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“A ergonomia é o estudo da adaptação
do trabalho às características
fisiológicas e psicológicas do ser
humano”.
ergos: trabalho
nomos: leis, normas e regras
Conceito da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO)
Origem e evolução da ergonomia
O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857,
pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado
“Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis
objetivas da ciência da natureza”.
Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês
chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade
nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”.
Origem e evolução da ergonomia
Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em numerosos
países industrializados, como a França, Estados Unidos,
Alemanha, Japão e países escandinavos.
Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics
Association”.
Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira
de Ergonomia”.
Em 1989 foi implantado o primeiro mestrado do país no
PPGEP/UFSC.
Estudo da Ergonomia
A ergonomia procura estudar:
As características materiais do trabalho, como o peso dos
instrumentos, a resistência dos comandos,a dimensão do posto de
trabalh’;
O meio ambiente físico (ruído, iluminação, vibrações, ambiente
térmico);
A duração da tarefa, os horários, as pausas no trabalho;
O modelo de treinamento e aprendizagem;
As lideranças e ordens dadas.
Estudo da Ergonomia
Além disso, a ergonomia procura realizar diversos
tipos de análises:
Análise das atividades físicas e cognitivas de trabalho;
Análise das informações;
Análise do processo de tratamento das informações.
Aborda questões relativas ao trabalho:
Alto índice de acidentes de trabalho;
Problemas associados a doenças do trabalho;
Questões relacionadas à redução da produtividade
no local de trabalho, alto índice de absenteísmo,
retrabalhos, diminuição de motivação, etc;
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT),
proporcionando mais do que um posto de trabalho
melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.
Abordagem Ergonômica
Considera as capacidades humanas e seus limites:
capacidade física;
força muscular;
dimensões corporais;
possibilidades de interpretação das informações
pelo aparelho sensorial (visão, audição);
capacidade de tratamento das informações em
termos de rapidez e de complexidade.
Existem vários tipos de sinais de alarme ou
indicadores para um estudo ergonômico:
Fisiológicos
aceleração dos batimentos cardíacos;
quantidade de ar respirado;
atividade elétrica cerebral;
temperatura corporal.
Sinais de Alarme
Em nível do trabalho
repetitividade de erros cometidos em uma tarefa;
as baixas na produtividade e na qualidade da
performance do operador;
aumento do índice de retrabalhos;
incidentes de trabalho;
acidentes de trabalho (importância vital).
Sinais de Alarme
Subjetivos queixas eventuais dos trabalhadores.
Mudanças de comportamento ansiedade e irritação.
Sinais de Alarme
Diferentes tipos de abordagens da ergonomia
Quanto à contribuição
Ergonomia de concepção: normas e especificações de
projeto;
Ergonomia de correção: modificações de situações
existentes;
Ergonomia de arranjo físico: melhoria de seqüências e
fluxos de produção;
Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia.
Diferentes tipos de abordagens da ergonomia
Quanto a interdisciplinaridade
Engenharia: projeto e produção ergonomicamente seguros;
Design: metodologia de projeto e design do produto;
Psicologia: treinamento e motivação do pessoal;
Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças
do trabalho;
Administração: projetos organizacionais e gestão de R.H.
Ergonomia participativa
Consiste dos próprios trabalhadores estarem envolvidos na
implementação dos conhecimentos e procedimentos ergonômicos
em seus postos de trabalho.
Noro (1998)
A premissa é que os trabalhadores conhecem seus postos de
trabalho melhor que qualquer outra pessoa e que este
conhecimento permite-lhes desenvolver uma maior compreensão
e aproximação com seu trabalho.
Justificativas de melhorias ergonômicas
O manuseio da técnica de custo/benefício;
O desenvolvimento do custo de melhorias
ergonômicas;
O desenvolvimento do benefício de melhorias
ergonômicas.
Análise de Custo/Benefício
É a forma predominante, entre outras existentes,
para justificar os gastos com mudanças propostas
pela ergonomia.
diminuição de custos
Benefícios melhoria de desempenho
Limitada quando necessita quantificar custos e
benefícios intangíveis.
Redução de custos
diminuir custos com horas extras (trabalhadores
substitutos);
custos de seguros e/ou custos de compensação
relacionados a acidentes ou lesões;
ações judiciais;
melhorar a qualidade e a quantidade da produção;
prover treinamento adicional.
Benefícios
Ganhos de fácil mensuração
aumentos de produtividade e de qualidade;
redução dos desperdícios;
economias de energia, mão-de-obra e
manutenção.
Ganhos de difícil mensuração
redução do absenteísmo devido a acidentes e
doenças ocupacionais.
Benefícios Intangíveis
A satisfação do trabalhador;
O conforto;
A redução do turnover (alta rotatividade);
O aumento da motivação dos
trabalhadores.
Causas de Afastamento do Trabalho
Em 2008: 4% dos 32,5 milhões de trabalhadores
brasileiros receberam o auxílio-doença – benefício
concedido pelo Ministério da Previdência Social a
quem recebe atestado médico por mais de 15 dias
consecutivos.
Causas de Afastamento do Trabalho
Principais motivos:
lesões, como fraturas de pernas, punhos e braços;
doenças oesteomusculares, como dores na coluna;
doenças mentais, como depressão, alcoolismo e
esquizofrenia.
O custo aos cofres públicos foi de R$ 669 milhões.
Causas de Afastamento do Trabalho
Pesquisa inédita da Universidade de Brasília mapeou
as principais doenças que causam afastamento do
trabalho no Brasil.
Foram pesquisados 82 ramos de atividades e
descobriu que as áreas de trabalho mais recorrentes
em auxilio-doença são as usinas de tratamento de
esgoto, Programa Saúde da Família e rádio e televisão.
Causas de Afastamento do Trabalho
Os trabalhadores de usinas de esgoto estão em
primeiro lugar.
De cada 10 mil, 2.396 receberam atestado médico
por mais de 15 dias.
São os primeiros colocados nos três principais
motivos de afastamento: lesões, doenças
osteomusculares e doenças mentais.
Movimentos Repetitivos
Podem desencadear
Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (Dorts)
Lesões que afentam os músculos, tendões e nervos nas
articulações do corpo, especialmente nas mãos, punhos,
corotovelos, ombros, pescoço, costas e joelhos.
Dorts
As Dorts podem ser classificar em quatro fases:
Primeira fase:
A dor aparece durante os movimentos e é difusa,
ou seja, não é possível definir exatamente que
parte do corpo está doendo.
Dorts
Segunda fase
A dor é mais persistente, mas o quadro ainda é
leve.
Se as condições de trabalho forem alteradas
ainda é possível reverter a situação.
Dorts
Terceira fase
A doença é crônica, sendo, portanto, irreversível.
Nesta fase a dor é sentida em pontos definidos
e não cede mesmo durante períodos de
relaxamento e repouso.
A dor aparece sob a forma de pontadas.
Dorts
Quarta fase
Os processos infecciosos podem causar
deformidades,como cistos inchaços e perda de
força.
A dor pode se tornar insuportável.
Nesta fase, muitos pacientes recebem injeção de
medicamentos mais fortes para aliviar a dor e
alguns chegam até a passar por cirurgias.
Dorts
Fatores que dão origem aos riscos de se desenvolverem
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho:
A repetição de movimento na execução de uma tarefa em
que os movimentos se repetem de forma invariável e
contínua;
Força excessiva ou sobrecarga incidente em parte
específica do corpo, decorrente do excesso de esforço;
Dorts
Postura incômoda, com a posição incorreta do
corpo ao se desenvolver um trabalho;
A execução de trabalhos com uso de ferramentas
que causam vibrações;
A execução de trabalhos que exija maior esforço
físico, pelo fato de o trabalhador estar em
ambiente de baixa temperatura;
Mau condicionamento físico.
Dorts
Tratamento ideal.
Dependerá do estágio de evolução da lesão.
Independente da fase.
É indispensável o tratamento interdisciplinar ,
acompanhamento de médico, fisioterapeuta,
terapeuta ocupacional, acupunturista e psicólogo.
Dorts
É necessário sempre ANALISAR as situações de riscos às
quais os trabalhadores estão expostos;
Após a análise, é necessário que se MINIMIZEM os riscos,
descobrindo a melhor forma de reduzir os movimentos
repetitivos e os esforços excessivos;
Finalmente, a NEUTRALIZAÇÃO das posturas incômodas,
ao posicionar o corpo de forma natural e relaxada.
Trabalho em Turnos
Qualquer modo de organização do trabalho em
equipe no qual os trabalhadores ocupem
sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a
um determinado ritmo, incluindo o ritmo rotativo,
que pode ser do tipo contínuo e descontinuo, o que
implica que os trabalhadores podem executar o
trabalho em horas diferentes no decorrer de um
dado período de dias ou semanas.
Trabalho em Turnos
Pode-se dizer que existem duas formas básicas de
trabalho em turnos: Permanentes e Alternados.
Permanentes
São turnos em que o trabalhador tem um determinado
horário por muitos anos ou por toda a vida de trabalho, ou
seja, este trabalhador trabalha todos os dias no mesmo
horário.
Trabalho em Turnos
Alternados
Quando os funcionários fazem rodízios de turnos, pelo fato
que todos devem ter o mesmo salário (esta é uma das causas
para ser em forma de rodízio), portanto, todos devem
cumprir tanto horários matutinos quanto vespertinos ou
noturnos, assim , o salário não é modificado no valor final.
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
O trabalho em turno pode ser causa de uma série
de distúrbios fisiológicos e psicossociais devido às
mudanças dos ritmos biológicos, dessincronização
familiar e social da vida do trabalhador, levando a
um quadro desigando como síndrome de mal-
adaptacão ao trabalho em turnos.
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
Num primeiro mês de trabalhos em turnos
noturnos, o trabalhador já pode apresentar
algumas manifestações agudas como a insônia,
execessiva sonolência durante o trabalho,
distúrbios do humor, aumento de acidentes e
problemas familiares, sociais e emocionias.
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
Após alguns anos nesta forma de trabalho, o
indivíduo passa a apresentar algumas
manifestações crônicas como desordens do sono,
doenças cardiovasculares e gastrointestinais,
absenteísmo, separação e divórcios.
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
Distúrbios Nervosos
Um dos distúrbios nervosos mais presentes nos
trabalhadores de turnos diurnos e noturnos advém das
longas jornadas de trabalho, sendo que o estresse está mais
presentes nos trabalhadores noturnos que nos diurnos ou
vespertinos.
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
Distúrbios Gastrointestinais
Aparecem geralmente pelo fato de os trabalhadores não
terem horários adequados para a alimentação.
Existem também o fator que influência diretamente, que é
o horário de trabalho em seu turno.
Estes distúrbios em geral, são: azia, gastrite, ulceração
péptica, dispepsias (dificuldade na disgestão), diarreias,
constipação intestinal, colites (inflamação no colo intestinal).
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
Distúrbios Cardiovasculares
Se afirmam como algo concreto, mas realmente aparecem
como fatores predisponentes do trabalho, são as doenças
cardiovasculares isquêmicas e a hipertensão arterial.
Nas primeiras, não é detectada a presença de hábitos como o
fumo que causem predisposição, mas a segunda aponta o
fumo como indicador de risco e de grandes chances do
distúrbio.
O Efeito dos Trabalhos em Turnos
Sobre o Organismo humano
Fadiga e Acidentes
A Fadiga é uma das maiores e fundamentais queixas dos
trabalhadores delongas horas, principalmente está presente
nas falas dos trabalhadores noturnos.
Podem causar acidentes de trabalho devido ao
desequilíbrio orgânico, à presença de tensões, conflitos,
emoções e rotina.
Todos estes fatores desencadeiam um processo de fadiga,
que pode vir a se tornar altamente prejudicial com acidentes
nos finais dos turnos, principalmente nos noturnos.
Trabalho em pé
Provoca sobrecarga nas pernas Diminuição
do grau de atenção.
Altura do plano de trabalho adequada.
Comandos, materiais e equipamentos devem
estar ao alcance do trabalhador.
Espaço suficiente para os pés.
Evitar curvar as costas.
Não deve usar-se roupa apertada.
• Comandos, interruptores e alavancas devem
estar num nível mais baixo do que os ombros.
• Usar calçado adequado.
Altura do Plano de trabalho:
Costas direitas e ombros relaxados;
Corpo próximo da bancada e peso
distribuído pelas duas pernas;
Mãos próximas do corpo, numa posição
natural.
Trabalho de precisão;
Trabalho moderado;
Trabalho pesado.
Trabalho Sentado
• A cabeça inclinada para baixo ou para cima força os músculos do pescoço.
• Observação prolongada de terminais vista desfocada e dores de cabeça.
• Movimentos repetitivos e restrições à postura dores nas mão, nos braços, costas e ombros, rigidez muscular.
1. Plano de trabalho ao nível dos
cotovelos.
2. Corpo próximo da mesa.
3. Costas erectas e ombros
relaxados.
4. Trabalho de precisão Apoio
para mão e\ou antebraço.
5. Mesa de arestas baleadas e
tampo baço.
1.Altura da cadeira ajustável Planta dos pés apoiada no chão Apoio
de pés.
2.Espaço suficiente para as pernas, permitindo mudanças de posição.
3.O trabalho deve ser variado.
4.Deve fazer-se mini-pausas em vez de pausas longas.
Trabalho Físico Pesado
• Trabalho físico pesado Estado de fadiga rápida.
• Ausência de esforço físico Monotonia.
Variação de tarefas Pausas para descansar
• Evitar cargas estáticas.
Seleção de Ferramentas
• Evitar que se formem ângulos inadequados da mão-
punho-braço.
• Diminuir a pressão desconfortável na palma da mão.
• Devem ser de boa qualidade e
certificadas.
• Adequadas à tarefa e condições em
que é executada.
• Não deve produzir carga estática.
Exercícios laborais
Exercícios de curta duração, de sete a quinze minutos.
Voluntário e coletivo.
Na hora do expediente.
Sem levar o trabalhador ao cansaço.
Enfatiza o alongamento e a compensação das estruturas
musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diárias.