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Espaço Tête-à-tête do Saber
Espaço Tête-à-tête Espaço Tête-à-tête do Saberdo Saber
Curso Preparatório Básico para Curso Preparatório Básico para Concursos para Assistentes Concursos para Assistentes
Sociais em Prefeituras Municipais Sociais em Prefeituras Municipais e para Reciclagem ao Exercício e para Reciclagem ao Exercício
Profissional Profissional
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A Assistência Social como Política Social
Profª Drª Priscila Cardoso
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“A questão social” no sentido universal do termo, quer significar o conjunto de problemas políticos , sociais e econômicos que o surgimento da classe operária impôs ao mundo no curso da constituição da sociedade capitalista. Assim “a questão social” está fundamentalmente vinculada ao conflito entre o capital e o trabalho (1982: 21).
Gisálio Cerqueira Filho
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EFEITOSEFEITOSFOMEDESEMPREGOBAIXO ACESSO À EDUCAÇÃOBAIXO ACESSO À SAÚDEMAIOR EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA URBANAEtc.
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ONDE SE EXPRESSA A ONDE SE EXPRESSA A DESIGUALDADE SOCIAL?DESIGUALDADE SOCIAL?
o RENDAo ACESSO A BENS DE PRODUÇÃOo ACESSO AO CRÉDITOo ACESSO À EDUCAÇÃOo ACESSO À TECNOLOGIAo ACESSO AO PODER
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Questão Social gera necessidade
Política Social
Reposta do estado
demandas e necessidades sociais
Direito
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“Em geral, reconhece-se que a existência de políticas sociais é um fenômeno associado à constituição da sociedade burguesa, ou seja, do específico modo capitalista de produzir e reproduzir-se. Evidentemente que não desde os seus primórdios, mas quando têm-se um reconhecimento da questão social inerente às relações sociais nesse modo de produção, vis à vis ao momento em que os trabalhadores assumem um papel político e até revolucionário.” (BEHRING 2000:21)
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Assistência Social Assistência Social como Política Socialcomo Política Social
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A que interesses a A que interesses a Política de Assistência Política de Assistência
Social atende?Social atende?
Espaço de contradição
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"[...] É, portanto, sob o ângulo de interesses diversos, que a questão social da assistência se apresenta,
manifestando-se como estratégia de dupla face em que a Assistência
como mecanismo de estabilização das relações sociais é a ótica da
ação estatal; e, como forma concreta de acesso a bens,
recursos, serviços e a um espaço de reconhecimento de seus direitos e
de sua cidadania social, é em contrapartida o que buscam os
usuários." (Yazbek 1995: 16)
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Assistencialismo x AssistênciaAssistencialismo x AssistênciaAssistencialismo: é a prática da assistência através de benesses, de favores, de doações caridosas que estabelece entre o concedente (sujeito) e o beneficiário (sujeitado), uma relação de dependência, na qual o sujeito busca ganhar o reconhecimento e a dívida de favor do tutelado, que permanece sob sua vontade.
Assistência social: é um conjunto de bens e serviços que são prestados pelo Estado em benefício dos membros da comunidade social, atendendo às necessidades públicas. Como política pública, destina-se a superar a debilidade de certos segmentos, desfazer exclusões e assegurar o direito à vida como padrão mínimo de dignidade. É a política de longo alcance.
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MARCOS NORMATIVOSMARCOS NORMATIVOS
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NOVAS PERSPECTIVAS DESDE CONSTITUIÇÃO DE 88
a unidade nacional da política; seu reconhecimento como dever de Estado
no campo da seguridade social e não mais como política isolada;
o caráter de direito de cidadania e não mais ajuda ou favor;
a organização sob o princípio da descentralização e participação.
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1993 – LOAS inaugura o processo de construção da gestão pública e
participativa da Assistência Social. Construção do sistema descentralizado e participativo: com a implantação dos conselhos, fundos e planos municipais;Realização de conferências nacionais, estaduais e municipais;Criação de fóruns municipais, estaduais e nacional articulando a sociedade civil.
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Assistência SocialAssistência Social VISA
Enfrentamento da pobreza
Garantia de mínimos sociais
Provisão de condições para atender contingências
Universalização do direito social
OBJETIVA Prover serviços/
benefícios para proteção social
Contribuir para inclusão e eqüidade
Assegurar centralidade na família e garantia de convivência familiar e comunitária
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LOAS - novos paradigmas para a LOAS - novos paradigmas para a Política de Assistência SocialPolítica de Assistência Social
• Proteção social;• Caráter gratuito e não contributivo;• Necessidade de integração entre o econômico
e o social;• Primazia da responsabilidade do Estado;• Direito do cidadão;• Descentralização político-administrativa;• Participação da sociedade civil/controle social
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Estabelece novo desenho institucional, com novo modelo de gestão:
comando único,
descentralização,
planos e fundos,
controle social: criação de conselhos, paritários e deliberativos.
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Descentralização Político-Descentralização Político-administrativaadministrativa
Descontração: transferência de responsabilidades, atribuições ou tarefas.
Descentralização transferência de responsabilidades, atribuições ou tarefas, acompanhado com transferência de poder decisório.
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A Descentralização Político-administrativa busca:
Aproximação das respostas do Estado da realidade local diferenças e especificidades alvos da política de assistência.
Atribuições específicas para cada esfera de governo.
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A Descentralização Político-administrativa: atribuições de
cada esfera de governo.
“O artigo 11º da LOAS coloca, ainda, que as ações das três esferas de governo na área da assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera Federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.” (PNAS –p. 37)
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LOAS – Papel da UniãoLOAS – Papel da União• A União exerce a coordenação da política
nacional, concede e mantém o benefício de prestação continuada:garantia de um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção.
• Dá apoio técnico e financeiro aos serviços, programas e projetos de enfrentamento à pobreza, e atende, em conjunto com Estados, Distrito Federal e Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência;
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LOAS – Papel do EstadoLOAS – Papel do Estado• Os Estados exercem a coordenação e execução de programas no
seu nível, destina recursos financeiros aos municípios a título de participação no custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
• Apóia técnica e financeiramente os serviços, os programas e os projetos de enfrentamento da pobreza;
• Atende em conjunto com os municípios às ações assistenciais de caráter de emergência;
• estimula e apóia técnica e financeiramente as associações e consórcios municipais na prestação de serviços de assistência social;
• Presta os serviços assistenciais cujos custos ou ausência de demanda municipal justifiquem uma rede regional de serviços.
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LOAS – Papel do MunicípioLOAS – Papel do Município• O Distrito Federal e os Municípios exercem a
coordenação e execução de programas no seu nível;
• Destinam recursos financeiros para custeio do pagamento de auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social;
• Efetuam o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
• Executam os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil;
• E prestam os serviços assistenciais.
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MUNICIPALIZAÇÃO“A passagem de serviços e encargos que
possam ser desenvolvidos mais satisfatoriamente pelos municípios. É a
descentralização das ações político-administrativas com a adequada distribuição
de poderes político e financeiro. É desburocratizante, participativa, não
autoritária, democrática e desconcentradora do poder” (BRASIL 1995:21).
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Municipalização
“É no município que as situações, de
fato, acontecem. É no município que
o cidadão nasce, vive e constrói sua
história. É aí que o cidadão fiscaliza e
exercita o controle social.”
(BRASIL, 1995: 21)
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Comando ÚnicoComando Único
“ Caracteriza-se por um núcleo coordenador da política de assistência social em cada uma das instâncias de governo, ou seja, pela existência de um órgão executivo próprio com competências específicas – nos níveis de normatização, execução regional e execução local –, em um processo integrado que evite paralelismo e garanta unidade e continuidade das ações.” (MPAS/IEE 1998: 16)
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Controle SocialControle Social “...controle da sociedade sobre as ações do
Estado. [...] a sociedade tem possibilidades de controlar as ações do Estado em favor dos interesses das classes subalternas. Por trás desta perspectiva está a concepção de “Estado Ampliado”(....) como um espaço contraditório que, apesar de representar hegemonicamente os interesses da classe dominante, incorpora demandas das classes subalternas.” (CORREIA 2002:121)
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Participação PopularParticipação Popular“Significa acesso aos processos que informam as decisões no âmbito da sociedade política. Permite participação da sociedade civil organizada na formulação e na revisão das regras que conduzem as negociações e a arbitragem sobre os interesses em jogo, além do acompanhamento da implementação daquelas decisões, segundo critérios pactuados.” (RAICHELIS 1998: 40,41)
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Instrumentos Centrais de Controle Social e
Participação Popular
Fundos Planos Conselhos
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“Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido. O Caminho, com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja finalmente eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.” (Clarice Lispector)