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ESP LinhasTransmissao

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    SUBSDIOS PARA ADEQUAO DAS ESPECIFICAES TCNICAS

    PARA CONSTRUO DE LINHAS DE TRANSMISSO AOS CRITRIOS AMBIENTAIS

    Rio de JaneiroJunho de 2000

    i.exe

  • CENTRAIS ELTRICAS BRASILEIRAS S/A ELETROBRS

    Presidente:FIRMINO FERREIRA SAMPAIO NETO

    Diretoria de Engenharia: XISTO VIEIRA FILHO

    Departamento de Engenharia e Meio Ambiente LUCIANO NOBRE VARELLA

    Diviso de Engenharia de Transmisso AMRICO BAPTISTA FILHO

    Diviso de Meio Ambiente: ROGRIO NEVES MUNDIMElaborao:

    CONSRCIO IESA/PROMON/THEMAG/ENGEVIXProjeto Grfico e Edio em CD-Rom:

    ASSESSORIA DE COMUNICAO SOCIALNormatizao:

    DIVISO DE BIBLIOTECA E ARQUIVO Edio:

    JORGE LUIS PIRES COELHO

    ELETROBRS. DEA. DEAA. DEAT. Subsdios para adequao das especificaes tcnicas para construo de linhas de transmisso aos critrios ambientais / Centrais Eltricas Brasileiras S.A., DEA, DEAA, DEAT; coordenado por Gilberto Neves Pimentel. Rio de Janeiro : Eletrobrs, 2000. iv, 86 p. (Especificaes tcnicas)

    1. Meio ambiente. 2. Construo de linha detransmisso. I. Pimentel, Gilberto Neves, coord. II.Ttulo. III. Srie.

    Estudo realizado com recursos do contrato de emprstimo No. 1051/OC-BR Projeto de InterligaoEltrica Norte-Sul, celebrado entre a Centrais Eltricas Brasileiras ELETROBRS e o BancoInteramericano de Desenvolvimento BID. Executado pelo CONSRCIOIESA/PROMON/THEMAG/ENGEVIX como parte integrante de um conjunto de atividades de reforo da rea de meio ambiente da ELETROBRS.

    Departamento de Engenharia e Meio Ambiente Av. Pres. Vargas, 409 - 21 andar CEP 20071-003 Rio de Janeiro

  • EletrobrsDESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS EQUIPE TCNICA

    Coordenao Geral: Edval de Oliveira Novaes

    Coordenao Adjunta: Sara Lia Werdesheim

    Coordenao ELETROBRS: Gilberto Neves Pimentel

    Equipe: Alusio Matthiesen Monteiro Carlos Afonso G. de Figueiredo

    Acompanhamento: Cassandra Gilsomino Molisani Cludia Segond

    Flavia Gama Soares Lorena F. Ary Pires Maria de Lourdes S Barreto Pimentel Maria Luiza L. S. Milazzo Maria Luiza V. de Castro Rachel Suassuna de Medeiros Aluisio T. Ferreira Filho Amrico Baptista FilhoAntnio de Pdua Coelho Ednaldo Rodrigues de Almeida

    Fbio TeivelisIsrael Bernardo NissenbaumJoo Damsio Braga Jorge Manuel V. Viana Jos Antnio Simas Bulco Jos M. Brasil do Nascimento Jos Orlando Cintra Jos Roberto T. Corra Judicael Clevelrio Jnior Luiz Fernando Galli Marcelo Thompson Tavares

    Mauro SoaresRenato Afonso Beier Rogrio Neves Mundim

  • APRESENTAOEste documento contm subsdios adequao de especificaes tcnicas de construo de Linhasde Transmisso aos critrios ambientais, e se refere a critrios, procedimentos e tcnicas bsicasque devem ser adotadas pela empreiteira Contratada, com o objetivo de evitar ou minimizarpotenciais impactos ambientais. Em sua elaborao, foi considerada como premissa que, noacompanhamento das atividades a cargo da Contratada, a estrutura de Fiscalizao a ser mantidapelo Empreendedor, alm de sua finalidade tradicional em relao s prticas de engenharia, estar habilitada para o trato da questo ambiental.

    O presente volume parte de um trabalho mais amplo, que engloba tambm a construo deSubestaes e as atividades de topografia e sondagem, sendo produto da anlise, compilao,discusso e consolidao de informaes disponveis em especificaes, normas e prticasadotadas por vrias Empresas do Setor Eltrico, bem como, de outros procedimentos da engenhariaem geral.

    O trabalho ora apresentado foi executado no mbito do Contrato n ECE-1042/98, entre aELETROBRS e o Consrcio IESA-PROMON-THEMAG-ENGEVIX, tendo sido desenvolvido ao longo do segundo semestre de 1999 por consultores do Consrcio. Contou tambm com aparticipao de tcnicos das reas de engenharia e meio ambiente da ELETROBRS, FURNAS, ELETRONORTE e CHESF, que contriburam com comentrios e sugestes em reunies de trabalhoespecficas.

    Como resultado, considerando que cada Empresa, e mesmo cada empreendimento, apresenta caractersticas particulares, chegou-se a um produto que constitui um conjunto abrangente de subsdios, que poder ser adotado no todo ou em parte, a critrio de cada Empreendedor, emborasempre com o objetivo de homogeneizao dos critrios adotados pelo Setor Eltrico.O contedo do trabalho est voltado para empreendimentos de porte, envolvendo grandes equipes,prazos e/ou extenses de linha. Contudo, atravs de simplificaes analisadas caso a caso, poderser aplicado a empreendimentos de qualquer vulto.

    Os subsdios aqui apresentados no pretendem esgotar a questo, podendo ser ampliados emescopo e profundidade conforme se faa vivel. Por seu lado, a empreiteira Contratada deve ser estimulada a acrescentar a seus procedimentos executivos, todas as prticas que se mostremnecessrias ou interessantes para a melhoria do desempenho ambiental da obra.

    Os temas e proposies tratados so baseados em condutas usadas com sucesso em obrassimilares e abrangem os seguintes tpicos:

    x o papel e a responsabilidade ambiental da Contratada; x planejamento anterior ao processo de construo; x infra-estrutura de apoio e mtodos de construo;x sade, segurana, higiene e conforto do pessoal envolvido nas obras; x procedimentos especiais para reas sensveis.

  • EletrobrsOs textos e contedos referem-se aos aspectos ambientais envolvidos nas obras e so classificados e distribudos ao longo de cada volume da seguinte forma:

    x aspectos gerais: questes e exigncias quanto organizao da Contratada para o acompanhamento e gesto ambiental da construo;

    x aspectos de engenharia: adequaes e indicaes relativas s atividades de construo da infra-estrutura de apoio logstico e da prpria obra;

    x aspectos humanos: adequaes e indicaes relativas aos aspectos de sade, segurana, higiene e conforto dos trabalhadores;

    x anexos: indicaes mais detalhadas referentes a temas crticos supresso de vegetao, obras em reas especiais, explorao de reas de emprstimo e bota-fora, recuperao de reas degradadas e aterramentos temporrios.

    x apndices: siglas e termos utilizados e documentos de referncia.

  • Eletrobrs

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    SUBSDIOS PARA ADEQUAO DAS ESPECIFICAES TCNICAS PARA CONSTRUO DE LINHAS DE TRANSMISSO

    AOS CRITRIOS AMBIENTAIS

    NDICE

    1. ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS ..............................................................................1-1

    1.1. Responsabilidades Ambientais da Contratada .......................................................1-1

    1.2. Planejamento Ambiental da Contratada .................................................................1-1 1.2.1. Questionrio de Meio Ambiente ..........................................................................1-2 1.2.2. Plano de Gesto Ambiental.................................................................................1-2 1.2.3. Atendimento s Normas do Ministrio do Trabalho ............................................1-3 1.2.4. Plano de Atuao em Segurana e Medicina do Trabalho .................................1-3 1.2.5. Plano de Atuao com as Comunidades Afetadas .............................................1-4

    1.3. Gerncia Ambiental ................................................................................................1-4

    1.4. Documentao das Aes ......................................................................................1-5 1.4.1. Relatrios de Incidentes e Ocorrncias ..............................................................1-5

    1.5. Contatos da Contratada com Proprietrios e Moradores de Imveis Afetados......1-6

    1.6. Cumprimento das Exigncias Legais......................................................................1-7

    2. ASPECTOS AMBIENTAIS RELATIVOS A LOGSTICA E CONSTRUO ..................2-1 2.1. Mobilizao de Canteiros e Alojamentos................................................................2-1

    2.1.1. Critrios Gerais ...................................................................................................2-1 2.1.2. Escolha de Local .................................................................................................2-1 2.1.3. Preparo da rea ..................................................................................................2-2

    2.1.3.1. Supresso da vegetao .............................................................................2-2 2.1.3.2. Terraplenagem.............................................................................................2-2 2.1.3.3. Drenagem ....................................................................................................2-2

    2.1.4. Instalaes de Produo e Apoio........................................................................2-3 2.1.5. Instalaes para Atendimento Mdico e Segurana...........................................2-3 2.1.6. Instalaes para Repouso...................................................................................2-4 2.1.7. Instalaes para Alimentao .............................................................................2-5 2.1.8. Instalaes de gua e Esgotos...........................................................................2-6

    2.1.8.1. Abastecimento dgua..................................................................................2-6 2.1.8.2. Esgotos ........................................................................................................2-6

    2.1.9. Instalaes Eltricas ...........................................................................................2-7 2.1.10. Instalaes de Proteo contra Incndios..........................................................2-7

    2.2. Estradas de Acesso ................................................................................................2-7 2.2.1. Definio do Traado ..........................................................................................2-8 2.2.2. Supresso de Vegetao ....................................................................................2-8 2.2.3. Terraplenagem....................................................................................................2-9 2.2.4. Drenagem..........................................................................................................2-10 2.2.5. Manuteno.......................................................................................................2-11

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    2.2.6. Explorao de reas de Emprstimo e Uso de reas para Bota-Fora.............2-11 2.2.7. Recuperao de reas Degradadas .................................................................2-11

    2.3. Limpeza da Faixa de Servido .............................................................................2-11 2.3.1. Supresso de Vegetao ..................................................................................2-11

    2.3.1.1. Critrios de identificao de reas com restrio ......................................2-12 2.3.1.2. Tcnicas de supresso ..............................................................................2-12 2.3.1.3. Tcnicas de remoo e descarte ...............................................................2-12

    2.3.2. Recuperao de reas Degradadas .................................................................2-13 2.4. Construo das Fundaes, Montagem de Torres e Pintura de Sinalizao.......2-13

    2.4.1. Limpeza da rea ...............................................................................................2-13 2.4.2. Escavao e Reaterro das Fundaes .............................................................2-13 2.4.3. Explorao de reas de Emprstimo e Uso de reas para Bota-Fora.............2-14 2.4.4. Concretagem.....................................................................................................2-14 2.4.5. Montagem e Pintura de Torres..........................................................................2-15 2.4.6. Recuperao de reas Degradadas .................................................................2-15

    2.5. Aterramento ..........................................................................................................2-16

    2.6. Lanamento e Grampeamento de Cabos.............................................................2-16 2.6.1. Implantao de Praas de Lanamento............................................................2-16 2.6.2. Supresso de Vegetao ..................................................................................2-16 2.6.3. Distribuio das Bobinas nas Praas................................................................2-17 2.6.4. Montagem e Operao de Equipamentos.........................................................2-17 2.6.5. Recuperao de reas Degradadas .................................................................2-17

    2.7. Reviso Final e Comissionamento .......................................................................2-18

    2.8. Recuperao Complementar de reas Degradadas ............................................2-18 2.9. Desmobilizao de Canteiros e Alojamentos .......................................................2-18

    2.9.1. Eliminao das Instalaes...............................................................................2-19 2.9.2. Adequao das Instalaes ..............................................................................2-19

    3. ASPECTOS AMBIENTAIS RELATIVOS A SADE, SEGURANA E CONFORTO ........1 3.1. Mobilizao de Mo-de-Obra..................................................................................3-1

    3.1.1. Informaes Comunidade ................................................................................3-1 3.1.2. Admisso / Transferncia de Funcionrios .........................................................3-1 3.1.3. Treinamento ........................................................................................................3-2

    3.1.3.1. Importncia e insero da obra no meio ambiente e educao ambiental ..3-2 3.1.3.2. Orientaes sobre segurana no trabalho e sade .....................................3-2 3.1.3.3. Orientaes quanto ao comportamento.......................................................3-3

    3.2. Canteiros e Alojamentos.........................................................................................3-3 3.2.1. Operao das Instalaes...................................................................................3-3

    3.2.1.1. Instalaes de gua e esgotos ....................................................................3-3 3.2.1.2. Instalaes eltricas.....................................................................................3-3 3.2.1.3. Proteo contra incndios............................................................................3-4 3.2.1.4. Alimentao .................................................................................................3-4 3.2.1.5. Lixo...............................................................................................................3-53.2.1.6. Diversos .......................................................................................................3-6

    3.3. Atendimento Mdico e Segurana..........................................................................3-6

  • Eletrobrs

    iii

    3.3.1. Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho (SESMT)..............................................................................................3-7

    3.3.1.1. Equipe de segurana ...................................................................................3-7 3.3.1.2. Equipe mdica .............................................................................................3-7 3.3.1.3. Programas de sade e segurana ...............................................................3-8 3.3.1.4. Relatrios estatsticos ..................................................................................3-8 3.3.1.5. Diversos .......................................................................................................3-9

    3.3.2. Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) .......................................3-9 3.3.3. Equipamentos de Proteo Individual (EPI) e Coletiva (EPC)............................3-9

    3.4. Transporte.............................................................................................................3-113.4.1. Aspectos Gerais ................................................................................................3-11 3.4.2. Transporte de Trabalhadores............................................................................3-11 3.4.3. Transporte de Equipamentos e Materiais .........................................................3-13

    3.5. Operao de Mquinas e Equipamentos e Sinalizao .......................................3-13 3.5.1. Operao de Mquinas e Equipamentos ..........................................................3-13

    3.5.1.1. Ferramentas de uso individual ...................................................................3-14 3.5.1.2. Mquinas em oficinas ................................................................................3-14 3.5.1.3. Aterramento de equipamentos...................................................................3-14 3.5.1.4. Substncias Perigosas...............................................................................3-15 3.5.1.5. Habilitaes, licenas e autorizaes ........................................................3-16

    3.5.2. Controle de Poluio Sonora ............................................................................3-16 3.5.3. Sinalizao........................................................................................................3-16

    3.5.3.1. Sinalizao de trnsito ...............................................................................3-16 3.5.3.2. Outros tipos de sinalizao ........................................................................3-16

    3.6. Operao de Frentes de Trabalho no Campo ......................................................3-17 3.6.1. Achados Arqueolgicos ou Paleontolgicos .....................................................3-18 3.6.2. Coleta de Lixo ...................................................................................................3-18 3.6.3. EPI - Equipamento de Proteo Individual........................................................3-18

    3.7. Desmobilizao de Mo-de-Obra .........................................................................3-18 3.7.1. Informaes Comunidade ..............................................................................3-18 3.7.2. Exames Demissionais .......................................................................................3-19 3.7.3. Orientao ao Trabalhador ...............................................................................3-19

    ANEXOS

    ANEXO 1 - SUPRESSO DE VEGETAO....................................................................... A-1

    ANEXO 2 - OBRAS EM REAS ESPECIAIS ...................................................................... A-6

    ANEXO 3 EXPLORAO DE REAS DE EMPRSTIMO E BOTA-FORA ..................... A-9

  • EletrobrsANEXO 4 RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS............................................... A-11

    ANEXO 5 ATERRAMENTOS TEMPORRIOS .............................................................. A-13

    APNDICES

    APNDICE A - SIGLAS E TERMOS UTILIZADOS ................................................................ 1

    APNDICE B - DOCUMENTOS DE REFERNCIA ............................................................... 4

    iv

  • Eletrobrs

    1. ASPECTOS AMBIENTAIS GERAIS

    Sempre que as especificaes tcnicas ambientais de construo sejam omissas, causem dvidas ou no sejam aparentemente aplicveis a uma situao especfica da obra, a Contratada dever relatar a situao Fiscalizao do Empreendedor, seguindo aorientao que for por ela indicada.

    1.1. Responsabilidades Ambientais da Contratada

    A Contratada tem as seguintes responsabilidades na conservao do meio ambiente:

    minimizar impactos negativos ao meio ambiente e comunidade que possam ocorrerdurante as obras ou, posteriormente, em conseqncia das mesmas;

    cumprir a legislao, normas governamentais, diretrizes e especificaes ambientais; indicar formalmente Fiscalizao do Empreendedor o responsvel pela conduta

    ambiental da Contratada na obra; evitar todo e qualquer corte de vegetao e no suprimir vegetao sem prvia

    autorizao da Fiscalizao do Empreendedor, que ser concedida sempre de acordocom as devidas autorizaes, emitidas por rgo ambiental competente;

    evitar a contaminao do solo, da gua ou do ar; dispor os resduos oleosos, txicos, lquidos, slidos, sucatas e entulhos de forma

    ambientalmente apropriada; evitar ao mximo a eroso do solo e a interferncia, pela deposio de particulados, em

    cursos dgua e outros corpos hdricos; evitar interrupes na drenagem natural dos terrenos; no utilizar fogo para limpeza de rea ou para eliminar restos de materiais de qualquer

    natureza; evitar a ocorrncia de distrbios flora e fauna; evitar a ocorrncia de distrbios vida das comunidades locais por ao de seus

    empregados e contratados; no permitir ao seu pessoal caar ou pescar dentro das reas sob sua interveno; implementar as aes de recuperao de reas alteradas por suas atividades; comprometer-se com a manuteno do aspecto visual e esttico da rea da obra, de

    suas adjacncias, das reas de apoio e outras sob sua influncia; encaminhar Fiscalizao do Empreendedor todas as informaes aqui previstas de

    forma clara, completa e em tempo hbil; encaminhar Fiscalizao do Empreendedor qualquer dvida decorrente da aplicao

    dessas especificaes, sempre ciente de que isso no exime a Contratada de suaintegral responsabilidade.

    1.2. Planejamento Ambiental da Contratada Para garantir o cumprimento de suas responsabilidades, a Contratada deve manter em atividade, ao longo de todas as fases da obra, uma Gerncia Ambiental com as seguintesatribuies:

    manter postura permanente de previso e antecipao, trabalhando de forma integradae com atitudes pr-ativas na proteo do ser humano, meio ambiente e do patrimnio;

    assegurar padres adequados de sade, segurana, higiene e conforto para todos os trabalhadores do empreendimento;

    interagir permanentemente com as comunidades e autoridades locais, visandodisseminar informaes sobre as atividades a seu cargo;

    1-1

  • Eletrobrs

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    assegurar a adoo de tecnologias limpas, seguras e economicamente viveis, que permitam o uso racional dos insumos, minimizando riscos, emisses gasosas, efluentes lquidos e resduos slidos decorrentes das atividades do projeto;

    assegurar que as empresas Subcontratadas adotem os mesmos padres utilizados pela Contratada, nas reas de meio ambiente, sade, segurana, higiene e conforto;

    assegurar que as funes Meio Ambiente e Segurana constituam responsabilidade de todos os gerentes e empregados da Contratada e que sejam conduzidas por meio de sistemas de gesto adequados;

    manter sistemas de avaliao de desempenho, visando a melhoria contnua.

    Antes do incio dos servios contratados, a Contratada deve apresentar, atravs de sua Gerncia Ambiental, para apreciao do Empreendedor, os seguintes documentos:

    anlises crticas dos documentos e normas ambientais relativos s obras, configuradas no Questionrio de Meio Ambiente, detalhado a seguir;

    plano de Gesto Ambiental; evidncias do atendimento s Normas Reguladoras (NR) do Ministrio do Trabalho.1.2.1. Questionrio de Meio Ambiente

    A Contratada, antes do incio dos servios, deve apresentar as seguintes informaes:

    anlise crtica da legislao ambiental municipal, estadual e federal para as regies abrangidas pelo trecho em licitao e suas conseqncias nos servios propostos;

    anlise crtica dos programas previstos nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e/ou Plano Bsico Ambiental (PBA) do empreendimento;

    anlise crtica das condicionantes das Licenas Prvia (LP) e/ou de Instalao (LI); anlise crtica das presentes especificaes; descrio sucinta da experincia da empresa na realizao de trabalhos com grau de

    complexidade similar em gerenciamento ambiental.

    1.2.2. Plano de Gesto Ambiental

    A Contratada deve apresentar o Plano de Gesto Ambiental antes do incio dos servios, para apreciao do Empreendedor, contendo no mnimo os seguintes tpicos:

    Coordenao e Gesto Ambiental, contemplando a atuao da Contratada na coordenao das aes a seu cargo previstas nos programas ambientais, sua articulao com as reas do Empreendedor, com o pblico externo, com rgos governamentais e com as comunidades afetadas;

    Gerenciamento e Controle Ambiental, contemplando o plano de ao da Contratada para assegurar que durante a execuo dos servios sejam atendidos os parmetros ambientais propostos, de acordo com os Planos e Programas Ambientais do Estudo de Impacto Ambiental ou Plano Bsico Ambiental e condicionantes das Licenas Ambientais governamentais;

    Monitoramento, abrangendo os procedimentos para o monitoramento dos aspectos ambientais relevantes, baseados principalmente nos pontos crticos identificados no Estudo de Impacto Ambiental ou Plano Bsico Ambiental.

    Plano de Controle Ambiental - PCA - abrangendo as aes ambientais que sero executadas pela Contratada na implantao, funcionamento e desmobilizao dos canteiros de obras.

  • Eletrobrs

    1-3

    1.2.3. Atendimento s Normas do Ministrio do Trabalho

    A Contratada deve apresentar, antes do incio dos servios, para anlise da Fiscalizao do Empreendedor evidncias de:

    implantao do Servio Especializado em Segurana e Medicina no Trabalho (SESMT, NR-4);

    definio e disponibilidade de Equipamentos de Proteo Individual (EPI) a serem utilizados nos servios (NR-6 e item 18.23 da NR-18);

    implantao da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA, NR-5 e item 18.33 da NR-18);

    implementao do Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA, NR-9); implementao do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO, NR-

    7); implementao do Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da

    Construo (PCMAT, item 18.3 da NR-18). Para o dimensionamento e implementao desses programas, a Contratada deve considerar como efetivo, todo o seu pessoal lotado na obra, somado ao das Subcontratadas contratadas, na fase de pico da obra.

    1.2.4. Plano de Atuao em Segurana e Medicina do Trabalho

    A Contratada deve apresentar para aprovao do Empreendedor, antes do incio dos servios, um Manual de Sade e Segurana que deve descrever como ir organizar e conduzir seus servios de modo a atender s suas responsabilidades. Este Manual deve abordar, no mnimo, os seguintes aspectos:

    a) definio de atribuies e responsabilidades com a identificao do Mdico do trabalho responsvel e equipe contratada;

    b) organizao do Servio Especializado em Segurana e Medicina no Trabalho (SESMT); c) organizao do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional, especificando, por

    ocupao, a periodicidade de exames mdicos e exames complementares necessrios e informando quem ser o mdico coordenador;

    d) plano de Contingncia para Emergncias Mdicas e Primeiros Socorros; e) programa de treinamento em Sade e Segurana; f) procedimentos de segurana para execuo dos servios de construo e montagem; g) indicadores de segurana utilizados e forma de divulgao; h) programa de inspees e auditorias internas de sade e segurana, com cronograma de

    execuo.

  • Eletrobrs

    1-4

    1.2.5. Plano de Atuao com as Comunidades Afetadas

    De acordo com a definio do local onde sero instalados os canteiros de obra, alojamentos, etc., a Contratada deve apresentar evidncias de que no causar impactos significativos na infra-estrutura de sade e saneamento bsico dessas localidades.

    A Contratada deve tambm apresentar evidncia do planejamento de:

    aes mitigadoras dos impactos; mecanismos de comunicao social; educao em sade dos trabalhadores para a convivncia com os habitantes dessas

    comunidades, com especial referncia a doenas sexualmente transmissveis (DST), AIDS, violncia e respeito aos ecossistemas existentes.

    A Contratada ser responsvel, perante o Empreendedor, pelo atendimento pelas Subcontratadas dos requisitos do Manual de Sade e Segurana e pelo cumprimento de todas as normas relativas Segurana e Medicina do Trabalho.

    1.3. Gerncia Ambiental

    A Gerncia Ambiental constituda pela equipe responsvel pelas questes ambientais da Contratada nas obras e deve ser composta por um responsvel pela coordenao das atividades de preservao e proteo ambiental (Coordenador de Preservao e Proteo Ambiental), e, para cada trecho de obra, um inspetor para as atividades de campo (Inspetor de Preservao e Proteo Ambiental). As funes do Coordenador de Preservao e Proteo Ambiental (Coordenador Ambiental) podem ser acumuladas com as funes do Coordenador de Segurana e do Coordenador de Sade e sua qualificao deve atender aos seguintes requisitos:

    formao tcnica: 3 grau completo; experincia: mnimo de 3 anos, comprovados em obras similares, com nfase em

    gerenciamento na recomposio de faixas de domnio.

    As funes do Inspetor de Preservao e Proteo Ambiental (Inspetor Ambiental) podem ser acumuladas com as funes do Inspetor de Segurana e sua qualificao deve atender aos seguintes requisitos:

    formao tcnica: 2 grau tcnico completo, nas reas de estradas e terraplenagem ou barragens e obras de terras ou construo civil com experincia em urbanizao;

    experincia: mnimo de 5 anos, comprovados em obras similares, com nfase em execuo de recomposio de faixas de domnio.

    Algumas das atribuies definidas para as equipes de Preservao e Proteo Ambiental da Contratada podem ser atribudas a equipes de outras especialidades, desde que a capacitao das mesmas sejam compatveis com as necessidades tcnicas desejadas. Independentemente de qualquer justificativa apresentada ou entendimento realizado com a Subcontratada, cabe Contratada a responsabilidade total pelo cumprimento, por sua Subcontratada, de todas as exigncias ambientais e tambm por quaisquer impactos produzidos.

  • Eletrobrs

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    A Contratada deve assegurar que suas Subcontratadas adotem padres equivalentes aos seus prprios para as reas de meio ambiente, sade, segurana, higiene e conforto.

    1.4. Documentao das Aes

    Sempre que, nestas especificaes ambientais, estiver indicada a necessidade de planejamento prvio de atividades, solicitao de autorizao, relatos de aes efetuadas, relatos de incidentes, justificativas, relato de eventos realizados e quaisquer fornecimentos de informaes, da Contratada Fiscalizao do Empreendedor, a respeito de fatos ocorridos ou a ocorrer, este fornecimento deve se dar por escrito.

    Com o objetivo de registrar as providncias exigidas pela Fiscalizao do Empreendedor e as efetivamente tomadas, a Contratada deve manter na obra um livro, semelhante ao dirio de obras, para registros de irregularidades no que diz respeito s questes de meio ambiente, sade, segurana, higiene e conforto do trabalhador. Alternativamente, a Contratada pode manter tais informaes em computador, emitindo relatrios dirios, rubricados pelo seu representante e pela Fiscalizao do Empreendedor.

    Alm disso, todas as aes ambientais exigidas da Contratada, que no possam ser comprovadas em campo pela Fiscalizao do Empreendedor, como resultado prtico de execuo das obras, devem ser documentadas. Neste caso se enquadram os treinamentos a serem fornecidos aos trabalhadores em todos os nveis.

    Toda a documentao gerada em funo das exigncias destas especificaes, assim como os alvars, licenas, resultados de anlises, habilitaes e demais comprovaes da regularidade de todas as atividades e sistemas em operao, devem ser mantidos nos canteiros de obra, de forma organizada e facilmente acessveis Fiscalizao do Empreendedor, para consulta a qualquer momento.

    A Contratada deve chancelar o recebimento de todo e qualquer documento enviado pela Fiscalizao do Empreendedor, no sendo admitida a alegao de ignorncia de seu contedo aps a chancela.

    1.4.1. Relatrios de Incidentes e Ocorrncias

    So considerados incidentes e ocorrncias especiais, que demandam relatrio especfico:

    acidentes de trabalho ou de trnsito, com ou sem vtimas; derramamento de materiais lquidos ou slidos fora do local de destino adequado; agresses desnecessrias ao meio ambiente, como desmatamento inadequado,

    queimada, interrupo de drenagem e abertura de estradas desnecessrias; incidentes afetando sade, saneamento, segurana, hbitos, tranqilidade ou patrimnio

    de moradores.

    Em qualquer dos casos citados, a Contratada preparar e apresentar Fiscalizao do Empreendedor num prazo mximo de 48 horas, um relatrio que inclua, no mnimo, os seguintes detalhes:

    data, hora e local da ocorrncia; descrio da ocorrncia; descrio da gravidade (n de vtimas e gravidade; material derramado e quantidade;

    outros); as circunstncias em que ocorreu o incidente;

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    uma declarao provando que as providncias para a correo do problema j esto sendo tomadas e uma descrio dos mtodos adotados;

    uma concluso avaliando se o incidente est sobre controle.

    Particularmente no caso de ocorrncia de acidente fatal, conforme normas do Ministrio do Trabalho, a Contratada deve:,

    comunicar o acidente de forma imediata Fiscalizao do Empreendedor e, conforme NR-18 itens 18.31 e 18.32, aos organismos competentes nos nveis Estadual, Municipal e Federal;

    providenciar para que, com a mxima urgncia, os familiares sejam notificados do ocorrido, fornecendo o devido apoio social;

    instituir, formalmente, uma comisso de investigao, em at 48 horas aps o acidente, para no prazo mximo de 15 dias, identificar as causas e recomendar as medidas que se faam necessrias para evitar acidentes semelhantes;

    fazer um relatrio contendo no mnimo: i) descrio do acidente; ii) local preciso; iii) dados relativos s pessoas acidentadas; iv) causas bsicas e imediatas; v) providncias a serem tomadas visando prevenir sua repetio.

    garantir comisso, autoridade e autonomia suficientes para conduzir as investigaes sem quaisquer restries.

    No caso de ocorrncia de qualquer acidente de trabalho, a Contratada deve proceder emisso do Ficha de Acidente de Trabalho (FAT) conforme Anexo I da NR-18. 1.5. Contatos da Contratada com Proprietrios e Moradores de Imveis Afetados

    Nos contatos com os proprietrios e moradores dos imveis e terras onde as obras estaro locadas, a Contratada deve orientar seus trabalhadores para:

    buscar o convvio harmonioso e amigvel, se identificando com clareza; sempre que solicitado, fornecer o endereo do canteiro responsvel pela obra, telefone e

    nome da pessoa para contato na Contratada; sempre que solicitado, fornecer referncias para contato com o Empreendedor,

    repassando endereo, telefone e nome da pessoa, conforme estabelecido pelo Empreendedor;

    em caso de dvidas levantadas a respeito dos trabalhos que sero realizados na propriedade, ou quanto a permisses para passagem, abertura de acessos, corte de cercas, etc. ou ainda em relao madeira resultante da eventual supresso de vegetao, encaminhar o proprietrio ou morador para contato com o Empreendedor;

    no dar informaes tcnicas sobre o empreendimento, suas caractersticas e influncias, encaminhando sempre o solicitante para contato com o Empreendedor;

    realizar entendimentos prvios quando da necessidade de interveno em reas cultivadas ou em quaisquer outras benfeitorias.

    Independentemente do grau de entendimento com proprietrios e/ou moradores, qualquer ao que implique em interveno no meio ambiente, como a explorao de reas de emprstimo ou bota-fora, o corte ou aterro de qualquer volume ou rea, a supresso de vegetao, etc. deve ser precedida de apresentao de proposta e obteno de autorizao expressa da Fiscalizao do Empreendedor. A alegao de que a interveno no autorizada se deu por interesse ou solicitao do proprietrio no ser aceita como justificativa, cabendo Contratada assumir todos os custos advindos desta atitude.

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    1.6. Cumprimento das Exigncias Legais

    A Contratada deve cumprir todas as exigncias legais, apresentando posteriormente Fiscalizao do Empreendedor, a documentao referente a:

    regularizao dos canteiros de obra perante as Prefeituras Municipais; pagamento dos Impostos Municipais; regularizao da explorao de jazidas minerais e reas de emprstimo; elaborao e execuo do Plano de Controle Ambiental PCA dos canteiros de obra.

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    2. ASPECTOS AMBIENTAIS RELATIVOS A LOGSTICA E CONSTRUO

    2.1. Mobilizao de Canteiros e Alojamentos 2.1.1. Critrios Gerais

    Os canteiros e alojamentos devem ser planejados e construdos de modo a serem funcionais, confortveis, seguros e terem uma aparncia esttica compatvel com os locaisem que sero implantados.

    Os diversos prdios, galpes, telheiros, etc., devem ter o mesmo partido arquitetnico, demodo a formar um conjunto harmonioso. No so permitidas construes improvisadas,barracos, toldos de lona e similares.

    Todas as instalaes devem ser sinalizadas segundo padro de comunicao visual claro eabrangente.

    Os terrenos devem ser cercados e ter porto com guarita, de modo a evitar a entrada de animais e de pessoas estranhas aos servios.

    Os canteiros e alojamentos devem ser adequadamente urbanizados. As reas de circulaode veculos devem ser sinalizadas e ter tratamento que evite o empoamento e formao de lama, em dias de chuva, e poeira em excesso, em tempo seco. Deve ser previsto o uso de carros-pipa, quando necessrio.

    Deve ser evitado o alojamento de trabalhadores no especializados nas comunidadeslocais.

    Nesta etapa devem ser iniciadas as aes ambientais previstas no Plano de Controle Ambiental PCA para a fase de implantao dos canteiros de obra.

    2.1.2. Escolha de Local

    A escolha do local para implantao de canteiro de obras ou alojamento deve observar ospontos a seguir especificados.

    x No caso de canteiros principais/urbanos:

    preferir locais junto a reas urbanas maiores, reduzindo o impacto na populao local, circulao de veculos e conservao de vias pblicas;

    dentro destas reas urbanas, buscar a periferia ou reas industriais; evitar especialmente locais sensveis a problemas de trnsito; buscar locais com melhor infra-estrutura, especialmente acessos, fornecimento de

    energia, abastecimento de gua, coleta de lixo e obteno de alimentos; prever medidas de suporte, visando no sobrecarregar as estruturas disponveis nos

    locais escolhidos; evitar reas com alta taxa de criminalidade, zonas de prostituio e proximidades de

    favelas; obter participao da prefeitura e outros rgos locais na escolha.

    x Nos canteiros de apoio/rurais:

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    situ-los a distncia segura de corpos d'gua, de forma a garantir a no ocorrncia de carreamento, para os mesmos, de sedimentos ou substncias de qualquer tipo;

    nenhum canteiro ou acampamento poder ser implantado em reas de forte restrio ou restrio total (ver definies no Anexo Supresso de Vegetao);

    a instalao de canteiro de obra e/ou acampamento deve respeitar distncia mnima de 500 m a 1 km dos limites de terras indgenas ou outras reas sensveis como reservas, assentamentos, invases, etc.

    Em qualquer caso, urbano ou rural, antever a situao remanescente no local de instalao do canteiro ou alojamento aps o trmino das obras, levando-a em considerao na escolha.

    Uma vez escolhido o local, a Contratada deve formalizar pedido de concordncia junto Fiscalizao do Empreendedor e somente iniciar a instalao aps a obteno de autorizao.

    2.1.3. Preparo da rea A Contratada deve apresentar Fiscalizao do Empreendedor, antes do incio dos servios, plantas das instalaes provisrias, atendendo desde o incio das obras s condies sanitrias e de conforto no local do trabalho previstas na NR-18, inclusive refeitrio e alojamento, quando a norma determinar. 2.1.3.1. Supresso da vegetao

    A supresso deve ser realizada de acordo com as especificaes gerais constantes do Anexo Supresso de Vegetao, conforme o tipo de vegetao em cada trecho.

    Se considerar necessria qualquer supresso de vegetao arbrea ou arbustiva, a Contratada deve obter o de acordo da Fiscalizao do Empreendedor antes de realiz-la. Ainda assim, devem ser mantidas as rvores de porte, que possam proporcionar sombras, localizadas fora das reas das construes.

    Nas reas destinadas a depsitos ao tempo, deve ser mantida a vegetao rasteira, retirando-se apenas os arbustos.

    2.1.3.2. Terraplenagem

    A terraplenagem e a raspagem de solo devem ser evitadas, de uma forma geral, buscando-se manter o terreno em sua conformao original.

    Qualquer movimento de terra, se necessrio, deve ser realizado sem dar incio a processos erosivos. A camada frtil, se movimentada, deve ser armazenada para uso na recomposio da rea.

    Caso seja necessria a criao de reas de emprstimo ou bota-fora, para execuo da terraplenagem, deve ser seguido o especificado no Anexo Explorao de reas de Emprstimo e Bota-Fora. A recuperao destas reas, ao final dos trabalhos, deve atender ao especificado no Anexo Recuperao de reas Degradadas.2.1.3.3. Drenagem

    Os canteiros e alojamentos devem dispor de sistema de drenagem pluvial adequado s condies de solo e relevo do local.

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    Por se tratarem de instalaes temporrias, os canteiros e acampamentos podero utilizar sistemas de drenagem simplificados, dispensando-se obras sofisticadas em concreto, como desembocaduras e outras de carter duradouro. Devem ser previstas, quando necessrias, estruturas que comportem o trfego de mquinas e equipamentos pesados.

    Nos acampamentos, podero ser utilizadas valas e estruturas mais simples, desde que sejam mantidas regularmente, evitando o estabelecimento de processos erosivos. Deve ser evitada ao mximo, e corrigida assim que detectada, qualquer ocorrncia de eroso ou transporte de sedimentos para os cursos d'gua e/ou talvegues receptores.

    2.1.4. Instalaes de Produo e Apoio

    So compostas por:

    escritrios de administrao; oficinas; almoxarifado de materiais; guaritas.

    Os escritrios devem dispor de sistema de condicionamento de ar ou ventiladores, de modo a manter temperatura e nvel de rudo dentro dos padres de conforto e produtividade.

    Todas as janelas e portas devem possuir telas para evitar a entrada de insetos. As oficinas e boxes para lavagem de veculos devem ser providas de sistemas que permitam a separao e coleta de leos e/ou cidos eventualmente derramados. Nestes locais, o piso deve ser cimentado ou ter outro revestimento de forma a evitar a absoro de leo pelo solo.

    Devem ser construdos banheiros em material resistente e lavvel, dimensionados para atender satisfatoriamente quantidade de usurios prevista. Os banheiros devem ter vasos sanitrios (privada ou tipo turco) instalados em cubculos fechados com portas individuais, alm de mictrios e lavatrios. Devem ainda ser dotados de instalaes prediais de esgotos completas, para ligao rede.

    Caso seja necessria a instalao de geradores de energia eltrica, os mesmos devem ser posicionados de maneira que o rudo produzido no perturbe queles que repousam nos alojamentos, estejam fazendo refeies nos refeitrios ou trabalhando nos escritrios. O ideal que os geradores estejam instalados em prdios que proporcionem proteo acstica em relao sua vizinhana.

    Tanto os ptios, para armazenamento de materiais ao tempo, como os galpes, onde so guardados os materiais que precisam ser mantidos abrigados, devem ser organizados e dimensionados de modo a permitir o manuseio dos componentes sem colocar em risco a segurana do pessoal.

    2.1.5. Instalaes para Atendimento Mdico e Segurana

    A Contratada deve prever um ambulatrio mdico e uma ambulncia por trecho de at 250km, situados em seus canteiros de obra principais, garantindo atendimento a nvel primrio de ateno e primeiros socorros, totalidade da mo-de-obra contratada, 24 horas por dia.

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    A ambulncia deve ser mantida em perfeitas condies, permanentemente disposio do posto mdico, e no poder ser utilizada para atividades alheias sua finalidade.

    Os ambulatrios devem ser operados por pessoal qualificado em nmero compatvel com o efetivo a atender, estar mobiliados convenientemente e equipados com o material necessrio a prestao de primeiros socorros, considerando-se as caractersticas das atividades desenvolvidas na obra.

    O atendimento mdico de maior complexidade, como as urgncias/emergncias, internaes hospitalares e exames laboratoriais, poder ser suprido pelos servios de sade pblica da regio ou pela contratao de servios privados, atravs de convnios e planos de sade. Nestes casos, a Contratada deve demonstrar Fiscalizao do Empreendedor que os convnios firmados adicionados aos servios implantados pela prpria Contratada cobrem a totalidade dos empregados para todos os eventos previsveis. O planejamento da Contratada deve ser feito de modo a evitar a sobrecarga da infra-estrutura de sade local.

    O ambulatrio mdico deve ser aprovado pela Fiscalizao do Empreendedor e possuir, no mnimo, os seguintes cmodos, com reas compatveis com o pblico a ser atendido:

    sala de espera; consultrio mdico; sala de imunizao, curativos, esterilizao e farmcia.

    Alm disso, caso no disponha de tal apoio nas proximidades, o ambulatrio dever contar com cmodos para:

    copa, utilidades e material de limpeza; sanitrio para o pblico; sanitrio para os funcionrios do ambulatrio.

    Os acampamentos mveis e as turmas colocadas no campo devem ter sempre mo uma maleta de primeiros socorros e meios de comunicao com os canteiros principais. Alm dos materiais e equipamentos, a maleta deve conter manual de primeiros socorros e mapa indicativo de locais para aplicao de soro anti-ofdico.

    Na programao de suas instalaes, a Contratada deve prever uma sala em cada canteiro, para uso pelos profissionais da rea de segurana, adequadamente mobiliada e equipada.

    2.1.6. Instalaes para Repouso

    Os alojamentos devem respeitar em seu projetado, construo e mobilirio, o que prescrevem as Normas Regulamentadoras NR-24 e NR-18, item 18.4, de modo a atender s suas finalidades bsicas, que consistem em prover locais de repouso e de guarda de pertences, aos empregados.

    Assim, sua construo deve atender, dentre outros, aos seguintes quesitos:

    ser construo slida de madeira, alvenaria ou metlica, com bom acabamento e aparncia;

    ter p direito (livre) de pelo menos 2,50m, onde sejam usadas camas simples, e de 3,00m, para beliches;

    ter pisos de madeira, cimento alisado ou cermica; ter cobertura em telhas de cermica, cimento-amianto ou de madeira aluminizada; ter telas nas janelas assim como no teto, caso no seja usado forro;

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    os sanitrios e banheiros devem ser dimensionados de forma compatvel com a populao mxima prevista para o alojamento, possuir vasos sanitrios (por ex. do tipo turco), em cubculos fechados com portas individuais e chuveiros, separados um a um por paredes divisrias fixas;

    os dormitrios devem ter, por pessoa, uma rea de pelo menos 3 m por mdulo cama/armrio, incluindo a rea de circulao, admitindo-se, no mximo, 10 pessoas por dormitrio;

    armrios individuais; as camas superiores devem ter altura livre de, pelo menos, 1,10m ao teto do alojamento; os dormitrios devem ter ventilao adequada, especialmente quando instalados em

    localidades com clima mido e quente. A rea de ventilao ser de pelo menos 10% da rea do piso. Se a ventilao natural no for considerada suficiente pela Fiscalizao do Empreendedor sero exigidos ventiladores ou condicionadores de ar.

    Os alojamentos devem dispor de sala ou varanda para lazer, com rea compatvel com o nmero de ocupantes. Esta rea deve ser mobiliada adequadamente, considerando-se que ser usada para relaxamento atravs de TV, jogos, conversas, etc. Se a Contratada julgar estritamente necessrio, poder utilizar acampamentos mveis, que devem ser submetidos aprovao da Fiscalizao do Empreendedor e atender s seguintes exigncias:

    dispor de sistema de comunicao eficiente, pelo menos com os canteiros principais; utilizar barracas de lona ou material equivalente, fechadas e com ventilao apropriada,

    similares s utilizadas pelo Exrcito Brasileiro, para 10 pessoas; dotar o acampamento de sistema de gua potvel, no sendo admitida a coleta de gua

    de rios e igaraps, para utilizao sem tratamento; dotar o acampamento de local para banho, com chuveiro e privada, localizados em

    compartimentos com porta; devem ser previstos sanitrios de campo, com proviso de papel higinico, em todas as

    frentes de trabalho; servir refeies em conformidade com o especificado para alimentao no campo no

    item 3.2.1.4 Alimentao.

    2.1.7. Instalaes para Alimentao

    As reas a serem utilizadas para cozinhas e refeitrios pela Contratada, devem ser em construo slida de madeira ou alvenaria, com piso de cimento alisado ou cermica, com p direito de no mnimo 2,80m, e cobertura de material resistente ao fogo.

    A guarda de vveres deve ser feita em local isolado e mantido permanentemente limpo, devendo ser refrigerado nos casos de alimentos perecveis. Devem ser utilizadas telas e cercas protetoras, impedindo o acesso a animais e insetos.

    A cozinha deve dispor de sistema de exausto natural ou forada, do tipo coifa, principalmente acima das bocas dos foges.

    O combustvel utilizado nos equipamentos de coco dos alimentos deve ser estocado fora do prdio onde se localiza a cozinha, em rea permanentemente ventilada e coberta.

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    A cozinha deve dispor de sistema completo de gua potvel e rede de esgoto. Em hiptese alguma poder haver escoamento a cu aberto da gua utilizada na cozinha. A Contratada deve, se for o caso, providenciar cercas para manter distncia animais domsticos, de sua propriedade ou de terceiros.

    Os refeitrios devem ser amplos, providos de janelas protegidas por telas e equipados com aparelhos de ar condicionado ou ventiladores. Junto ao refeitrio deve existir lavatrio e instalao de gua corrente para higiene e de gua potvel.

    Caso sejam usados convnios com restaurantes, penses e similares para fornecimento de refeies, no local ou no campo, ser exigido que os mesmos mantenham o mesmo padro de higiene e qualidade de alimentao que o exigido da Contratada.

    2.1.8. Instalaes de gua e Esgotos 2.1.8.1. Abastecimento dgua

    A gua a ser utilizada nos canteiros e alojamentos deve ser proveniente, sempre que possvel, do sistema pblico de abastecimento. Quando for imperioso utilizar gua captada em curso dgua, cacimba ou poo, ser necessrio realizar anlise fsico-qumica e bacteriolgica, antes do incio de sua utilizao e, pelo menos, a cada quatro meses.

    Em funo da anlise, a gua ser classificada como potvel ou bruta. Esta ltima somente poder ser utilizada para lavagem de veculos e pisos, preparao de concreto, molhar plantas e servios similares, no sendo admitido seu uso em chuveiros, pias e lavatrios. O sistema de distribuio adotado deve garantir que a gua bruta no seja inadvertidamente misturada gua potvel.

    Ainda em funo das anlises, devem ser definidos os sistemas de filtragem e tratamento (clorao, decantao, etc.) a serem instalados. No caso da utilizao de qualquer produto qumico para tratamento, seu armazenamento e manipulao deve ser efetuado de forma segura, evitando riscos s pessoas, animais e meio ambiente.

    Os efluentes eventualmente resultantes de um processo de tratamento devem ser direcionados a um sistema de esgoto industrial, necessrio neste caso.

    As caixas dgua devem ser de boa qualidade e ter tampas e volumes compatveis com a utilizao prevista para o sistema.

    Todo o sistema de abastecimento deve estar protegido contra contaminao, especialmente caixas d'gua e poos, atravs da escolha adequada de sua localizao, cercas, sobrelevaes e obras similares.

    2.1.8.2. Esgotos

    Sempre que existente no local, a rede pblica dever ser o destino final dos esgotos coletados no canteiro ou alojamento. No havendo rede pblica disponvel, a Contratada deve prover os canteiros/alojamentos de sistema de tratamento de guas residuais adequado carga orgnica existente, podendo ser adotadas fossas spticas, poos de absoro ou filtros anaerbios, atendendo s Normas NBR 7229/93 e NBR 13969/97.

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    Os locais de disposio final devem ser aprovados pela Fiscalizao do Empreendedor, que deve considerar os procedimentos da concessionria local e as restries ambientais da rea de destino.

    Para leos, graxas, etc., devem ser previstas caixas de separao e acumulao e procedimentos de remoo adequados.

    Locais especficos para manuteno e lavagem de mquinas e veculos devem ser impermeabilizados (cimento, cermica, etc.) e ter capacidade para conteno de eventuais vazamentos.

    Em nenhuma hiptese devem ser interligados os sistemas de drenagem de guas pluviais e de esgotamento sanitrio.

    No ser permitido o uso de valas a cu aberto ou de caixas sem tampas adequadas.

    2.1.9. Instalaes Eltricas

    As instalaes eltricas devem estar de acordo com o item 18.21 da NR-18.

    A rede de distribuio de energia eltrica deve obedecer s normas da ABNT. No ser admitida a existncia de chaves ou equipamentos com partes energizadas aparentes, nem extenses e tomadas improvisadas. Todas as carcaas de equipamentos eltricos devem ser solidamente aterradas.

    O nvel de iluminamento em cada local deve ser compatvel com as atividades nele desenvolvidas proporcionando segurana e conforto aos usurios.

    2.1.10. Instalaes de Proteo contra Incndios

    Na execuo de todas as instalaes devem ser obedecidas as Normas Regulamentadoras NR-18, item 18.26 e NR-23, quanto proteo contra incndio.

    Todas as instalaes dos canteiros principais e secundrios devem dispor de extintores em quantidade suficiente, do tipo adequado classe de incndio previsvel em cada ambiente, instalados em locais visveis e bem sinalizados. Os extintores devem ser distribudos de modo que a distncia mxima a ser percorrida seja de 10 a 20 m conforme item 23.15 da NR-23.

    A Contratada deve possuir extintores adicionais para serem deslocados para as frentes de trabalho e para substituir aqueles que tenham sido enviados para inspeo e recarga.

    Todos os extintores devem estar identificados com o prazo de validade de sua inspeo e carga.

    2.2. Estradas de Acesso

    A implantao dos acessos deve respeitar a ordem de prioridades indicada a seguir:

    a) aproveitamento de estradas existentes no estado em que se encontram; b) aproveitamento de estradas existentes com execuo de algumas melhorias, tais como

    alargamentos em pontos localizados, para cruzamento de veculos; construo de variantes onde no for vivel a adaptao da estrada existente; reforo ou construo de pontilhes adequados ao trfego e sem interromper a

    drenagem existente;

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    instalao, melhoria ou substituio de cercas, porteiras, colchetes e mata-burros; c) construo de novas estradas de servio. Qualquer modificao ou implantao de acesso deve ser precedida de aprovao da Fiscalizao do Empreendedor.

    2.2.1. Definio do Traado

    A definio do traado e construo de acessos devem ser executados sob a superviso de tcnico ou engenheiro com experincia em projeto ou construo de estradas. O projeto vertical e horizontal das vias deve visar mnima interferncia com o meio ambiente, especialmente em reas de vegetao densa, evitando desmatamento desnecessrio e futura susceptibilidade a processos erosivos

    Nos casos em que seja absolutamente necessrio atravessar reas com restrio ou protegidas, o projeto e execuo da via devem ser aprovados pela Fiscalizao do Empreendedor antes de qualquer interveno no campo. Nas reas de preservao permanente, a construo de vias de acesso somente poder ser feita se no existir qualquer outra alternativa disponvel.

    O traado dos acessos deve evitar sinuosidade excessiva, causadora de degradao e focos de eroso, e acompanhar as curvas de nvel o mximo possvel, transpondo-as de forma suave. Nos casos em que no seja possvel evitar rampa acentuada, deve ser previsto, caso necessrio, a critrio da Fiscalizao do Empreendedor, seu revestimento com pedra ou cascalho, facilitando o trfego e evitando a eroso.

    Devem ser evitadas travessias de cursos dgua e de baixios de difcil drenabilidade, traados que interrompam corredores de passagem da fauna local e obras que possam provocar o desencadeamento de eroses.

    As vias devem ser planejadas de modo a otimizar a relao corte/aterro, reduzindo-se a necessidade de reas de emprstimos ou bota-fora.

    Alm de atender construo, a estrada dever estar adequada futura manuteno da Linha de Transmisso, evitando, desde seu planejamento, a proximidade de estruturas e/ou estais previstos ou existentes. No caso de duas Linhas de Transmisso paralelas, a estrada deve buscar atender a ambas.

    2.2.2. Supresso de Vegetao

    A supresso deve ser realizada de acordo com as especificaes gerais constantes do Anexo Supresso de Vegetao, conforme o tipo de vegetao em cada trecho e aps a emisso da Autorizao para Desmatamento emitida pelo rgo competente.

    Deve ser evitado ao mximo o corte de vegetao natural existente no local, limitando-se ao mnimo necessrio e pr aprovado pela Fiscalizao do Empreendedor.

    O material lenhoso resultante deve ser removido para local que no apresente risco em caso de incndio.

    Quando a via for aberta dentro ou prximo a bosques ou florestas, a Contratada deve tomar as providncias e orientar suas equipes de forma a prevenir incndios florestais.

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    2.2.3. Terraplenagem

    Os servios de terraplenagem para a implantao ou remodelao de estradas de acesso devem ser executados sob superviso da equipe ambiental de campo da Contratada, a qual no deve, em hiptese alguma, deixar as decises de campo a cargo dos operadores das mquinas.

    Os cortes e aterros necessrios devem ser executados com tcnica adequada, de forma a no criarem conformaes de terreno susceptveis a processos erosivos.

    Os aterros efetuados devem receber compactao adequada e demais medidas necessrias sua estabilidade e resistncia aos agentes da natureza.

    O material proveniente dos cortes efetuados deve ser aproveitado em aterros ou adequadamente disposto em reas de bota-fora, no sendo admitido o simples lanamento ao lado da via.

    Sempre que prevista sua utilizao na recuperao posterior da rea, a critrio da Fiscalizao do Empreendedor, o material resultante da camada frtil do solo dever ser separado, armazenado e mantido de forma adequada pela Contratada.

    A Contratada deve tomar todas as medidas necessrias para evitar o transporte de sedimentos para cursos dgua e para a proteo das margens, no utilizando equipamento pesado junto s margens, adotando telas ou barreiras de conteno, etc. A Contratada ser responsabilizada pelos danos causados vegetao e pelo transporte de sedimentos para a rede de drenagem nos casos em que medidas inadequadas tenham sido adotadas, a critrio da Fiscalizao do Empreendedor.

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    2.2.4. Drenagem

    A abertura de estrada de acesso, ou modificao de via existente, deve ser acompanhada de obras de drenagem, que evitem a ocorrncia de processos erosivos, sem contudo modificar de forma acentuada o sistema de drenagem natural.

    Quando as estradas, por acompanharem as curvas de nvel do terreno, se transformarem em coletores naturais das guas das encostas, devem ser dotadas de canaletas laterais e demais dispositivos de drenagem que captem, conduzam e disponham tais guas a jusante, convenientemente e sem o surgimento de eroses.

    Em nenhum ponto as vias podem fazer o efeito dique, represando as guas superficiais. Os talvegues no devem ser interrompidos por aterros e, quando o aterro for imprescindvel, devem ser construdos pontilhes, bueiros ou valetas garantindo a continuidade da drenagem natural.

    Os taludes produzidos por corte ou aterro devem ter garantida a adequada drenagem, utilizando canaletas, degraus e caixas de dissipao de energia, se necessrio.

    Devem ser tomadas providncias tcnicas (transitrias ou definitivas) para evitar a eroso em taludes, canaletas ou calhas naturais. As medidas preferenciais so as que utilizam revestimento com mistura solo-aglomerante ou recobrimento com solo orgnico e cobertura vegetal (gramneas, plantas rasteiras nativas ou leguminosas forrageiras e espcies arbreas e arbustivas). Todos os pontos de despejo da vazo de canaletas e drenos no terreno devem receber proteo contra eroso, atravs da disposio de brita, grama ou caixas de dissipao de energia.

    Os sistemas de drenagem devem ser to simples quanto possvel e feitos de modo a exigir pouca manuteno.

    Na remodelao de pontes e transposies de cursos d'gua em geral, deve ser feita uma estimativa da vazo na seo em questo, e as obras realizadas devem garantir o livre escoamento das guas.

    Acessos situados em reas alagveis devem receber proteo adequada atravs de revestimentos, enrocamento ou providncias similares, garantindo sua estabilidade e evitando eroso.

    O transporte de sedimentos para os cursos dgua deve ser evitado ao mximo, com utilizao de caixas de deposio de slidos, barreiras e outros dispositivos, os quais devem receber manuteno peridica.

    Quando forem utilizadas vias pr-existentes em reas de preservao permanente, a Contratada ser responsvel pela implantao ou adequao de sistema de drenagem da mesma.

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    2.2.5. Manuteno

    Os acessos devem ser mantidos em boas condies de trfego durante todo o perodo das obras. Deve ser verificado se o sistema de drenagem funciona adequadamente e feita sua manuteno.

    Em casos constatados de eroso em curso ou obstruo de drenagem, a Contratada dever solucionar o problema imediatamente, ainda que atravs de expediente provisrio.

    A instalao e manuteno de colchetes, porteiras, mata-burros, etc. deve ser feita de comum acordo com o proprietrio das terras, de acordo com os respectivos projetos e aps a concordncia da Fiscalizao do Empreendedor.

    Ao trmino da obra, as vias a permanecer devem ser entregues em condies que no representem riscos populao local e transeuntes. Devero ser recuperados todos os dispositivos para travessias, como pontilhes, bueiros, etc., que estejam danificados. As cercas interrompidas devero ser refeitas com suas caractersticas originais ou, a critrio do proprietrio e com a anuncia expressa da Fiscalizao do Empreendedor, podero ser mantidos colchetes, porteiras, mata-burros, etc., implantados pela Contratada.

    2.2.6. Explorao de reas de Emprstimo e Uso de reas para Bota-Fora A utilizao de reas com estas finalidades deve ser realizada de acordo com as especificaes gerais constantes do Anexo Explorao de reas de Emprstimo e Bota-fora.

    2.2.7. Recuperao de reas Degradadas A recuperao das reas de emprstimo e bota-fora, taludes e demais reas temporrias utilizadas na construo das vias deve seguir as especificaes gerais constantes do Anexo Recuperao de reas Degradadas.As vias que no sero mantidas na fase de operao da Linha de Transmisso devem ter seu leito e reas em seu entorno recuperados pela Contratada, aps o trmino das obras e desativao do acesso.

    Antecedendo o plantio com espcies nativas, o leito da via a ser revegetado dever receber uma camada de terra vegetal e ser gradeado. Em seguida, devem ser construdas leiras no sentido transversal ao escoamento, a intervalos compatveis com as declividades, a fim de evitar-se a eroso provocada por enxurradas.

    2.3. Limpeza da Faixa de Servido

    A limpeza deve ser feita, aps a emisso da Autorizao para Desmatamento emitida pelo rgo competente, sem a retirada desnecessria de qualquer vegetao e sem causar qualquer dano ao remanescente vegetal ou drenagem natural. Alm disso, deve ser feita a correta distribuio do material vegetal abatido.

    No sero tocadas as reas de preservao permanente, exceto o mnimo necessrio ao deslocamento de pessoas e equipamentos, sempre atravs de prvia autorizao da Fiscalizao do Empreendedor.

    2.3.1. Supresso de Vegetao

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    A supresso deve ser realizada de acordo com as especificaes gerais constantes do Anexo Supresso de Vegetao, conforme o tipo de vegetao em cada trecho.

    Todo corte de vegetao limitado ao mnimo necessrio e depende de autorizao expressa da Fiscalizao do Empreendedor, de acordo com autorizaes emitidas pelo rgo ambiental competente.

    O desmatamento no ser necessrio nas reas de pastagens ou culturas agrcolas, exceto onde houver canaviais, que devem ser completamente erradicados dentro da faixa de servido, aps acordo com os proprietrios. Onde houver silviculturas (tais como, plantaes de coqueiros, mangueiras ou cajueiros) que representem riscos para a Linha de Transmisso, a erradicao poder ser necessria em reas especficas, a critrio da Fiscalizao do Empreendedor.

    rvores situadas fora da faixa de servido, mas que, em caso de tombamento ou oscilao dos cabos, a critrio da Fiscalizao do Empreendedor, possam ocasionar danos linha, devem ser cortadas.

    No deve ser realizado nenhum tipo de corte de rvores em locais onde o espaamento vertical entre os cabos condutores inferiores e o topo de vegetao, considerado seu porte no estgio adulto, for superior aos limites estabelecidos no item 13 Limpeza de Faixa da NBR-5422 (Projeto de Linhas Areas de Transmisso de Energia Eltrica).

    2.3.1.1. Critrios de identificao de reas com restrio

    A classificao do tipo de vegetao e grau de restrio deve ser feita em cada trecho da Linha de Transmisso conforme definies constantes das especificaes gerais do Anexo Supresso de Vegetao e varia em funo da cobertura vegetal, relevo, umidade e tipo de solo.

    As reas encontradas dentro da faixa de servido devem ser classificadas como reas sem restrio, com restrio parcial, com forte restrio ou com restrio total.

    2.3.1.2. Tcnicas de supresso

    A supresso ser feita, sempre de acordo com a Fiscalizao do Empreendedor, atravs do corte raso ou seletivo, de roada ou ainda atravs de erradicao, conforme o tipo de vegetao e grau restrio verificados, seguindo os critrios constantes do Anexo Supresso de Vegetao, onde cada tcnica de supresso descrita em detalhes.

    Todo o material lenhoso cortado deve ser desdobrado de acordo com as caractersticas das rvores derrubadas. A galhada fina deve ser repicada no menor tamanho possvel.

    2.3.1.3. Tcnicas de remoo e descarte

    O material lenhoso desdobrado deve ser deixado no local onde a rvore caiu ou retirado para local que no apresente risco em caso de incndio.

    Conforme o interesse do proprietrio das terras, sero definidos pela Fiscalizao do Empreendedor o local de destino da madeira, a forma de separao e de empilhamento.

    A galhada fina repicada deve, sempre que possvel, ser retirada do local. O material foliar deve ser deixado no local.

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    2.3.2. Recuperao de reas Degradadas Todo o material vegetal removido da faixa pode ser levado e distribudo em reas que devam ser recuperadas.

    Em locais em que a vegetao existente tenha sido erradicada, devem ser realizadas as devidas aes para evitar o surgimento de processos erosivos e para a recuperao do recobrimento vegetal.

    As aes de recuperao das reas degradadas pela abertura de faixa devem seguir os procedimentos especificados no Anexo Recuperao de reas Degradadas.Ao final das atividades de construo, a faixa deve estar reintegrada paisagem, sem prejuzo ao meio ambiente. 2.4. Construo das Fundaes, Montagem de Torres e Pintura de Sinalizao

    2.4.1. Limpeza da rea A Contratada deve buscar reduzir ao mximo as dimenses das praas onde sero montadas as torres, de modo que o corte da vegetao seja limitado ao mnimo necessrio, o qual dever ser previamente aprovado pela Fiscalizao do Empreendedor, de acordo com autorizaes emitidas pelo rgo ambiental competente.

    No preparo e limpeza dos locais de execuo das fundaes, devem ser tomadas as medidas cabveis para evitar que processos de eroso se iniciem aps a concluso dos trabalhos. Deve-se manter intacta, tanto quanto possvel, a vegetao rasteira.

    2.4.2. Escavao e Reaterro das Fundaes

    Na escavao das fundaes, deve-se evitar a utilizao de mquinas pesadas e o alargamento das praas de trabalho. Nos locais mais crticos, a escavao deve ser feita manualmente, visando preservar ao mximo as condies naturais do terreno e sua vegetao.

    Todo o material escavado a ser utilizado como reaterro das fundaes, deve ser disposto de maneira a preservar a vegetao nas imediaes. O material escavado e no utilizado deve ser espalhado na prpria praa da torre e compactado, se necessrio.

    As fundaes devem, sempre que necessrio e a critrio da Fiscalizao do Empreendedor, receber proteo contra eroso atravs da execuo de canaletas, muretas, muros de arrimo de concreto ou alvenaria de pedra, revegetao, etc.

    Todas as obras de fundaes, quando de seu trmino, devem ter o terreno sua volta perfeitamente recomposto, revestido, compactado, drenado e protegido, no dando margem ao incio de processos erosivos.

    Em situao de chuva intensa, devem ser evitadas escavaes e as cavas j abertas devem ser protegidas com material impermevel, alm de executada drenagem eficiente ao seu redor.

    Em reas de veredas e outras reas sensveis devem ser utilizadas fundaes com caractersticas tcnicas e ambientais adequadas ao local.

    Cuidados especiais devem ser tomados na execuo das fundaes de torres junto a cursos dgua, visando no provocar qualquer alterao ou interrupo no sistema de drenagem

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    natural. O transporte de sedimentos para o corpo d'gua expressamente proibido, devendo a Contratada implantar quaisquer contenes que se faam necessrias para evit-lo.

    Os materiais retirados nas escavaes devem ser depositados a uma distncia superior metade da profundidade, medida a partir da borda do talude, conforme prescrito na NR-18.

    O acesso ao fundo das cavas deve ser sempre feito atravs de escadas. As paredes laterais devem ser escoradas quando apresentarem risco de desmoronamento.

    As cavas devem ser mantidas cercadas e sinalizadas, de modo a evitar a queda de pessoas ou animais em seu interior.

    No caso de estaqueamento, a Contratada deve tomar as seguintes providncias:

    passar correntes que evitem o tombamento das estacas se ocorrer o rompimento do cabo;

    fixar firmemente a torre do bate-estacas plataforma, estaiando, se necessrio; garantir distncia mnima de segurana s redes de energia eltrica.

    2.4.3. Explorao de reas de Emprstimo e Uso de reas para Bota-Fora A utilizao de reas com estas finalidades deve ser realizada de acordo com as especificaes gerais constantes do Anexo Explorao das reas de Emprstimo e Bota-fora.

    No caso especfico das fundaes e demais movimentos de terra feitos nas reas das torres, a Contratada deve procurar utilizar terra de emprstimo recolhida nas proximidades e, considerando que os volumes envolvidos so usualmente pequenos, executar a recuperao das reas assim que estejam concludos os trabalhos. 2.4.4. Concretagem

    Ao executar os servios relativos construo de fundaes de concreto, a Contratada deve concentrar os trabalhos na rea da torre, evitando assim o uso de reas que possam ser mantidas inalteradas. Deve ser recolhido e removido do local todo o lixo e sucata produzido durante a execuo das fundaes, como, formas de madeira, sobras de ferro das armaduras, pregos, arames de amarrao, sobras de areia, brita, concreto, etc.

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    2.4.5. Montagem e Pintura de Torres

    Os servios devem ser totalmente executados dentro da rea estipulada para a praa de montagem, a menos que haja prvia autorizao explcita da Fiscalizao do Empreendedor.

    A Contratada deve garantir o uso contnuo de EPI, especialmente capacetes e cintos de segurana, pelos trabalhadores envolvidos na montagem das torres.

    Em situaes especiais e reas crticas, a montagem de torre deve ser feita por mtodo selecionado e aprovado pela Fiscalizao do Empreendedor para o caso especfico, de forma a minimizar impactos ambientais.

    A Contratada deve cuidar para que os servios de montagem e pintura de torres (destinada sinalizao para inspeo area) no produzam danos vegetao nem deixem lixo no local. Assim, sobras de tintas e solventes no podem ser despejadas no local e devem ser removidas juntamente com latas e pincis inutilizados. A Contratada deve tomar as seguintes precaues:

    x proibir o seu pessoal de transportar peas, ferramentas e pequenas cargas utilizando as mos, ao subir nas estruturas;

    x no deixar peas nas estruturas que no estejam fixadas na sua posio definitiva; x manter ferramentas e equipamentos (chaves de torque, falco, catracas, guinchos, etc.)

    em perfeito estado de conservao e observar que sua capacidade de carga no seja excedida;

    x utilizar cabos auxiliares (cordas) de material no condutor; x na operao com guindastes, guinchos ou similares, obedecer aos seguintes aspectos: instalar o equipamento nivelado e estabilizado, numa plataforma horizontal; fazer ligao do chassis do equipamento ao sistema de aterramento; manter os equipamentos e conjunto de peas em montagem aterrados estrutura; emitir sinais sonoros antes de dar incio operao do equipamento; utilizar gancho com trava, para evitar que o estropo se desprenda do gancho,

    provocando a queda da lingada; verificar se a lingada est corretamente fixada e equilibrada e se adequado o fator de

    segurana da carga a ser iada em relao capacidade do equipamento, na sua condio de utilizao;

    uma nica pessoa deve ser encarregada de dar os sinais de comando para as operaes de iamento, abaixamento e transporte de peas, utilizando uma conveno de sinais perfeitamente definida e de pleno conhecimento dos operadores.

    O sistema de aterramento provisrio a ser instalado deve atender ao especificado no Anexo Aterramentos Temporrios

    2.4.6. Recuperao de reas Degradadas Todas os locais que tenham sido degradados durante a obra devem ser recuperados to logo os servios nestas reas tenham se encerrado. A recuperao deve atender o especificado no Anexo Recuperao de reas Degradadas.

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    2.5. Aterramento

    Na instalao do sistema de aterramento das estruturas, a execuo das valetas para contrapeso deve garantir condies adequadas de drenagem e proteo contra eroso, tanto na fase de abertura como na de fechamento, recompondo o terreno a seu trmino. Deve ser evitado que a valeta de instalao do contrapeso se transforme, com o tempo, em valeta de drenagem.

    Na abertura de valetas, deve ser dada preferncia utilizao de equipamento que escave a valeta com a largura limitada necessidade da instalao do contrapeso, exceto em reas com vegetao mais densa, onde a escavao manual produz menor dano vegetao e deve ser preferida.

    2.6. Lanamento e Grampeamento de Cabos

    2.6.1. Implantao de Praas de Lanamento

    Na elaborao do plano de lanamento dos cabos condutores e pra-raios, a Contratada deve levar em considerao os impactos ambientais envolvidos.

    Deve ser evitada a localizao de praas de lanamento em reas de preservao permanente. Se no for possvel evit-lo, autorizao especfica dever ser obtida junto Fiscalizao do Empreendedor, que somente a conceder com base em autorizao do rgo ambiental competente. Neste caso, devem ser evitadas estratgias construtivas que possam comprometer o sistema de drenagem natural ou afetar de alguma forma essas formaes.

    Devem ser evitadas atividades de terraplenagem ou raspagem do solo. Se realizadas, deve ser armazenada a camada frtil, para posterior utilizao na recuperao do local. Se absolutamente necessrias, as movimentaes de terra devem ser planejadas de modo a aproveitar ao mximo, nos aterros, o material escavado, evitando-se a necessidade de emprstimos de outros locais ou a gerao de resduos a serem removidos para bota-foras.

    As reas de praas de montagem e de lanamento devem contar com drenagem que permita o adequado trnsito e operao dos equipamentos, garantida pelo uso de canaletas, declividade nas plataformas, etc., onde necessrio.

    2.6.2. Supresso de Vegetao

    A Contratada deve buscar reduzir ao mximo as dimenses das praas onde sero montadas as torres, de modo que o corte da vegetao seja limitado ao mnimo necessrio, o qual dever ser previamente aprovado pela Fiscalizao do Empreendedor, de acordo com autorizaes emitidas pelo rgo ambiental competente.

    A supresso de vegetao no trecho, complementar executada durante a limpeza da faixa, deve ser apenas a suficiente para permitir executar o trabalho de forma adequada.

    A abertura de picadas entre torres deve se ater ao estritamente necessrio para o lanamento do cabo piloto, limitadas a dois metros de largura.

    O lanamento dos cabos (piloto, condutor ou pra-raios) deve ser feito evitando-se a remoo de rvores alm das necessrias futura operao da linha.

    A Contratada deve buscar tcnicas de lanamento que evitem cortes de vegetao, tentando limit-los poda, quando inevitveis.

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    2.6.3. Distribuio das Bobinas nas Praas

    As bobinas distribudas pelas praas de lanamento devem ser mantidas organizadamente dentro da rea e, aps utilizadas, devem ser recolhidas de volta ao canteiro, bem como todo o lixo produzido, como ripas de fechamento e pontas de cabo.

    2.6.4. Montagem e Operao de Equipamentos

    No permitido o corte do solo para nivelamento da praa, quer seja para facilitar a montagem, quer seja para aproximar equipamento ou transporte, exceto em terrenos muito acidentados e com prvia autorizao da Fiscalizao do Empreendedor.

    A Contratada deve garantir o uso contnuo de EPI, especialmente capacetes e cintos de segurana, pelos trabalhadores envolvidos nas operaes de lanamento, tensionamento e grampeamento dos cabos. O cinto de segurana deve ser do tipo pra-quedista.

    A Contratada deve implementar as seguintes medidas de segurana:

    iar as cadeias pela segunda unidade; no permitir que os montadores se desloquem pelas cadeias de isoladores sem o uso de

    escadas isolantes; no permitir o lanamento de cabos antes das estruturas estarem revisadas e

    interligadas ao sistema de aterramento; verificar e manter sempre as ferramentas e equipamentos (freios, guinchos, catracas,

    tirfors, morcetes, conjuntos de aterramento, etc.) em perfeito estado de conservao; cortar a ponta do cabo piloto a cada trs lanamentos consecutivos; manter o pessoal afastado dos cabos durante as operaes de lanamento; aterrar os cabos lanados e ancorados em mortos; utilizar tela de proteo para os operadores do freio e do guincho; nas travessias de Linhas de Transmisso energizadas, providenciar as protees

    necessrias e confirmar com a Fiscalizao se o Empreendedor providenciou o bloqueio dos rels de religamento automtico das mesmas.

    As operaes de lanamento devem ser monitoradas por tcnicos munidos de rdios transmissores/receptores, postados no alto das torres, de modo que possam se comunicar rapidamente com os operadores do guincho e do freio, caso surja alguma anormalidade. Todos os equipamentos, roldanas e estruturas devem ser solidamente aterrados, assim como os cabos em processo de instalao, atendendo ao especificado no Anexo Aterramentos Temporrios.

    Quando os cabos estiverem sendo lanados em paralelo a outro circuito energizado prximo, a instalao e desinstalao dos aterramentos deve ser feita com tcnicas de linha viva.

    Assim como nas praas de lanamento, a Contratada deve recolher todo o lixo que tenha produzido nos locais de emenda dos cabos, como bisnagas e latas de pasta anti-oxidante e pontas de cabos.

    2.6.5. Recuperao de reas Degradadas

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    Todas os locais que tenham sido degradados durante o lanamento dos cabos devem ser recuperados to logo os servios tenham se encerrado. A recuperao deve atender o especificado no Anexo Recuperao de reas Degradadas, onde aplicvel. Ao final da atividade, as praas devem estar reintegradas paisagem e em condies ambientalmente estveis.

    2.7. Reviso Final e Comissionamento

    Na fase de comissionamento das obras, a Contratada deve obter da Fiscalizao do Empreendedor a aprovao do estado final dos itens a seguir.

    reas florestais remanescentes. Preservao das culturas conforme especificado.

    Proteo contra eroso e ao das guas pluviais.

    Reaterro das bases das estruturas e conformao do terreno sua volta.

    Estado dos corpos d'gua.

    Recuperao das reas degradadas.

    2.8. Recuperao Complementar de reas Degradadas Se as recuperaes previstas ao trmino dos diversos servios ou atos da Contratada no foram cumpridas, a critrio da Fiscalizao do Empreendedor, a Contratada deve:

    a) apresentar, para anlise da Fiscalizao do Empreendedor um plano de recuperao, composto de:

    i) inventrio das reas a recuperar; ii) proposta de aes; iii) acompanhamento complementar;

    b) executar as aes aprovadas pela Fiscalizao do Empreendedor; c) obter da Fiscalizao do Empreendedor a aprovao final da recuperao. 2.9. Desmobilizao de Canteiros e Alojamentos Ao final da obra, os locais de canteiro e alojamentos devem estar reintegrados paisagem local, sem danos ao meio ambiente ou s comunidades adjacentes. Nesta fase, a Contratada deve executar as aes ambientais estabelecidas no Plano de Controle Ambiental PCA dos canteiros de obra.

    Em caso de eliminao do canteiro, a Contratada deve realizar o completo desmonte das estruturas e recomposio da rea.

    Em caso de doao ou venda das instalaes, esta deve ser previamente aprovada pela Fiscalizao do Empreendedor, de acordo com os critrios estabelecidos mais adiante nestas especificaes.

    Qualquer que seja o destino final da rea, ela deve estar completamente limpa de materiais e entulhos em geral. Deve ainda ter toda a drenagem adequada nova situao, de forma a no restarem empoamentos ou eroso em qualquer ponto, inclusive os de despejo fora da rea.

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    2.9.1. Eliminao das Instalaes

    Em caso de eliminao das estruturas e recomposio da rea, a Contratada deve:

    remover completamente as edificaes, inclusive alicerces de qualquer tipo e cercas; efetuar remoo completa de todas as instalaes do sistema de abastecimento de

    gua; realizar limpeza, desinfeco, extino e aterro de fossas e demais estruturas do

    sistema de esgotos; remover os quadros de distribuio e toda a fiao do sistema eltrico; recompor o terreno; redistribuir a camada frtil armazenada, gradear e plantar, conforme necessrio

    completa revegetao da rea.

    2.9.2. Adequao das Instalaes

    Qualquer doao ou venda de estruturas de canteiro ou alojamento, em substituio recomposio completa da rea, somente poder ser feita com anuncia expressa da Fiscalizao do Empreendedor, a ser obtida aps a entrega pela Contratada de, no mnimo:

    documento comprobatrio do ato de doao ou venda, indicando claramente as exigncias ambientais associadas e sua aceitao assinada pelo recebedor;

    evidncias de que os recursos originalmente destinados recomposio da rea foram aplicados em sua melhoria.

    ,A mencionada melhoria das instalaes com vistas a sua doao ou venda deve abranger, no mnimo:

    reforma das edificaes, que devem estar com pintura nova e demais itens em perfeito estado: telhas, portas, vidraas, telamento, pisos, ptios e passagens;

    limpeza, desinfeco, conserto de vazamentos e troca de componentes defeituosos de todas as instalaes de abastecimento de gua;

    limpeza de fossas spticas e demais instalaes de esgotos, conserto de vazamentos lquidos ou gasosos e troca de componentes defeituosos; se necessrio, adaptao das fossas atravs de redimensionamento para o novo uso previsto;

    reviso e conserto de quadros de distribuio e fiao e troca de componentes defeituosos do sistema eltrico;

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    3. ASPECTOS AMBIENTAIS RELATIVOS A SADE, SEGURANA E CONFORTO

    3.1. Mobilizao de Mo-de-Obra

    A Contratada, ao se instalar no local da obra, deve tomar algumas precaues durante amobilizao da mo-de-obra, conforme indicado a seguir.

    3.1.1. Informaes Comunidade

    Devem ser dadas informaes detalhadas comunidade, a respeito do volume e tipo decontratao que a Contratada pretenda efetuar, do perodo programado para realizar osservios, do tipo de trabalho a ser feito, dos cuidados que sero tomados com o meio ambiente e mitigao dos impactos na infra-estrutura local. A divulgao das informaesdeve utilizar-se dos meios de comunicao disponveis na comunidade: emissoras de rdio, servios de alto-falantes, jornais, distribuio de panfletos, palestras abertas ao pblico e exposies.

    Os diversos ramos de atividades locais, como comrcio, recursos mdicos e outros, devem ser adequadamente informados de todos os eventos programados para a fase de construo.

    3.1.2. Admisso / Transferncia de Funcionrios

    A Contratada deve atender aos seguintes quesitos ao admitir funcionrios ou transferi-los deoutras obras:

    a mobilizao de mo-de-obra deve privilegiar a populao local sempre que possvel; executar de maneira cuidadosa os exames mdicos admissionais preconizados em lei,

    de modo a no provocar a disseminao de doenas; toda a equipe empregada deve ser devidamente imunizada contra as doenas imuno-

    prevenveis do adulto tpicas da regio, como ttano e febre amarela e outras que forem identificadas como de imunizao necessria; a Contratada deve estabelecer ou facilitarprogramas de vacinao e/ou exigi-la no exame mdico de admisso de empregados;

    aplicar as 2as doses das vacinas (quando pertinente) nos prazos apropriados; efetuar a vacinao de todos os empregados admitidos / transferidos durante o

    andamento da obra; quando detectados nos exames admissionais, portadores de molstias infecto-

    contagiosas devem ser encaminhados ao sistema pblico de sade, para tratamento; nos locais identificados como reas de risco de doenas transmitidas por vetores (DTV),

    devem ser realizados exames admissionais especficos, visando assegurar o controle deintroduo e disseminao daquelas doenas (malria, febre amarela, dengue,leishmaniose e doena de Chagas);

    fornecer dois jogos de uniformes e um jogo dos equipamentos de proteo individual (EPI) compatveis com a funo;

    fazer registros detalhados de todos os atendimentos mdicos, ambulatoriais ou de emergncia, incluindo controle de vacinas aplicadas.

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    3.1.3. Treinamento

    importante que a Contratada proporcione a seus trabalhadores todo o apoio que esteja a seu alcance, de maneira que os mesmos possam trabalhar com tranqilidade e segurana, melhorando, deste modo, sua produtividade, diminuindo o ndice de absentesmo causado por problemas de sade, reduzindo atritos com a comunidade ou entre os prprios trabalhadores e conscientizando-os da necessidade da preservao ambiental durante a execuo dos servios. Neste sentido esperado que a Contratada incentive o treinamento, a ser dado pelo Empreendedor para todos os nveis funcionais, englobando todos os aspectos envolvidos, e fornea o treinamento complementar conforme indicado a seguir.

    3.1.3.1. Importncia e insero da obra no meio ambiente e educao ambiental

    A Contratada deve dar todas as condies para que seus empregados faam, durante o expediente normal, estes treinamentos, a serem fornecidos pelo Empreendedor.

    3.1.3.2. Orientaes sobre segurana no trabalho e sade

    A Contratada deve implantar um programa de educao dirigido a todos os seus empregados e voltado para a preveno de acidentes e preservao da sade, conforme definido na NR-18, itens 18.3.4.f e 18.28, na NR-7, item 7.5.1 e dar todo o incentivo a seus empregados para que participem, durante o expediente normal, dos treinamentos complementare