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86 Unidade IV Unidade IV 7 ASPECTOS JURíDICOS DA INTERNET 7.1 Liberdade de informação na internet, mensagens eletrônicas, habeas data e privacidade “A liberdade de comunicação consiste num conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da informação.” (SILVA, 1998). Vivemos um momento no qual a liberdade de informação pela internet se faz mais presente e almejada, apesar da censura imposta por alguns países, como a China. Paralelamente a esse fato, é crescente e generalizada a preocupação com a invasão indiscriminada e o roubo de informações dos usuários da rede, a qual se mostra cada vez mais vulnerável, apesar dos altos investimentos em segurança efetuados pelas organizações de diferentes portes e setores. A necessidade de comunicação e interação com os demais membros da sociedade, demonstrada ao longo da história da humanidade, impulsionou o homem a desenvolver, continuamente, novos meios de comunicação. Conforme descreve Cretella Júnior (1986), “a necessidade da comunicação humana leva o homem a difundir ideias e opiniões, primeiro, de modo direto, mediante a utilização de recursos primários, depois, com o advento gradativo da técnica, por meio de todos os instrumentos adequados à transmissão da mensagem”. Com a globalização, essa necessidade vem impulsionando a demanda por mais informações, que passam a constituir-se em bens valiosos. Daí a importância cada vez maior de as atividades de armazenamento, processamento e transmissão de informações estarem apoiadas em modernos e complexos equipamentos e sistemas de informática e de telecomunicações. Ante essa nova perspectiva, a proteção dos direitos fundamentais das pessoas, que aspiram à liberdade de informação e, concomitantemente, à sua privacidade deve ser priorizada por meio da formulação e implementação de preceitos éticos e legais, determinantes para o bem comum de toda a sociedade, mesmo reconhecendo a disparidade entre a rapidez da evolução dos meios de comunicação e a do ordenamento jurídico. Conforme afirma Silva (1998): Nesse sentido, a liberdade de informação compreende a procura, o acesso, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada qual pelos abusos que cometer (SILVA, 1998, p. 249).

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Unidade IV7 Aspectos jurídicos dA internet

7.1 Liberdade de informação na internet, mensagens eletrônicas, habeas data e privacidade

“A liberdade de comunicação consiste num conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da informação.” (SILVA, 1998).

Vivemos um momento no qual a liberdade de informação pela internet se faz mais presente e almejada, apesar da censura imposta por alguns países, como a China.

Paralelamente a esse fato, é crescente e generalizada a preocupação com a invasão indiscriminada e o roubo de informações dos usuários da rede, a qual se mostra cada vez mais vulnerável, apesar dos altos investimentos em segurança efetuados pelas organizações de diferentes portes e setores.

A necessidade de comunicação e interação com os demais membros da sociedade, demonstrada ao longo da história da humanidade, impulsionou o homem a desenvolver, continuamente, novos meios de comunicação. Conforme descreve Cretella Júnior (1986), “a necessidade da comunicação humana leva o homem a difundir ideias e opiniões, primeiro, de modo direto, mediante a utilização de recursos primários, depois, com o advento gradativo da técnica, por meio de todos os instrumentos adequados à transmissão da mensagem”.

Com a globalização, essa necessidade vem impulsionando a demanda por mais informações, que passam a constituir-se em bens valiosos. Daí a importância cada vez maior de as atividades de armazenamento, processamento e transmissão de informações estarem apoiadas em modernos e complexos equipamentos e sistemas de informática e de telecomunicações.

Ante essa nova perspectiva, a proteção dos direitos fundamentais das pessoas, que aspiram à liberdade de informação e, concomitantemente, à sua privacidade deve ser priorizada por meio da formulação e implementação de preceitos éticos e legais, determinantes para o bem comum de toda a sociedade, mesmo reconhecendo a disparidade entre a rapidez da evolução dos meios de comunicação e a do ordenamento jurídico. Conforme afirma Silva (1998):

Nesse sentido, a liberdade de informação compreende a procura, o acesso, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada qual pelos abusos que cometer (SILVA, 1998, p. 249).

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A reiterada liberdade de informação vem sendo acompanhada das indesejáveis mensagens que lotam as caixas de correio eletrônico, mesmo quando aceitas, como um preço a ser pago pela evolução. Entretanto, maiores são as preocupações com os roubos das informações pessoais, profissionais e empresariais, provocados por hackers e até mesmo por pessoas com as quais nos relacionamos regularmente, motivados por desatenções nossas (descuidos com senhas, por exemplo) ou mesmo por má-fé.

Outros aspectos relevantes que devem ser considerados são aqueles relacionados à difusão e comercialização indevida de informações confidenciais, tais como as relacionadas aos dados de contas bancárias e de cartões de crédito, além das referentes à pedofilia e às mensagens que incentivam a violência e as diversas formas de discriminação.

O crescente acesso aos computadores e à internet, decorrente de incentivos e ações vinculadas à inclusão digital de camadas cada vez maiores da população, provocou, simultaneamente, aumento no número de crimes praticados, até por quem não é considerado um especialista em utilização dos meios eletrônicos.

A prática do delito é incentivada pelo sentimento de impunidade e até mesmo pela incapacidade da maioria das pessoas de utilizar adequadamente os novos produtos e serviços, que são disponibilizados em um ritmo sem precedentes na história. A necessidade de memorização de senhas e códigos, além da complexidade de tais bens, que aparentam simplicidades funcionais e operacionais, são outros fatores que contribuem para o aumento das transgressões realizadas pelos inescrupulosos.

Com a apropriação, permitida ou não, dos dados pessoais por instituições idôneas e, em muitos casos, por aquelas que nem sempre são constituídas legalmente, a sociedade estava vulnerável, sem dispor de um instrumento que lhe garantisse o acesso seguro às suas informações particulares armazenadas em diferentes bases de dados, legais ou não.

A partir da instituição do habeas data na Constituição Federal de 1988, art. 5º, inciso LXXII alíneas “a” e “b”, foi prevista a possibilidade de impetrá-lo:

• para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

• para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo (BRASIL, 1988a).

O habeas data, de origem apontada na legislação ordinária dos Estados Unidos em 1974 e alterada em 1978, visava possibilitar o acesso do particular às informações constantes de registros públicos ou particulares permitidos ao público.

Conforme conceitua Silva (2001), o habeas data

é um remédio constitucional que tem por objeto proteger a esfera íntima dos indivíduos contra: usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por

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meios fraudulentos, desleais ou ilícitos; introdução nesses registros de dados sensíveis (assim chamados os de origem racial, opinião política, filosófica ou religiosa, filiação partidária e sindical, orientação sexual etc.); conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei (SILVA, 2001, p. 455).

Com o remédio constitucional habeas data, objetiva-se que todas as pessoas possam ter acesso às informações que o Poder Público ou entidades de caráter público, Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), por exemplo, possuem a respeito delas.

Lembrete

Tão importantes quanto os fundamentos jurídicos voltados para a garantia dos direitos individuais são os aspectos culturais e educacionais que devem ser priorizados, visando à formação de pessoas conscientes de suas responsabilidades e capazes de usufruir dos inumeráveis benefícios trazidos pelas inovações tecnológicas, sem prejuízo das suas individualidades.

7.2 os códigos de ética e o acesso não autorizado

“Prevenir que atacantes alcancem seus objetivos através do acesso não autorizado ou uso não autorizado dos computadores e suas redes.” (HOWARD, 1997, p. 43).

“A segurança em um Sistema de Informação (SI) visa protegê-lo contra ameaças à confidencialidade, à integridade e à disponibilidade das informações e dos recursos sob sua responsabilidade.” (BRINKLEY e SCHELL, 1995, p. 44-5).

Os computadores e os sistemas de informação são uma parte do ambiente que pode afetar, positiva ou negativamente, a segurança de milhões de pessoas que utilizam os recursos computacionais e de telecomunicações diariamente.

Os recentes avanços tecnológicos nessas áreas trazem benefícios incontáveis à sociedade, que passa a usufruir das comodidades oferecidas pela revolução digital, como a difusão e a disponibilização de informações globais em tempo real.

A cada dia, mais e mais pessoas se integram à rede mundial de computadores e passam a compartilhar textos, sons, imagens e vídeos pessoais e profissionais. As organizações, de todos os portes e ramos de atividade, ampliam seus negócios transacionando produtos e serviços em diversas partes do mundo e utilizando dispositivos, equipamentos, softwares e demais recursos tecnológicos.

A capacidade de processamento, transporte e armazenamento das informações se amplia para quase todos os tipos de atividade. Boletins médicos, avaliações acadêmicas, condições meteorológicas, operações financeiras, músicas e poesias fluem rapidamente entre as pessoas através de cabos e do ar.

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Nesse mesmo cenário, outros fatores afrontam aqueles que fazem um bom uso dos recursos e das inovações disponibilizadas: a utilização de pessoas despreparadas, e de boa-fé, além do uso dos referidos recursos e inovações para o exercício de atividades ilegais, destrutivas ou não autorizadas.

Além disso, há alguns inconvenientes, como a invasão da privacidade, a quebra da confidencialidade, a violação da integridade e a indisponibilidade, temporária ou definitiva, dos recursos do sistema.

A vulnerabilidade do referido sistema, bem como dos gestores, mantenedores e usuários é posta à prova a cada momento, daí a importância crescente de tudo aquilo que se refere, ou está relacionado, à segurança do sistema computacional, ou dos Sistemas de Informação.

Tais sistemas são formados por muitos componentes que podem estar em diversos locais, tornando-os mais vulneráveis a muitos riscos ou ameaças. Essa vulnerabilidade é maior num mundo de computação em rede sem fio.

As ameaças podem ser classificadas em:

• não intencionais: relacionadas a erros humanos, riscos ambientais e falhas de sistema;

• intencionais: referentes ao roubo ou uso indevido de dados, fraudes na internet, destruição por vírus e ataques semelhantes.

Nesse cenário, uma política de Segurança da Informação serve como base ao estabelecimento de normas e procedimentos que a garantam, bem como determina as responsabilidades relativas à segurança dentro da empresa. Uma política como essa também deve prever o que pode ou não ser feito na rede da instituição e o que será considerado inaceitável. Tudo o que a descumprir será considerado um incidente de segurança. A elaboração dessa política deve ser o ponto de partida para o gerenciamento dos riscos associados aos Sistemas de Informação. Uma das normas mais utilizadas é a ISO 17799, que pode ser aplicada a empresas de qualquer tipo ou porte.

Dentre os objetivos da política de segurança, podem-se destacar:

• a especificação das ações seguras e daquelas não seguras;

• os mecanismos de segurança, que visam prevenir ou detectar ataques, ou, ainda, recuperar-se destes;

• a prevenção, que visa impedir o sucesso dos ataques;

• a detecção, capaz de determinar se um ataque está ocorrendo ou já ocorreu;

• a recuperação, que é complexa, porque a natureza de cada ataque é diferente.

Neste momento, em que proliferam os ataques indiscriminados às pessoas ou às instituições, notadamente por meio de vírus ou pela violação dos direitos autorais, a atenção à segurança e à

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proteção dos equipamentos e sistemas deve ser redobrada. O desconhecimento da legislação não exime de responsabilidade aqueles que, mesmo inadvertidamente, cometem pequenos delitos.

saiba mais

Para saber mais sobre os crimes contra a segurança dos sistemas informatizados, leia o capítulo IV, art. 285-A do Parecer nº 657/2008. Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/mate-pdf/13674.pdf>.

8 Higiene e segurAnçA do trAbALHo

8.1 Higiene do trabalho

Um ambiente de trabalho pode ser caracterizado por suas condições físicas e materiais, além das psicológicas e sociais que afetam, direta ou indiretamente, os trabalhadores. Em muitas empresas, essas condições nem sempre são estabelecidas de acordo com critérios e especificações adequados, provocando danos à saúde física e mental de todos os envolvidos com a atividade produtiva, inclusive comprometendo a qualidade de suas vidas.

As condições ambientais, formadas pelas ações das pessoas e por um conjunto de elementos, tais como edificações, equipamentos, iluminação, temperatura, qualidade do ar e limpeza, nem sempre são das mais favoráveis para o desempenho das atividades profissionais.

Mesmo com todos os avanços tecnológicos, científicos e de gestão de projetos, de processos e de pessoas, os seres humanos são expostos ao risco de sofrer lesões ou de contrair doenças em seus ambientes de trabalho.

Nesse cenário, deve ser implantada a higiene do trabalho, compreendida, segundo Chiavenato (2004), como o “conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas” e que relaciona-se com o diagnóstico e a prevenção das doenças ocupacionais.

A Higiene do Trabalho corresponde a uma parte da medicina restrita às medidas preventivas, com a aplicação de sistemas e princípios que esta determina para proteger o trabalhador, prevendo perigos e eliminando ou reduzindo os agentes nocivos que possam afetar a saúde daqueles que desempenham qualquer tipo de atividade profissional.

Dentre os objetivos da Higiene do Trabalho, podem ser destacados os relativos à manutenção da saúde, à eliminação das causas das doenças profissionais, à prevenção do agravamento de doenças e lesões, além daqueles relacionados ao aumento da produtividade, pelo controle do ambiente do trabalho.

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Fundamentado nos aspectos legais e nas implicações sociais, um programa de Higiene no Trabalho deve envolver, além do ambiente físico, aqueles referentes ao ambiente psicológico, à aplicação de princípios de ergonomia e à saúde ocupacional.

No tocante ao ambiente psicológico, é importante destacar a identificação e a consequente eliminação ou redução de possíveis fontes de estresse, que influenciam e afetam diretamente os relacionamentos pessoais e o desempenho das atividades profissionais.

O estresse consiste na soma das perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por diversos agentes agressores, como: traumas, emoções fortes, fadiga, exposição a situações conflitantes e problemáticas etc. Sua ocorrência advém de quando alguém é confrontado com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com o que ele deseja.

A sobrecarga de atividades, os prazos cada vez mais curtos para o desempenho das tarefas, o tempo despendido no trânsito e a falta de conforto nas conduções são mais fatores que acarretam consequências danosas, que incluem a depressão, a ansiedade, a angústia, o nervosismo, as dores de cabeça e os acidentes.

Quanto à aplicação, pela empresa, dos princípios de ergonomia, relacionados ao mobiliário e às instalações ajustadas ao tamanho das pessoas, aos equipamentos e ferramentas adequados às características humanas, capazes de reduzir a necessidade de esforço físico, esta é comumente negligenciada pelos próprios profissionais. A pressa, a falta de atenção ou mesmo o despreparo para a função e o descuido na utilização de equipamentos e utensílios são responsáveis por sérios problemas físicos e mentais, de ordem temporária ou permanente, naqueles que realizam suas tarefas laborais.

A saúde ocupacional está relacionada com a assistência médica preventiva, no programa de Higiene do Trabalho. Instituído pela Portaria nº 24/94 (BRASIL, 1994), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) exige o exame médico pré-admissional, o exame médico periódico, o exame de retorno ao trabalho (no caso de afastamento superior a trinta dias), o de mudança efetiva de função, antes da transferência, e o exame médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento definitivo do funcionário.

observação

O PCMSO, além de envolver os exames médicos estabelecidos por lei, promove palestras de Medicina Preventiva e elabora mapas de riscos ambientais, objetivando a qualidade de vida dos funcionários e o incremento da produtividade na organização.

A consequência de sua não implantação, por parte das empresas, implica aumento do número de afastamentos por doenças, indenizações e custos de seguro, bem como a redução da produtividade e da qualidade do trabalho.

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Os programas de Higiene e Segurança do Trabalho estão recebendo atualmente muita atenção por parte de empresas e, quando implementados, devem ser monitorados no tocante a custo/benefícios, além de serem julgados por critérios como melhoria de desempenho no cargo, redução dos afastamentos por acidentes ou por doenças e redução de ações disciplinares.

saiba mais

Para saber mais sobre o PCMSO, leia a Portaria nº 24/94. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEA45527A151A/p_19941229_24.pdf>.

8.2 segurança do trabalho

“O ambiente do trabalho é o conjunto de condições existentes no local de trabalho relativo à qualidade de vida do trabalhador.” (art. 7º, XXXIII e art. 200º da Constituição Federal de 1988).

Atualmente, milhões de trabalhadores se acidentam, adquirem doenças profissionais e perdem suas vidas no ambiente do trabalho.

De acordo com estudos nacionais e internacionais, os acidentes e as doenças são decorrentes da falta de planejamento e compromisso, bem como do descumprimento da legislação, da utilização de equipamentos e ferramentas inadequadas, além dos riscos e das condições ambientais inapropriadas para as atividades laborais.

As consequências desses acidentes e doenças são danosas para ambas as partes: empregadores e empregados. Para os primeiros, em virtude da elevação de seus custos operacionais, comprometendo seus lucros e sua imagem empresarial. Atingidos pelos danos materiais, físicos e mentais, os empregados, por sua vez, sofrem também outras consequências, como a marginalização e o desemprego.

Para viabilizar sua sustentabilidade no competitivo ambiente globalizado, diversas empresas viram-se compelidas a adotar medidas de segurança capazes de proteger os trabalhadores de acidentes diversos, por meio de programas de prevenção e do emprego de equipamentos e dispositivos de segurança. Essa atitude é fundamentada nos preceitos legais e também na conscientização da importância da preservação da saúde humana no desempenho das atividades produtivas, com reflexos positivos nos resultados econômicos e sociais dos empreendimentos organizacionais.

A Segurança do Trabalho, pautada pelos conceitos relativos aos acidentes e aos ambientes ocupacionais, pode ser entendida como o conjunto de medidas que visam minimizar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do empregado. No Brasil, a legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras (NRs), que são de observância obrigatória por todas as organizações que possuam empregados regidos pela CLT.

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Segundo definição do Dicionário Houaiss (2009), um acidente de trabalho consiste em “qualquer lesão corporal, perturbação funcional ou doença que, ocorrendo no exercício do trabalho ou em consequência dele, determine a morte do empregado ou a perda, total ou parcial, permanente ou temporária, de sua capacidade para o trabalho”. O art. 139 do Decreto nº 611/92, de 21 de julho de 1992, define que um acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional e podendo causar morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1992).

São equiparados aos acidentes de trabalho aqueles que acontecem quando o trabalhador está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de serviço, quando estiver em viagem pela empresa ou quando o acidente ocorrer durante o trajeto entre a residência e o trabalho, ou vice-versa. Também são equiparadas as doenças profissionais provocadas pelas condições e pelos tipos de trabalho executados.

Lembrete

Acidente de trabalho é aquele que acontece quando da prestação de serviços pelo trabalhador, dentro ou fora da empresa, ou durante o trajeto entre a residência e o trabalho (e vice-versa).

Existem duas causas básicas de acidentes no local de trabalho: a decorrente de um ato inseguro, praticado por alguém que ignora conscientemente as normas de segurança, e aquela referente à condição insegura do ambiente de trabalho, que oferece perigo ou risco ao trabalhador. Por ambiente de trabalho podemos entender o conjunto de fatores físicos, climáticos ou quaisquer outros que, interligados ou não, estão presentes e envolvem o local de trabalho da pessoa.

As consequências dos acidentes do trabalho podem ser diversas, provocando afastamentos temporários ou definitivos, de acordo com a seguinte classificação:

• acidentes sem afastamento: após o qual o empregado continua trabalhando sem sequela ou prejuízo considerável;

• acidentes com afastamento: provocam o afastamento do empregado do trabalho por:

— incapacidade temporária: quando as sequelas se prolongam por menos de um ano;

— incapacidade parcial permanente: quando as sequelas são parciais e se prolongam por mais de um ano;

— incapacidade permanente: perda total da capacidade de trabalho;

— ocorrência de morte.

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Atos e condições inseguras podem ser reduzidos ou eliminados por meio de um programa de prevenção de acidentes que contemple o mapeamento das áreas de risco, ou seja, uma avaliação constante e permanente das condições ambientais que podem provocar acidentes dentro da empresa.

Além disso, outras ações, como a análise detalhada dos acidentes, por meio de relatórios envolvendo as ocorrências dos danos materiais e as consequências aos trabalhadores, visando descobrir causas e prevenir novos e futuros acidentes; o apoio irrestrito da alta administração, que transmite confiabilidade ao programa; o treinamento de segurança, principalmente para os novos empregados, promovendo a instrução em práticas e procedimentos para evitar potenciais riscos; e a comunicação interna, difundindo intensivamente as regras e normas de procedimentos e condutas são de extrema importância para manter o ambiente de trabalho seguro.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) tem importante papel na elaboração, implantação e manutenção dos programas de prevenção de acidentes, em conformidade com as atribuições regulamentadas pelo Ministério do Trabalho.

observação

A Cipa é uma imposição legal da CLT. Cabe a ela apontar os atos inseguros dos trabalhadores e as condições de segurança existentes na organização, fiscalizando o que já existe, enquanto os especialistas em recursos humanos apontam soluções.

8.3 normas regulamentadoras do trabalho (nrs)

As NRs são as Normas Regulamentadoras1 do Ministério do Trabalho. Visam garantir a segurança dos trabalhadores. Algumas delas estão descritas a seguir, de acordo com a numeração:

• NR1 – Disposições Gerais: determina que as normas regulamentadoras, relativas à Segurança e à Medicina do Trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados celetistas. No mesmo sentido, determina que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes. Diante disso, dá competência às Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), determinando as responsabilidades do empregador e as dos empregados.

• NR2 – Inspeção Prévia: determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o

1 Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nrs.htm>

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Certificado de Aprovação de Instalações (CAI), por meio de modelo preestabelecido.

• NR3 – Embargo ou Interdição: a DRT poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máquinas e o setor de serviço se estes demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais. Caso haja interdição ou embargo em um determinado setor, os empregados receberão os salários como se estivessem trabalhando.

• NR4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT): a implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da empresa, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e do número total de empregados do estabelecimento. Dependendo dos elementos, o SESMT deverá ser composto por um engenheiro de segurança do trabalho, um médico do trabalho, um enfermeiro do trabalho, um auxiliar de enfermagem do trabalho e um técnico de segurança do trabalho, todos empregados da empresa.

• NR5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): estabelece que todas as empresas, privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições beneficentes, cooperativas e clubes, desde que possuam empregados celetistas, dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de vinte empregados, são obrigadas a manter a CIPA. Esse dimensionamento depende da CNAE, que remete a outra listagem de número de empregados. Seu objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tornando compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador. A CIPA é composta de um representante da empresa, presidente designado e representante dos empregados, eleito em escrutínio secreto, com mandato de um ano e direito a uma reeleição e mais um ano de estabilidade.

• NR6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): as empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados equipamentos de proteção individual, destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Todo equipamento deve ter o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego, e a empresa que importa EPIs também deverá ser registrada junto ao Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, existindo, para esse fim, um processo administrativo.

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• NR7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): trata dos exames médicos obrigatórios para as empresas: exame admissional, exames periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função, demissional e exames complementares, dependendo do grau de risco da organização, ou se forem empresas que trabalhem com agentes químicos, ruídos, radiações ionizantes, benzeno etc., a critério do médico do trabalho.

• NR8 – Edificações: essa norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Devem-se observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.

• NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): essa norma objetiva a preservação da saúde e da integridade do trabalhador, por meio de antecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais. Levam-se em conta os agentes físicos, químicos e biológicos. Além destes, destacam-se também os riscos ergonômicos e mecânicos. É importante manter esses dados no PPRA, a fim de as empresas não sofrerem ações de natureza civil por danos causados aos trabalhadores, mantendo-se atualizados os laudos técnicos e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).

• NR10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas (projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação) incluindo terceiros e usuários.

• NR11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: destina-se à operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras.

• NR12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos: determina as instalações e a área de trabalho; a distância mínima entre as máquinas e os equipamentos; e os dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos. Contém os procedimentos de uso de motosserras, cilindros de massa etc. No Estado de São Paulo, as empresas devem observar a convenção coletiva para a melhoria das condições de trabalho em prensas e equipamentos similares, injetoras de plásticos e tratamento galvânico de superfícies nas indústrias metalúrgicas no Estado de São Paulo,

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assinada em 29 de novembro de 2002, em vigência a partir de 28 de janeiro de 2003.

• NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão: a norma diz que são de competência do engenheiro especialista as atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão da inspeção de caldeiras e vasos de pressão. Norma que exige treinamento específico para os seus operadores, contendo várias classificações e categorias nas especialidades, principalmente em razão do seu elevado grau de risco.

• NR14 – Fornos: define os parâmetros para a instalação de fornos, bem como para os cuidados com gases, chamas e líquidos. Devem-se observar as legislações pertinentes no níveis federal, estadual e municipal.

• NR15 – Atividades e Operações Insalubres: a atividade é considerada insalubre, a exemplo da NR16 - Atividades e Operações Perigosas, quando ocorre em situação além dos limites de tolerância (aqui entendida como intensidade, natureza e tempo de exposição ao agente que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral). As atividades insalubres estão contidas nos anexos da norma, e são considerados os agentes: ruído contínuo ou permanente, ruído de impacto, exposição ao calor, radiações ionizantes, agentes químicos e poeiras minerais.

• NR16 – Atividades e Operações Perigosas: as atividades também são assim consideradas quando ocorrem em situações além dos limites de tolerância. São atividades perigosas aquelas ligadas a explosivos, inflamáveis e energia elétrica.

• NR17 – Ergonomia: essa norma estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas, máquinas, ambiente, comunicações dos elementos do sistema, informações, processamento, tomada de decisões, organização e consequência do trabalho. Observa-se que a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), hoje denominada Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (Dort), constitui o principal grupo de problemas de saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo Dort é muito mais abrangente que o termo LER.

• NR18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT): O PCMAT é o PPRA da construção civil e resume-se no conjunto de providências a serem executadas, de acordo

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com o cronograma de uma obra, levando-se em conta os riscos de acidentes e doenças do trabalho e as suas respectivas medidas de segurança.

• NR19 – Explosivos: determina parâmetros para depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.

• NR20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis.

• NR21 – Trabalho a céu aberto: define o tipo de proteção, aos empregados que trabalham sem abrigo, contra intempéries (insolação, condições sanitárias, água etc.).

• NR22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: destina-se aos trabalhos em minerações subterrâneas ou a céu aberto, garimpos, beneficiamento de minerais e pesquisa mineral. Nesse trabalhos, em condições hiperbáricas é necessário ter um médico especialista. Essa atividade possui várias outras legislações complementares.

• NR23 – Proteção contra Incêndios: todas as empresas devem possuir proteção contra incêndios, saídas para retirada de funcionários em serviço e/ou público, pessoal treinado e equipamentos. As empresas devem observar as normas do Corpo de Bombeiros sobre o assunto.

• NR24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho: todo estabelecimento deve atender as denominações dessa norma, que o próprio nome contempla, e cabe à CIPA e/ou ao SESMT, se houver, sua observância. Deve-se verificar, também nas convenções coletivas de trabalho de cada categoria, se existe item sobre o assunto.

• NR25 – Resíduos Industriais: trata de eliminação de resíduos gasosos, sólidos e líquidos de alta toxicidade, periculosidade e risco biológico ou radioativo, a exemplo do césio em Goiás. Remete às disposições contidas na NR15 e às legislações pertinentes no nível federal.

• NR26 – Sinalização de Segurança: determina as cores na Segurança do Trabalho como forma de prevenção, evitando distração, confusão e fadiga do trabalhador, bem como estabelece cuidados especiais quanto a produtos e locais perigosos.

• NR27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança no Ministério do Trabalho e Emprego: todo técnico de segurança deve

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ser portador de certificado de conclusão do nível médio de técnico de segurança e saúde no trabalho, com currículo do Ministério do Trabalho e Emprego, devidamente registrado por meio das DRTs regionais.

• NR28 – Fiscalização e Penalidades: toda norma regulamentadora possui uma gradação de multas, para cada item. Essas gradações são divididas por número de empregados, risco na segurança e risco em Medicina do Trabalho. O agente da fiscalização, baseado em critérios técnicos, autua o estabelecimento, faz a notificação e concede prazo para regularização e/ou defesa.

• NR29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: regula a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, a fim de facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nessa NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e nas instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto.

• NR30 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: essa norma regulamentadora tem como objetivo a proteção e a regulamentação das condições de segurança dos trabalhadores aquaviários. Aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, utilizadas no transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive aquelas utilizadas na prestação de serviços, seja na navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, na navegação interior, de apoio marítimo e portuário, seja em plataforma marítima e fluvial, quando em deslocamento.

• NR31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura: essa norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho de forma que torne compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura com segurança, saúde e meio ambiente de trabalho.

• NR32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimento de Saúde: essa norma regulamentadora tem por finalidade

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estabelecer as diretrizes básicas para a implantação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação dessa NR, entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde, em qualquer nível de complexidade.

resumo

Nesta obra, destacamos que a globalização vem impulsionando a demanda por mais informações, o que torna importante o apoio, em modernos e complexos equipamentos e sistemas de informática e telecomunicações, das atividades de armazenamento, processamento e transmissão de informações.

Vimos que uma política de Segurança da Informação serve como base ao estabelecimento de normas e procedimentos que garantam a segurança da informação, bem como determina as responsabilidades relativas à segurança dentro da empresa.

Neste momento, em que proliferam os ataques indiscriminados às pessoas ou às instituições, notadamente por meio de vírus ou pela violação dos direitos autorais, a atenção à segurança e à proteção dos equipamentos e sistemas deve ser redobrada.

Tão importante quanto garantir a segurança das informações é assegurar a segurança e a higiene do trabalhador.

Estudamos, ainda, que a Higiene do Trabalho corresponde a uma parte da Medicina restrita às medidas preventivas, com a aplicação de sistemas e princípios que esta determina para proteger o trabalhador, prevendo perigos e eliminando ou reduzindo os agentes nocivos que possam afetar a saúde daqueles que desempenham qualquer tipo de atividade profissional.

Também ressaltamos que os programas de Higiene e Segurança do Trabalho estão recebendo atualmente muita atenção por parte de empresas e devem ser monitorados quanto a custo/benefícios, além de serem julgados por critérios como melhoria de desempenho no cargo, redução dos afastamentos por acidentes ou por doenças e redução de ações disciplinares.

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Por fim, destacamos que a Segurança do Trabalho, por sua vez, pode ser entendida como o conjunto de medidas que visam minimizar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do empregado. No Brasil, a legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras (NRs), que são de observância obrigatória por todas as organizações que possuam empregados regidos pela CLT.

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FIGuRAS E ILuSTRAçõES

Figura 1

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Figura 3

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