Upload
vothu
View
219
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
2
ESCOLA NORMAL SUPERIOR
Programa de Ps-Graduao em Educao e Ensino de Cincias na Amaznia
PROJETO:
APOIO MELHORIA DO ENSINO DE CINCIAS E DE MATEMTICA PROJETO ARQUIMEDES-
MANAUS Convnio n. 3621/06
MANUAL DE PRTICAS DE ENSINO DE QUMICA
Professores
Dr. Jos Marcos Gil Ortiz (Coordenador)
MSc. Clia Maria Serro Eleutrio
Prof. Ana Andria de Oliveira Souza
Dr. Augusto Fachn Tern (Coordenador Geral do Projeto Arquimedes)
Estudantes Elzalina Ribeiro Soares
Jos Otavio Serro Eleutrio
Maria Elissandra dos Santos Ribeiro
Rainey Paiva Souza
Suze Mary da Silva Glria
Thaisa Moreira de Matos
3
Produo e Editorao BK Editora
Ficha catalogrfica no livro impresso
Ortiz, Jos Marcos Gil 2009
Manual de Prticas de Ensino de Qumica / Ortiz, Jos Marcos Gil et al. Manaus: UEA edies/BK editora, 2009.
86 p. 29 cm
ISBN: 978-85-61912-08-6
1. Ensino de Qumica. 2. Cincias. 3.Manual de Qumica. I. Ttulo
CDD 378.0 CDU 378.0
4
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Reitora
MARILENE CORRA DA SILVA
Vice-Reitor CARLOS EDUARDO DE SOUZA GONALVES
Pr-Reitoria de Ps-Graduao e Pesquisa PROPESP
JOS LUIZ DE SOUZA PIO
ESCOLA NORMAL SUPERIOR Direo
MARIA AMLIA ALCNTARA FREIRE
Coordenador Geral do Projeto ARQUIMEDES-UEA AUGUSTO FACHN TERN
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAO E QUALIDADE DE ENSINO
SEDUC Secretario de Estado
GEDEO TIMTEO AMORIM
Coordenador SEDUC EDSON SANTOS MELO
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS FINEP
FUNDAO DE APOIO INSTITUCIONAL MURAKI Presidente
PAULO ADROALDO RAMOS ALCNTARA
5
ESCOLA NORMAL SUPERIOR
Programa de Ps-Graduao em Educao e Ensino de Cincias na Amaznia
PROJETO:
APOIO MELHORIA DO ENSINO DE CINCIAS E DE MATEMTICA
PROJETO ARQUIMEDES-MANAUS Convnio n. 3621/06
MANUAL DE PRTICAS DE ENSINO DE QUMICA
Financiadora Financiadora de Estudos e Projetos FINEP
Conveniente Fundao de Apoio Institucional MURAKI
Executor: Universidade do Estado do Amazonas-UEA
Interveniente (s)
Secretaria de Estado de Educao e Qualidade de Ensino-SEDUC
6
APRESENTAO
O Projeto Arquimedes, teve sua concepo iniciada em 2001 e incentivada pelo CNPq. Esta iniciativa para
despertar o gosto pela cincia foi apresentada em julho de 2003, em Recife, no segundo dia de reunies da 55 Reunio
Anual da SBPC no Simpsio Educao Cientfica no Brasil, pelo professor Ennio Candotti, recentemente empossado no
cargo de presidente da SBPC.
Esta proposta educacional que tentar levar um pouco de cincia aos alunos da escola pblica foi iniciada em
Manaus, em agosto de 2006, atravs de um trabalho interinstitucional com a participao da Universidade do Estado do
Amazonas, Secretaria de Estado de Educao e Qualidade de Ensino, e Secretaria de Cincia e Tecnologia; comeando
sua implementao em 2007. Neste Projeto a tarefa fundamental dos professores universitrios a elaborao de
materiais didticos, com uma redao clara e uma linguagem adequada para os alunos e professores do Ensino Mdio.
Como Coordenador Geral do Projeto Arquimedes, apresento esta primeira produo, realizada por um grupo
de professores e estudantes da equipe do Projeto na rea de Qumica. Este material didtico alm de orientar os
contedos, inclui uma primeira parte com sugestes de experimentos para serem realizados no Laboratrio de Cincias;
e na segunda parte so apresentados experimentos de qumica-motivao/exposio. O contedo apresentado faz parte
de uma proposta direcionada a elaborar prticas usando os materiais adquiridos pelo projeto para o Laboratrio de
Ensino de Cincias: Qumica. Um dos objetivos que se pretende alcanar com este trabalho treinar Monitores e
Professores do Ensino Mdio com a finalidade de fazer mais prazeroso o Ensino da Qumica nas escolas da rede
pblica.
Para concluir esta apresentao, importante lembrar que a edio deste trabalho foi possvel com o suporte
financeiro da FINEP e SEDUC.
Dr. Augusto Fachn Tern
Coordenador Geral do Projeto Arquimedes
7
PREFACIO
O ensino pblico alvo de crticas nos meios de 'comunicao do Brasil e do mundo, Sua baixa qualidade
tem sido comprovadas pelas avaliaes realizadas pelo Ministrio da Educao, isso nos preocupa. No ensino mdio,
por exemplo, a disciplina de Qumica est entre as que apresentam ndices baixos de aprendizagem. Em funo disso
importante investigar se possvel associar o insucesso dessa disciplina a um ensino puramente conteudista e
mecnico? Ser que essa disciplina continua sendo ensinada pelos docentes de forma verbal? Os discentes continuam
apenas memorizando os contedos dos livros didticos sem mudana e ampliao dos mesmos? As prticas
pedaggicas dos docentes ainda esto atreladas ao modelo tradicionalista? Essas e outras questes nos levaram a refletir
a respeito do ensino que atualmente se desenvolve nas escolas pblicas brasileiras.
Para que um novo panorama se apresente em nossas escolas necessrio que a Qumica, aos poucos, deixem
de ser vista como uma simples "disciplina" e passe ser entendida como "ensino". No contexto atual fundamental
ressignificar o ensino pblico por isso, o Projeto Arquimedes - Grupo de Qumica desenvolveu este manual com
experimentos para professores de escolas pblicas do Estado do Amazonas.
Esperamos que este Manual sirva como instrumento til para trabalhar a experimentao na escola e fazer
com que o aluno do Ensino Mdio tenha mais afinidade com a disciplina de Qumica; e o Ensino de Qumica se efetive
com qualidade no contexto das escolas pblicas do Pas.
Os organizadores
8
SUMRIO
p 1 PARTE - SUGESTES DE EXPERIMENTOS PARA SEREM REALIZADAS NO LABORATRIO DE CINCIAS.......................................................................................... 10
UNIDADE 1 - FENMENO / MISTURA / SUBSTNCIA................................................ 10 Experimento 1.1 Importncia do experimento em qumica vidrarias....................... 10 Experimento 1.2 Tipos de misturas............................................................................. 20 Experimento 1.3 Identificando uma mistura e um fenmeno qumico........................ 21 Experimento 1.4 Processos de separao de misturas................................................. 22 Experimento 1.4.1 Filtrao I......................................................................................... 22 Experimento 1.4.2 Filtrao II........................................................................................ 23 Experimento 1.4.3 Imantao......................................................................................... 23 Experimento 1.4.4 Peneirao ou tamisao.................................................................. 24 Experimento 1.4.5 Sublimao....................................................................................... 24 Experimento 1.5 Separao de substncias de uma soluo....................................... 26 Experimento 1.6 Cromatografia em giz...................................................................... 28 Experimento 1.7 Testando a solubilidade das solues............................................... 29 Experimento 1.8 Testando solubilidade e temperatura das solues.......................... 31 UNIDADE 2 ESTRUTURA ATMICA............................................................................ 33 Experimento 2.1 Modelo Atmico de Bohr e Transies Eletrnicas........................ 33 UNIDADE 3 LEI PERIDICA.......................................................................................... 37 Experimento 3.1 Ponto de fuso.................................................................................. 37 Experimento 3.2 Ponto de ebulio............................................................................. 38 UNIDADE 4 LIGAES QUMICAS.............................................................................. 39 Experimento 4.1 Identificando compostos inicos e moleculares.............................. 39 UNIDADE 5 REAES E FUNES QUMICAS........................................................ 40 Experimento 5.1 Reaes qumicas............................................................................. 40 Experimento 5.1.1 Reao de neutralizao................................................................... 40 Experimento 5.1.2 Reao de precipitao.................................................................... 40 Experimento 5.1.3 Velocidade das reaes e temperatura............................................. 40 Experimento 5.1.4 Reaes de sntese............................................................................ 44 Experimento 5.1.5 Reaes de decomposio................................................................ 49 Experimento 5.1.6 Reaes de deslocamento................................................................ 53 Experimento 5.1.7 Reaes de dupla troca.................................................................... 56 Experimento 5.1.8 Reao redox com transferncia de eltrons................................ 58 Experimento 5.2 Funes Inorgnicas........................................................................ 61 Experimento 5.2.1 Conhecendo e identificando as funes inorgnicas....................... 61 Experimento 5.2.2 Identificando cidos e bases indicadores...................................... 62 Experimento 5.2.3 Testando a fora dos cidos e das bases.......................................... 64 Experimento 5.2.4 Periodicidade das propriedades de xidos...................................... 67 Experimento 5.2.5 Reaes de sais e xidos.................................................................. 69 Experimento 5.2.5.1 Reaes de sal com no-metal......................................................... 69 Experimento 5.2.5.2 Reao de sal com metal.................................................................. 69
9
Experimento 5.2.5.3 Reao de sal com cido.................................................................. 69 Experimento 5.2.5.4 Reao de sal com base.................................................................... 70 Experimento 5.2.5.5 Reao entre sais.............................................................................. 70 Experimento 5.2.5.6 xidos bsicos................................................................................. 70 Experimento 5.2.5.7 xidos cidos................................................................................... 71 UNIDADE 6 ESTUDO FSICO DOS GASES. ................................................................. 72 Experimento 6.1 Enchendo um balo sem soprar....................................................... 72 2 PARTE: EXPERIMENTOS DE QUMICA MOTIVAO/ EXPOSIO............. 74 Experimento 2.1 Descobrindo a plvora..................................................................... 74 Experimento 2.2 Fabricando oxignio na escola......................................................... 75 Experimento 2.3 Fabricando gs carbnico na escola................................................. 75 Experimento 2.4 Enche um balo................................................................................ 76 Experimento 2.5 Fazer espuma................................................................................... 76 Experimento 2.6 Fogo de artifcio............................................................................... 77 Experimento 2.7 Mensagem secreta............................................................................ 78 Experimento 2.8 O ovo nu........................................................................................... 78 Experimento 2.9 Produo de um plstico.................................................................. 79 Experimento 2.10 A reao do vulco........................................................................... 79 Experimento 2.11 Sopro mgico................................................................................... 80 Experimento 2.12 Fabricando nitrognio...................................................................... 80 Experimento 2.13 O comeo ao da saliva............................................................... 82 Experimento 2.14 Solues solvente e soluto............................................................ 82 Experimento 2.15 Faixa com tinta invisvel................................................................. 83 Experimento 2.16 Bales com gelo seco....................................................................... 83 Experimento 2.17 Mudana de cor (Bandeira do Brasil).............................................. 84 Experimento 2.18 Reao reversvel............................................................................. 85 Experimento 2.19 Reao ativada pela voz................................................................... 86 Experimento 2.20 Chama fria........................................................................................ 87 Experimento 2.21 Polaridade........................................................................................ 88 Experimento 2.22 Ponto de fuso.................................................................................. 89 Experimento 2.23 Conduo de corrente eltrica.......................................................... 90 Experimento 2.24 Reao de simples troca e de dupla troca........................................ 91 REFERNCIAS .......................................................................................................... 93
10
1 PARTE - SUGESTES DE EXPERIMENTOS PARA SEREM REALIZADAS NO LABORATRIO DE CINCIAS
UNIDADE 1 - FENMENO / MISTURA / SUBSTNCIA. EXPERINCIA 1.1: IMPORTNCIA DO EXPERIMENTO EM QUMICA1 - VIDRARIAS O PORQU DA EXPERINCIA
Apesar do grande desenvolvimento terico da Qumica, ela continua a ser uma
cincia eminentemente experimental; da a importncia das aulas prticas de Qumica. A
experincia treina o aluno no uso de mtodos, tcnicas e instrumentos de laboratrio e
permite a aplicao dos conceitos tericos aprendidos.
Nas cincias, os fatos experimentais negam ou incentivam as teorias e estas
propem novos experimentos. De tal modo se entrelaam teorias e fatos experimentais,
de forma que o cientista deve fazer o esforo para romper com a teoria quando esta no
se aplica aos experimentos, ou refazer os experimentos at conseguir resultados mais
convincentes cientificamente.
LABORATRIO QUMICO O laboratrio Qumico o lugar privilegiado para a realizao de experimentos,
possuindo instalaes de gua, luz e gs de fcil acesso em todas as bancadas. Possui
ainda local especial para manipulao das substncias txicas (a capela), que dispe de
sistema prprio de exausto de gases. O destilador, a balana analtica, vidrarias de todo
tipo e tamanho e reagentes com grau de pureza analtica so recursos mnimos de
qualquer laboratrio.
O laboratrio um local de trabalho onde h risco de acidentes devido
existncia de substncias txicas, inflamveis e explosivas. Por isso equipado com
extintores de incndio, lava-olhos, chuveiro e sadas de emergncia e uma farmcia de
primeiros socorros. imprescindvel que alunos, tcnicos e professores conheam e
sigam as normas de segurana de um laboratrio qumico.
1 Jose Machado Moita Neto e Graziela Ciaramella Moita Universidade Federal do Piau Departamento de Quimica.
11
REGRAS BSICAS DE SEGURANA DE LABORATRIO O laboratrio um local onde h um grande nmero de equipamentos e
reagentes que possuem os mais variados nveis de toxidez. Este um local bastante
vulnervel a acidentes, desde que no se trabalhe com as devidas precaues. Abaixo,
apresentamos alguns cuidados que devem ser observados, para a realizao das
prticas, de modo a minimizar os riscos de acidentes. Voc pode complementar esse
texto, bem como inteirar-se das operaes de emergncia em caso de acidente, junto a
Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA).
ANTES DA AULA PRTICA 1. Consulte a lista de segurana geral no item SEGURANA.
2. Estude os conceitos tericos envolvidos, leia com ateno o roteiro da prtica e tire
todas as dvidas.
3. Obtenha as propriedades qumicas, fsicas e toxicolgicas dos reagentes a serem
utilizados, e a forma de prevenir e contornar os possveis acidentes causados por eles.
Em muitos casos essas instrues so encontradas no prprio rtulo do reagente ou no
catlogo do fabricante (p. ex.: Merck Index).
4. Localize as sadas do laboratrio, extintores de incndio, chuveiro, lava-olhos, armrio
de pronto-socorro, o telefone mais prximo, e tenha anotados os telefones do bombeiro e
do pronto socorro.
DURANTE A AULA PRTICA 1. O laboratrio um local de trabalho srio; portanto, evite brincadeiras que dispersem
sua ateno e de seus colegas. Trabalhe com calma, ateno e responsabilidade, e seja
metdico. Esteja sempre ciente e respeite as principais regras de segurana.
2. O cuidado e aplicao de medidas de segurana responsabilidade de cada
indivduo; cada um deve precaver-se contra perigos devido a seu prprio trabalho e ao
dos outros.
3. Consulte o professor sempre que tiver dvidas ou ocorrer algo inesperado ou anormal.
4. Para sua segurana, use avental de algodo, de comprimento na altura dos joelhos e,
de preferncia de mangas longas.
5. Use calas e sapatos fechados.
6. No use relgio, anis ou pulseiras.
7. No fume, coma ou beba no laboratrio.
http://www2.fc.unesp.br/lvq/security.htm
12
8. Faa apenas a experincia prevista; qualquer atividade extra no deve ser realizada
sem a prvia consulta ao professor.
9. No cheire, toque ou prove qualquer reagente. Lembre-se que a contaminao ocorre
por inalao e/ou ingesto e/ou absoro pela pele.
10. Nunca deixe o bico de Bunsen aceso quando no estiver usando.
11. No use substncias inflamveis prximo a chama.
12. Trabalhe com cuidado com substncias txicas e corrosivas, como cidos, lcalis e
solventes.
13. Todo material txico e/ou que exale vapor deve ser usado na capela.
14. Leia com ateno o rtulo do frasco de reagente antes de us-lo para certificar-se que
o frasco certo.
15. Todo frasco contendo reagentes, amostras e solues devem ser devidamente
etiquetadas (identificao do material e do responsvel e data).
16. No contamine os reagentes, voltando o reagente no utilizado ao frasco original ou
usando esptulas e pipetas sujas ou molhadas.
17. Reagentes incompatveis devem ser armazenados afastados para que no ocorra, em
caso de um acidente, reaes perigosas.
18. Experimentos em andamento devem apresentar anotaes indicando o procedimento
em caso de acidente.
19. Em caso de acidente, mantenha a calma e chame o professor ou tcnico.
20. Use a capela sempre que trabalhar com solventes volteis, reaes perigosas,
explosivas ou txicas.
21. NUNCA jogue reagentes ou resduos de reaes na pia, localize os frascos
apropriados para descarte.
22. Para trabalhar com produtos corrosivos, utilizar as luvas de proteo adequadas.
23. Nas pissetas usar somente gua destilada.
24. Sempre identificar solues preparadas com: Nome do reagente, data de preparo,
concentrao, nome do preparador e fornecedor.
25. No utilize material de vidro quebrado, rachado ou com defeito, principalmente para
aquecimento ou em sistemas com vcuo.
26. No deixe vidraria ou qualquer equipamento quente sobre a bancada sem o devido
aviso.
27. Enxugue e lave qualquer local onde cair reagente.
28. O laboratrio deve estar sempre limpo e arrumado, corredores e sadas desobstrudos,
cho e bancadas devem permanecer secas.
13
29. Nunca jogue papis, fsforo ou qualquer slido na pia.
30. Reagentes no tratados ou insolveis no devem ser jogados na pia. Solventes
clorados e no clorados devem ser armazenados em frascos separados.
31. As mangueiras e conexes em geral so causas freqentes de acidentes. Verifique-as
constantemente para prevenir vazamentos.
APS A AULA PRTICA 1. Lave todo o material logo aps o trmino da experincia, pois conhecendo a natureza
do resduo pode-se usar o processo adequado de limpeza.
2. Guarde todo o equipamento e vidraria.
3. Guarde todos os frascos de reagentes, no os deixe nas bancadas ou capelas.
4. Deixe a bancada limpa e desobstruda.
5. Desligue todos os aparelhos e lmpadas e feche as torneiras de gs.
ANTES, DURANTE E APS O EXPERIMENTO. No se entra num laboratrio sem um objetivo especfico, portanto necessrio
uma preparao prvia ao laboratrio: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os
princpios qumicos envolvidos nesta atividade?
Durante a realizao dos experimentos necessria anotaes dos fenmenos
observados, das massas e volumes utilizados, tempo decorrido, condies iniciais e finais
do sistema, portanto um caderno deve ser usado especialmente para o laboratrio. Este
caderno de laboratrio possibilitar uma descrio precisa das atividades de laboratrio.
No confie em sua memria, tudo deve ser anotado.
Aps o experimento vem o trabalho de compilao das etapas anteriores atravs
de um relatrio. O relatrio um modo de comunicao escrita de cunho cientfico sobre
o trabalho laboratorial realizado.
14
RELATRIO O relatrio deve conter as seguintes partes: ttulo, sumrio, introduo terica, parte
experimental, resultados e clculos, discusso, concluso e bibliografia.
TTULO: Frase sucinta que indica o principal objetivo da experincia.
SUMRIO: Resumo de no mximo cinco linhas de tudo o que foi feito, inclusive dos resultados alcanados.
INTRODUO TERICA: Descrio de toda teoria necessria ao entendimento da prtica e da discusso dos resultados. Deve ser uma sntese prpria dos vrios livros
consultados. Nesta introduo deve conter o objetivo do trabalho. O professor percebe
facilmente quando o aluno comea a "encher lingia". Evite rodeios.
PARTE EXPERIMENTAL: Descrever o procedimento experimental, ressaltando os principais materiais e equipamentos utilizados.
RESULTADOS E CLCULOS: Consiste na apresentao de todos os dados colhidos em laboratrio ou calculados a partir deste. Devem ser apresentados na forma de tabelas,
grficos, etc., de modo a comunicar melhor a mensagem.
DISCUSSO: Discutir os dados obtidos luz da teoria exposta e comparar com os dados da literatura. A discusso a parte do relatrio que exige maior maturidade do aluno.
CONCLUSO: Sntese pessoal sobre as concluses alcanadas com o seu trabalho. Enumere os resultados mais significativos do trabalho.
15
MATERIAIS DE LABORATRIO
ALMOFARIZ COM PISTILO: usado na triturao e pulverizao
de slidos.
BALO DE FUNDO CHATO: utilizado como recipiente para
conter lquidos ou solues, ou mesmo, fazer reaes com
desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIP
com TELA DE AMIANTO.
BALO DE FUNDO REDONDO: utilizado principalmente em
sistemas de refluxo e evaporao a vcuo, acoplado a
ROTAEVAPORADOR
BALO VOLUMTRICO: possui volume definido e utilizado
para o preparo de solues em laboratrio
BECKER: de uso geral em laboratrio. Serve para fazer
reaes entre solues, dissolver substncias slidas, efetuar
reaes de precipitao e aquecer lquidos. Pode ser aquecido
sobre a TELA DE AMIANTO.
BURETA: aparelho utilizado em anlises volumtricas.
CADINHO: Pea geralmente de porcelana cuja utilidade
aquecer substncias a seco e com grande intensidade, por isto
pode ser levado diretamente ao BICO DE BUNSEN
CPSULA DE PORCELANA: Pea de porcelana usada para
evaporar lquidos das solues.
javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TRIP#TRIPhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/teladeamianto.gifhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/rotoevaporador.gifhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TELA DE AMIANTO#TELA DE AMIANTOhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#BICO DE BUNSEN#BICO DE BUNSEN
16
CONDENSADOR: Utilizado na destilao, tem como finalidade
condensar vapores gerados pelo aquecimento de lquidos.
DESSECADOR: Usado para guardar substncias em atmosfera
com baixo ndice de umidade.
ERLENMEYER: Utilizado em titulaes, aquecimento de lquidos
e para dissolver substncias e proceder reaes entre solues.
FUNIL DE BUCHNER: Utilizado em filtraes a vcuo. Pode ser
usado com a funo de FILTRO em conjunto com o KITASSATO.
FUNIL DE SEPARAO: Utilizado na separao de lquidos no
miscveis e na extrao lquido/lquido.
javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)http://www2.fc.unesp.br/lvq/buchkitassato.gifhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#KITASSATO#KITASSATO
17
FUNIL DE HASTE LONGA: Usado na filtrao e
para reteno de partculas slidas. No deve ser
aquecido.
KITASSATO: Utilizado em conjunto com o FUNIL DE
BUCHNER em FILTRAES a vcuo.
PIPETA GRADUADA: Utilizada para medir pequenos
volumes. Mede volumes variveis. No pode ser
aquecida.
PIPETA VOLUMTRICA: Usada para medir e
transferir volume de lquidos. No pode ser
aquecida, pois possui grande preciso de medida.
PROVETA OU CILINDRO GRADUADO: Serve para
medir e transferir volumes de lquidos. No pode ser
aquecida.
TUBO DE ENSAIO: Empregado para fazer reaes
em pequena escala, principalmente em testes de
reao em geral. Pode ser aquecido com
movimentos circulares e com cuidado diretamente
sob a chama do BICO DE BNSEN.
javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#FUNIL DE BUCHNER#FUNIL DE BUCHNERhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#FUNIL DE BUCHNER#FUNIL DE BUCHNERhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/buchkitassato.gifhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#BICO DE BUNSEN#BICO DE BUNSEN
18
VIDRO DE RELGIO: Pea de Vidro de forma
cncava, usada em anlises e evaporaes. No
pode ser aquecida diretamente.
OUTROS EQUIPAMENTOS
ANEL OU ARGOLA: Usado como suporte do funil na
filtrao.
BALANA DIGITAL: Para a medida de massa de slidos
e lquidos no volteis com grande preciso.
BICO DE BNSEN: a fonte de aquecimento mais utilizada
em laboratrio. Mas contemporaneamente tem sido
substitudo pelas MANTAS E CHAPAS DE
AQUECIMENTO.
ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO: usada para
suporte de os TUBOS DE ENSAIO.
GARRA DE CONDENSADOR: Usada para prender o
condensador haste do suporte ou outras peas como
bales, erlenmeyers etc.
javascript:void(0)javascript:void(0)http://www2.fc.unesp.br/lvq/mantadeaquecimento.gifhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/mantadeaquecimento.gifhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TUBO DE ENSAIO#TUBO DE ENSAIO
19
PINA DE MADEIRA: Usada para prender o TUBO DE
ENSAIO durante o aquecimento.
PINA METLICA: Usada para manipular objetos
aquecidos.
PISSETA OU FRASCO LAVADOR: Usada para lavagens
de materiais ou recipientes atravs de jatos de gua,
lcool ou outros solventes.
SUPORTE UNIVERSAL: Utilizado em operaes como:
Filtrao, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de
Destilao etc. Serve tambm para sustentar peas em
geral.
TELA DE AMIANTO: Suporte para as peas a serem
aquecidas. A funo do amianto distribuir uniformemente
o calor recebido pelo BICO DE BUNSEN.
TRIP: Sustentculo para efetuar aquecimentos de
solues em vidrarias diversas de laboratrio. utilizado
em conjunto com a TELA DE AMIANTO.
javascript:void(0)javascript:void(0)javascript:void(0)http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TUBO DE ENSAIO#TUBO DE ENSAIOhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TUBO DE ENSAIO#TUBO DE ENSAIOhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#BICO DE BUNSEN#BICO DE BUNSENhttp://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TELA DE AMIANTO#TELA DE AMIANTO
20
EXPERINCIA 1.2: TIPOS DE MISTURAS OBJETIVO: Diferenciar as misturas homogneas, heterogneas e coloidais. MATERIAIS:
3 potes de vidros; 2 varetas de vidro; 3 etiquetas;
Amostra de azeite, de gua, de lcool e de mostarda.
PROCEDIMENTOS: 1 Etapa:
Colocar uma etiqueta num pote com o nmero 1.
No pote 1 juntar gua e azeite e mexer com a vareta de vidro. Relatar o que foi
observado.
2 Etapa:
Colocar uma etiqueta num dos potes vazios com o nmero 2.
No pote 2 juntar gua e lcool e mexer com a vareta de vidro. Relatar o que foi
observado.
3 Etapa:
Colocar uma etiqueta no pote vazio com o nmero 3.
Colocar no pote 3 mostarda e acrescentar lcool. Relatar o que foi observado. Obs: Comparar os trs potes e classificar cada uma das misturas e explicar a razo dessa
classificao.
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA: Mistura um material que agrupa duas ou mais substncias, sem que ocorram
alteraes nelas, mantendo-se, portanto, as caractersticas e propriedades das
substncias envolvidas. As misturas podem ser homogneas (apresenta as mesmas
propriedades em to qualquer parte da sua extenso, apresenta apenas uma fase, ,
portanto, monofsica. Ex: gua + lcool) e heterogneas (no apresenta as mesmas
propriedades em todas as partes de sua extenso. Apresentam duas ou mais fases:
bifsica, trifsica ou polifsica. Ex: gua + leo, bifsica). No esquecer de comentar
sobre os processos de separao de misturas exemplificando com situaes do cotidiano
do aluno.
21
EXPERIMENTO 1.3: IDENTIFICANDO UMA MISTURA E UM FENMENO QUMICO OBJETIVO: Identificar uma mistura e um fenmeno qumico. QUESTO PARA DISCUSSO: Qual a diferena entre a formao de uma mistura sem reao qumica e com reao qumica?
MATERIAIS:
2 copos de Bquer de 250 mL;
2 bastes de vidro
Pores de acar (C12H22O11)
gua
Acido sulfrico (concentrado) H2SO4
PROCEDIMENTOS: Rotular os Bqueres (Bquer 1 e Bquer 2). No bquer 1 adicionar uma poro
de acar e acrescentar alguns mL de gua. Com um basto de vidro proceder a
dissoluo. Observar se ocorreu alguma mudana. (anotar). No bquer 2 adicionar uma
poro de acar e aos poucos com ajuda de um basto de vidro adicionar o cido
sulfrico (cuidado esse cido perigoso e pode causar queimaduras). Misturar com o
basto de vidro e verificar se ocorreu alguma mudana.
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA: O acar dissolve na gua, no h liberao de calor, no solta nenhuma fumaa,
portanto, no h uma transformao quimica. Ento o primeiro exemplo trata-se de uma
mistura reuniu-se substancias, interagem, mas no se modificam. No segundo
experimento percebe-se que as duas substncias se modificam (mudana de cor no
acar indcios de uma reao quimica). O cido sulfrico desidrata o acar e
deixando ficar s o carvo. Ocorre liberao de calor, fumaa etc., portanto, uma reao
quimica.
Com esses dois experimentos pode-se perceber que acar + gua mistura
ocorreu a interao das substncias envolvidas no processo sem que ocorresse a
transformao reao qumica. Acar e cido sulfrico no uma mistura, ocorreu
uma transformao fenmeno qumico.
22
EXPERIMENTO 1.4: PROCESSOS DE SEPARAO DE MISTURAS OBJETIVO: Identificar alguns processos de separao de misturas e diferenciar misturas homogneas e heterogneas.
MATERIAIS: gua e sal, gua e areia, arroz e sal, arroz e feijo, ferro e arroz, leo e gua,
bquer, peneira, lamparina, trip, funil, papel filtro, proveta, im, papel toalha, esptula,
tela de amianto.
1.4.1 FILTRAO I Filtragem: quando uma suspenso passa atravs de um papel de filtro, as suas
partculas ficam retidas se o dimetro da malha que forma o papel for suficientemente
pequeno. No caso das partculas slidas serem muito pequenas
pode recorrer-se a um filtro de porcelana porosa. O mais
corrente o filtro de papel, que se dobra em quatro partes,
formando-se um cone que se adapta forma do funil. Existem
tambm filtro de areia, argila e carvo.
MATERIAIS:
Proveta, papel filtro; funil; haste de fixao; garra e bquer;
Tela de amianto, lamparina (ou bico de busen se tiver);
leo, sal, areia, p de caf etc.
PROCEDIMENTOS:
Montar o esquema para lamparina com trip e tela de amianto. Medir na proveta 20mL
da mistura gua e sal e colocar no bquer, levando-o para aquecimento. Deixar
aquecendo e observar durante o resto do trabalho.
Fixar na haste, colocar o funil e o papel filtro;
Colocar o bquer vazio sobre o funil; despejar a mistura areia e gua, gua e caf,
gua e sal etc.
Despeje aos poucos no papel filtro, Observar.
Filtrar a mistura como indicado no sistema ao lado.
No funil de decantao leo e gua;
Anotar no caderno quais materiais ficaram retidos no papel de filtro e quais no?
23
1.4.2 FILTRAO II OBJETIVOS: Identificar as misturas homogneas e heterogneas, classificar e caracterizar as misturas.
MATERIAIS:
gua, areia, acar, sal, leo, limalha de ferro, arroz;
Bquer, proveta, basto de vidro, papel de filtro.
PROCEDIMENTOS: 1. Colocar 100 mL de gua no bquer, aps adicionar uma colher de sal e misturar com o
basto de vidro.
2. Colocar 100 mL de gua no bquer, aps adicionar uma colher de acar e misturar
com o basto de vidro.
3. Colocar 100 mL de gua no bquer, aps adicionar 20 mL de leo, misturar com o
basto de vidro e observar.
4. Colocar uma colher de limalha de ferro no papel filtro e uma colher de arroz, misturar.
5. Colocar 100 mL de gua no bquer, aps adicionar uma colher de areia e misturar com
o basto de vidro.
6. Colocar uma colher de arroz e uma colher de sal e observar.
QUESTES: 1. Observando as misturas, todas tm as mesmas caractersticas? Por qu?
2. Para os procedimentos acima, quais misturas seriam homogneas? Por qu?
3. Como voc caracterizaria as misturas heterogneas obtidas acima?
4. Entre os procedimentos, quais nmeros seriam de obteno de misturas homogneas e
quais heterogneas?
5. Defina misturas homogneas e misturas heterogneas?
1.4.3 IMANTAO Trata-se de um mtodo de separao especfico das misturas com um
componente ferromagntico como o cobalto, o nquel e, principalmente, o ferro. Estes
materiais so extrados pelos manes, fenmeno que se pode aplicar para reter as suas
partculas ou para desviar a sua queda. Para demonstrar esse processo de separao
podemos utilizar elementos do cotidiano do aluno como, por exemplo, arroz, feijo
misturados limalha de ferro.
24
MATERIAIS:
Limalha de ferro, arroz, im, papel toalha.
PROCEDIMENTOS:
Passar o im sobre a mistura;
Verificar o que ocorre;
Com a mo escorrer a limalha sobre o papel toalha para posteriormente guard-la.
1.4.4 PENEIRAO OU TAMISAO Este processo consiste em separar gros menores de maiores com o auxlio de
uma peneira. Os gros maiores ficam retidos na peneira e os menores passam pela
malha. Ex.: separar feijo de pedregulhos, arroz do sal, farinha de mandioca do trigo etc. MATERIAIS:
Arroz, sal, peneira, papel toalha. PROCEDIMENTOS:
Colocar a mistura arroz e sal na peneira
Peneirar sobre o papel toalha e observar 1.4.5 SUBLIMAO
A sublimao a passagem direta de uma substncia em
estado slido para o gasoso em determinadas condies de
presso e temperatura ( o caso do iodo e da naftalina). A sublimao
pode ser aplicada s solues slidas e s misturas, sempre uma das
substncias possa sofrer este fenmeno. Basta aquecer a mistura ou
soluo temperatura adequada e recolher os vapores que, quando
esfriam, se vem submetidos a uma sublimao regressiva, ou seja,
passam diretamente de gs a slido. possvel separar de uma mistura
heterognea os slidos que sublimam a temperatura ambiente ou com leve aquecimento. QUESTES PARA DISCUSSO: 1. Quais misturas eram homogneas e quais eram heterogneas? 2. Qual o processo de separao utilizado na mistura de gua e sal? 3. Qual o processo de separao utilizado na mistura de gua e areia?
4. Qual o processo de separao utilizado na mistura de leo e gua? 5. Em qual mistura utilizamos o processo de imantao ou separao magntica? 6. Com o m, qual material pode ser separado dos demais?
25
7. A imantao separaria o sal do arroz? Por qu? 8. Qual o processo de separao utilizado na mistura de sal e arroz? 9. Misturas homogneas podem ser separadas por filtrao? Por qu? 10. Que outros processos de separao voc conhece? Cite e explique com suas palavras.
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
As tcnicas ao longo dos tempos foram sendo aperfeioadas de forma a tornar
possvel a separao de qualquer tipo de mistura, bastando conhecer o estado fsico e as
caractersticas da substncia que desejamos separar. Algumas misturas s so
visualizadas com o auxilio de um microscpio. Ao, como o de uma colher, por exemplo,
no pode ser reconhecido como mistura mesmo com o auxlio de microscpio. J o
sangue, que uma mistura de milhares de componentes pode ser reconhecido como
mistura se observado ao microscpio.
Os mtodos de separao consistem geralmente em processos fsicos, porm
esto quase sempre associados a aplicaes qumicas. A cromatografia um bom
exemplo: com base na diferena de solubilidade de duas ou mais substncias, podemos
efetuar a separao delas em um meio lquido (como na experincia) ou mesmo slido. A
separao dos pigmentos da tinta de caneta s foi possvel porque os pigmentos mais
solveis em lcool "caminharam" pelo papel com a mesma velocidade do lcool,
enquanto os menos solveis foram ficando para trs. O acompanhamento de vrios
processos qumicos feito com base nesta tcnica. Este princpio, utilizado em
equipamentos modernos, permite a separao de substncias contidas em uma mistura
com volume at milhares de vezes menores que uma gota de gua.
26
EXPERIMENTO 1.5: SEPARAO DE SUBSTNCIAS DE UMA SOLUO. OBJETIVO: Observar a separao de substncias de uma soluo atravs de cromatografia, um mtodo de anlise.
MATERIAIS:
1 recipiente com tampa, como aqueles de embalagem;
1 recipiente com tampa, como aqueles de embalagem de caf solvel ou maionese;
1 folha de papel de filtro de dimenses de 10 cm de comprimento por 10 cm de largura;
80 mL de gua; 20 mL de lcool etlico (etanol);
1 rgua, canetas esferogrficas de cores diversas (azul, vermelha, preta);
Copo de volume maior que 100 mL.
PROCEDIMENTOS: a) Pegue o copo e nele acrescente a gua e o lcool e reserve.
b) Pegue o papel de filtro e a uma altura de aproximadamente 2 cm da base, desenhe um
crculo de 0,5 cm de dimetro, preenchendo-o totalmente com a tinta da caneta. Repita
este procedimento com as outras canetas, garantindo uma distncia de um crculo para
outro de 1,5 cm.
c) Agora, enrole o papel de maneira a formar um cilindro.
d) Coloque no recipiente a soluo de gua e lcool at atingir a altura de
aproximadamente 1 cm.
e) Coloque, agora, o cilindro de papel com os crculos desenhados, tomando o cuidado de
no encostar o papel nas paredes e no submergir os crculos na soluo.
Tampe o recipiente.
Observe que a soluo ir "subir" pela folha.
Deixe em repouso at a soluo atingir altura de 7 cm em relao a base.
QUESTES PARA DISCUSSO: a) O que voc observou com relao aos crculos desenhados?
b) E acima deles, o que ocorreu?
c) O que representa cada "mancha" acima dos crculos desenhados inicialmente?
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA: Com relao ao experimento percebe-se que a intensidade da cor diminui e
observa-se o aparecimento de manchas em altura diferentes. So as diferentes
substncias que compem a tinta.
Voc professor pode estender essa discusso comentando com os alunos que
em praticamente tudo o que existe no meio natural encontram-se combinadas isto , em
27
forma de misturas. Muitas destas existem desde a formao dos astros, inclusive a Terra.
Em tempos remotos (pr-histria) o homem j sentia a necessidade de realizar
separaes, como por exemplo, separar pedra de terra para confeco de suas
ferramentas. No atual contexto, a situao no diferente, pois de acordo com as
necessidades do ser humano, novas tcnicas foram desenvolvidas. Separamos ferro da
magnetita (Fe3O4) e da hematita (Fe2O3), sal da gua do mar, essncias e corantes das
plantas, celulose da madeira e uma infinidade de substncias das mais variadas misturas.
A cromatografia, objeto deste experimento, um bom exemplo: com base na
diferena de solubilidade de duas ou mais substncias, podemos efetuar a separao
delas em um meio lquido ou mesmo slido. A separao dos pigmentos da tinta de
caneta s foi possvel porque os pigmentos mais solveis em lcool "caminharam" pelo
papel com a mesma velocidade do lcool, enquanto os menos solveis foram ficando
para trs. O acompanhamento de vrios processos qumicos feito com base nesta
tcnica. Este princpio, utilizado em equipamentos modernos, permite a separao de
substncias contidas em uma mistura com volume at milhares de vezes menores que
uma gota de gua.
28
EXPERIMENTO 1.6: CROMATOGRAFIA EM GIZ OBJETIVO: Demonstrar atravs da cromatografia de adsoro (mtodo de anlise) o processo de separao de misturas. MATERIAIS:
Giz, canetas hidrocor de vrias cores, batom. Copo e lcool comum.
PROCEDIMENTOS: Em uma barra de giz escolar branco (sulfato de clcio - CaSO4), so traadas
com caneta hidrocor listras, que circundem a barra, a cerca de 1,5 cm da base. Como
diluente, em um copo, coloca-se lcool comercial, at 1 cm da base. Aps alguns
minutos, o giz posto dentro do copo, com cuidado para que o diluente no toque a listra
pintada, e coberto com uma tampa de vidro. O giz deve ficar na posio vertical.
medida que o diluente adsorvido, pode ser observada a separao da cor
inicial em outras cores, dispostas em faixas circulares no decorrer da barra de giz.
interessante realizar o experimento com canetas de vrias cores. Por exemplo, com um
giz pintado com a cor verde, pode-se visualizar duas faixas, amarela e azul. A cor preta
fornece um resultado excelente, com a separao em diversas cores. Voc professor
pode tambm motivar os alunos a testar outros materiais coloridos (batom etc.), sempre
procurando utilizar um solvente adequado.
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA: A cromatografia de adsoro um procedimento no qual uma soluo de
substncias a separar se desloca numa direo predeterminada por uma disposio de
aparatos, por meio de uma fase slida, insolvel, inorgnica ou orgnica, sendo os
componentes retidos em medida individualmente distinta. Em geral, na cromatografia de
adsoro empregam-se como adsorventes xidos, xidos hidratados ou sais. A
cromatografia em giz pode ser classificada como cromatografia lquido-slido ou de
adsoro. O giz representa a fase estacionria, enquanto o lcool, a fase mvel.
Com experimentos desse tipo, possvel despertar o interesse e a motivao
para a anlise crtica dos resultados, compensando dificuldades to freqentemente
citadas pelos alunos em relao ao aprendizado de qumica e reforando conceitos
importantes.
29
EXPERIMENTO 1.7: TESTANDO A SOLUBILIDADE DAS SOLUES OBJETIVO: Verificar a solubilidade de diferentes substncias em gua. QUESTO PARA DISCUSSO: Qual das substncias, temperatura ambiente, mais solvel em gua: hidrxido de alumnio, cloreto de sdio (sal de cozinha) ou sacarose
(acar)?
MATERIAIS: 3 potinhos graduados; 3 misturadores; 3 colherinhas; gua (providenciar);
Al(OH)3; NaCl; C12H22O11 .
PROCEDIMENTOS: Nos potinhos graduados identificados como A (hidrxido de alumnio), B (cloreto
de sdio) e C (sacarose), colocar gua at a marca de 5 mL. No potinho A, acrescentar 1
colherinha rasa de hidrxido de alumnio e agitar utilizando o misturador at completa
dissoluo. Repetir o procedimento at observar no fundo do potinho a presena de
pequena quantidade de hidrxido de alumnio no dissolvido. Anotar na tabela 1 o nmero
de colherinhas de hidrxido de alumnio dissolvido em 5 mL de gua. Repetir o
procedimento no potinho B com cloreto de sdio (sal de cozinha) e no potinho C com
sacarose (acar). Anotar na tabela 1 a quantidade de substncia dissolvida em gua e
determinar a solubilidade aproximada das substncias na temperatura ambiente,
considerando: 1 colherinha rasa de acar 0,5 g; 1 colherinha rasa de sal 0,8 g; 1
colherinha rasa de hidrxido de alumnio 1,0 g.
Tabela 1 - Determinao da solubilidade aproximada, na temperatura ambiente, de:
hidrxido de alumnio, cloreto de sdio e sacarose.
30
QUESTES PARA DISCUSSO:
1. Qual dos compostos (hidrxido de alumnio, cloreto de sdio ou sacarose) mais solvel em gua temperatura ambiente? Justificar sua resposta. 2. O experimento realizado permitiu calcular a solubilidade, aproximada, de trs diferentes substncias na temperatura ambiente. Observando a tabela 1 ordene as substncias analisadas de forma crescente de solubilidade. Considerando os conhecimentos adquiridos durante o experimento responda novamente a questo prvia.
31
EXPERIMENTO 1.8: TESTANDO SOLUBILIDADE E TEMPERATURA DAS SOLUCES OBJETIVO: Verificar se a solubilidade de uma substncia influenciada pela mudana na temperatura.
MATERIAIS:
Pina de madeira; potinho dosador; 2 tubos de ensaio; 1 colher plstica; 1 frasco conta-
gotas para gua;
Lamparina; fsforo; estante para tubo de ensaio; gelo (providenciar);
Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O); soluo saturada de acetato de clcio - Ca(C2H3O2)2;
lcool etlico - CH3CH2OH
Cuidado: Ao aquecer uma soluo em tubo de ensaio, no posicion-lo com a boca em sua direo ou na direo de qualquer companheiro de trabalho (ver figura abaixo).
PROCEDIMENTOS: 1. Identificar os tubos de ensaio como A e B; No tubo A colocar 2 colheres rasas de
sulfato de cobre e adicionar gua at 1/8 do volume do Tubo; No tubo B colocar soluo
de acetato de clcio at aproximadamente 1/8 do volume do tubo. Observar a existncia
ou no de soluto no dissolvido. Anotar na tabela 3, na coluna correspondente a
temperatura ambiente.
2. Levar cada tubo ao aquecimento (figura ao lado) at o primeiro sinal de ebulio.
Interromper o aquecimento e observar se ocorreu alguma modificao. Anotar o
observado na tabela 2 na coluna correspondente a quente.
3. Resfriar os tubos em banho de gua e gelo, por aproximadamente 10 minutos,
observar as modificaes ocorridas e anotar na tabela 2, na coluna correspondente a
frio.
32
QUESTO PARA DISCUSSO: 1. A solubilidade de um soluto em um determinado solvente pode ser alterada? Justificar
por qu.
2. O que se pode concluir sobre a dissoluo do sulfato de cobre em gua quando se
aumenta a temperatura? (aumenta, diminui ou no varia).
3. A solubilidade de um soluto em um determinado solvente pode ser alterada? Justificar
por qu.
4. O que se pode concluir sobre a dissoluo do acetato de clcio em gua quando se
aumenta a temperatura? (aumenta, diminui ou no varia).
Considerando os conhecimentos adquiridos durante o experimento responda novamente
a questo prvia.
CONTEXTUALIZACAO DA EXPERINCIA: Os experimentos mostram que a temperatura influencia na solubilidade dos
compostos. Embora na maioria dos casos a solubilidade aumente com o aumento da
temperatura, um nmero menor de substncias tem sua solubilidade diminuda com o
aumento da temperatura. Os valores de solubilidade para a maioria das substncias
podem ser encontrados na literatura como mostra a tabela a seguir:
33
UNIDADE 2 ESTRUTURA ATMICA. EXPERIMENTO 2.1: MODELO ATMICO DE BOHR E TRANSIES ELETRNICAS
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
As transies eletrnicas, previstas na Teoria Atmica proposta por Bohr,
forneceram uma explicao plausvel e acessvel para diversos fenmenos conhecidos h
muito tempo. Assim que, atravs das Transies Eletrnicas, fica fcil entender o que
ocorre quando a gua do cozimento de um alimento transborda e, ao encontrar a chama
do fogo, produz colorao amarela caracterstica; a razo da chama azul/verde que
aparece quando usamos panelas com ligas de cobre; as cores dos fogos de artifcios
produzidos j na China antiga; a cor caracterstica da lmpada monocromtica de sdio
muito usada para locais de elevada circulao de veculos (cruzamentos, trevos...); o que
ocorre na pintura interna de uma lmpada fluorescente, assim como muitos outros
fenmenos de fluorescncia e fosforescncia.
Nesta atividade usaremos a chama de um bico de gs como fonte de excitao
dos eltrons, o que nos permitir identificar a presena de diversos elementos, os quais,
na forma de compostos volteis so arrastados pela ascenso gasosa da chama,
conferindo-lhe uma colorao caracterstica. Este procedimento muito utilizado na
Anlise Qumica Qualitativa, como um Ensaio Preliminar da presena destes materiais.
PROCEDIMENTOS: 1. Coloque em um bquer pequeno, soluo concentrada de cido clordrico.
2. Prepare pequenos tubos de ensaio contendo solues concentradas ou a substncia
slida contendo os diversos elementos. Escolha na relao a seguir os mais disponveis:
Mg, B, Ba, Ca, Cu, Sr, K, Li, Sb, Na.
34
3. Faa um furo na rolha de cada tubo de ensaio, passando por
ele um fio de nquel-cromo, enrolando a extremidade interna do fio
em forma de ala, deixando o fio com comprimento tal que,
quando o tubo estiver fechado, a ala fique imersa na soluo.
4. Mantenha cada ala de nquel-cromo para uso
exclusivamente com a sua soluo, preparando uma extra, para
poder ensaiar substncias variadas. Se for usar uma ala com
vrios materiais, limpe-a repetidamente, primeiro mergulhando-
a no cido clordrico e depois na chama do gs deixando-o ficar rubro, at que no note
nenhuma colorao carcterstica na chama. Neste caso troque o cido clordrico
repetidamente.
Bomba Atmica
5. Mergulhe na primeira soluo escolhida, a ala do fio de metal levando-o em seguida
a chama. Observe e anote a colorao da chama no quadro.
6. Teste agora a segunda soluo e, assim sucessivamente.
7. Escolha substncias de uso comum na rotina diria, testando-a com a ala adicional,
comparando com as cores obtidas para os elementos padro e concluindo sobre sua
composio qumica. Use, por exemplo; sal de cozinha e bicarbonato de sdio.
35
QUESTES PARA DISCUSSO: 1. Explique a emisso da luz colorida, atravs da distribuio dos eltrons, em nveis de
energia, na eletrosfera.
2. Que modalidade de energia foi usada para excitar os eltrons?
3. Que modalidade de energia transmitida quando os eltrons excitados voltam ao
estado fundamental?
4. Voc est assistindo ao lanamento de fogos de artifcio. Um determinado foguete
apresentou as seguintes cores: verde, violeta e amarelo. Que elementos qumicos,
provavelmente estariam presentes naquele foguete?
5. Em que parte da qumica usada a propriedade dos elementos qumicos emitindo
uma cor caracterstica quando submetidos a uma chama e qual a sua utilidade prtica?
6. Todos os elementos qumicos emitem uma cor caracterstica quando submetidos
chama?
7. Pesquise e explique a cor adquirida pelo (a):
a. Filamento de uma lmpada ligada (tungstnio)
b. Ferro fundido
c. Lava dos vulces
8. Submetendo uma vareta de vidro chama, observou-se intensa colorao amarela.
Que elemento qumico provavelmente faz parte do vidro?
9. Um eltron ao pular do nvel M para o nvel O absorver ou libertar energia? Justifique sua resposta.
36
10. Caso este mesmo eltron (item anterior) volte para o nvel M absorver ou libertar energia? Justifique sua resposta.
11. Em entroncamentos de estradas, trevos e outros locais de elevada circulao de
veculos, vindos de vrias direes, comum utilizar-se a chamada lmpada de sdio,
pois ela produz iluminao monocromtica, facilitando a visualizao do contorno dos
veculos, independentemente da sua cor prpria. Qual a cor caracterstica da luz das
lmpadas de sdio?
12. Nas lmpadas fluorescentes, produzida uma descarga de eltrons sobre tomos de
mercrio vaporizados, cujos eltrons so promovidos momentaneamente a nveis
eletrnicos mais elevados, retornando posteriormente aos nveis de origem. Nessas
transies, produzida principalmente, radiao ultravioleta, as quais produzem processo
semelhante na pintura branca de sais de brio contida na parede interna da lmpada.
Qual o processo envolvido no funcionamento dessas lmpadas?
a. Qual o tipo de radiao devolvida pelas transies dos sais de brio contidos na
pintura das lmpadas fluorescentes?
b. Uma lmpada fluorescente comum sem a pintura branca produzir que tipo de
radiao?
13. Qual a semelhana desse processo (item anterior) com o resultado da incidncia da
chamada luz negra usadas em casas noturnas, sobre as unhas, os dentes e a crnea
dos nossos olhos?
14. O cinescpio ou tela da televiso convencional , na verdade, um canho de eltrons
que excita diversos fsforos contidos na pintura da tela. Consulte o tcnico de televiso
da sua regio ou pesquise. Explique o funcionamento do cinescpio em termos da Teoria
das Transies Eletrnicas.
37
UNIDADE 3 LEI PERIDICA EXPERIMENTO 3.1: PONTO DE FUSO OBJETIVOS: Verificar a temperatura de fuso do gelo. MATERIAIS:
Cubos de gelo; Becker de 100 mL;
Termmetro com escala que inclua o 0 C.
Basto de vidro. PROCEDIMENTOS: Com gelo picado encher at a metade um Becker de 100 mL (previamente isolado com
tela de algodo). Introduzir dentro do gelo um termmetro. Agitar constantemente com
uma varinha de vidro. Ler a temperatura cada 2 minuto. Continuar at que
aproximadamente a terceira parte do gelo se acha transformado em lquido. Preencher o
quadro com os resultados.
TEMPO TEMPERATURA
(min) C
0
2
4
6
8
10
QUESTES: 1. Por que a temperatura do gelo inicialmente aumenta?
2. Por que quando inicia a mudana de fase a temperatura permanece constante at o
final do processo e depois aumenta?
38
EXPERIMENTO 3.2: PONTO DE EBULIO OBJETIVOS: Verificar o ponto de ebulio da gua. MATERIAIS:
gua; Becker de 100 mL;
Bico de Busen;
Tela de amianto;
Trip;
Termmetro com escala maior de 100 0 C. PROCEDIMENTOS: Em um Becker de 100 mL adicionar 50 mL de gua. Colocar o Becker em uma boca do
fogo eltrico ou bico de Busen. Introduzir um termmetro com escala maior de 100 C. O
bulbo do termmetro no deve tocar o fundo do Becker. Ler a temperatura cada 2 min.
Continuar durante 4 minutos depois de ter comeado a ebulio da gua.
TEMPO TEMPERATURA
(min) C
0
2
4
6
8
10
QUESTES: 3. Por que a temperatura da gua inicialmente aumenta?
4. Por que quando inicia a mudana de fase a temperatura permanece constante at o
final do processo e depois aumenta?
39
UNIDADE 4 LIGAES QUMICAS EXPERIMENTO 4.1: IDENTIFICANDO COMPOSTOS INICOS E MOLECULARES OBJETIVOS: Diferenciar compostos inicos, covalentes polares e apolares atravs da condutividade eltrica.
MATERIAIS:
Aparelho para medir condutividade, gua, acar, sal e vinagre;
cido sulfrico diludo;
Bquer
PROCEDIMENTOS:
Numerar 5 bqueres e colocar as substncias a serem testadas, conforme a tabela.
Ligar o aparelho na fonte e mergulhar os eletrodos (sem encostar um fio no outro) em
cada uma das substncias lavando-os com gua antes de cada teste.
Anotar na tabela se a lmpada no acende, acende fraco ou acende forte.
gua (H2O)
Acar (C6H12O6)
Vinagre (C2H4O2)
cido(H2SO4)
Sal comum (NaCl)
Acrescentar gua limpa aos bqueres que contm acar e sal.
Colocar o teste novamente e observar.
Soluo de acar
Soluo de sal comum
QUESTES: 1. No circuito montado a lmpada se acender se houver cargas eltricas em movimento?
2. Analisando a primeira tabela o que se pode concluir das substancias testadas?
3. Analisando a segunda tabela o que se pode concluir das substancias testadas?
4. Por que no sal puro a lmpada no acendeu e na soluo sim?
5. Quais compostos qumicos so de carter inico e quais so covalentes?
40
UNIDADE 5 REAES E FUNES QUMICAS. REAES QUMICAS EXPERIMENTO 5.1.1: REAO DE NEUTRALIZAO: PROCEDIMENTOS: 1. Usar fenolftalena ou extrato de repolho-roxo como indicador. 2. Soprar em solues bsicas com indicador; 3. Utilizar um canudinho para soprar no interior de uma soluo de bicarbonato de sdio ou gua com sabo.
QUESTES: 1. Anotar no caderno de aplicao e comentar o fenmeno observado. 2. Descrever a importncia do indicador no laboratrio qumico. EXPERIMENTO 5.1.2: REAO DE PRECIPITAO: 1. Montar um modelo de um estgio de tratamento de gua, adicionando: sulfato de alumnio e carbonato de sdio (barrilha) a um recipiente contendo gua turva (levemente
barrenta).
2. Agitar e deixar em repouso durante 24 horas. (discutir com os alunos a importncia do tratamento de gua).
EXPERIMENTO 5.1.3: VELOCIDADE DAS REAES E TEMPERATURA OBJETIVOS: 1. Traar grficos demonstrativos de fatores que afetam a velocidade das reaes qumicas;
2. Verificar o tipo de influncia exercido pela temperatura na velocidade das reaes qumicas.
3. Estabelecer representaes qumicas e a equao da velocidade da reao. CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
Analisar o efeito da temperatura na velocidade das reaes qumicas. (Relembrar
ser usado oxalato-permanganato em meio cido).
41
Dentre os reagentes empregados, apenas o KMnO4 apresenta cor caracterstica
(violcea), todos os outros reagentes e produtos so incolores. Como o KMnO4
totalmente consumido na reao, possvel acompanhar o progresso da reao atravs
do tempo necessrio para ocorrer o descoramento da soluo, estabelecendo assim a
sua velocidade mdia.
sempre conveniente representar um experimento, organizando seus dados e
resultados de forma resumida, seja na forma de quadros, tabelas, grficos ou esquemas.
Geralmente estas representaes resumidas permitem diferenciar, com maior clareza, os
fatores constantes daqueles que variam ao longo do processo, sendo possvel perceber a
tendncia das variaes ocorridas.
MATERIAIS: 1. HCl 0,5 M (4,27 mL do cido concentrado at 100 mL com gua destilada); 2. cido Oxlico 0,5 M ( 6,3 g at 100 mL com gua destilada); 3. KMnO4 0,04 M (0,6 g at 100 mL com gua destilada) PROCEDIMENTO 1: 1. Numerar trs bqueres como 1, 2 e 3. Separar o bquer 1 para realizar a reao.
2. Usando a proveta, colocar: 5 mL de HCl, 5 mL de cido Oxlico, 100 mL de gua
destilada. Homogeneizar.
3. Zerar o cronmetro.
4. Colocar 4 mL de KMnO4 , agitando e acionando o cronmetro: marcar o tempo
decorrido at o descoramento completo da soluo, registrando-o no Quadro abaixo;
determinar a temperatura da soluo, registrando-a no Quadro abaixo.
PROCEDIMENTO 2: 1. Separar o bquer 2, para realizar a reao:
2. Usando a proveta, colocar; 5 mL de HCl, 5 mL de cido Oxlico,100 mL de gua
destilada. Homogeneizar. Aquecer a soluo, agitando-a constantemente, at que a sua
temperatura aumente de aproximadamente 15 0 C ( T = 15);
3. Determine esta temperatura anotando-a no Quadro;
4. Zerar o cronmetro;
5. Colocar 4 mL de KMnO4 , agitando e acionando o cronmetro;
6. Marcar o tempo decorrido at o descoramento completo da soluo, registrando-o no
Quadro;
7. Determinar a temperatura da soluo, registrando-a no Quadro.
42
PROCEDIMENTO 3: 1. Separar o bquer 3 para realizar a seguinte reao:
2. Usando a proveta, colocar 5 mL de HCl, 5 mL de cido Oxlico; 100 mL de gua
destilada. Homogeneizar;
3. Aquecer a soluo, agitando-a constantemente, at que a sua temperatura aumente
de aproximadamente 30 0 C( T = 30);
4. Determine esta temperatura anotando-a no Quadro;
5. Zerar o cronmetro;
6. Colocar 4 mL de KMnO4 , agitando e acionando o cronmetro;
7. Marcar o tempo decorrido at o descoramento completo da soluo, registrando-o no
Quadro;
8. Determinar a temperatura da soluo, registrando-a no Quadro.
1. Traar um grfico da temperatura versus o tempo de descoramento. Representar a
temperatura em 0C nas abscissas e o tempo em segundos nas ordenadas. Que se pode
deduzir do grfico?
2. Examinar atentamente o Quadro e o grfico. Qual o efeito da variao da
temperatura na velocidade de uma reao qumica?
3. Uma elevao da temperatura:
a) Aumenta ou diminui o tempo da reao?
b) Aumenta ou diminui a velocidade da reao?
43
4. Sabendo que a energia cintica de uma partcula diretamente proporcional sua
temperatura (Ec T) e, observando que os volumes e as concentraes dos reagentes
so constantes, nessas trs reaes, formular uma explicao para a relao observada
entre temperatura e velocidade de reao.
5. possvel:
a) Aumentar ( )
b) Diminuir a velocidade de reao, apenas aumentando a temperatura ( )? Justifique.
6. Como so denominadas na termodinmica ou na termoqumica as reaes que so
facilitadas pelo aumento da temperatura?
7. Como so denominadas na termodinmica ou na termoqumica as reaes que so
prejudicadas pelo aumento da temperatura?
8, Enunciar a Regra de VantHoff para a velocidade de reaes em soluo.
9, Levando em considerao a equao molecular da reao, calcular a velocidade
mdia da reao em cada bquer, relativamente formao do MnCl2, deste sal em mols
/(litro x segundo).
10 Em que condies possvel relacionar variaes da temperatura com variaes de
concentrao? Justifique.
44
EXPERIMENTO 5.1.4: REAES DE SNTESE CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
As reaes qumicas representam transformaes to dramticas nas
propriedades dos materiais que podem conduzir a idias equivocadas do que ocorre
durante o processo. Assim que, durante uma reao qumica, os tomos no se
transformam em outros tomos e o ncleo atmico no alterado.
O que de fato ocorre uma reordenao dos tomos existentes, atravs de um
processo de ruptura das ligaes pr-existentes e formao de novas ligaes entre eles.
Dependendo da forma como esta reordenao atmica acontece, se ocorrem ou no
transferncias de eltrons, estas reaes so enquadradas em determinadas categorias,
que no so necessariamente excludentes entre si.
Podem
ominar acerto ou balanceamento de
coeficientes das diversas substncias participantes.
os resumir algumas categorias e suas caractersticas como segue: Fator importante de uma reao qumica o seu equilbrio de massas. As reaes
qumicas cumprem a Lei de Lavoisier e, deste modo, apresentam o mesmo nmero de
tomos de cada elemento, tanto nos reagentes como nos produtos e, portanto, a mesma
massa total para reagentes e produtos. Este ajuste de massa entre os reagentes e os
produtos realizado atravs do que se costuma den
45
Sero realizadas reaes qumicas. Correlacione com as de outras categorias
utilizadas em outros procedimentos e com o contedo terico, procurando destacar as
habilidades de reconhecer os diversos tipos de reaes qumicas; escrever as equaes
qumicas correspondentes; determinar os nmeros de oxidao dos elementos presentes;
efetuar o balanceamento das equaes apresentadas.
PROCEDIMENTOS:
46
46
47
QUESTES: 1. Escrever as equaes qumicas de cada sntese realizada: a) xido de magnsio
b) Hidrxido de magnsio
c) Hidrxido de clcio
d) Cloreto de amnio
e) cido carbnico
f) Dixido de enxofre
g) cido sulfuroso
h) xido de alumnio
i) Tetrahidrxialuminato de sdio
2. Determinar os nmeros de oxidao de todos os elementos participantes em cada uma das reaes indicadas.
3. Efetuar o balanceamento de cada uma das reaes fazendo a verificao dos coeficientes a serem atribudos a cada reagente e produto.
48
4. Das reaes de decomposio(ou anlise) realizadas nesta atividade, quais delas so tambm reaes de xido-reduo? Uma reao de decomposio sempre uma
reao de xido-reduo?
5. Qual das reaes que realizamos bastante conhecida por ser utilizada em flashs descartveis para mquinas fotogrficas?
6. Uma destas reaes produz uma das substncias usadas na fabricao do leite de magnsia. Indique o nome e a frmula desta substncia.
7. Sem o oxignio impossvel a combusto e, o hidrognio explosivo. Explique em termos de reao e ligao qumica como possvel a gua (formada de hidrognio e
oxignio) apagar o fogo.
8. O que se pode falar a respeito da expanso volumtrica, ou seja o aumento de volume quando se comparam os reagente.
49
EXPERIMENTO 5.1.5: REAES DE DECOMPOSIO CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
importante esclarecer que algumas categorias de reaes so excludentes
entre si enquanto outras no o so necessariamente. Assim, uma sntese jamais ser
tambm uma decomposio ou vice-versa. Contudo, reaes de sntese ou de anlise
podem ser ou no, tambm reaes redox; podem ser ou no, tambm reaes rpidas.
Fator importante de uma reao qumica o seu equilbrio de massas. As
reaes qumicas cumprem a Lei de Lavoisier e, deste modo, apresentam o mesmo
nmero de tomos de cada elemento, tanto nos reagentes como nos produtos e, portanto,
a mesma massa total para reagentes e produtos. Esse ajuste de massa entre os
reagentes e os produtos realizado atravs do que se costuma denominar acerto ou
balanceamento de coeficientes das diversas substncias participantes.
Sero realizadas reaes qumicas de decomposio, correlacionando-as com o
contedo terico, procurando destacar as habilidades de: reconhecer os diversos tipos de
reaes qumicas; escrever as equaes qumicas correspondentes; determinar os
nmeros de oxidao dos elementos presentes e efetuar o balanceamento das equaes
apresentadas.
comum querer evitar diversas reaes de decomposio. No queremos que a
nossa cortina desbote e, portanto, no queremos que ocorra a termlise dos corantes
empregados na sua pintura; no queremos comer um alimento deteriorado e, portanto,
procuramos retardar ou impedir a decomposio dos alimentos para armazen-los por
mais tempo de modo a utiliz-los quando bem o desejarmos. Cabe ressaltar que as
reaes de decomposio, por realizarem de algum modo a desagregao ou destruio
de um determinado material, podem remeter idia de que devem ser sempre evitadas, o
que no verdadeiro, pois determinadas decomposies podem ser altamente desejveis
e, sem elas, os materiais praticamente no teriam um processo natural de reciclagem.
PROCEDIMENTOS: Decomposio 1: a) Acender um bico de gs; Colocar pequena quantidade de xido de mercrio II em um
tubo de ensaio; Fixar o tubo de ensaio com uma pina;
b) Aquecer suavemente o tubo de ensaio, aproximando-o e retirando-o da chama, de
modo que todos os lados do tubo sejam aquecidos; Observar atentamente o que ocorre.
c) Deixar o tubo esfriar por um momento; Observar atentamente o que ocorre.
xido de Mercrio II + calor xido de Mercrio I + Oxignio
50
Decomposio 4 a) Colocar pequena quantidade de nitrato de prata em soluo em um tubo de ensaio;
b) Adicionar algumas gotas de cido clordrico, precipitando o cloreto de prata;
c) Submeter o tubo de ensaio contendo o precipitado de cloreto de prata luz solar ou a
uma lmpada incandescente intensa;
d) Observar atentamente a colorao do precipitado;
e) Reaes desse tipo so base do processo fotogrfico.
Nitrato de prata + cido Clordrico Cloreto de prata + cido ntrico
Cloreto de prata Luz Prata metlica + Cloro
Decomposio 5 a) Colocar pequena quantidade de gua em um bquer.
b) Adicionar algumas gotas de cido sulfrico concentrado, agitando.
c) Colocar duas pilhas num suporte apropriado.
51
d) Ligar uma conexo de fio preto com garra no plo negativo e uma conexo de fio
vermelho no plo positivo.
e) Prender em cada garra, na outra extremidade dos fios, um prego de ferro.
f) Imergir os dois pregos na gua acidulada, aproximando-os, mas sem toc-los.
g) Observar atentamente o que ocorre.
gua Eletricidade Hidrognio + Oxignio
Decomposio 6 a) Colocar pequena quantidade de dicromato de amnio no fundo de um bquer, fazendo
um pequeno monte.
b) Reservar um vidro de relgio para cobri-lo.
c) Com uma pina de madeira incendiar um pedao de magnsio, insertando-o em
combusto no cume do monte.
d) Cobrir com o vidro de relgio e observar atentamente o vulco.
Dicromato de amnio nitrognio + xido de cromo III + gua
QUESTES: 1) Escrever as equaes qumicas de cada reao.
2) Determinar os nmeros de oxidao de todos os elementos.
3) Balancear cada uma das reaes.
4) Das equaes realizadas, quais so tambm reaes de xido-reduo?
5) A temperatura e presso ambiente, qual metal apresenta-se lquido?
6) Produtos qumicos so guardados e frascos com diversas caractersticas. Alguns so
colocados em frascos transparentes, outros em frascos opacos e outros ainda em frascos
escuros. Qual a razo disso? Qual o tipo de reao que se est procurando evitar?
7) Uma cortina que cobria uma parede e uma janela, numa regio tropical apresentava o
tecido com cor menos intensa na parte que ficava em frente janela. Ao realizar a sua
lavagem, observamos tambm que o tecido se rompeu em diversos lugares tambm na
52
parte que ficava em frente janela. Dois tipos de reao provavelmente ocorreram
neste tecido, quais so eles? Quais os agentes causadores dessas reaes?
8) Tendo em vista o agente externo causador da reao, que nome se pode dar s
decomposies 1, 2 e 3?
9) A reao 4 representa uma decomposio causada pela luz, qual o nome genrico
dado a essas reaes?
10) Que nome genrico se d s reaes do tipo da decomposio 5?
11) Modernamente, chama-se de eletrlise qualquer reao provocada pela eletricidade.
12) Dentro desse conceito, toda eletrlise uma decomposio?
53
EXPERIMENTO 5.1.6: REAES DE DESLOCAMENTO CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
Cabe sempre ressaltar que algumas categorias de reaes so excludentes entre
si enquanto outras, necessariamente no o so. Assim, para exemplificar, uma sntese
jamais ser tambm uma decomposio ou vice-versa. Contudo, reaes de sntese ou
de anlise podem ser ou no, tambm, reaes redox; podem ser ou no, tambm,
reaes rpidas.
Fator importante de uma reao qumica o seu equilbrio de massas. As
reaes qumicas cumprem a Lei de Lavoisier e, desse modo, apresentam o mesmo
nmero de tomos de cada elemento, tanto nos reagentes como nos produtos e, portanto,
a mesma massa total para reagentes e produtos. Esse ajuste de massa entre os
reagentes e os produtos realizado atravs do que se costuma denominar acerto ou
balanceamento de coeficientes das diversas substncias participantes.
Sero realizadas reaes qumicas de deslocamento ou simples-troca,
correlacionando-as com o contedo terico, procurando destacar as habilidades de:
reconhecer os diversos tipos de reaes qumicas; escrever as equaes qumicas
correspondentes; determinar os nmeros de oxidao dos elementos presentes e efetuar
o balanceamento das equaes apresentadas.
Deslocamento 1 a) Preparar uma soluo de cido clordrico, colocando-a em um tubo de ensaio; b) Colocar em contato com esta soluo um pedao de ferro metlico (prego ou lmina); c) Observar atentamente o que ocorre.
Ferro + cido Clordrico Cloreto de Ferro II + Hidrognio
Deslocamento 2 a) Preparar uma soluo de acetato de chumbo II, colocando-a em um tubo de ensaio; b) Colocar em contato com esta soluo um pedao de zinco metlico; c) Observar atentamente o que ocorre.
Acetato de chumbo II + Zinco Acetato de Zinco + Chumbo Metlico
Deslocamento 3 a) Preparar uma soluo de nitrato de prata, colocando-a em um tubo de ensaio; b) Colocar em contato com esta soluo um pedao de zinco metlico; c) Observar atentamente o que ocorre.
Nitrato de Prata + Zinco Nitrato de Zinco + Prata Metlica
54
Deslocamento 4 a) Preparar uma soluo de sulfato de cobre, colocando-a em um tubo de ensaio; b) Colocar em contato com esta soluo um pedao de ferro metlico (prego); c) Observar atentamente o que ocorre.
Sulfato de Cobre + Ferro Sulfato de Ferro II + Cobre Metlico
Deslocamento 5 a) Utilizar duas pequenas lminas de alumnio metlico lixadas; b) Colocar gua destilada at meia altura em dois tubos de ensaio; c) Adicionar em um dos tubos de ensaio algumas gotas de cloreto de mercrio II; d) Colocar as lminas nos tubos de ensaio, deixando por alguns minutos; e) Observar atentamente o que ocorre. Procurar observar meticulosamente o aspecto da superfcie do alumnio (para isso colocar a lamina bem prxima da parede)
Alumnio + gua Hg Hidrxido de alumnio + Hidrognio Deslocamento 6 a) Preparar uma soluo de Nitrato de Prata, colocando-a em um tubo de ensaio; b) Colocar em contato com esta soluo um pedao de cobre metlico; c) Observar atentamente o que ocorre.
Nitrato de Prata + cobre Nitrato de Cobre II + Prata metlica QUESTES 1) Escrever as equaes qumicas de cada reao de deslocamento realizada: a) Hidrognio pelo ferro
b) Chumbo pelo zinco
c) Prata pelo zinco
d) Cobre pelo ferro
e) Hidrognio pelo alumnio
f) Prata pelo cobre
2) Determinar os nmeros de oxidao de todos os elementos de todas as substncias
presentes em cada uma das reaes.
3) Balancear cada uma das reaes, realizando o acerto dos coeficientes para cada
reagente e produto.
4) Das equaes realizadas, quais so tambm reaes de xido-reduo? Toda reao
de deslocamento ser obrigatoriamente uma reao redox?
55
5) Cite uma reao que pode ser usada para identificar o ferro quando seu nmero de
oxidao +3. O que dizer sobre as demais reaes? Elas podem ser usadas para
caracterizar ou comprovar a presena de determinadas substncias? Quais?
6) Que podemos dizer do zinco em relao ao chumbo e prata?
7) Qual o motivo do ferro reagir com o sulfato de cobre?
8) O alumnio colocado em gua pura praticamente no reage com ela, mas a presena
do sal de mercrio na sua superfcie tornou essa reao mais rpida. Qual a ao do
mercrio neste caso?
56
EXPERIMENTO 5.1.7: REAES DE DUPLA TROCA CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
Cabe sempre ressaltar que algumas categorias de reaes so excludentes entre
si enquanto outras no o so, necessariamente. Assim, um deslocamento jamais ser
tambm uma decomposio ou vice-versa. Contudo, reaes de deslocamento ou de
anlise podem ser, tambm, reaes redox; podem ser ou no, tambm, reaes rpidas.
Fator importante de uma reao qumica o seu equilbrio de massas. As
reaes qumicas cumprem a Lei de Lavoisier e, desse modo, apresentam o mesmo
nmero de tomos de cada elemento, tanto nos reagentes como nos produtos e, portanto,
a mesma massa total para reagentes e produtos. Esse ajuste de massa entre os
reagentes e os produtos realizado atravs do que se costuma denominar acerto ou
balanceamento de coeficientes das diversas substncias participantes.
Sero realizadas reaes qumicas de dupla troca, correlacionando-as com o
contedo terico, procurando destacar as habilidades de: reconhecer os diversos tipos de
reaes qumicas; escrever as equaes qumicas correspondentes; determinar os
nmeros de oxidao dos elementos presentes e efetuar o balanceamento das equaes
apresentadas.
PROCEDIMENTOS: DuplaTroca 1: a) Colocar em um tubo de ensaio pequena quantidade de soluo diluda de sulfato de
cobre;
b) Adicionar ao mesmo tubo, algumas gotas de nitrito de sdio em soluo;
c) Observar atentamente o que ocorre.
Sulfato de Cobre II + Nitrito de Sdio Sulfato de Sdio + Nitrito de Cobre II
DuplaTroca 2 a) Colocar em um tubo de ensaio pequena quantidade de soluo diluda de cloreto de
ferro III;
b) Adicionar ao mesmo tubo, algumas gotas de hidrxido de sdio em soluo;
c) Observar atentamente o que ocorre.
Cloreto de ferro III + Hidrxido de sdio Cloreto de Sdio + Hidrxido de Ferro III
DuplaTroca 3 a) Adicionar a um tubo de ensaio pequena quantidade de soluo de sulfato de alumnio;
57
b) Acrescentar algumas gotas de hidrxido de sdio e observar atentamente;
c) Continuar a adio de hidrxido de sdio e observar o que est ocorrendo
Sulfato de alumnio + Hidrxido de sdio Hidrxido de alumnio + sulfato de sdio
DuplaTroca 4 a) Adicionar a dois tubos de ensaio pequena quantidade de soluo de cloreto frrico;
b) Acrescentar gotas de ferrocianeto de potssio;
c) Observar atentamente o que ocorre.
Cloreto de ferro III + Ferrocianeto de potssio Ferrocianeto frrico + cloreto de potssio
QUESTES: 1. Escrever as equaes qumicas de cada reao.
2. Determinar os nmeros de oxidao de todos os elementos.
3. Balancear cada uma das reaes.
4. Das equaes realizadas, quais so, tambm, reaes de xido-reduo?
5. Discuta a utilizao das reaes realizadas para identificao de compostos de
determinados elementos ou grupamentos qumicos (ctions e nions).
58
EXPERIMENTO 5.1.8: REAO REDOX COM TRANSFERNCIA DE ELTRONS CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
Cabe sempre ressaltar que algumas categorias de reaes so excludentes entre
si enquanto outras no o so, necessariamente. Assim, um deslocamento jamais ser
tambm uma decomposio ou vice-versa. Contudo, reaes de deslocamento ou de
anlise podem ser tambm, reaes redox; podem ser ou no, tambm, reaes rpidas.
Fator importante de uma reao qumica o seu equilbrio de massas. As
reaes qumicas cumprem a Lei de Lavoisier e, desse modo, apresentam o mesmo
nmero de tomos de cada elemento, tanto nos reagentes como nos produtos e, portanto,
a mesma massa total para reagentes e produtos. Esse ajuste de massa entre os
reagentes e os produtos realizado atravs do que se costuma denominar acerto ou
balanceamento de coeficientes das diversas substncias participantes.
Sero realizadas reaes que ocorrem com transferncia de eltrons entre
elementos dos seus reagentes, as quais so mais freqentemente denominadas reaes
redox. Correlacionando-as com o contedo terico. Procurando destacar as habilidades
de reconhecer os diversos tipos de reaes qumicas; escrever as equaes qumicas
correspondentes; determinar os nmeros de oxidao dos elementos presentes e efetuar
o balanceamento das equaes apresentadas.
Talvez o exemplo mais evidente de reao redox seja a combusto com a sua
grande liberao de energia, a qual vemos acontecendo tanto a nossa volta (nos foges a
gs, nos isqueiros, na queima do carvo, nos fsforos) que acabam por se tornar fato
corriqueiro.
59
60
QUESTES: 1. Escrever as equaes qumicas de cada reao. 2. Determinar os nmeros de oxidao de todos os elementos.
3. Balancear cada uma das reaes. 4. Identificar os elementos que se oxidam e os que se reduzem em cada reao.
5. Indicar o oxidante e o redutor em cada uma das reaes.
6. Das equaes realizadas, quais tambm se enquadram em outras classificaes?
Quais so elas?
7. Pesquisar o significado do termo combusto e a sua relao com os processos de
oxidao e reduo.
8. Verificar que outras modalidades de reao normalmente so tambm redox e quais
as que no podem ser redox. 9. possvel haver oxidao sem a presena de oxignio? Justifique sua resposta.
10. Qual a relao dos processos de corroso com as reaes redox?
11. Analisar reaes eletroqumicas que ocorrem em pilhas e eletrlises e, estabelea a
relao delas com as reaes redox. 12. Discutir a validade da afirmativa: para ocorrer uma oxidao imprescindvel a
presena do elemento oxignio.
61
5.2 FUNES INORGNICAS EXPERIMENTO 5.2.1: CONHECENDO E IDENTIFICANDO AS FUNES INORGNICAS OBJETIVO: Identificar funes cidas e base, observar a alterao de cor da substncia indicadora, identificar a colorao do elemento indicador para substncias cidas e
bsicas.
MATERIAL:
11 tubos de ensaio; suco de uva e de limo; vinagre; acetona; sabonete; detergente,
creme hidratante, sabo em p, condicionador de cabelo; shampoo; sal e acar.
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA: As substncias que alteram sua colorao na presena de cidos ou bases so ditas indicadores. O suco de uva esta nesta qualidade
em nosso experimento.
Apresentar uma colorao diferenciada para cada elemento acrescentado de acordo
com suas caractersticas.
PROCEDIMENTOS:
Numerar os tubos, adicionar 5mL de suco de uva a cada tubo de ensaio
Adicionar aos tubos elementos diferentes, conforme a tabela abaixo, complementando
com a cor e a funo correspondente ou se neutro.
QUESTES: 1. Qual a colorao do indicador para substncias cidas e bsicas?
2. Qual a colorao do indicador para substncias neutras?
3. Quais substncias so funes inorgnica base?
4. Quais substncias so funes inorgnicas cida?
5. Escreva sobre os indicadores citados: papel tornassol e fenolftalena.
62
EXPERINCIA 5.2.2: IDENTIFICANDO CIDOS E BASES INDICADORES PROCEDIMENTOS:
Corte aproximadamente 500 mililitros de repolho roxo em cubos de cerca de 2 cm
e coloque num liquidificador ou processador. Acrescente aproximadamente 250 mililitros
de gua e deixe bater at que o repolho fique cortado uniformemente em pedaos
minsculos. Passe a mistura por uma peneira fina. Esse ser nosso extrato de repolho
roxo para explorar cidos e bases.
1 TESTE:
Examine o rtulo de uma garrafa de vinagre branco. O rtulo provavelmente dir que
"contm cido actico". Isso indica que aquele vinagre um cido e tem propriedades de
um cido. Vejamos como este cido se comporta ao receber nosso extrato de repolho
roxo.
Coloque 125 mililitros de vinagre em um vidro incolor (copo transparente). Acrescente
5 mililitros (1 colher de ch) de extrato de repolho roxo; mexa bem a mistura e note sua
cor.
A cor do extrato de repolho com vinagre a cor que o extrato sempre ter quando
misturado com um cido. Guarde a mistura deste vidro para servir de referncia para as
prximas experincias.
2 TESTE: Agora vamos examinar o efeito sobre a cor do nosso extrato, sobre a amnia da
gua de lavadeira.
Coloque 125 mililitros da gua amoniacal de lavar roupa em um vidro incolor.
Acrescente 5 mililitros do extrato de repolho roxo e mexa bem a mistura. Anote a cor da
nova mistura.
A amnia contida na gua de lavar roupa uma base (substncia alcalina). A cor
desta mistura a cor que nosso extrato sempre ter quando misturado com uma base.
Guarde este novo frasco para usar sua cor como referncia nas prximas experincias.
O extrato de repolho roxo, por indicar se uma substncia tem as propriedades de um
cido ou de uma base, pode ser chamado de indicador de cido/base.
63
3 TESTE: Para testar as propriedades de um slido escolhemos o bicarbonato de sdio.
Coloque 5 cm3 de bicarbonato de sdio (p branco usado para acidez estomacal) em
um vidro incolor e acrescente 125 mililitros de gua. Agite a mistura at que o bicarbonato
dissolva totalmente.
Acrescente 5 mililitros de extrato de repolho roxo nesta soluo. Anote a cor da
mistura.
CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA: Algumas plantas e flores podem ser utilizadas como indicadores de pH. Um dos
mais interessantes o extrato de repolho roxo, apresenta cores diversas conforme a
acidez e a basicidade do meio que se encontra, substituindo (para um menor nmero de
faixas de pH) os papis de indicadores universais, que s podem ser adquiridos em lojas
especializadas e no so disponveis em todas as regies do pas.
64
EXPERIMENTO 5.2.3: TESTANDO A FORA DOS CIDOS E DAS BASES CONTEXTUALIZANDO A EXPERINCIA:
Geralmente o cido caracteriza-se pelo sabor azedo, enquanto que a base por ser
algo escorregadio ao tacto.
Nas experincias, a seguir, sero investigadas algumas destas propriedades,
utilizando material do cotidiano. Alm disso, o aluno aprender como os qumicos usam
escalas de pH para descrever essas substancias. A propriedade mais notvel dos cidos e bases a habilidade deles para mudar
a cor de certos vegetais. Um bem comum cuja cor responde aplicao de cidos e
bases o repolho roxo. O primeiro passo nesta experincia preparar um extrato de
repolho roxo, com o qual voc poder investigar estas mudanas de cores.
PROCEDIMENTOS: Corte aproximadamente 200g de repolho roxo em cubos de cerca de 2cm e
coloque num liquidificador ou processador. Acrescente aproximadamente 250 mililitros
de gua e deixe bater at que o repolho fique cortado uniformemente em pedaos
minsculos. Passe a mistura por uma peneira fina. Esse ser nosso extrato de repolho
roxo para explorar cidos e bases.
Primeiro teste: Examine o rtulo de uma garrafa de vinagre branco. O rtulo provavelmente dir que "contm cido actico". Isso indica que aquele vinagre um
cido e tem propriedades de um cido. Vejamos como este cido se comporta ao
receber nosso extrato de repolho roxo.
Coloque 125 mL de vinagre em um vidro incolor (copo transparente). Acrescente
5 mL (1 colher de ch) de extrato de repolho roxo; mexa bem a mistura e note sua cor.
Anote no caderno de atividades a cor da mistura.
A cor do extrato de repolho com vinagre a cor que o extrato sempre ter quando
misturado com um cido. Guarde a mistura deste vidro para servir de referncia para as
prximas experincias.
Segundo teste: Agora vamos examinar o efeito sobre a cor do nosso extrato, sobre a amnia da gua de lavadeira.
Coloque 125 mL da gua amoniacal de lavar roupa em um vidro incolor.
Acrescente 5 mL do extrato de repolho roxo e mexa bem a mistura. Anote no caderno