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10/10/2015 Escatologia – As Festas Judaicas e seus Significados Proféticos | Dionei Cleber Vieira – Blog data:text/html;charset=utf8,%3Cheader%20class%3D%22entryheader%20pageheader%22%20style%3D%22boxsizing%3A%20borderbox%3B%20di… 1/7 Escatologia – As Festas Judaicas e seus Significados Proféticos 27 de julho de 2014 Dionei Cleber Vieira Bíblia, Escatologia Eu estou trabalhando num artigo sobre os diversos sinais escatológicos que podemos observar na época atual, mas antes disso acredito ser fundamental explicar o significado profético das Festas Judaicas. Infelizmente, para uma grande parte dos Cristãos atuais, as passagens de Levíticos 23 onde estão as ordenanças das Festas, são maçantes textos relacionados a cultura judaica apenas, sem maior significado. Grande engano, há muito mais por detrás dessas Festas do que muitos imaginam. Primeiramente, repare que em Levítico 23.1, Deus define as festas para serem fixas e como santas convocações, ou seja, são convocações para uma assembléia sagrada para seu povo, uma espécie de ensaio geral e, se é algo sagrado e foi instituído pelo próprio Deus, não podemos ignorar sua importância. Os Cristãos não tem nenhum dever ou compromisso de observar ou celebrar essas festas, mas o entendimento do seu significado traz um ganho tremendo para a Fé. Jesus, como um judeu justo, celebrou as festas, como podese observar nos registros dos evangelhos, inclusive o Hanuká (conhecida também como Festa das Luzes ou Festa da Dedicação, leia em João 10.2223) que é uma festa celebrada pelos Judeus em memória da purificação do templo da profanação de Antíoco Epifanes, celebração esta que não está na relação de Levíticos 23. É interessante observar que em Levítico 23, a primeira ordenança envolve o Sábado, o qual deveria ser observado pelo povo de Israel como um descanso solene. Neste artigo não vou abordar o Sábado, mas sim as outras festas, devido aos seus significados. Meu objetivo é apresentar as sete Festas instituídas, onde as quatro primeiras, que ocorrem na primavera durante as épocas de plantio e colheita da cevada, já foram cumpridas por Cristo na sua Primeira Vinda, e que as três seguintes, que ocorrem no outono durante o período da colheita do trigo, se cumprirão profeticamente em sua Segunda Vinda. As quatro primeiras Festas são também conhecidas como “as primeiras chuvas” ou “chuvas temporãs” (primavera) e as três Festas seguintes são conhecidas como “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia” (outono), dessa forma, esses dois períodos de chuvas estão relacionados a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo (leia Oséias 6.3, Joel 2.23,Deuteronômio 11.1017 e Tiago 5.78). Veremos que essas Festas são ensaios feitos por Israel, das várias partes do plano de Deus para a humanidade. Para compreender melhor as Festas e seus significados proféticos, vamos precisar entender melhor o calendário judaico, pois diferente de nós que temos um calendário solar, o judaico é baseado no ciclo lunar; dessa forma, cada mês começa com o surgimento da lua nova e cada dia começa com o surgimento da Lua (muitas vezes confundido com o pôr do Sol). Deus em Gênesis 1, instituiu esse sistema, declarando repetidamente que “… foi a tarde e a manhã, o dia …”. Os meses judaicos comparados ao nosso calendário, podem ser vistos da seguinte forma: Mês Judaico Mês Equivalente Aproximado 01 Nisan/Abib MarçoAbril

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Escatologia Festas judaicas

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Escatologia – As Festas Judaicas e seus SignificadosProféticos

27 de julho de 2014 Dionei Cleber Vieira Bíblia, Escatologia

Eu estou trabalhando num artigo sobre os diversos sinais escatológicos que podemos observar naépoca atual, mas antes disso acredito ser fundamental explicar o significado profético das FestasJudaicas. Infelizmente, para uma grande parte dos Cristãos atuais, as passagens de Levíticos 23 ondeestão as ordenanças das Festas, são maçantes textos relacionados a cultura judaica apenas, semmaior significado. Grande engano, há muito mais por detrás dessas Festas do que muitos imaginam.

Primeiramente, repare que em Levítico 23.1, Deus define as festas para serem fixas e como santasconvocações, ou seja, são convocações para uma assembléia sagrada para seu povo, uma espécie deensaio geral e, se é algo sagrado e foi instituído pelo próprio Deus, não podemos ignorar suaimportância. Os Cristãos não tem nenhum dever ou compromisso de observar ou celebrar essasfestas, mas o entendimento do seu significado traz um ganho tremendo para a Fé. Jesus, como umjudeu justo, celebrou as festas, como pode­se observar nos registros dos evangelhos, inclusive oHanuká (conhecida também como Festa das Luzes ou Festa da Dedicação, leia em João 10.22­23)que é uma festa celebrada pelos Judeus em memória da purificação do templo da profanação deAntíoco Epifanes, celebração esta que não está na relação de Levíticos 23.

É interessante observar que em Levítico 23, a primeira ordenança envolve o Sábado, o qual deveriaser observado pelo povo de Israel como um descanso solene. Neste artigo não vou abordar o Sábado,mas sim as outras festas, devido aos seus significados. Meu objetivo é apresentar as sete Festasinstituídas, onde as quatro primeiras, que ocorrem na primavera durante as épocas de plantio ecolheita da cevada, já foram cumpridas por Cristo na sua Primeira Vinda, e que as três seguintes, queocorrem no outono durante o período da colheita do trigo, se cumprirão profeticamente em suaSegunda Vinda. As quatro primeiras Festas são também conhecidas como “as primeiras chuvas” ou“chuvas temporãs” (primavera) e as três Festas seguintes são conhecidas como “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia” (outono), dessa forma, esses dois períodos de chuvas estão relacionados a Primeira ea Segunda Vinda de Cristo (leia Oséias 6.3, Joel 2.23,Deuteronômio 11.10­17 e Tiago 5.7­8). Veremosque essas Festas são ensaios feitos por Israel, das várias partes do plano de Deus para ahumanidade.

Para compreender melhor as Festas e seus significados proféticos, vamos precisar entender melhor ocalendário judaico, pois diferente de nós que temos um calendário solar, o judaico é baseado no ciclolunar; dessa forma, cada mês começa com o surgimento da lua nova e cada dia começa com osurgimento da Lua (muitas vezes confundido com o pôr do Sol). Deus em Gênesis 1, instituiu essesistema, declarando repetidamente que “… foi a tarde e a manhã, o dia …”. Os meses judaicoscomparados ao nosso calendário, podem ser vistos da seguinte forma:

Mês Judaico Mês Equivalente Aproximado 01 Nisan/Abib Março­Abril

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02 Zif/Iyar Abril­Maio 03 Sivam Maio­Junho 04 Tamuz Junho­Julho 05 Ab/(Av) Julho­Agosto 06 Elul Agosto­Setembro 07 Tishrei Setembro­Outubro 08 Bul/Heshvan Outubro­Novembro 09 Chilseu/Kislev Novembro­Dezembro 10 Tebeth Dezembro­Janeiro 11 Sebat/Shebat Janeiro­Fevereiro 12 Adar Fevereiro­Março 13 Ve­Adar/II Adar (Adar Sheni)* Fevereiro­Março* o mês Ve­Adar pode ser entendido como um ano bissexto.

O primeiro dia do mês é chamado de Rosh (Chefe) Hodesh (Lua), nesse dia o Shofar (chifre decarneiro) era soprado e tochas eram acesas para que cada pessoa soubesse que aquele era oprimeiro dia do mês (leia Salmos 81.3­5). Alguns dias do calendário judaico são particularmenteinteressantes e possuem significados históricos relevantes, por exemplo:

Quatro eventos muito importantes ocorreram no primeiro dia de Nisan: o Tabernáculo de Moisésfoi dedicado depois de sairem do Egito (Êxodo 40.17­35), O rei Ezequias purificou o templo (2Crônicas 29.2­3), Esdras iniciou sua viagem de retorno para reconstruir o templo (Esdras 7.9),Artaxerxes publicou o decreto de reconstrução dos muros de Jerusalém (Neemias 2.1­8).No dia 10 de Nisan ocorreu a santificação do cordeiro para a Páscoa conforme Moisésinstruiu ao povo para prepararem o cordeiro (Êxodo 12.3­6). Cristo, nosso Cordeiro Pascal, é“separado” no dia 10 de Nisan (João 12.1­2).O dia 9 de Ab/(Av) historicamente representa um dia de tragédias e infortúnios na história deIsrael, a seguir uma relação de 8 fatos ocorridos nesse dia que os Judeus tradicionalmentelembram a cada ano, mais 4 outros eventos relacionados ao mesmo dia:

1. Dez dos 12 espias retornam em 9 de Av com o péssimo relatório sobre a terra prometida.2. O Templo de Salomão começou a ser destruído pelos Babilônios em 9 de Av, o início do

fogo foi no dia 9 e no dia 10 ficou completamente destruído.3. O Segundo Templo foi destruído pelos Romanos em 9 de Av no ano 70 d.C. Segundo o

historiador Judeu Flavio Josefo, o fogo nos muros e em parte da cidade começou em 8 deAv.

4. Em 71 d.C. o exército Romano lavrou todo o Monte do Templo em 9 de Av.5. Bar Kochba foi morto e seu exército destruído no dia 9 de Av em 135 d.C.6. Em 1290 d.C., a Inglaterra expulsou os Judeus do país no dia 9 de Av.7. Em 1492, a Espanha expulsou todos os Judeus do seu país no dia 9 de Av.8. Em 1914, no dia 9 de Av, a I Guerra Mundial foi declarada. No leste da Rússia, o governo

Russo começou uma campanha de severa perseguição aos Judeus.9. Urbano II convocou as Cruzadas no ano de 1095, no dia 9 de Av.10. Queima dos Talmudes no ano de 1242 no dia 9 de Av.11. No ano de 1942, em 9 de Av, teve início no Campo de extermínio de Treblinka as

primeiras mortes dos judeus sob a determinação de Adof Hitler.

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12. Em 18 de Julho de 1994, dia 9 de Av, foram mortos 86 judeus e mais de 120 ficaramferidos em um atentado terrorista contra a associação israelita na Argentina por um grupoterrorista, provavelmente o Hezbollah.

Agora, com base no que vimos até aqui, podemos ver a tabela das sete Festas Judaicas e seus diaspara comemoração, conforme descrito em Levíticos 23:

Festa Época da Festa Páscoa Primeiro mês, no décimo quarto dia Pães Asmos Primeiro mês, do décimo quinto dia ao vigésimo primeiro Primeiros Frutos (Primícias) Primeiro dia após o Sábado dos Pães Asmos Pentecostes 50 dias após a Festa dos Primeiros Frutos Trombetas Sétimo mês, no primeiro dia Expiação Sétimo mês, no décimo dia Tabernáculos Sétimo mês, no décimo quinto dia ao vigésimo primeiro

Vamos agora analisar cada uma das Festa da tabela anterior em detalhes e seu significado profético.

Páscoa

A Páscoa é uma Festa que lembra a libertação do povo Judeu da escravidão do Egito, para nósCristãos, nos lembra de nossa libertação da escravidão do pecado através de Cristo. Jesus é oCordeiro Pascal definitivo e provido por Deus para a salvação dos homens, conforme profetizadodurante todo o Antigo Testamento, desde a queda do homem.

O cordeiro tinha de ser sacrificado no crepúsculo ou no início do entardecer, o horário das 3 da tarde(a hora nona) era a divisão entre a Oblação (oferta) menor e a Oblação (oferta) maior. Jesus foicrucificado às 9 da manhã do dia 14 de Nisan e morreu (expirou) às 3 da tarde (Marcos 15.25), sendosepultado as 6 da tarde daquele mesmo dia.

Na pessoa de Cristo, essa Festa teve seu cumprimento máximo, na Cruz, onde foi cravada a cédula denossa dívida com Deus (Colossenses 2.14).

Pães Asmos

A Páscoa é seguida de uma semana de Festa dos Pães Asmos (não levedados). No AntigoTestamento, fermento poderia ser leite; ovo ou qualquer outro ingrediente que, ao ser adicionado namassa, poderia causar a fermentação. Normalmente o fermento é a “levedura”, e a massa se levedaquando é adicionada outra massa contaminada, nessa massa fresca e pura (Gálatas 5.9). O termofermento ou levedo, no seu sentido mais amplo, é qualquer coisa que pode causar uma mudançanuma massa maior. Referente às escrituras, é qualquer coisa que corrompe um ingrediente quando éadicionado.

E no caso de Cristo, o que isso representa? Vejamos:

Ele é o pão da vida.Ele não teve fermento.

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Ele foi açoitado, dilacerado, traspassado e moído por nós. Curiosamente o Matzo(pão sem fermento) é cheio de sulcos na aparência, o Matzo é perfurado para que ocalor do forno possa passar por todo seu interior e o Matzo é feito de sementeesmagada.

Em Cristo a Festa dos Pães Asmos foi cumprida, pois ele é o Pão da Vida sem fermento, do qualdevemos nos alimentar continuamente para termos vida e vida em abundância.

Primeiros Frutos (Primícias)

Durante o ano existiam alguns sábados (“Shabat“) extras conhecidos como “Shabaton” ou como “OGrande Shabat“. Esses sete “Shabaton” extras caíam em dias especiais do calendário e nãoexatamente nas noites de sextas­feiras. O primeiro Shabaton do ano é no dia 15 de Nisan. No ano emque Jesus morreu, o dia 15 de Nisan caiu numa quinta à noite e na sexta de dia. Portanto, houvedois Shabats, um logo após o outro, ou seja, um Grande Shabatpara a Páscoa, no dia 15 de Nisan, e ooutro no dia 16 de Nisan que foi um Shabat normal celebrado na sexta a noite e no sábado durante odia. Isso só pode ser encontrado no Novo Testamento somente se for lido no grego em Mateus28.1 onde a palavra traduzida para Shabat é, na verdade, Shabaton e indo até Marcos15.42 encontramos o texto dizendo claramente que “e portanto era o Dia da Preparação, isto é avéspera do sábado (Shabat), …”, veja também Mateus 26.62 e João 19.31. O “Dia da Preparação”refere­se a qualquer dia da semana, em qualquer data, antes de umShabat.

A Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias teve seu cumprimento em Cristo através de suaressurreição nesse dia, sendo assim Ele é o primogênito entre os mortos (Colossenses 1.18) para avida eterna, Ele foi feito a primícia dos que dormem (1 Corintios 15.20). As manifestações descritasem Mateus 27.52­53foram as Primícias de Cristo oferecidas a Deus Pai, aqueles santos queressuscitaram foram os primeiros de uma imensa colheita que está para acontecer. A Festa dasPrimícias é a terceira e última Festa que Jesus cumpriu pessoalmente na Terra. Jesus estava presentefisicamente na Páscoa, nos Pães Asmos e nas Primícias. Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40dias, 10 dias antes do Pentecostes. Ele ainda virá fisicamente cumprir mais três Festas.

Pentecostes

Depois das Primícias conta­se o Omer (feixe), a contagem dos 50 dias é chamada de “contandoo Omer“, contando os feixes. A nação de Israel ressuscitou quando saiu das águas do Mar Vermelho e50 dias depois Deus deu a eles a Lei, a Torah. Jesus ressuscitou e 50 dias depois Deus nos concedeuo Ruach Ha’Kodesh (o Espírito Santo). Ambos os casos citados tem o mesmo propósito (João16.13 e Gálatas 5.22­23).

A Festa hebraica é chamada Festa do Shavuot. Shavuot significa “semanas” e se refere as semanasque estão entre as Festas das Primícias e do Pentecostes. Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos”era movido perante Deus, exatamente como Jesus, sem pecados, foi movido (levantado) diante do Pai.No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante de Deus. Já que os dois pãescontem levedura (fermento), o que eles representam? Os dois pães são as duas partes da Igreja, ajudia e a gentia, mas ambas contem pecado. O término dessa quarta Festa traz o encerramento dasFestas das primeiras chuvas, as chuvas temporãs. Jesus falou sobre o Pentecostes em vários

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momentos, inclusive no dia de sua ascenção (Atos 1.4­9).

Podemos resumir as 4 primeiras Festas da seguinte forma:

Páscoa: Convocação pela morte do Messias.

Pães Asmos: Convocação pelo sepultamento do Messias.

Primeiros Frutos (Primícias): Convocação pela ressurreição do Messias.

Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder ao povo dado pelo Messias.

Vamos observar agora as 3 Festas seguintes, relacionadas as últimas chuvas, a chuva serôdia, queestão para se cumprir. Como vimos nas 4 primeiras, Deus zela pelo cumprimento das Festas deacordo com seus significados e podemos esperar fatos relevantes também para as Festas de outono.

Trombetas

O dia 1 de Tishrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ouainda o Rosh Ha’Shanah (Cabeça do Ano, o dia do Som do Shofar). Essa é a única Festa que começacom a Lua Nova. O Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Como todos osmeses do calendário, o primeiro dia de Tishrei começa com o brilho de uma lua nova. Os vigias nooriente de Israel ficavam observando até que surgisse o primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinalera transmitido rapidamente de vigia em vigia até chegar no Templo. O sacerdote ficava em pé noparapeito a sudeste do Templo e soava o Shofar para que fosse ouvido em todo vale ao redor. Assimque o sacerdote soava oShofar, os tementes a Deus, verdadeiros servos, interrompiam imediatamentea colheita, mesmo que ficasse ainda mais para ser colhido, deixavam tudo lá mesmo, no campo. Eraépoca de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o Templo, para adoração do dia de ano novo, aFesta das Trombetas.

Jesus usou essa ilustração para descrever a sua Segunda Vinda. Paulo associa claramente o “soardas trombetas” com a Segunda Vinda de Cristo sobre as nuvens (1 Tessalonicenses 4.16­17 e 1Coríntios 15.51­52). Isaías associou o uso do Shofar com a vinda do Messias (Isaías 51.9 e 60.1).Paulo associou o despertamento estrondoso com o Shofar e com o arrependimento dos pecados ecitou Isaías 60.1 em Efésios 5.14­17.

O Rosh Ha’Shanah é também chamado de Yom Ha’Din, o Dia do Juízo, uma época em que as cortescelestiais se reúnem e fazem uma análise completa da vida de cada pessoa. Os 30 dias de Elul, antesdo primeiro dia de Tishrei é, então, tempo de se voltar para Deus e os 10 dias que precedem ao YomKippur (Dia do Temor, Expiação), são chamados de Dias de Temor ou “Os Dias Terríveis”. Exatamentecomo o Judeu faz anualmente, vemos que precede o encerramento do Rosh Ha’Shanah e queinaugura o “Dia do Senhor” (Sofonias 2.1­3). Uma curiosidade relevante, os rabinos ensinam oseguinte:

1. No Rosh Ha’Shanah cada pessoa é julgada.

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2. Deus abre três livros e todos aqueles que tinham se voltado para Ele, seus nomesestavam escritos no Livro dos Justos.

3. Depois disso Deus divide o restante em dois grupos:

a) O primeiro grupo é o Rashim (completamente iníquo) e seus nomes são escritos no Livrodos Rashim, um livro que contem os nomes daqueles que são totalmente ímpios. O destinodos Rashimé selado no Rosh Ha’Shanah porque eles rejeitaram, por suas próprias escolhas, asalvação provida por Deus pelo Seu Messias.

b) O segundo grupo é chamado de Intermediários. Esse é o maior grupo e que nem é consideradojusto ou completamente iníquo. A esse grupo é dado 10 dias a mais para se arrepender, antes doinício do Yom Kippur. Se eles se arrependerem até o Yom Kippur, então seus nomes são escritos noLivro dos Justos, mas se não, vão para o Livro dos Completamente Iníquos. O destino de cada um édeterminado no Yom Kippur.

Expiação

A palavra expiação, kipper, literalmente significa “cobertura do pecado”. A oferta pelos pecados ofereceo perdão de Deus ao ofensor, uma expiação pelo pecado. O Yom Kippur ocorre no dia 10 de Tishrei eé o dia de adoração mais solene e mais sagrado no Judaísmo. Ele é chamado de “O Sabbath dosSabbaths”. Esse é o dia em que todo Israel chora por seus pecados. Esse é o único dia do ano em queo sumo­sacerdote entra no santíssimo lugar ou “santo dos santos”, o lugar mais sagrado.

Deus revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria ensinar o perdão de todas as dívidas; alibertação daqueles que estavam em algum tipo de servidão e o retorno das possessões. Quando Eleinstituiu o Ano do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur teria que ser um jubileu mesmo, ou seja, um júbilo.Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição, no entanto essa celebraçãoainda não foi realmente celebrada de verdade. Israel ainda aguarda a celebração completa do seuprimeiro Jubileu, que vai acontecer quando o Messias retornar.

O Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra Kaphar que quer dizer “cobrir”. Jesus é a nossapropiciação ou cobertura, Ele é a nossa expiação que apaga completamente os nossos pecados.

Tabernáculos

A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot é também chamada de “Festa das Tendas” ou “Festa dasCabanas” (Sukkahs). A Festa do Senhor e a Festa do Recolhimento da Colheita. Essa é a terceira dasFestas da colheita, uma grande temporada de júbilo e alegria. Começa 5 dias após o Yom Kippur, nodia 15 de Tishrei, na lua cheia e dura 7 dias. A Festa comemora a provisão e o abrigo de Deus duranteo êxodo e ilustra Sua habitação no mundo porvir, a Nova Jerusalém. A Festa dos Tabernáculoscontinuará a ser celebrada durante o reino milenial de Cristo (Zacarias 14.16­19).

O sétimo dia da Festa dos Tabernáculos foi chamado de Hosha’Na Rabba, que significa o Dia daGrande Hosana. Assim como todos os dias os sacerdotes derramavam água no Templo durante aFesta dos Tabernáculos, Jesus também se colocou no monte do Templo e declarou ser a verdadeiraÁgua da Vida, a Vida no Espírito, estava sendo derramada de dentro Dele mesmo. Durante a Festados Tabernáculos, o Monte do Templo ficava impressionantemente iluminado com muitas tochas e

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lanternas. No Templo completamente iluminado Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira Luz.Essas tradicionais alusões à água e à luz, como aqui mencionados, lembram parte do descritivo daNova Jerusalém que desce do céu, conforme está escrito no livro de Apocalipse 21.9­27.

Jesus em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro tabernáculo que habitará perpetuamente entreos homens.

Com isso finalizamos esse pequeno estudo sobre as Festas e seus significados proféticos. Ocumprimento das últimas três Festas está próximo, os sinais estão cada vez mais visíveis. Nos artigosanteriores dessa série de Escatologia, já apresentei em que época estamos, no próximo artigo vouapresentar vários sinais relacionados à essa época atual em que vivemos. Se deseja estudar com maisprofundidade os temas das Festas aqui abordados, recomendo a leitura do livro “As Festas Judaicasdo Antigo Testamento” do Dr. Grady Shannon McMurtry (veja aqui), este artigo foi uma adaptação devários trechos dessa obra.

Que Deus o abençoe e ilumine Seu rosto sobre você!!!