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ESPERANÇA COMO TEOLOGIA DA HISTÓRIA Grupo: Angélica, Bruno, Caio, Otáwio, Rodrigo e Salvador.

Esperança Como Teologia Da História

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Teologia da Historia

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ESPERANA COMO TEOLOGIA DA HISTRIA

ESPERANA COMO TEOLOGIA DA HISTRIAGrupo: Anglica, Bruno, Caio, Otwio, Rodrigo e Salvador.

introduoO presente texto faz referncia aos quatro documentos emanados pela Santa S, concernentes ao tema Esperana em conjunto com a Teologia da Histria: Medelln, Puebla, Santo Domingo e Aparecida.Tais documentos, em suas concluses, do a entender a nova viso da Teologia da Histria, conciliando os elementos histricos de seus povos com a Histria da Salvao, que a maneira com que Deus se revelou e continua a revelar a toda a Humanidade.Ao fazer a opo de estudar a histria lida luz da teologia, reconhece-se que a histria ambgua: ela apresenta subidas e descidas que precisam ser interpretadas. Nesta interpretao deve-se incluir toda a histria da criao e do pecado, toda a histria da aliana e da quebra desta aliana pela infidelidade do povo escolhido.A esperana como teologia da histria, no concebida s como virtude teologal, mas o momento em que a f-esperana se encontra com a histria, no s como seu espao em que brota a vida aberta plenitude da graa, mas essencialmente, como sentido que pertence ao Mistrio.

CONCLIO VATICANO ii

Para a Igreja, o Vaticano II considerado um evento histrico com sua originalidade nica: este Conclio inaugura um processo que abre a Igreja para a histria universal, tornando-se assim um sinal dessa histria. Em todos os documentos do Vaticano II encontram-se elementos de uma teologia da histria vivida em contexto de esperana, elementos que, aplicados s Conferncias Episcopais, realizadas em nosso Continente, descobre-se que essa esperana vivida pelos nossos povos que buscam construir uma nova histria.Enquanto a Europa idealiza uma nova sociedade com sua abertura ao mundo moderno, na Amrica Latina l-se e interpreta-se a realidade a partir do caos e da excluso progressiva, clama-se por libertao e caminha-se em direo ao povo. A base do Vaticano II o mundo moderno, a base de Medelln o caos e a paixo do povo.O evento Vaticano II reconcilia a Igreja com o mundo moderno depois de duas grandes catstrofes que foram as guerras mundiais com seus efeitos que at hoje nos ressentimos deste drama mundial.

Contemporaneamente, desenvolveu-se uma reflexo teolgica que nascia da realidade de cada Igreja local, tendo como inspirao e ponto de referncia, os documentos do Vaticano II. Tal processo deu Igreja vivida em pequenas e grandes comunidades, traos tpicos de sua cultura e de seu modo original de viver a f crist, as quais passaram a mudar sua realidade scio-cultural e tradio religiosa.

Deste modo superou-se a concepo de uma teologia da histria oriunda da Europa, sem a devida articulao com a realidade dos povos dos cinco Continentes. Cria-se ento uma conscientizao que leva em conta o mal que se encontra embutido na realidade humana e estrutural, levando cada pessoa e sua comunidade de f, a assumir o compromisso histrico de transformar as condies de vida que alimenta a esperana por dias melhores e vive sua ndole religiosa fundada nas verdades da f crist.Enquanto a reflexo teolgica originada de grande parte das Conferncias Episcopais dos diferentes Continentes teve como base o mundo moderno e o avano das cincias aplicadas tcnica, no nosso Continente, esta leitura feita luz da f, teve como base o sofrimento e as esperanas do povo, com o encontro da Igreja e os empobrecidos e excludos de quase meio milnio da nossa evangelizao suas razes crists para a construo de uma nova histria que explicite, na vida e nas suas estruturas seculares. A esperana que cria uma histria iluminada pela f, no diminui o valor e a importncia de todas as coisas criadas e as realizaes terrenas, mas antes as incentiva para que estas realizem seus fins, sempre com novas motivaes. Esta leitura levou os bispos do Continente s concluses de Medelln.

A ESPERANA EM MEDELLM

A autora afirma que a apresentao do documento de Medelln feita pelo presidente da CELAM, em 1968, convida todos os bispos a viverem a mesma inquietude, o mesmo compromisso e a mesma esperana, pois, sobre o Continente latino-americano Deus projetou uma imensa Luz que resplandece no rosto de sua Igreja. a hora da esperana. Acredita-se Medelln foi mais que a aplicao do Vaticano II em nosso Continente, pois superou a proposta do prprio Papa Paulo VI ao convocar esta Conferncia. O Papa Paulo VI abre esta II Conferncia dada em Medelln-Colmbia, priorizando a orientao pastoral da Gaudium et Spes. Neste discurso enfatiza o dever da Igreja de apoiar os programas que promovem a justia, beneficiam as populaes mais pobres e sobretudo os programas marcados com o selo da justia. Nestes princpios os bispos so convidados a encontrarem orientao e luz para uma nova ordem inspirada na prtica de Jesus Cristo. Segundo Lina Boff, todo o documento se apresenta pervadido da histria sofrida do povo por um lado, mas por outro, coberto de esperana como o povo do xodo que se liberta da escravido do Egito e caminha ao encontro da terra prometida, na esperana de sua libertao que se realiza com a vinda do Messias anunciado pelos Profetas. Medelln respira esperana, esperana vivida na histria concreta e vinculada histria da salvao.

Deus projetou uma imensa luz que resplandece no rosto de sua Igreja, pois a hora da esperana crist se manifestar na resposta de todo o povo de Deus da Amrica Latina. E concluem afirmando que esta resposta exige profundidade na orao, maturidade nas decises e generosidade nas tarefas. A esperana como teologia da histria concebida a partir da realidade injusta e inumana dos pobres, realidade que no s perpassa todo o documento, mas vai alm do que foi escrito neste documento. A dor dos pobres encontra, na voz dos bispos, a esperana que parecia estar ausente da histria, esvaziando-a de sentido. A reflexo sobre a realidade, feita luz da revelao e das orientaes conciliares, apresentada, no documento, dando destaque a estas dimenses da vida: promoo humana, diante da opresso e da injustia; evangelizao e o crescimento da f, diante de um cristianismo sem compromisso; Igreja visvel e suas estruturas, diante de um aparato eclesistico longe dos pobres e do povo em geral. Apesar disso os bispos, se confessam homens de esperana em meio a um povo sofrido e injustiado.

Inspirados na Gaudium et Spes, assumem a metodologia do VER-JULGAR-AGIR na prtica pastoral. Do centralidade Palavra de Deus na Bblia que passou a ser manuseada pelo povo e interpretada nos distintos grupos eclesiais, sobretudo nas Comunidades Eclesiais de Base as CEBS. Foi assim que o povo aprendeu enfrentar as tenses sociais, polticas e tambm eclesisticas de cada tempo. E foi esta conscincia histrica do povo que o levou a discernir os sinais dos tempos como sinais da revelao de Deus, na histria, responder a eles com esperana e acreditando na ao divina em estreita relao com a prtica e a misso de cada pessoa e de todo o povo de Deus. Todo esse processo, visto como caminhada de f, tinha um momento alto na celebrao litrgica, tempo forte que proclama a esperana vivida e experimentada na histria humana, como realidade antecipatria da vida plena. A sacralidade da vida abre-se para a esperana por dias melhores e a celebrao se torna um lugar da vinculao profunda que existe entre o plano salvfico de Deus, realizado em Cristo, e as aspiraes humanas dos nossos povos; entre a histria da salvao e a histria humana; entre a ao reveladora de Deus e a experincia das comunidades de f que vivem os valores temporais.

A esperana como teologia da histria concebida a partir da realidade injusta e inumana dos pobres, realidade que no s perpassa todo o documento, mas vai alm do que foi escrito neste documento.

Ressonncias teolgicas vindas do contexto histrico

A esperana como teologia da histria no nasce diretamente do testemunho e da prtica evangelizadora das comunidades de f, mas do anuncio proftico e da meditao aberta dos bispos que emprestam sua voz a estas comunidades espalhadas por todo o Brasil e o Continente.Essas comunidades estavam necessitadas de representantes e estes vm de seus pastores.

Atravs dos bispos, os pobres encontram lugar e entram de maneira mais direta na Igreja.A conferncia de Medelln destaca-se pela histrica opo preferencial pelos pobres feita como prtica e testemunho evanglicos.

Atravs dos bispos, os pobres encontram lugar e entram de maneira mais direta na Igreja.A conferncia de Medelln destaca-se pela histrica opo preferencial pelos pobres feita como prtica e testemunho evanglicos, pois entendem os bispos da Amrica Latina e Caribe que Jesus no apenas amou os pobres, mas sendo rico se fez pobre, viveu na pobreza, concentrou sua misso no anncio da libertao dos pobres e fundou a Igreja como sinal dessa pobreza no meio de ns.

O documento de Medelln deu nfase a celebrao litrgica, rompendo com o intimismo da f, que se expressa s no mbito eclesial, trazendo abertura para oraes que incluem a vida, a famlia, as estruturas sociais, econmicas e culturais que dominavam o povo cristo.

A celebrao litrgica, assim como as demais celebraes comunitrias, foi evidenciada e colocada como ponto alto do processo evangelizador, espiritual, catequtico e social-poltico.

O acesso Palavra de Deus, a sua proclamao e partilha, com ou sem a presena de um padre, preparou a Igreja dos mais simples e pobres para o compromisso, no s religioso de sua f, mas tambm social e poltico.

A esperana como teologia da histria construda no tempo presente que impulsiona o Senhor da histria; no passado que nos impele fazer memria das maravilhas do nosso Deus; no futuro que nos leva a nos entregarmos nas mos da Providncia divina.

O xodo, a aliana de Deus com o povo de Israel, o cumprimento da promessa na conquista de Cana, a vinda do Messias Libertador anunciado pelos profetas, o Messias , na pessoa de Jesus que anuncia a vinda do Reino em meio a seu povo constituem o fundamento da teologia da histria.

Em Jesus cumpre-se o tempo de Deus e sua continuidade se d no testemunho da Igreja.Para o cristianismo, a histria uma categoria teolgica fundamental, pois o cristianismo nasce de fatos histricos, tem sua origem na revelao de Deus, no cumprimento da promessa, que realiza a esperana fazendo nova a histria do deus encarnado em meio ao seu povo.

A paz uma tarefa permanente, pois a paz no se acha, h que constru-la, e o cristo um arteso da paz. A paz fruto do amor, ou seja, expresso de uma real fraternidade entre os homens, fraternidade essa trazida por Cristo, Prncipe da paz, ao reconciliar todos os homens com o Pai.

A esperana em puebla

Contexto histrico de puebla

A esperana em Santo domingo

Contexto histrico de santo domingo

concluso