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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação:

Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. SECRETARIA GERAL []

1.1. PORTARIAS PGJ11748 PORTARIA PGJ/PI Nº 1030/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de no uso de suas atribuições legais,considerando o despacho exarado no documento de protocolo e-doc nº 07010080973202012,RESOLVE:REVOGAR a Portaria PGJ/PI nº 2288/2016, que designou os Promotores de Justiça MYRIAN GONÇALVES PEREIRA e ELÓI PEREIRA DESOUSA JÚNIOR para comporem o Núcleo de Averiguação de Notícia de Tortura - NANT, vinculado ao Grupo de Monitoramento e Fiscalizaçãodo Sistema Carcerário.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1031/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de no uso de suas atribuições legais,considerando o despacho exarado no documento de protocolo e-doc nº 07010080973202012,RESOLVE:DESIGNAR os Promotores de Justiça ELÓI PEREIRA DE SOUSA JÚNIOR, titular da 48ª Promotoria de Justiça de Teresina, e LIANA MARIAMELO LAGES, titular da 56ª Promotoria de Justiça de Teresina, para comporem o Núcleo de Averiguação de Notícia de Tortura - NANT,vinculado ao Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1032/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de no uso de suas atribuições legais,considerando o despacho exarado no documento de protocolo e-doc nº 07010080974202041,CONSIDERANDO os Atos PGJ/PI nº 916/2019 e nº 917/2019, que designaram os Promotores de Justiça José Eduardo Carvalho Araújo e GiannyVieira de Carvalho, titulares, respectivamente, das 53 e 54ª Promotorias de Justiça de Teresina, para auxiliarem a 4ª, 19ª, 22ª, 26ª e 30ªPromotorias de Justiça de Teresina, pelo período de 01 (um) ano, com efeitos a partir do dia 28 de maio de 2019,RESOLVE:PRORROGAR a designação dos Promotores de Justiça GIANNY VIEIRA DE CARVALHO, titular da 54ª Promotoria de Justiça de Teresina, eJOSÉ EDUARDO CARVALHO ARAÚJO, titular da 53ª Promotoria de Justiça de Teresina, para auxiliarem a 4ª, 19ª, 22ª, 26ª e 30ª Promotoriasde Justiça de Teresina, com as atribuições estabelecidas na Resolução CPJ nº 03/2018, mediante distribuição equitativa dos procedimentos, peloperíodo de 01 (um) ano, com efeitos a partir do dia 29 de maio de 2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1034/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA,CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA,no uso das atribuições legais,R E S O L V ECONCEDER, de 06 de maio a 01 de novembro de 2020,180 (cento e oitenta) dias de licença maternidade àPromotora de JustiçaMIRNA ARAÚJONAPOLEÃO LIMA, titular daPromotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio,de acordo com o inciso IV do art. 103 e o art. 107 da LeiComplementar nº 12, de 18 de dezembro de1993.Retroajam-se os efeitos da presente Portaria ao dia 06/05/2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1035/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais, considerando odespacho contido no protocolo e-doc nº 07010080907202026,CONSIDERANDO a expedição da Portaria PGJ/PI nº 682/2020, alterada pela Portaria PGJ/PI nº 936/2020,R E S O L V EPRORROGAR por mais 15 (quinze) dias, a partir da publicação da presente Portaria, o prazo para conclusão dos trabalhos da Comissãoinstituída por meio da Portaria PGJ/PI nº 682/2020, alterada pela Portaria PGJ/PI nº 936/2020, cujo objeto é a realização de estudos paradefinição de novo ato de gestão e fiscalização de contratos administrativos neste Ministério Público Estadual.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1045/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,CONSIDERANDO a expedição da Portaria PGJ/PI nº 928/2020, que designou Promotores de Justiça para integrarem os Grupos Regionais dePromotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19,R E S O L V EDESIGNAR o servidor CARLOS EDUARDO RAMOS DA SILVA, matricula 15416, para, sem prejuízo de suas atribuições junto ao Grupo deAssessoramento Técnico Especializado - GATE, auxiliar o Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 emPicos.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

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2. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

2.1. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRO DURO-PI11738

PORTARIA PGJ/PI Nº 1046/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,CONSIDERANDO a expedição da Portaria PGJ/PI nº 928/2020, que designou Promotores de Justiça para integrarem os Grupos Regionais dePromotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19,R E S O L V EDESIGNAR o servidor BRUNNA GABRIELLE ALMEIDA FONSECA, matricula 15302, para, sem prejuízo de suas atribuições junto ao Grupo deAssessoramento Técnico Especializado - GATE, auxiliar o Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 emPicos.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOAutos de SIMP: 000181-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) Nº 000181-325/2020, instaurada a partir de Representação apresentada pelo Município de Barro Duro/PI, emface de conduta praticada pelo Sr. Cantálio Soares Ribeiro, via aplicativo de mensagens instantâneas, "whatsapp", a qual, segundo o Município,configuraria a prática de 03 (três) ilícitos penais, quais sejam: a) crime de ameaça; b) crime de perigo à vida ou saúde de outrem; c) crime deincitação à prática de crime, dispostos, respectivamente, nos art. 147, art. 132 e art. 286 do Código Penal.Mídia acostada aos autos, às fls. 08.Eis o relatório. Passo a Decisão.Como é consabido, ao Ministério Público é afeta a missão constitucional de guardião do interesse público primário, nos termos dos arts. 127-129,da CF/88, nela incluída a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.Diante da análise da Representação apresentada, bem como pela mídia encaminhada, anexa aos autos, o "Parquet" não vislumbra que opresente caso seja hipótese de ajuizamento de Ação Penal ou sequer objeto para investigações, pelos motivos a seguir expostos.O Município se refere à prática do crime de ameaça, crime de perigo à vida ou saúde de outrem e crime de incitação à prática de crime,dispostos, respectivamente, nos art. 147, art. 132 e art. 286 do Código Penal, supostamente praticada pelo Sr. Cantálio.Averiguando individualmente cada tipo penal, vemos que, primeiramente, quanto ao crime de ameaça, previsto no art. 147 do CP, não houve aprática deste delito, uma vez que não houve vítima determinada, sendo uma "ameaça" genérica e as palavras, pelo que se extrai do áudio, nãoforam proferidas em tom de seriedade.Ameaçar significa procurar intimidar alguém, anunciando-lhe um mal futuro, ainda que próximo. Por si só, o verbo já nos fornece uma clara noçãodo que vem a ser o crime, embora haja o complemento, que se torna particularmente importante, visto não ser qualquer tipo de ameaça relevantepara o Direito Penal, mas apenas a que lida com um "mal injusto e grave".Na jurisprudência: TJMG: "O elemento objetivo do tipo penal disposto no art. 147 do CP é a promessa de mal injusto ou grave em desfavor dasvítimas. Assim, o mero relato acerca da ciência do local em que residem as ofendidas, de forma vaga e sem menção a possíveis e futurasretaliações por parte do réu, não configura o delito de ameaça" (Ap. Crim. 1.0382.13.007651-8/001-MG, 2.ª C. Crim., rel. Nelson Missias deMorais, 09.07.2015, v.u.).Sabe-se, ainda, que, para a configuração do tipo penal previsto no art. 147 do CP, é necessário o seu elemento subjetivo, que é o dolo,consistente na vontade livre e consciente de intimidar alguém. Assim, é imprescindível que a ameaça seja efetuada em tom de seriedade, aindaque não possua o agente a real intenção de realizar o mal prometido.Assim, a simples bravata e a mera incontinência verbal não caracterizam o crime de ameaça.Quanto ao delito previsto no art. 132 do Código Penal, o legislador visa a proteção integral da vida humana, resguardando-a não sóefetivamente, mas, também, preventivamente.Para tanto, o art. 132 vem caracterizar como crime a exposição da vida ou saúde de outrem a perigo, no qual o bem jurídico em tela neste artigoé, exatamente, a vida e a saúde.O seu tipo objetivo é a exposição de outrem a situação que coloque em xeque sua vida ou sua saúde, tendo por elemento subjetivo o dolo diretoou dolo eventual. Neste tipo penal, a consumação opera-se mediante a exposição de pessoa a perigo direto iminente da sua vida ou dasua saúde, o que não se vislumbra no presente caso.Isso porque o suposto autor do crime, "in casu", tampouco iniciou a praticar os atos executórios, podendo-se estabelecer, ainda, que ocomentário que emitiu em aplicativo instantâneo de mensagens revela-se como mera exteriorização de uma fala. Não bastasse isso,ainda que estivesse, supostamente, planejando praticar um crime, a fase de cogitação no iter criminis não é punível.Na cogitação, portanto, não existe ainda a preparação do crime, o autor apenas mentaliza, planeja em sua mente como vai ele praticar o delito,nesta etapa não existe a punição do agente, pois o fato dele pensar em fazer o crime não configura ainda um fato típico e antijurídicopela lei, sendo irrelevante para o direito penal.Enquanto encarcerada nas profundezas da mente humana, a conduta é um nada, totalmente irrelevante para o direito penal. Somente quando serompe o claustro psíquico que a aprisiona, e materializa-se concretamente a ação, é que se pode falar em fato típico (CAPEZ, 2008, p.241).No mesmo sentido, vê-se que não houve a prática do delito insculpido no art. 286 do CP, qual seja, o de incitação à prática de crime, vez quenão houve o início de execução de atos que ensejassem a configuração de fato típico e antijurídico pela lei.Além disso, o delito consiste em "incitar (estimular) a prática de crime (específico) publicamente (número indeterminado de pessoas em localpúblico ou aberto ao público)".No presente caso, a mensagem emitida pelo Sr. Cantálio foi proferida em grupo restrito de WhatsApp, o que não poderia ser configurado comomeio "público", de conhecimento de todos, isso porque o aplicativo de mensagens instantâneas é restrito a determinadas pessoas, ainda quetenha amplo potencial de propagação.Nesse sentido, a 6ª Turma de Recursos de Lages decidiu absolver candidato a prefeito na Serra Catarinense, denunciado por incitação ao crimede boca de urna mediante remessa de áudio em grupo de "whatsapp".O colegiado entendeu que o áudio gravado no dia da eleição e enviado para grupo fechado do aplicativo de mensagens não pode serconsiderado público e de acesso irrestrito a qualquer pessoa. Essa circunstância retira a exigência de manifestação pública, essencial ao crimepelo qual havia sido denunciado o candidato."Embora mensagens e áudios enviados por aplicativo de telefone celular possam ter propagação ampla e irrestrita, por obra e ação de seusdestinatários primários, o seu conteúdo não deixa de ser inicialmente privado e restrito, acessível aos participantes específicos do grupo",registrou o acórdão.Veja-se:INCITAÇÃO AO CRIME. ART. 286 DO CÓDIGO PENAL. PEDIDO FEITO POR CANDIDATO, NO DIA DAS ELEIÇÕES, DIRIGIDO PARA

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GRUPO RESTRITO DE MENSAGENS [WHATSAPP], PARA QUE FIZESSEM BOCA DE URNA EM SEU FAVOR. PUBLICIDADE. ELEMENTODO TIPO. INEXISTÊNCIA. RECURSO PROVIDO. Segundo a doutrina a respeito da incitação ao crime, "o tipo penal tutela a paz pública, isto é, osentimento de segurança e proteção necessários ao convívio social", de modo que "é imprescindível que a incitação à prática de crime sejapública, ou seja, destinada a um número indeterminado de pessoas, pois do contrário não há falar em ofensa à paz pública. Não é consideradalugar público, por exemplo, a residência familiar, ainda que presentes várias pessoas" (Curso de direito penal, volume 3, parte especial : arts. 213a 359-H. 16. ed. atual - São Paulo : Saraiva Educação, 2018, p. 371-372). Não pratica incitação ao crime o candidato que, no dia das eleições,grava áudio e o remete a grupo privado de pessoas, pedindo que façam boca de urna em seu favor, porque não há veiculação pública dessaincitação, que possa comprometer a paz social, objeto de tutela da norma penal incriminadora. Embora mensagens e áudios enviados poraplicativo de de telefone celular possam ter propagação ampla e irrestrita, por obra e ação de seus destinatários primários, o seu conteúdo nãodeixou de ser inicialmente privado, restrito aos participantes específicos do grupo, o que impede a caracterização da incitação ao crime. (TJ-SC -APL: 09001018320168240009 Bom Retiro 0900101-83.2016.8.24.0009, Relator: Leandro Passig Mendes, Data de Julgamento: 26/09/2019,Sexta Turma de Recursos - Lages).Assim, verifica-se que não houve a prática de delito de incitação ao crime, tampouco dos outros tipos penais elencados na representação.De se estranhar também, no bojo da indigitada Representação, a tentativa de imputar ao precitado nacional, por uma só conduta, a prática de 03(três) crimes, o que fere regras básicas do direito penal, a exemplo da proibição do "bis in idem".De igual forma estranho também verificar a insistência de tentar submeter à persecução penal tal mensagem de "whatsapp", tendo em vista que aprópria causídica que assina a Representação que deflagrou o presente procedimento, sem apresentar nenhum conteúdo novo, era conhecedorada manifestação do Ministério Público, ainda que informal, acerca da inexistência de crime no caso.Portanto, para fins de fixação de futuro e eventual dolo, anota o Ministério Público que a insistência de tentar submeter à persecução penal talfato, ou outros análogos, poderá ensejar a responsabilização do representante pelo crime de denunciação caluniosa.À vista do exposto, não havendo indícios de autoria e materialidade delitiva, o Parquet promove o arquivamento do presente feito, pornão haver ilícito criminal na conduta imputada ao representado, Sr. CANTÁLIO SOARES RIBEIRO, mesmo que, inequivocamente, hajaconduta inadequada, notadamente por tratar-se de um professor, e submete o presente feito ao Poder Judiciário, para os fins do art. 28do CPP.À secretaria da Promotoria de Justiça de Barro Duro, determino:Encaminhe-se este feito ao Fórum local, em sua totalidade original, para que possa ser tombado no Sistema ThemisWeb como representaçãocriminal e possa o Juiz de Direito daquela unidade judicial exercer o necessário controle da promoção de arquivamento aqui operada, nos termosdo art. 28 do CPP;No âmbito do SIMP, encaminhe-se o presente feito como "remessa a órgão externo".Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Via ofício de ordem, comunique-se o Município de Barro Duro, por meio desua advogada constituída, Dra. Pollyana Rodrigues Leal, e por meio de seu Prefeito, para conhecimento das medidas adotadas, com cópiaintegral do feito, podendo, para tanto, valer-se de "e-mail", conforme autoriza o art. 18 do Ato PGJ n. 03/2016.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 14 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHOPROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAutos de SIMP: 000090-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) SIMP Nº 000090-325/2020, autuada a partir de documento intitulado "Encaminhamento de nº 02/2020", enviadopelo Centro de Referência da Assistência Social - CRAS, do município de Barro Duro, com solicitação de orientações jurídicas em relação aocaso de Ralwene Mirele, maior de 18 anos e de sua filha, Geovana Victória, menor, com 01 (um) ano de idade à época dos fatos.Despacho Ministerial as fls. 04-07, determinando providências iniciais, dentre elas, a solicitação do Delegado de Polícia Civil, para que apurassesuposta notícia de estupro veiculada nos documentos do CRAS, que seguem acostados ao feito e solicitou-se, ainda, realização de exame deDNA entre as partes envolvidas.Em cumprimento, a Delegacia de Barro Duro encaminhou as diligências realizadas, conforme fls. 28-31 dos autos.Documentos comprobatórios anexado aos autos.Eis o breve relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do diligências realizadas, conforme fls. 28-31 dos autos, pela Delegacia de Polícia de Barro Duro, emque realizou-se oitiva de pessoas envolvidas e, do que se colheu nas declarações, vê-se que não se vislumbra a ocorrência do crime em tela,tendo a própria suposta vítima declarado que mentiu à época e que seu pai não havia lhe violentado.À vista do exposto, exaurindo-se o objeto deste feito, e não se vislumbrando outras diligências a serem realizadas, ARQUIVO a presente NFno SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos ao Conselho Superior do Ministério Público(CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se ao Conselho Tutelar de Barro Duro, para conhecimento dasmedidas adotadas.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 13/2019AUTOS DE SIMP Nº 000937-325/2018Trata-se de Procedimento Administrativo, instaurado pelo Ministério Público, tendo por objeto acompanhar suposta prática de ameaça e morte deanimais por arma de fogo.Requisições de Investigação e Instauração de Inquérito Policial às fls. 09;40.Em resposta, consta às fls. 45-47 investigação policial dos fatos veiculados.É o relatório. Passo à decisão.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.

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2.2. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ALTOS-PI11739

Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.Compulsando os autos, verifica-se que diligências foram realizadas pela Delegacia de Polícia competente e, em resposta, foramjuntados aos autos interrogatório de JOÃO RODRIGUES DA CUNHA, às fls. 45-47, demonstrando, assim, que há investigação policialdos fatos veiculados e, portanto, desnecessária a continuidade do presente procedimento.Nessa toada, o arquivamento do presente procedimento administrativo é de rigor, achando-se, nesta sede, solucionado o fato narrado.Diante do exposto, promovo o arquivamento do presente procedimento administrativo, sem prejuízo de seu desarquivamento, acaso surjamnovos elementos palpáveis de prova, nos termos da Resolução n. 174/2017 do CNMP, com as devidas comunicações ao Conselho Superior doMinistério Público do Estado do Piauí.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Barro Duro - PI, 14 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 01/2019AUTOS DE SIMP Nº 000045-283/2019Trata-se de Procedimento Administrativo, instaurado pelo Ministério Público, tendo por objeto acompanhar Correição Interna Anual na Promotoriade Justiça de Barro Duro - PI, conforme determinação contida no art. 5º do Ato Conjunto PGJ/CGMP-PI, nº 01 de 13 de janeiro de 2017.Portaria de instauração às fls. 02-04.Ata de Abertura de Correição Anual Interna na Promotoria de Justiça de São Félix.É o relatório. Passo à decisão.Compulsando os autos, verifica-se que a referida Correição se encerrou, inexistindo razões para a continuidade deste procedimento.Nessa toada, o arquivamento do presente procedimento administrativo é de rigor, achando-se, nesta sede, solucionado o fato narrado.Diante do exposto, promovo o arquivamento do presente procedimento administrativo, sem prejuízo de seu desarquivamento, acaso surjamnovos elementos palpáveis de prova, nos termos da Resolução n. 174/2017 do CNMP, com as devidas comunicações ao Conselho Superior doMinistério Público do Estado do Piauí.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Barro Duro - PI, 14 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PI

PORTARIA Nº 019/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 011/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por entremeio do Promotor de Justiça que ao final subscreve, no uso das atribuições que lhesão conferidas pelos artigos 129, incisos III, VI e IX, da Constituição da República de 1988; artigo 26, inciso I, e alíneas, da Lei Federal nº8.625/93, artigo 7º, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 75/93 e artigo 8º, III e IV, da Resolução nº 174/2017, do CNMP;CONSIDERANDO que, a teor do art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal 8.625/93, Lei Orgânica Nacional do Ministério Público(LONMP), cabe ao Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar degarantir-lhes o respeito pelos poderes estaduais ou municipais e, no exercício dessas atribuições, promover Ações Civis Públicas, InquéritosCivis, Procedimentos Administrativos, Recomendações dirigidas a órgãos e entidades, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada eimediata, assim como resposta por escrito;CONSIDERANDO a necessidade da padronização dos procedimentos extrajudiciais do Ministério Público;CONSIDERANDO a determinação contida no artigo 9º da Resolução nº 174/2017, a qual estabelece que "o procedimento administrativo seráinstaurado por portaria sucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para oinquérito civil";CONSIDERANDO que o art. 196 da Constituição Federal estatui que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que é atribuição do Ministério Público promover as medidas necessárias para que o Poder Público, por meio dos serviços derelevância pública, respeite os direitos assegurados na Constituição Federal, como os direitos sociais à saúde e ao irrestrito acesso aatendimentos e tratamentos condizentes com o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO a identificação de um novo tipo de vírus que ataca o sistema respiratório, nomeado pela Organização Mundial da Saúde(OMS) como SAR-CoV - 2, que vem se espalhando por diversos países, tendo casos já confirmados no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, e classificou sua contaminação, nodia 11/03/2020, como uma pandemia, cobrando ações dos governos compatíveis com a gravidade da situação a ser enfrentada;CONSIDERANDO a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação dasaúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências;CONSIDERANDO que a melhor maneira de prevenir essa doença (COVID-19) é adotar ações para impedir a propagação do vírus;CONSIDERANDO que o art. 200 da Constituição Federal determina que "ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nostermos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção demedicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,bem como as de saúde do trabalhador";CONSIDERANDO que a alínea "b" do inciso IV do art. 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 elenca a vigilância sanitária dentre osserviços de incumbência da direção municipal do Sistema de Saúde (SUS);CONSIDERANDO a Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC nº 350, de 19 de março de 2020, que define os critérios e os

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procedimentos extraordinários e temporários para a fabricação e comercialização de preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais semprévia autorização da Anvisa e dá outras providências;CONSIDERANDO que a Vigilância Sanitária no exercício de suas funções tem o poder-dever, no exercício do poder de polícia administrativo,desde que amparado no Código de Postura do respectivo município, apreender produtos e matéria-prima que se encontrem em desacordo com alegislação sanitária;CONSIDERANDO a classificação da situação atual do Novo Coronavírus como pandemia;CONSIDERANDO a situação de crise na saúde pública vivenciada atualmente em todo o mundo, decorrente da rápida propagação do NovoCoronavírus (COVID-19), tendo sido classificada como Pandemia pela Organização Mundial de Saúde em 11 de março de 2020;CONSIDERANDO a importância da prevenção nos estágios iniciais do contágio, como forma de controlar a velocidade de propagação do vírus,que tem sido entendida como a medida mais efetiva para proteger os cidadãos e obstar o colapso do sistema de saúde, conforme comprovadaexperiência na Coréia do Sul, Singapura e Hong Kong, que, adotando medidas restritivas na aglomeração de pessoas, mantiveram baixo onúmero de casos;CONSIDERANDO, outrossim, a realização de reunião ocorrida hoje (14) com a Coordenação da Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e PolíciaMilitar de Altos, no qual noticiavam dificuldades para desenvolver suas atividades referentes as medidas de fiscalização estabelecidas pelosdecretos municipal e estadual;CONSIDERANDO por derradeiro, que não se tem encontrado outra medida de prevenção de contágio mais eficaz do que o isolamento social,para combate do COVID-19, medida imperiosa que, de um lado, custa a suspensão temporária (até ulterior determinação) do contato físicofamiliar, mas de outro, garante, no máximo quanto possível, a vida, a incolumidade física e a salvaguarda da saúde da pessoa idosa, na atualconjuntura de pandemia comunitária, já que o contágio da doença pode acarretar a morte;RESOLVEInstaurar, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, visando o acompanhamento das ações da Vigilância Sanitária do Município deAltos/PI para garantir o enfrentamento da pandemia COVID-19.Determino inicialmente:A) REGISTRE-SE e AUTUE-SE a presente Portaria, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-se no DOEMP;B) COMUNIQUE-SE ao Egrégio CSMP acerca da instauração do presente procedimento, bem como encaminhe-se cópia da presente portaria aoCentro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, para conhecimento;C) NOMEIA-SE como secretária do presente PA, Rylene Borges, técnica do MP/PI, como determina o Art. 4º, inciso V da Resolução nº 23 doCNMP;D) OFICIE-SE a vigilância sanitária, requisitando cópia da legislação municipal que institui o código sanitário do Município, bem como aelaboração de relatório, declinando os estabelecimentos comerciais que se mantem funcionando (horário, atividade que exerce, endereços).E) OFICIE-SE a GUARDA MUNICIPAL para encaminhar cópia da legislação municipal que dispõe sobre sua atuação, competências, etc.;F) OFICIE-SE a Prefeitura Municipal de Altos para que na pessoa de sua Prefeita Municipal para que tenha ciência dos fatos e adote asprovidências que entender pertinentes dentro da autonomia municipal;G) OFICIE-SE a Procuradoria Geral do Estado do Piauí para que tenha ciência dos fatos e adote as providências que entender pertinentes a fimde executar as medidas estabelecidas pelos decretos estaduais;H) SEJA designada audiência virtual com a GESTORA MUNICIPAL DE ALTOS e demais participantes (vigilância sanitária, polícia militar, políciacivil e guarda municipal) pelo sistema de VIDEOCONFERÊNCIA para esclarecimentos preliminares e adoção de medidas pertinentes, em dataaprazada pela Secretaria.Por fim, considerando as recomendações de ausência de contato social, bem como a necessidade urgente de cumprimento das medidas,DETERMINO a técnica ministerial que a realização de diligência sejam as medidas cumpridas imediatamente por e-mail e por WhatsApp,certificando-se a data do cumprimento.ALERTE-SE AOS OFICIADOS que as respostas deverão ser excepcionalmente encaminhadas para o e-mail da Promotoria de Justiça([email protected]).Após o decurso do prazo, certifique-se o cumprimento ou não e venham os autos conclusos com a máxima brevidade.REGISTRE-SE e CUMPRA-SE.Altos(PI), 14 de Maio de 2020.PAULO RUBENS PARENTE REBOUÇASPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 012/20202ª PJAProcedimento Administrativo nº 008/2020.Objeto: Recomendar ao Presidente da Câmara Municipal de Altos a elaborar e implementar PLANO DE CONTINGÊNCIA no enfrentamento daPandemia da COVID-19 e PLANO DE TRABALHO dos servidores lotados no Poder Legislativo Local durante o período da pandemia da COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por intermédio do Promotor de Justiça através da Promotoria de Justiça da Comarca de Altos,no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos artigos 129, incisos III, VI e IX, da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I, e alíneas,da Lei Federal nº 8.625/93 e artigo 7º, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 75/93;CONSIDERANDO que, a teor do art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal 8.625/93, Lei Orgânica Nacional do Ministério Público(LONMP), cabe ao Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar degarantir-lhes o respeito pelos poderes estaduais ou municipais e, no exercício dessas atribuições, promover Ações Civis Públicas, InquéritosCivis, Procedimentos Administrativos, Recomendações dirigidas a órgãos e entidades, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada eimediata, assim como resposta por escrito;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, nos termos do art. 196 da Constituição Federal; CONSIDERANDO que aOrganização Mundial da Saúde, em 11 de março de 2020, declarou situação de pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus(Sars-Cov-2), momento em que uma doença se espalha por diversos continentes comtransmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, nos termos da Portaria nº 188/2020, editada com base no Decreto Federal n.º 7.616/2011, declarousituação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2);CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta nº 1/2020, elaborada pelo Conselho Nacional do Ministério Público e o Ministério Público Federal,que trata da atuação dos membros do Ministério Público brasileiro, em face da decretação de Emergência de Saúde Pública de ImportânciaNacional para o coronavírus (COVID-19), em que se evidencia "a necessidade de atuação conjunta, interinstitucional, e voltada à atuaçãopreventiva, extrajudicial e resolutiva, em face dos riscos crescentes da epidemia instalar- se no território nacional";CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do NovoCoronavírus;CONSIDERANDO que o Governo Municipal de Altos, por meio do Decreto nº 170301/2020, de 17 de março de 2020, decretou situação deemergência em saúde e dispõe sobre a adoção, no âmbito da administração pública municipal de Altos, de medidas temporárias e emergenciais

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2.3. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINA-PI11741

2.4. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEMERVAL LOBÃO-PI11743

de prevenção de contágio pelo COVID-19 (NOVO CORONAVÍRUS) considerando a classificação de pandemia pela organização mundial desaúde e dá outras providências;CONSIDERANDO que, no último boletim epidemiológico COVID-19 do Município de Altos, datado de 13 de maio de 2020, registrou 15 (quinze)casos confirmados, 134 (cento e trinta e quatro) notificados, 04 (quatro) investigados da doença no Município de Altos;CONSIDERANDO que é imprescindível o acompanhamento das providências que estão sendo adotadas pela Câmara de Altos para oenfrentamento desta pandemia.RECOMENDAR ao Presidente da Câmara de Altos que promova, de imediato, todas as medidas e ações necessárias ao cumprimento dasnormas de saúde e vigilância sanitária, notadamente as normas específicas para os serviços aqui tratados, recomendando-se para tanto:1) Proceder ao indispensável cumprimento de toda e qualquer política estipulada pela OMS Organização Mundial da Saúde, pelo Ministério daSaúde, pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí e do respectivo Município, da Vigilância Sanitária do Piauí, não olvidando o tocante asprecauções contra o Coronavírus, Covid-19, informando e garantindo prontamente a execução de providencias que venham a ser determinadas;2) Proceder à elaboração de um PLANO DE CONTINGÊNCIA para a Câmara de Altos e PLANO DE TRABALHO dos servidores para oenfrentamento à pandemia da COVID-19.Requisite-se, na forma do artigo 27, parágrafo único, inciso IV da Lei nº 8.625/93, ao Presidente da Câmara de Altos para que, no prazo de 48(quarenta e oito) horas, comunique a esta Promotoria, utilizando-se do e-mail [email protected], as providências adotadas paracumprimento desta RECOMENDAÇÃO, notadamente o envio do PLANO DE CONTINGÊNCIA (enfrentamento da Pandemia) E PLANO DETRABALHO dos servidores, conforme apontado pelo item 2 acima.Encaminhe-se cópia desta Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público.Publique-se no Diário do MPPI. Registre-se.Altos/PI, 18 de Maio de 2020.PAULO RUBENS PARENTE REBOUÇASPromotor de Justiça

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINAPraça Diógenes Rebêlo, nº 338, Centro, CEP 64.180-000 - Fone: (0xx)86-3383-1301PORTARIA Nº 35/2020OBJETO: Apurar suposta irregularidade na nomeação de servidores para compor o quadro de funcionários do Município de Morro do Chapéu,por mero interesse político por parte do atual Prefeito Municipal.O Excelentíssimo Senhor Doutor Promotor de Justiça. Dr. Glécio Paulino Setúbal da Cunha e Silva, respondendo pela 2ª Promotoria de Justiçadesta cidade de Esperantina, no uso de suas atribuições legais, em vista do disposto no art. 129 da Constituição Federal e art. 26 da Lei n.8.625/1993 - Lei Orgânica do Ministério Público;CONSIDERANDO que a Administração Pública deve obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência(artigo 37 da Constituição Federal);CONSIDERANDO que a violação aos princípios da Administração Pública pode ensejar a responsabilização do agente público por ato deimprobidade administrativa, conforme preconiza o artigo 11 da Lei 8.429/92;CONSIDERANDO que a fiscalização por parte do Ministério Público e da sociedade civil deve ser uma constante, de modo a por fim à prática deilícitos por parte dos agentes políticos na Administração Pública;CONSIDERANDO a necessidade de todo gestor obedecer aos princípios que regem toda e qualquer função administrativa, principalmente osprincípios constitucionais explícitos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37, caput da Constituição federal de1988);CONSIDERANDO que os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, aindisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível (art. 37, § 4° daCarta Magna);CONSIDERANDO que a lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causemprejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento (art. 37,§ 5° da Carta Magna);CONSIDERANDO que os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pagopelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º, parágrafo único, lei n° 8.112/1990);CONSIDERANDO documentos apresentados, via Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Piauí, nº 643/2020, dando conta de supostaexistência de nomeação de servidores para compor o quadro de funcionários do Município de Morro do Chapéu, por mero interesse político porparte do atual Prefeito Municipal;RESOLVE instaurar INQUÉRITO CIVIL, nos termos do art. 129, II e III da CRFB, e do art. 26, I da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público,para investigar e apurar as condutas narradas nesta Portaria, determinando as seguintes diligências:Registre-se no sistema SIMP e livro próprio;Encaminhe-se a presente Portaria à Secretaria Geral do Ministério Público para publicação no Diário Oficial, comunique-se ao Conselho Superiordo Ministério Público, ao CACOP, bem como seja fixada no local de costume;OFICIE-SE o Secretário de Administração e o Prefeito Municipal do Morro do Chapéu para que, no prazo de 10 (dez) dias, prestemesclarecimentos sobre o fatos narrados na manifestação n° 643/2020.Nomeio a servidora Thamires Amorim Gomes Vilanova para secretariar os trabalhos.Cumpridas as diligências, conclusos os autos. Esperantina, 12 de maio de 2020.(assinado digitalmente)Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaRespondendo pela 2ª PJ de Esperantina-PI

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍPromotoria de Justiça DE demerval lobão/pIRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 021/2020 - PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEMERVAL LOBÃO/PIO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da Promotoria de Justiça de Demerval Lobão/PI, com fundamento no art. 27,parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da LeiComplementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do art. 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que a Promotoria de Justiça de Demerval Lobão/PI, instaurou o Procedimento Administrativo nº 010/2020, com o objetivode acompanhar o surgimento e propagação do COVID-19 no município de Lagoa do Piauí/PI;

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CONSIDERANDO que, no último dia 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde - OMS declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, especialmente no território chinês;CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que o novo coronavírus, causador da doença denominada COVID-19, é um agente biológico que está enquadrado comoclasse de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade), conforme classificação da Portaria nº 2.349/2017, do Ministério daSaúde;CONSIDERANDO que essa classe de risco inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e quecausam patologias potencialmente letais;CONSIDERANDO que, quanto à disseminação, sabe-se, até o momento, que o novo coronavírus (SARSCoV-2) é transmitido pelo contato direto,principalmente por meio de gotículas respiratórias e pelo contato indireto por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas;CONSIDERANDO que, para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãoscom água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lono lixo, bem como evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas;CONSIDERANDO que, em face da gravidade dessa doença, para além dos cuidados com a transmissão decorrente do contato entre pessoas, énecessário atentar para o perigo que o manuseio dos resíduos e rejeitos domiciliares representa, uma vez que, segundo evidências científicas, ocoronavírus possui um tempo relativamente extenso de permanência nos objetos, com potencial infectante durante todo esse período;CONSIDERANDO que, nesse sentido, a Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária - ABES expediu, no último dia 20 de março,Informe Técnico sobre ações relativas à gestão de resíduos nesta situação de pandemia, em que consta o tempo de permanência desse vírus nasuperfície de cada tipo de material, que varia de duas horas até cinco dias;CONSIDERANDO que, diante dessa grande facilidade em aderir aos diversos tipos de materiais, mostra-se relevante que sejam adotadasmedidas sanitárias e ambientais que possam minimizar o risco de contaminação da doença provocada pelo coronavírus, quando do descartedesses resíduos para a coleta domiciliar e, logo depois, durante seu manuseio, transporte e destinação final pelo Municípios e/ou empresascontratadas;CONSIDERANDO que, além disso, há cuidados que devem ser observados durante o serviço público de limpeza de vias e espaços públicos;CONSIDERANDO que o saneamento básico, dentro do qual se inclui a coleta domiciliar de lixo e limpeza de vias públicas, é um direito humanoessencial, assim reconhecido pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e, na sistemática constitucional brasileira, estáintrinsecamente ligado à cidadania (art. 1º, inciso II), à dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III), aos direitos à vida (art. 5º), à saúde, aotrabalho à alimentação, à moradia (art. 6º) e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225), inclusive do meio ambiente do trabalho(conforme art. 200, VIII), cuja garantia se insere no primado da prevalência dos direitos humanos (art. 4º, inciso II, todos da Constituição Federal);CONSIDERANDO que a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), no art. 3º, inciso VII, prevê que a destinação finalambientalmente adequada inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outrasdestinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, dentre elas, a disposição final, obedecendo a normasoperacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minorar os impactos ambientais adversos;CONSIDERANDO que o art. 6º da Lei nº 12.305/2010 estabelece os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, dentre os quais, comrelação às medidas sugeridas, se destacam a prevenção e a precaução; a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere asvariáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; a cooperação entre as diferentesesferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade e a razoabilidade e proporcionalidade;CONSIDERANDO que, afora os aspectos estritamente sanitários e ambientais, deve-se pontuar que é direito dos trabalhadores, além de outrosque visem à melhoria de sua condição social, a redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança, deacordo com o art. 7º, XXII, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que as medidas de prevenção e controle propostas nessa recomendação, a serem viabilizadas pelos profissionais que atuamnos serviços de saneamento básico e pela própria sociedade, encontram ampla fundamentação legal,RESOLVE:RECOMENDAR ao MUNICÍPIO DE LAGOA DO PIAUÍ/PI, pessoa jurídica de direito público interno, representado pelo Sr. Prefeito MunicipalAntonio Francisco de Oliveira Neto, responsável pelos serviços públicos de coleta domiciliar de lixo e limpeza de vias públicas da ditaedilidade-mirim, para que, durante o período de pandemia causada pelo novo coronavírus, no planejamento e execução dessas atividades,adote, no prazo de 10 (dez) dias, as seguintes medidas:a) Identificar, avaliar e proteger de riscos os seus profissionais;b) Garantir aos profissionais que atuam diretamente na coleta domiciliar de lixo e limpeza de vias públicas os Equipamentos deProteção Individual, conforme orientações do Ministério da Saúde;Implantar um programa de educação e treinamento para os servidores que atuam diretamente na coleta domiciliar de lixo e limpeza devias públicas para que, individualmente, observem os seguintes cuidados: higienizar as mãos com água, sabão, álcool em gel a 70%; manusearelementos cortantes com todo o cuidado; limpar, desinfetar e higienizar os espaços e equipamentos de trabalho; utilizar equipamentos deproteção individual (luvas, máscaras e botas); evitar contato com elementos pontiagudos; não compartilhar objetos de uso pessoal; evitar osvapores emitidos na compactação dos resíduos; comunicar ao setor competente qualquer sintoma de COVID-19; manter distância mínima de ummetro entre outro funcionário;d) Promover campanhas internas com cartazes informativos em local de fácil visualização pelos servidores, contendo orientações eprevenções, notadamente sobre a importância da utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's);e) Disponibilizar álcool em gel a 70% e sabão para lavagem das mãos em todos os ambientes de trabalho;f) Manter o ambiente de trabalho aerado e os veículos e equipamentos limpos;g) Na medida do possível, umedecer os locais de varrição e, sempre que possível, utilizar processo mecanizado, com umedecimento,para evitar a propagação de contaminantes;h) Desinfetar as cabines dos veículos e equipamentos nas mudanças de turno, inclusive com a aplicação de Hipoclorito de Sódio 1% nointerior do veículo de transporte de resíduos;i) Liberar do trabalho os profissionais de limpeza urbana com problemas pulmonares, doenças respiratórias e outras crônicas, comodiabetes, além das trabalhadoras gestantes e lactantes e aqueles que tenham mais de 60 anos.j) Intensificar a limpeza e higienização de equipamentos, garagem, alojamentos e veículos de limpeza urbana.SOLICITAR que seja informado a este Órgão Ministerial, através do e-mail [email protected] no prazo de 05 (cinco) dias, sobre oacatamento dos termos desta Recomendação.Por fim, fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público: (a) constituir em mora odestinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidas administrativas e açõesjudiciais cabíveis; (b) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude; (c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade paraviabilizar futuras responsabilizações por eventual ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido; e (d) constituir-seem elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se a RECOMENDAÇÃO à Secretaria-Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no Diário Eletrônico doMinistério Público.Cumpra-se.

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

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Page 9: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

2.5. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO II-PI11744

2.6. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE AMARANTE-PI11746

Demerval Lobão, 18 de maio de 2020.(assinado digitalmente)Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de SouzaPromotora de Justiça

PORTARIA 16/2020O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da Promotora de Justiça signatária, no uso de suas atribuições previstas nos arts. 127 e 129 daConstituição Federal, arrimado na Resolução nº 174/2017, alterada pela Resolução nº 189/2018, ambas do Conselho Nacional do MinistérioPúblico, e:CONSIDERANDO que, consoante prevê o Art. 227 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, é dever da família, da sociedadee do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, aolazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo detoda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;CONSIDERANDO os dados disponibilizados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos - MMFDH, somente no ano de 2018, oDisque 100, canal de denúncia oficial do MMFDH, recebeu 17.093 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, dentre essas,80,86% das denúncias recebidas são relacionadas ao abuso sexual e 15,78% à exploração sexual;CONSIDERANDO que o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ, realizou webnário com o tema "Combatendoa violência sexual contra crianças e adolescentes em tempos de pandemia da COVID-19, evento realizado nos dias 14 e 18 de maio de 2020";CONSIDERANDO a Lei nº 9.970/2000, que consagrou o dia 18 de maio como Dia Nacional de Combate à Violência Sexual contra Crianças eAdolescentes;CONSIDERANDO a Lei nº 13.431/2017, que estabeleceu o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha deviolência, bem assim instituiu que a Criança e o Adolescente serão ouvidos sobre a situação de violência por meio de escuta especializada edepoimento especial;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 13/2020/1ªPJPII, com a finalidade de divulgar informações, acompanhar e fiscalizar ocumprimento das medidas que devem ser adotadas no trato com crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, pelos órgãos eprofissionais que integram a rede de proteção à vítima (ex: CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Direitos da Criança eAdolescente - CMDCA, Secretária de Assistência Social, Secretária de Saúde e Secretária de Educação, etc.), com fundamento no art. 8º, incisoII, da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determinando-se seja:DETERMINAR como providências iniciais:a) a juntada de material didático e informativo de combate à violência sexual contra criança e adolescente disponibilizado pelo Centro de ApoioOperacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ;b) seja expedido ofício ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente - CMDCA, Conselho Tutelar, Secretária de AssistênciaSocial, Secretária de Saúde e Secretária de Educação dos Municípios de Pedro II/PI, Lagoa de São Francisco/PI, Domingos Mourão/PI e MiltonBrandão/PI, para encaminhamento do material disponibilizado pelo CAODIJ;c) seja encaminhado o material disponibilizado pelo CAODIJ às Rádios e Portais de Notícia que atuam na Comarca de Pedro II, para divulgação;NOMEAR para secretariar os trabalhos os assessores desta Promotoria de Justiça, Philippe Lemos Nunes e Samara Cristina Marreiros dosSantos.Autue-se e registre-se no livro correspondente no SIMP.Cumpra-se.Pedro II, 18 de maio de 2020.Karla Daniela Furtado Maia CarvalhoPromotora de Justiça Titular da 1ª PJ de Pedro II

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE AMARANTE-PI

Av. Afrânio Filho, 362, Escalvado, Amarante-PIe-mail: [email protected]ÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 34/2020(Procedimentos Administrativos nº 01/2020 e 02/2020) (Simp nº 000199/194-2020 e 000200/194-2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante abaixo assinado, atuando na Promotoria de Justiça de Amarante/PI, nouso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts.127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", daLei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93, e:CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, e que a situação atual demanda o emprego urgente de medidasde prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06/02/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO o Decreto estadual nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determinou algumas ações excepcionais voltadas para oenfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente da COVID-19, dentre as quais a suspensão de todas as atividades em bares,restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estética; das atividades de saúde odontológica, públicas e privadas,exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; de eventos esportivos; e das atividades comerciais em shoppingcenters;CONSIDERANDO o Decreto estadual n° 18.902, de 23 de março de 2020, estabeleceu medidas no sentido de suspender as atividadescomerciais e de prestação de serviços no âmbito do Estado do Piauí, ressalvando apenas algumas atividades de caráter essencial, tudo com oobjetivo primordial de evitar a aglomeração de pessoas nos espaços públicos;CONSIDERADO o disposto no art. 4º do Decreto nº 18.902 supracitado, que determina que as pessoas que ingressarem no Estado por viarodoviária, aeroportuáriaou marítima, observem a quarentena mínima de 07 (sete) dias, bem como estabelece que as pessoas que estiverem apenas de passagem oucuja permanência seja inferior a 07 (sete) dias deverão seguir protocolo equivalente à quarentena;CONSIDERANDO o disposto no art. 1º do Decreto nº 18.966, de 30/04/2020, que prorrogou até 21 de maio de 2020 as medidas sanitáriasdeterminadas pelo Decreto nº 18.901 e pelo Decreto nº 18.902, e no seu § 1º, que prorrogou até a mesma data as medidas sanitárias

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

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Page 10: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

2.7. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PALMEIRAIS-PI11747

determinadas pelo Decreto nº 18.947, de 22/04/2020;CONSIDERANDO o disposto no parágrafo único do art. 3º do Decreto nº 18.966/2020, prescrevendo que as medidas determinadas pelosdecretos indicados no caput ( nrs. 18.901, 18.902, 18.913 e 18.947) constituem medidas sanitárias destinadas a impedir a propagação da COVID-19, podendo sujeitar o infrator à responsabilização penal, nos termos do art. 268, do Código Penal, independentemente deresponsabilização nas esferas civil e administrativa.CONSIDERANDO que, o Governo do Estado do Piauí editou norma decretando estado de calamidade pública para os fins do art. 65 da Lei deResponsabilidade Fiscal (Decreto estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020), que foi devidamente reconhecido pela Assembleia Legislativa doEstado do Piauí pela edição do Decreto Legislativo nº 565, de 23 de março de 2020;CONSIDERANDO que observou-se que alguns órgãos vinculados à administração pública estadual e municipal decidiram manter a realizaçãode sessões públicas presenciais de licitações relacionadas à contratação de objetos que não dizem respeito ao enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que a conduta de manter as sessões públicas presenciais de licitações em locais fechados, tidas por "não essenciais", além deir contra as recomendações acima, pode gerar graves prejuízos à competitividade e à isonomia, tendo em vista que diversos licitantes tiveramsuas atividades suspensas no Piauí a partir de 23.03.2020;CONSIDERANDO que em razão de diversos órgãos estaduais e municipais reduzirem o quadro de servidores e/ou limitarem o acesso público assuas dependências, os licitantes poderão ter dificuldades na obtenção de certidões necessárias para participação nos certames ou, ainda, vercomprometida a comprovação de habilitação técnica mediante a apresentação de atestados de qualificação técnica;CONSIDERANDO que diversos potenciais interessados poderão abster-se de participar das sessões de procedimentos licitatórios presenciaiscom receio de se contaminar ou transmitir o vírus, havendo, inclusive, risco aos servidores que compõem as Comissões de Licitações ou ocupamcargos de Pregoeiro ou equipe de apoio a este, que ficam expostos e nem sempre recebem adequados EPIs (equipamentos de proteçãoindividual) para a continuidade dos trabalhos;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 02/2020 emitida pelo Centro de Apoio Operação de Combate à Corrupção - CACOP, onde sugere àsPromotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Piauí a expedição de Recomendação para os gestores públicos para suspenderemas sessões de licitações públicas presenciais agendadas para o período compreendido entre 23.03.2020 a 30.04.2020, ou que ainda estãopor vir,até enquanto perdurar as medidas das autoridades públicas de que se evite a aglomerações de pessoas em ambientes fechados, alémda suspensão das atividades dos setores relacionado aos objetos licitados, bem como que DECLAREM NULAS as sessões públicas deprocedimento licitatório que tenham sido realizadas em período no qual havia determinações das autoridades públicas para evitar aglomeraçõese até deslocamentos em razão da pandemia causada pela COVID-19, violando-se a competitividade e a isonomia entre os licitantes, abstendo-sede homologar ou adjudicar as referidas licitações;RESOLVE RECOMENDAR aos Municípios de Amarante-PI e Palmeirais- PI, por intermédio dos Exmos. Prefeitos municipais, Sr. DIEGOLAMARTINE SOARES TEIXEIRA e Sr. REGINALDO SOARES VELOSO JUNIOR, respectivamente, que:SUSPENDAM as sessões de licitações públicas presenciais agendadas para o período compreendido entre 23.03.2020 a 30.04.2020, ou queainda estão por vir, até enquanto perdurar as medidas das autoridades públicas de que se evite a aglomerações de pessoas emambientes fechados, bem como da suspensão das atividades dos setores relacionado aos objetos licitados;DECLAREM NULAS as sessões públicas de procedimento licitatório que tenham sido realizadas em período no qual havia determinações dasautoridades públicas para evitar aglomerações e até deslocamentos em razão da pandemia causada pela COVID-19, violando-se acompetitividade e a isonomia entre os licitantes, ABSTENDO-SE de homologar ou adjudicar as referidas licitações.Ficam os destinatários desta Recomendação advertidos de que a sua não observância implicará na adoção das medidas administrativas ejudiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, inclusive para viabilizar futurasresponsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidade administrativa e/ou em sede criminal.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seus destinatários comopessoalmente CIENTES da situação ora exposta.Fixa-se o prazo de 10 (dez) dias, a contar do seu recebimento, para que os destinatários manifestem-se sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Amarante-PI, pelo e-mail ([email protected]) as providências tomadase a documentação hábil a provar o fiel cumprimento para o seu cumprimento.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Eletrônico do Ministério Público, bem como remetam-se cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção-CACOP, e aosrespectivos destinatários.Amarante-PI, 18 de maio de 2020Afonso Aroldo Feitosa AraujoPromotor de Justiça

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PALMEIRAIS-PI

e-mail: [email protected]ÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 35/2020(Procedimentos Administrativos nº 01/2020 e 02/2020) (Simp nº 000199/194-2020 e 000200/194-2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante abaixo assinado, atuando na Promotoria de Justiça de Palmeirais/PI,no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts.127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", daLei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93, e:CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, e que a situação atual demanda o emprego urgente de medidasde prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06/02/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO o Decreto estadual nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determinou algumas ações excepcionais voltadas para oenfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente da COVID-19, dentre as quais a suspensão de todas as atividades em bares,restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estética; das atividades de saúde odontológica, públicas e privadas,exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; de eventos esportivos; e das atividades comerciais em shoppingcenters;CONSIDERANDO o Decreto estadual n° 18.902, de 23 de março de 2020, estabeleceu medidas no sentido de suspender as atividades

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2.8. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CRISTINO CASTRO-PI11749

comerciais e de prestação de serviços no âmbito do Estado do Piauí, ressalvando apenas algumas atividades de caráter essencial, tudo com oobjetivo primordial de evitar a aglomeração de pessoas nos espaços públicos;CONSIDERADO o disposto no art. 4º do Decreto nº 18.902 supracitado, que determina que as pessoas que ingressarem no Estado por viarodoviária, aeroportuáriaou marítima, observem a quarentena mínima de 07 (sete) dias, bem como estabelece que as pessoas que estiverem apenas de passagem oucuja permanência seja inferior a 07 (sete) dias deverão seguir protocolo equivalente à quarentena;CONSIDERANDO o disposto no art. 1º do Decreto nº 18.966, de 30/04/2020, que prorrogou até 21 de maio de 2020 as medidas sanitáriasdeterminadas pelo Decreto nº 18.901 e pelo Decreto nº 18.902, e no seu § 1º, que prorrogou até a mesma data as medidas sanitáriasdeterminadas pelo Decreto nº 18.947, de 22/04/2020;CONSIDERANDO o disposto no parágrafo único do art. 3º do Decreto nº 18.966/2020, prescrevendo que as medidas determinadas pelosdecretos indicados no caput ( nrs. 18.901, 18.902, 18.913 e 18.947) constituem medidas sanitárias destinadas a impedir a propagação da COVID-19, podendo sujeitar o infrator à responsabilização penal, nos termos do art. 268, do Código Penal, independentemente deresponsabilização nas esferas civil e administrativa.CONSIDERANDO que, o Governo do Estado do Piauí editou norma decretando estado de calamidade pública para os fins do art. 65 da Lei deResponsabilidade Fiscal (Decreto estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020), que foi devidamente reconhecido pela Assembleia Legislativa doEstado do Piauí pela edição do Decreto Legislativo nº 565, de 23 de março de 2020;CONSIDERANDO que observou-se que alguns órgãos vinculados à administração pública estadual e municipal decidiram manter a realizaçãode sessões públicas presenciais de licitações relacionadas à contratação de objetos que não dizem respeito ao enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que a conduta de manter as sessões públicas presenciais de licitações em locais fechados, tidas por "não essenciais", além deir contra as recomendações acima, pode gerar graves prejuízos à competitividade e à isonomia, tendo em vista que diversos licitantes tiveramsuas atividades suspensas no Piauí a partir de 23.03.2020;CONSIDERANDO que em razão de diversos órgãos estaduais e municipais reduzirem o quadro de servidores e/ou limitarem o acesso público assuas dependências, os licitantes poderão ter dificuldades na obtenção de certidões necessárias para participação nos certames ou, ainda, vercomprometida a comprovação de habilitação técnica mediante a apresentação de atestados de qualificação técnica;CONSIDERANDO que diversos potenciais interessados poderão abster-se de participar das sessões de procedimentos licitatórios presenciaiscom receio de se contaminar ou transmitir o vírus, havendo, inclusive, risco aos servidores que compõem as Comissões de Licitações ou ocupamcargos de Pregoeiro ou equipe de apoio a este, que ficam expostos e nem sempre recebem adequados EPIs (equipamentos de proteçãoindividual) para a continuidade dos trabalhos;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 02/2020 emitida pelo Centro de Apoio Operação de Combate à Corrupção - CACOP, onde sugere àsPromotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Piauí a expedição de Recomendação para os gestores públicos para suspenderemas sessões de licitações públicas presenciais agendadas para o período compreendido entre 23.03.2020 a 30.04.2020, ou que ainda estãopor vir,até enquanto perdurar as medidas das autoridades públicas de que se evite a aglomerações de pessoas em ambientes fechados, alémda suspensão das atividades dos setores relacionado aos objetos licitados, bem como que DECLAREM NULAS as sessões públicas deprocedimento licitatório que tenham sido realizadas em período no qual havia determinações das autoridades públicas para evitar aglomeraçõese até deslocamentos em razão da pandemia causada pela COVID-19, violando-se a competitividade e a isonomia entre os licitantes, abstendo-sede homologar ou adjudicar as referidas licitações;RESOLVE RECOMENDAR aos Municípios de Amarante-PI e Palmeirais- PI, por intermédio dos Exmos. Prefeitos municipais, Sr. DIEGOLAMARTINE SOARES TEIXEIRA e Sr. REGINALDO SOARES VELOSO JUNIOR, respectivamente, que:SUSPENDAM as sessões de licitações públicas presenciais agendadas para o período compreendido entre 23.03.2020 a 30.04.2020, ou queainda estão por vir, até enquanto perdurar as medidas das autoridades públicas de que se evite a aglomerações de pessoas emambientes fechados, bem como da suspensão das atividades dos setores relacionado aos objetos licitados;DECLAREM NULAS as sessões públicas de procedimento licitatório que tenham sido realizadas em período no qual havia determinações dasautoridades públicas para evitar aglomerações e até deslocamentos em razão da pandemia causada pela COVID-19, violando-se acompetitividade e a isonomia entre os licitantes, ABSTENDO-SE de homologar ou adjudicar as referidas licitações.Ficam os destinatários desta Recomendação advertidos de que a sua não observância implicará na adoção das medidas administrativas ejudiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, inclusive para viabilizar futurasresponsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidade administrativa e/ou em sede criminal.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seus destinatários comopessoalmente CIENTES da situação ora exposta.Fixa-se o prazo de 10 (dez) dias, a contar do seu recebimento, para que os destinatários manifestem-se sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Palmeirais-PI, pelo e-mail ([email protected]) as providências tomadase a documentação hábil a provar o fiel cumprimento para o seu cumprimento.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Eletrônico do Ministério Público, bem como remetam-se cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção-CACOP, e aosrespectivos destinatários.Palmeirais-PI, 18 de maio de 2020Afonso Aroldo Feitosa AraujoPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 23/2020Instaura Procedimento Administrativo 13/2020 para acompanhamento e fiscalizaçãpo do cumprimento, por parte do município de Santa Luz, dadistribuição de gêneros alimentícios adquiridos pelas escolas com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Cristino Castro, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

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Page 12: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

2.9. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CORRENTE-PI11750

de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG1, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento2, traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade dereorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do coronavírus;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual Nº 18.884/2020 estabeleceu nos artigos 10 e 11 a suspensão imediata, por 15 dias, das aulas da redepública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições deensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como dispostona Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que o programa de merenda escolar é uma das mais antigas políticas sociais do Brasil, sendo reconhecida tanto como políticaeducacional, dados os resultados em termos de melhoria cognitiva e redução da evasão escolar; quanto política de saúde, uma vez que aalimentação na infância apresenta resultados contundentes ao crescimento infantil, desenvolvimento físico e cognitivo da criança;CONSIDERANDO que a Lei 13.987, de 07 de abril de 2020, altera a lei 11.947/2009, para autorizar, em caráter excepcional, durante o períodode suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos comrecursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas da educaçãobásica;CONSIDERANDO que a Resolução 02 MEC/FNDE, de 09 de abril de 2020, dispôs sobre a execução do Programa Nacional de AlimentaçãoEscolar - PNAE durante o período de estado de Calamidade Pública, reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 06, de 20 de março de 2020, e daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo Coronavírus - COVID-19;CONSIDERANDO a Medida Provisória nº 01, de 02 de abril de 2020, do Governo do Estado do Piauí, que autoriza em caráter excepcional, adistribuição imediata aos pais ou responsáveis dos estudantes nelas matriculados, de gêneros alimentícios em estoque ou de recursosfinanceiros à conta do PNAE, durante o período de suspensão das aulas nas escolas públicas de educação básica em razão de situação deemergência ou calamidade pública;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO Manifestação nº 1430/2020 apresentada à Ouvidoria do MPPI, e registrado sob o Protocolo SIMP 000023-416/2020, do GrupoRegional de PJ Integradas de Bom Jesus, noticiando que: "A prefeitura municipal de Santa luz PI não está cumprindo a resolução 02/2020 e a lei13987 de 7 de abril de 2020 que autoriza a distribuição de alimentos adquiridos com recursos do PNAE, pois, após a paralisação das aulas até omomento já foram repassados mais de 60 mil reais pra compra de merenda"RESOLVE:Instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 13/2020, na forma dos arts. 8º a 13º da Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de2017, tendo por objeto "Acompanhamento do cumprimento, por parte do município de Santa Luz, da distribuição de gêneros alimentíciosadquiridos pelas escolas com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar" determinando as seguintes providências:1. Autuação da presente Portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livro próprio;2. Remessa desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, à Ouvidoria, ao CAODEC e ao CACOP, por e-mail, para conhecimento;3. Remessa desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;4. Minute-se Recomendação Administrativa, tendo como destinatário a(o) secretária(o) municipal de educação do município de Santa Luz-PI;5. Requisite-se relatórios mensais e circunstanciados dando conta do valor ingressado nas contas das escolas ou da rede de ensino (se contaúnica) a título de recursos repassados pelo PNAE, bem como a natureza de produtos adquiridos/distribuídos (cesta básica, cesta de produtos,etc) e a quantidade dos efetivamente beneficiados com tal medida.6. Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores lotados nesta Promotoria de Justiça.Publique-se e Cumpra-se.Cristino Castro - PI, 18 de maio de 2020.Roberto Monteiro CarvalhoPromotor de Justiça Titular

PORTARIA DE INSTAURAÇÃO Nº 012/2020Instaura Procedimento Administrativo Nº 012/2020, para acompanhar e fiscalizar as Políticas Públicas na área da Assistência Social durante operíodo da pandemia do COVID-19 no município de CORRENTE/PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na 2ª Promotoria de Justiça de Corrente/PI, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art.37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO a disposição do artigo 197 da Constituição Federal de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendoao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, a atribuição de: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar

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2.10. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI11751

bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de açõesnão previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispôs medidas para enfrentamento da emergência desaúde publica de importância internacional decorrente do coronavirus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDOa publicação da Portaria MS/GM nº 356, de 11 de março de 2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização dodisposto na Lei nº 13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrentedo coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que, em 16/03/2020, foi publicado o Decreto Estadual nº 18.884/2020, dispondo, no âmbito do Estado do Piauí, sobre asmedidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronaviruscomo pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, e dá outras providências;CONSIDERANDO que, em 19/03/2020, mediante o Decreto Estadual nº 18.895/2020, foi declarado estado de calamidade pública no Estado doPiauí, ao passo em que a União reconheceu calamidade pública em âmbito nacional em razão da Pandemia da COVID-19, no dia seguinte(20/03/2020), mediante Decreto Legislativo n. 6/2020;CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo política de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que o Decreto Nº 10.282/2020, que regulamenta a Lei Nº 13.979/2020, e estabelece os serviços públicos e as atividadesessenciais;CONSIDERANDO que o parágrafo § 1, inciso II, artigo 3º, do referido Decreto estabelece a assistência social e atendimento à população emestado de vulnerabilidade como serviço público essencial;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada políticas públicas ou instituições;RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE ACOMPANHAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, com o objetivo de acompanhar efiscalizar as políticas públicas e ações em assistência social ligadas ao cenário epidemiológico causado pela pandemia do COVID-19, vinculadasà Rede de Proteção Socioassitencial no município de CORRENTE/PI, DETERMINANDO:A autuação do presente procedimento, anexando a Nota Técnica Conjunto nº 004/2020 do CAODEC e CAODIJ do MPPI, registrando-se em livropróprio;2. Nomeio como secretários para este procedimento os servidores lotados nas Promotorias de Justiça de Corrente, com fulcro no Art. 4º, inciso Vda Resolução nº 23 do CNMP;3. Remessa desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) e ao Centro de Apoio de Defesa daInfância e Juventude (CAODIJ), para conhecimento, conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;4. Fixo o prazo de 01 (um) ano para conclusão do presente procedimento, podendo ser sucessivamente prorrogado pelo mesmo período,devendo os secretários do feito manter controle estrito sobre o prazo de sua conclusão;5. Autue-se e Registre-se no SIMP, numerando-se o procedimento na ordem sequencial;6. Encaminhe-se arquivo em formato Word à Secretaria Geral para fins de publicação no DOEMP/PI, certificando-se nos autos o envio e,posteriormente, a publicação oficial;7. Expeça-se recomendação administrativa ao Emo Prefeito e à Secretária de Assistência Social do município de CORRENTE/PI para emcumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente:7.a) Deem ampla publicidade ao cadastramento da população beneficiária do auxílio emergencial em virtude da pandemia causada pela COVID -19, através das redes sociais, emissoras de rádio, TV, disponibilização de cartazes informativos nas sedes dos serviços essenciais emfuncionamento;7.b) Garanta que as equipes dos Centros de Referência da Assistência Social procedam BUSCA ATIVA, baseada nos documentos das famíliasatendidas, daquelas que se encaixem nos requisitos para o cadastro no auxílio emergencial;7.c) Disponibilize, no CRAS, computador com acesso à internet para que os profissionais do Centro de Referência possam realizar a solicitaçãodo auxílio emergencial para aqueles que não possuam acesso à internet nem saibam operacionalizar computadores, bem como a regularizaçãoonline do Cadastro de Pessoa Física - CPF, essencial para o cadastramento do auxílio emergencial;7.d) Garanta que o CRAS providencie, para aqueles que não possuem documentação como carteira de identidade e CPF, parceria com aSecretaria de Segurança Pública e com a Receita Federal ou Correios, para que após a regularização, tenham acesso ao auxílio emergencial;7.e) Assegure que após a busca ativa, as equipes dos Centros de Referência, entrem em contato com as referidas famílias, a fim de informá-lassobre o auxílio. No caso das famílias contactadas, que tiverem interesse no cadastro, e que não dispuserem de meios para fazê-lo, que osprofissionais se disponibilizem para realizá-lo;7.f) Articule junto à gerência de bancos e casas lotéricas para fins de que estes estabeleçam horário especial para atendimento exclusivo aidosos e pessoas com deficiência, além de distribuição de senhas, agendamento de horários, e limitação do número de pessoas a serematendidas por hora, de acordo com a estrutura suportada por cada agência.8. Após, cumprindo as diligências iniciais venham os autos conclusos.À Secretaria Unificada para cumprimento das determinações.Corrente/PI, 16 de abril de 2020.GILVÂNIA ALVES VIANAPromotora de Justiça

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PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 45/2019SIMP Nº 000959-060/2019ASSUNTO: PROTEÇÃO DE PESSOA IDOSARESUMO: IDOSA POSSIVELMENTE NEGLIGENCIADA E ABUSADA FINANCEIRAMENTE PELO FILHO FRANCISCODENUNCIANTE: COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DO DISQUE DIREITOS HUMANOSDENUNCIADO: FRANCISCO EDUARDO NEPONUCENO VÍTIMA: DAGMAR ANDRADE NEPONUCENO (72 anos)DECISÃO DE ARQUIVAMENTOInstaurou-se o Procedimento Administrativo nº 45/2019, através da PORTARIA nª 45/2019, no dia 19/08/2019 (fls. 02/04), com base no teor daDENÚNCIA REGISTRADA NO DISQUE DIREITOS HUMANOS - GRUPO DE VIOLAÇÃO: Pessoa idosa (número do protocolo: 2091300- númeroda denúncia: 1166638), noticiando que "Dagmar é abusada financeiramente e negligenciada pelo filho, Francisco... Francisco retém o dinheiro daaposentadoria da vítima, fez vários empréstimos no nome da idosa, e utiliza o dinheiro somente para benefício próprio, fazendo farras ecomprando bebidas alcoólicas, calçados e objetos pessoais, e deixa a idosa passando necessidade. Na casa não tem comida na geladeira sótem água..." (fl. 06).A mencionada DENÚNCIA DISQUE 100 foi encaminhada para a 2ª Promotoria de Justiça pelo CADEC, através do Ofício Nº 494/2019-CAODEC/MPPI, de 07.08.2019, protocolado no dia 15.08.2019 (fl.s 07/08).Inicialmente foram determinadas as medidas de praxe e as seguintes diligências: 1. A expedição de ofício à Secretaria Municipal de AssistênciaSocial e Geração de Renda/ SEMAS de Campo Maior, requisitando elaboração de Estudo Social acerca da situação vivenciada pela Sra. DagmarAndrade Neponuceno; 2. A expedição de ofício ao Conselho do Idoso de Campo Maior - PI requisitando realização de Estudo Social sobre asituação vivenciada pela idosa Dagmar Andrade Neponuceno; 3. A expedição de notificação a Sra. Dagmar Andrade Neponuceno, paracomparecer junto a Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior, para tratar de assunto do seu interesse e de interesse da justiça; 4. Aexpedição de notificação ao Sr. Francisco Eduardo Neponuceno, para comparecer junto a Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior,para tratar de assunto do interesse da justiça. (fls. 02/04).O referido o Procedimento Administrativo nº 45/2019 (PORTARIA nª 45/2019, do dia 19/08/2019) foi publicada no Diário Eletrônico do MPPI (ANOIII - Nº 466 - Disponibilização: 22.08.2019 - Publicação: 23.08.2019, pág. 7 (fl. 11).Em cumprimento às determinações iniciais foram expedidos: 1. Ofício nº 2067/2019.959-060/2019-SUPJCM-MPPI, de 19.11.2019 (fls. 16 e 21) aSecretariaMunicipal de Assistência Social e Geração de Rendas/SEMAS; 2. Ofício nº 2068/2019.959-060/2019-SUPJCM-MPPI, de 19.11.2019 (fls. 17 e 22)a Presidente do Conselho do Idoso do Município de Campo Maior/PI; 3. Notificação no dia 19.11.2019 (com ciência no dia 29.11.2019) à Sra.DAGMAR DE ANDRADE NEPONUCENO, para comparecer na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior, para trata de assunto deinteresse da justiça (fls. 18 e 26); 4. Notificação no dia 18.11.2019 ao Sr. FRANCISCO EDUARDO NEPONUCENO, para comparecer na Sededas Promotorias de Justiça de Campo Maior, para tratar de assunto do interesse da justiça (fls. 19 e 24).A Sra. DAGMAR ANDRADE NEPONUCENO compareceu no dia 09.12.2019 na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior, ondedeclarou: " Que as alegações contidas na Denúncia -Disque 100 não são verdadeiras; Que ela própria é quem recebe o seu dinheiro; Que não éabusada financeiramente por seu filho; Que a Declarante não dá dinheiro, pois gasta o dinheiro do seu aposento com alimentação e remédios;Que seu filho trabalha e ajuda nas despesas de casa; Que ele lhe ajuda sendo um bom filho e até estudioso; Que seu filho não faz uso do seudinheiro e nunca realizou qualquer empréstimo no seu nome; Que a declarante afirma não ter passado por nenhum tipo de necessidade, inclusivealimentar, sendo que sua alimentação é correta e seus remédios estão em dias, usando-os normalmente." (fls. 28 e doc. 29).O Sr. FRANCISCO EDUARDO NEPONUCENO compareceu na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior, onde declarou: "...Que adenúncia realizada pelo Disque 100 é mentirosa; Que o Declarante pegava no dinheiro de sua mãe apenas para comprar remédios e alimentospara a mesma; Que a Sra. Dagmar Andrade dava espontaneamente pequenos valores ao declarante, como forma de agrado pelos cuidados;Que o declarante afirma que os empréstimos realizados foram para sua própria mãe e para arrumar o telhado da casa que estava prestes a cair;Que em nenhum momento foi realizado um empréstimo para uso pessoal; Que não falta alimentação para a sua mãe e nem medicamentos; Queatualmente o Declarante trabalha e reside em Teresina; Que ajuda nas despesas de casa comprando com frequência alimentação para a suamãe; Que o declarante afirma que a casa que sua mãe reside ainda é de taipa e que está juntando dinheiro para reformar a casa, sendo que jáiniciou a obra para a construção de um banheiro na residência."(fl. 30 e docs. fls. 31 e 35).A Secretaria Municipal de Assistência Social e Geração de Rendas/SEMAS, encaminhou o Ofício nº 21/2019, de 11.12.2019, protocolado no dia11.12.2019, solicitando dilação de prazo de resposta de mais 30 dias, tendo em vista o recesso do fim de ano - com início em 13.12.2019perdurando até o dia 01.01.2020. (fls. 33 e 39).Em consequência, o representante do Parquet signatário, deferiu o pedido de dilação de prazo, tão logo, expediu-se o Ofício nº 2292/2019.959-060/2019- SUPJCM- MPPI no dia 13.12.2019 (fls. 38 e 41).Em cumprimento ao Despacho de Impulsionamento exarado no dia 28.01.2020 (fl.43), expediu-se o ofício nº 204/2020.959-060/2019-SUPJCM-MPPI, no dia 24.01.2020 (com ciência no dia 30.01.2020) à Secretaria de Assistência Social e Geração de Rendas de Campo Maior/PI - SEMAS,requisitando a realização do estudo social acerca da situação vivenciada pela Sra. Dagmar Andrade Neponuceno no prazo de 30 (trinta) diascorridos (fls. 45 e 47).A Secretária de Assistência Social e Geração de Rendas de Campo Maior/PI não apresentou resposta ou informações no prazo fixado no ofíciosupramencionado, conforme certidão de perda de prazo do dia 02.03.2020 (fl. 48). Em consequência, expediu-se o Ofício nº 423/2020.959-060/2019-SUPJCM-MPPI, no dia 02.03.2020 (com ciência no dia 11.03.2020) à Secretária de Assistência Social e Geração de Rendas de CampoMaior/PI, requisitando novamente a realização do estudo social acerca da situação vivenciada pela Sra. DAGMAR ANDRADE NEPONUCENO,noprazo de 10 ( dez) dias úteis (fls. 50 e 52).Em resposta extemporânea ao Ofício nº 2067/20190.959-060/2019-SUPJCM- MPPI, de 19.11.2019 (fls. 16 e 21) a Secretaria Municipal deAssistência Social e Geração de Rendas/SEMAS, via CREAS, apresentou no dia 17.03.2020 (fs. 53 e 54) o RELATÓRIO do dia 04.03.2020, noqual consta, em síntese que: " realizou visita o dia 13 de fevereiro deste ano na residência da Sra. Dagmar Andrade Neponuceno, 73 anos Aidosa apresentou-se sã e demonstrou surpresa diante das alegações, informando se tratar de mentiras. A Sra. Dagmar é aposentada e é elamesma quem administra seu dinheiro, sendo que é a única fonte de renda da residência que divide com seu atual companheiro, o Sr. FranciscoPereira da Silva, 54 anos. De acordo com a idosa a convivência com o Sr. Francisco é tranquila negando também qualquer tipo de violência destesenhor contra sua pessoa. A Sra. Dagmar informou que seu filho reside há mais ou menos um ano em Teresina onde teria ido para estudar,sendo que atualmente apenas trabalha visitando a casa a cada 15 dias pelo menos. A idosa informou que caso o filho necessitasse ela o ajudariafinanceiramente, entretanto, de acordo com a idosa isso não acontece. A Sra. Dagmar informou ainda que há empréstimo em sua aposentadoriamas foi feito para colocar telhas na residência, recebendo atualmente o valor de R$700,00. Não conseguimos contato efetivo com o Sr. Eduardo,porém deixamos o convite com endereço a fim de que o referido comparecesse ao CREAS para conversa com a equipe desta instituição, masaté o momento o mesmo ainda não nos procurou. Em suma, nesta visita, não foi possível apreender a existência de negligência ou violênciafinanceira como presente na denúncia em questão." (fls. 55/56).A Presidente do Conselho do Idoso do Município de Campo Maior, não apresentou resposta/informações no prazo fixado no Ofício nº nº2068/2019.959- 060/2019 - SUPJCM-MPPI, de 19.11.2019 (fls.17 e 22 ), conforme Certidão de Perda de Prazo do dia 17.03.2020 (fl. 57). Esseofício não foi reiterado, conforme Certidão do dia 17.03.2020 (fl. 58).Considerando que a Sra. Dagmar Andrade Neponuceno, informou que não são verdadeiras as informações contidas na denúncia em tela,assegurando que ela própria é quem recebe e quem administra seu próprio dinheiro; Que seu filho não faz uso do seu dinheiro e nunca realizouqualquer empréstimo no seu nome; Que a declarante afirma não ter passado por nenhum tipo de necessidade, inclusive alimentar, sendo que sua

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2.11. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE LUZILÂNDIA-PI11753

alimentação é correta e seus remédios estão em dias, usando-os normalmente;Considerando que o Sr. Francisco Eduardo Neponuceno assegurou que são inverídicos os fatos narrados na denúncia, informando trabalha eestuda em Teresina e frequentemente ajuda sua mãe, comprando alimentos para ela.Considerando que as informações contidas no RELATÓRIO do CREAS estão em harmonia com as informações prestadas pela Sra. DagmarAndrade Neponuceno e pelo Sr. Francisco Eduardo Neponuceno;Considerando que a equipe do CREAS informou em seu RELATÓRIO que não foi possível apreender a existência de negligência ou violênciafinanceira como presente na denúncia em questão;Considerando que não são verdadeiros os fatos relatados na supramencionada DENÚNCIA DISQUE 100;Considerando as informações até o momento amealhadas nos presentes autos dá-se por encerrado o presente procedimento, dispensando-se aresposta do Conselho do Idoso de Campo Maior, conforme despacho exarado no dia 18.05.2020;Considerando, também, que não há necessidade de nenhuma outra medida a ser realizada pelo Ministério Público estadual, ressaltando quequalquer outro fato novo que necessite da pronta intervenção do Ministério Público estadual poderá ser apurado mediante novel Notícia de Fatoe/ou Procedimento Administrativo..O Ministério Público Estadual, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior, resolve: PROMOVER OARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo nº 45/2019 (SIMP 000959-060/2019) nesta 2ª Promotoria de Justiça de CampoMaior-PI, com base no art. 13, caput, c/c art. 8º, III, da Resolução nº 174 do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se, via e-mail: I) à COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DO DISQUE DIREITOS HUMANOS e ao Centro de Apoio de Defesa daCidadania e da Educação/CAODEC sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos.Comunique-se o Egrégio Conselho Superior do Ministério Público sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos, em atendimento aoOfício Circular nº 004/2017 - CGMP/PI, de 27/01/2017.Cumpra-se. Após, proceda-se à baixa no respectivo livro e no SIMP, observando as cautelas de praxe.Campo Maior/PI, 18 de maio de 2020.(ASSINADO DIGITALMENTE)CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPROMOTOR DE JUSTIÇA

ICP. n°08/2018 000098-306/2018Decisão de Declínio de AtribuiçãoTrata-se de Inquérito Civil Público instaurado a partir do encaminhamento pela Procuradoria Geral de Justiça (Of. PGJ nº 059/2018), do Ofício nº23049/2017, oriundo do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, Regional Piauí, de relatórios de fiscalização queconstataram irregularidades na aplicação de recursos federais nas áreas de educação, saúde e turismo, em montantes volumosos envolvendo ogestor municipal de Luzilândia do período de 2014 a 2016.Os presentes autos destinam-se, a priori, à apuração dos fatos apenas sob a ótica civil (improbidade administrativa), consistente em apurarpossíveis atos de improbidade das irregularidades apuradas no bojo dos relatórios de inspeções feitas por equipe da CGU, Regional Piauí.A par disto, verifica-se que o presente Inquérito foi instruído com os relatórios de fiscalização da CGU, os quais foram juntados nos autos emmídia digital (CD-RW, fl.06), originariamente do referido órgão de controle interno.A CGU-PI encaminhou ao todo, 07 (sete) relatórios das inspeções feitas no município de Luzilândia.São os seguintes:Relatório nº 201601991: refere-se à inspeção sobre aplicação dos recursos financeiros federais no valor de R$ 695.704,00 repassados peloFundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) à Prefeitura Municipal de Luzilândia (PI) no período de 1º de janeiro de 2015 a 30 dejunho de 2016, como objeto do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae);Relatório nº 201602044: refere-se aos trabalhos de campo realizados no período de 08 a 12 de agosto de 2016 sobre a aplicação dos recursosdo programa 2030 - Educação Básica / 0969 - Apoio ao Transporte Escolar na Educação Básica no Município de Luzilândia-PI;Relatório nº 201602218: refere-se aos exames realizados para fins de averiguar à aplicação dos recursos financeiros federais no valor de R$26.774.077,84 repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) à Prefeitura Municipal de Luzilândia (PI) no período de1º de janeiro de 2015 a 30 de junho de 2016, como complementação da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da EducaçãoBásica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb);Relatório nº 201602263: refere-se ao resultado de ação de controle realizada na Prefeitura Municipal de Luzilândia (PI), de fiscalização doContrato de Repasse nº 02601618/2008/Ministério do Turismo /Caixa, cujo objeto é a obra de construção da 1ª Etapa do Terminal Rodoviário domunicípio e teve como objetivo a avaliação da execução física financeira do contrato de repasse e da situação do empreendimento;Relatório nº 201602264: refere-se ao resultado de ação de controle realizada na Prefeitura Municipal de Luzilândia (PI), de fiscalização doContrato de Repasse nº 030353890/2009/Ministério do Turismo/Caixa, cujo objeto é a obra de construção da 2ª Etapa do Terminal Rodoviário domunicípio e teve como objetivo a avaliação da execução física - financeira do contrato de repasse e da situação do empreendimento;Relatório nº 201602392: refere-se à aplicação dos recursos financeiros federais no valor de R$ 277.084,28 repassados pelo Fundo Nacional deSaúde (FNS) ao Fundo Municipal de Saúde de Luzilândia (PI) no período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de julho de 2016, como parte do bloco "Vigilância em Saúde" inserido no programa " Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito federal e Municípios para a Vigilância em Saúde" .Relatório nº 201202256: refere-se à aplicação dos recursos financeiros federais no valor de R$ 26.774.077,84 repassados pelo Fundo Nacionalde Desenvolvimento da Educação (FNDE) à Prefeitura Municipal de Luzilândia (PI) no período de 1º de janeiro de 2015 a 30 de junho de 2016,como complementação da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais daEducação (Fundeb).Observa-se que a natureza desses relatórios se referem a diversas matérias, notadamente ligadas à saúde e à educação, com repasses derecursos provenientes de programas do governo federal, como do Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Programa Nacional de Apoioao Transporte do Escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola Básico, bem como pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) ao Fundo Municipalde Saúde de Luzilândia (PI), no período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de julho de 2016, como parte do bloco " Vigilância em Saúde" inserido noprograma " Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito federal e Municípios para a Vigilância em Saúde" .Nesse caso, a fiscalização e o controle dos recursos federais repassados cabem aos órgãos federais de controle, como o Tribunal de Contas daUnião, quando houver repasses voluntários advindos de convênio/termo de compromisso com o FNDE e FNS, em obediência ao comando daSúmula 208 do Superior Tribunal de Justiça.Cabe destacar que as transferências constitucionais são aquelas resultantes da repartição constitucional das receitas, como, por exemplo, oFundo de Participação dos Municípios-FPM.As transferências automáticas são resultantes de previsão em lei ou ato administrativo (geralmente portarias dos Ministérios), destinadas acustear serviços públicos e programas, no mais das vezes da área social.Já as transferências voluntárias são feitas mediante convênio, com formalização do respectivo instrumento e incidem nas mais diversas áreas daatividade estatal.Nesse sentido, imperioso destacar os seguintes acórdãos do Tribunal de Contas da União:REPRESENTAÇÃO AUTUADA POR DETERMINAÇÃO DO PLENÁRIO. AVALIAÇÃO DA GESTÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE

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RECURSOS DESCENTRALIZADOS PELO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. PROGRAMA NACIONAL DEALIMENTAÇÃO ESCOLAR, PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO TRANSPORTE DO ESCOLAR E PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NAESCOLA BÁSICO. PROPOSTA DE METODOLOGIA COM BASE EM MATRIZ DE RISCO. CONHECIMENTO. DETERMINAÇÕES.RECOMENDAÇÕES. CIÊNCIA. São classificadas como voluntárias as transferências federais decorrentes do Programa Nacional deAlimentação Escolar, do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola Básico, doFundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. (Acórdão 3.061/2019 - TCU - Plenário / TC 027.076/2016-4 / Sessão: 10/12/2019).SUMÁRIO: AUDITORIA. CONVÊNIOS. FNDE. CONSTRUÇÃO DE 19 ESCOLAS NO ESTADO DE TOCANTINS. PARALISAÇÕES NASOBRAS POR INICIATIVA DA CONTRATANTE. PRORROGAÇÃO DE CONTRATOS DEPOIS DE EXPIRADO O PRAZO DE VIGÊNCIA.OITIVA PRÉVIA À MEDIDA CAUTELAR. CONTRATOS POR ESCOPO. PRORROGAÇÃO DO CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO POR TEMPOIGUAL AO DA PARALISAÇÃO. DETERMINAÇÃO. RECOMENDAÇÃO. ARQUIVAMENTO (TC 010.852/2015-8).De igual modo, trago à baila o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí:APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. GESTOR MUNICIPAL. RECURSOS FEDERAIS. PRESTAÇÃO DECONTAS PERANTE ÓRGÃO FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 208 DO STJ. 1. Os autosrevelam que a inadimplência do Município Apelante decorreu de falta de prestação de contas de convênio submetido à fiscalização por órgãofederal, inclusive de Tomada de Conta Especial pelo TCU, confirmando-se inafastável a aplicação da Súmula 208, do Superior Tribunal deJustiça[...]. Apelação Cível nº 2013.0001.008083-0 Relator: Des. Ricardo Gentil Eulálio Dantas Data de Julgamento: 16/03/2016 TJ-PI;(Grifamos).De mais a mais, acrescenta-se os entendimentos seguintes do Superior Tribunal de Justiça:RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. APROPRIAÇÃO/DESVIO DE VERBAS DO FUNDEF/FUNDEB. ALEGADA INCOMPETÊNCIADA JUSTIÇA FEDERAL. CARÁTER NACIONAL DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO. INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO MUNICIPAL.IRRELEVÂNCIA. COMPETÊNCIA FEDERAL. ALEGADA PARTICIPAÇÃO DO ATUAL PREFEITO MUNICIPAL. AFASTAMENTO PELA CORTEREGIONAL. PEDIDO DE TRANCAMENTO. INÉPCIA DA DENÚNCIA. INCORRÊNCIA. ATIPICIDADE DA CONDUTA E FALTA DE JUSTACAUSA. TEMAS QUE DEMANDAM REVOLVIMENTO FÁTICO E PROBATÓRIO. INCOMPATIBILIDADE COM A VIA ELEITA. 1. "Consoanteentendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, na hipótese de complementação de verba federal aos recursos do FUNDEF,como no caso dos autos, resta evidenciada a competência da Justiça Federal para analisar possível desvio, bem como fiscalização peloTribunal de Contas da União" (HC 148.138/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, Quinta Turma, julgado em 02/08/2011, DJe 29/08/2011). Ademais,"independentemente de repasse ou não de recursos federais ao município, a malversação de verbas decorrentes do Fundo deManutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF enseja o interesse da União, dianteda sua competência constitucional em prol do direito à educação, a evidenciar, desse modo, a competência da Justiça Federal" (HC198.023/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Sexta Turma, julgado em 10/12/2013, DJe 26/02/2014).(Grifamos).PENAL. AGRAVOS REGIMENTAIS EM CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO PENAL. CRIME DE LAVAGEM E OCULTAÇÃO DE BENS EVALORES. CONTRATO FIRMADO ENTRE PESSOA JURÍDICA E ÓRGÃO ESTADUAL. RECURSOS, EM PARTE, PROVENIENTES DOSISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS). INCORPORAÇÃO DA VERBA AO PATRIMÔNIO ESTADUAL. IRRELEVÂNCIA. REPASSE SUJEITO AOCONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. INTERESSE DA UNIÃO.PRECEDENTES DA TERCEIRA SEÇÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Por estarem sujeitas à fiscalização dos órgãos decontrole interno do Poder Executivo federal, bem como do Tribunal de Contas da União, as verbas repassadas pelo Sistema Único deSaúde - inclusive na modalidade de transferência "fundo a fundo" - ostentam interesse da União em sua aplicação e destinação.Eventual desvio atrai a competência da Justiça Federal para conhecer da matéria, nos termos do art. 109, IV, da Constituição Federal. 2.Agravos regimentais improvidos. (AgRg no CC 129.386/RJ, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em11/12/2013, DJe 19/12/2013)CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. DESVIO DE VERBAS DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL EVALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO - FUNDEF. RECURSOS ORIGINÁRIOS DE RECEITAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. AUSÊNCIA DECOMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO. NOS TERMOS DA LEI N.º 9.424/96. AUSÊNCIA DE VERBA FEDERAL. COMPETÊNCIA JUSTIÇA COMUMESTADUAL. 1. Compete à justiça estadual processar e julgar o desvio de verbas oriundas do FUNDEF que não tiveram complementaçãopor parte da União. Precedente: (CC 64749/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/03/2007, DJ 16/04/2007 p.155); (Grifamos).Com efeito, verifica-se que as matérias ventiladas nos presentes autos são basicamente relativas a repasses de recursos federais, comocomplementação da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais daEducação (Fundeb), entre os anos de 2015 a 2016, afastando-se, portanto, a competência da Justiça Estadual.A matéria relativa aos repasses do Fundo Nacional de Saúde (FNS) ao Fundo Municipal de Saúde de Luzilândia, como parte do bloco "Vigilânciaem Saúde" inserido no programa "Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito federal e Municípios para a Vigilância em Saúde" (Ordem de Serviço:201602392), destinou-se a verificar a eficácia, a economicidade e a legalidade da gestão dos recursos e insumos federais descentralizados aomunicípio de Luzilândia (PI) para aplicação nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti.Destaca-se que o Fundo Nacional de Saúde é o gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) na esfera federal. Cumpre à União repassar osrecursos dos SUS aos demais entes federativos por intermédio deste fundo.Ocorre que se vislumbra o legítimo interesse da União em averiguar a regular aplicação desses recursos federais repassados pelo FNS ao FundoMunicipal de Saúde de Luzilândia.Nesse sentido, explanou o Exmo. Ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso na Ação Civil Ordinária (ACO) nº 2.370 / MA1.19.000.000594/2011-92:CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MPF E MPE. SUPOSTAS IRREGULARIDADES NA APLICAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS PELASECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE JUSCELINO/MA. ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICOFEDERAL. Tratando-se de recursos do SUS, a incumbência da União não se restringe a repassá-los aos entes da Federação, porintermédio do Fundo Nacional de Saúde, competindo-lhe também, por expressa disposição legal, supervisionar a regular aplicaçãodesses recursos, como se extrai do art. 33, § 4º, da Lei 8.080/90, abaixo transcrito:[...] Nesse contexto, diante da demonstração de umconcreto interesse da União que possa justificar a imediata atuação do Ministério Público Federal (arts. 37 e 39 da LC 75/1993 e art. 109da CF/88), qual seja a possível responsabilização de agentes públicos municipais pela malversação de recursos públicos federaisdestinados a programas de atenção básica à saúde e vinculados ao Sistema Único de Saúde, não vejo como infirmar a opinião do Chefe doMinistério Público. Diante do exposto, conheço do presente conflito e reconheço a atribuição do Ministério Público Federal para a apuração dosfatos descritos nos presentes autos. (Grifamos).Por fim, o Relatório nº 201602263, que trata do resultado de ação de controle realizada na Prefeitura Municipal de Luzilândia (PI), de fiscalizaçãodo Contrato de Repasse nº 02601618/2008/Ministério do Turismo /Caixa, cujo objeto é a obra de construção da 1ª Etapa do Terminal Rodoviáriodo município e teve como objetivo a avaliação da execução física financeira do contrato de repasse e da situação do empreendimento.Por se tratar de Contrato de Repasse, instrumento por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio deinstituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União, vê-se, então, que há também nítido interesse da União,justificando a atuação do parquet federal.Por todo o exposto, declino da atribuição ao Ministério Público Federal (MPF), Regional Piauí, para a adoção das providências que julgarapropriadas, quanto às irregularidades constatadas nos relatórios de fiscalização da CGU, Regional Piauí.Luzilândia-PI, 14 de maio de 2020.

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3. JUNTA RECURSAL DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR -

JURCON []

3.1. JURCON11742

CARLOS ROGÉRIO BESERRA DA SILVAPromotor de Justiça

RESOLUÇÃO - JURCON Nº 01/2020Institui o Regimento Interno da Junta Recursal do PROCON e estabelece outras providências.A JUNTA RECURSAL DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR DOMINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ - PROCON/MP-PI - JURCON, no uso de suas atribuições legais, especialmente as definidas noart. 41 e seguintes da Lei Complementar Estadual nº 36/2004, atendendo ao que foi deliberado na 1ª sessão extraordinária realizada no dia 14 demaio de 2020;CONSIDERANDO as alterações promovidas no texto original da Lei Complementar Estadual nº 36/2004, principalmente pela Lei ComplementarEstadual nº 213/2016;CONSIDERANDO a necessidade de revisão do Regimento Interno da Junta Recursal diante da virtualização dos procedimentos extrajudiciais,adequando, inclusive, a possibilidade de realização de sessões telepresenciais;CONSIDERANDO a pertinência da atualização das normas do Regimento Interno do Conselho Superior do Ministério Público;RESOLVE:Art. 1º. Instituir o Regimento Interno do Junta Recursal do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado DoPiauí - PROCON/MP-PI - JURCON, conforme Anexo Único, parte integrante desta Resolução.Art. 2º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente a Resolução nº 001de 4 de março de 2007.Sala das Sessões da Junta Recursal do Procon, em Teresina-PI, 14 de maio de 2020.Jorge Luiz da Costa PessoaPresidente da JURCONMicheline Ramalho Serejo da SilvaMembro da JURCONJuliana Martins Carneiro NoletoMembro da JURCONANEXO ÚNICOREGIMENTO INTERNODA JUNTA RECURSAL DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ- PROCON/MP-PI - JURCONCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º. A Junta Recursal do Procon de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MP-PI - JURCON,é órgão administrativo, em segunda e última instância, para fins de julgamento dos recursos interpostos na forma prevista nos artigos 24 e 26 daLei Complementar Estadual nº 036/2004, de 09 de janeiro de 2004.Parágrafo único. Sediada nesta Capital, a Junta Recursal - JURCON e sua Secretaria terão o seu funcionamento, segundo a localização que lhesdestinar o Procurador-Geral de Justiça.CAPÍTULO IIDA COMPOSIÇÃO, DA PRESIDÊNCIA E DOS MEMBROS DA JURCONArt. 2º. A Junta Recursal do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual do Piauí - PROCON/MP-PI -JURCON, com sede em Teresina e atribuições em todo território do Piauí, reger-se-á pela Constituição Federal, pelas legislações federais eestaduais, e na forma estabelecida neste Regimento Interno.Art. 3º. Junta Recursal do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MP-PI serácomposta por 3 (três) membros, escolhidos pelo Procurador - Geral de Justiça.§ 1º. Os integrantes da Junta Recursal serão Promotores de Justiça ou Procuradores de Justiça, de livre indicação do Procurador-Geral deJustiça.§ 2º. O presidente da JURCON será nomeado pelo Procurador-Geral de Justiça.§ 3º. Para cada integrante será indicado um suplente, que assumirá, com o direito a voto, nas audiências ou impedimentos do titular, sendo osucessor natural do titular para complementar o mandato, em caso de vacância.§ 4º. O mandato de membro da JURCON persistirá até ulterior deliberação do Procurador- Geral de Justiça.Art. 4º. Ao Presidente da Junta Recursal - JURCON caberá:- Presidir as sessões da JURCON, resolver questões de ordem, apurar a votação as votações e proclamar os resultados;- Convocar as sessões extraordinárias, podendo ocorrer na modalidade presencial ou por meio de videoconferência;- Superintender os serviços da JURCON, inclusive de sua Secretaria e representá-la, extrajudicialmente, nos atos que praticar;- Distribuir aos seus membros, por sorteio e em sessão, os processos de que serão relatores; V - Exercer o poder de polícia nas sessões,mantendo a ordem e o decoro;- Ordenar que se retirem da sala de reuniões os que se comportarem inconvenientemente;- Convocar com antecedência mínima de quarenta e oito horas, ou de imediato, se oportuno e necessário, qualquer dos membros suplentes a fimde compor o quorum de julgamento;- Determinar as providências que decorrem das decisões da JURCON;- Praticar todas as medidas de Administração da Junta Recursal do PROCON - JURCON, organizando relatório anual de atividades que deveráser encaminhado ao Procurador-Geral de Justiça até o dia 30 de janeiro do ano seguinte;- Comunicar à Procuradoria-Geral de Justiça as vagas dos mandatos dos membros da JURCON, para nomeação de novo membro suplente;- Baixar atos normativos necessários ao funcionamento da JURCON;- Conceder ou cassar a palavra, quando for para o bom andamento da sessão;- Executar outras atribuições de sua competência e fazer executar este Regimento.Parágrafo único. No caso de impedimento ou ausência do presidente da Junta Recursal do PROCON, a presidência será exercida pelo membrotitular mais antigo, atentando-se à lista de antiguidade do Ministério Público do Estado do Piauí.Art. 5º. Aos membros da JURCON compete:- comparecer às sessões ordinárias e extraordinárias, fazendo a devida comunicação, quando não puderem estar presentes;- receber os processos que lhe forem distribuídos e devolvê-los devidamente relatados, ou com solicitação de diligências, perícias eesclarecimentos que entender necessário, nos prazos regimentais;

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- fazer, em sessão, a leitura do relatório do recurso que lhe tenha cabido em distribuição, prestando quaisquer esclarecimentos solicitados pelosdemais Membros da Junta, destacando o que for relevante ou necessário para a solução da lide;- fundamentar seu voto, por escrito, em todos os processos que figure como relator e, nos demais, quando julgar conveniente, bem comonaqueles em que figurar como divergente e sua tese sagrar-se vencedora;- pedir a palavra regimentalmente, sempre que tiver de usá-la para intervir nos debates e justificar o seu voto;- pedir vistas dos autos do processo quando julgar necessário melhor estudo para apreciação da matéria em debate, observando o disposto nesteregimento;- redigir os acórdãos nos processos em que tenha funcionado como relator, e o voto vencido, nas hipóteses das decisões não unânimes;- declarar-se impedido para julgar os recursos, nos casos previstos neste regimento;Art. 6º. Os membros da JURCON declarar-se-ão impedidos de funcionar, nos processos que lhes interessem pessoalmente ou que tenhamoficiado no processo até a decisão recorrida de primeira instância, mediante despacho motivado.Parágrafo único. Em caso de suspeição por motivo de foro íntimo, basta haver a mera menção, sendo desnecessária a motivação no despacho.Art. 7º. Caso a suspeição ou impedimento for declarado pelo relator, os autos irão a nova distribuição eletrônica.Art. 8º. O Presidente e os demais membros da JURCON não necessitam declarar precisamente o motivo de impedimento, quando este resultarde fatos que afetem o seu foro íntimo.CAPÍTULO III DISTRIBUIÇÃOArt. 9º. Os recursos, oriundos das decisões proferidas pelas autoridades julgadoras nos processos administrativos, da Capital ou do interior doEstado, serão registrados e autuados convenientemente pela Secretaria no Sistema informatizado adotado pelo Ministério Público do Estado doPiauí, que cumprirá a sua distribuição adequada, procedendo a correta distribuição para os membros relatores.Parágrafo único. Recebidos os autos na Secretaria Recursal, será certificada a data de recebimento, e serão analisados com o fito de constatar ecertificar quaisquer falhas ocorridas na Secretaria de origem.Art. 10. Compete a Secretaria da Junta Recursal:- Dirigir os serviços da Secretaria, auxiliado pelos servidores designados pelo Procurador- Geral de Justiça;- Organizar os processos em forma de autos, numerando e rubricando as suas folhas e lavrando os respectivos termos;- Secretariar as sessões da JURCON, lavrando as atas dos trabalhos e organizando o seuexpediente;- Subscrever as certidões requeridas pelas partes out terceiros;- Fazer afixar pauta de julgamento das sessões e encaminhar para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí as conclusões de acórdãos das resoluções; VI - Proceder à leitura das atas das sessões quesecretariar;- Fornecer os dados estatísticos necessários ao relatório anual da presidência;- Prestar aos interessados, informações seguras sobre sobre as decisões pronunciadas emsessões;- Registrar a entrada e saída de todos os processos encaminhados à JURCON;- Selecionar, classificar, arrumar com método e ordem, todos os processos, papéis, livros edocumentos arquivados na JURCON.CAPÍTULO IV RECURSOSArt. 11. Da decisão da autoridade julgadora caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da intimaçãoda decisão, à Junta Recursal, que proferirá decisão definitiva.§ 1º. O recurso será interposto perante a autoridade julgadora de primeira instância administrativa do processo administrativo que, conforme ocaso, adotará as anotações e traslados necessários à execução do julgado e remetê-lo-á à Junta Recursal.§ 2º. Não será admitido recurso manejado por preposto.§ 3º. Os recursos serão protocolizados já acompanhados de razões, no prazo do definido no caput deste artigo, sob pena de deserção.§ 4º. A remessa dos autos poderá ser feita fisicamente ou por via eletrônica, através do Sistema informatizado do Ministério Público do Estado doPiauí.Art. 12. Não será conhecido o recurso interposto fora do prazo e condições estabelecidas na Lei Complementar Estadual nº 023/2004.Parágrafo único. As decisões interlocutórias proferidas em primeira instância administrativa não comportam recurso.Art. 13. Sendo julgada insubsistente a infração, a autoridade julgadora remeterá à Junta Recursal para exame reexame necessário;Art. 14. Não ocorrendo recurso, ou julgado este, a decisão torna-se definitiva, produzindo todos os seus efeitos legais;Art. 15. A competência para decidir sobre a admissibilidade ou não do recurso cabe exclusivamente à Junta Recursal.Art. 16. As intimações das decisões proferidas em processo administrativo, quando não se deram na própria audiência, serão consideradasrealizadas, produzindo todos os efeitos legais, através da publicação com sua conclusão no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público doEstado do Piauí ou mediante intimação pessoal ou através dos correios ou meios eletrônicos.CAPÍTULO VDAS SESSÕES E DAS DELIBERAÇÕESArt. 17. A Junta Recursal reunir-se-á ordinariamente na última sexta-feira de cada mês, às 9 horas, e, extraordinariamente, sempre que forconvocada por seu Presidente ou por solicitação da maioria de seus membros, sendo que as suas deliberações serão por maioria;Art. 18. As sessões ordinárias e extraordinárias da Junta Recursal do PROCON poderão realizar- se na modalidade presencial ou por meio devideoconferência.Parágrafo único. Na hipótese de sessão presencial, esta se realizará na sua sala designada pela Procuradoria-Geral do Ministério Público doEstado do Piauí para funcionamento do Junta Recursal do PROCON - JURCON.Art. 19. A pauta será organizada pelo Secretário-Geral e aprovada pelo Presidente, bem como deverá ser afixada na Junta Recursal, em lugaracessível ao público e publicada em Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí, devendo as partes ser intimadas da pautacom no mínimo 05 (cinco) dias úteis que antecedem a sessão.§ 1º. Nas publicações das pautas, em relação a cada procedimento deverá constar:O número do procedimento;A classe;O nome do relator;Os nomes das partes;Os nomes dos advogados, juntamente com os seus números de inscrição na Ordem de Advogados do Brasil;Art. 20. As sessões plenárias instalar-se-ão com a maioria de seus membros, que deliberarão pela maioria dos votos presentes.Art. 21. É vedada carga de processo que consta em pauta, sendo permitida vistas somente em secretária.Art. 22. As partes ou seus advogados deverão comunicar a Secretaria da Junta Recursal, fisicamente ou pelo e-mail institucional da JuntaRecursal, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, o interesse em se fazer presente em sessão para fins de sustentação oral.Art. 23. Para cada feito incluso na pauta de sessão de julgamento, haverá a procedência do pregão, após a verificando a presença das partes,pessoalmente ou seus advogados, para fim da sustentação oral.sem voto.§ 1º. O relator, com a palavra e depois de anunciado o feito a ser julgado, fará o seu relatório,

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4. GESTÃO DE PESSOAS []

4.1. PORTARIAS RH/PGJ-MPPI 11752

§ 2º. Produzido o relatório, falarão as partes, pessoalmente ou seus advogados, realizando asustentação oral, para a qual cada um terá o prazo de dez minutos e existindo litisconsorte, esse prazo será acrescido de mais outros dezminutos.§ 3º. A ausência da parte, regularmente notificada, à sessão de julgamento, não será motivo de adiamento do feito.Art. 24. O relator proferirá seu voto, cessada a vez das partes ou seus advogados e na ordem de antiguidade, também os demais membros,realizando o julgamento do feito.Art. 25. Questões de ordem, sob preliminares ou prejudiciais, levantadas em sessão, deverão ser apreciadas e decididas antes do mérito dorecurso e deste não se conhecerá, caso resulte no prejudicado.§ 1º. Se vencido na votação sobre preliminares, deve o membro da Junta Recursal - JURCON, votar no tocante ao mérito feito.§ 2º. Se o relator for vencido no julgamento do mérito, o dever de prolatar o acórdão passa para o membro que primeiro defendeu a tesevencedora.Art. 26. O julgamento só será convertido em diligência em casos verdadeiramente excepcionais, e justificadamente, devendo aquela ser cumpridapelo PROCON de origem, no prazo que lhe deferir o relator.Art. 27. Qualquer membro da Junta Recursal - JURCON pode pedir vistas feito, devendo oferecer o seu voto na sessão seguinte.Parágrafo único - Os votos dos demais membros serão oferecidos na sessão fluente.Art. 28. Os julgamentos da Junta Recursal do Procon - JURCON acontecerão por unanimidade ou maioria de votos, deles constando em ataapenas o resumo indicativo de sua espécie, fundamentação dispositiva e sua súmula, prestando como acórdão, caso a decisão administrativafique confirmada, antes seus próprios fundamentos.§ 1º. Concluído o julgamento, o Presidente da JURCON proclamará a decisão, promovendo a publicação de ementa de seus julgados no DiárioOficial Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí.Art. 29. A intimação da decisão do recurso considerar-se-á feita a partir da data da publicação no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público doEstado do Piauí.CAPÍTULO VIDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃOArt. 30. Os embargos de declaração poderão ser opostos por petição escrita, no prazo de 05 (cinco) dias, contados da ciência da decisão,dirigidos ao relator, que, independentemente de qualquer formalidade, apresentá-lo-á em mesa para o julgamento na primeira sessão seguinte.§ 1º. A nova decisão proferida nos embargos limitar-se-á a corrigir a obscuridade, a contradição e a omissão questionadas em face da decisãoembargada.§ 2º. Não havendo ciência expressa, o prazo para Embargos começa a fluir no primeiro dia útil após a publicação.§ 3º. Os Embargos serão recebidos com efeito suspensivo.§ 4º. A decisão competirá aos próprios membros da Junta Recursal, funcionando como relator aquele que proferiu o acórdão embargado.§ 5º. Não serão admitidos embargos infringentes, no intuito de modificar decisão de mérito docolegiado.CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAISArt. 31. Este regimento poderá ser alterado, quando for julgado conveniente, por iniciativa de qualquer membro.§ 1º. A proposta será submetida a exame de outro membro, para tal fim designado pelo Presidente, devendo ser apresentado parecer, emsessão, no prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos.§ 2º. Submetida a Plenário a proposta com parecer a que alude o parágrafo anterior, será discutida e votada, só podendo prevalecer a alteraçãose aprovada pela maioria dos membros.Art. 32. Os casos omissos serão resolvidos pela Junta Recursal - JURCON, por maioria de votos, e serão aplicadas supletivamente, as normasincertas em leis vigentes, que se ajuste a espécie.Art. 33. A Junta Recursal poderá expedir súmulas extraídas de suas reiteradas decisões, publicando-as no Diário Oficial Eletrônico do MinistérioPúblico do Estado do Piauí para conhecimento geral, podendo, também, proceder à sua revisão e cancelamento.Art. 34. O presente Regimento entrará em vigor na data da sua publicação no Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí,revogadas as disposições regimentais anteriores.SALA DAS SESSÕES DA JUNTA RECURSAL DO PROCON, em Teresina, 14 de maio de 2020.Jorge Luiz da Costa PessoaPresidente da JURCONMicheline Ramalho Serejo da SilvaMembro da JURCONJuliana Martins Carneiro NoletoMembro da JURCON

PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 287/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora IVANEZ EDUARDO MACEDO, Sub Judice,matrícula nº 16261, lotada junto ao Núcleo das Promotorias de Justiça Cíveis de Parnaíba/PI, referentes ao período aquisitivo 2005/2006,retroagindo os seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 288/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora KAROLINE MARIA XAVIER DE ALMEIDA,Analista Ministerial, matrícula nº 16076, lotada junto ao Núcleo das Promotorias de Justiça Cíveis de Parnaíba-PI, referentes ao períodoaquisitivo 1998/1999, retroagindo os seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos Humanos

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PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 289/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor JOSÉ LIMA MARQUES, Sub Judice,matrícula nº 16149, lotado junto à Assessoria Para Distribuição Processual de 2º Grau, referentes ao período aquisitivo 2009/2010, retroagindoos seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 290/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor EDIVALDO FRANCISCO DA SILVA, SubJudice, matrícula nº. 16295, lotado junto à Assessoria Especial para Distribuição de Processos em 1º Grau, referentes ao período aquisitivo2009/2010, retroagindo os seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 291/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora REGINA HELENA PASSOS DE CARVALHO,Técnica Ministerial, matrícula nº 15944, lotada junto à Coordenadoria de Recursos Humanos, referentes ao período aquisitivo 1984/1985,retroagindo os seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 292/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor JOSÉ EDMILSON AMANCIO DOS SANTOS,Auxiliar Ministerial, matrícula nº 15977, lotado junto à Coordenadoria de Apoio Administrativo, referentes ao período aquisitivo 1988/1989,retroagindo os seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 293/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor GILSON ALVES DOS SANTOS, Sub Judice,matrícula nº 16121, lotado junto à Distribuição Processual de 1º Grau, referentes ao período aquisitivo 2005/2006, retroagindo os seus efeitosao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 294/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor ALCENOR GOMES LEBRE, matrícula nº16050, lotado junto à Coordenadoria de Apoio Administrativo, referentes ao período aquisitivo 1988/1989, retroagindo os seus efeitos ao dia 18de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 295/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor PAULO BARBOSA MATOS, AuxiliarMinisterial, matrícula nº 16182, lotado junto à Coordenadoria de Apoio Administrativo, referentes ao período aquisitivo 2007/2008, retroagindoos seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 296/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio de 2020 a 17 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias ao servidor RAIMUNDO NONATO FERREIRA DESOUSA, Auxiliar Ministerial, matrícula nº 15981, lotado junto à Coordenadoria de Licitações e Contratos, referentes ao período aquisitivo1994/1995, retroagindo os seus efeitos ao dia 18 de maio de 2020.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.

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5. GRUPOS REGIONAIS DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOPANHAMENTO DO

COVID - 19 []

5.1. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL PICOS-PI11740

ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos Humanos

RECOMENDAÇÃO N.º 67/2020O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo Coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde- OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por partede todos os países, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando um aumento expressivo no número de pessoas infectadas e um grandenúmero de mortes;CONSIDERANDO que as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos - incluído obrasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no número de casosconfirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testes disponibilizadospara a sua detecção;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que o Brasil já contabiliza aproximadamente 125.218 (cento e vinte e cinco mil, duzentos e dezoito) casos confirmados, com8.536 (oito mil, quinhentos e trinta e seis) mortes, a grande maioria no Estado de São Paulo, informação extraída do Portal do Ministério daSaúde em 06.05.2020;CONSIDERANDO que o Piauí já contabiliza 1051 (mil e cinquenta e um) casos confirmados, com 35 (trinta e cinco) óbitos por COVID-19,informação extraída do Portal do Governo do Estado em 06.05.2020;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal e estadual, a transmissão comunitária do novo Coronavírus;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do Coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; ea limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;

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Page 22: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

CONSIDERANDO que no âmbito estadual, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí criou em seu sítio eletrônico um link de acesso rápido amanuais, resultados, notas técnicas, formulários e boletins referentes ao Coronavírus, sem, contudo, apresentar nenhuma informação acerca decontratações e aquisições feitas para o combate ao COVID-19 (http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp);CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;RESOLVE:RECOMENDAR ao PREFEITO MUNICIPAL DE VILA NOVA DO PIAUÍ,o Sr. Edilson Edmundo de Brito e ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, que:1.Proceda no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a disponibilização de informações, através da criação de uma aba específica no portal datransparência, alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020.SOLICITAR, que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, através do e-mail: [email protected] sobre oacatamento dos termos desta Recomendação, ficando ciente de que a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO A PRESENTERECOMENDAÇÃO.Por fim, ficam advertidos os destinatários dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:(a)constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidade administrativaquando tal elemento subjetivo for exigido; e,constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se cópia desta RECOMENDAÇÃO à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação noDOEMP/PI, bem como ao CACOP para conhecimento.Autue-se e registre-se em livro próprio. Arquive-se. Cumpra-se.Picos/PI, 07 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 027/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO:que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para acompanhar e

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fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição da República;que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constituiEmergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco desaúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";que o Ministério da Saúde, em 30.01.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importâncianacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas deprevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em que uma doença seespalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencial da doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissãointerna;que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020 -CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe do Executivo, segundo oart. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidade pública em virtudeda pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de saúde com dispensa delicitação;ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da Lei ComplementarFederal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade do procedimento licitatório,conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência emoralidade;que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos de emergência e decalamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa delicitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), é expressa ao preverque a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenas enquanto perdurar aemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas as contratações ouaquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido a todas as contrataçõese aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;que a Nota Técnica n° 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do Coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótese temporária decontratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio de medidasprovisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quanto aosprocessos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;que a Nota Técnica nº 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estar adstrito à aquisiçãode bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentedo Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nos autos ademonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados a enfrentamento daEmergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid- 19;a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID- 19 deste Ministério Público, orientando os gestoresestaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto de situação deemergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumos destinados aoenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com oitem 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção àCOVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal da transparência de seusítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionados

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especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediata disponibilização em sítioeletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes da Lei n.º 13.979/2020, comtodos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, prazocontratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação),deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensa oficial, nos termosdispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, por meio da Portaria PGJ-PI nº 928/2020.RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção aoCOVID-19 pelo Município de VILA NOVA DO PIAUÍ, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim, pelo que, determina-se,desde logo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP;Comunique-se ao E. CSMP a presente instauração bem como ao CACOP;Junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de VILA NOVA DO PIAUÍ, em razão dapandemia do Novo Coronavírus - Covid-19;Solicite-se ao Município VILA NOVA DO PIAUÍ que encaminhe a este órgão ministerial, via e-mail, no prazo de 10 (dez) dias:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência oude calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORMETABELA EM ANEXO a ser preenchida pelo gestor[1Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavírus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;IV.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP- COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;OS decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI,da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/882;Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou,

Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item III.A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto.explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastosdiretos para contenção da COVID-19, conforme recomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Nahipótese de inexistir, explanar os motivos;informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Que realize o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dosrecursos públicos destinados ao combate ao novo Coronavírus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)3;Encaminhe-se a recomendação que segue a(o) Prefeito(a) e Secretário(a) de Saúde do Município de VILA NOVA DO PIAUÍ.Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de VILA NOVA DO PIAUÍ, buscando identificar:Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que

O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado o estadode emergência ou de calamidade no município.autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, notade empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e onome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação dapandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), doMinistério Público do Piauí.Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos AR's e certificação;Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019 e Ato PGJ/PI nº 1001/2020, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei,com ou sem resposta.

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Picos/PI, 08 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO N.º 56/2020O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo Coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde- OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por partede todos os países, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando um aumento expressivo no número de pessoas infectadas e um grandenúmero de mortes;CONSIDERANDO que as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos - incluído obrasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no número de casosconfirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testes disponibilizadospara a sua detecção;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que o Brasil já contabiliza aproximadamente 125.218 (cento e vinte e cinco mil, duzentos e dezoito) casos confirmados, com8.536 (oito mil, quinhentos e trinta e seis) mortes, a grande maioria no Estado de São Paulo, informação extraída do Portal do Ministério daSaúde em 06.05.2020;CONSIDERANDO que o Piauí já contabiliza 1051 (mil e cinquenta e um) casos confirmados, com 35 (trinta e cinco) óbitos por COVID-19,informação extraída do Portal do Governo do Estado em 06.05.2020;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal e estadual, a transmissão comunitária do novo Coronavírus;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do Coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,

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equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; ea limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que no âmbito estadual, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí criou em seu sítio eletrônico um link de acesso rápido amanuais, resultados, notas técnicas, formulários e boletins referentes ao Coronavírus, sem, contudo, apresentar nenhuma informação acerca decontratações e aquisições feitas para o combate ao COVID-19 (http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp);CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;RESOLVE:RECOMENDAR ao PREFEITO MUNICIPAL DE MASSAPÊ DO PIAUÍ, oSr. Francisco Epifânio Carvalho Reis e ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, que:1.Proceda no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a disponibilização de informações, através da criação de uma aba específica no portal datransparência, alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020.SOLICITAR, que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, através do e-mail: [email protected] sobre oacatamento dos termos desta Recomendação, ficando ciente de que a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO A PRESENTERECOMENDAÇÃO.Por fim, ficam advertidos os destinatários dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:(a)constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidade administrativaquando tal elemento subjetivo for exigido; e,constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se cópia desta RECOMENDAÇÃO à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação noDOEMP/PI, bem como ao CACOP para conhecimento.Autue-se e registre-se em livro próprio. Arquive-se. Cumpra-se.Picos/PI, 07 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins Júnior

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Promotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 016/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO:que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para acompanhar efiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição da República;que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constituiEmergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco desaúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";que o Ministério da Saúde, em 30.01.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importâncianacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas deprevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em que uma doença seespalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencial da doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissãointerna;que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020 -CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe do Executivo, segundo oart. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidade pública em virtudeda pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de saúde com dispensa delicitação;ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da Lei ComplementarFederal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade do procedimento licitatório,conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência emoralidade;que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos de emergência e decalamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa delicitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens,públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), é expressa ao preverque a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenas enquanto perdurar aemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas as contratações ouaquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido a todas as contrataçõese aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;que a Nota Técnica n° 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do Coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótese temporária decontratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio de medidasprovisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quanto aosprocessos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;que a Nota Técnica nº 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estar adstrito à aquisiçãode bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentedo Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nos autos a

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demonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados a enfrentamento daEmergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid- 19;a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID- 19 deste Ministério Público, orientando os gestoresestaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí,fundados no decreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens,serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com oitem 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção àCOVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal da transparência de seusítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediata disponibilização em sítioeletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes da Lei n.º 13.979/2020, comtodos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, prazocontratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação),deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensa oficial, nos termosdispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, por meio da Portaria PGJ-PI nº 928/2020.RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção aoCOVID-19 pelo Município de MASSAPÊ DO PIAUÍ, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim, pelo que, determina-se,desde logo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP;Comunique-se ao E. CSMP a presente instauração bem como ao CACOP;Junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de MASSAPÊ DO PIAUÍ, em razão dapandemia do Novo Coronavírus - Covid-19;Solicite-se ao Município MASSAPÊ DO PIAUÍ que encaminhe a este órgão ministerial, via e-mail, no prazo de 10 (dez) dias:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência oude calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORMETABELA EM ANEXO a ser preenchida pelo gestor[1Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavírus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;IV.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP- COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;OS decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI,da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/882;

Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item III.A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto.Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastosdiretos para contenção da COVID-19, conforme recomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Nahipótese de inexistir, explanar os motivos;informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Que realize o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dosrecursos públicos destinados ao combate ao novo Coronavírus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)3;

O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado o estadode emergência ou de calamidade no município.Encaminhe-se a recomendação que segue a(o) Prefeito(a) e Secretário(a) de Saúde do Município de MASSAPÊ DO PIAUÍ-PI.Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de MASSAPÊ DO PIAUÍ-PI, buscando identificar:

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Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativosde prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, ovalor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicosrelacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, daLei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos AR's e certificação;Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019 e Ato PGJ/PI nº 1001/2020, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei,com ou sem resposta.Picos/PI, 08 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 023/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO:que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para acompanhar efiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição da República;que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constituiEmergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco desaúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";que o Ministério da Saúde, em 30.01.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importâncianacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas deprevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em que uma doença seespalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencial da doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissãointerna;que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020 -CES/CNMP/1ª CCR, contendosubsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe do Executivo, segundo oart. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidade pública em virtudeda pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de saúde com dispensa delicitação;ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da Lei ComplementarFederal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade do procedimento licitatório,conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência emoralidade;que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos de emergência e de

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Page 30: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

calamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa delicitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), é expressa ao preverque a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas as contratações ouaquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido a todas as contrataçõese aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;que a Nota Técnica n° 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do Coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótese temporária decontratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio de medidasprovisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quanto aosprocessos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;que a Nota Técnica nº 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estar adstrito à aquisiçãode bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentedo Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nos autos ademonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados a enfrentamento daEmergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid- 19;a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID- 19 deste Ministério Público, orientando os gestoresestaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto de situação deemergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumos destinados aoenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com oitem 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção àCOVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Públicodo Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal da transparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente eapresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizamrealocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota deempenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nomedo fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação dapandemia decorrente do COVID-19;que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediata disponibilização em sítioeletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes da Lei n.º 13.979/2020, comtodos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, prazocontratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação),deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensa oficial, nos termosdispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, por meio da Portaria PGJ-PI nº 928/2020.RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção aoCOVID-19 pelo Município de SÃO JOÃO DA CANABRAVA, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim, pelo que,determina-se, desde logo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP;Comunique-se ao E. CSMP a presente instauração bem como ao CACOP;Junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de SÃO JOÃO DA CANABRAVA, emrazão da pandemia do Novo Coronavírus - Covid-19;Solicite-se ao Município SÃO JOÃO DA CANABRAVA que encaminhe a este órgão ministerial, via e-mail, no prazo de 10 (dez) dias:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência oude calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex:pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORME TABELA EM ANEXO a serpreenchida pelo gestor[1Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavírus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

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Page 31: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

IV.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP- COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;OS decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI,da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/882;Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias

Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item III.A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto."21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastos diretos para contenção da COVID-19, conformerecomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Na hipótese de inexistir, explanar os motivos;informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Que realize o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dosrecursos públicos destinados ao combate ao novo Coronavírus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)3;Encaminhe-se a recomendação que segue a(o) Prefeito(a) e Secretário(a) de Saúde do Município de SÃO JOÃO DA CANABRAVA.Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de SÃO JOÃO DA CANABRAVA, buscando identificar:Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativosde prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, ovalor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicosrelacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, daLei 13.979/2020, e de

O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado o estadode emergência ou de calamidade no município.acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos AR's e certificação;Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019 e Ato PGJ/PI nº 1001/2020, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei,com ou sem resposta.Picos/PI, 08 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 015/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

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Page 32: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO:que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para acompanhar efiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição da República;que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constituiEmergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco desaúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";que o Ministério da Saúde, em 30.01.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importâncianacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas deprevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em que uma doença seespalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencial da doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissãointerna;que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020 -CES/CNMP/1ª CCR, contendosubsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe do Executivo, segundo oart. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidade pública em virtudeda pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de saúde com dispensa delicitação;ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da Lei ComplementarFederal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade do procedimento licitatório,conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência emoralidade;que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos de emergência e decalamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa delicitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), é expressa ao preverque a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas as contratações ouaquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido a todas as contrataçõese aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;que a Nota Técnica n° 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do Coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótese temporária decontratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio de medidasprovisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quanto aosprocessos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;que a Nota Técnica nº 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estar adstrito à aquisiçãode bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentedo Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nos autos ademonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados a enfrentamento daEmergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid- 19;a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID- 19 deste Ministério Público, orientando os gestoresestaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto de situação deemergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumos destinados aoenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 636 Disponibilização: Terça-feira, 19 de Maio de 2020 Publicação: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

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Page 33: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com oitem 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção àCOVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Públicodo Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal da transparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente eapresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizamrealocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota deempenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nomedo fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação dapandemia decorrente do COVID-19;que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediata disponibilização em sítioeletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes da Lei n.º 13.979/2020, comtodos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, prazocontratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação),deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensa oficial, nos termosdispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, por meio da Portaria PGJ-PI nº 928/2020.RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção aoCOVID-19 pelo Município de LAGOA DO SÍTIO/PI, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim, pelo que, determina-se,desde logo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP;Comunique-se ao E. CSMP a presente instauração bem como ao CACOP;Junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de LAGOA DO SÍTIO/PI, em razão dapandemia do Novo Coronavírus - Covid-19;Solicite-se ao Município LAGOA DO SÍTIO/PI que encaminhe a este órgão ministerial, via e-mail, no prazo de 10 (dez) dias:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência oude calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex:pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORME TABELA EM ANEXO a serpreenchida pelo gestor[1Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavírus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;IV.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP- COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;OS decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI,da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/882;Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias

Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item III.A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto."21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastos diretos para contenção da COVID-19, conformerecomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Na hipótese de inexistir, explanar os motivos;informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Que realize o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dosrecursos públicos destinados ao combate ao novo Coronavírus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)3;Encaminhe-se a recomendação que segue a(o) Prefeito(a) e Secretário(a) de Saúde do Município de LAGOA DO SÍTIO.Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de LAGOA DO SÍTIO- PI, buscando identificar:Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativosde prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, ovalor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicosrelacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, daLei 13.979/2020, e de

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O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado o estadode emergência ou de calamidade no município.acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos AR's e certificação;Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019 e Ato PGJ/PI nº 1001/2020, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei,com ou sem resposta.Picos/PI, 08 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO N.º 55/2020O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo Coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde- OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por partede todos os países, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando um aumento expressivo no número de pessoas infectadas e um grandenúmero de mortes;CONSIDERANDO que as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos - incluído obrasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no número de casosconfirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testes disponibilizadospara a sua detecção;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que o Brasil já contabiliza aproximadamente 125.218 (cento e vinte e cinco mil, duzentos e dezoito) casos confirmados, com8.536 (oito mil, quinhentos e trinta e seis) mortes, a grande maioria no Estado de São Paulo, informação extraída do Portal do Ministério daSaúde em 06.05.2020;

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CONSIDERANDO que o Piauí já contabiliza 1051 (mil e cinquenta e um) casos confirmados, com 35 (trinta e cinco) óbitos por COVID-19,informação extraída do Portal do Governo do Estado em 06.05.2020;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal e estadual, a transmissão comunitária do novo Coronavírus;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do Coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; ea limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que no âmbito estadual, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí criou em seu sítio eletrônico um link de acesso rápido amanuais, resultados, notas técnicas, formulários e boletins referentes ao Coronavírus, sem, contudo, apresentar nenhuma informação acerca decontratações e aquisições feitas para o combate ao COVID-19 (http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp);CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;RESOLVE:RECOMENDAR ao PREFEITO MUNICIPAL DE LAGOA DO SÍTIO, o Sr.Antônio Benedito de Moura e ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, que:1.Proceda no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a disponibilização de informações, através da criação de uma aba específica no portal datransparência, alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020.SOLICITAR, que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, através do e-mail: [email protected] sobre oacatamento dos termos desta Recomendação, ficando ciente de que a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO A PRESENTERECOMENDAÇÃO.Por fim, ficam advertidos os destinatários dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:(a)constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidade administrativaquando tal elemento subjetivo for exigido; e,constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se cópia desta RECOMENDAÇÃO à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação noDOEMP/PI, bem como ao CACOP para conhecimento.Autue-se e registre-se em livro próprio. Arquive-se. Cumpra-se.Picos/PI, 07 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de Justiça

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5.2. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL PARNAÍBA-PI11745

Antônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO Nº 04/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas de Parnaíba, comfundamento no art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafoúnico, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que o Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas de Parnaíba instaurou o Procedimento Administrativo SIMP000012-420/2020, com o objetivo de acompanhar o surgimento e propagação do COVID-19 nos municípios de Parnaíba/PI, Luís Correia/PI, Buritidos Lopes/PI, e Cocal/PI;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constituiu Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo Coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que, em âmbito nacional editou-se a Lei Federal nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, sobre as medidas para enfrentamentoda emergência de saúde pública de importância internacional (ESPIIN) decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, comalterações posteriores via Medidas Provisórias;CONSIDERANDO o Decreto Legislativo Federal nº 6, 20 de março de 2020, que reconhece, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública, nos termos da solicitação do Presidente da República encaminhadapor meio da Mensagem nº 93, de 18 de março de 2020; o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado doPiauí, que declarou estado de calamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão dagrave crise de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que, em decorrência da situação de emergência sanitária, vários entes federados, dentre os quais o Governo do Estado doPiauí, adotou providências que, em conjunto com a Portaria Ministério da Saúde n° 356/2020, buscaram mitigar os efeitos dessa crise sanitária ede saúde pública, como se vê no Decreto estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que, dentre as medidas regulamentadas paraenfrentamento da situação de ESPIIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) decorrente do novo coronavírus, suspendeuatividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administração pública estadual direta e indireta queimplicassem em aglomeração de pessoas;CONSIDERANDO ainda o Decreto estadual nº 18.902, de 23 de março de 2020, estabeleceu medidas no sentido de suspender as atividadescomerciais e de prestação de serviços no âmbito do Estado do Piauí, ressalvando apenas algumas atividades de caráter essencial; o Decretoestadual nº 18.947, de 22 de abril de 2020, que dispõe sobre o uso obrigatório de máscara de proteção facial, como medida adicional aoenfrentamento da Covid-19; e o Decreto estadual nº 18.966, de 30 de abril de 2020, que, dentre outras medidas, prorrogou até a data de 21de maio de 2020 as medidas sanitárias determinadas pelos Decretos estaduais 18.901 e 18.902;CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde públicade importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019, estabelecendo que, para tanto, as autoridades poderãoadotar medidas, no âmbito de suas competências (art. 3º);CONSIDERANDO que o art. 3º, §4º, da Lei nº 13.979/2020, estabelece que as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidasprevistas, e o descumprimento de tais medidas poderá acarretar a responsabilização, inclusive penal, nos termos dos delitos previstos nos artigos268, 131 e 132 do Código Penal;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, nos termos do art. 196, da Constituição Federal, e, nesse cenário depandemia, necessário se faz resguardar a saúde da população, evitando transmissões comunitárias, principalmente, através da mitigação docontato entre as pessoas, para controle da disseminação do vírus;CONSIDERANDO o elevado risco de que uma contaminação simultânea de grande parte da população do Estado do Piauí pela Covid-19acarrete um colapso ao sistema de saúde, em decorrência da virtual insuficiência de profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos nasredes pública e privada para tratar, ao mesmo tempo, milhares de pessoas com sintomas graves de insuficiência respiratória aguda, tratamentoeste que, numa quantidade considerável de casos, exige entubação para ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO as medidas de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que objetivam, principalmente, reduzir econtrolar a velocidade de transmissão do vírus, para que, assim, o sistema de saúde tenha tempo de reforçar sua estrutura comequipamentos (EPIs, respiradores e testes de diagnóstico) e recursos humanos capacitados;CONSIDERANDO que a alta velocidade da taxa de propagação da doença, associada à insuficiente realização de testes da Covid-19 noEstado do Piauí e à deficiente estruturação dos hospitais de todo estado prenunciam um cenário catastrófico;

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CONSIDERANDO que é função primordial da Administração Pública, neste momento de emergência sanitária, adotar as providênciasnecessárias a impedir aglomerações e tumultos em filas de agências bancárias, especialmente neste período em que as pessoas têm buscado orecebimento do auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal;CONSIDERANDO que as providências adotadas através de Recomendações aos Bancos e Lotéricas, até agora pelos Municípiosabrangidos pelo Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas de Parnaíba não estão se mostrando eficazes para organizarfilas externas às agências bancárias e casas lotéricas, evitando aglomerações de pessoas com o distanciamento necessário, a exemplodo que se vê em imagens veiculadas, em redes sociais, de aglomerações de pessoas em filas nas agências da Caixa Econômica Federal,localizada nestas municipalidades;CONSIDERANDO que ao agente público são outorgados poderes administrativos para a consecução dos interesses da coletividade, interessesesses consubstanciados, no atual contexto, em proteção da saúde e da vida das pessoas, diante da pandemia da Covid-19;CONSIDERANDO que o Chefe do Poder Executivo Municipal tem o poder-dever de adotar providências hábeis a sanar o problema notório erecalcitrante de aglomerações na área externa das agências bancárias situadas na cidade;CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça a expedirRecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assim como resposta porescrito;CONSIDERANDO a urgência por ocasião do início do pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial, programado para o dia18/05/2020, conforme calendário de pagamento divulgado pela Caixa Econômica Federal;RESOLVE:RECOMENDAR, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária e outras com elasconvergentes:I) AOS EXMOS. SRs. PREFEITOS DAS COMARCAS DOS MUNICÍPIOS DE PARNAÍBA/PI, LUÍS CORREIA/PI, BURITI DOS LOPES/PI, ECOCAL/PI: ADOTEM todas as medidas administrativas necessárias para a fiscalização de aglomerações de filas de espera em todas as agênciasbancárias e casas lotéricas do respectivo município, bem como de quaisquer outros locais, do lado externo, onde se desenvolvam atividadesou serviços essenciais em que possam ocorrer filas e/ou aglomerações, devendo ser garantida a distância de, pelo menos, 2 (dois) metrosentre as pessoas que estejam aguardando atendimento, e, para tanto:a) Em relação às agências da Caixa Econômica Federal, procedam, no prazo de 72h (setenta e duas horas), à interdição das vias públicaspara o tráfego de veículos, dos trechos que compreendam os quarteirões onde estão localizadas as referidas agências bancárias,evitando, assim, que as filas fiquem concentradas e se prolongando ao longo das calçadas, fazendo quem sabe, filas em estilo caracol narespectiva rua isolada, por faixas de isolamento, gradeado temporário ou cones, e facilitando que as pessoas respeitem a distância de 2m ( doismetros ) umas das outras, e, se possível, aplicando medida idêntica em relação vias públicas nas quais estão situadas as Casas Lotéricas;b) Procedam para que no prazo de 72h (setenta e duas horas) seja feita marcação do posicionamento dos clientes em fila na CaixaEconômica Federal e nas Casas Lotéricas, com uso de adesivos, pinturas provisórias ou outros meios, da distância mínima de 2 (dois)metros entre os clientes, e, caso seja insuficiente, busque outras opções para que não haja aglomerações e seja respeitada a distância mínima;c) Mantenham interlocução com os representantes das agências bancárias e casas lotéricas localizadas na municipalidade, em especialcom o Gerente de Agência da Caixa Econômica Federal e proprietários das casas lotéricas, acerca de soluções conjuntas, rápidas eeficazes aos problemas das aglomerações em filas;d) Promovam a distribuição de máscaras no local onde ocorre a formação de filas e nos pontos de maiores aglomerações, orientando apopulação sobre as medidas de prevenção covid-19; caso seja possível, colocação de toldos temporários para evitar que as pessoas nasfilas, fiquem expostas ao forte sol;e) Disponibilizem pessoal, devidamente protegido com máscaras e outros EPIs devidos, para organizar as filas externas de todas asagências bancárias e lotéricas da municipalidade, sendo observada a distância de, pelo menos, 2 (dois) metros entre as pessoas que estejamaguardando atendimento;f) Expeça todos os atos administrativos necessários a viabilizar o exercício do poder-dever de agir da Administração Pública, com vistasa evitar aglomerações nos arredores das agências bancárias e lotéricas;g) Divulguem as ações implementadas.II. AOS ÓRGÃOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA MUNICIPAIS: INTENSIFIQUEM a fiscalização nas imediações de agências bancárias, principalmente da Caixa Econômica Federal, casas lotéricas domunicípio e demais pontos de aglomeração, ao tempo em que oriente a população acerca das medidas de prevenção à Covid-19 e danecessidade de obediência do distanciamento mínimo de 2 (dois) metros entre as pessoas que estejam aguardando atendimento em filas, comvistas a evitar a disseminação do vírus.IMPORTANTE: Aos destinatários da presente recomendação, em caso de aglomerações e tumultos, na área externa dos estabelecimentos, oudescumprimento das medidas de prevenção, que comuniquem o fato imediatamente às autoridades policiais do município, para adoção dasprovidências cabíveis.COMUNIQUE-SE a este órgão ministerial, através dos emails [email protected], e [email protected],no prazo de 48 horas do recebimento deste, as medidas adotadas, especialmente quanto ao acatamento da presente Recomendação.Consigne-se que o não cumprimento desta Recomendação pelas autoridades públicas implicará na adoção das medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis à espécie, inclusive, responsabilidade por ato de improbidade administrativa e/ou criminal.E DETERMINAR que:ENCAMINHE-SE, urgentemente, a presente Recomendação aos Promotores de Justiça dos Municípios que compõem o Grupo Regional deParnaíba, a fim de que, em sendo necessários nas suas respectivas comarcas, remetam aos Prefeitos dos Municípios de Parnaíba/PI, LuísCorreia/PI, Buriti dos Lopes/PI, e Cocal/PI e aos órgãos de Vigilância Sanitária Municipais, onde houver, e Secretarias da Saúde, parafins de conhecimento, cumprimento e divulgação;REMETA-SE cópia da presente Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), para fins de conhecimento econtrole, via e-mail;PUBLIQUE-SE a presente Recomendação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Cumpra-se.Parnaíba-PI, 18 de maio de 2020.ANTENOR FILGUEIRAS LÔBO NETOPromotor de JustiçaCoordenador do Grupo Regional de ParnaíbaFRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPromotora de JustiçaSubcoordenadora do Grupo Regional de ParnaíbaCRISTIANO FARIAS PEIXOTOPromotor de JustiçaRÔMULO PAULO CORDÃOPromotor de Justiça

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Page 38: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200519_636.pdfO Município se refere à prática do crime de ameaça,

FERNANDO SOARES DE OLIVEIRA JÚNIORPromotor de JustiçaRUSZEL LIMA VERDE CAVALCANTEPromotor de JustiçaFRANCISCO TÚLIO CIARLINI MENDESPromotor de JustiçaGALENO ARISTÓTELES COELHO DE SÁPromotor de Justiça

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