DIREITO CONSTITUCIONAL

TICA PROFISSIONAL OAB e sua estruturaNatureza Jurdica da OABO que OAB?- Jurisprudncia antiga: autarquia federal especial- Jurisprudncia recente: servio pblico independente, sem vinculao com o Poder Pblico (Adm. Pblica)

Concurso Pblico para os servidores da OAB?- ADI 3026/06 STF: regime celetista comumCaractersticas da OAB- autonomia- independncia

- no entidade meramente corporativa, mas tem fins institucionais

- goza de imunidade tributaria (renda, bens e servios)

- as suas contas no se submetem a TC

Foro para dirimir questes que envolvam a OAB- jurisprudncia antiga: Justia Federal- jurisprudncia atual (STJ e STF): Justia Comum

Principais rgos da OABConselho Federal: - rgo Federal da OAB

Local:- Situado em Braslia/DF, sendo rgo supremo da OAB

- Possui personalidade jurdica prpria

Principais competncias do Conselho Federal (art. 54, EAOAB)II representar, em juzo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados;

V editar e alterar o Regulamento Geral, o Cdigo de tica e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessrio;

VII intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constar grave violao desta Lei ou do regulamento Geral;

XIV ajuizar ao direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ao civil pblica, mandado de segurana coletivo, mandado de injuno e demais aes cuja legitimao lhe seja outorgado por lei;Conselhos Seccionais

- rgos estaduais (27 ao todo)Local:- So situadas nas Capitais do Estados e no DF, possuindo personalidade jurdica prpria.Competncia:- vem definida no art. 58 do EAOAB, com destaque para:

II criar as subsees e a caixa de assistncia dos advogados;

V fixar a tabela de honorrios, vlida para todo o territrio estadual;

VI realizar o exame de ordem;

VII decidir os pedidos de inscrio nos quadros de advogados e estagirios;

IX fixar, alterar e receber contribuies obrigatrias, preos de servios e multas (ANUIDADE);

XI determinar, com exclusividade, critrios para o traje dos advogados, no exerccio profissional;

XV intervir nas subsees e na caixa de assistncia dos advogados (no confundir com o Conselho Federal, com competncia para intervir nos Conselhos Seccionais)

Subsees- rgos municipais, no tendo personalidade jurdica prpria.

Criao- so criadas pelo Conselho SeccionalExtenso Territorial- as subsees podero abranger um ou mais municpios, ou parte de um municpio.Nmero de Advogados- pelo menos 15Competncia das Subsees- vem definida no art. 61 do EAOAB, com destaque:

III representar a OAB perante os poderes constitudos

Pargrafo nico, c instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de tica e Disciplina (desde que a Subseo tenha Conselho mais de 100 advogados inscritos).

Caixa de Assistncia- so dotadas de personalidade jurdica prpria

Criao

- Conselhos seccionais, desde que contem com mais de 1500 inscritos

Finalidade- prestar assistncia aos advogados no Estado (ex: desconto em livros)

Receita- da receita lquida das anuidades Diplomas Normativos que Regem a Disciplina; Atividades Privativas de Advocacia; Estgio ProfissionalQuais so os diplomas normativos que regem a tica Profissional?- Estatuto da OAB (EAOAB): Lei 8906/94- Cdigo de tica e Disciplina (CED): criado pelo Conselho Federal da OAB- Regulamento Geral: criado pelo Conselho Federal da OABAtividades Privativas de Advocacia (art. 1, EAOAB)- Postulao perante qualquer rgo do Judicirio, inclusive Juizados Especiais

- trata-se da tpica atividade da advocacia, qual seja, a de postular em juzo;

- Porm, no verdade que SOMENTE o advogado tenha acesso ao Poder Judicirio. H excees!

Excees Postulao em Juzo (ADI 1.127-8, STF)- juizados especiais cveis (JECs), nas causas de at 20 salrios mnimos, em 1 instancia (JECRIM no! ADI 3.168, STF); JEF (em 1 instancia)

- Habeas Corpus e Reviso Criminal

- Justia do Trabalho (art. 791, CLT; Smula 425, TST);

- Justia de Paz;

- Propositura de Ao de Alimentos (L. 5478/68)

- inventrios, separaes e divrcios extrajudiciais: Lei 11.441/07Assessoria, Consultoria e Direo Jurdica

- Empresas pblicas ou privadas exige-se a qualidade de advogado!

- Exerccio ilegal da profisso (art. 47, LCP) bacharis e outros profissionais advocacia;

Visar Atos Constitutivos de Pessoas Jurdicas- Contratos sociais/estatutos sociais de quaisquer pessoas jurdicas exigem o visto do advogado, sob pena de nulidade

Exceo:- microempresas

- empresas de pequeno porte

Quem pode ser estagirio?- Estudante de Direito;

- A partir de um dos dois ltimos anos do curso;

- Demonstrao de vinculo da Faculdade com a OAB, ou de escritrios credenciados, ou, ainda, setores e rgos jurdicos.

Requisitos para inscrio:

- capacidade civil; titulo de eleitor e quitao do servio militar; no exercer atividade incompatvel; idoneidade moral; prestar compromisso perante o conselhoLocal da inscrio- conselho seccional onde se localiza o curso jurdico

Estgio Profissional e Estudantes que Exeram Atividades Incompatveis- caber Faculdade providenciar o estagio para fins de aprendizagem prtico-profissional

Atividades que podem ser exercidas pelo estagirio- atuao conjunta com advogado = TUDO

- atuao isolada: a) elaborar e assinar peties de juntada; b) fazer cargas e descargas (devoluo) de processos; obter certides cartorrias referentes a processos em trmite ou findos.Atividades que extrapolam as atribuies do estagirio

- nulidade processual (ex: atos postulatrios praticados exclusivamente pelo estagirio)

- infrao tico-disciplinar;

- exerccio ilegal da profisso

Inscrio na OAB; Mandado JudicialRequisitos para a inscrio na OAB como advogado (art. 8, EAOAB)I - capacidade civil;

II - diploma ou certido de graduao em direito, obtido em instituio de ensino oficialmente autorizada e credenciada;

III - ttulo de eleitor e quitao do servio militar, se brasileiro;

IV - aprovao em Exame de Ordem;

V - no exercer atividade incompatvel com a advocacia;

VI - idoneidade moral;

VII - prestar compromisso perante o conselho.Da inscrio do advogado

Inscrio principal: Conselho Seccional em cujo territrio pretende estabelecer seu domicilio profissional. Na duvida, prevalece o domicilio da pessoa fsica. possvel a transferncia da inscrio principal a outro Conselho Seccional.

Inscrio suplementar: exerccio habitual (mais de cinco causas por ano) da advocacia perante outros Conselhos Seccionais (leia-se: outros Estados).

Cancelamento da inscrio (art. 11, EAOAB)Art. 11. Cancela-se a inscrio do profissional que:

I - assim o requerer;

II - sofrer penalidade de excluso;

III - falecer;

IV - passar a exercer, em carter definitivo, atividade incompatvel com a advocacia;

V - perder qualquer um dos requisitos necessrios para inscrio.

( 3 suspenses por inadimplncia com anuidades distintas (art. 22, par. nico, Reg. Geral).Conseqncia do cancelamento: perda do numero original em caso de retorno.

Licenciamento da inscrio (art. 12, EAOAB):

Art. 12. Licencia-se o profissional que:

I - assim o requerer, por motivo justificado;

II - passar a exercer, em carter temporrio, atividade incompatvel com o exerccio da advocacia;

III - sofrer doena mental considerada curvel.Conseqncia do licenciamento: no retorno OAB haver o resgate do nmero original.

O que mandato?- trata-se de uma espcie de contrato pelo qual o cliente (mandante) outorga poderes ao contratado (mandatrio) para que este o represente em algum ato ou negocio.

O que mandato judicial?

- o mandato judicial nada mais do que um contrato cujo objeto a representao JUDICIAL do cliente pelo advogado/estagirio.

Atuao em juzo sem procurao

Regra: no possvel. O advogado s procura (leia-se postula) em juzo fazendo prova do mandato (procurao).

Exceo: em caso de URGENCIA, assim afirmada pelo advogado, poder postular em juzo sem procurao, devendo junt-la, contudo, no prazo de 15 dias, prorrogvel por igual perodo.

OBS: a prorrogao no automtica.

Forma de constituio do mandato judicial- o mandato judicial se constitui pela simples outorga de procurao pelo CLIENTE ao ADVOGADO.

Formas de extino do mandato judicial- tcita: extino e arquivamento dos autos;

- expressa: renncia, revogao, substabelecimento sem reservas de poderes.

Renncia- ato unilateral do advogado;

- implica na omisso do motivo (art. 13, CED);

- dever de dupla comunicao (ao cliente, por carta com AR, de preferncia, e ao juzo);

- dever de prosseguir representado o cliente por mais 10 dias (subseqentes notificao ao cliente)Revogao- ato unilateral do cliente;

- no desobriga o cliente de pagar os honorrios convencionados, nem impede o recebimento de honorrios de sucumbncia, ainda que proporcionalmente.

Substabelecimento sem reserva de poderes- ato do advogado de transferir o mandato a outro advogado (no caso, de forma TOTAL);

- ao cliente devem ser garantidos o PRVIO e INEQUVOCO conhecimento, sob pena de abandono da causa.

Prerrogativas dos Advogados - IO que so prerrogativas?- so os direitos conferidos aos advogados em virtude da funo que exerce.

- no so, portanto, privilgios pessoais, mas uma garantia de que o advogado possa desempenhar seu papel de forma adequada e sem subservincia.

Prerrogativas do advogado (art. 7, EAOAB)- Rol exemplificativo

Liberdade no exerccio profissional- retrata o art. 5, XIII, CF, que prev a liberdade para o exerccio de ofcios ou profisses, mas desde que estabelecidas as qualificaes que a lei exigir.

Inviolabilidade do escritrio de advocacia- no se admite o ingresso em escritrio de advocacia sem o consentimento do advogado (garantia da manuteno do sigilo profissional e liberdade do exerccio profissional)

- por ORDEM JUDICIAL admite-se, contudo, a quebra da inviolabilidade, desde que preenchidos os seguintes requisitos:

a) indcios de autoria e materialidade da prtica de crime por parte de advogado;b) autoridade judiciria competente;

c) deciso motivada, expedindo mandado de busca e apreenso;

d) que o referido mandado seja especifico e pormenorizado;

e) vedada a utilizao dos documentos, das mdias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informaes sobre clientes.

Comunicao reservada com o cliente- ainda que clientes estejam presos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, mesmo sem procurao, o advogado tem o direito de entrevistar-se reservadamente com eles.

- durante a lavratura do auto, ser necessria a presena de um representante da OAB, que dever ser avisada pela autoridade policial, sob pena de relaxamento.Priso cautelar do advogado- antes de transitar em julgado a sentena penal condenatria, direito do advogado ser mantido recolhido em SALA DE ESTADO MAIOR ou, sua falta, PRISO DOMICILIAR.

- de acordo com EAOAB, aludida sala seria controlada/fiscalizada pela OAB, o que foi declarado inconstitucional pelo STF (ADI 1.127)

Liberdade de acesso do advogado a determinados locais- nas salas de sesses dos tribunais, mesmo alem dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;

- nas salas e dependncias de audincias, secretarias, cartrios, ofcios de justia, servios notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prises, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presena de seus titulares;

- em qualquer edifcio ou recinto em que funcione repartio judicial ou outro servio pblico onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informao til ao exerccio da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;

- em qualquer assemblia ou reunio de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;- o de permanecer sentado ou em p e retirar-se de quaisquer locais indicados anteriormente, independentemente de licena;

- o de dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horrio previamente marcado ou outro condio, observando-se a ordem de chegada. Prerrogativas dos Advogados - IISustentao oral do advogado- por fora da ADIN 1127-8, o STF declarou inconstitucional o dispositivo do EAOAB que garanti ao advogado fazer sustentao oral, perante os tribunais, APS o voto do relator.

- Assim, o advogado deve fazer a sustentao oral conforme os regimentos internos dos tribunais (geralmente ANTES do voto do relator)

Uso da expresso pela ordem- para o esclarecimento de circunstncias fticas, ou para o esclarecimento de dvidas, poder fazer uso da palavra, pela ordem, de maneira rpida e objetiva (interveno sumria) em qualquer juzo ou tribunal.

Reclamao verbal ou escrita- direito de o advogado reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juzo, tribunal ou autoridade, contra a inobservncia de preceito de lei, regulamento ou regimento.

Anlise de autos perante rgos do Judicirio, Legislativo, Administrao Pblica e Reparties Policiais- direito de o advogado examinar, em quaisquer rgos dos Poderes, Judicirio e Legislativo, ou da Administrao Pblica em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procurao, quando no estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obteno de cpias, podendo tomar apontamentos.

- tambm direito do advogado examinar, em qualquer repartio policial, mesmo sem procurao, autos de flagrante e de inqurito, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos.- Smula Vinculante n 14, STF

- ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartrio ou na repartio competente, ou retir-los pelos prazos legais.- por fim, direito do advogado, retirar autos de processos findos, mesmo sem procurao, pelo prazo de 10 dias.

Desagravo pblico

- fato gerador: ofensa ao advogado em razo de suas atividades profissionais ou cargo que exera na OAB

- competncia para o desagravo: conselho seccional competente (salvo se a vtima for conselheiro federal ou presidente do conselho seccional, ou se o ato for muito grave).

- quem pode provocar o desagravo: o advogado ofendido, qualquer pessoa ou a prpria OAB de oficio

- sesso pblica solene, que independe de aceitao do advogado- vtima.

Uso de smbolos privativos- s os advogados podem utilizar os smbolos privativos da profisso (ex: balana da justia)

- os smbolos do conselho federal (braso da repblica) e dos conselhos seccionais so privativos desses rgos, no podendo sequer os advogados utiliz-los.

Recusa em depor como testemunha- direito/dever

- objetivo: garantir o sigilo profissional

- local em que deve ser exercido o direito: somente em juzo

- dever permanece mesmo que autorizado pelo cliente

Excepcionalmente o sigilo poder ser quebrado: a) grave risco vida; b) grave risco honra; c) afronta do advogado pelo cliente.

Direito de retirada- prazo de ausncia do magistrado: 30 minutos (na JT de apenas 15 minutos art. 815, p.., CLT)

- comunicao formal da retirada por petio escrita

Imunidade profissional- de acordo com o EAOAB, h uma trplice imunidade penal: INJRIA, DIFAMAO e DESACATO

- STF ADIn 1127-8: inconstitucionalidade da imunidade referente ao desacato

- Pegadinha: desacato e calnia (no tem imunidade).

Salas especiais para advogados

- o judicirio e executivo devem instalar nos juizados, fruns, tribunais, delegacias de polcia e presdios SALAS ESPECIAIS para advogados.

- o controle das salas, embora assim seja garantido pelo EAOAB, no ser exercido pela OAB.

Sociedade de AdvogadosNatureza Jurdica da Sociedade de Advogados (arts. 15 a 17, EAOAB; Provimento 112/2006)

- de acordo com EAOAB, trata-se de sociedade civil. luz do Cdigo Civil, deve-se entender por sociedade civil a atual SOCIEDADE SIMPLES.

Nmero mnimo de advogados:- dois

- no se pode admitir a reduo da sociedade unipessoalidade. Em caso de morte de 1 dos scios, em 180 dias deve-se providenciar um novo scio, sob pena de dissoluo da sociedade.

Aquisio da Personalidade Jurdica- d-se com o registro dos atos constitutivos no Conselho Seccional em que se quiser estabelecer a sede.

- no possvel registrar a sociedade de advogados em cartrio de registro civil de pessoas jurdicas ou junta comercial.Razo social das Sociedades de Advogados- deve conter o nome de pelo menos 1 dos scios, completo ou abreviado.

- vedada a utilizao de nome fantasia (mercantilizao)

- admite-se a permanncia de nome de scio falecido, desde que o ato constitutivo admita.

- pode utilizar o & (Prov. 112/2006)

Vedaes s Sociedades de Advogados- forma ou caractersticas mercantis;

- adoo de nome fantasia;

- realizao de atividades estranhas advocacia;

- incluso de scio no inscrito como advogado;

- incluso de scio totalmente proibido de advogar.

Procurao e Sociedade de Advogados- as procuraes devem ser outorgadas INDIVIDUALMENTE aos scios da sociedade (e no sociedade);

- na procurao devem constar o nome do scio, da sociedade e o n de inscrio desta;

- se sobrevier conflito de interesses entre os clientes, os scios da sociedade no podero prosseguir no patrocnio simultneo da(s) causa(s).

Scios Integrando mais de uma Sociedade- nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma base territorial do respectivo conselho seccional (art. 15, 4, do EAOAB).

- Em suma: um advogado somente pode integrar duas ou mais sociedades se estas forem localizadas em Conselhos Seccionais (Estados) distintos.Abertura da Filial- perfeitamente possvel que a sociedade-sede tenha uma filial. Porm, esta jamais poder ser instalada na mesma base territorial (leia-se no mesmo conselho seccional/Estado)

- a sociedade poder contar, portanto, no mximo, com 1 sede e 26 filiais

- os scios da filial devero providenciar inscrio suplementar- averbao no Conselho Seccional da sede + arquivamento no Conselho Seccional em que for instalada.

Responsabilidade Civil- independentemente da sociedade, os scios respondem subsidiariamente (quando a prpria sociedade no puder arcar com a responsabilidade);

- entre si, os scios respondem ilimitadamente, sem prejuzo da infrao disciplinar em que possam incorrer (m gesto da sociedade);

Advogados Associados- a sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vinculo de emprego, para a participao destes nos resultados das aes em que atuarem;

- o contrato de associao dever ser averbado perante o registro da sociedade;

- o advogado associado no scio, nem empregado, da sociedade.

Advogado EmpregadoEspcies de Advogados- advogado profissional liberal;

- advogado pblico AGU, PFN, PGF, da Consultoria Geral da Unio, Procuradoria Geral do Banco Central do Brasil, DPU e DPE e DF, PGE, Procuradores Autrquicos, Procuradorias e Consultorias Jurdicas junto aos rgos legislativos federais, estaduais, distrital e municipais.

- advogado - empregadoAdvogado empregado- CONCEITO: empregado (CLT) trabalhador que presta servio a algum, com habitualidade, pessoalmente, de maneira subordinada e onerosa (mediante recebimento de salrio)

( Subordinao mitigada, ou seja, com iseno tcnica e independncia profissional.

Salrio do Advogado Empregado- instrumentos de fixao salarial:

a) contrato individual de trabalho;

b) salrio mnimo da profisso acordo ou conveno coletiva, ou por sentena normativa proferida em dissdio coletivo perante a Justia do Trabalho, conforme art. 19, EAOAB.

- representao dos advogados empregados: sindicato, ou falta deste, Federao ou Confederao de advogados. No a OAB, portanto, que representa os advogados empregados.

Jornada de Trabalho- regra: 4hs dirias continuas e at 20hs semanais.

- exceo: acordo ou conveno coletiva; dedicao exclusiva (prevista expressamente no contrato de trabalho)

Jornada Noturna- das 20h s 5h do dia seguinte ( adicional noturno de 25%Advogado Empregado e Preposto- por expresso disposio do Regulamento Geral (art. 3) proibido ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.

- preposto = representa o empregador

- patrono = advogado que representa judicialmente a parte.

Obrigaes do Advogado Empregado- cumprir o contrato de trabalho

- garantias: iseno tcnica e independncia profissional- no pode o advogado empregado ser compelido a realizar tarefas estranhas ao contrato de trabalho.

Hora-Extra- diferentemente da regra geral (50% da hora normal), a hora extra do advogado empregado remunerada em patamar no inferior a 100% da hora normal.

Honorrios Advocatcios Natureza Jurdica dos Honorrios- os honorrios correspondem remunerao dos servios advocatcios prestados pelo profissional.

- devem ser fixados com moderao, observados os critrios previstos no CED e tabelas estabelecidas pelos Conselhos Seccionais

Princpio da Moderao (art. 36, CED)Art. 36. Os honorrios profissionais devem ser fixados com moderao, atendidos os elementos seguintes:

I a relevncia, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questes versadas;

II o trabalho e o tempo necessrios;

III a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;

IV o valor da causa, a condio econmica do cliente e o proveito para ele resultante do servio profissional;

V o carter da interveno, conforme se trate de servio ao cliente avulso, habitual ou permanente;

VI o lugar da prestao dos servios, fora ou no do domiclio do advogado;

VII a competncia e o renome do profissional;

VIII a praxe do foro sobre trabalhos anlogos.

Espcies de Honorrios Advocatcios

- contratuais, convencionais, convencionados ou pactuados;

- arbitrados judicialmente ou por arbitramento;

- sucumbenciais ou de sucumbncia

- quota litis (ou honorrios com quanto litis)Honorrios Contratuais- livre avena entre cliente e advogado (principio da moderao)

- estipulao preferencialmente por escrito

- valor no inferior ao fixado nas tabelas dos conselhos seccionais

- eficcia executiva do contrato escrito

- possibilidade de recebimento, em juzo, mediante juntada do contrato aos autos.

Honorrio Arbitrados Judicialmente

- so fixados em sentena judicial

- decorrem da falta de fixao por escrito (ex: contrato verbal)

- valor no inferior ao fixado nas Tabelas dos Conselhos Seccionais + art. 36, CED

- Desvantagem: ao de conhecimento

Honorrios Sucumbenciais- so fixados em sentena condenatria

- so devidos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora

- podem ser executados nos prprios autos em que foram fixados

- o art. 26 do EAOAB permite ao advogado substabelecido, com reserva, a cobrana dos honorrios, mas desde que com a interveno do substabelecimento.

Honorrios com Clusula Quotas Litis- devem ser fixado por escrito

- devem ser fixados em pecnia (leia-se dinheiro)

- vedado, regra, o pagamento dos honorrios com a entrega de bens particulares do cliente, o que ser tolerado em carter excepcional

- os ganhos do advogado no podem superar, includo os eventuais honorrios de sucumbncia, os ganhos do cliente;

- o advogado arcar com todas as custas e despesas processuais

Principais Caractersticas dos Honorrios- os honorrios fixados judicialmente e o contrato de honorrios configuram titulo executivo;

- constituem credito privilegiado em concurso de credores, falncia, recuperao judicial, concurso de credores, insolvncia civil e liquidao extrajudicial;

- execuo dos honorrios pode ser promovida nos mesmos autos;

- na hiptese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorrios de sucumbncia, proporcionais ao trabalho realizado, so recebidos por seus sucessores ou representantes legais (art. 24, 2, EAOAB).

Livre Estipulao da Sucumbncia

- regra: a sucumbncia pertence ao advogado da parte vencedora, seja esta uma sociedade de advogados, seja o empregador ou o advogado profissional liberal;

- havendo acordo em sentido contrrio, a sucumbncia poder ser partilhada ou, at mesmo, o advogado no poder receb-la (ADI 1.194 STF)

- os honorrios de sucumbncia no excluem os contratualmente pactuados.Prazo Prescricional- CINCO ANOS contados:

a) vencimento do contrato se houver estipulao;

b) trnsito em julgado da deciso que houver fixado os honorrios (honorrios de sucumbncia e por arbitramento);

c) em se tratando de atos extrajudiciais elaborados pelo advogado a partir da ultimao (leia-se finalizao) deles;

d) a partir da desistncia, transao, renncia ou revogao do mandado judicial

( Ao de prestao de contas: 5 anos!

Pagamento de Honorrios Mediante Saque de Ttulos de Crdito- de acordo com o art. 42 do CED:

Art. 42. O crdito por honorrios advocatcios, seja do advogado autnomo, seja de sociedade de advogados, no autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro ttulo de crdito de natureza mercantil, exceto a emisso de fatura, desde que constitua exigncia do constituinte ou assistido, decorrente de contrato escrito, vedada a tiragem de protesto.

IncompatibilidadesExerccio da Advocacia concomitantemente a outras funes- por vezes, por contrariedades existentes, no se permite o exerccio da advocacia e de outras atividades simultaneamente.

- cuidou o EAOAB de disciplinar duas situaes distintas:

a) incompatibilidades

b) impedimentosEfeitos das Atividades Incompatveis com a Advocacia- As INCOMPATIBILIDADES geral a PROIBIO TOTAL para o exerccio da advocacia.- elas podem ser: transitrias/temporrias gerando o licenciamento da inscrio (art. 12, AOAB) ou permanentes, gerando o cancelamento da inscrio (art. 11 do EAOAB).

Atividades Incompatveis (art. 28, EAOAB)- I Chefe do Poder Executivo e membros de mesas do Poder Legislativo (e seus substitutos legais)

* Presidente da Repblica (e vice)

* Governadores dos Estados e DF (e vices)

* Prefeitos Municipais (e vices)

* Presidente da Cmara dos Deputados/Senado Federal/Assemblias Legislativas/Vereadores e seus Vices + Secretrios

- II Membros de rgos do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justia de paz, juzes classistas, bem como de todos os que exeram funo de julgamento em rgos de deliberao coletiva da administrao pblica direta e indireta.

* O STF reconheceu que os juzes eleitorais e seus suplentes podem advogar desde que no sejam remunerados.

- III ocupantes de cargos ou funes de direo em rgos da Administrao Pblica direta ou indireta, em suas fundaes e em suas empresas controladas ou concessionrias de servio pblico

* Aqui ficam excludos os que no tenham poder de deciso relevante sobre interesses de terceiro, a juzo do Conselho competente da OAB, bem como a administrao acadmica diretamente relacionada ao magistrio jurdico art. 28, 2, EAOAB.- IV ocupantes de cargos ou funes vinculados direta ou indiretamente a qualquer rgo do Poder Judicirio e os que exercem servios notariais e de registro;* So exemplos: Oficiais de Justia, Escreventes, tcnicos judicirios, analistas judicirios, tabelies, oficiais de registro de imveis, assessores de desembargadores/ministros.- V ocupantes de cargos ou funes vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;* So exemplos os delegados de polcia, escrives, investigadores, agentes policiais, bombeiros, guardas municipais.- VI militares de qualquer natureza, na ativa;

- VII ocupantes de cargos ou funes que tenham competncia de lanamento, arrecadao ou fiscalizao de tributos e contribuies parafiscais;* Estamos falando de servidores pblicos diretamente ligados ao Fisco. o caso dos auditores fiscais da receita federal do Brasil, fiscais de rendas dos Estados e Municpios, Agentes tributrios, Fiscais do INSS, etc.- VIII ocupantes de funes de direo e gerncia em instituies financeiras, inclusive privadas.* Estamos falando, por exemplo, dos Gerentes ou Diretores de Bancos, sejam eles pblicos ou privados, assim como as financeiras.

Conseqncia do Descumprimento das Incompatibilidades:- nulidade dos atos processuais (art. 4, p.. EAOAB)

- a incompatibilidade permanece ainda que a pessoas esteja licenciada do cargo/atividade.

ImpedimentosAtividades geradoras de impedimentos- os impedimentos, diversamente do que ocorre com as incompatibilidades, geram a proibio parcial para o exerccio da advocacia.

Efeitos dos Impedimentos- O advogado continua inscrito na OAB, mas sofre limitao no exerccio da advocacia, devendo informar ao seu Conselho Seccional sobre a funo.

Hipteses de Impedimentos- I os servidores da administrao direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pblica que os remunere ou qual seja vinculada a entidade empregadora;* no se incluem aqui os docentes de cursos jurdicos (art. 30, p.. EAOAB)- II os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes nveis, contra ou a favor das pessoas jurdicas de direito pblico, empresas pblicas, sociedades de economia mista, fundaes pblicas, entidades paraestatais ou empresas concessionrias ou permissionrias de servio pblico.* Parlamentares municipais, estaduais, federais ou distritais no podem advogar contra ou a favor do Poder Pblico em geral.

* Analista do INSS: no poder advogar contra o INSS (entidade empregadora) e Unio (Fazenda Pblica a que se vincula o INSS).

* Escriturrio do Banco do Brasil: no poder advogar contra o BB (entidade empregadora) e Unio (Fazenda Pblica a que se vincula o BB).

* Empregado pblico de uma empresa pblica municipal: no poder advogar contra a empresa e o municpio.

* Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro: no poder advogar nem contra, nem a favor, no apenas do Estado do Rio de Janeiro, mas de qualquer ente da Administrao Pblica direta ou indireta, em qualquer esfera (estadual, federal, distrital ou municipal).

* Vereador do Municpio de So Paulo: no poder advogar contra ou a favor do municpio, ou de qualquer ente da Administrao Pblica direta ou indireta, em qualquer esfera (estadual, federal, distrital ou municipal).Exerccio Vinculado da AdvocaciaArt. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de rgos jurdicos da Administrao Pblica direta, indireta e fundacional so exclusivamente legitimados para o exerccio da advocacia vinculada funo que exeram, durante o perodo da investidura.- no so incompatveis nem impedidos. Publicidade na AdvocaciaPublicidade (arts. 28 a 34, CED; Provimento 94/2000 CFOAB)- O art. 28 do CED dispe que o anuncio pode ser feito pelo advogado desde que:

a) com discrio e moderao;

b) com finalidade exclusivamente informativa

- vedada a divulgao em conjunto com outra atividade (ex: imobiliria e advocacia).

Veculos de Publicidade do Advogadoa) anncios;

b) placa de identificao do escritrio;

c) papeis de petio;

d) envelopes;

e) pastas;

f) mala direta (clientes e amigos) = informar alteraes de endereo ou dados de comunicao

g) cartes de visita

h) placa indicativa de escritrio

i) anncios profissionais

j) meios de comunicao escrita e eletrnica.

Dados que Devem Constar nos Anncios- O art. 29 do CED determina que nos anncios obrigatrio constar o nome do advogado e seu numero de inscrio na OAB, podendo fazer referencia a:

a) ttulos;

b) qualificaes profissionais;

c) especializao tcnico-cientfica;d) associaes culturais e cientificas;e) endereos;

f) horrio de expediente;

g) meios de comunicao (ex: telefone, celular, e-mail...)

Vedaes de anncios em certos meios de comunicaoa) Rdio;

b) Televiso;

c) Outdoor

- So meios de comunicao de massa (imoderao)

Outras vedaes em meios de comunicaoa) responder habitualmente a consultas sobre matria jurdica, com o intuito de promover-se profissionalmente;

b) debater causas sob seu patrocnio ou de colega;

c) abordar temas comprometedores dignidade da profisso;

d) divulgar listas de clientes e demandas, ou permitir que o sejam;

e) insinuar-se para reportagens e declaraes pblicas.

Apario do Advogado em Rdio e TV- a participao de advogado em rdio e televiso possvel, no para anuncio de seus servios, mas, nos termos do art. 32 e 33 do CED, poder:

a) ser eventual;

b) visar objetivos ilustrativos, educacionais e instrutivos;

- a finalidade do advogado ao participar de entrevistas em rdio e TV a de prstar esclarecimentos didticos e informativos.

Sanes e Infraes Disciplinares - ISanes Disciplinares- So quatro as sanes previstas para as infraes disciplinares:a) censura;

b) suspenso;

c) excluso;

d) multa.

Censura: a mais leve das aes, sendo cabvel a sua aplicao nos seguintes casos:

a) infraes definidas nos incisos I a XVI e XXIX, do art. 34 do EAOAB;

b) violao ao CED;

c) violao ao EAOAB, quando para a infrao no existir pena mais grave.

Censura Infraes punveis com Censura:I - exercer a profisso, quando impedido de faz-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exerccio aos no inscritos, proibidos ou impedidos;

II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;

III - valer-se de agenciador de causas, mediante participao nos honorrios a receber;

IV - angariar ou captar causas, com ou sem a interveno de terceiros;

V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que no tenha feito, ou em que no tenha colaborado;

VI - advogar contra literal disposio de lei, presumindo-se a boa-f quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustia da lei ou em pronunciamento judicial anterior;

VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;

VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorizao do cliente ou cincia do advogado contrrio;

IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocnio;

X - acarretar, conscientemente, por ato prprio, a anulao ou a nulidade do processo em que funcione;

XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicao da renncia;

XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistncia jurdica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pblica;

XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessria e habitualmente, alegaes forenses ou relativas a causas pendentes;

XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citao doutrinria ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegaes da parte contrria, para confundir o adversrio ou iludir o juiz da causa;

XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorizao escrita deste, imputao a terceiro de fato definido como crime;

XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinao emanada do rgo ou de autoridade da Ordem, em matria da competncia desta, depois de regularmente notificado;

XXIX - praticar, o estagirio, ato excedente de sua habilitao.Converso da Censura em Advertncia: Poder a censura ser convertida em mera advertncia quando existirem circunstncias atenuantes, sem registro nos assentamentos. Consideram-se circunstancias atenuantes, consoante o que dispe o art. 40 do EAOAB:

Art. 40. Na aplicao das sanes disciplinares, so consideradas, para fins de atenuao, as seguintes circunstncias, entre outras:

I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;

II - ausncia de punio disciplinar anterior;

III - exerccio assduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer rgo da OAB;

IV - prestao de relevantes servios advocacia ou causa pblica.

Suspenso de Aplicao da Censura ou Advertncia: considerada a natureza da infrao tica cometida, o Tribunal pode suspender temporariamente a aplicao das penas de advertncia e censura imposta, desde que o infrator primrio, dentro do prazo de 120 dias, passe a frequentar e conclua, comprovadamente, curso, simpsio, seminrio ou atividade equivalente, sobre tica Profissional do Advogado, realizado por entidade de notria idoneidade (art. 59, CED).

Sanes e Infraes Disciplinares - IISuspenso: - A suspenso sano que impede o exerccio da advocacia;

- Pode ser por prazo determinado (de 30 dias a 12 meses) ou indeterminado (neste caso, dependendo da infrao tica).

- Regra: PRAZO DETERMINADO

Infraes ticas Punidas com Suspenso (art. 34, XVII a XXV, EAOAB + reincidncia):XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realizao de ato contrrio lei ou destinado a fraud-la;

XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importncia para aplicao ilcita ou desonesta;

XIX - receber valores, da parte contrria ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorizao do constituinte;

XX - locupletar-se, por qualquer forma, custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;

XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;

XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiana;

XXIII - deixar de pagar as contribuies, multas e preos de servios devidos OAB, depois de regularmente notificado a faz-lo;

XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inpcia profissional;

XXV - manter conduta incompatvel com a advocacia;O que conduta incompatvel?- Considera-se conduta incompatvel, para fins no disposto no inciso XXV, do art. 34, do EAOAB, o quanto previsto no pargrafo nico do mesmo artigo:

Art.34 (...)

Pargrafo nico. Inclui-se na conduta incompatvel:

a) prtica reiterada de jogo de azar, no autorizado por lei;

b) incontinncia pblica e escandalosa;

c) embriaguez ou toxicomania habituais.

Prazo Indeterminado de Suspenso a) recusa injustificada do advogado a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele (inciso XXI, art. 34, EAOAB) a suspenso durar at que o advogado preste as contas, satisfazendo integralmente a dvida, acrescida de correo monetria (art. 37, 2, EAOAB).b) inadimplncia com a contribuies, multas e preos de servios devidos OAB, depois de regularmente notificada a faz-lo (inciso XXIII, art. 34, EAOAB) a suspenso durar at que o advogado quite sua dvida, acrescida de correo monetria (art. 37, 2, EAOAB);

c) incidir em erros reiterados que evidencie inpcia profissional (inciso XXIV, art. 34, EAOAB) neste caso, a suspenso somente cessar aps o advogado prestar novas provas de habilitao (leia-se: novo exame de ordem!).

Excluso:

- A excluso a sano que implica, como o prprio nome diz, a excluso do advogado dos quadros da OAB. Por ser grave somente ser aplicada por votos favorveis a sua incidncia de 2/3 dos membros do Conselho Seccional competente.- Ser aplicada nas hipteses previstas no art. 34, XXVI a XXVIII, do EAOAB.

Infraes ticas Punidas com Excluso (art. 34, XXVI a XXVIII, EAOAB + reincidncia tripla em Suspenso):XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrio na OAB;

XXVII - tornar-se moralmente inidneo para o exerccio da advocacia;

XXVIII - praticar crime infamante;OBS: O retorno OAB depende de REABILITAO!Multa:- A multa sano acessria, fixada cumulativamente com as de censura ou suspenso.

- Somente ser aplicada quando existirem circunstncias agravantes (ex: reincidncia em infraes disciplinares).

- Varia de 1 (uma) a 10 (dez) anuidades.

- O valor revertido ao Conselho Seccional.

Processo Disciplinar - IFontes Normativas do Processo Disciplinar:

- Ao processo disciplinar, regido pelo estatuto da OAB, Regulamento Geral, CED e Regimentos Internos das Seccionais, aplicam-se subsidiariamente as regras da legislao processual penal comum.

- J aos demais processos perante a OAB, que no de cunho disciplinar, aplicam-se as regras do direito administrativo e da legislao processual civil, nesta ordem.

Prazos Gerais e Contagem- Os prazos nos processos em geral perante a OAB para manifestaes so de 15 dias, inclusive para recursos.

- O inicio de contagem dos prazos o primeiro dia til seguinte:

a) ao do recebimento de oficio;

b) ao do recebimento da notificao pessoal;

c) ao da publicao pela imprensa oficial.

Competncia- O poder de punir pertence ao Conselho Seccional em cuja base territorial for praticada a infrao (e no o do local de inscrio do advogado).

- Ser do CONSELHO FEDERAL o poder de punir quando a falta for cometida perante esse mesmo rgo, ou em caso de for privilegiado de certas pessoas (membros do Conselho Federal e Presidentes dos Conselhos Seccionais).- O julgamento do processo disciplinar, j devidamente instrudo pelas Subsees ou por relatores do prprio Conselho Seccional, compete ao TRIBUNAL DE TICA E DISCIPLINA com jurisdio perante o Conselho Seccional competente.- Aps o trnsito em julgado, o Conselho Seccional informar a deciso ao Conselho em que mantiver o infrator sua inscrio principal, para que conste dos respectivos assentamentos.

Suspenso Preventiva- Se o fato praticado pelo advogado for de repercusso prejudicial dignidade da advocacia, em situaes de notria gravidade perante a opinio pblica, poder ser SUSPENSA PREVETIVAMENTE, nos termos do art. 70, 3, do EAOAB ( Prazo: 90 dias, no mximo.

- Decretao da medida: TED (tribunal de tica e disciplina) do local de inscrio do advogado, devendo haver a prvia oitiva do representado.

Sigilo no Processo Disciplinar- durante o trmite do processo disciplinar: acesso apenas pelas partes, seus procuradores e a autoridade judiciria competente;

- aps o trnsito em julgado: em caso de aplicao de censura, o sigilo permanecer perante terceiros, o que no ocorrer em caso de aplicao de suspenso e excluso. Nestes casos, haver publicidade da imposio da sano. Processo Disciplinar - IIFases do Processo Disciplinar- Instaurao

- Instruo

- Julgamento

Instaurao- formas: de oficio; mediante representao de qualquer autoridade ou pessoa interessada.

- vedao: denncia annima (ou representao apcrifa)Instruo- designao de um relator, de que ter por incumbncia presidir a instruo processual, vale dizer, a colheita das provas;

- possibilidade de arquivamento liminar, pelo Presidente do Conselho Seccional ou Subseo (representao desprovida dos pressupostos mnimos de admissibilidade indicao do infrator; identificao do representante, descrio da infrao tica).

- determinao de notificao do acusado para apresentao de defesa prvia (prazo de 15 dias, ou mais, a juzo do relator). Podem ser arroladas at 5 testemunhas.

- revelia em caso de no apresentao de defesa prvia. Relator indicar defensor dativo.

- despacho saneador.

- Relator pode, em parecer, opinar pelo indeferimento liminar da representao, o que competir ao Presidente do Conselho Seccional ou Subseo.

- Colheita de prova oral caso tenham sido arroladas testemunhas, que sero ouvidas em audincia.

- apresentao de razoes finais no prazo sucessivo de 15 dias.

- emisso de parecer preliminar e encaminhamento ao TED.

Julgamento- Presidente do TED designa um relator.

- colocao do processo em pauta de julgamento, na primeira sesso seguinte, aps o prazo de 20 dias de seu recebimento pela Secretaria do Tribunal.

- notificao do representado pela Secretaria do TED, o que dever ser realizado com antecedncia mnima de 15 dias da sesso de julgamento.- possibilidade de sustentao oral, na sesso de julgamento, pelo prazo de 15 minutos, aps ser lido o voto d relator.

- encerrado o julgamento, os autos seguiro para a lavratura do acrdo, cuja ementa ser levada a publicao no rgo oficial do Conselho Seccional competente.

Recursos no Processo DisciplinarOs recursos sero dirigidos:

- Ao Conselho Seccional decises proferidas pelo seu Presidente, pelo TED, ou pela diretoria da Subseo da Caixa de Assistncia dos Advogados;- Ao Conselho Federal decises definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, quando no tenham sido unnimes, ou, sendo unnimes, contrariem o EAOAB, CED, Provimentos e decises do Conselho Federal ou de outros Conselhos Seccionais.

Efeitos dos Recursos

Regra: duplo efeito (devolutivo e suspensivo)

Exceo: efeito meramente devolutivo (sem efeito suspensivo) a) matria relativa a eleies; b) suspenso preventiva decidida pelo TED; c) cancelamento de inscio quando obtida com falsa prova.Reviso dos Processos Disciplinares Findos- Ser cabvel a reviso do processo disciplinar j transitado em julgado, nos termos do art. 73, 5, do EAOAB, nos seguintes casos: a) erro de julgamento; b) condenao baseada em falsas provas.

- No se admite reviso para a mera reapreciao das provas. Outrossim, semelhana da reviso criminal do processo penal, a reviso do processo tico-disciplinar no tem prazo para ser requerida.

Reabilitao:

Requisito: aplicao definitiva de sano (censura, suspenso ou excluso).

Prazo: UM ANO aps o cumprimento da sano, devendo, para tanto, fazer provas de bom comportamento.

- Excluso pela prtica de crime: o pedido de reabilitao perante a OAB dever ser acompanhado da prvia sentena concessiva de reabilitao criminal. Sigilo ProfissionalSigilo Profissional (art. 25 a 26, CED)- O sigilo profissional corresponde ao dever do advogado de resguardar as informaes de seu cliente recebidas no exerccio de sua funo.

- Em outras palavras, os segredos/confidencias no podem ser revelados pelo profissional a terceiros.

Excees ao Dever de Manuteno do Sigilo Profissional- O sigilo profissional poder ser rompido pelo advogado nos seguintes casos:

a) grave ameaa vida;

b) grave ameaa honra;

c) afronta pelo cliente.

OBS: violao do sigilo = censura (art. 34, VII, do EAOAB).

Sigilo Profissional e Testemunho do Advogado- Nos termos do art. 26, do CED, se o advogado for chamado a prestar depoimento judicial (ampliando-se a depoimentos perante autoridades administrativas e policiais), poder (e dever) recusar-se a depor, em prol da manuteno do sigilo profissional, mesmo que autorizado pelo cliente.Revelao de Segredos pelo Advogado- O art. 27 do CED permite que o advogado revele segredos/confidencias a ele feitas pelo cliente, desde que utilizados nos limites da defesa e contando com autorizao do constituinte.

Requisitos:a) autorizao do cliente;

b) revelao feita no interesse do cliente e nos limites da defesa.

Prazo de Durao do Sigilo Profissional

- O sigilo profissional eterno, vale dizer, exceto nas situaes j estudadas, no poder ser rompido pelo advogado, sob pena de responder disciplinarmente pela falta (CENSURA).

Absteno Bienal- No dado ao advogado demandar contra ex-cliente ou ex-empregador, mesmo com o trmino da relao contratual, pelo de dois anos, o que se denomina de absteno bienal.- Contudo, mesmo esgotado o binio, o advogado jamais poder se utilizar de informaes obtidas durante a relao com a outra parte em virtude do mandato ou contrato. Lembre-se: o sigilo eterno!