16
SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO Edição Especial 85 - Maio de 2017 Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 E s t u d o S e t o r i a l E s t u d o S e t o r i a l Recuperação lenta e gradual na Saúde Suplementar

Estudo Setorial - sumaeconomica.com.br · primeiro bimestre, voltando ao patamar dos dois dígitos, uma “rotina” que acompanhou o setor ao longo de quase uma década, antes da

  • Upload
    lehuong

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃOEdição Especial 85 - Maio de 2017

Revista Suma Economica

ISSN

0100

-859

5Estudo SetorialEstudo Setorial

Recuperação lenta e gradual na Saúde Suplementar

Foco em resultados: uma visão 360º

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Aprenda a equilibrar sustentabilidade e resultados financeiros.

Hoje sabemos que o lucro de nada vale se sua empresa não gera também uma memória positiva na mente do consumidor.

Neste curso, você vai aprender que resultado é sustentabilidade. É preciso que tanto as empresas quanto os profissionais desenvolvam seu potencial para melhorar continuamente.

Estudo Setorial - Maio 2017 3

Seguros, Previdência e Capitalização

A retomada do crescimento já é sentida no mercado de seguros, que voltou a registrar resultados positivos, antecipando-se à maioria dos demais

segmentos econômicos. O avanço foi expressivo no primeiro bimestre, voltando ao patamar dos dois dígitos, uma “rotina” que acompanhou o setor ao longo de quase uma década, antes da crise que virou a economia brasileira de cabeça para baixo, nos últimos dois anos.

O otimismo também reapareceu. O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, por exemplo, já afirmou que “há espaço muito grande para a recuperação em 2017”.

Mas, ainda há gargalos que precisam ser removidos. É o que ocorre, por exemplo, na saúde suplementar, tema da reportagem de capa. O aumento das taxas de desemprego vem se refletindo nos resultados desse segmento, que perdeu um milhão de beneficiários em 2016.

Os elevados custos também pressionam a saúde suplementar, desafiando a sustentabilidade do setor, que tem extrema importância para os brasileiros, atendendo a quase 50 milhões de pessoas e movimentando recursos expressivos.

editorial

Mercado de seguros sai na frente Já nos seguros residenciais e de transportes, a

expectativa é a de que, finalmente, se confirme nos próximos anos, o grande potencial alardeado pelos especialistas.

Não é algo impossível, longe disso. Afinal, apenas 14,5% das residências estão cobertas pelo seguro e, na área de transportes, será preciso muita proteção quando a economia voltar aos eixos.

No ramo de veículos, o recrudescimento da violência aumenta a sinistralidade e encarece o seguro em alguns estados, como o Rio de Janeiro. Além disso, os seguradores prometem reagir aos novos “concorrentes”, que atuam mesmo sem o respaldo da lei, comercializando a chamada “proteção veicular”.

Esta edição do “Estudo Setorial” traz uma novidade. Ao contrário das publicações anteriores, focadas em um único segmento, publicamos, agora, matérias sobre diferentes modalidades de seguros, previdência aberta e capitalização. Esperamos que este “combo” agrade a vocês.

Boa Leitura!

Estudo Setorial - Maio 20174

Seguros, Previdência e Capitalizaçãoíndice

A edição especial sobre SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO é um suplemento da revista SUMA ECONOMICA, uma publicação da COP EDITORA LTDA.DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected] DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]ÇÃO:Alexis Cavichini Filho - Jorge ClappPROjETO GRÁfICO:CRIA Comunicação - www.criavisual.com.brDIAGRAMAÇÃO:Suma EconomicaDIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondim - [email protected]:[email protected]

WEB DESIGNER/INTERNET:Alessandra Moura - [email protected] CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.brCIRCULAÇÃO:Otacílio Vieira FilhoRIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 - Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

As fotos dos executivos são parte dos acervos das instituições CNseg, FenaCap, FenaSaúde, FenaPrevi e Bradesco Seguros

03

0605

081011

EDITORIALMercado de seguros sai na frente

SAÚDE SUPLEMENTARDesemprego afeta a Saúde Suplementar

MERCADOMercado volta a crescer em 2017

BRADESCO SEGUROSBradesco Saúde mantém liderança

RESIDENCIALBrasileiro protege pouco a própria casa

TRANSPORTESSeguro de transportes tem grande potencial

121314

AUTOMÓVEISViolência aumenta preços do seguro

PREVIDÊNCIAMais de 13 milhões já têm um plano privado

CAPITALIZAÇÃOMais de R$ 1 bilhão injetados na economia

Estudo Setorial - Maio 2017 5

Seguros, Previdência e Capitalizaçãomercado

Os efeitos provocados no mercado de seguros pelo cenário de instabilidade econômica no Brasil nos últimos dois anos começam a arrefecer. O

otimismo já prevalece entre as lideranças do setor. O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, por exemplo, comemorou os percentuais indicados pelas estatísticas mais recentes, ao participar da abertura do 6º Encontro de Resseguro, realizado no Rio de Janeiro, no início de abril. “Há espaço muito grande para a recuperação”, afirmou o executivo, em conversa com a imprensa.

De fato, os dados oficiais da Superintendência de Seguros Privados (Susep), indicam que o mercado de seguros voltou a apresentar crescimento na faixa de dois dígitos no primeiro bimestre deste ano, com um salto da ordem de 10,2% na receita de prêmios, em comparação ao mesmo período do exercício passado. “Mesmo com o Brasil enfrentando recessão muito forte nos últimos dois anos, o nosso setor mostrou certa resiliência”, frisou Coriolano.

Na avaliação dele, o mais importante é que continuam a surgir indicadores de que essa tendência pode ser consolidada ao longo deste ano. Coriolano citou, como exemplo, a provável aprovação, no Congresso Nacional, de novas regras para o seguro garantia de obras públicas, com cobertura de até 30% do valor da obra, antiga aspiração das seguradoras.

Outra nova oportunidade que se pode ver no horizonte é a postura do Governo que já admite discutir o fim do monopólio estatal no seguro de acidentes de trabalho, o qual foi estatizado por decisão do governo militar faz cinco décadas, que deve ser aberto para as seguradoras privadas.

O presidente da CNseg enfatizou que, em ambos os casos, o setor privado está pronto para assumir danos vultosos, “que requerem a participação forte do resseguro”.

Marcio Coriolano acredita que o mercado de seguros poderá crescer até 11% em 2017. Se essa projeção for confirmada, o setor voltará a ter um significativo incremento real (acima da inflação acumulada no ano). “O setor sempre responde positivamente às políticas públicas que venham a contribuir para o restabelecimento do cenário macroeconômico

Mercado volta a crescer em 2017brasileiro”, ressaltou o executivo, no editorial da “Carta do Seguro”, editada pela CNseg.

No texto, ele destacou ainda o relevante papel desempenhado pelo mercado ao oferecer uma ampla rede de proteção securitária e de amparo para a população, fundamental especialmente neste momento de incertezas na economia brasileira. Nesse contexto, ele apontou, como destaque, o considerável avanço dos valores devolvidos que o setor vem devolvendo para os consumidores, sob a forma de indenizações, resgates, sorteios e benefícios. No ano passado, foram reinjetados na economia, para cumprir essa finalidade, mais de R$ 121 bilhões, com média diária de aproximadamente R$ 330 milhões.

“Mesmo com o Brasil enfrentando recessão muito forte nos últimos dois anos, o nosso setor mostrou certa resiliência”.

Marcio Coriolano, presidente da CNseg

Estudo Setorial - Maio 20176

Seguros, Previdência e Capitalização

O setor de saúde suplementar está entre os mais atingidos pelo aumento expressivo das taxas de desemprego no Brasil. As pesquisas mais recentes,

que indicam um universo de aproximadamente 14 milhões de desempregados, preocupam ainda mais as lideranças desse segmento e tornam incertas as projeções sobre o desempenho da carteira em 2017.

A presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Palheiro Mendes, por exemplo, já admite que a recuperação da saúde suplementar “será lenta e gradual”.

Na visão dela, um dos principais fatores que emperram a retomada em um ritmo mais intenso é, de fato, o aumento do desemprego. “Em 2016, o Brasil fechou 1,32 milhão de empregos formais. Muitas dos desempregados perderam o plano de saúde corporativo e entraram na lista de pessoas que deixaram de ser assistidas por esse beneficio”, observa a executiva.

A FenaSaúde divulgou, em meados de abril, dados oficiais da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) os quais indicam que o mercado perdeu mais

Desemprego afeta a Saúde Suplementarde um milhão de beneficiários entre março de 2016 e março de 2017.

O total de beneficiários dos planos privados caiu de 48,6 milhões para 47,6 milhões entre os dois períodos comparados.

A pesquisa realizada pela agência reguladora comprova a relação entre desemprego e redução do número de beneficiários: a maior queda ocorreu exatamente no segmento de planos coletivos empresariais (planos e seguros contratados pelas empresas para os seus empregados), com recuo de 32,2 milhões para os atuais 31,6 milhões de vínculos entre os dois períodos comparados.

Mas, o desemprego não é o único “responsável” pelo mau momento vivido pela saúde suplementar. Como a FenaSaúde vem alertando, tão relevantes quanto essa questão, os custos elevados continuam desafiando a sustentabilidade do setor.

CUSTOS

A elevação da taxa de sinistralidade, ou seja, a relação entre as despesas assistenciais sobre as receitas de uma operadora, vem preocupando o setor de Saúde Suplementar, em especial as entidades representativas das operadoras de planos. A sinistralidade da saúde atingiu 84,4% no terceiro semestre de 2016 apenas com a assistência médica.

Esse foi, inclusive, um dos temas mais discutidos na mesa redonda “Controle da Sinistralidade na Saúde Suplementar, realizada em Brasília, na primeira quinzena de abril.

Na ocasião, o superintendente da FenaSaúde, Sandro Leal, afirmou que o setor enfrenta um forte desafio com o crescimento elevado das despesas assistenciais, tendo que manter o equilíbrio econômico dos contratos e a solvência das operadoras e do próprio sistema de saúde suplementar.

“A recuperação da saúde suplementar será lenta e gradual”.

Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde

Estudo Setorial - Maio 2017 7

Seguros, Previdência e Capitalização

Seguro saúde com franquiaA saúde suplementar é tratada também em um amplo projeto elaborado pelos deputados que integram a Comissão

de Finanças e Tributação da Câmara visando a consolidar toda a legislação referente ao Sistema Financeiro Nacional, incluindo os mercados de seguros, previdência completar aberta e capitalização.

A proposta cria um novo modelo de Seguro-Saúde, com cobertura aos riscos de assistência médica e hospitalar.

A principal novidade é que, de acordo com o projeto, a cobertura desse seguro ficará sujeita ao regime de franquia.

Caberá ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) definir critérios e fixar os percentuais de participação obrigatória dos segurados nos sinistros, levando em conta os índices salariais dos segurados e seus encargos familiares.

O CNSP também estabelecerá tabelas de honorários médico-hospitalares, observando a média regional dos honorários e a renda média dos pacientes, incluindo a possibilidade da ampliação voluntária da cobertura pelo acréscimo do prêmio.

Pela proposta, a garantia do Seguro-Saúde consistirá no pagamento em dinheiro, efetuado pela seguradora, à pessoa física ou jurídica prestante da assistência médico-hospitalar ao segurado.

Outro ponto importante é que a livre escolha do médico e do hospital será obrigatória.

O pagamento das despesas cobertas pelo Seguro-Saúde dependerá de apresentação da documentação médico hospitalar que possibilite a identificação do sinistro.

Será vedado às seguradoras acumular assistência financeira com assistência médico-hospitalar.

saúde suplementarEle apresentou estudos da FenaSaúde segundo os

quais, na última década, o resultado consolidado do setor foi positivo em apenas quatro anos, reflexo de um cenário em que os custos quase sempre crescem bem acima das receitas.

A federação apurou que a despesa assistencial per capita mais que dobrou de tamanho em apenas oito anos, com avanço de 138% entre 2008 a 2016. A inflação acumulada no mesmo período (IPCA) ficou em 65,8%.

Segundo Leal, mesmo diante desses percentuais, o

Crise não atinge planos odontológicos

A pesquisa de mercado divulgada pela FenaSaúde mostra que o quadro de instabilidade na saúde suplementar, deflagrado, principalmente, pelo aumento do número de desempregados no país, curiosamente não atingiu o segmento de planos odontológicos.

Nessa modalidade, o número de beneficiários cresceu 7,6%, entre os dois períodos comparados.

Atualmente 22,5 milhões de pessoas possuem um plano odontológico no Brasil.

reajuste autorizado pela ANS para os planos individuais, no período, foi de 104,2%. “Isto mostra o descompasso entre a capacidade de pagamento das pessoas com o ritmo de crescimento dos custos da assistência à saúde”, lamentou.

Para o executivo da FenaSaúde, diante desse quadro, torna-se fundamental equacionar os fatores que causam o crescimento excessivo dos custos, dentre eles a incorporação de tecnologias sem custo-efetividade comprovada, abusos e fraudes no uso de OPME. “Além dos desperdícios em geral que são observados ao longo de toda a cadeia produtiva”, acrescentou.

Estudo Setorial - Maio 20178

Seguros, Previdência e Capitalização

A Bradesco Saúde é a líder consolidada do mercado de planos e seguros privados de saúde, com destaque no segmento de planos coletivos, para empresas de todos

os tamanhos, atuando em todas as regiões do país.

Hoje, o grupo atende a cerca de 4 milhões de beneficiários e está presente em mais de 1,4 mil municípios.

A Bradesco Saúde e sua controlada Mediservice apresentaram em 2016 faturamento superior a R$ 20,8 bilhões, crescimento de 15,1% em relação ao ano anterior.

Já o valor pago a médicos, hospitais, clínicas e laboratórios somou R$ 19,09 bilhões. A empresa cobriu cerca de 21 milhões de consultas, 663 mil internações e cerca de 120 milhões de outros procedimentos, média de 388 mil registros diários.

Segundo o diretor Geral da Bradesco Saúde, Manoel Peres, no primeiro trimestre, o faturamento foi superior a R$ 5 bilhões, crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2016. “A expectativa para faturamento da Bradesco Saúde é atingir o guidance do banco, entre 6% e 9%”, afirma o executivo.

Bradesco Saúde mantém liderançaNo período, a carteira de pequenas e médias empresas

(SPG) – grupos de até 199 segurados – apresentou pequena queda em números de beneficiários, mas aumento de 17,5% em faturamento. Até março de 2017, esse segmento englobava cerca de um milhão de segurados e mais de 137 mil empresas clientes. O SPG é o grande destaque da carteira da seguradora.

PENETRAÇÃO

Um dos pontos que diferencia a Bradesco Saúde de suas concorrentes é a sua penetração, devido, em grande parte, à presença do Banco Bradesco em quase todos os municípios do país. Em todas as agências do Banco existe um corretor capacitado para comercializar o melhor plano de saúde, de acordo com o perfil e a necessidade do cliente.

Além disso, para garantir a qualidade da rede de prestadores e profissionais de saúde, a Bradesco Saúde, no processo de avaliação do ingresso do referenciado, adota criteriosa seleção, através de avaliação curricular, confirmação da titulação nos conselhos de medicina e avaliação de documentações do estabelecimento. Periodicamente, há revisão e atualização do cadastro.

O referenciado é constantemente monitorado, através de indicadores de qualidade assistencial e relacionados a satisfação do beneficiário.

INCENTIVO

Peres também destaca a importância de se incentivar os beneficiários a adotarem hábitos saudáveis, o que também pode contribuir para a reversão da tendência inflacionária de custos médicos.

A Bradesco Saúde, por exemplo, oferece uma grande quantidade estruturada de informações e serviços que permitem uma melhor gestão do benefício de saúde pela área de Recursos Humanos da empresa.

Nessa linha, ele cita o “Programa Juntos Pela Saúde”, que indica ações de prevenção que vão desde a entrega de material explicativo e realização de palestras ministradas por

“A expectativa para faturamento da Bradesco Saúde é atingir o guidance do banco, entre 6% e 9%”.

Manoel Peres, Diretor Geral da Bradesco Saúde

Estudo Setorial - Maio 2017 9

Seguros, Previdência e Capitalização

profissionais especializados até a elaboração de programas específicos de gestão de patologias.

Já o Sistema de Informações Gerenciais (SIGE) disponibiliza informações para auxiliar a área de recursos humanos das empresas contratantes a incrementar a sua própria gestão interna de custos.

Na outra ponta estão os programas de gestão da rede de assistência médico-hospitalar, que estimulam a qualidade da prestação do serviço, a resolubilidade do atendimento e a racionalização dos custos. (ver box)

Não por acaso, portanto, a Bradesco Saúde recebeu, pela segunda vez consecutiva, o selo de Acreditação com a qualificação de nível 1, o mais alto segundo critérios que seguem padrões da ANS.

Qualidade de vida

A Bradesco Seguros investe em ações que ajudam a sociedade a ter uma melhor qualidade de vida, com mais saúde. Conheça alguns projetos:

1 - Fórum da Longevidade Bradesco Seguros - Reúne especialistas nacionais e internacionais, para debater os diversos aspectos que envolvem uma vida longeva. Em 2016, o Fórum chegou à sua 11ª edição.

2 - Prêmios Longevidade Bradesco Seguros - Desperta a sociedade para a importância da longevidade, valorizando o envelhecimento saudável, a qualidade de vida e a preparação dos mais jovens para um futuro melhor.

3 - Circuito da Longevidade - Incentiva a atividade física como aliada na manutenção da saúde. São provas de corrida e de caminhada, em diversas cidades.

4 - Porteiro Amigo do Idoso - Prepara esse profissional para atuar na resolução de problemas da população longeva. 5 - Espaço Viva Mais - Oferece conteúdo sobre saúde, bem-estar, alimentação, viagens, finanças pessoais e

atrações musicais.

Programas de gestão

A Bradesco Seguros oferece diversos programas que visam a estimular a qualidade da prestação do serviço, a resolubilidade do atendimento e a racionalização dos custos. Destaque para os seguintes programas:

1 - MEU DOUTOR - Disponível em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador, nas especialidades de “Clínica Médica” e “Pediatria”. Exclusivamente na cidade de São Paulo, há especialistas em “Coluna”, “Traumato-ortopedia”, “Diabetes” e “Cardiologia”.

2 - SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA - Proporciona alternativas de tratamento de patologias de coluna vertebral, que não sejam a intervenção cirúrgica, com ou sem colocação de prótese. Mais de 67% dos casos indicados para cirurgia de coluna foram desaconselhados pelo projeto;

3 - OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais de alto custo) - Abrange as melhores marcas e visa a gerar economia para todos. Pelos altos volumes envolvidos, o grupo consegue negociar melhores preços com fabricantes e distribuidores.

4 - APLICATIVOS - Os aplicativos para iPhone e iPad disponibilizam serviços como consulta da rede referenciada, benefício de desconto de medicamento e reembolso; e a “Legislação de Saúde Suplementar”.

CORRETORES

Voltado aos corretores, há o Novo Emissão Expressa - NEE, que permite aos profissionais cadastrados na seguradora ter maior praticidade nas vendas e mais rapidez nas cotações e no processo de implantação do seguro saúde, por meio de uma plataforma web integrada.

Além disso, foi reformulado o “Movimentação Expressa” (MOVE SPG), que automatiza o processo de movimentação das apólices SPG (Seguro Para Grupos) de até 199 vidas.

Ainda para os corretores, há o “Manual 100% Corretor Bradesco Saúde – SPG”, que detalha as características do Bradesco Saúde SPG com informações completas.

empresas

Estudo Setorial - Maio 201710

Seguros, Previdência e Capitalização

O mercado de seguros tenta mudar ou, ao menos, tornar mais “equilibrado” um aspecto cultural do brasileiro que foge à lógica: as pessoas tendem a

pensar muito mais em contratar uma proteção para o veículo, especialmente se for zero km, que buscar uma cobertura para a residência, cujo valor é muito maior.

Não é tarefa fácil. Menos de 15% das residências estão cobertas pelo seguro no Brasil. A situação até já foi bem pior, mas a mudança vem ocorrendo de forma muito mais lenta do que seria indicado ou desejado por seguradores e corretores.

Dados recentes da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) revelam que, em 2016, foram comercializadas aproximadamente 9,9 milhões de apólices do produto, apenas 800 mil a mais que no exercício anterior.

Assim, o chamado “índice de penetração” do seguro residencial não passou de 14,5% no final de 2016, contra 13,3% em 2015. O número de residências permaneceu na faixa de 68 milhões de domicílios no período comparado.

RECEITA

A FenSeg apurou ainda que a receita de prêmios apurada com a comercialização de seguros residenciais atingiu R$ 2,4 bilhões no acumulado de janeiro a dezembro de 2016.

A Região Sudeste, onde estão 61,3% dos imóveis segurados no país, respondeu por mais da metade daquele total, com R$ 1,5 bilhão.

Ainda assim, o percentual de domicílios segurados nos quatro estados da região não deixa de ser modesto. O Sudeste possui 30 milhões de domicílios, dos quais apenas

residencial

Brasileiro protege pouco a própria casa

Coberturas amplasO seguro residencial tem amplas coberturas tanto para a estrutura física do imóvel quanto para o conteúdo (móveis,

aparelhos eletroeletrônicos etc.).

Em geral, estão cobertos os danos provocados por incêndio e queda de raio ou explosões, danos elétricos, roubo, vendaval e responsabilidade civil.

Algumas seguradoras também oferecem seguro contra enchentes Mas, neste caso, o preço pode ser mais elevado, dependendo da região do imóvel.

Além disso, o segurado pode contratar assistência 24 horas, muito útil para inúmeros problemas que surgem em uma residência, incluindo serviços de chaveiro, encanador e eletricista, entre outros.

6,1 milhões (20,5%) estão cobertos pelo seguro. O maior Índice de Penetração foi apurado na Região Sul. onde 22,8% dos imóveis residenciais estão segurados. A receita apurada no Sul, em 2016, somou R$ 568 milhões.

ESTADOS

Ainda de acordo com o levantamento realizado pela FenSeg, os estados que, apresentaram as maiores arrecadações em 2016 foram São Paulo (R$ 1 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 300 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 250 milhões), Paraná (R$ 191 milhões), Minas Gerais (R$ 168 milhões) e Santa Catarina (R$ 126 milhões).

São Paulo e Rio de Janeiro, juntos, geraram 53,79% do total de prêmios arrecadados A região Sudeste teve uma participação de 84,27% no total geral.

Estudo Setorial - Maio 2017 11

Seguros, Previdência e Capitalizaçãotransportes

Especialistas são unânimes em assegurar que o seguro de transportes está entre as modalidades com maior potencial para crescer nos próximos

anos, a reboque da retomada do processo de incremento econômico. O consultor Francisco Galiza, ressalta, no entanto, que a receita de prêmios ainda tem avançado pouco nessa carteira. “Em 2016, o seguro de transportes faturou R$ 3 bilhões, contra R$ 2,8 bilhões em 2015.

O avanço ocorre lentamente, mas, o potencial é grande, principalmente quando o comparamos com a evolução recente de outras áreas do setor de seguros, como pessoas ou saúde”, afirma Galiza.

Citando a mais recente edição do Anuário CNT de Transportes, editado pela Confederação Nacional de Transportes, ele lista números exuberantes.

No transporte rodoviário, por exemplo, há, no Brasil, 157 mil empresas transportadoras de carga, 724 mil transportadores autônomos e 329 cooperativas.

Tudo isso circulando em uma malha rodoviária de 1,7 milhões de quilômetros, mas com pavimentação em apenas 12% delas.

No segmento ferroviário, o volume anual transportado de carga é de mais de 300 milhões de toneladas por km útil.

No transporte aquaviário, o Brasil movimenta anualmente mais de um bilhão de toneladas e, no

Seguro de transportes tem grande potencialaeroviário, as 2,5 mil aeronaves registradas fazem mais de um milhão de voos por ano.

Esse universo necessita de coberturas do seguro que cubram as necessidades específicas de cada modal.

Galiza enfatiza a necessidade de um bom gerenciamento de riscos para que se possa reduzir os reflexos de alguns dos problemas que atingem o segmento, como o aumento da taxa de sinistralidade, consequência direta do crescimento no roubo de carga e da criminalidade, fenômenos gerados pela atual situação econômica do país. “Para isso, corretores e seguradora precisam trabalhar juntos em busca de uma carteira mais eficiente”, sugere o consultor.

Outro ponto importante apontado por ele é Resolução 631/2016, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece os requisitos mínimos de segurança para amarração das cargas transportadas em veículos, o que levará, consequentemente, à diminuição nos sinistros causados por tombamentos.

Galiza aconselha ainda que os corretores de seguros estejam atentos aos movimentos dos principais agentes desse sistema, como os proprietários da carga e transportadores. “Como é um ramo mais técnico do que os usuais, é importante entender bem as condições gerais, explicitando os direitos e deveres do segurado”, explica o consultor, para quem é essencial também avaliar a situação dos contratos de compra e venda, nos seus vários aspectos.

Estudo Setorial - Maio 201712

Seguros, Previdência e Capitalizaçãoautomóveis

O avanço da violência nas grandes cidades está se refletindo no preço do seguro de veículos. O problema é mais grave no Rio de Janeiro. “Não há

qualquer companhia trabalhando no azul no Rio de Janeiro”, advertiu o presidente do Sindicato das Seguradoras RJ/ES, Roberto Santos, em palestra realizada para os associados e convidados do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro, em meados de abril.

Sem medir palavras, Santos alertou que o problema atinge não apenas o mercado, mas principalmente os consumidores, uma vez que o preço do seguro de veículos está “explodindo” no Rio de Janeiro.

Segundo ele, isso decorre da necessidade de as seguradoras ajustarem os valores diante do rápido aumento da sinistralidade. Além disso, muitas companhias estão adotando também algumas restrições antes de assumirem novos riscos em determinadas regiões, inclusive em áreas nobres da capital do estado, antes praticamente “imunes” ao problema. “Até mesmo na Zona Sul, que sempre foi mais calma, estamos apurando uma frequência muito elevada de roubos e furtos”, comentou o executivo.

Santos assegurou que o ajuste nos preços contraria vontade das seguradoras. Isso porque essas variações no custo do seguro invariavelmente provocam uma debandada de segurados, com a consequente redução da frota segurada. “Isso já vem ocorrendo no Rio de Janeiro”, revelou.

Há ainda outro problema, que afeta também os interesses dos acionistas das seguradoras: a queda dos resultados

Violência aumenta preços do seguroapurados, que tendem a ser cada vez mais insatisfatórios para as empresas do setor quando uma das principais modalidades de seguros esbarra em um cenário tão negativo.

Roberto Santos deixou a plateia ainda mais apreensiva ao deixar claro que a situação é, de fato, muito crítica e que não há “sinal que vá mudar”, até em razão dos problemas enfrentados pela área de Segurança Pública. “Não há contingente de policiais suficiente para trabalhar no combate aos roubos e furtos de veículos. Este é, sem dúvida, o momento mais crítico que eu presenciei em 37 anos no mercado de seguros”, disse o presidente do Sindicato das Seguradoras.

CONCORRENTES

Esse não é o único motivo de preocupação para os seguradores. O avanço do mercado marginal, constituído por associações e entidades que comercializam a chamada “proteção veicular” como se fosse um tipo de seguro, também está se refletindo no resultado das seguradoras. Não por acaso, o Sindicato das Seguradoras RJ/ES promete adotar ações de efetivo combate a esses “concorrentes”.

Segundo Roberto Santos, está sendo elaborado, inclusive, um plano de comunicação para cuidar dessa questão e esclarecer a sociedade sobre os riscos para quem contrata a “proteção”.

A intenção é explicar para a população a diferença entre seguradoras que atuam dentro da lei, fiscalizadas pela Susep e provisionando reservas para garantir o cumprimento de seus compromissos, e as associações ilegais.

Estudo Setorial - Maio 2017 13

Seguros, Previdência e Capitalizaçãoprevidência

O futuro incerto da Previdência Social e a polêmica em torno das reformas propostas pelo Governo estão levando cada vez mais brasileiros a optarem por um

plano privado. Segundo a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), o sistema já contabiliza mais de 13 milhões de indivíduos com planos.

Desse total, 9,9 milhões são participantes de planos individuais (já computados os planos para menores) e 3,1 milhões integram os planos empresariais.

Além disso, um total de 81.492 mil pessoas já usufruem dos benefícios dos planos abertos de caráter previdenciário (aposentadorias; pecúlios, por morte e por invalidez; e pensões, por morte e por invalidez).

Dados recentes da FenaPrevi apontam que, de janeiro a dezembro de 2016, os aportes efetuados por titulares dos planos abertos de caráter previdenciário somaram R$ 114,7 bilhões. Esse valor é 19,3% maior que o registrado em 2015.

O presidente da FenaPrevi, Edson Franco, diz que não houve mudança no ritmo de expansão. “O participante manteve a estratégia para garantir renda complementar na aposentadoria, e essa escolha pelos planos abertos de caráter previdenciário está relacionada ao entendimento de que essa é uma modalidade transparente e que atende ao planejamento financeiro do poupador”, assinala o executivo.

CAPTAÇÃO

Outro ponto importante apontado pela pesquisa da federação é que a captação líquida dos planos (diferença entre captação e resgates) registrou saldo positivo de R$ 60,8 bilhões no final de 2016, o que representou um salto da ordem de 24,1% em comparação ao volume acumulado no ano anterior.

A FenaPrevi apurou ainda que os planos individuais foram os que mais receberam recursos em 2016, quando as contribuições somaram R$ 98 bilhões, representando aumento de 15,7%.

Nos planos empresariais, a receita atingiu R$ 14,7 bilhões, com expressivo avanço de 61,5%.

Já nos planos específicos para menores de idade, os aportes chegaram a R$ 1,9 bilhão, alta de 6,6%.

Mais de 13 milhões já têm um plano privadoVGBL

A FenaPrevi divulgou ainda que o VGBL gerou receita de aproximadamente R$ 104,9 em 2016. Esse tipo de investimento é indicado para quem não tem como se beneficiar da dedutibilidade fiscal prevista no formulário completo de Imposto de Renda.

Já o PGBL, modalidade de plano indicada para quem tem como se beneficiar da dedutibilidade, registrou R$ 8,9 bilhões de contribuições.

A FenaPrevi destaca que em ambas as modalidades (PGBL e VGBL) não há cobrança do imposto de renda a cada seis meses, sobre os rendimentos obtidos, como ocorre em alguns tipos de aplicações.

Outra característica é a possibilidade de o poupador optar pelo regime de alíquotas regressivas do Imposto de Renda. Assim, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a alíquota incidente.

Edson Franco, presidente da FenaPrevi

“modalidade transparente e que atende ao planejamento financeiro do poupador”.

Estudo Setorial - Maio 201714

Seguros, Previdência e Capitalização

O setor de capitalização devolveu para os clientes, sob a forma de sorteios, mais de R$ 1,1 bilhão em 2016, o que representa uma média diária da

ordem de R$ 3 milhões. Segundo a Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), em comparação a 2015, esse valor foi 8,3% maior.

Segundo o levantamento, os resgates realizados antecipadamente ou ao final do prazo de capitalização cresceram 14,5%, alcançando os R$ 19 bilhões no final do ano passado.

Na avaliação da FenaCap, esses dados indicam que, diante do cenário de instabilidade na economia, os clientes estão recorrendo cada vez mais às suas economias com o propósito de atravessar esse período de incertezas.

Mesmo assim as reservas do setor permaneceram estáveis ao longo de 2016, com redução apenas ao fim do exercício.

“Isso demonstra que as pessoas têm procurado manter o dinheiro guardado e só resgatam antes do prazo no caso de emergências financeiras”, avalia o presidente da FenaCap, Marco Barros.

Ele acrescenta que o balanço do segmento mostra que os clientes buscam a capitalização para desenvolver a disciplina de juntar dinheiro e resolver algumas questões objetivas, como alugar um imóvel, fidelizar clientes, incentivar a filantropia, entre outras ações.

Com a queda da inflação e dos juros, a expectativa do presidente da FenaCap é a de uma retomada da economia ainda em 2017. “As empresas estão se preparando de forma positiva para atender a novas demandas”, diz Barros.

Um dos destaques do ano foi o “Garantia Locatícia”, que registrou um crescimento de 11,2%. Mais de 18 mil pessoas clientes já optam por esse tipo de garantia, em substituição ao fiador, na hora de alugar um imóvel.

Mais de R$ 1 bilhão injetados na economiaJá a modalidade “Incentivo”, que gera 8,1% da

receita do setor, está cada vez mais se consolidando como alternativa para empresas que pretendem promover ações promocionais.

Ainda de acordo com a FenaCap, o produto “Popular”, que representa, atualmente, 6,5% do segmento, vem sendo uma opção importante para pessoas que enxergam no sorteio uma forma de realizar ou antecipar seus planos.

Em entrevista ao site da FenaCap, o vice-presidente da entidade, Marcos Coltri, afirma que o produto “Popular” se diversificou, oferecendo aos consumidores a possibilidade de participar de sorteios e ceder a sua reserva, que corresponde a até 50% do valor do título adquirido, para entidades filantrópicas.

Segundo ele, essa modalidade tem, inclusive, garantido a sobrevivência de projetos relevantes do ponto de vista social.

Em 2016, os recursos destinados pelo setor a essas entidades ficaram acima de R$ 80 milhões.

“As empresas estão se preparando de forma positiva para atender a novas demandas”.

Marcos Barros, Presidente da FenaCap

capitalização