Upload
matheus-antunes-neiva
View
241
Download
16
Embed Size (px)
Citation preview
Epidemiologia e Epidemiologia e Medidas Preventivas Medidas Preventivas
das Pneumonias das Pneumonias associada a Ventilação associada a Ventilação
MecânicaMecânicaProf. Ms Ana Carolina L. Ottoni
Gothardo
UNIVERSIDADE PAULISTAUNIVERSIDADE PAULISTAGRADUAÇÃO EM GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMENFERMAGEM
IntroduçãoIntroduçãoAs Pneumonias e Broncopneumonias
são processos inflamatórios, geralmente agudos, comprometendo alvéolos, bronquíolos e espaço intersticial, que adquirem características diferentes conforme o agente etiológico, a idade do paciente, a doença de base e o seu estado nutricional e imunitário.
IntroduçãoIntrodução
IntroduçãoIntrodução
IntroduçãoIntroduçãoA cada ano ocorrem nos Estados
Unidos entre 5 e 10 episódios de pneumonia relacionada à assistência à saúde por 1000 admissões. Estas infecções são responsáveis por 15% das infecções relacionadas à assistência à saúde e aproximadamente 25% de todas as infecções adquiridas nas unidades de terapia intensiva.
A maioria destas infecções é associada à ventilação mecânica e adquirida no ambiente hospitalar.Dados do Estado de São Paulo em 2013 mostraram que a mediana da incidência depneumonia associada à ventilação mecânica foi de 22,25 casos por 1.000 dias deuso de ventilador em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) de Adultos, masalcançou até 25,06 casos por 1.000 dias de uso de ventilador em UTIs coronarianas.
IntroduçãoIntrodução
Ventilação MecânicaVentilação Mecânica“Ventilação Mecânica é um
método de suporte de vida, geralmente utilizado em pacientes suscetíveis à insuficiência respiratória aguda, cuja finalidade é permitir suporte ventilatório no intuito de suprir as necessidades metabólicas e hemodinâmicas do organismo” (CINTRA, 2008, p.353). Ela pode ser invasiva ou não invasiva.
Ventilação MecânicaVentilação Mecânica
Ventilação MecânicaVentilação Mecânica
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA
Pneumonia associada a Pneumonia associada a Ventilação Mecânica (PAV)Ventilação Mecânica (PAV)
Definição:
◦Infecção do parênquima Infecção do parênquima pulmonar que ocorre após 48h pulmonar que ocorre após 48h de intubação e ventilação de intubação e ventilação mecânicamecânica
CDC, CDC, www.cdc.gov
Foglia E et al, Clin Microbiol Foglia E et al, Clin Microbiol Rev, 2007Rev, 2007
EpidemiologiaEpidemiologiaSegunda infecção hospitalar mais
frequente;Aumenta morbi-mortalidade e custos
da internação;Aumenta tempo de internação
hospitalar;A mortalidade global nos episódios de
pneumonia associada à ventilação mecânica variam de 20 a 60%;
Múltiplos fatores◦ Doença de base◦ Insuficiência de órgãos◦ Uso prévio de antimicrobianos◦ Microrganismo infectante
FisiopatologiaFisiopatologiaInvasão do parênquima
pulmonar estérilQuebra da barreira protetora
pela intubação orotraquealAspiração de microorganismos
da orofaringe e vias aéreas superiores
Aspiração do conteúdo gástrico
FisiopatologiaFisiopatologiaAlteração da flora normal por flora hospitalar
Disseminação de infecções da corrente sanguínea
Nebulizadores, circuitos e umidificadores contaminados
Diminuição de reflexo de tosse pela sedação
Fatores de RiscoFatores de RiscoHospedeiro
◦Extremos de idade;◦Gravidade da doença;◦Imunossupressão;◦Desnutrição;
Colonização de orofaringe e estômago◦Hipocloridria (antiácidos, idosos,
doenças TGI);◦Uso de antimicrobianos;◦Doença pulmonar de base;◦Admissão em UTI;
Fatores de RiscoFatores de RiscoEquipamentos respiratórios
◦ Uso prolongado de ventilação mecânica◦ Material de terapia respiratória contaminado◦ Contaminação das mãos de profissionais de
saúde (transmissão cruzada)Aspiração e refluxo
◦ Dificuldade de deglutição◦ Nível de consciência rebaixado (coma)◦ Intubação / Ventilação Mecânica◦ Doença ou instrumentação do TGI◦ Cirurgia de cabeça e pescoço, torácica ou
abdominal◦ Imobilização
Esôfago
Cuff
Secreção acumulada
Traquéia: perda da defesa(movimentos ciliares, tosse)
Colonização da sonda
Tubo endotraqueal
Sonda gástrica
Tubo endotraqueal
Mãos
Colonização gástrica
Mãos dos PASContaminação
cruzada
Fatores de RiscoFatores de Risco
DiagnósticoDiagnósticoDados clínicos
◦Diagnóstico clínico: 20-25% falso-positivos
Dados radiológicos◦Exames de Imagem (Raio X)
Dados laboratoriais◦Escarro;◦Lavado Bronco-Alveolar◦Liquido Pleural
Medidas de Prevenção Medidas de Prevenção (Essenciais)(Essenciais)
Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45º;
Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível;
Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica);
Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral).
Medidas de PrevençãoMedidas de PrevençãoCircuito do ventilador
◦ A frequência da troca do circuito do ventilador não influencia na incidência de PAV. Recomenda-se a troca de circuito entre pacientes e quando houver sujidade ou mau funcionamento do equipamento.
Medidas de PrevençãoMedidas de PrevençãoUmidificadores
◦Umidificadores passivos (filtros trocadores de calor e umidade - HME) ganharam ampla aceitação nos cuidados da prática clínica; em termos de prevenção PAV, tempo de internação e mortalidade, em comparação com umidificadores ativos (umidificadores aquecidos).
Medidas de PrevençãoMedidas de PrevençãoSistema de Aspiração
◦Em relação ao sistema de aspiração de secreções das vias respiratórias de pacientes mecanicamente ventilados, não existe diferença na incidência de PAV quando foram comparados os sistemas de sucção aberto ou fechado (trackcare).
Medidas de PrevençãoMedidas de PrevençãoAspiração de secreção subglótica contínua
(para pacientes que irão permanecer sob ventilação mecânica acima de 48hs);
Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação;
Monitorizar pressão de cuff – até 30 mmHg;Utilização de ventilação mecânica não-
invasiva (VMNI); Inaladores (troca frequente);Desinfecção de dispositivos;
Produtos ou Equipamentos Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratóriade Assistência Respiratória
Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratória CríticosProdutos ou equipamentos utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e em mucosas adjacentes, incluindo todos os materiais que estejam diretamente conectados com essas regiões. Todos esses artigos ou produtos devem, obrigatoriamente, ser esterilizados. Ex.: tubos endotraqueais, traqueostomias, etc.
Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratória Semi-críticosSão produtos ou equipamentos que entram em contato com mucosas íntegras colonizadas e exigem, no mínimo, uma desinfecção de alto nível. Ex.: nebulizadores, umidificadores, inaladores e circuitos respiratórios, etc.
Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratória Não-críticosSão produtos ou equipamentos destinados ao contato com pele íntegra e mesmo aqueles que nem sequer entram em contato diretamente com o paciente. Exigem como processamento mínimo a limpeza e/ou desinfecção de baixo nível, entre um uso e outro. Ex.: termômetros axilares, oxímetros de pulso, etc.
ReferênciasReferências Horan TC, Gaynes RP. - Surveillance of nosocomial infections.
In: Hospital Epidemiology and Infection Control, 3rd ed., Mayhall CG, 2.004: 1659 – 1702
Lima, Dra. CP; Parenti, Dra. CF – Critérios NNISS para o diagnóstico de infecções hospitalares, 2.005. In: www.anvisa.gov.br
APECIH – Prevenção das Infecções Hospitalares do Trato Respiratório – 2a. ed. revisada e ampliada, 2005.
Práticas Recomendadas Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização SOBECC – 5ª edição – 2009.
Guidelines for the Management of Adults with Hospital-acquired, Ventilatorassociated, and Healthcare-associated Pneumonia. This official statement of the American Thoracic Society and the Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med 2005; 171: 388–416.
CINTRA, Eliane de Araújo. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. São Paulo: Atheneu, 2008.
ANVISA. Infecções do trato respiratório: orientações para prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. 2009