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CURSO ON-LINE PACOTE DE EXERCÍCIOS – ATA/DPU ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 03 ASSUNTO : Ética no serviço público: comportamento profissional; atitudes no serviço; organização do trabalho; prioridade em serviço. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: Decreto nº 1.171/1994. AVISO : Nesta última aula de nosso curso, faremos uma abordagem teórica, bem como uma revisão do assunto tratado nas aulas anteriores. Com o conhecimento das regras previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, vocês terão plenas condições de acertar todas as questões da prova. Eu garanto! 1. INTRODUÇÃO Na administração pública, a ética tem sido um assunto bastante frequente e atual (ao menos na teoria, rs). Com efeito, certas condutas que recentemente eram consideradas normais na administração pública, tais como nepotismo, “valimento do cargo”, já não são mais aceitas.

Etica No Serviço Publico

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Etica No Serviço Publico

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    AULA 03

    ASSUNTO:

    tica no servio pblico: comportamento profissional; atitudes no

    servio; organizao do trabalho; prioridade em servio. Cdigo

    de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo

    Federal: Decreto n 1.171/1994.

    AVISO:

    Nesta ltima aula de nosso curso, faremos uma abordagem

    terica, bem como uma reviso do assunto tratado nas aulas

    anteriores.

    Com o conhecimento das regras previstas no Cdigo de tica

    Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal,

    vocs tero plenas condies de acertar todas as questes da

    prova. Eu garanto!

    1. INTRODUO

    Na administrao pblica, a tica tem sido um assunto

    bastante frequente e atual (ao menos na teoria, rs). Com efeito,

    certas condutas que recentemente eram consideradas normais na

    administrao pblica, tais como nepotismo, valimento do

    cargo, j no so mais aceitas.

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    Segundo Adolfo Sanches Vzquez, tica a cincia que

    tem a moral como objeto. Em termos mais singelos, tica a

    cincia da moral, da probidade, da moralidade.

    IMPORTANTE:

    tica a cincia que tem a moral como objeto. Ou seja, a

    cincia da moral, da probidade, da moralidade.

    Existem duas espcies de moral: a moral administrativa

    e a moral comum. A moral administrativa se distingue da

    moral comum pelo fato de ser jurdica e pela possibilidade de

    invalidar atos administrativos praticados em desconformidade

    com o princpio da moralidade.

    A moral administrativa toma como referncia um

    conceito impessoal, geral, primado no grupo social,

    independente dos valores intrnsecos do indivduo. No

    obstante, esse conceito comporta valores de juzos elsticos,

    indeterminados. Tal fato decorre da impossibilidade de a lei

    prever todas as condutas morais e amorais.

    J a moral comum fundamenta-se em um conceito

    pessoal, subjetivo, individual. Contudo, tais distines no

    impedem que a ofensa moral comum implique, tambm,

    em ofensa ao princpio da moralidade administrativa.

    Em suma, a moralidade administrativa no se

    confunde com a moral comum. Porque nesta, ao contrrio

    daquela, o conceito sofre variaes no tempo e no espao, o que

    dificulta a sua aplicao segura e uniforme. Ainda assim, na

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    realizao de seus atos, a atividade administrativa tambm

    se sujeita moral comum.

    IMPORTANTE:

    O conceito de moral administrativa no coincide,

    necessariamente, com a noo de moral comum. Todavia,

    determinados comportamentos administrativos ofensivos moral

    comum podem ensejar a invalidao do ato, por ofender,

    tambm, a moral administrativa.

    2. CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR

    PBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL (DECRETO

    N 1.171/94)

    2.1. DESTINATRIOS

    O Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do

    Poder Executivo Federal foi aprovado pelo Decreto n 1.171/94.

    Portanto, trata-se de um ato normativo que estabelece padro de

    conduta a ser observado no mbito do funcionamento da

    Administrao Pblica Federal.

    Percebam que esse Cdigo de tica aplica-se aos

    servidores da Administrao Pblica federal direta,

    autrquica e fundacional, bem como aos empregados das

    sociedades de economia mista e das empresas pbicas. Em

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    outras palavras, aplica-se aos rgos e s entidades da

    Administrao Pblica Federal, direta ou indireta.

    Com efeito, as empresas estatais federais,

    independentemente de explorarem atividade monopolizada ou

    no, sujeitam-se s regras do Cdigo de tica, assim como seus

    dirigentes e empregados.

    IMPORTANTE:

    Sujeitam-se a esse Cdigo:

    Servidores do Poder Executivo Federal: SIM Empregados e dirigentes de EP ou SEM da Unio: SIM Militares: NO Servidores dos Poderes Legislativo ou Judicirio: NO Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais ou

    Municipais: NO

    Para fins de apurao do comprometimento tico, entende-

    se por servidor pblico todo aquele que, por fora de lei,

    contrato ou de qualquer ato jurdico, preste servios de

    natureza permanente, temporria ou excepcional, ainda que

    sem retribuio financeira, desde que ligado direta ou

    indiretamente a qualquer rgo do poder estatal, como as

    autarquias, as fundaes pblicas, as entidades

    paraestatais, as empresas pblicas e as sociedades de

    economia mista, ou em qualquer setor onde prevalea o

    interesse do Estado (item XXIV).

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    De acordo com o art. 24 do Decreto n 6.029/07, as normas

    do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder

    Executivo Federal aplicam-se, no que couber, aos agentes

    pblicos neles referidos, mesmo quando em gozo de licena.

    Por fim, nos termos do art. 15 do Decreto n 6.029/07, todo

    ato de posse, investidura em funo pblica ou celebrao

    de contrato de trabalho dos agentes pblicos dever ser

    acompanhado da prestao de compromisso solene de

    acatamento e observncia das regras estabelecidas pelo

    Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do

    Poder Executivo Federal.

    2.2. REGRAS DEONTOLGICAS

    O Cdigo de tica traz um rol de valores que sempre

    devero ser buscados pelos servidores pblicos durante o

    desempenho de suas atribuies. Esses valores, que so

    chamados de regras deontolgicas, representam o padro tico

    desejvel na Administrao Pblica Federal, ou seja, expressam

    valores ticos destinados a orientar a prtica dos atos

    administrativos.

    Em linhas gerais, tais regras esto relacionadas

    dignidade, ao decoro, ao zelo, honestidade, ao respeito ao

    cidado, cortesia, boa vontade etc. Tendo em vista o que

    j estudamos em nosso curso, certamente vocs no encontraro

    dificuldade para compreender cada regra contida neste Cdigo de

    tica.

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    Ainda assim, imprescindvel que haja um esforo de todos

    na busca de conhecer a literalidade dessas normas. Pois, as

    questes de provas apenas reproduzem esses dispositivos. Para

    facilitar a misso de vocs, destacarei os pontos mais

    importantes.

    Eis as 13 regras deontolgicas (valores):

    I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficcia e a conscincia

    dos princpios morais so primados maiores que devem nortear

    o servidor pblico, seja no exerccio do cargo ou funo, ou

    fora dele, j que refletir o exerccio da vocao do prprio

    poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes sero

    direcionados para a preservao da honra e da tradio dos

    servios pblicos.

    IMPORTANTE:

    II. O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento

    tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente

    entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e

    o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas

    principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as

    regras contidas no art. 37, caput, e 4, da Constituio Federal.

    Esse enunciado exprime que a finalidade do ato administrativo

    influencia a sua anlise sob o aspecto da moralidade.

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    IMPORTANTE:

    III. A moralidade da Administrao Pblica no se limita

    distino entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idia

    de que o fim sempre o bem comum. O equilbrio entre a

    legalidade e a finalidade, na conduta do servidor pblico, que

    poder consolidar a moralidade do ato administrativo.

    IV. A remunerao do servidor pblico custeada pelos

    tributos pagos direta ou indiretamente por todos, at por ele

    prprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a

    moralidade administrativa se integre no Direito, como

    elemento indissocivel de sua aplicao e de sua finalidade,

    erigindo-se, como consequncia, em fator de legalidade.

    V. O trabalho desenvolvido pelo servidor pblico perante a

    comunidade deve ser entendido como acrscimo ao seu

    prprio bem-estar, j que, como cidado, integrante da

    sociedade, o xito desse trabalho pode ser considerado

    como seu maior patrimnio.

    IMPORTANTE:

    VI. A funo pblica deve ser tida como exerccio

    profissional e, portanto, se integra na vida particular de

    cada servidor pblico. Assim, os fatos e atos verificados na

    conduta do dia-a-dia em sua vida privada podero acrescer

    ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

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    IMPORTANTE:

    VII. Salvo os casos de segurana nacional, investigaes policiais

    ou interesse superior do Estado e da Administrao Pblica, a

    serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,

    nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato

    administrativo constitui requisito de eficcia e moralidade,

    ensejando sua omisso comprometimento tico contra o bem

    comum, imputvel a quem a negar.

    Regra: publicidade

    Excees: (1) segurana nacional, (2) investigaes policiais e

    (3) interesse superior do Estado e da Administrao Pblica.

    IMPORTANTE:

    VIII. Toda pessoa tem direito verdade. O servidor no pode

    omiti-la ou false-la, ainda que contrria aos interesses da

    prpria pessoa interessada ou da Administrao Pblica.

    Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder

    corruptivo do hbito do erro, da opresso, ou da mentira,

    que sempre aniquilam at mesmo a dignidade humana quanto

    mais a de uma Nao.

    IX. A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo

    dedicados ao servio pblico caracterizam o esforo pela

    disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta

    ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma

    forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao

    patrimnio pblico, deteriorando-o, por descuido ou m

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    vontade, no constitui apenas uma ofensa ao equipamento e s

    instalaes ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade

    que dedicaram sua inteligncia, seu tempo, suas esperanas e

    seus esforos para constru-los.

    X. Deixar o servidor pblico qualquer pessoa espera de

    soluo que compete ao setor em que exera suas funes,

    permitindo a formao de longas filas, ou qualquer outra espcie

    de atraso na prestao do servio, no caracteriza apenas

    atitude contra a tica ou ato de desumanidade, mas

    principalmente grave dano moral aos usurios dos servios

    pblicos.

    COMENTRIO:

    As longas filas que se formam nas reparties pblicas, ou

    qualquer outra espcie de atraso na prestao do servio,

    podem ser qualificadas como causadoras de grave dano moral

    aos usurios dos servios pblicos.

    XI. O servidor deve prestar toda a sua ateno s ordens legais

    de seus superiores, velando atentamente por seu

    cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os

    repetidos erros, o descaso e o acmulo de desvios tornam-se, s

    vezes, difceis de corrigir e caracterizam at mesmo imprudncia

    no desempenho da funo pblica.

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    XII. Toda ausncia injustificada do servidor de seu local de

    trabalho fator de desmoralizao do servio pblico, o que

    quase sempre conduz desordem nas relaes humanas.

    XIII. O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura

    organizacional, respeitando seus colegas e cada cidado,

    colabora e de todos pode receber colaborao, pois sua atividade

    pblica a grande oportunidade para o crescimento e o

    engrandecimento da Nao.

    2.3. PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PBLICO

    O Cdigo de tica no se restringe a estabelecer a conduta

    que se esperada dos servidores pblicos. Pois, aponta tambm

    deveres que sero observados com o propsito de que esses

    valores sejam alcanados. A seguir, sob a tica do Cdigo de

    tica, veremos os deveres do servidor pblico. So deveres

    fundamentais do servidor pblico (item XIV):

    a) Desempenhar, a tempo, as atribuies do cargo, funo ou

    emprego pblico de que seja titular;

    b) Exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e

    rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente

    resolver situaes procrastinatrias (atrasadas,

    demoradas), principalmente diante de filas ou de qualquer

    outra espcie de atraso na prestao dos servios pelo setor em

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    que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral ao

    usurio;

    c) Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a

    integridade do seu carter, escolhendo sempre, quando estiver

    diante de duas opes, a melhor e a mais vantajosa para o

    bem comum;

    COMENTRIO:

    Quando estiver diante de duas opes, dever do servidor

    escolher, sempre, a melhor e a mais vantajosa para o bem

    comum.

    A escolha no ser feita em funo do interesse do governo.

    d) Jamais retardar qualquer prestao de contas, condio

    essencial da gesto dos bens, direitos e servios da coletividade a

    seu cargo;

    e) Tratar cuidadosamente os usurios dos servios

    aperfeioando o processo de comunicao e contato com o

    pblico;

    f) Ter conscincia de que seu trabalho regido por princpios

    ticos que se materializam na adequada prestao dos

    servios pblicos;

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    g) Ser corts, ter urbanidade, disponibilidade e ateno,

    respeitando a capacidade e as limitaes individuais de todos os

    usurios do servio pblico, sem qualquer espcie de

    preconceito ou distino de raa, sexo, nacionalidade, cor,

    idade, religio, cunho poltico e posio social, abstendo-se,

    dessa forma, de causar-lhes dano moral;

    h) Ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor de

    representar contra qualquer comprometimento indevido da

    estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) Resistir a todas as presses de superiores hierrquicos,

    de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer

    favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrncia de

    aes imorais, ilegais ou aticas e denunci-las;

    COMENTRIO:

    No dever do servidor abster-se de denunciar os superiores

    hierrquicos.

    j) Zelar, no exerccio do direito de greve, pelas exigncias

    especficas da defesa da vida e da segurana coletiva;

    l) Ser assduo e freqente ao servio, na certeza de que sua

    ausncia provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo

    negativamente em todo o sistema;

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    m) Comunicar imediatamente a seus superiores todo e

    qualquer ato ou fato contrrio ao interesse pblico, exigindo

    as providncias cabveis;

    n) Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,

    seguindo os mtodos mais adequados sua organizao e

    distribuio;

    o) Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com

    a melhoria do exerccio de suas funes, tendo por escopo a

    realizao do bem comum;

    p) Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao

    exerccio da funo;

    q) Manter-se atualizado com as instrues, as normas de

    servio e a legislao pertinentes ao rgo onde exerce suas

    funes;

    r) Cumprir, de acordo com as normas do servio e as

    instrues superiores, as tarefas de seu cargo ou funo, tanto

    quanto possvel, com critrio, segurana e rapidez, mantendo

    tudo sempre em boa ordem.

    s) Facilitar a fiscalizao de todos os atos ou servios por

    quem de direito;

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    t) Exercer com estrita moderao as prerrogativas funcionais

    que lhe sejam atribudas, abstendo-se de faz-lo

    contrariamente aos legtimos interesses dos usurios do

    servio pblico e dos jurisdicionados administrativos;

    COMENTRIO:

    O servidor no pode utilizar-se, a todo tempo, das prerrogativas

    funcionais que lhe sejam atribudas.

    u) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funo, poder

    ou autoridade com finalidade estranha ao interesse pblico,

    mesmo que observando as formalidades legais e no

    cometendo qualquer violao expressa lei;

    v) Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre

    a existncia deste Cdigo de tica, estimulando o seu integral

    cumprimento.

    2.4. VEDAES AO SERVIDOR PBLICO

    O Cdigo de tica cuida de comportamentos vedados, os

    quais, geralmente, correspondem s condutas que so

    qualificadas como crime contra a administrao pblica, como

    atos de improbidade administrativa ou como infraes

    disciplinares. Assim, vedado ao servidor pblico (item XV):

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    a) O uso do cargo ou funo, facilidades, amizades, tempo,

    posio e influncias, para obter qualquer favorecimento,

    para si ou para outrem;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar crime de corrupo passiva

    (Cdigo Penal, art. 317).

    b) Prejudicar deliberadamente a reputao de outros

    servidores ou de cidados que deles dependam;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode resultar em ao indenizatria por danos

    morais.

    c) Ser, em funo de seu esprito de solidariedade, conivente

    com erro ou infrao a este Cdigo de tica ou ao Cdigo de

    tica de sua profisso;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar crime de condescendncia

    criminosa (Cdigo Penal, art. 320).

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    d) Usar de artifcios para procrastinar ou dificultar o exerccio

    regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano

    moral ou material;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar crime de prevaricao (Cdigo

    Penal, art. 319).

    e) Deixar de utilizar os avanos tcnicos e cientficos ao seu

    alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

    f) Permitir que perseguies, simpatias, antipatias, caprichos,

    paixes ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o

    pblico, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas

    hierarquicamente superiores ou inferiores;

    COMENTRIO:

    Essa conduta, que viola o princpio da impessoalidade, pode

    configurar crime de prevaricao (Cdigo Penal, art. 319).

    g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer

    tipo de ajuda financeira, gratificao, prmio, comisso,

    doao ou vantagem de qualquer espcie, para si, familiares ou

    qualquer pessoa, para o cumprimento da sua misso ou para

    influenciar outro servidor para o mesmo fim;

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    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar crime de corrupo passiva

    (Cdigo Penal, art. 317).

    h) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva

    encaminhar para providncias;

    i) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do

    atendimento em servios pblicos;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa

    que atenta contra os princpios da administrao pblica.

    j) Desviar servidor pblico para atendimento a interesse

    particular;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa

    que importa enriquecimento ilcito, bem como infrao disciplinar

    (Lei n 8.112/90, art. 117, XVI).

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    l) Retirar da repartio pblica, sem estar legalmente

    autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao

    patrimnio pblico;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa

    que importa enriquecimento ilcito, bem como infrao disciplinar

    (Lei n 8.112/90, art. 117, II).

    m) Fazer uso de informaes privilegiadas obtidas no mbito

    interno de seu servio, em benefcio prprio, de parentes, de

    amigos ou de terceiros;

    COMENTRIO:

    Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios da

    administrao pblica.

    Essa regra se aplica mesmo quando a informao afetar interesse do prprio servidor.

    o) Apresentar-se embriagado no servio ou fora dele

    habitualmente;

    p) Dar o seu concurso a qualquer instituio que atente contra a

    moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

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    q) Exercer atividade profissional atica ou ligar o seu nome a

    empreendimentos de cunho duvidoso.

    2.5. COMISSES DE TICA

    De acordo com o item XVI do Cdigo de tica, em todos os

    rgos e entidades da Administrao Pblica Federal

    direta, indireta autrquica e fundacional, ou em qualquer

    rgo ou entidade que exera atribuies delegadas pelo

    poder pblico, dever ser criada uma Comisso de tica.

    IMPORTANTE:

    Onde deve existir uma Comisso de tica?

    Em cada rgo ou entidade da APF direta e indireta; Em qualquer rgo ou entidade que exera atribuies

    delegadas pelo poder pblico.

    Cada Comisso de tica ser encarregada de orientar e

    aconselhar sobre a tica profissional do servidor, no tratamento

    com as pessoas e com o patrimnio pblico, competindo-lhe

    conhecer concretamente de imputao ou de procedimento

    susceptvel de censura.

    Comisso de tica incumbe fornecer, aos organismos

    encarregados da execuo do quadro de carreira dos servidores,

    os registros sobre sua conduta tica, para o efeito de instruir e

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    fundamentar promoes e para todos os demais

    procedimentos prprios da carreira do servidor pblico (item

    XVIII do Cdigo de tica).

    Segundo o art. 5 do Decreto n 6.029/07, cada Comisso de

    tica, ser integrada por 3 membros titulares e 3 suplentes.

    Esses membros sero escolhidos entre servidores e empregados

    do quadro permanente do respectivo rgo ou entidade. Ademais,

    sero designados pelo dirigente mximo da respectiva entidade ou

    rgo, para mandatos no coincidentes de 3 anos.

    IMPORTANTE:

    COMISSO DE TICA:

    3 titulares + 3 suplentes Servidores/empregados do quadro permanente Designao = dirigente mximo Mandatos no coincidentes = 3 anos

    Cada Comisso de tica contar com uma Secretaria-

    Executiva, vinculada administrativamente instncia mxima da

    entidade ou rgo, para cumprir plano de trabalho por ela

    aprovado e prover o apoio tcnico e material necessrio ao

    cumprimento das suas atribuies (Decreto n 6.029/07, art. 7,

    1).

    As Secretarias-Executivas das Comisses de tica sero

    chefiadas por servidor ou empregado do quadro

    permanente da entidade ou rgo, ocupante de cargo de

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    direo compatvel com sua estrutura, alocado sem aumento de

    despesas (Decreto n 6.029/07, art. 7, 2).

    Comisso de tica compete (art. 7 do Decreto n

    6.029/07):

    I - atuar como instncia consultiva de dirigentes e servidores

    no mbito de seu respectivo rgo ou entidade;

    II - aplicar o Cdigo de tica Profissional do Servidor

    Pblico Civil do Poder Executivo Federal, devendo:

    a) submeter Comisso de tica Pblica (CEP) propostas

    para seu aperfeioamento;

    b) dirimir dvidas a respeito da interpretao de suas

    normas e deliberar sobre casos omissos;

    c) apurar, mediante denncia ou de ofcio, conduta em

    desacordo com as normas ticas pertinentes; e

    d) recomendar, acompanhar e avaliar, no mbito do

    rgo ou entidade a que estiver vinculada, o

    desenvolvimento de aes objetivando a disseminao,

    capacitao e treinamento sobre as normas de tica e

    disciplina;

    III - representar a respectiva entidade ou rgo na Rede de

    tica do Poder Executivo Federal; e

    IV - supervisionar a observncia do Cdigo de Conduta da

    Alta Administrao Federal e comunicar Comisso de

    tica Pblica (CEP) situaes que possam configurar

    descumprimento de suas normas.

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    dever do titular de entidade ou rgo da Administrao

    Pblica Federal, direta e indireta (Decreto n 6.029/07, art. 6):

    I - assegurar as condies de trabalho para que as

    Comisses de tica cumpram suas funes, inclusive para que do

    exerccio das atribuies de seus integrantes no lhes resulte

    qualquer prejuzo ou dano;

    II - conduzir em seu mbito a avaliao da gesto da

    tica conforme processo coordenado pela Comisso de tica

    Pblica.

    2.5.1. PROCESSO DE APURAO DE INFRAES

    TICAS

    O processo de apurao de prtica de ato em desrespeito

    ao preceituado no Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico

    Civil do Poder Executivo Federal ser instaurado, de ofcio ou em

    razo de denncia fundamentada (art. 12 do Decreto n

    6.029/07).

    importante destacar que o item XVII do Cdigo de tica,

    revogado pelo Decreto n 6.029/07, exigia a identificao do

    denunciante. Logo no era possvel a denncia annima. Todavia,

    luz do Decreto, a identificao do autor da denncia ou

    representao no mais requisito necessrio ao seu

    processamento.

    Portanto, como no h expressa vedao aceitao de

    denncia apcrifa, possvel que a Comisso de tica, diante de

    uma denncia annima que esteja devidamente fundamentada,

    instaure de ofcio o processo apuratrio.

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    Assim, visando apurao de infrao tica imputada a

    agente pblico, rgo ou setor especfico de ente estatal,

    qualquer cidado, agente pblico, pessoa jurdica de direito

    privado, associao ou entidade de classe poder provocar a

    atuao de Comisso de tica (art. 11 do Decreto n 6.029/07).

    Para os fins do Decreto n 6.029/07, agente pblico todo

    aquele que, por fora de lei, contrato ou qualquer ato

    jurdico, preste servios de natureza permanente,

    temporria, excepcional ou eventual, ainda que sem

    retribuio financeira, a rgo ou entidade da administrao

    pblica federal, direta e indireta (art. 11, pargrafo nico).

    IMPORTANTE:

    Agente pblico todo aquele que, por fora de lei, contrato

    ou qualquer ato jurdico, preste servios de natureza

    permanente, temporria, excepcional ou eventual, ainda

    que sem retribuio financeira, a rgo ou entidade da

    administrao pblica federal, direta e indireta (Decreto n

    6.029/07, art. 11, pargrafo nico).

    A Comisso de tica sempre respeitar as garantias do

    contraditrio e da ampla defesa. Nesse sentido, o investigado

    poder produzir prova documental necessria sua defesa (art.

    12, 1).

    Alm disso, a Comisso de tica dever notificar o

    investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de 10 dias

    (art. 12). Se, aps essa manifestao, novos elementos de

    prova forem juntados aos autos da investigao, o investigado

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    ser notificado para nova manifestao, no prazo de 10 dias

    (art. 12, 3).

    Mesmo que ainda no tenha sido notificada da existncia

    do procedimento investigatrio, a pessoa investigada tem os

    seguintes direitos (art. 14):

    Saber o que lhe est sendo imputado, Conhecer o teor da acusao, Ter vista dos autos, no recinto das Comisses de

    tica,

    Obter cpia dos autos e de certido do seu teor.

    A Comisso de tica poder requisitar os documentos que

    entenderem necessrios instruo probatria e, tambm,

    promover diligncias e solicitar parecer de especialista (art. 12,

    2). Os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal

    daro tratamento prioritrio s solicitaes de documentos

    necessrios instruo dos procedimentos de investigao

    instaurados pelas Comisses de tica (art. 20). As autoridades

    competentes no podero alegar sigilo para deixar de prestar

    informao solicitada pelas Comisses de tica (art. 20, 2).

    Ressalta-se que esses trabalhos sero desenvolvidos com

    celeridade e observncia dos seguintes princpios (art. 10):

    I - proteo honra e imagem da pessoa investigada;

    II - proteo identidade do denunciante, que dever ser

    mantida sob reserva, se este assim o desejar (Notem que no

    ser sempre); e

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    III - independncia e imparcialidade dos seus membros na

    apurao dos fatos.

    O Decreto dispe ainda que os trabalhos na Comisso de

    tica so considerados relevantes e tm prioridade sobre as

    atribuies prprias dos cargos dos seus membros, quando estes

    no atuarem com exclusividade na Comisso (art. 19).

    At que esteja concludo, qualquer procedimento

    instaurado para apurao de prtica em desrespeito s normas

    ticas ser mantido com a chancela (marca, identificao) de

    reservado (art. 13). Assim permanecero at a concluso da

    investigao e a deliberao da Comisso de tica (art. 13, 1).

    possvel que nesses autos exista documento protegido

    por sigilo legal. Nesse caso, o acesso a esse tipo de documento

    somente ser permitido a quem detiver igual direito perante o

    rgo ou entidade originariamente encarregado da sua guarda

    (art. 13, 2).

    Depois de concludo o processo de investigao, a

    Comisso de tica tomar as medidas necessrias para que esses

    documentos sigilosos sejam desentranhados (separados)

    dos autos, lacrados e acautelados. Tal procedimento visa a

    resguardar o sigilo dos documentos (art. 13, 3). Pois, como

    vimos, aps a concluso do processo de apurao, os autos

    perdem a classificao de reservados.

    Concluda a instruo processual, a Comisso de tica

    proferir deciso conclusiva e fundamentada (art. 12, 4). Se

    a concluso for pela existncia de falta tica, a Comisso de tica

    tomar as seguintes providncias, no que couber (art. 12, 5):

    Encaminhamento de sugesto de exonerao de cargo ou funo de confiana autoridade hierarquicamente

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    superior ou devoluo ao rgo de origem, conforme o

    caso;

    Encaminhamento, conforme o caso, para a CGU ou unidade especfica do Sistema de Correio do Poder

    Executivo Federal, para exame de eventuais transgresses

    disciplinares; e

    Recomendao de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir.

    Fornecimento, aos organismos encarregados da execuo do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre

    sua conduta tica, para o efeito de instruir e

    fundamentar promoes e para todos os demais

    procedimentos prprios da carreira do servidor pblico

    (Decreto n 1.171/94, item XVIII).

    Ademais, sempre que constatar a possvel ocorrncia de

    ilcitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de

    infrao disciplinar, a Comisso de tica encaminhar cpia

    dos autos s autoridades competentes para apurao de tais

    fatos, sem prejuzo das medidas de sua competncia (art. 17).

    A Comisso de tica no poder deixar de proferir

    deciso sobre matria de sua competncia alegando omisso

    do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder

    Executivo Federal.

    A omisso eventualmente existente ser suprida pela

    analogia (utilizao de disposies aplicveis a casos

    semelhantes) e invocao aos princpios da legalidade,

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    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (LIMPE)

    (art. 16).

    E, se houver dvida quanto legalidade, a Comisso de

    tica competente dever ouvir previamente a rea jurdica

    do rgo ou entidade (art. 16, 1).

    As decises da Comisso de tica sero resumidas em

    ementa (sumrio, sinopse) e, com a omisso dos nomes dos

    investigados, divulgadas no stio do prprio rgo, bem como

    remetidas Comisso de tica Pblica (art. 18).

    Nos termos do item XXII do Cdigo de tica, a pena

    aplicvel ao servidor pblico pela Comisso de tica a de

    censura. A fundamentao constar do respectivo parecer,

    assinado por todos os integrantes da Comisso de tica, com

    cincia do faltoso.

    IMPORTANTE:

    A censura nica pena que pode ser aplicada pela Comisso de tica.

    As penalidades previstas no art. 127 da Lei n 8.112/90 no podem ser aplicadas pela Comisso de tica.

    Da deciso da comisso de tica deve constar: 9 a fundamentao da pena aplicada;

    9 a assinatura de todos os integrantes da Comisso de tica;

    9 a cincia do faltoso.

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    3. RESUMO

    1)

    IMPORTANTE:

    Sujeitam-se a esse Cdigo:

    Servidores do Poder Executivo Federal: SIM Empregados e dirigentes de EP ou SEM da Unio: SIM Militares: NO Servidores dos Poderes Legislativo ou Judicirio: NO Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais ou

    Municipais: NO

    2) Para fins de apurao do comprometimento tico, entende-se

    por servidor pblico todo aquele que, por fora de lei, contrato

    ou de qualquer ato jurdico, preste servios de natureza

    permanente, temporria ou excepcional, ainda que sem

    retribuio financeira, desde que ligado direta ou

    indiretamente a qualquer rgo do poder estatal, como as

    autarquias, as fundaes pblicas, as entidades

    paraestatais, as empresas pblicas e as sociedades de

    economia mista, ou em qualquer setor onde prevalea o

    interesse do Estado (item XXIV).

    3) Todo ato de posse, investidura em funo pblica ou

    celebrao de contrato de trabalho dos agentes pblicos

    dever ser acompanhado da prestao de compromisso

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    solene de acatamento e observncia das regras estabelecidas

    pelo Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil

    do Poder Executivo Federal.

    4)

    IMPORTANTE:

    II. O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento

    tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente

    entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e

    o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas

    principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as

    regras contidas no art. 37, caput, e 4, da Constituio Federal.

    Esse enunciado exprime que a finalidade do ato administrativo

    influencia a sua anlise sob o aspecto da moralidade.

    5)

    IMPORTANTE:

    III. A moralidade da Administrao Pblica no se limita

    distino entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idia

    de que o fim sempre o bem comum. O equilbrio entre a

    legalidade e a finalidade, na conduta do servidor pblico, que

    poder consolidar a moralidade do ato administrativo.

    6)

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    IMPORTANTE:

    VI. A funo pblica deve ser tida como exerccio

    profissional e, portanto, se integra na vida particular de

    cada servidor pblico. Assim, os fatos e atos verificados na

    conduta do dia-a-dia em sua vida privada podero acrescer

    ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

    7)

    IMPORTANTE:

    VII. Salvo os casos de segurana nacional, investigaes policiais

    ou interesse superior do Estado e da Administrao Pblica, a

    serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,

    nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato

    administrativo constitui requisito de eficcia e moralidade,

    ensejando sua omisso comprometimento tico contra o bem

    comum, imputvel a quem a negar.

    Regra: publicidade

    Excees: (1) segurana nacional, (2) investigaes policiais e

    (3) interesse superior do Estado e da Administrao Pblica.

    8)

    IMPORTANTE:

    VIII. Toda pessoa tem direito verdade. O servidor no pode

    omiti-la ou false-la, ainda que contrria aos interesses da

    prpria pessoa interessada ou da Administrao Pblica.

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    Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder

    corruptivo do hbito do erro, da opresso, ou da mentira,

    que sempre aniquilam at mesmo a dignidade humana quanto

    mais a de uma Nao.

    9)

    IMPORTANTE:

    Onde deve existir uma Comisso de tica?

    Em cada rgo ou entidade da APF direta e indireta; Em qualquer rgo ou entidade que exera atribuies

    delegadas pelo poder pblico.

    10)

    IMPORTANTE:

    COMISSO DE TICA:

    3 titulares + 3 suplentes Servidores/empregados do quadro permanente Designao = dirigente mximo Mandatos no coincidentes = 3 anos

    11)

    IMPORTANTE:

    A censura nica pena que pode ser aplicada pela

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    Comisso de tica.

    As penalidades previstas no art. 127 da Lei n 8.112/90 no podem ser aplicadas pela Comisso de tica.

    Da deciso da comisso de tica deve constar: 9 a fundamentao da pena aplicada;

    9 a assinatura de todos os integrantes da Comisso de tica;

    9 a cincia do faltoso.

    Amigos(as),

    Ao encerrar a ltima aula de nosso curso, tenho a sensao

    de dever cumprido (espero que vocs tambm, rs). Por isso, s

    me resta pedir que sejam perseverantes na busca de seus

    objetivos. Nunca desistam de seus sonhos!

    Ficarei extremamente orgulhoso quando encontr-los(as)

    em cursos, paletras e outros eventos promovidos pela

    Administrao Pblica. Contem comigo, sempre! Boa sorte!

    Muito Obrigado!

    At breve,

    Anderson Luiz

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    BIBLIOGRAFIA

    ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito

    Administrativo Descomplicado. So Paulo: Mtodo, 2009.

    BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro:

    Elsevier, 2008.

    CARVALHO FILHO, Jos dos Santos. Manual de Direito

    Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

    CUNHA JNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo.

    Salvador: 2008.

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. So

    Paulo: Atlas, 2008.

    MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. So

    Paulo: Malheiros, 2008.

    MELLO, Celso Antnio Bandeira de. Curso de Direito

    Administrativo. So Paulo: Malheiros, 2008.

    MORAIS, Jos Leovegildo Oliveira. tica e Conflito de

    Interesses no Servio Pblico. Braslia: ESAF, 2009.