rua onde morava, sempre rodeado de amigos. Era aí que se davam uns toques na bola, num es-pírito de brincadeira e companheirismo, mas foi assim que a vida deste jovem começou a inclinar-se para o que é hoje.

Numa espécie de “olheiro”, um dos seus primos informou-o da existência de treinos de captação no Sporting Clu-be de Braga. Tinha, então, 10 anos…

E lá foi, acabando por cumprir o seu sonho de ficar no Braga!

Seguiram-se vários outros clubes na-cionais, como o Futebol Clube do Porto, o Marítimo, o Leixões, e internacionais, como o Chelsea, o Torino, o Parma e, atualmente, o Videoton.

Porém, o grande impulsionador e o motor da sua carreira foi o pai. Com 17 anos de idade, deparou-se com a difícil decisão de seguir para Inglaterra e o incondicional apoio do pai levou-o até esse clube, onde foi recebido com cari-nho e apoio.

Passou 2 meses longe da família, um tempo que lhe alimentou o desânimo, mas o seu treinador, atento, respondeu com uma autorização de visita a casa!

A passagem pela seleção nacional fez com que viajasse muito, o que consti-tuiu uma experiência muito enriquece-dora, preparando-o para lidar com as distâncias geográficas, mas que “conti-nua a ser difícil.”

Um conselho aos nossos alunos? O talento não é sinónimo de sucesso. É importante, mas também requer disci-plina, muito trabalho e dedicação diá-ria. Sobretudo quando estamos noutro país. Só assim seremos respeitados, pois estamos sob constante análise.

A assiduidade, o trabalho fora de ho-ras, os treinos extra, a análise de vídeos dos adversários são fatores diferencia-dores que fomentam o espírito de sa-

crifício”, que tanto valoriza. É difícil abrir mão de certas coisas, mas “a conquista tem mais sabor quando se prescindiu de algo”.

O Filipe Oliveira sentiu isso na pele quando, depois do 12º ano e ainda no Sporting Clube de Braga, tentou entrar no IPCA, porém, não conseguiu conci-liar estudos e a prática do futebol. Via os seus amigos a divertirem-se e entriste-cia-se.

Mas, valeu a pena, pois, a longo prazo, “conseguem-se resultados que nos rea-lizam pessoal e profissionalmente”.

Natália RebeloAna Isabel Oliveira

Filipe Oliveira, trabalhar para vencer

“A passagem pela seleção nacional fez com que viajasse

muito, o que constituiu uma experiência muito

enriquecedora”

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iniciativas

O Município de Braga as-sinalou o Dia Mundial da Criança com um fim de se-mana repleto de muita di-versão e a EPB, em parceria com a UPA – Unidos pelas Artes, não quis deixar de marcar presença.

Nos dias 31 de maio e 1 de junho, cerca de 50 alunos da EPB participaram no Festi-val de Diversão, na Avenida

Central, e supervisionaram milhares de crianças a diver-tirem-se em trampolins, in-sufláveis, jogos tradicionais e jogos didáticos. Um dia que exigiu esforço físico e res-ponsabilidade.

No dia 1 de junho, na ini-ciativa, «Dar Vida ao Picoto», João Fernandes, Presidente da UPA, encarnou o papel de palhaço, desafiando a crian-çada para diversas atividades lúdicas e coordenou as tare-fas dos alunos Adriana Silva, Carla Ferreira e Rita Bastos do 3º SEC, Patrícia Coelho e Da-niela Araújo do 3º DG, Rosa Azevedo do 1º AS, João No-gueira do 1º FC, e Daniel Fer-reira e Gonçalo Correia do 1º MEC. Formaram-se filas de es-pera para uma ilustração pin-

tada à mão no rosto diverti-do e feliz dos mais pequenos: um coração, uma borboleta, uma flor. O momento ficou, igualmente, marcado pela “estampagem” das mãos no lençol que registou um mo-

mento lindo… “Não trocava o sorriso destas crianças por ficar a dormir num domingo de manhã”, confidenciou-me uma aluna.

Natália Rebelo

A EPB marcou presença na XI edição da “Braga Romana – Reviver Bracara Augusta”, evento que decorreu entre os dias 21 e 25 de maio de 2014, no centro histórico de Braga. Nós, alunas finalistas do Curso Técnico de Secre-tariado, assumimos a co-ordenação das atividades relacionadas com a par-ticipação da escola neste evento, estabelecendo os contactos necessários, as-segurando a comercializa-ção de produtos na banca de mercador e supervisio-nando o cortejo noturno.A banca de mercador da EPB, situada no Rossio da Sé, contou com a colabo-ração de vários parceiros que colocaram produtos de qualidade à disposição dos visitantes, destacan-do-se o mel caseiro da Loja Colmeia - Comércio de Material Apícola, Lda.,

compotas, marmelada e biscoitos, da Guimarães & Noronha, e bolos e broas de pão de confeção própria.Quanto ao cortejo noturno, realizado no dia 23, foram mobilizados cerca de

setenta epbianos – alunos, professores e funcionários -, vestidos com trajes a rigor, totalmente confecionados pelo Ateliê da D. Flávia, em Tibães. Numa

malha visual acetinada e brilhante que remete para o azul, cor predominante da EPB, cruzam-se os tons de dourado e castanho. A animar o cortejo, esteve a Associação UPA - Unidos Pelas Artes,

com o seu dinamismo con-tagiante, criatividade e vas-to repertório teatral. Uma iniciativa que marcou o iní-cio da parceria entre a EPB e a UPA, onde se evidencia a conjunção perfeita entre a cultura e a educação.Os epbianos portaram-se à altura. Muita alegria, diver-são, cor, ritmo, criatividade, ordem e responsabilidade deram o toque ao Cortejo Triunfal da Bracara Roma-na. Merecem os aplausos de quem os apreciou, ser-vindo de exemplo a outras

manifestações similares.

Adriana Silva e Carla Ferreira3º ano de Secretariado

EPB na Braga Romana

Um Dia Mundial da Criança repleto de diversão

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iniciativas

NO ÂMBITO da minha Prova de Apti-dão Profissional, realizei uma Feira de Artesanato, nos dias 10 e 11 de maio, no espaço comercial E.Leclerc de Bra-ga, com o objetivo de sensibilizar toda a comunidade para a importância da preservação das tradições que carate-rizam o Baixo Minho.A atividade contou com a presença de artesãos de Barcelos, Vila Verde, Espo-sende, Guimarães e Braga, e também com algumas telas da Exposição “Por-tugal Monumental” do artista Santia-go Belacqua. No domingo, dia 11 de

maio, pelas 17h00, atuou o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Martim, Barcelos, um grupo composto por 50 pessoas que, há cerca de 25 anos, di-vulga a cultura da região através da

dança.Este evento contou com a colabo-ração de vários parceiros, E.Leclerc, Paulo Silva Eventos, Quinta da Renda e Loja do Tesouro-Museu da Sé de Braga, assim como de vários artesãos, Loja Pó de Arroz (Braga), Glória Bar-ros (Vila Verde), João Veiga (Barcelos), Conceição Sapateiro (Barcelos), Maria Fernanda Braga (Guimarães) e Maria Arantes (Esposende).

Helena Magalhães3º ano de Secretariado

Os Encontros de Design e Multimédia da EPB, já na sua 6ª edição, decorreram durante três dias em abril, com workshops, palestras e debates.

Os Encontros deram um forte destaque ao design para no-vas plataformas, com vários workshops e palestras sobre user experience design, user interface e webdesign. Um foco que é consequência do crescente aumento da procura, por parte das empresas da região, de novos designers para sistemas di-gitais e para a multiplicidade de meios de acesso à rede.

Para as atividades realizadas, os Encontros mobilizaram empresas como a Gen, Paleta de Ideias, Mobiware e Mezzo-lab, e ainda a colaboração do designer João Ferreira.

Esta edição voltou também a apostar em atividades nas áreas de design, ilustração, fotografia, vídeo, animação e co-municação, com ações de formação e debate em branding, brainstorming, técnicas de ilustração, design gráfico, com a presença de profissionais como Daniel Camacho, Hugo Silva, os ex-alunos José Carlos Rodrigues e Jorge Henriques, e a em-presa Framework Lab.

E, como tem sido habitual, incluíram, ainda, um conjunto de workshops desenvolvidos por alunos e ex-alunos do curso, destinados preferencialmente aos alunos de Design e Multi-média, destacando-se um de ilustração, realizado por Ricardo Coelho, outro de paginação, por Rúben Machado, e um tercei-ro de fotografia, por Tiago Cunha.

Destaque para o regresso de Paulo Heitlinger à EPB, uma referência nacional na área da tipografia, que realizou um workshop de criação de tipo de letra e, à noite, na Velha a Branca, uma conversa/debate sobre tipografia.

A realização deste evento esteve a cargo do aluno finalista Tiago Cunha, no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional, que constitui o projeto de excelência de final do curso. Nes-tes projetos, pretende-se que os alunos desenvolvam ideias, conceitos e experiências que constituam o culminar de um percurso formativo de três anos na área de design gráfico.

João Paulo TeixeiraCoordenador de Curso

Encontros de Design e Multimédia

Feira de Artesanato

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iniciativas

A 5ª edição das Jornadas Administra-tivas marcou o regresso do evento ao auditório da EPB, no passado dia 26 de março.

Com efeito, foi uma plateia repleta de alunos da área de Administração e Co-mércio, que assistiu a um conjunto de intervenções que evidenciaram, como denominador comum, a necessidade de se «acrescentar valor» a cada momento em que se desenvolvem atividades pro-fissionais.

Humberto Carlos, administrador da Invest Braga, fez a intervenção de aber-tura, iniciando a sessão matinal que incidiu ainda sobre as temáticas do Empreendedorismo, com Rui Pinheiro, e dos Movimentos globais, com Pedro Basto.

Após o 1º momento de debate, a an-tiga aluna da EPB, Marta Ferreira, aludiu ao seu percurso profissional, para exem-plificar processos e opções tomadas após o término do ensino secundário, a partir do mote «Do secretariado à ges-tão comercial». Seguidamente, Rafaela

Silva deu uma sessão de esclarecimen-tos sobre modelos de financiamento

para projetos empreendedores.Na sessão da tarde, o auditório foi in-

vadido pela subtileza das «marcas sexy» com Paulo Moreira, e assistiu a uma ses-

são transmitida em direto, através de plataformas digitais, com a intervenção de Vasco Marques, precisamente sobre Marketing Digital.

Por sua vez, Paula Carvalho esclareceu os participantes sobre as metodologias adotadas na organização de eventos e, para finalizar, José Nogueira transpor-tou a plateia para o «storytelling», como novo conceito de Marketing.

Jecyleide Barros, aluna finalista do Curso Técnico de Secretariado, foi a apresentadora e moderadora desta 5ª edição das Jornadas Administrativas, cumprindo, assim, a parte prática da sua Prova de Aptidão Profissional.

Paulo Leitão

V Jornadas Administrativas«Criar valor acrescentado» - ideia presente em todas as intervenções.

DECORREU entre os dias 6 e 8 de março, na Universidade do Minho, a RoboParty, um encontro anual de caráter di-dático, onde jovens de todo o país se reúnem durante três dias, para montar e progra-mar um robô.

O começo foi um pouco atribulado, um misto de moti-vação para este novo desafio e ansiedade própria de quem é ainda pouco experiente no curso e lhe colocam nas mãos um kit de um robô para pôr em andamento. Mas, com algum esforço e dedicação, concluímos com sucesso a montagem do hardware do robô no final do pri-meiro dia. No dia seguinte, tivemos uma palestra sobre programação, que

ouvimos com muita atenção, para aprendermos um pouco mais. E, se no dia anterior tinha sido difícil, o que di-zer deste… que para além de difícil foi stressante.

Afinal, ainda há muito para saber em Eletrónica na EPB!

Depois da montagem, no último dia, durante a manhã, fomos prestar provas do que fizemos, nas categorias de obstáculos e perseguição. No final da tarde, realizou-se a prova de dança com coreo-grafias criativas, onde alunos e robôs partilharam o mesmo palco. Apesar de não termos atingido o pódio, foi uma óti-ma experiência para nós, ago-ra que iniciamos viagem pelo mundo da Eletrónica.

Obrigado à escola pela ajuda e con-fiança!

José Ribeiro1.º ano de Eletrónica

1º de Eletrónica na RoboParty 2014

“necessidade de se «acrescentar valor» a

cada momento em que se desenvolvem atividades

profissionais”

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iniciativas

O Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Profissional de Braga convidou o eurodeputado José Ma-nuel Fernandes para uma palestra subordinada ao tema “Os jovens e a Europa”, realizada no âmbito da Semana Cultural, no dia 8 de maio, no auditório da escola.

Tendo como objetivo celebrar o Dia da Europa, pretendia-se promover uma reflexão sobre alguns temas como: a construção do proje-to europeu; direitos e deve-res dos cidadãos europeus; eventuais razões para a redu-zida participação dos jovens nas eleições e/ou políticas da UE; propostas de combate à crise e ao desemprego, parti-cularmente dos jovens.

O diretor pedagógico da EPB, Dr. José Oliveira, come-çou por dar as boas-vindas ao eurodeputado José Manuel Fernandes e fez uma brevís-sima apresentação do projeto pedagógico da escola e dos cursos que vem ministrando. Na sessão, participou também o coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Huma-nas, António Dias Pereira, e o professor João Barbosa, que foi o moderador.

Dirigindo-se aos alunos da plateia, João Barbosa destacou o elevado absentismo dos jovens nos atos eleitorais, referindo que, normalmente, apenas 25 % dos jovens até aos 25 anos exercem o direito de voto, lançando um incentivo à maior participação dos jovens na vida política nacional e europeia.

Europa mais solidária

Seguidamente, o eurodeputado apresentou um vídeo so-bre o seu trabalho no âmbito do Parlamento Europeu, e as suas ideias sobre o Projeto da Europa unida, destacando a de-fesa de um orçamento europeu a suportar despesas de edu-

cação e também pensões. Assumiu que é a favor de uma Eu-ropa mais solidária, mais integrada e com mais coordenação, onde as despesas de educação e parte das pensões sejam pagas, em cada Estado-membro, com verbas do orçamento da União Europeia. Sublinhou, também, a importância da so-

lidariedade entre gerações e alertou para o problema do envelhecimento acentuado da população europeia.

José Manuel Fernandes defendeu um orçamento da União Europeia mais eleva-do, de onde possam sair ver-bas para pagar as despesas de educação e pensões. Essa seria uma forma de evitar que um país assuma todos os encargos com a formação de jovens, que depois vão criar riqueza para outro país, enquanto o país de origem perde população ativa e vê

agravados os encargos sociais com as reformas. Entende que “seria mais justo se fosse a União Europeia a

pagar todas as despesas referentes ao ensino obrigatório”, numa lógica de maior integração e partilha. Deu o exemplo da emigração de jovens portugueses para a Alemanha, no-meadamente enfermeiros e engenheiros. “Quem pagou a educação destes jovens foi o nosso país, mas quem ganha é a Alemanha que fica com mão de obra qualificada e com a população rejuvenescida”, explicou.

No caso das pensões, o eurodeputado considera que ape-nas parte deve ser coberta pelo orçamento da União Euro-peia, cabendo a outra parte a cada Estado-membro.

Maior integração europeia

A palestra terminou com os alunos a interrogarem o eu-rodeputado com diversas questões relativas ao processo de construção do projeto europeu, designadamente sobre o sentido desta integração e das respostas da União aos gran-des desafios que se colocam à Europa, de modo particular as alterações climáticas, o envelhecimento populacional, o elevado desemprego dos jovens e a dependência energéti-ca. José Manuel Fernandes evidenciou a necessidade de uma maior integração europeia e da premência de respostas efica-zes e rápidas para os desafios atrás mencionados.

António Dias Pereira deu por encerrada a sessão, incenti-vando os jovens a participarem ativamente no projeto da Europa unida, através do conhecimento da sua história e ob-jetivos que presidiram à construção da União e assumindo os seus valores fundamentais.

Carlos MoraisProfessor

Escola comemora Dia da Europa

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iniciativas

Caminhos para a Matemática

Nas escolas de Portugal, continua a verificar-se um elevado número de alunos que ainda considera a Matemática uma disciplina estéril, sem interesse, abstrata e geradora de sen-timentos negativos como indiferença e frustração; mas há também jovens com vontade em caminhar noutro sentido, ao reconhecerem a importância e o papel desta ciência na sua formação. Diferentes modos de sentir a Matemática que também se manifestam na Escola Profissional de Bra-ga, onde é latente, todavia, uma vontade de querer fazer diferente, visível no modo como os alunos se envolvem nas atividades.

A Imagem da MatemáticaÀ semelhança de edições anteriores, desenvolveu-se o con-

curso A Imagem da Matemática, verificando-se uma boa ade-são dos alunos (87) que criaram 153 projetos e participaram num workshop de Dicas de Fotografia.

Da votação dos dez projetos selecionados, no dia 10 de maio, ficaram classificados nos três primeiros lugares, por esta ordem, os alunos Erick Araújo, 3º FC, Luís Carvalho, 1º MEC, e Vítor Oliveira, 2º GES. Vai realizar-se, ainda, uma exposição de trabalhos no espaço TOCA.

Cantinho das CiênciasNo dia 7 de maio, decorreu o Dia das Ciências Exatas, no

âmbito da Semana Cultural. Professoras da disciplina de Física e Química criaram o Cantinho das Ciências, onde fizeram a demonstração de algumas experiências simples do quotidia-no, para despertar o interesse pela Física e Química.

Matemática e Física enfeitam o NatalForam muitas as formas com que os alunos interpretaram

o Natal, ligando-o a objetos oriundos da Matemática e da Fí-sica. A participação dos diferentes cursos deu um contributo significativo para o embelezamento do Natal na EPB, numa perspetiva criativa dos nossos alunos.

XadrezO Xadrez, um dos desportos mais praticados, no mundo, e

impulsionador da imaginação, concentração e velocidade de raciocínio, foi uma das atividades praticadas pelos alunos, nos dias 6 e 7 de maio. O vencedor do Torneio foi o aluno Jorge Silva, do 1º ano de Eletrónica.

6º Torneio de Jogos MatemáticosO torneio contou com a participação das 27 turmas dos cur-

sos profissionais, que jogaram os jogos Hex, Avanço e Produ-to em duas fases: por grupos e por eliminatórias, sagrando-se vencedor o 3º ELE, seguindo-se o 2º GPSI, o 2º ELE e o 3º SEC.

10º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos

Depois de realizado o 6º Torneio de Jogos Matemáticos - epb, os alunos das turmas classificadas nos primeiros três lu-gares - 3º ELE, 2º GPSI e 2º ELE - disputaram entre si um lugar para a representação da EPB no 10º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, realizado no Fundão, no dia 14 de março. A equipa da EPB não ganhou, mas entregou-se com entusias-mo, desportivismo e experiência competitiva. Quem sabe se na próxima não será a nossa vez de brilhar!

Enfim, as atividades organizadas pelo grupo curricular de ciências exatas permitiram o envolvimento lúdico de toda a comunidade educativa, através de um olhar diferente mas compenetrado, de ver a Matemática e a Física no espaço que nos rodeia, na forma de imagem, de jogo ou através de uma simples experiência. E promoveram, junto dos alunos, o forta-lecimento da amizade, o convívio, a partilha, a cooperação, a entreajuda e o gosto pelo desafio.

José PedrosaGrupo Curricular de Ciências Exatas

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iniciativas

A ideia de combater a crimi-nalidade andava comigo há algum tempo. E, chegado ao 3º ano, pensei numa iniciati-va que levasse à sensibiliza-ção dos jovens a não come-terem crimes. Então, fiz os contactos necessários e de-senvolvi uma ação sobre tal temática, que decorreu no dia 22 de janeiro de 2014.

Durante a manhã, toda a comunidade escolar pôde assistir a uma demonstração realizada pelo Grupo Opera-cional Cinotécnico da Polícia de Segurança Pública.

Foram apresentadas simu-lações de assaltos e furtos e a respetiva intervenção dos agentes e cães.

De tarde, decorreu uma sessão de esclarecimento, com um painel composto por Ricardo Amaral, Subco-missário do Comando Dis-

trital da PSP de Braga, pelo Agente-Principal Gonçalves,

do Programa Escola Segura, e por Henrique Passos, Inspe-tor-Chefe do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Braga.

Ricardo Amaral começou por afirmar, para uma plateia muito interessada, que “O

nosso distrito é um dos mais seguros, com menos de 30

crimes por número de habi-tantes” e que, segundo o Re-latório Anual de Segurança Interna de 2012, a atividade criminal diminuiu no distri-to de Braga. Os crimes mais praticados foram os de furtos de veículos (32.722), ofensas

à integridade física (26.430) e a condução sob o efeito de álcool (25.365 casos). Mas foi registado um ligeiro aumen-to dos crimes de burla, prin-cipalmente a idosos.

A seguir, o Agente Principal Gonçalves reforçou a ideia de que “Braga é das cidades mais seguras do país”, tendo Henrique Passos analisado as causas e efeitos da delin-quência juvenil, concluindo que se tem registado um aumento da criminalidade informática.

A terminar, houve ainda tempo para alunos e profes-sores apresentarem algumas questões, que tiveram res-postas adequadas.

Foi uma excelente ação de sensibilização para toda a co-munidade escolar.

Adriano Cardoso3º ano de Secretariado

Prevenir para não remediarCampanha de Sensibilização Anticrime

Cláudia, onde estudaste até ao 9.ª ano? O percurso foi sem-pre regular?

Sim, o meu percurso sem-pre foi regular. No 1º ciclo, estudei na escola Quinta de Veiga e, depois, no 2º e 3º ci-clos, na Escola Dr. Francisco Sanches.

Por que motivo escolheste a EPB?

Não queria fazer o ensino regular, queria aprender algo mais específico. Sabia que queria tirar um curso profis-sional, então deveria esco-lher uma escola profissional. Recebi algumas recomenda-ções de amigos, pesquisei sobre a escola e visitei-a. E acho que fiz uma boa esco-lha. Adorei as instalações, funcionários e professores.

E a opção Eletrónica foi úni-ca? Justifica.

Sim, foi. Desde pequena tive um fascínio por equipa-mentos eletrónicos e elétri-cos, desde um simples LED de um brinquedo a um com-putador. Queria saber mais

sobre tal ciência. Depois, comecei a ter ideias, como montanhas russas e robôs. O meu pai explicava-me al-gumas coisas e, no 9º, ano também tive algumas aulas de Eletricidade e fiz alguns workshops de robótica.

Como te sentes hoje no cur-so de Eletrónica? Procuras ser a melhor?

Sinto-me bem a aprender o que gosto. O curso está muito bem organizado e tem matérias interessantes. Não procuro ser a melhor, mas sim alcançar os meus objeti-vos pessoais, como ter uma média para entrar na univer-sidade e arranjar um trabalho na área que gosto.

O que fazes para além do

curso? Há lugar para hobbies? Apesar da agenda quase

cheia, consigo arranjar lugar para os meus hobbies, tais como os escuteiros, aulas de guitarra, capoeira, natação...

Qual a sensação de ser a única rapariga na turma?

Boa, acho eu. Pensava que me ia sentir excluída, mas eles acabaram por me aceitar de braços abertos. Eles são simples e queridos, mas há alguns dias que eles parecem esquecer-se que eu estou lá, mas também não me impor-to! Eu habituei-me, desde pe-quena, a não ter companhia feminina!

Entrevista conduzida por Eugénia Coutinho

Quem era a capa da Revista 6?

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iniciativas

À SEMELHANÇA do ano transato e sob a orientação dos professores de educação física, Marta Fernandes e Hugo Oliveira, os cursos técnicos de Secretariado, de Design Grá-fico e de Marketing colaboram na logística do Torneio SC Braga Cup’2014, promovido pela Escola “Gverreiros do Mi-nho”, mais conhecida por “escolinhas”. O evento terá lugar a 21 de junho, no Complexo Desportivo das Camélias.

Atividades desportivas

Corta Mato Escolar da CLDE de BragaA EPB fez-se representar com 24 alunos no Corta Mato Esco-

lar da CLDE de Braga, que teve lugar em Guimarães, no dia 14 de fevereiro. Os alunos foram divididos em quatro equipas de diferentes escalões: Juvenis Masculinos, Juvenis Femininos, Juniores Masculinos e Juniores Femininos.

Os nossos alunos entregaram-se às provas com garra e des-portivismo, conseguindo resultados muito interessantes, que se transcrevem:

1º lugar por equipas na categoria de Juniores Masculinos:Vítor Oliveira (2º GES), Bruno Sá (1º MARK), João Ferreira (3º

FC), Erick Araújo (3º FC) e Hugo Quinteiro (2º FC). 2º lugar individual na categoria de Juniores Masculinos:João Ferreira (3º FC).A equipa masculina de juniores ficou apurada para partici-

par no Campeonato Nacional de Corta Mato, que se realizou no dia 15 de março, em Portalegre, num evento que contou com alunos de categorias escolares, universitárias e vetera-nos.

V Corta-Mato EPBRealizado a 29 de novembro de 2013 no estádio 1º de maio

e zonas circundantes, envolveu 250 alunos num ambiente de grande alegria e competição, saindo vencedores:

Juniores Masculinos: João Ferreira (3º FC);Juniores Femininos: Mafalda Fernandes (1º SEC);Juvenis Masculinos: António Ferreira (2º MEC);Juvenis Femininos: Ana Teles (1º AS).

Torneio de Futebol 7 MasculinoRelativamente ao Torneio de Futebol 7 Masculino, este de-

correu do dia 12 de fevereiro até ao dia 11 de junho, com uma final disputada entre as duas equipas finalistas. O torneio decorre durante o 2º e 3º trimestres do ano letivo, às quartas--feiras da parte da tarde.

Estiveram envolvidas inicialmente no torneio 12 equipas, agrupadas em 3 grupos de quatro equipas cada. Das doze equipas iniciais, foram apuradas para os quartos-de-final o vencedor de cada um dos grupos e o 2º melhor dos três gru-pos, apurando-se para as meias-finais as turmas 2º CC, 3º ELE, 3º ER e 3º CC. A final foi disputada pelas equipas do 2º CC e 3ºCC, saindo vencedora esta última.

Torneio de Futebol 7 Feminino Teve também lugar um Torneio de Futebol 7 Feminino, no

dia 8 de maio, que contou com a participação de 4 equipas, verificando-se a seguinte classificação final:

1º Lugar - “As regula” (1º SEC);2º Lugar - “Pé de Atleta” (1º AS);3º Lugar - “TIP” (3º DG / 3º AS/ 2º SEC / 3º AS); 4º Lugar - “DG13” .

Hugo Oliveira e Marta FernandesProfessores de Educação Física

SCBraga Cup’2014

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Page 29: EPB Revista junho 2014

opinião

Fomos para a rua recolher a opinião de bracarenses sobre o ensino profissio-nal e a atualidade: 1. Como se chama e o que faz? 2. Considera que o ensino profissional tem futuro em Portugal? 3. Na sua opinião, os jovens de hoje preocupam-se com o futuro profissio-nal? 4. Braga oferece oportunidades de emprego?

Armando Simões, re-formado

Considera que o en-sino profissional tem futuro em Portugal e que os jovens de hoje se preocupam com o

futuro profissional, especialmente em Braga. Para si, Braga oferece oportuni-dades de emprego e verifica-se que o desemprego está a desaparecer.

Sara Martins, estu-dante

Pensa que o ensino profissional, nos mol-des em que está a ser organizado, não tem futuro em Portugal e

está a ser desvalorizado pelos professo-res e alunos. Acredita que os jovens de hoje se preocupam com o futuro profis-sional mas, dada a situação atual, prefe-rem optar por outras vias. E Braga não oferece oportunidades de emprego.

Alcina Pereira, refor-mada

Considera que o en-sino profissional tem futuro em Portugal e que os universitários têm mais tendência

para emigrar. Os jovens de hoje preocu-pam-se muito com o futuro profissional, muito irregular e incerto. Oportunida-des de emprego não existem nem em Braga, nem em lado nenhum.

Arminda Fernandes, balconista

Os alunos do ensino profissional são mais preparados para a vida porque o ensino pro-fissional forma bons

profissionais e técnicos. Os jovens de hoje, que são responsáveis, preocupam--se muito com o futuro profissional, mas Braga oferece poucas oportunidades de emprego e é preciso ter competências.

António Monteiro, ar-tesão

Considera que o ensino profissional é essencial e que os jo-vens de hoje podem até preocupar-se com

o futuro profissional, mas as coisas fo-ram definidas para o ensino superior e o ensino técnico ficou para trás. Braga oferece mais oportunidades de empre-go do que se julga e, sendo uma cidade comercial, é mais fácil as pessoas cria-rem o próprio emprego.

Manuel Ferreira, litó-grafo

O ensino profissional tem futuro em Portu-gal e devem formar-se pessoas em várias áre-as. Os jovens de hoje

não se preocupam com o futuro profis-sional, a maioria só quer brincadeira. É pessimista quanto à oferta de oportuni-dades de emprego em Braga.

Ana Fernandes, em-pregada de comércio

Considera que o en-sino profissional tem futuro em Portugal e, na sua opinião, os jo-vens de hoje preocu-

pam-se muito com o futuro profissio-nal. Neste momento, Braga não oferece oportunidades de emprego, é uma ci-dade saturada.

Luís Pinheiro, comer-ciante

É otimista quanto ao futuro do ensino pro-fissional em Portugal e considera que os jo-vens de hoje se preocu-

pam mais com o futuro profissional do que antigamente. A indústria da cons-trução está parada, o que reduz drasti-camente as oportunidades de emprego em Braga.

José Sousa, industrialO ensino profissional

tem futuro em qual-quer sítio, desde que seja bem aplicado. Não só os jovens mas toda a gente se preocupa com

o futuro profissional. As oportunidades de emprego surgem da força de vonta-de da nossa parte.

Ramiro Monteiro, tra-balhador em eletrodo-mésticos

Considera que o en-sino profissional tem muito futuro em Por-tugal, para os jovens e

não só. A preocupação dos jovens de hoje com o futuro profissional é eleva-da, mas Braga tem futuro e as oportuni-dades de emprego irão crescer.

A voz dos bracarenses

Entrevistas conduzidas por Cristiana Rocha (3º SEC) e Tiago Valentim (1º MARK)

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opinião

Nova escola, nova vida

Quando no verão a minha filha colocou a hipótese de alterar radicalmente o per-curso académico, a primeira reação foi… e agora? No entanto, tudo se foi ajustan-do… a mudança é radical, do excesso de

teoria, que em nada motiva os alunos, de salas a abarrotar de miúdos desanimados e desesperadamente à espera do toque, passámos para uma realidade de entusiasmo e de interesse. Atividades práticas, a realidade do mercado de trabalho, conjugadas com o empenhamento de um corpo docente que se envolve ativamente na vida do aluno, e dose certa de “sala de aula”, tudo se traduziu num ano le-tivo pleno de experiências produtivas, ano esse que agora termina sem os habituais “nervos” de “E as notas?”, pois este permitiu à minha filha aprender, evoluir e crescer salutar-mente, realizando aprendizagens que pode ver aplicadas no seu dia a dia e obter ao mesmo tempo bons resultados.

Liliana FernandesEncarregada de Educação de aluna do 1º SEC

Local ideal para o lançamento no mer-cado de trabalho!

A Escola Profissional de Braga é um esta-belecimento de ensino que abre muitas portas no que respeita ao mercado de tra-balho.

Como pai de um aluno que frequenta a EPB, sinto-me satis-feito com aquilo que propõem ao meu educando, dando--lhe a oportunidade de estagiar em empresas nas quais poderá pôr em prática tudo aquilo que vai aprendendo ao longo do seu curso. Um apelo aos pais: a Escola Profissional de Braga é certa-mente o local ideal para o seu educando se lançar para o mercado de trabalho!

Joaquim Jorge Nogueira da SilvaEncarregado de Educação de aluno do 2º ELE

Crónicas no Correio do Minho

O que pensam os pais da EPB?

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em rede

A Escola Profissional de Bra-ga e a Go Work, instituições do Grupo Rumos, assinaram, no mês de maio, um proto-colo de cooperação em que se comprometem a desen-volver novas ferramentas para a empregabilidade dos alunos recém-formados deste estabelecimento de ensino.

A Go Work, enquanto em-presa de Trabalho Temporá-rio, Recrutamento e Seleção e Outsourcing, irá colaborar no processo de integração no mercado de trabalho dos alunos da EPB, após os res-petivos estágios curriculares, em regime de Outsourcing ou Trabalho Temporário, au-mentando, assim, as hipóte-ses de empregabilidade dos alunos e ampliando o ciclo de vida do Grupo Rumos en-tre estes alunos.

Esta parceria incide nos cursos onde a EPB tem tur-mas finalistas e, como tal, com alunos já capacitados para a transição para o mer-cado de trabalho; alunos finalistas, em fase de inte-gração, nomeadamente: Au-xiliar de Saúde, Construção Civil, Design Gráfico, Eletró-nica, Automação e Comando, Energias Renováveis, Frio e Climatização, Gestão, Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, e Secretariado.

Para Ana Cláudia Rodri-gues, da Comissão Executiva da EPB, “esta parceria reves-te-se de inestimável valor, atendendo à preocupação que a escola mantém, desde sempre, em acompanhar os alunos após o ciclo de for-mação, nomeadamente na sua integração na vida ativa, apoiando a sua participação em estágios e mediando con-tactos com o mercado de tra-balho a nível local/regional, mas também a nível interna-cional (mais de 175 estágios transnacionais em países como Espanha, França, Ingla-terra, Irlanda, Alemanha, Fin-lândia e Malta). Anualmente, muitos dos nossos alunos são convidados a permane-cerem nas empresas onde estagiam, no entanto, num contexto em que as dificul-dades de acesso ao mercado de trabalho comportam exi-gências acrescidas, esta par-ceria com a Go Work ajudará, seguramente, a reforçar este apoio no compromisso da EPB em apoiar a empregabi-lidade dos nossos alunos”.

Para Fábio Alves, Business Unit Manager da Go Work, “Esta é uma resposta eficaz para todas as partes envol-vidas e que vai ao encontro das novas tendências de um mercado de trabalho que, cada vez mais, valori-za o ensino na sua vertente

mais prática, como é o caso do profissional, assim como adota modelos de cresci-mento das organizações em regime de Trabalho Tempo-

rário e de Outsourcing de Re-cursos Humanos”.

GoWork e EPB unidas pela empregabilidade

Sobre a Go Work

Fundada em 2007, em Lisboa, a GO Work é uma empresa de Recursos Humanos, com oferta de serviços de Recru-tamento & Selecção, Trabalho Temporário, Outsourcing e Contact Center.Identificando nos seus colaboradores o seu maior ativo e devido a um trabalho prévio de análise de mercado e um investimento sério em formação, a GO Work apresen-ta soluções de Recursos Humanos competitivas, mas com qualidade efetiva. Para mais informações visite: http://www.gowork.pt

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em rede

Em outubro de 2013, a EPB integrou o projeto Make It Pos-sible, desenvolvido ao longo de seis semanas, numa parce-ria com a AIESEC, a maior organização mundial gerida por jovens. Os alunos foram orientados pelos voluntários inter-nacionais que lhes proporcionaram várias oportunidades de aprendizagem tais como workshops, trabalhos de gru-po, estudos de caso, debates, etc.

As turmas 3º GPSI, 3º DG, 3º SEC, 2º AS, 3º ER, 3º CC e 3º GES orientadas pela Loukia Boem da Grécia, e o Amr Hassam, do Egito, entraram numa competição saudável, na qual concebe-ram projetos através dos quais pretenderam sensibilizar a co-munidade escolar da EPB sobre as diferentes temáticas abor-dadas no âmbito dos ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milénio, a pobreza e o respeito pelo ambiente.

As alunas Ana Patrícia Coelho, Joana Alves, Sofia Lopes e Lea Pinto, do 3º ano de Design Gráfico, da equipa Funky Team, foram as vencedoras do projeto, com a conceção de uma campanha de sensibilização sobre a poluição do ar. O projeto consistiu na construção de um cubo repleto de fumo, no qual foram colados dois cartazes com a frase irónica “O fantástico futuro do nosso planeta”; foram, igualmente, distribuídos se-paradores de livros, com a frase “Respeita o ar que respiras”.

As vencedoras participaram no Evento Final do Projeto Make It Possible, em novembro de 2013, no Grande Audi-tório do ISCTE-IUL, juntamente com os 33 voluntários inter-nacionais, que mobilizaram os estudantes de 15 escolas se-

cundárias de Braga, Aveiro e Lisboa. Num pitch criativo de 5 minutos, cada equipa apresentou as suas iniciativas ao júri composto pela Deputada Mónica Ferro, Membro do Comité Executivo Parlamentar Europeu para o Fórum da População e Desenvolvimento, Vera Lopes, Membro da Direção responsá-vel pela Participação Juvenil e Associativismo do CNJ, e Ricar-do Vitorino, Presidente da AIESEC em Portugal.

Natália Rebelo

Desafios do Projeto Make It Possible

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escola

A inovação e competência são, seguramente, elementos que pertencem ao património imaterial da EPB. No entanto, a visita a cada um dos seus diferentes espaços, permite-nos encontrar profissionais em autêntico período de gestação.

Não é difícil encontrá-los, apesar da diversidade das espé-cies existentes recomendar especial atenção ao chegar a cada «habitat».

Assim, ao encontrarmos a sinalética que indica a sala de práticas administrativas, aproximamo-nos de grupos de alu-nos que, de forma concentrada, analisam, registam ou ar-quivam documentação de caráter financeiro. Outros grupos, desenvolvendo atividades mais criativas, definem estratégias e implementam ações. São alunos de Marketing, Gestão e Se-cretariado.

Mais abaixo, na sala 1 de Informática, são vários os alunos que, usando metodologia sistemática, constroem algoritmos e manipulam componentes digitais. Aplicam, afincadamente, princípios de Gestão e Programação de Sistemas Informáti-cos.

No mesmo piso, é possível descobrirmos uma verdadeira palete de cores. Alunos de Design Gráfico ou Multimédia fa-zem, de cada monitor, um espaço de infinita criação.

Se descermos um pouco e ousarmos espreitar, vemos ma-nobras de reanimação e ações de suporte de vida. As batas não enganam. Trata-se do laboratório do curso de Auxiliar de Saúde.

Não muito longe, e obedecendo a rigorosos princípios de segurança, são vários os alunos que manuseiam instrumen-tos diversos. Dão corpo a complexas formas metálicas de ali-mentação elétrica ou alternativa. Sem dúvida, chegamos às oficinas de Frio e Climatização, Mecatrónica e Energias Reno-váveis.

Voltamos a subir. As batas têm agora outra cor. Por lá, po-demos encontrar maioritariamente rapazes que, de forma meticulosa, constroem e comandam robôs. Não há qualquer dúvida, são realmente os laboratórios de Eletrónica.

Mas se a inclinação não nos perturbar, voltemos então a descer nem que, para isso, usemos o elevador. É obrigatória a visita aos domínios da Construção Civil. Por lá, encontraremos belas maquetes e projetos inovadores. O futuro da arquitetu-ra passará certamente por ali.

A visita é longa. Façamos, então, uma paragem no bar. Re-temperemos as forças e ganharemos vontade para continuar.

Para os mais adultos, recomenda-se uma passagem pelas salas da «Rumos Formação». Para outros, talvez uma visita à mediateca ou, quem sabe, uma passagem pelo auditório, porque sempre poderemos encontrar aquela palestra ou o workshop que jamais haveríamos de perder.

Porque todos temos potencial, não deixemos, então, de en-contrar o rumo.

Escola Profissional de Braga - Inovação e Competência.

Paulo Leitão

EPB, uma incubadora de competências

A EPB marcou presença no Roadshow de promoção do ensino profissional, organizado pela Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profis-sional (ANQEP), no PEB, nos dias 3 e 4 de junho. Sob o lema “Projeta o teu futuro!”, a

iniciativa contemplou a visita a 16 capitais de distrito de Portugal Con-tinental, com o intuito de contactar diretamente os jovens através de uma abordagem dinâmica, atual, interativa e de proximidade.

Projeta o teu futuro!

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escola

A Rádio EPB iniciou a sua emissão em janeiro deste ano, dando sequência a uma experiência anterior desenvolvi-da por uma aluna de Secretariado.

E o interesse surgiu pelo facto de eu estar ligado à música, achando interes-sante consolidar a presença de uma rá-dio na escola e, desse modo, dar outro ânimo à nossa “casa”, para o que decidi conversar com o meu colega de turma Paulo Gonçalves, acompanhando-me no entusiasmo que me invadia.

Então, trocámos várias ideias e decidi-mos apresentar o projeto à direção, que o acolheu com muito agrado. Seguiram--se algumas reuniões para acerto de pormenores, contando uma delas com a preciosa colaboração de Rui Sequeira da Antena Minho.

A Rádio EPB ficou pronta a “ir para o ar” com uma grelha que oferece entre-tenimento e informação, e promove atividades e trabalhos de interesse da comunidade escolar.

Assim, tendo como locutores o meu colega de turma Rúben Fernandes e Paulo Silva do 1º MEC, que colaborou neste último trimestre, a Rádio EPB deu voz e muita música a toda a comunida-

de escolar, sendo provedora a professo-ra Lucília Cardoso.

É um projeto que vamos continuar, fa-zendo jus ao slogan “Rádio EPB, a rádio que nos liga”. Se és um amante da rádio, junta-te a nós para tornarmos mais di-vertidos os momentos vividos na escola.

Em meu nome e em nome da Rádio EPB, deixo os meus agradecimentos à Dra. Natália Rebelo pela colaboração e

agrado com que respondeu sempre às nossas solicitações. E, sobretudo, a toda a comunidade escolar, razão da nossa existência enquanto radioamadores. Um grande obrigado!

Ricardo Ribeiro 2º ano de Frio e Climatização

Rádio EPB

A ESCOLA Profissional de Braga esteve fora de portas, entre os dias 5 e 7 de maio, com o ob-jetivo de promover a sua oferta formativa para 2014/15, uma ação desenvolvida pela Drª Alexandra Corunha e alunos de Design Gráfico, Marketing, Ele-trónica e Secretariado.

Estiveram nas escolas EB 2,3 de Real, de Gualtar, de Nogueira, de Lamaçães, do Cávado, de Celeirós, André Soares e de Pal-meira, tendo os alunos destas escolas visitado a carrinha Pão de Forma da EPB, para conhecerem o curso profissional mais indicado aos seus interesses, as saídas profissionais e estágios realizados ao longo dos 3 anos de curso, em em-presas parceiras da escola. Depois, foram convidados a tirar fotos junto da “Pão de Forma”, com as Mãos Gigantes/likes

da EPB, “Tens o Futuro na Mão”, sendo todas as fotos colocadas posteriormente no Facebook. A foto com maior número de likes recebeu um tablet.De salientar, ainda, que a esco-la desenvolveu idênticas ações no Campo da Vinha e no Braga Parque.

Foi uma experiência bastante divertida e muito enriquece-dora. Que os jovens escolham bem, as inscrições da EPB estão

já abertas!

Adriana Gomes, Ana Weijde e Leandro Veiga, 1º ano de MarketingDaniel Ribeiro, 1º ano de Eletrónica

Experiência Road Show e Ação de Rua

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escola

A Semana Cultural decorreu entre os dias 5 e 9 de maio, sob a responsabilidade da aluna Patrícia Coelho de Design Gráfico, tendo os alunos a possibilidade de se inscrever nas atividades de que mais gostavam.

A Semana iniciou-se no dia 5 de maio, com os pés no chão a caminho do Bom Jesus, onde não faltou o es-

pírito de camaradagem entre professores, funcionários e alunos, e ainda um encontro inesperado com Ricardo Rio, presidente da Câmara.

No dia seguinte, da parte da manhã, num ambiente descontraído, decorreram dois workshops organizados por alunos: um de graffiti e outro de fotografia. Fora de portas, veio um DJ que nos explicou os vários estilos e a forma como a arte evoluiu ao longo dos anos. Na parte da tarde, houve cinema sem pipocas com o filme “Uma Mente Brilhante”.

No dia 7, no mesmo auditó-rio, passou o filme “Pulp Fic-tion”. Houve também outros filmes, para os mais diversos gostos¸ pois o que importa é ver e aprender! A seguir, Reis e Rainhas desafiaram-se uns aos outros no torneio de xa-drez e o vencedor foi um alu-no do 1º ano de Eletrónica,

Jorge Silva. E porque a Europa vem

sempre à baila, na quinta- feira tivemos a presença do eurodeputado José Manuel Fernandes, que nos explicou como funciona o Parlamento Europeu. Na parte da tarde, ouvimos o escritor portu-guês valter hugo mãe a falar sobre si e a sua obra “Desu-manização”.

A terminar em beleza, ti-vemos a possibilidade de ver caras bonitas em tranças africanas, graças às mãos dos profissionais do espaço IroKo Global Training.

António Magalhães, Nuno Fernandes e Pavlo ZakharukAlunos do 1º ano de Eletrónica

Uma escola com espírito transnacionalMais de 175 estágios na Europa desde 2002

Semana Cultural

Na sua atividade formativa, a EPB tem também a preocupação de integrar os seus alunos na vida ativa, apoiando a sua participação em estágios e o con-tacto com o mercado de trabalho a ní-vel local/regional, mas também a nível internacional.

Alguns dos nossos alunos de diversos cursos têm sido inclusive convidados para trabalharem nas empresas onde estagiaram e outros “agarrarem” opor-tunidades aliciantes como, por exem-plo, o ex-aluno Luís Correia, do Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Co-mando, que estagiou em Leipzig e que se encontra atualmente a trabalhar no CERN - A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear.

Mas todos têm vivenciado uma ex-periência laboral, social e cultural única no espaço da comunidade europeia, no âmbito do Programa Leonardo da Vinci.

Neste sentido, no final do mês de ju-nho, partirão mais catorze jovens alu-nos rumo a Malta, Alemanha (Leipzig) e Espanha (Granada), para realizarem o seu estágio, durante quatro semanas. Os formandos usufruirão igualmente

de cursos de línguas (inglesa e espa-nhola) e de um diversificado programa turístico-cultural, que contribuirão para o enriquecimento dos seus curricula e, consequentemente, potenciarem a sua inserção no mercado de trabalho. O pro-jeto “Building Know-how and Abilities” visa proporcionar a aquisição de novos conhecimentos e consolidar as compe-tências dos jovens que, no futuro, serão disseminadas no mercado profissional da região em que se vão integrar.

A EPB continua, ano após ano, a pro-porcionar oportunidade para a mobili-dade na Europa.

Alexandra Corunha

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a fechar

Introdução do IRS, a dor de cabe-ça para muitos portugueses.

Morte do pintor Salvador Dali.Morte do escritor português Fer-

nando Namora.Queda fatal

de um Boeing 707, da com-panhia norte-- a m e r i c a n a Independent Air, com 144 pessoas a bor-do, na ilha de Santa Maria, nos Açores, naquele que constitui o maior acidente aéreo ocorrido em Portugal.

Consagração de Portugal como Campeão Mundial de Futebol de Juniores, em Riade, na Arábia Sau-dita, sendo selecionador Carlos Queirós.

Fim do protesto feito em massa pelo povo chinês, na Praça da Paz Celestial (Tiananmen), em Pequim. A procura da liberdade e democra-cia custou a vida a milhares de pes-

soas. C h e g a d a

do telemóvel a Portugal, mas apenas ao alcance de bolsas mais a b o n a d a s . Não tardará que se trans-forme numa praga e um

restaurante lisboeta afixe à porta: “Proibida a entrada a cães e a tele-móveis”.

Queda do Muro de Berlim, final-mente, a Europa como um todo, que levaria ao desmoronamento da URSS.

valter hugo mãe esteve, no dia 8 de maio, à conversa com a comunidade escolar da EPB, num ambiente re-criado pelo Grupo Curricular de Línguas. Um momento em que a genialidade do escritor poeta artista se espalhou pelo espaço me-diateca, envolvendo todos os presentes com poesia, criatividade, letras, ver-sos, textos, temas, reflexos biográficos…

Com uma vasta obra, valter fez uma abordagem inti-mista e calma da sua cria-ção literária, acentuando a particular importância de vivermos intensamente a precaridade da vida, com olhos bem abertos, na ex-pectativa de que a vida nos dê sempre o melhor que guar-damos no potencial que há em cada um de nós.Entre personagens, fragmentos e passagens de aprendi-zagem por testemunho das obras do escritor, entre dons de vocalista, artista, experimentador do que é lindo e do que espanta, ao falar de “Desumanização”, último romance

publicado, leva-nos ao lado inesgotável de cada ser hu-mano na capacidade de resistir, sobreviver e ajustar-se à aridez, convertendo-a num oásis de humanização, na enig-

mática paisagem islandesa.

Com o seu gesto sereno, graça natural, paz na voz e rasgos imersos de gene-rosidade, os jovens alunos da Escola Profissional, os formandos, os professores e colaboradores da EPB sentiram-se tocados pela humildade grandiosa do que diz e do que escreve.

A verdade é que a “gente” que nós somos ou quere-mos ser, na voz de valter hugo mãe, será também a

voz que nos evoca para a capacidade de entender a vida como oportunidade de ser feliz.

Teresa MachadoCoordenadora do Grupo Curricular de Línguas

valter hugo mãe à conversa na epb

Mar

O mar é o que me leva à mágoa, O mar é o que me traz a brisa.A água é quem se enrola na areiaDesliza pelos meus pés e entre os dedosRouba-me os segredosE rouba a alma de mim. Não sei como explicar a rocha,Pureza liberdade,Como se a brisa me levasseA saudade…O vento perdido no tempoE aquela areia que parece não ter fim,Quando fujo dela,Ela ri-se de mim. Com o corpo em água Deixo feridas abertas Para que a praia as tape por mim.E agora, De costas para ti,Vou embora com a esperança de voltar.Deixo um adeus,Levado pela onda do mar,Fugir da mágoa, Fugir de mim,Assim.

Sara Silva1º ano de Secretariado

Aconteceu há 25 anos...

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CLÃ - Theatro Circo26 junho

Ana Vidigal - Museu Nogueira da Silva9 de maio a 28 de junho

Budda Power Blues STATION BLUES4 de julho

The Gift - Theatro Circo 16 de julho

Happy HoliBraga (Festival das Cores) Alameda do estádio 20 de julho

GalaicoFolia (2000 anos em festa) - 25 de julho

Rui Sousa e Maciel Cardeira - ilustração, pintura e escultura - Mosteiro de Tibães - 5 a 27 julho

VENEZA é considerada, por muitos, como a mais bela cida-de do mundo. Classificada como Património da Humani-dade pela UNESCO, destaca-se, acima de tudo, pelos seus canais e praças. A cidade é composta por 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas. Curiosamente, os barcos são os únicos meios de transporte na zona, já que o centro histórico é todo pedonal.A Praça de S. Marcos, a Basílica de S. Marcos, a Ponte de Rial-to, o Palácio dos Doges e a Ponte dos Suspiros são os locais mais emblemáticos desta bela cidade. As gôndolas são um marco da realidade veneziana desde o século XI, e realizar um passeio nesta embarcação é obrigatório!Todos os anos a cidade atrai milhares de pessoas para assis-

tir ao desfile de Carnaval e, para os amantes da 7ª Arte, Veneza rea-liza, anualmente, o Festival de Cinema, englobado na famosa exposição Internacio-nal de Artes, designada por Bienal de Veneza.

Ana Teixeira

ACONTECIMENTO/ EVENTO LOCAL DATA

Estágios curriculares 3º ano Diversos 09 de junho a 31 de julho

EPB nas Festas de S. João Braga 17 a 24 de junho

Convívio Grupo Rumos Alcobaça 28 de junho

Estágios curriculares 2º ano Diversos 30 de junho a 31 de julho

Estágios Transnacionais Malta, Alemanha e Espanha 01 a 26 de julho

Defesa das PAP EPB 02 a 10 de julho

Fórum Pedagógico EPB 04 de julho

Manual de Percussão Tradicional

RUI RODRIGUES, professor, baterista independente, diretor artístico e membro

cofundador da Associação Bombos com Alma, compositor de mais

de 20 temas originais para grupos de percussão tra-dicional, é o autor do Manual de Percussão Tradicional - Grau I

Minho. Um professor entusiasta que nos mostra, através dos trilhos da es-crita, a alma da percussão tradicional, que, segundo o próprio, per-mitirá a criação de uma base sólida de influências rítmicas para mú-sicos profissionais e grupos de tocadores.Baseado no seu trabalho diário de quase duas décadas, o autor pre-tendeu neste manual não só promover a cultura da música popular e tradicional portuguesa como também possibilitar uma aprendiza-gem sistematizada destes conhecimentos culturais, revitalizando--os e projetando-os para o futuro.

Eugénia Coutinho

Acontece

Veneza

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agenda

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Ficha Técnica

Coordenadora: Natália RebeloRedação: Eugénia Coutinho, Fernando Silva

Colaboradores: Alexandra Corunha, Ana Oliveira, Ana Teixeira e Paulo Leitão;Helena Magalhães (aluna de SEC)

Secretariado: Cristiana Rocha (aluna de SEC)Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (ex-alunos de DG)

Ano V nº 7Junho de 2014

Tiragem: 4000 [email protected]

Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Bragatel: +351 253 203 860fax: +351 253 203 869

site: www.epb.pte-mail: [email protected]

Alguns dos nossos parceiros

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