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Faculdade Teológica de Goiás – FATEGO Ética Geral ________________________________________________________________________________ ________________ ETICA GERAL PARTE I INTRODUÇÃO UNIDADE 1 – CONCEITO 1 – Conceito etimológico 2 – A Ética como ciência filosófica 3 – A origem da Ética 4 – O objetivo da Ética 5 – Conceito de Moralidade 6 – O Método Indutivo e a Ética 7 – A Lei Moral 8 - Distinção entre Lei Moral e Jurídica. UNIDADE 2 – A ÉTICA E CIÊNCIAS AFINS 1 – A relação da Ética com a Filosofia 2 – A Ética e a Sociologia 3 – A Ética e a Psicologia 4 – A Ética e as demais ciências UNIDADE 3 – ÉTICA APLICADA 1 – Leis Morais na Dispensação da Inocência 2 – O pecado e suas conseqüências 3 – Padrões éticos na época patriarcal 4 – Conceitos morais do povo de Israel no livro de Juízes 5 – Conceitos morais do povo de Israel no período dos reis 6 – Conceitos morais cristãos (a ética de Jesus)- 7 – A ética da igreja primitiva 8 – Padrões éticos para o cristão moderno CONCLUSÃO ÉTICA II ÉTICA PASTORAL - INTRODUÇÃO UNIDADE 1 – CONDIÇÕES MORAIS DA AUTORIDADE PASTORAL UNIDADE 2 – O CUIDADO PASTORAL QUANTO ... UNIDADE 3 – O PASTOR COMO ...

Etica Geral Completa

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________________________________________________________________________________________________ETICA GERAL PARTE I INTRODUÇÃOUNIDADE 1 – CONCEITO

1 – Conceito etimológico2 – A Ética como ciência filosófica3 – A origem da Ética4 – O objetivo da Ética5 – Conceito de Moralidade6 – O Método Indutivo e a Ética7 – A Lei Moral

8 - Distinção entre Lei Moral e Jurídica.

UNIDADE 2 – A ÉTICA E CIÊNCIAS AFINS

1 – A relação da Ética com a Filosofia2 – A Ética e a Sociologia3 – A Ética e a Psicologia4 – A Ética e as demais ciências

UNIDADE 3 – ÉTICA APLICADA

1 – Leis Morais na Dispensação da Inocência2 – O pecado e suas conseqüências3 – Padrões éticos na época patriarcal4 – Conceitos morais do povo de Israel no livro de Juízes5 – Conceitos morais do povo de Israel no período dos reis6 – Conceitos morais cristãos (a ética de Jesus)- 7 – A ética da igreja primitiva8 – Padrões éticos para o cristão moderno

CONCLUSÃOÉTICA II

ÉTICA PASTORAL - INTRODUÇÃO

UNIDADE 1 – CONDIÇÕES MORAIS DA AUTORIDADE PASTORALUNIDADE 2 – O CUIDADO PASTORAL QUANTO ...UNIDADE 3 – O PASTOR COMO ...UNIDADE 4 – O PASTOR E A FAMÍLIAUNIDADE 5 – O PASTOR E SEUS COLEGASUNIDADE 6 – O PASTOR E A IGREJACONCLUSÃOBIBLIOGRAFIA

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ETICA DE JESUS O CRISTO

Mateus  cap. 05

Mateus cap. 06

Mateus cap. 07

ETICA SACERDOTAL 1 Timóteo  cap. 02

I Timóteo cap. 03I Timóteo cap. 04I Timóteo cap. 05I Timóteo cap. 06

ÉTICAS PARA OS ÚLTIMOS TEMPOS.

1 Timóteo  cap. 04

ÉTICA DOS TRABALHADORES 1 Timóteo  cap. 06

ETICA FINANCEIRA

Malaquias cap. 03

A ETICA DO DEUS CRIADOR

 Apocalipse cap. 20

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INTRODUÇÃO

Falar sobre ética nos dias de hoje é uma tarefa desafiadora, já que vivemos num mundo em que os valores e os costumes da sociedade têm se modificado com uma enorme rapidez. No entanto, também se constitui uma tarefa importante e urgente, pois cada vez mais observamos que a nossa sociedade vêm se conduzindo de forma antiética.

Como a igreja evangélica têm se posicionado mediante tanta injustiça e corrupção? Os valores e a postura ética da sociedade não estão se tornando influências comuns dentro da igreja? Qual o papel da igreja dentro deste mundo corrompido? Alguns afirmam que é mais difícil ser cristão nos dias de hoje. Esta afirmação é verdadeira?

O nosso objetivo neste curso é entender e aplicar os padrões éticos encontrados na Bíblia para o cristão moderno.

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UNIDADE 1 – CONCEITO

1 – Conceito etimológico

Vem do grego e&qos (hethos), que significa “hábito”, “costume”, “uso”. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento. A gama de significados se estende do costume religioso até ao hábito pessoal.

2 – A Ética como ciência filosófica

Parte da Filosofia, também chamada Moral, cujo objeto, como ciência, são as leis ideais da verdade moral, e, como arte, as regras idôneas para governar com acerto a vida. Em outras palavras, são o conjunto de princípios que levam um grupo ou sociedade a viverem honrosamente. Ex.: Paulo demonstrou preocupação ética em I Tm 4:12.

Como ciência filosófica, a Ética estuda os deveres do homem na sociedade. Procura definir a conduta ideal do indivíduo.

A Ética, ciência da Moral, compreende dois aspectos: (1) a Moral Teórica ou Ciência do Bem e do Dever; (2) a Moral Prática, ou Adaptação dos Meios que levam à Consecução do Bem Perfeito.

3 – A origem da Ética

Coube a um sofista da antigüidade grega, Protágoras, romper o vínculo entre moralidade e religião. A ele se atribui a frase "O homem é a medida de todas as coisas, das reais enquanto são e das não reais enquanto não são." Para Protágoras, os fundamentos de um sistema ético dispensam os deuses e qualquer força metafísica, estranha ao mundo percebido pelos sentidos. Teria sido outro sofista, Trasímaco de Calcedônia, o primeiro a entender o egoísmo como base do comportamento ético.

Sócrates, que alguns consideram fundador da Ética, defendeu uma moralidade autônoma, independente da religião e exclusivamente fundada na razão, ou no logos. Atribuiu ao estado um papel fundamental na manutenção dos valores morais, a ponto de subordinar a ele até mesmo a autoridade do pai e da mãe. Platão, apoiado na teoria das idéias transcendentes e imutáveis, deu continuidade à ética socrática: a verdadeira virtude provém do verdadeiro saber, mas o verdadeiro saber é só o saber das idéias. Para Aristóteles, a causa final de todas as ações era a felicidade (eudaimonía). Em sua ética, os fundamentos da moralidade não se deduzem de um princípio metafísico, mas daquilo que é mais peculiar ao homem: razão (logos) e atuação (enérgeia), os dois pontos de apoio da ética aristotélica. Portanto, só será feliz o homem cujas ações sejam sempre pautadas pela virtude, que pode ser adquirida pela educação.

Dividem-se os filósofos em aprioristas (que raciocinam com idéias a priori) e empiristas (só consideram as experiências confirmadas) quanto à origem da moral. Os aprioristas admitem a ética como algo munido de validade universal, independente da experiência. Quase todos os pensadores se

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________________________________________________________________________________________________incluem nessa categoria, como: Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Spinosa, Thomas Reid, Kant e outros. Já os empiristas, fazem da experiência, individual ou coletiva, a fonte do conhecimento e da forma ética. Entre os empiristas estão: John Lock, Helvetius, Herbert Spencer, Augusto Comte e outro

4 – O objetivo da Ética

O objetivo da Ética é normativo, pois o comportamento humano se realiza sempre em referência a valores, como: a conduta, valores desejáveis, ideais de uma sociedade. Por mais variáveis que sejam tais valores, tais ideais, há um fator que permanece que é o de ser o homem um ser moral. Homem que se conduz segundo valores e que se vê julgado, punido ou gratificado segundo os valores de uma sociedade. O objeto da Ética nos diz ser uma disciplina axiológica, ou seja, uma teoria dos valores, não como normas, porém, para descobri-las e explicá-las.

5 – Conceito de Moralidade

A Moralidade é uma relação da conduta com a moral. Ou seja, um entrosamento do comportamento humano com os bons costumes, deveres e modo de proceder dos homens, nas relações com os seus semelhantes. Alguns filósofos entendem que a moral não muda, nem com o tempo, nem com o espaço, nem com a cultura. Afirmam que ela tem princípios eternos e, do ponto de vista cristão, ditados por Deus, podendo até ser chamada de uma ciência teológica.

6 – O Método Indutivo e a Ética

Chama-se Método Indutivo o processo pelo qual se chega ao conhecimento da causa pelos efeitos, ou o conhecimento do princípio pelas conseqüências. O Método Indutivo compreende quatro momentos principais: a observação, a hipótese, a experiência e indução propriamente dita, que consiste na generalização dos resultados da experiência.

Através do Método Indutivo, a Ética, como ciência, pode fazer incursões através do comportamento humano (objeto da Psicologia) para trazer à luz os seus valores e determinar se o seu comportamento está dentro dos padrões morais de uma sociedade. Estas incursões são feitas através da observação dos seus atos, bons e maus.

7 – A Lei Moral

A Lei Moral é a norma de conduta extraída pela razão do exame da natureza e finalidade do homem. Ela regula o comportamento humano desde o convívio externo até o mais íntimo e recôndito de sua consciência. A razão descobre, na própria natureza do homem, as normas de sua conduta constitutivas da Lei Moral a que, em virtude dessa mesma natureza, o homem está submetido. O livre arbítrio de que é dotado o torna capaz de transgredir essa Lei Moral e, dessa liberdade de seguir ou não seguir as tendências e finalidades apontadas por sua própria natureza é que se deriva as noções de mérito e culpa, e de responsabilidade, exclusivas do homem.

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8 - Distinção entre Lei Moral e Jurídica.

A Lei Jurídica está incluída na Lei Moral, na mesma medida em que o Direito faz parte da Ética. Tudo aquilo que é legitimamente jurídico é também moral, embora a recíproca não seja verdadeira porque a moral abrange uma área de regulação muito mais ampla que o Direito. Enquanto a Lei Moral regula o comportamento humano desde o convívio externo até o mais íntimo e profundo de sua consciência, a Lei Jurídica regula apenas as relações de convívio relativamente ao “seu”, isto é, relativamente a tudo aquilo – e só aquilo – que é exigível por representar um direito a que corresponde, via de regra, uma obrigação da parte de outro ou outros. Dar esmola pode ser uma obrigação moral; pagar uma dívida é certamente uma obrigação jurídica. A esmola não é exigível; a dívida certamente o é. Após o seu pagamento, a dívida não é mais obrigação jurídica, mas permanece como obrigação moral.

UNIDADE 2 – A ÉTICA E CIÊNCIAS AFINS

1 – A relação da Ética com a Filosofia

A matéria em estudo está intimamente ligada à Filosofia. Até mesmo porque o objeto de estudo da Ética, foi, antes de seu surgimento como ciência, objeto de estudo puramente da filosofia. Por exemplo: Por haver colocado o problema moral no centro da Filosofia, considera-se Sócrates como o fundador dessa posição na Ética ocidental. Dizia Sócrates que “bastava ao homem conhecer a virtude para caminhar para ela”. Segundo ele, o homem só é feliz quando é bom, e só é bom quando conhece. Acrescenta, ainda: “a sabedoria é o bem fundamental”. Platão, por sua vez, equipara a virtude à felicidade, que somente é completa na vida em sociedade. Segundo Platão, não bastava o indivíduo ser eticamente bom, era necessário que fosse um bom cidadão. Aristóteles - eudemonista (do grego eudaimonia – “felicidade”) – defendia o pensamento de que a felicidade era o supremo bem na conduta humana. Por bastar-se a si mesma, por si só, a felicidade torna a vida desejável e completa. Poderíamos, também, citar Epicuro – hedonista (do grego hedoné – “prazer”, “gozo”) que através de sua filosofia criou a sua Ética, quando defendia certos padrões morais acertados para a conduta humana. Zenão – estóico – dizia que a virtude é o único bem, e o vício o único mal. Eis, portanto, alguns aspectos filosóficos que, na verdade, pertencem à Ética. Isso nos mostra o grande relacionamento dessas duas ciências.

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A árvore da filosofia:

Ética Gnosiologia

Política Estética

Lógica Metafísica

1) Ética – A conduta ideal do indivíduo.2) Política – A conduta ideal do estado.3) Lógica – Raciocínio que guia o pensamento.4) Gnosiologia – Teoria do conhecimento.5) Estética – Teoria das belas artes.6) Metafísica – Teoria da natureza da existência.

2 – A Ética e a Sociologia

O relacionamento da Ética com a Sociologia é bem definida por Emílio Durkheim1, onde podemos sublinhar as frases:

“Para se compreender um ato moral é necessário compreender os preceitos de onde se origina – por certo, não de regras particulares e, sim de um conjunto que, por sua vez, são aplicáveis a todos os indivíduos de uma sociedade. O ser humano é um ser social, o seu comportamento é vivido em sociedade e os atos morais são medidos pelos conceitos dessa mesma sociedade. Logo, existe uma relação muito grande da Ética com a sociologia. Uma análise dos sentimentos coletivos explicará o caráter sagrado que se atribui às coisas morais”.

1 DURKHEIM, Emílio. Sociologia y Filosofia. p. 138-143.7

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3 – A Ética e a Psicologia

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano. Sob os mais variados aspectos, no campo dos estímulos e das respostas. A Ética por seu lado estuda os atos morais do indivíduo, a partir do seu comportamento e as suas conseqüências dentro do contexto do certo e do errado, do bem e do mal. Logo, alguns aspectos éticos levam o indivíduo a ser observado pela psicologia, em seu comportamento. Portanto, essas duas ciências andam juntas.

4 – A Ética e as demais ciências

A Ética relaciona-se com outras ciências que lidam com o caráter humano. A Pedagogia, por exemplo, não pode prescindir do apoio da Ética. Uma vez que o caráter humano é formado mediante padrões determinados pela Ética, e que esta formação pode ser orientada, ensinada pela Pedagogia, vemos que estas duas ciências estão interligadas. Tão ligados estão estes dois ramos do conhecimento humano que muitos consideram a Pedagogia como uma das partes da Ética. O que talvez tivesse um fundo de razão. Porém, a Pedagogia é uma ciência autônoma.

Outra ciência que relaciona-se com a Ética é a Teologia. Teologia é a ciência de Deus. Estuda o relacionamento de Deus com o universo criado e preservado por Ele mesmo, tendo como preocupação máxima a comunhão com o homem, expressão máxima de todos os seres criados. Considerando que Deus é um Ser moral 2, e que o homem também é, não poderemos dissociar uma ciência da outra. Teologia e Ética andam juntas. Uma serve de suporte para o estudo da outra. Vejamos: Deus é a base de toda a moralidade; a Ética sem base teológica torna-se apenas um ideal humanístico. Por outro lado, a religião, que envolve o aspecto teológico e moral, acaba por associar ainda mais estas duas ciências. Como exemplo, podemos citar a ética dos Dez Mandamentos (Êx 20:1-21). O Decálogo ocupa um lugar central na vida do povo de Israel, e prescreve toda a orientação teológica do certo e do errado, como regra do bem viver. Este fato levou Andrew Osborn a afirmar com muito acerto: “Os Dez Mandamentos são a pedra angular da ética hebraica, ocupando o mesmo lugar na religião de Israel que o Sermão do Monte ocupa no Cristianismo”.

2 Quando olhamos para o seu comportamento criativo, vemos que Deus realiza tudo com perfeição (Gn 1:31). Além disso, Deus é a própria bondade e perfeição (Sl 34:8; Mc 10:18).

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________________________________________________________________________________________________UNIDADE 3 – ÉTICA APLICADA

1 – Leis Morais na Dispensação da Inocência

Para se compreender a ética do Antigo Testamento, devemos observar duas características da ética hebraica, uma vez que o Antigo Testamento tem a sua base na história do povo hebreu: (1) a ética hebraica é essencialmente teocêntrica (Deus é a fonte de toda a exigência moral, e é o supremo bem); (2) a ética hebraica é prática.

Na Dispensação da Inocência, podemos destacar os seguintes aspectos relacionados com a ética: (1) O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Ele era perfeito física, mental e moralmente; além de ser dotado de livre arbítrio; (2) Sua missão era: (a) ocupar a Terra demograficamente, (b) comer somente ervas e frutas, (c) guardar o Jardim do Éden, (d) abster-se de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, (e) viver em liberdade total com apenas uma proibição, tendo como opção obedecer ou desobedecer a Deus, sob pena de morrer.

2 – O pecado e suas conseqüências

O mal é introduzido no mundo por Satanás, que com engodo e dúvida, levou o homem à cobiça. Os passos que o homem deu na sua queda: (1) ver, (2) cobiçar, (3) tomar, (4) esconder-se, (5)

transmitir, (6) morrer. Os resultados da queda são: (1) conhecimento do mal, (2) perda da comunhão com Deus, (3)

separação de Deus, (4) o espírito do homem ficou em estado de morte, (5) a perversão da natureza moral, (6) o corpo ficou sujeito às enfermidades, (7) tornou-se escravo do pecado e de Satanás, (8) perdeu os seus dons, a força de sua personalidade, caráter, razão, ficando sujeito a sofrimentos físicos, mentais, morais e espirituais.

3 – Padrões éticos na época patriarcal

A época patriarcal é considerada dentro do período que vigorou o regime em que grandes chefes de famílias se destacavam dentro do plano divino, influenciando a história bíblica. A liderança de um patriarca, com a sua morte, passava para o filho primogênito, e assim sucessivamente. Vejamos alguns patriarcas mais importantes e os padrões éticos vigentes na sua época:

(1) Noé – Ele não está dentro do período chamado patriarcal (Dispensação Patriarcal), mas era um patriarca do seu tempo. Em sua época vemos que: (a) o pecado se alastrou arruinando os padrões morais; (b) Deus desejou não ter criado o homem; (c) houve a confusão de línguas e a conseqüente dispersão; (d) o Dilúvio e o Pacto; (e) o desejo de unir as famílias para fazer um povo forte sob a liderança de um homem, contrariando a vontade de Deus.

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________________________________________________________________________________________________(2) Abraão, Isaque e Jacó – Esses são os patriarcas mais famosos. Características

marcantes: (a) o mundo havia se tornado politeísta; (b) Abraão e sua promessa; (c) a salvação do homem contaria com a misericórdia de Deus; (d) fé, circuncisão, sacrifícios, separação; (e) aqui começou o caminho do Messias; (f) a linhagem dos fiéis (o remanescente); (g) toda a trajetória do plano divino teve a sua resposta baseada na obediência de padrões éticos estabelecidos.

4 – Conceitos morais do povo de Israel no livro de Juízes

Do ponto de vista moral, o povo de Israel, no período dos juízes, se conduziu pelos padrões éticos do Decálogo. A Lei (Torah) era a regra de conduta, fé e prática. O povo estava vivendo uma nova experiência, quase uma nação organizada, se bem que não havia uma unidade nacional, mas as 12 tribos já viviam em torno de um mesmo ideal. Foram aproximadamente 400 anos de obediência e vitórias, desobediência e derrotas. Nesse período, os padrões éticos estabelecidos pela Lei foram questionados e muitas vezes esquecidos.

5 – Conceitos morais do povo de Israel no período dos reis

Poderíamos chamar a ética desse período de a ética dos profetas. Pois, foi nesse tempo introduzida a era dos profetas, e Samuel foi o primeiro.

Com a mudança da teocracia para a monarquia, Israel estava vivendo uma nova era, sob vários aspectos. Nesse período, a ética hebraica alcançou o seu clímax, quando profetas interpretaram para o povo, mais claramente a vontade de Deus. Isso provocou grandes mudanças:

(1) Do ponto de vista social – (a) foram feitas grandes mudanças sociais; (b) de semi-nômades, passaram a uma cultura agrária e urbana; (c) a unidade nacional trouxe grandes responsabilidades.

(2) Do ponto de vista político – (a) a grande mudança do regime teocrático pelo monárquico foi o que mais marcou o aspecto político; (b) aconteceu o envolvimento com questões e intercâmbio internacional; (c) agitações políticas, guerras ideológicas e sujeição a outras nações.

(3) Do ponto de vista religioso – (a) a fé se encontrava divorciada da prática da justiça; (b) a ética do Decálogo fora esquecida e materializada; (c) os profetas tiveram que se esforçar muito para conseguir pouco.

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________________________________________________________________________________________________(4) Do ponto de vista econômico – (a) as injustiças sociais foram evidenciadas dando

origem a uma elite privilegiada em contraste a uma classe pobre e escravizada; (b) a nação estava arruinada financeiramente.

(5) Do ponto de vista moral – (a) tribunais corruptos; (b) juizes subornados; (c) a embriaguez era comum entre homens e mulheres; (d) as capitais Jerusalém e Samaria eram grandemente corruptas; (e) os profetas se esforçaram para apresentar o ideal de Deus, e enfatizaram a mensagem de um Deus único, um Deus santo e um Deus soberano; (f) os profetas fizeram um convite à ética do Decálogo e usaram as experiências obtidas através da história.

6 – Conceitos morais cristãos (a ética de Jesus)-

Jesus é a completa revelação da vontade de Deus. Nele os ensinos morais da Lei e dos profetas se cumprem e são aperfeiçoados. A justiça de Amós, o amor de Oséias, a santidade de Isaías e a sabedoria dos sábios estão reunidos em Cristo.

(1) Jesus é o mestre supremo da moralidade – (a) Jesus sempre esteve interessado na salvação do homem, e também no seu comportamento; (b) Jesus ensinou princípios éticos e não regras apenas (isso deu ao seu ensino grande validade e permanência); (c) Os ideais de Cristo são sempre atuais; (d) Jesus deu ênfase à inseparabilidade da Teologia da Ética; (e) a moralidade de Jesus é teocêntrica; (f) a ética de Jesus é para os crentes, e o ideal para toda a humanidade; (g) ela apela para o comportamento interno; (h) a ética de Jesus é baseada no amor.

(2) O Reino de Deus – (a) é o centro da mensagem de Jesus; (b) é o objetivo de sua missão; (c) Jesus falou sobre a igreja apenas duas vezes, e sobre o Reino se referiu mais de setenta vezes; (d) o seu evangelho é o Evangelho do Reino (Mc 4:23); (e) o seu ensino (as suas parábolas) tratam do Reino; (f) o Reino de Deus é o Reino de Cristo em cada crente. É espiritual, universal e invisível. É uma realidade, e também, uma esperança futura. Indefinível, porém, tem bases bem definidas.

(3) O conteúdo da ética de Cristo – O Sermão do Monte (Mt caps. 5 a 7) não representa toda a ética de Cristo, mas é uma sinopse e um bom testemunho de toda a Ética Cristã.

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________________________________________________________________________________________________7 – A ética da igreja primitiva

As bases para os ensinos éticos da igreja são fundamentadas em doutrinas bíblicas bem demarcadas: (1) é uma ética cristocêntrica; (2) é uma ética do Espírito Santo; (3) a fé e o arrependimento seriam o princípio da obediência à ética da igreja e de Cristo; (4) o amor continuaria sendo o mais importante princípio da ética da igreja; (5) a justiça seria destacada também na ética da igreja; (6) o culto racional (com a razão), o desejo de agradar a Deus, a hospitalidade e a fraternidade fariam parte da ética da igreja de todos os tempos; (7) a esperança escatológica faria parte da mensagem da ética da igreja.

8 – Padrões éticos para o cristão moderno

A igreja que vive uma ética fundamentada na Palavra de Deus se torna um agente transformador da sociedade. Foi isto que aconteceu nos países protestantes que foram profundamente influenciados pela ética cristã. Neles a democracia e a justiça tornaram-se fundamentos básicos da sociedade. Observe agora alguns padrões éticos para o cristão moderno:

(1) Ética teocêntrica – A ética cristã está fundamentada na revelação de Deus e sua vontade, que está nas Escrituras. A questão básica é o que Deus quer de nossas vidas, e isto está declarado em sua Palavra (Mq 6:8; Dt 8).

(2) Ética cristã – Está condicionada a Cristo, em quem encontramos a mais perfeita revelação da vontade de Deus. A conduta correta nos torna imitadores de Cristo, e deve resultar na nossa transformação, conforme a sua imagem (II Co 3:18; Ef 4:11-13). Uma ética que nos torna apenas diferentes do mundo, mas não nos aproxima da imagem de Cristo, não é cristã.

(3) Ética evangélica – As nossas atitudes revelam às pessoas o que Deus fez em nossas vidas e o amor de Deus pelo ser humano. O mundo não está capacitado para discutir as nossas doutrinas, mas pode avaliar tranqüilamente as nossas atitudes. O que você faz fala tão alto que as pessoas não podem ouvir o que você diz. As pessoas precisam ver o evangelho em nossas vidas (I Pe 3:14-17; Mt 5:14-16).

(4) Ética imutável – Os princípios morais estabelecidos por Deus são válidos para todas as épocas, sendo um referencial para os cristãos que vivem em uma sociedade em constante mudança (Tg 1:17; I Pe 1:24-25; Mt 5:17-18).

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________________________________________________________________________________________________(5) Ética absoluta – Todos os homens estão debaixo das normas da lei de Deus, e a

quebra desta lei se constitui transgressão, resultando em pecado (I Jo 3:4). Os homens são pecadores por não viverem de acordo com esta Lei Universal (Rm 3:22).

(6) Ética abrangente – Não existe uma área da vida humana para as quais Deus não tenha deixado as suas normas. No texto de Cl 3, podemos identificar as seguintes áreas que envolvem a nossa vida: (a) vida pessoal (vs. 5-11); (b) vida na igreja (vs. 12-16); (c) vida em família (vs. 18-21); (d) vida profissional (vs. 22-25); (e) todas as nossas ações (vs. 17 e 23).

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________________________________________________________________________________________________CONCLUSÃO

Neste curso nos propomos a estudar os princípios e valores da Palavra de Deus, que devem ser aplicados ao contexto vivencial do cristão, para a formação de uma “inteligência moral”.

No próximo semestre, estudaremos a Ética Pastoral, com a discussão de vários aspectos relacionados ao ministério pastoral cristão. Serão abordados assuntos concernentes às condições morais da autoridade pastoral, bem como a relação deste com a sua família, seus colegas e a igreja.

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________________________________________________________________________________________________ÉTICA II

ÉTICA PASTORAL -

INTRODUÇÃO

“Quanto mais poderiam fazer no ministério uns poucos homens bons e fervorosos do que uma multidão de homens mornos.” (Oecolampadius – Reformador Suíço)

“Que homem sobre a face da terra que é tão pernicioso quanto um ministro fútil e preguiçoso?” (Cecil E. Fletcher)

“O verdadeiro pastor deve ser um verdadeiro cristão.” (H. A. Bonar – Pastor Presbiteriano Escocês)

“Mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (Paulo – I Tm 4.12)

Com certeza esta é uma das matérias mais importantes da prática pastoral. Provavelmente a maioria dos desvios do ministério sejam causados pela não observância desta disciplina.

Mesmo que você não seja vocacionado para o ministério pastoral, a compreensão desta matéria irá dar-lhe uma excelente visão do que é ou não correto na prática ministerial. Você poderá até mesmo estabelecer o que é ético ou não no modus operandi da liderança de sua comunidade local.

O nosso objetivo neste curso é entender e aplicar os padrões éticos encontrados na Bíblia para o ministro do evangelho e seus auxiliares, na liderança da comunidade eclesiástica a que estão direcionados.

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________________________________________________________________________________________________UNIDADE 1 – CONDIÇÕES MORAIS DA AUTORIDADE PASTORAL

1 – Consagração

O pastor bíblico tem uma vida totalmente consagrada ao Senhor. Tudo deve girar em torno do seu ministério. Consagrar significa: empregar, destinar, entregar. Dentro deste conceito, vale dizer que o pastor deve ter sua vida voltada completamente para as coisas o Mestre. Não deve ter uma vida voltada para os valores materiais, e sim espirituais. O mundanismo nem se nomeie em seu coração.

2 – Oração

“Se o meu coração for temperado com a Sua presença logo cedo, ele terá o aroma de Deus durante o dia todo. Por isso eu devo orar antes de qualquer outra coisa.” (McCheyne)

A consagração do pastor deve levá-lo à uma vida de oração. A oração deve ser a expressão máxima da comunhão do pastor com Deus, para receber forças e ânimo para usar no gabinete, no púlpito, nas visitas, na família e na sociedade.

3 – Estudo Bíblico

A consagração que leva a uma vida de oração, leva também, ao estudo honesto e constante da Palavra de Deus. Pois é na Palavra de Deus que o pastor vai encontrar a sabedoria e as mensagens que usará no gabinete, no púlpito, nas visitas, na família e na sociedade.

A oração e a Bíblia, pela atuação do Espírito Santo, se traduzem na fonte de todo o poder e autoridade do pastor.

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________________________________________________________________________________________________UNIDADE 2 – O CUIDADO PASTORAL QUANTO ...

1 – Ao Trabalho Secular

Nem todas as igrejas têm condições de sustentarem integralmente o seu pastor. Isso implica que ele tenha que buscar no trabalho secular a manutenção de sua família. Se bem que o ideal seria ser só pastor. Mas Deus tem os Seus planos, que nós desconhecemos. Já que o pastor terá que desenvolver uma profissão, uma atividade secular, que ela seja compatível às suas aspirações e que não venha servir de estorvo para o seu ministério. Pode até conciliar a sua profissão secular ao seu ministério, tirando proveito disso. Deve buscar, acima de tudo, a orientação de Deus nessas horas. Uma coisa o pastor não deve esquecer: o ministério está acima de qualquer profissão, acima de qualquer salário; portanto, assim que puder deve se dedicar inteiramente ao ministério. Deve deixar tudo por Cristo.

2 – À Discriminação

A discriminação é sentida sob vários aspectos em uma sociedade como a que vivemos. São elas: racial, cultural, religiosa, econômica, sexual e outras. O pastor não pode de maneira nenhuma se deixar envolver em qualquer tipo de discriminação. Ele é um ministro de Deus, e Deus não faz acepção de pessoas. Agindo imparcialmente nestes aspectos, o pastor terá mais sucesso em seu relacionamento pessoal.

3 – À Honestidade

A desonestidade tem assolado os púlpitos. Sabe-se de tantos exemplos que chega a ser até alarmante e decepcionante.

A desonestidade tira a autoridade do pastor. A desonestidade é o mesmo que mentira. Como o Diabo é o pai da mentira, podemos ou não afirmar que o pastor desonesto está a serviço do Diabo?

4 – À Pontualidade

Dentro da mordomia do tempo a pontualidade vem em destaque. O Pr. Walter Kaschel disse que “deixar de ser pontual é roubar aos outros aquilo que não lhes podemos dar”.

A pontualidade deve ser ponto de honra para o pastor de tal maneira que venha a ser admirado e nunca criticado. O pastor deve ser o exemplo dos fiéis até mesmo nessas questões.

5 – À Aparência do Mal

A aparência do mal, às vezes, é mais prejudicial do que o próprio mal. E por isso, o pastor deve evitar qualquer possibilidade de despertar em outrem maus pensamentos sobre a sua conduta, por negligência sua. Sê vigilante! O Diabo é muito astuto, e não podendo encontrar nenhuma falha que

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________________________________________________________________________________________________comprometa o pastor, ele criará situações para provocar a aparência do mal. Espera-se do pastor muita prudência nessas horas.

6 – À Vida Econômica

Muitas pessoas pensam que o pastor tem muito dinheiro. Outras pensam que o pastor é muito pobre e passa necessidades. A verdade é que a vida financeira do pastor é fiscalizada. Por isso mesmo é que Ele não deve facilitar neste ponto. Muitos pastores têm se prejudicado, à sua família e até à igreja, por questões financeiras. São endividamentos acima do orçamento, o não cumprimento com compromissos assumidos, agir como se fosse um “pão duro” ou esbanjador. Deve-se ter muito cuidado. O pastor não deve se valer da sua popularidade para conseguir rendimentos fáceis. Não deve exigir da igreja salários que não tenha condições de pagar. O pastor não deve ser mercenário. Sê previdente!

UNIDADE 3 – O PASTOR COMO ...

1 – Elemento Sigiloso e Responsável

O pastor precisa contar com a confiança de suas ovelhas. Não se pode admitir um pastor que não respeite a opinião, a liberdade e a privacidade de suas ovelhas, quanto ao sigilo pastoral. O pastor como conselheiro deve despertar em suas ovelhas uma confiança tal que elas se sintam tranqüilas, seguras quanto aquilo que têm para confidenciar ao seu pastor. Elas precisam ver no pastor alguém confiável. Os crentes, às vezes se encontram em situações difíceis, precisando de ajuda, e não gostarão que outras pessoas saibam de seus problemas. Se não puderem confiar em seu pastor guardarão o problema consigo, deixando-o agravar ainda mais. O sigilo, a discrição, exigem muita sabedoria nos assuntos duvidosos e que podem trazer conseqüências desagradáveis no futuro.

2 – Autoridade Eclesiástica Não Autocrática

O pastor é uma autoridade dentro da sua igreja. Essa autoridade é dada por Deus, pela Bíblia e pela própria igreja quando o convida e empossa como tal. O pastor não pode abrir mão dessa autoridade. Sabendo, porém, que ela só será possível e mantida quando ele mesmo se manter fiel ao Senhor, à Palavra de Deus e ao ministério local. Apesar disso, a autoridade do pastor não pode ser autocrática (ditatorial), ou seja, absoluta e ilimitada. Pois a igreja é uma instituição teocrática (governada por Deus), que gere as suas funções democraticamente, sendo o pastor um líder que também deve desenvolver a sua autoridade dentro dos mesmos padrões.

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________________________________________________________________________________________________3 – Árbitro Não Sectarista

O pastor, por força do seu ofício, é chamado para resolver questões melindrosas como decidir quem está certo ou errado em determinadas questões. Como árbitro que é deve contribuir desapaixonadamente e sem comprometimento com nenhuma das partes. Deve tomar muito cuidado nessas horas, pois poderá amargar mais tarde o fato de ter sido injusto com alguém.

O pastor não deve se comprometer com grupos, alas, facções ou pessoas sob o pretexto de ser beneficiado ou beneficiar alguém. Deve liderar a igreja como um todo, recebendo ajuda de cada um, respeitando a individualidade de todos, sempre pensando no todo, na unidade e unificação dos membros.

4 – Cidadão

O pastor é um cidadão como qualquer outra pessoa, crente ou não crente. É cidadão de uma pátria, Estado, Município, com os mesmos direitos e deveres de qualquer cidadão. Não é diferente nesta questão. Deve, no entanto, agir como exemplo dos fiéis, ensinando as suas ovelhas a agirem de igual forma. Deve respeitar as autoridades constituídas. Deve ser fiel, diligente e cumpridor dos deveres para com o Estado, como: documentos, impostos, voto e trabalho. Deve ter profundo sentimento patriótico, sabendo, no entanto, que Deus está acima de todas as coisas.

UNIDADE 4 – O PASTOR E A FAMÍLIA

O Pr. John B. Wilder disse: “A mulher do pastor merece, pelo menos, a mesma atenção e cortesia dispensadas às outras senhoras da igreja; e seus filhos fazem jus a idêntico tratamento dado às outras crianças e jovens da igreja”. Ele acrescenta ainda: “Poucas mulheres terão, nesta vida, tamanha carga de deveres como a esposa de um ministro evangélico”.

A esposa do pastor não é pastora.

Não tem pastor como as outras ovelhas. Portanto, o pastor deve ter um carinho todo especial para com ela. Deve dedicar atenção especial, honrá-la, respeitá-la em público e contar, também, com a sua valiosa e útil ajuda. O pastor não deve levar para a casa os problemas da igreja. Se o pastor falhar no cuidado com a família terá falhado no seu ministério, pois ele começa no lar. Muitos pastores têm levado muitas almas ao Senhor e perdido os da sua própria casa.

Tire férias com a sua família, passeie com a sua esposa, dê tempo aos seus. Ame-os, eles fazem parte da sua vida. Deus os confiou ao seu ministério.

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________________________________________________________________________________________________UNIDADE 5 – O PASTOR E SEUS COLEGAS

1 – Quanto ao Relacionamento

O pastor é ministro de Deus para fazer a Sua obra em uma igreja local ou em um ministério específico. O ministério é da alçada da igreja, devendo zelar por ele. No entanto, existem outros pastores com responsabilidades idênticas. Espera-se que haja um perfeito entrosamento e interação entre pessoas de vidas tão entrelaçadas em seus objetivos. Por isso, devem se respeitar e promover um espírito cordial entre si, de tal maneira, que haja compreensão, ajuda mútua, amizade e confraternização. Aqui entram todos os princípios da ética pastoral que, também é o desejado para todos os cristãos.

Obs.: O pastor não pertence a uma classe pastoral, tampouco deve desenvolver as suas atividades pastorais como se fosse membro de uma organização, instituição, devendo a ela o sucesso ou insucesso do seu ministério. Lembre-se sempre: o pastor é um ministro de Deus para uma igreja local.

2 – O Pastor e a Relação Com os Seus Colegas em Público

O pastor deve evitar fazer críticas públicas aos seus colegas. Grandes homens, grandes nobres, grandes pastores respeitam e são respeitados pelo modo como se dirigem e tratam outras pessoas. Os pastores devem evitar qualquer comentário que venha desmerecer ou seu colega pastor, ou outras pessoas.

Alguns pastores têm acesso aos mais variados veículos de comunicação. Neste caso, o pastor deve manter um espírito cristão, humildade e discrição, deixando transparecer a imagem de um perfeito, honesto e íntegro servo de Deus. Nunca deixar que as oportunidades sirvam para exaltação própria, e de entrave para o seu ministério local.

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________________________________________________________________________________________________UNIDADE 6 – O PASTOR E A IGREJA

1 – Como Candidato ao Pastorado

Volta e meia o pastor está sendo convidado para exercer o seu ministério em outra igreja. Este fato deve ser encarado com naturalidade e oração. Nunca com desprezo ou orgulho. A primeira coisa a se observar é a idoneidade da comissão ou pessoas, quanto à autorização oficial da igreja. Isto em oração e em total dependência do Espírito Santo.

Se convidado a pregar na igreja com vistas ao pastorado, o pastor deve aceitar com muita naturalidade e simplicidade, pois é Deus quem vai decidir, não o seu sermão mais trabalhado, bonito ou substancial. Se não for da vontade de Deus tudo dará errado. Depois de todo o cuidado vem a espera, que deve acontecer sem ansiedade. Se estiver pastoreando já uma igreja, não deve deixar que este fato venha prejudicar os seus trabalhos, nem o seu relacionamento com as ovelhas. Tudo deve acontecer normalmente.

Se o convite for confirmado pela igreja em sua atuação legítima, depois de todos os detalhes acertados com o futuro rebanho, o pastor deverá comunicar à igreja de origem, a começar pelos obreiros, de maneira clara e cordial, dispensando sempre o mesmo amor e carinho que tinha por eles antes. Depois de acertar os detalhes de como e quando será a partida marcará um culto de despedida, quando entregará a direção da igreja a quem de direito. Neste culto deverá o pastor compartilhar com os presentes as realizações da igreja durante o seu ministério acentuando o fato de estar dentro da vontade divina. Se o pastorado for passado para um outro pastor deverá, com humildade e presteza dar-lhe as orientações e informações que julgar necessária, afim de ajudá-lo no início do seu ministério, porém, sem se envolver ou influenciar o colega com a sua pressuposta experiência ou conhecimento de causa.

2 – Como Substituto de Pastorado Vago

Ao chegar no novo pastorado muitos aspectos devem ser observados. Em primeiro lugar virá o período de adaptação, conhecimento mútuo da igreja, quando poderão ser traçados planos iniciais de trabalho. O pastor deve tomar cuidado para não desfazer o que o seu antecessor fez à título de desmerecer o seu trabalho, mesmo que com o tempo muitas coisas tenham que ser substituídas ou sofrer mudanças de estratégia. A ética pastoral poderá ser aqui evidenciada. O pastor fará todo o possível para conhecer as suas novas ovelhas, as organizações, o local, os métodos de trabalho a serem apreendidos. Deverá assumir as suas responsabilidades espirituais e administrativas, para o bom andamento do seu ministério.

3 – Como Sucessor de Outro Pastor no PúlpitoO púlpito é do pastor da igreja local. Quando o pastor é visitante, deve honrá-lo e usá-lo de

maneira espiritual e despretensiosa, respeitando o colega e o público, com a finalidade de anunciar, tão somente, o recado de Deus. Não deve agir de maneira grotesca, deselegante, jocosa demais, nem agir desmerecidamente. Agirá com bom senso, fazendo jus à sua permanência ali.

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________________________________________________________________________________________________CONCLUSÃO

“Nosso único objetivo: ganhar almas!” (H. A. Bonar)

Muitas vezes nós fazemos pouco do fato de que o objetivo do ministério cristão é levar pecadores ao arrependimento e edificar o Corpo de Cristo. Não pode existir fidelidade na vida de um ministro cujo padrão esteja em falta quanto ao objetivo maior. Aplausos, fama, popularidade, honra, riquezas – tudo isto é em vão. Se vidas não são ganhas, se os santos não são amadurecidos, o nosso próprio ministério será um fracasso.

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________________________________________________________________________________________________BIBLIOGRAFIA

DRESCHER, John M. Se Eu Começasse Meu Ministério de Novo. São Paulo: CRISTÃ UNIDA, 1997.

GEISLER, Norman L. Ética Cristã – Alternativas e Questões Contemporâneas. 8. ed. São Paulo: VIDA NOVA, 2000.

GOMES, Elizabeth. Ética nas Pequenas Coisas. São Paulo: VIDA, 1997.

KEMP, Jaime. Pastores Em Perigo. São Paulo: SEPAL, 1996.

___________. Pastores Ainda Em Perigo. São Paulo: SEPAL, 1996.

MACARTHUR JR., John. Redescobrindo o Ministério Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

WHITE, Jerry. Honestidade, Moralidade & Consciência. 3. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1990.

WIERSBE, Warren W. A Crise de Integridade. 5. ed. Flórida – EUA: VIDA, 1995.

TRASK, Thomas E. et alii, eds. O Pastor Pentecostal – Um Mandato Para o Século XXI. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

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________________________________________________________________________________________________ETICA DE JESUS O CRISTO

Versículos do 5º capítulo do livro de Mateus 

1 Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus

discípulos,

2 e ele se pôs a ensiná-los, dizendo:

Como ser feliz

3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.

4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.

5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.

6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.

7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.

8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.

10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.

11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal

contra vós por minha causa.

12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos

profetas que foram antes de vós.

Sal e luz

13 Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para

nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.

14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;

15 nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a

todos que estão na casa.

16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem

a vosso Pai, que está nos céus.

O cumprimento da lei

17 Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.

18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um

só i ou um só til, até que tudo seja cumprido.

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19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens,

será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande

no reino dos céus.

20 Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum

entrareis no reino dos céus.

Assassínio

21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.

22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem

disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno.

23 Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem

alguma coisa contra ti,

24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem

apresentar a tua oferta.

25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não

aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.

26 Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.

Adultério

27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.

28 Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração

cometeu adultério com ela.

29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos

teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.

30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos

teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno.

Divórcio

31 Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.

32 Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz

adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.

Juramentos

33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os

teus juramentos.

34 Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;

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35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;

36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto.

37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.

Olho por olho

38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.

39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita,

oferece-lhe também a outra;

40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;

41 e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil.

42 Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes.

Ama os teus inimigos

43 Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo.

44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;

45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus

e bons, e faz chover sobre justos e injustos.

46 Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o

mesmo?

47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o

mesmo?

48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.

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Versículos do 6º capítulo do livro de Mateus 

Dando aos necessitados

1 Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra

sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.

2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas

sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua

recompensa.

3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita;

4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

Oração

5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às

esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua

recompensa.

6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu

Pai, que vê em secreto, te recompensará.

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão

ouvidos.

8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho

pedirdes.

9 Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

10 venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;

11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje;

12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores;

13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória,

para sempre, Amém.]

14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.

Jejum

16 Quando jejuardes, não vos mostreis contristrados como os hipócritas; porque eles desfiguram os

seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua

recompensa.

17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,

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18 para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê

em secreto, te recompensará.

Tesouros no céu

19 Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões

minam e roubam;

20 mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os

ladrões não minam nem roubam.

21 Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.

22 A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz;

23 se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são

trevas, quão grandes são tais trevas!

24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se

a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.

Não se preocupem

25 Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que

haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o

alimento, e o corpo mais do que o vestuário?

26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai

celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?

27 Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?

28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem;

não trabalham nem fiam;

29 contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.

30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais

a vós, homens de pouca fé?

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com

que nos havemos de vestir?

32 (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo

isso.

33 Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a

cada dia o seu mal.

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Versículos do 7º capítulo do livro de Mateus 

Julgar os outros

1 Não julgueis, para que não sejais julgados.

2 Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós.

3 E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?

4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?

5 Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu

irmão.

6 Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que as

calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.

Peça, procure, bata

7 Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

8 Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.

9 Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?

10 Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?

11 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos

céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?

12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta

é a lei e os profetas.

Duas portas

13 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e

muitos são os que entram por ela;

14 e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.

A árvore e os seus frutos

15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos

devoradores.

16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus.

18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons.

19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.

20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

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21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de

meu Pai, que está nos céus.

22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não

expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?

23 Então lhes direi claramemnte: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

A casa sobre a rocha

24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem

prudente, que edificou a casa sobre a rocha.

25 E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela

casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.

26 Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um

homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

27 E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela

casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda.

28 Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina;

29 porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.

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________________________________________________________________________________________________ETICA SACERDOTAL

Versículos do 2º capítulo do livro 1 Timóteo 

Instruções

1 Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os

homens,

2 pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada,

em toda a piedade e honestidade.

3 Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,

4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

5 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,

6 o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo;

7 para o que (digo a verdade, não minto) eu fui constituído pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé

e na verdade.

8 Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.

9 Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade,

não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos,

10 mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.

11 A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão.

12 Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em

silêncio.

13 Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva.

14 E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão;

15 salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na

santificação.

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Versículos do 3º capítulo do livro 1 Timóteo 

1 Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja.

2 É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio,

ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar;

3 não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso;

4 que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito

5 (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?);

6 não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo.

7 Também é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em

opróbrio, e no laço do Diabo.

8 Da mesma forma os diáconos sejam sérios, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não

cobiçosos de torpe ganância,

9 guardando o mistério da fé numa consciência pura.

10 E também estes sejam primeiro provados, depois exercitem o diaconato, se forem irrepreensíveis.

11 Da mesma sorte as mulheres sejam sérias, não maldizentes, temperantes, e fiéis em tudo.

12 Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.

13 Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e muita confiança

na fé que há em Cristo Jesus.

14 Escrevo-te estas coisas, embora esperando ir ver-te em breve,

15 para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do

Deus vivo, coluna e esteio da verdade.

16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne, foi

justificado em espírito, visto dos anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, e recebido acima na

glória.

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________________________________________________________________________________________________ÉTICAS PARA OS ÚLTIMOS TEMPOS.

Versículos do 4º capítulo do livro 1 Timóteo 

1 Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando

ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,

2 pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada,

3 proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos

com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade;

4 pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de

graças;

5 porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas.

6 Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, nutrido pelas palavras da fé e

da boa doutrina que tens seguido;

7 mas rejeita as fábulas profanas e de velhas. Exercita-te a ti mesmo na piedade.

8 Pois o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, visto que tem a

promessa da vida presente e da que há de vir.

9 Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação.

10 Pois para isto é que trabalhamos e lutamos, porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que

é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem.

11 Manda estas coisas e ensina-as.

12 Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no

amor, na fé, na pureza.

13 até que eu vá, aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino.

14 Não negligencies o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do

presbítero.

15 Ocupa-te destas coisas, dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.

16 Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás,

tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

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Versículos do 5º capítulo do livro 1 Timóteo da Bíblia.

1 Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos;

2 às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.

Éticas acerca de viúvas, pastores e trabalhadores

3 Honra as viúvas que são verdadeiramente viúvas.

4 Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam eles primeiro a exercer piedade para com a sua

própria família, e a recompensar seus progenitores; porque isto é agradável a Deus.

5 Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera de noite e de dia em

súplicas e orações;

6 mas a que vive em prazeres, embora viva, está morta.

7 Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis.

8 Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um

incrédulo.

9 Não seja inscrita como viúva nenhuma que tenha menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher

de um só marido,

10 aprovada com testemunho de boas obras, se criou filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés

aos santos, se socorreu os atribulados, se praticou toda sorte de boas obras.

11 Mas rejeita as viúvas mais novas, porque, quando se tornam le5

12 tendo já a sua condenação por haverem violado a primeira fé;

13 e, além disto, aprendem também a ser ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas

também faladeiras e intrigantes, falando o que não convém.

14 Quero pois que as mais novas se casem, tenham filhos, dirijam a sua casa, e não dêem ocasião ao

adversário de maldizer;

15 porque já algumas se desviaram, indo após Satanás.

16 Se alguma mulher crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que esta possa

socorrer as que são verdadeiramente viúvas.

17 Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que

labutam na pregação e no ensino.

18 Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: Digno é o trabalhador do seu

salário.

19 Não aceites acusação contra um ancião, senão com duas ou três testemunhas.

20 Aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham

temor.

21 Conjuro-te diante de Deus, e de Cristo Jesus, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas

coisas, nada fazendo com parcialidade.

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22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti

mesmo puro.

23 Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes

enfermidades.

24 Os pecados de alguns homens são manifestos antes de entrarem em juízo, enquanto os de outros

descobrem-se depois.

25 Da mesma forma também as boas obras são manifestas antecipadamente; e as que não o são não

podem ficar ocultas.

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ÉTICA DOS TRABALHADORES

Versículos do 6º capítulo do livro 1 Timóteo 

1 Todos os servos que estão debaixo do jugo considerem seus senhores dignos de toda honra, para que

o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados.

2 E os que têm senhores crentes não os desprezem, porque são irmãos; antes os sirvam melhor, porque

eles, que se utilizam do seu bom serviço, são crentes e amados. Ensina estas coisas.

A verdadeira riqueza

3 Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor

Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade,

4 é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem

invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas,

5 disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é

fonte de lucro;

6 E, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento.

7 Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar;

8 tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes.

9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e

nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.

10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se

traspassaram a si mesmos com muitas dores.

Paulo exorta Timóteo

11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a

mansidão.

12 Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa

confissão diante de muitas testemunhas.

13 Diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que perante Pôncio Pilatos deu o

testemunho da boa confissão, exorto-te

14 a que guardes este mandamento sem mácula e irrepreensível até a vinda de nosso Senhor Jesus

Cristo;

15 a qual, no tempo próprio, manifestará o bem-aventurado e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos

senhores;

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16 aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens

tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.

17 manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das

riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos;

18 que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos,

19 entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a

verdadeira vida.

20 ç Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições

da falsamente chamada ciência;

21 a qual professando-a alguns, se desviaram da fé. A graça seja convosco.

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ETICA FINANCEIRA

Versículos do 3º capítulo do livro de Malaquias 

1 Eis que eu envio o meu mensageiro, e ele há de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá

ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o anjo do pacto, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o

Senhor dos exércitos.

2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? e quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o

fogo de fundidor e como o sabão de lavandeiros;

3 assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como

ouro e como prata, até que tragam ao Senhor ofertas em justiça.

4 Então a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos

primeiros anos.

5 E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros,

contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o trabalhador em seu salário, a viúva, e o

órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos exércitos.

Roubando Deus

6 Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.

7 Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes. Tornai vós para

mim, e eu tornarei para vós diz o Senhor dos exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?

8 Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas

ofertas alçadas.

9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda.

10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei

prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós

tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.

11 Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a

vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos.

12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o

Senhor dos exércitos.

13 As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra

ti?

14 Vós tendes dito: lnútil é servir a Deus. Que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus

preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos exércitos?

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15 Ora pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade

prosperam; sim, eles tentam a Deus, e escapam.

16 Então aqueles que temiam ao Senhor falaram uns aos outros; e o Senhor atentou e ouviu, e um

memorial foi escrito diante dele, para os que temiam ao Senhor, e para os que se lembravam do seu

nome.

17 E eles serão meus, diz o Senhor dos exércitos, minha possessão particular naquele dia que prepararei;

poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve.

18 Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não

serve.

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A ETICA DO DEUS CRIADOR

Versículos do 20º capítulo do livro de Apocalipse 

Os mil anos

1 E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.

2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos.

3 Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações até que os

mil anos se completassem. Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.

4 Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas

daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não

adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e

reinaram com Cristo durante mil anos.

5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira

ressurreição.

6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a

segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.

A condenação de Satanás

7 Ora, quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,

8 e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é

como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha.

9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade querida; mas desceu fogo

do céu, e os devorou;

10 e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta;

e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos.

Os mortos são julgados

11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o

céu; e não foi achado lugar para eles.

12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro

livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo

as suas obras.

13 O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia;

e foram julgados, cada um segundo as suas obras.

14 E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.

15 E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.

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