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DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING Uso, tratamento, economia e perspectivas para o futuro do maior bem do planeta PHOTOEXPRESS

Especial Dia Mundial da Agua_22MAR10_em Baixa

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DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING PHOTOEXPRESS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING

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Uso, tratamento, economiae perspectivas para o futuro

do maior bem do planeta

PHOTOEXPRESS

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2DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING

DIÁRIO DE S.PAULO::: Este produto é parte integrante do Jornal DIÁRIO DE S.PAULO e não pode ser vendido separadamente. Produto encartado no jornal DIÁRIO DE S.PAULO na edição de 22/03/2010.

Produção Gráfica: Equipe de Operações Comerciais do jornal Diário de S.Paulo. Distribuição autorizada pelo artigo 26, § 2° da Lei 14.517/2007.

Já há alguns anos, cam-panhas sobre o uso racionalda água vêm sido largamen-te exibidas nos veículos decomunicação – seja pormeio de peças publicitáriasou por produções jornalís-ticas que atestem a impor-tância da prática.

Dicas elementares comoreduzir o tempo dos banhos,fechar a torneira quando es-covar os dentes e fazer a barbae não limpar a calçada usandoa água da mangueira caíramno conhecimento popular.

São ações importantes,mas não suficientes. ACompanhia de SaneamentoBásico do Estado de SãoPaulo (Sabesp) tem enfati-zado que, além das mudan-ças unicamente comporta-mentais, é preciso que osconsumidores enxerguem anecessidade de inspeciona-rem regularmente as insta-

De olho nosvazamentos e exageros

Consumo equivocado de água prejudica abastecimento; correção tem que ser comportamental e estrutural

lações de suas residências.“Os vazamentos são grandes

inimigos do consumo racionalde água”, explica Ricardo Cha-im, coordenador do Programade Uso Racional da Água da Sa-besp. De acordo com ele, pro-blemas como torneiras que nãose fecham corretamente, caixasd’água sem controle adequadode nível e infiltrações em geralprovocam uma consideráveltaxa de desperdício da água –que é o que mais se precisacombater.

A sugestão que o coordena-dor passa para a população é aênfase de se verificar a qualida-de dos materiais e instalaçõesnas suas casas. A Sabesp ofereceum curso, gratuito, a todos osinteressados que queiramaprender como detectar possí-veis vazamentos. Ministradonas cinco regiões da capital(Norte, Sul, Leste, Oeste e Cen-tro), e também em São Bernar-do do Campo, no ABC, o cursotem duração de quatro horas eaborda temas como identifica-ção de pontos fracos de vaza-mentos, conceitos sobre limpe-

za e desinfecção de caixasd’água, e outros. O interessadopode realizar o agendamentopelo www.sabesp.com.br ou ob-ter mais informações pelo tele-fone 0800-0119911. “A ideia éque a pessoa que faz esse cursosaiba explicar com precisão aoseu encanador o que precisa serrealizado em sua casa”, diz.

Chaim destaca que a Sabespidentifica, na população, umaverdadeira vontade de colabo-rar para uma melhoria no con-sumo da água. “As pessoas têmciência do quanto é importantepreservarmos os mananciaispara as gerações futuras”, expli-ca o coordenador. Ele atesta quea mentalidade pode ser compro-vada em números: quando aSabesp começou a realizar cam-panhas de conscientização, em1995, o consumo de água mé-dio mensal das famílias oscila-va entre ao 18 e os 20 metroscúbicos; atualmente, o ín-dice está em 15 me-

tros cúbicos.

EMPRESASEMPRESASEMPRESASEMPRESASEMPRESASRicardo Chaim explica que

a Sabesp também aponta a ne-cessidade do consumo respon-sável por parte de indústrias,empresas em geral e condomí-nios, tanto residenciais quantocomerciais.

Uma série de ações como oreaproveitamento de águas dachuva, ou instalação de tornei-ras que se fecham automatica-mente implicam mais econo-mia para empresa e, por conse-qüência, ganhos ao ambiente.

Para edifícios (de qualquerperfil) com consumo mensalsuperior a 300 metros cúbicos,a Sabesp oferece serviços gratui-tos de consultoria. O responsá-vel pela empresa aciona a Sa-besp e um consultor vai até olocal, observa o cotidiano e

identifica pontos que podemser aprimorados para um con-sumo melhor da água.

CRIANÇASCRIANÇASCRIANÇASCRIANÇASCRIANÇASOutro público buscado

pela Sabesp em suas ações deconscientização são as crian-ças. Afinal, os pequenos serãoos consumidores do futuro eé bom que já saibam dicas paraevitarem o desperdício deágua.

A Estação Sabesp, mantidapela empresa em Pinheiros, naZona Oeste de São Paulo, ex-plica de maneira lúdica con-ceitos de sustentabilidade ecaminhos para a preservaçãoda água. Pode ser visitada in-dividualmente e também re-cebe agendamentos de escolase outras instituições. O ende-reço é Rua Nicolau Gagliardi,313, e o telefone é 3388-8382.

A entrada é franca.

Olavo SoaresOlavo SoaresOlavo SoaresOlavo SoaresOlavo Soares

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Quantas vezes já ouvimosde nossos pais ou avós que nãodevemos beber água da tornei-ra. Este conselho, apesar decheio de boas intenções, nãotem embasamento nenhum noque depender da Sabesp. “Aágua que chega até o cavalete,ou seja, até a entrada na casaou prédio da pessoa, certamen-te é potável”, garante a técnicaem sistemas de saneamentoRosângela Ciampo.

A Companhia de Sanea-mento Básico do Estado de SãoPaulo mantém um estrito con-trole da qualidade de sua água,dentro dos parâmetros e limitespermitidos pela legislação des-de a captação até os pontos deconsumo. Os testes acontecemem suas 16 centrais de controlesanitário, estrategicamente ins-taladas pela Região Metropoli-tana de São Paulo, Interior e Li-toral. Quando as amostras darede de distribuição apresentamresultados fora dos padrões es-tabelecidos pela Portaria doMinistério da Saúde, ações cor-

Água potável direto da torneiraSabesp garante distribuição de água limpa e tratada em todo o estado

Raquel FranceseRaquel FranceseRaquel FranceseRaquel FranceseRaquel Francese retivas são imediatamente co-locadas em prática, restabele-cendo a qualidade.

Os parâmetros analisadosincluem Turbidez, que medepartículas presentes no líquido,Cor, pH, presença de coliformese adição de cloro, substânciaprópria para eliminar bactériase outros microorganismos quepodem estar presentes na água.A desinfecção da água com clo-ro é uma das técnicas mais an-tigas de tratamento. Desde quepassou a ser utilizada houvequeda no índice de mortalida-de infantil e redução das doen-ças provocadas pela água con-taminada.

Alterações na potabilidadepodem acontecer. O mais co-mum é que, após entrar na resi-dência, a água contamine-segraças à presença de ferrugemnos canos ou problemas na cai-xa d’água, que vão de sujeira àpresença de animais, por faltade vedação. Além de manter atampa bem fechada, a manu-tenção preventiva do reservató-rio deve ser feita a cada 6 meses,para garantir que não haja pro-

blemas. Empresas especializa-das fazem tanto a vistoria quan-to a limpeza. Se houver dúvidaquanto ao gosto ou ao odor daágua, o consumidor pode ligarpara o número 195 e fazer umaqueixa. Desta maneira, ele seráinformado se a falha aconteceuna rede de distribuição ou nasua casa, evitando transtornosdesnecessários.

DEGUSTDEGUSTDEGUSTDEGUSTDEGUSTAÇÃO DAÇÃO DAÇÃO DAÇÃO DAÇÃO DA ÁGUA ÁGUA ÁGUA ÁGUA ÁGUAAAAACheiro e gosto não são de-

terminantes da qualidade daágua, porém não são caracterís-ticas esperadas pelo consumi-dor final e podem indicar ano-malias em mananciais, estaçõesde tratamento ou sistemas dedistribuição. Para evitar varia-ções bruscas na água que distri-bui, a Sabesp inclui um teste amais em seus laboratórios: adegustação da água.

Após as inspeções de rotina,técnicos da companhia utilizamcomo ferramentas o olfato e opaladar para controlar o gosto eo odor da água. Esses especia-listas, conhecidos como degus-tadores, utilizam alta tecnolo-

gia para, de forma simples, po-rém sofisticada, garantir a qua-lidade do produto fornecido àpopulação. A Sabesp é a únicaempresa brasileira do setor queadota esta medida, empregan-do quinze analistas que atuamna Região Metropolitana de SãoPaulo.

Rosângela Ciampo é umadestas degustadoras. Ela expli-ca como é feita a análise sen-sorial da água. “Provamos doponto de vista de um consu-midor e fazemos a compara-ção entre a água bruta (antesdo tratamento) e a final (de-pois do tratamento). No pri-meiro caso, apenas cheiramos.No final, fazemos teste de ol-fato e paladar, descrevendo assensações - cloro, ácido, ads-tringente etc.-, quase comouma degustação de vinho. Adiferença é que na água as nu-ances são mais sutis, entãoprecisamos de papilas gustati-vas muito apuradas”.

Uma vez distribuida, a águatratada pode apresentar umleve sabor de cloro. Para elimi-ná-lo, o uso do filtro comum é

suficiente, sempre ficandoatento ao prazo de validade dosfiltros. Uma vez saturado, o car-vão passa a devolver o cloropara a água.

SABESPSABESPSABESPSABESPSABESPA Sabesp possui 208 estações

de tratamento (ETA’s), que fun-cionam como verdadeiras fábri-cas para transformar a matéria-prima, água insalubre, em águapotável. Vinte e nove destas ins-talações abastecem a RegiãoMetropolitana de São Paulo eoutras 179 fornecem água aosmunicípios do interior e litoralde São Paulo.

Atualmente, a capacidade deprodução atinge 105 mil litrosde água por segundo e há proje-tos de extensão e melhorias dossistemas de abastecimentocomo, por exemplo, o SistemaAlto Tietê, que terá acréscimode 50%, passando de 10 para 15mil litros de água por segundo.Em cada fase do processo existeum rígido controle para dosar autilização de produtos quími-cos e acompanhar os parâme-tros de qualidade.

Tácnicas fazem análise olfativa e degustação da água em laboratório da Sabesp

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O consumo de água é facil-mente relacionado a atividadescomo irrigação, banho, limpezade pratos, carros e outras que fa-zem parte de nosso cotidiano.Economizar água seria, então,uma questão de fechar a torneiraenquanto se escova os dentes oureutilizar a água da máquina delavar roupas, certo? Em partes.

Até pouco tempo atrás nãose pensava no consumo de águade uma maneira global, envol-vendo toda a cadeia de produ-ção e fornecimento de bens. E éexatamente esta esfera a maisdispendiosa de recursos natu-rais e a maior geradora de po-luição. O conceito de “água vir-tual”, criado em 1993 pelo pro-fessor John Anthony Allan doKing’s College, em Londres, re-presenta a quantidade de águagasta para produzir um bem,produto ou serviço, levando emconta a água necessária aos pro-cessos produtivos. Por exemplo,para cada quilo de queijo sãonecessários 10 litros de leite.Para a produção desse leite são

Água VirtualNovo conceito indica que um simples cafezinho representa o consumo de dezenas de litros de água

Raquel FranceseRaquel FranceseRaquel FranceseRaquel FranceseRaquel Francese consumidos 100.000 litros deágua, entre irrigação de pastos ehidratação das vacas. Um quilode queijo, portanto, equivale a5.000 litros de água virtual. Acompreensão deste gasto seria amaneira ideal de cada pessoacalcular o impacto de seus há-bitos sobre a natureza e assimeconomizar, a partir de suas es-colhas, uma quantidade signi-ficativa de água.

Levando em conta apenas ogasto direto de água - aquela quesai de torneiras, chuveiros etc. -uma pessoa consumiria cercade 200 litros por dia. Com oconceito da água virtual, estenúmero sobe para espantosos4.000 litros por dia, levando emconta uma dieta carnívora. Osvegetarianos gastam menos, emtorno de 1.500 litros (confira atabela). Para Ricardo Oliani,Coordenador de Dinâmica doInstituto Akatu, o consumidorcomum ainda têm dificuldadede se relacionar com estes nú-meros. “Primeiro, as pessoasprecisam saber que existe oconceito de água virtual, queainda é muito pouco conheci-

do. Precisam se conscientizarque não existe nada produzidoque não use água e, percebendoque tudo o que compram e des-cartam representa água, tenhammais cuidado na hora de con-sumir. Se conscientizar paracomprar menos”, analisa.

O consumo de alimentosnão é o único responsável pelodispêndio. Para fabricar umacamisa de algodão, são consu-midos 2.700 litros. Já o courobovino precisa de 16.600 litrosde água por quilo produzido. Acevada, grão utilizado na fabri-cação de cerveja, consome 1.300litros por quilo produzido. Aprodução mundial de cevadaconsome aproximadamente190 bilhões de metros cúbicosde água por ano. Segundo aUNESCO, 67% do gasto de águavirtual está relacionado com ocomércio de produtos agrícolas,23% com o comércio produtosanimais e 10% com produtosindustriais.

PEGADPEGADPEGADPEGADPEGADA DE ÁGUA DE ÁGUA DE ÁGUA DE ÁGUA DE ÁGUAAAAAPara possibilitar a medição

mais precisa e conscientizar a

população mundial, foi criadoo conceito de “pegada de água”,semelhante ao já conhecido“pegada de carbono”, um pro-grama que calcula o “rastro”deixado por um indivíduo deacordo com seus hábitos deconsumo. O questionário estádisponível na inter-net, em inglês, no sitew w w . w a t e r f o o tprint.org. De acordocom estimativas daorganização, um chi-nês gasta cerca de 700litros por dia enquan-to um americano gas-ta 2.500. O brasileirofica no meio, comaproximados 1.300 li-tros.

Oliani consideraque a mudança decomportamento é omais importante paraque a água não acabe.“Precisamos ver queos recursos são finitose sermos mais justos,solidários e sustentá-veis, no sentido de vero que você precisa e

não usar mais que isso e toman-do medidas que economizem,como trocar a descarga, fechartorneira, reutilizar água, etc.Todo ano o número da popula-ção sem acesso ao saneamentobásico também aumenta, deve-mos pensar mais neles”, diz.

ARGIA GRANUZZO

Irrigação é o maior consumidor de água no Brasil - um quilo de soja utiliza quase três mil litros

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Tratar a água de forma cons-ciente passou a ser uma obriga-ção. Mas, será que as pessoas es-tão convencidas de que essebem tão necessário à vida estáacabando? Dados estatísticosalarmantes apontam a escassezda água no planeta e deixamarrepiados até os mais céticos.Para contribuir de forma efeti-va para a diminuição do desper-dício, diversas práticas podemser adotadas, a fim de otimizaro uso desse grande insumo.

Uma delas é o reúso da água,obtido por meio do tratamentodos esgotos gerados pelos imó-veis conectados à rede coletora.Essa prática pode ser destinadaa diversos fins urbanos, rurais eindustriais, tais como: combatea incêndios, limpeza e refrige-ração de equipamentos, geraçãode energia, lavagem de ruas e,até mesmo, irrigação de lavou-ras (somente para plantaçõesnão rasteiras – café, milho etc.).No entanto, há que se observarque essa utilização precisa obe-decer a um rigoroso parâmetrode qualidade assegurado pelosistema de gestão da Sabesp(Companhia de SaneamentoBásico do Estado de São Paulo).

IMPORIMPORIMPORIMPORIMPORTÂNCIATÂNCIATÂNCIATÂNCIATÂNCIADe acordo com informações

da Sabesp, cada litro de água dereúso utilizado representa umlitro de água conservado emnossos mananciais.

“ O procedimento para“ O procedimento para“ O procedimento para“ O procedimento para“ O procedimento paraadquirir o produto deve seradquirir o produto deve seradquirir o produto deve seradquirir o produto deve seradquirir o produto deve ser

feito diretamente com afeito diretamente com afeito diretamente com afeito diretamente com afeito diretamente com aSabesp, por meio de umSabesp, por meio de umSabesp, por meio de umSabesp, por meio de umSabesp, por meio de um

contrato de fornecimento, econtrato de fornecimento, econtrato de fornecimento, econtrato de fornecimento, econtrato de fornecimento, ea sua utilização deve estara sua utilização deve estara sua utilização deve estara sua utilização deve estara sua utilização deve estar

enquadrada nos casos de usoenquadrada nos casos de usoenquadrada nos casos de usoenquadrada nos casos de usoenquadrada nos casos de usopermitido.permitido.permitido.permitido.permitido.

O assunto é tão relevanteque faz parte da Estratégia Glo-bal para Administração da Qua-lidade das Águas, proposta pelaONU (Organização das NaçõesUnidas) para a preservação do

Reúso consciente da águaO reúso planejado da água pode gerar inúmeros benefícios ao meio ambiente, à economia e à sociedade em geral.

Raquel LaéRaquel LaéRaquel LaéRaquel LaéRaquel Laé

meio ambiente. Acredita-se queessa seja uma maneira inteli-gente e eficiente para contribuire assegurar que as próximas ge-rações tenham acesso a esse re-curso natural precioso e tam-bém finito.

UTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃOUma das grandes questões

para o público em geral é saberquem pode utilizar essa água dereúso. Apesar de a água de reú-so ter uma aparência semelhan-te à água potável, a Sabesp es-clarece que não pode haver ne-nhuma forma de uso ou con-sumo humano. Esse tipo de águaé indicado para empresas deconstrução civil, prefeituras,

comércio e transportadoras emgeral. É necessário destacar que,se a água for usada de maneiracorreta (inclusive com vestuá-rio apropriado), não há proble-ma algum. O procedimentopara adquirir o produto deve serfeito diretamente com a Sabesp,por meio de um contrato defornecimento, e a sua utiliza-ção deve estar enquadrada noscasos de uso permitido.

ESTUDOESTUDOESTUDOESTUDOESTUDOO reúso da água tornou-se tão

importante que algumas institui-ções começaram a fazer estudosmais aprofundados e direciona-dos para o aproveitamento do in-sumo. A FIESP/CIESP (Federa-

ção das Indústrias do Estado deSão Paulo/Centro das Indústriasdo Estado de São Paulo), porexemplo, disponibiliza em seusite um “Manual de Conserva-ção e Reúso de Água para a In-dústria”, o qual oferece uma con-tribuição rica e valiosa para osempresários que desejam adotaressa prática, contribuindo comisso para minimizar os impactosambientais e otimizar custos ope-racionais para a manutenção deprocessos em que não é necessá-rio o uso da água potável. Vejaabaixo algumas dicas de benefí-cios indicados pelo estudo. Omaterial completo pode ser con-sultado no endereço <http://www.fiesp.com.br/publicacoes/

pdf/ambiente/reuso.pdf>.

BENEFÍCIOSBENEFÍCIOSBENEFÍCIOSBENEFÍCIOSBENEFÍCIOSAMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTAISAISAISAISAIS

• Redução do lançamento deefluentes industriais em cursosd’água, possibilitando melhorara qualidade das águas interio-res das regiões mais industria-lizadas do estado de São Paulo;

• Diminuição da captação deáguas superficiais e subterrâne-as, permitindo uma situaçãoecológica mais equilibrada;

· Aumento da disponibi-lidade de água para usos maisexigentes, como abastecimen-to público, hospitalar etc.

BENEFÍCIOSBENEFÍCIOSBENEFÍCIOSBENEFÍCIOSBENEFÍCIOSECONÔMICOSECONÔMICOSECONÔMICOSECONÔMICOSECONÔMICOS

• Conformidade ambientalem relação a padrões e normasambientais estabelecidas, pos-sibilitando melhor inserção dosprodutos brasileiros nos mer-cados internacionais;

• Mudanças nos padrões deprodução e consumo;

• Redução dos custos de pro-dução;

• Aumento da competitivi-dade do setor;

• Habilitação para receberincentivos e coeficientes redu-tores dos fatores da cobrançapelo uso da água.

BENEFÍCIOS SOCIAISBENEFÍCIOS SOCIAISBENEFÍCIOS SOCIAISBENEFÍCIOS SOCIAISBENEFÍCIOS SOCIAIS• Ampliação da oportunida-

de de negócios para as empre-sas fornecedoras de serviços eequipamentos, e em toda a ca-deia produtiva;

• Expansão na geração deempregos diretos e indiretos;

• Melhoria da imagem do se-tor produtivo junto à socieda-de, com o reconhecimento deempresas socialmente respon-sáveis.

Para mais informações,como consulta a postos de aten-dimento que disponibilizamágua de reúso e dicas de comoutilizá-la, acesse o site da Sabesp<www.sabesp.com.br> e façaparte dessa grande campanhaem prol do uso racional da água.

Cada litro de água de reúso utilizado representa um litro conservado em mananciais.

D IVULGAÇÃO/SABESP

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Dia 22 de março comemo-ra-se o Dia Internacional daÁgua. A data foi criada em2003, durante uma Assem-bléia geral da ONU que tam-bém determinou que, de mar-ço de 2005 a março de 2015,aconteceria o Decênio Inter-nacional para a Ação Água,fonte de vida. O objetivo dodecênio, que chega à metadeeste ano, é aprofundar as ques-tões relativas à água em todosos níveis e a execução de pro-gramas e projetos que tratemde promover a cooperação paraajudar a alcançar os objetivoscontidos na Agenda 21 e naDeclaração do Milênio, docu-mentos assinados por diversospaíses e aprovados pela ONUque visam, por meio de açõespráticas, melhorar a qualida-de de vida no mundo.

“A Agenda 21 é provavel-mente o resultado mais im-portante da Conferência dasNações Unidas para o MeioAmbiente e o Desenvolvimen-to, realizada no Rio de Janei-ro, em 1992", explica PatriciaKranz, ambientalista e autorado Pequeno Guia Agenda 21local, e completa, “É a maisambiciosa e completa tentati-va de especificar quais açõesserão necessárias, em nívelglobal, para reconciliar o de-senvolvimento com as preocu-pações ambientais”.

O documento não é umaagenda ambiental: remete aodesenvolvimento sustentável,e prevê ações concretas a se-rem implementadas pelos Go-vernos e sociedade civil, emtodos os níveis (federal, esta-dual e local). Um dos de seusprincipais temas é a necessi-dade de erradicar a pobreza,dando aos que têm pouco ounenhum dinheiro acesso aosrecursos que necessitam paraviver sustentavelmente. Maisde dois terços das declaraçõesque foram adotadas pelos go-vernos nacionais não podem

Meio caminho andadoPassados cinco anos da criação do Decênio da Água, medidas sustentáveis ainda lutam para sair do papel

Raquel FranceseRaquel FranceseRaquel FranceseRaquel FranceseRaquel Francese ser cumpridas sem a coopera-ção e o compromisso dos go-vernos locais. A participaçãoda comunidade, portanto, edos poderes públicos, ONGs eentidades representativas é achave para que tais processospossam ser aplicados local-mente com sucesso.

Para Patrícia, os problemasambientais não podem ser re-solvidos por programas glo-bais porque nós não vivemos‘globalmente’. “Ninguém in-veste recursos para alcançarobjetivos que não estão dire-tamente ligados às suas neces-sidades”, diz. “A campanha daAgenda 21 Local foi criadapara conceber planos de açãoque, resolvendo problemas lo-cais, se somarão para ajudar aalcançar resultados globais”. Aambientalista é enfática aoafirmar que a implantação daAgenda 21 Local não é umúnico acontecimento, docu-mento ou atividade, e sim umprocesso contínuo no qual acomunidade aprende sobresuas deficiências e identificainovações, forças e recursospróprios ao fazer as escolhasque a levarão a se tornar umacomunidade sustentável.

Pesquisa encomendadapela WWF, organização não-governamental que integra amaior rede mundial de con-servação da natureza, revelouos hábitos de consumo e apercepção sobre a problemá-tica dos recursos hídricos noBrasil. De acordo com os re-sultados, cerca de 74% da po-pulação concorda com umprojeto de lei que estipula opagamento de um a dois cen-tavos para cada mil litros deágua consumida, para quemgasta mais ou polui; 88% tam-bém acreditam que o país,apesar de possuidor da maiorreserva de água doce do mun-do, enfrentará problemas deabastecimento de água a mé-dio ou longo prazos, em ra-zão da forma como a água éutilizada. Entre os jovens, este

número cresce para 94%.No Brasil, o Decênio da

Água levou à criação do PlanoNacional de Recursos Hídricos,um conjunto de diretrizes, me-tas e programas feitos para asse-gurar o uso racional da água noBrasil até 2020 que aposta nasmelhorias das condições de usoda água no país através da iden-tificação dos problemas ambi-entais existentes.

Semana passada, há poucosdias do Dia Internacional daÁgua, o secretário de RecursosHídricos e Ambiente Urbanodo Ministério do Meio Ambi-ente, Silvano Silvério da Costa,anunciou a revisão do docu-mento. Segundo matéria pu-blicada pela Agência Brasil, otrabalho terá a participação daAgência Nacional de Águas(ANA) e da sociedade.

O secretário declarou que“o Brasil é o único país dasAméricas a cumprir a meta de,até 2005, ter criado esse pla-no. É um instrumento quepretende influenciar todas aspolíticas setoriais - indústria,agropecuária, turismo, ener-gia -, um conjunto de metasque possa ser referência paraos planos setoriais”. Sobre oassunto, o diretor da ANA,Paulo Varella, afirmou que oBrasil, por ser reconhecidocomo “país das águas”, temmaior responsabilidade e pre-cisa se preparar para enfrentaro desafio de preservação. Já odiretor de Políticas Públicas daFundação SOS Mata Atlânti-ca, Mário Mantovani, avaliouque ainda é preciso avançarmuito e lutar para que as mar-gens dos rios, por exemplo, setornem um dos maiores patri-mônios da sociedade brasilei-ra. “Rios são o termômetro dacidade, sabemos se há doença,mau uso. Se conseguirmostraduzir para a sociedade umaação socioambiental de recu-peração dos rios, vamos fazeruma gestão eficiente de água.A participação da sociedade édeterminante”, disse.

DAMIR MRAVUNAC

“Se conseguirmos traduzir para“Se conseguirmos traduzir para“Se conseguirmos traduzir para“Se conseguirmos traduzir para“Se conseguirmos traduzir paraa sociedade uma ação de recupera-a sociedade uma ação de recupera-a sociedade uma ação de recupera-a sociedade uma ação de recupera-a sociedade uma ação de recupera-

ção dos rios, vamos fazer umação dos rios, vamos fazer umação dos rios, vamos fazer umação dos rios, vamos fazer umação dos rios, vamos fazer umagggggestão eestão eestão eestão eestão eficieficieficieficieficientntntntnte de de de de de águae águae águae águae água”””””

Mário MantovaniMário MantovaniMário MantovaniMário MantovaniMário Mantovani

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A proteção e a recupera-ção de áreas de mananciaisdependem de um conjuntode iniciativas que vão desde aurbanização de favelas à edu-cação ambiental, em açõesque implicam participação daadministração pública, dainiciativa privada e de orga-nizações da sociedade civil.

É nos mananciais que temorigem a água que, após o tra-tamento, destina-se ao abaste-cimento público – ela pode sertambém utilizada para fins in-dustriais ou na agricultura.Eles são, por isso, alvo constantede esforços quanto à sua pre-servação e à sua reabilitação.

Preservação de mananciaisPrograma Vida Nova traz conjunto de ações para melhorar abastecimento na Grande S. Paulo

CCCCCauê Mauê Mauê Mauê Mauê Murururururarararararooooo A expansão urbana ao lon-go dos tempos teve efeito noci-vo sobre os mananciais. A po-luição das águas acarreta degra-dação do meio ambiente e re-presenta uma questão de saúdepública, que não fica restrita aosmoradores de loteamentos –muitas vezes clandestinos –próximos a esses locais.

“Mananciais encravados namancha urbana estão cercadosde ocupação. Olhando a Billin-gs, vemos como é intensa a ocu-pação, desordenada, a partir dasdécadas de 1970 e 80”, diz Ner-cy Bonato, gerente do Departa-mento de Planejamento da Sa-besp e coordenadora do Progra-ma Vida Nova na companhia.

O Vida Nova foi criado jus-

tamente com o propósito deproteger e recuperar os manan-ciais da região metropolitana deSão Paulo. Com participação,além da Sabesp, da Secretaria doMeio Ambiente e da CDHU(Companhia de Desenvolvi-mento Habitacional e Urbano),ele é coordenado pela Secreta-ria de Saneamento e Energia doGoverno do Estado. Tem tam-bém envolvimento das prefei-turas de São Paulo, Guarulhose São Bernardo do Campo.

Suas ações dizem respeito àbacia do Alto Tietê e a suas cin-co sub-bacias: Guarapiranga,Billings, Alto Tietê-Cabeceiras,Juqueri Cantareira e Alto e Bai-xo Cotia. “Mas trabalhamospreferencialmente na Guarapi-

ranga e na Billings, os dois úl-timos mananciais urbanos deSão Paulo, imprescindíveispara o abastecimento da popu-lação, sem falar da indústria”,observa Nercy.

Ela explica que o papel daSabesp no programa é relativoao saneamento, com a expan-são de sistemas de água e esgotoe investimentos em estações detratamento. Mas insiste que oVida Nova pressupõe a integra-ção de todos os envolvidos, paraque esteja garantida a recupera-ção e o desenvolvimento urba-no de regiões densa e irregular-mente ocupadas e para que seusmoradores possam ter acesso àinfra-estrutura pública.

Criado em 2007, mas com

origem num programa ante-rior (do início da década), etendo a Sabesp como execu-tor principal, o Vida Nova jáviu várias de suas obras seremconcluídas. Ao todo, 29 fave-las foram urbanizadas e par-ques passaram a ocupar áreasde preservação, caso do Novede Julho e do Atlântico

“É um programa de longoprazo, que vai até 2015, mas hábenefícios desde agora”, apon-ta a coordenadora. A previsãototal de investimento do VidaNova é de R$ 1,39 bilhão. Em2009, a Sabesp obteve do Ban-co Mundial um empréstimo deUS$ 100 milhões para financi-ar seus trabalhos, com contra-partida de US$ 25 milhões.

OLAVO SOARES

`Trabalhamos preferencialmente na Guarapiranga e na Billings, os dois últimos mananciais urbanos de São Paulo, imprescindíveis`, observa a gerente Nercy Bonato

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10DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING

Se você mora em condomí-nio, com certeza já ficou espan-tado ao receber o valor de suasdespesas condominiais e se per-guntou: por que estou receben-do uma taxa tão alta? Na maio-ria dos prédios, especialmentenas construções mais antigas, osistema de cobrança de água éúnico. Ou seja, existe um úni-co medidor para todos os apar-tamentos e o consumo geral éincluído na fatura, em partesiguais para todos os moradores.Essa situação desagrada a mui-tas pessoas, especialmenteàquelas que praticam o uso ra-cional da água.

Mas, o que fazer para soluci-onar esse inconveniente quegera tantas discussões nas reu-niões e assembléias dos mora-dores de condomínios? Feliz-mente, a Sabesp (Companhia deSaneamento Básico do Estado deSão Paulo) dispõe do sistema demedição individualizada, peloqual cada morador paga exata-mente o que consumiu. O custo

Boa medidaSistema de medição individualizada torna-se um importante aliado no uso racional da água

Raquel LaéRaquel LaéRaquel LaéRaquel LaéRaquel Laé da adequação e da manutençãodas instalações internas fica acargo do condomínio. Sob a res-ponsabilidade da Sabesp ficam aleitura e a emissão de conta in-dividual por unidade (sem cus-to adicional para o condomínio),bem como o corte do forneci-mento dos inadimplentes.

Para a instalação do sistemade medição individualizada, énecessário que o condomínio te-nha profissionais certificados, afim de que o serviço seja prestadode acordo com os padrões de qua-lidade exigidos pela Sabesp. Oprojeto é uma parceria da Sabespcom o Centro de Desenvolvi-mento e Documentação da Ha-bitação (CEDIPLAC), entidadeligada à Escola Politécnica da USP(Universidade de São Paulo).

VANTVANTVANTVANTVANTAAAAAGENSGENSGENSGENSGENSA medida, porém, não agra-

da muito aos “gastadores”, afi-nal, com a individualização dosgastos, o custo final da contadessas pessoas que abusam douso da água será bem mais alto.No entanto, a maior parte das

pessoas que mora em condomí-nios prefere que a cobrança daágua seja feita de forma indivi-dual e não geral. Waldir dos San-tos, morador do condomínioVila Apia, na Zona Oeste de SãoPaulo, conta que há um ano foiinstalado o sistema de mediçãoindividual no seu prédio e agrande maioria dos moradorescomemora a novidade. “Eu pa-gava todo mês cerca de R$380,00 de condomínio e acha-va um absurdo. Em diversas as-sembleias, levantei o tema damedição individualizada. Ape-sar de termos pago pela implan-tação do sistema, hoje o valordo meu condomínio está 20%mais baixo, pois o custo que eutenho com a água diminuiubastante”, destaca.

Na medição individualiza-da, cada unidade paga apenas oque efetivamente consumiu.Com isso, é possível identificaro consumo de cada habitação,além de promover o uso racio-nal da água, a gestão de gastos ea justiça social.

Para Ary Machado, gerente

da administradora Agi Imóveis,a grande vantagem da mediçãoindividualizada é realmente aeconomia que ela proporciona.“A conta de água é um dos gas-tos mais altos que temos em umcondomínio. Dentro da nossaperspectiva, com a instalação demedidores individuais, pode-mos chegar, em alguns casos, auma redução de despesas entre20% e 40%, dentro dos primei-ros seis meses da implantaçãodo sistema”, esclarece.

DE OLHO NODE OLHO NODE OLHO NODE OLHO NODE OLHO NOHIDRÔMETROHIDRÔMETROHIDRÔMETROHIDRÔMETROHIDRÔMETRO

Você sabe como funcionaum medidor de água? O hidrô-metro é o meio mais eficientepara se controlar a despesa como consumo de água. Utilizadoem todo o mundo, é um apare-lho medidor de precisão (hidro= água, metro = medir). O hi-drômetro mede a quantidadetotal de água consumida em suaresidência com precisão de dé-cimos de litros e um erro de até5%, permitindo determinar aexistência de vazamentos e fu-

gas não aparentes, além de pro-piciar que se determine a vazãodo volume de água (quantos li-tros por hora) que está sendoconsumido em determinadomomento por um equipamen-to hidrossanitário.

A unidade de medida utili-zada pelos hidrômetros para re-gistrar o consumo de água é ometro cúbico (m³). O aparelhopossui uma turbina que se movecom a passagem da água. Ao gi-rar, a turbina coloca em movi-mento um sistema de relojoa-ria, que faz o mostrador indicar,com precisão, o volume de águaque passa pela tubulação. O vo-lume de água que foi consumi-do durante um determinadoperíodo é calculado simples-mente pela diferença entre asleituras inicial e final do moni-toramento. Para o cálculo davazão, basta cronometrar o tem-po entre as duas leituras, e divi-dir a diferença entre as leituraspelo tempo obtido.

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: SAE-MG (Superin-tendência de Água e Esgoto deMinas Gerais).

D I VULGAÇÃO

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DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING11

As estatísticas comprovamque os índices de mortalida-de despencam drasticamenteem populações que passam ater acesso a água potável e es-goto. Os efeitos do saneamen-to são impactantes, daí a im-portância das muitas açõesque integram o Projeto Tietê,tido como um dos maioresprogramas de saneamentoambiental do país.

Iniciado em 1992, o ProjetoTietê está atualmente em suaterceira fase de execução, quecomeçou no ano passado e de-verá ser concluída em 2015.Para melhorar as condiçõesambientais e de saúde públicados cerca de 15 milhões de ha-bitantes da região metropolita-

Saneamento ambientalIniciado em 1992, Projeto Tietê atualmente está em sua terceira fase de execução, que vai até 2015

CCCCCauê Mauê Mauê Mauê Mauê Murururururarararararooooo na de São Paulo, o programavem investindo, sobretudo, emcoleta e tratamento de esgoto.

Quando concluiu sua pri-meira etapa, em 1998, com in-vestimento de US$ 1,1 bilhão, oProjeto Tietê teve como priori-dade as estações de tratamentode esgoto. No período, foramerguidas as estações de São Mi-guel, ABC e Parque Novo Mun-do, o que possibilitou um sig-nificativo aumento no índice detratamento de esgoto, que esta-va em 24% e chegou a 62% dototal coletado.

O próprio sistema de coletacresceu: de 70% para 80%. Comisso, nada menos que 250 mil fa-mílias passaram a ser beneficia-das. É preciso frisar que coletaresgoto não é sinônimo de tratá-lo. Nem tudo que é coletado ter-

mina passando por tratamento.De 2000 a 2008, entrou em

vigor a segunda etapa, com nú-meros novamente expressivos.A melhoria e otimização dossistemas, com aplicação de US$500 milhões, fez o índice de co-leta chegar a 84% e o de trata-mento, a 70%.

Para a etapa atual, a Sabespconseguiu, em outubro de 2009,a aprovação de um empréstimode US$ 600 milhões junto aoBID (Banco Interamericano deDesenvolvimento). Outros US$200 milhões terão origem naprópria companhia. Ao longo detoda a etapa, o total investidoterá sido de US$ 1,05 bilhão. Oobjetivo é que a coleta na regiãometropolitana salte a 87%, dosquais 84% com tratamento.

De acordo com Carlos

Eduardo Carrela, superinten-dente de gestão de projetos es-peciais da Sabesp, a companhia,que já investiu US$ 1,6 bilhãono Projeto Tietê, trabalha o tem-po todo levando em conta o cres-cimento populacional em de-terminadas regiões.

“Levamos sempre em con-ta as áreas de expansão. Nas re-giões centrais, por exemplo,esse crescimento hoje é ‘nega-tivo’, o que quer dizer que naperiferia é que está aumentan-do. E, o que é pior, nesses lo-cais acaba ocorrendo ocupaçãode mananciais, irregular”,compara Carrela. “Se pegar-mos um mapa da terceira eta-pa do programa, percebemosnitidamente que estamos atu-ando, no momento, no anelperiférico de São Paulo.”

Carrela pondera ainda queexiste um outro programa queatua como importante aliado doProjeto Tietê, na medida emreduz significativamente aquantidade de esgotos e demaisdejetos no rio Tietê.

É o Córrego Limpo, lança-do pelo Governo de São Pauloe pela Prefeitura do Municí-pio de São Paulo. Os córregossão afluentes dos grandes rios.Desde 2007, 28 desses afluen-tes dos principais rios metro-politanos – Tietê, Pinheiros eTamanduateí – foram total-mente despoluídos e 14 pas-saram por um processo de re-cuperação de seus pontos maisimportantes. Outros 58 serãodespoluídos até o segundo ju-lho, totalizando 100 córregosdo programa.

No Parque Novo Mundo, uma das cinco grandes Estações de Tratamento de Esgoto; índices de mortalidade despencam quando há acesso a água potável e esgoto

DIVULGAÇÃO

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12DIÁRIO DE S.PAULO • SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 • PROJETO DE MARKETING

Se lembrar do meio-ambi-ente não é algo que lhe sensibi-liza o suficiente, pense no seubolso: reduzir o consumo deágua é sinônimo de diminuir ovalor da conta paga todos osmeses e, por conseqüência, au-mentar um pouco o dinheiroque sobra no final do mês.

Confira algumas ações quecoíbem o consumo de água:

• Fechar as torneiras: Fechar as torneiras: Fechar as torneiras: Fechar as torneiras: Fechar as torneiras: nadamelhor para consumir menoságua do que deixar seu princi-pal emissor fora de atividade.Prestar atenção nas torneiras –suas aparentemente inofensi-vas gotinhas que emanamquando mal-fechadas repre-sentam dezenas de litros por dia– e mantê-las fechadas na horade escovar o dente ou fazer abarba é essencial. Sem contaro banho: um banho econômi-co colabora simultaneamentepara a redução no consumo deágua e de energia.

• Ensinar as crianças:• Ensinar as crianças:• Ensinar as crianças:• Ensinar as crianças:• Ensinar as crianças: abrira torneira e se distrair com

Pequenas atitudese grandes resultados

Confira o que você pode fazer para evitar o desperdício de água

Olavo SoaresOlavo SoaresOlavo SoaresOlavo SoaresOlavo Soares uma revista ou brinquedo éhábito muito comum em me-ninos e meninas. Cabe aospais ficar de olho e avisar ospequenos dos problemas dodesperdício – se bem educa-dos, eles podem até inverter amão do processo e passarem adar alertas aos pais.

• Detectar vazamentos:• Detectar vazamentos:• Detectar vazamentos:• Detectar vazamentos:• Detectar vazamentos: oconsumidor pode ser um exem-plo de consciência; mas se suacasa for repleta de vazamentosde água, de nada adiantará se-guir a cartilha do bom consu-mo. É fundamental saber iden-tificar onde estão os vazamen-tos de água e consertá-los logona formação.

• Renovar equipamentos:• Renovar equipamentos:• Renovar equipamentos:• Renovar equipamentos:• Renovar equipamentos:manutenção periódica de tor-neiras, canos e válvulas é tam-bém algo que ajuda e muito acoibir o consumo excessivo.Torneiras mal-fechadas, comojá dito, levam ao ralo dezenasde litros por dia. Uma boa pedi-da é instalar torneiras que se fe-cham automaticamente – comoas de shoppings. Não é um in-vestimento dos mais caros e “se

paga” ao longo dos meses.

• R e a p r o v e i t a r á g u a :• R e a p r o v e i t a r á g u a :• R e a p r o v e i t a r á g u a :• R e a p r o v e i t a r á g u a :• R e a p r o v e i t a r á g u a :quem mora em casa com quin-tais grandes tem a possibilida-de de utilizar recipientes paracaptar a água da chuva – comobaldes e similares. Essa águapode servir para atividadescomo o regar plantas e a lim-peza de banheiros. Mas é pre-ciso ter cautela para que essaágua não fique parada e acabese tornando um criadouro domosquito da dengue.

• Otimizar uso:• Otimizar uso:• Otimizar uso:• Otimizar uso:• Otimizar uso: é possíveleconomizar água fazendo demaneira mais bem planejadaprocessos como a lavagem deroupas e louças. Para as vesti-mentas, a dica é só usar a má-quina quando houver umaquantidade grande de roupas aserem lavadas. A meta é lavar omaior número possível de rou-pas por vez. Vale o meso proce-dimento para quem usa a má-quina de lavar louças. E para alavagem manual de louças, omelhor caminho é removerpreviamente restos de comidaantes de ligar a torneira.