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Execução de Serviços de Auxílio e Apoio na Viabilização e Instituição do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Feira de Santana Produto 01 Relatório de Coleta de Dados e Plano de Trabalho Rev01 Salvador – Abril/2017

Execução de Serviços de Auxílio e Apoio na Viabilização e ... · 01 Localização do município de Feira de Santana 14 02 Inserção regional do município de Feira de Santana

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Execução de Serviços de Auxílio e Apoio na Viabilização e

Instituição do Plano Municipal de Saneamento Básico do

Município de Feira de Santana

Produto 01

Relatório de Coleta de Dados e Plano de Trabalho

Rev01

Salvador – Abril/2017

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Empresa Baiana de Águas e Saneamento SA - Embasa

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano - SEDUR

Agência Reguladora de Feira de Santana - ARFES

Acordo de Cooperação SIHS/PMFS

Contrato no 11/2016

Execução de Serviços de Auxílio e Apoio na Viabilização e

Instituição do Plano Municipal de Saneamento Básico do

Município de Feira de Santana

Produto 01

Relatório de Coleta de Dados e Plano de Trabalho

Rev01

Salvador – Abril/2017

PREFEITURA MUNICIPAL

FEIRA DE SANTANA

CIDADE TRABALHO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA HÍDRICA E SANEAMENTO

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA PARA O PROJETO. . . . . . . . . . . . . . . . 2

3. OBJETIVOS E ESCOPO DOS SERVIÇOS DE CONSULTORIA . . . . . . . . . 47

4 DIRETRIZES METODOLÓGICAS PARA O PMSB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

4.1 BASES METODOLÓGICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

4.2 DIRETRIZES E CONDICIONANTES PARA O PMSB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

5 FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PMSB . . . . . . . 56

6. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

6.1 MOBILIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO MUNICÍPIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

6.2 DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

6.3 ESTUDOS DE CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

6.4 RELATÓRIOS E PRODUTOS DO PMSB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

6.5 CONTROLE SOCIAL DO PMSB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

6.5.1 – Estratégia Gradualista para Construção do Controle Social . . . . . . . . 98

6.5.2 – Mobilização Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

8. ORGANIZAÇÃO EXECUTIVA DOS TRABALHOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

8.1 RELATÓRIOS E PRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

8.2 ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108

8.3 PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

8.4 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

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ii

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

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iii

LISTA DE QUADROS

N Título Pg

01 Diretrizes da Lei Federal 11.445 para as Políticas Municipais e Planos de Saneamento 4

02 Diretrizes da Lei Estadual 11.172 para as Políticas Municipais e Planos de Saneamento 9

03 Síntese de informações municipais 13

04 Evolução demográrica de Feira de Santana 17

05 Núcleos urbanos de Feira de Santana 18

06 Situação do Abastecimento de Água em Feira de Santana 27

07 Dados gerais do SAA/SES Feira de Santana 27

08 Perdas do SIAA Feira de Santana 28

09 Situação do Esgotamento Sanitário de Feira de Santana (com banheiro) 32

10 Situação do Esgotamento Sanitário de Feira de Santana (com sanitário) 32

11 Dados do SES de Feira de Santana 33

12 Indicadores da macrodrenagem de Feira de Santana 42

13 Indicadores da microdrenagem de Feira de Santana 42

14 Situação dos Resíduos Sólidos em Feira de Santana 44

15 Atividades compartilhadas para execução do PMSB Feira de Santana 47

16 Escopo da Consultoria da FEP 48

17 Atividades a cargo da Prefeitura 49

18 Modelo do cadastro de poços tubulares 81

19 Organização das ações do PMSB 90

20 Relatórios e produtos do PMSB 106

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LISTA DE FIGURAS

N Título Pg.

01 Localização do município de Feira de Santana 14

02 Inserção regional do município de Feira de Santana 15

03 Mapa Estatístico Municipal de Feira de Santana 16

04 Crescimento demográfico de Feira de Santana – 1960/2010 17

05 Núcleos urbanos de Feira de Santana 19

06 Malha urbana da sede municipal de Feira de Santana 20

07 Sistema hidrográfico regional e municipal 22

08 Localização das lagoas urbanas de Feira de Santana 24

09 Área de Proteção Ambiental da Lagoa da Pindoba 24

10 Área de Proteção Ambiental da Lagoa da Tabúa 25

11 Área de Proteção Ambiental da Lagoa do Prato Raso 25

12 Área de Proteção Ambiental da Lagoa Grande 26

13 Área de Proteção Ambiental da Lagoa Salgada 26

14 Arranjo geral do SIAA Feira de Santana 29

15 Arranjo geral do SAI Feira de Santana - Ampliação 30

16 Lay-out do Sistema de Tratamento de Água de Feira de Santana 31

17 Sistemas de esgotamento sanitário de Feira de Santana 33

18 Arranjo geral do SES Feira de Santana 36

19 Concepção do SES Feira de Santana – Bacia do Jacuípe 37

20 Concepção do SES Feira de Santana – Bacia do Subaé 38

21 Concepção da ETE do Jacuípe 39

22 Arranjo geral do Sistema de Drenagem de Santana 43

23 Situação dos Resíduos Sólidos em Feira de Santana 44

24 Vista do Aterro Sanitário de Feira de Santana 45

25 Localização do Aterro Sanitário de Feira de Santana 46

26 Fatores condicionantes para elaboração do PMSB 53

27 Fluxo da implementação da Gestão Municipal do Saneamento 55

28 Visão conceitual do Sistema de Informações 95

29 Organização executiva do Projeto 109

30 Exemplo do método do cronograma Gant 111

31 Exemplo do método do cronograma Gant 112

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SIGLAS E ABREVIATURAS

Arfes Agência Reguladora de Feira de Santana

Cerb Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia

Embasa Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.

ETA Estação de Tratamento de Água

ETE Estação de Tratamento de Esgotos

FEP Fundação Escola Politécnica da Bahia

Funasa Fundação Nacional de Saúde

GT Grupo de Trabalho

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

Inema Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

PDDU Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

Pemaps Plano Estadual de Manejo de Águas Pluviais e Esgotamento Sanitário

PEA População Economicamente Ativa

PIB Produto Interno Bruto

PMFS Prefeitura Municipal de Feira de Santana

PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

PMS Plano de Mobilização Social

PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico

RMFS Região Metropolitana de Feira de Santana

SAA Sistema de Abastecimento de Água

Sedur Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia

SES Sistema de Esgotamento Sanitário

SIAA Sistema Integrado de Abastecimento de Água

SIHS Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento do Estado da Bahia

SNIS Sistema Nacional de Informações de Saneamento

TI Território de Identidade

TR Termo de Referência

UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana

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1. APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o Relatório de Coleta de Dados e Plano de Trabalho, primeiro

produto parcial do Contrato no 11/2016 firmado entre a Secretaria de Infraestrutura Hídrica

e Saneamento do Estado da Bahia – SIHS e a Fundação Escola Politécnica da Bahia – FEP,

tendo como objeto a Execução de Serviços de Auxílio e Apoio na Viabilização e

Instituição do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Feira de

Santana.

O Plano de Trabalho, documento contratual de caráter prévio e instrumental, tem como

objetivo a apresentação das bases de dados para o Plano Municipal de Saneamento Básico,

- PMSB o detalhamento da programação e das metodologias dos trabalhos, bem como a

organização executiva para a elaboração do Plano. A metodologia executiva da FEP foi

construída com base na estratégia do compartilhamento de esforços e recursos entre o Estado

da Bahia e o município de Feira de Santana, conforme previsto na legislação estadual e

consubstanciado no Acordo de Cooperação, firmado entre a SIHS e o Município, com

interveniência da Empresa Baiana Embasa de Águas e Saneamento S.A - Embasa e da

Agência Reguladora de Feira de Santana - Arfes, tendo como objeto o apoio técnico para a

elaboração do PMSB.

De acordo com as orientações do Termo de Referência, o Plano de Trabalho estabelece as

diretrizes, as metodologias e as atividades a serem desenvolvidas para implementação dos

trabalhos nas diversas áreas de atuação, de forma adequada ao respectivo acompanhamento

e controle por parte da SIHS. No Plano de Trabalho deverá ser configurado todo o

planejamento dos trabalhos, a contextualização dos estudos necessários, indicação das

equipes, seu perfil, a descrição das atividades com sua organização, o organograma para os

trabalhos, fluxograma e cronograma detalhando o desenvolvimento e acompanhamento dos

estudos.

Em atendimento a esses requisitos, o Relatório de Coleta de Dados e Plano de Trabalho

compreendendo os seguintes elementos:

• Documentos de referência para a execução dos serviços, objeto do Capítulo 2;

• Bases legais e institucionais para o PMSB, apresentadas no Capítulo 3;

• Caracterização geral do Município, apresentada no Capítulo 4;

• Objetivos e escopo dos serviços de consultoria, objeto do Capítulo 5;

• Diretrizes metodológicas para o PMSB, objeto do Capítulo 6;

• Fluxograma do processo de elaboração do PMSB, apresentado no Capítulo 7;

• Descrição das atividades e metodologias dos trabalhos, objeto do Capítulo 8;

• Cronograma de execução dos trabalhos, objeto do Capítulo 9;

• Organização executiva dos trabalhos, apresentada no Capítulo 10;

• Referências bibliográficas, apresentadas no Capítulo 11.

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2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA PARA O PLANO MUNICIPAL

DE SANEAMENTO BÁSICO DE FEIRA DE SANTANA

O planejamento executivo e a metodologia dos serviços de Consultoria foram construídos

com base nos requisitos e nas diretrizes dos seguintes documentos:

➢ O Convênio de Cooperação para a Gestão Associadas dos Serviços de Saneamento

Básico, firmado entre o Estado da Bahia, através da SIHS, e o município de Feira de

Santana, com interveniência da Embasa.

➢ O Acordo de Cooperação, firmado entre a SIHS e o Município, também com

interveniência da Embasa e da Arfes, onde são estabelecidos os compromissos, os

requisitos e as diretrizes para a elaboração compartilhada do PMSB.

➢ O Termo de Referência para contratação de consultoria para apoio técnico à

elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Feira de Santana, elaborado

pela SIHS, e publicado em setembro/2015.

➢ O Contrato firmado em novembro/2016, entre a SIHS e a FEP, tendo como objeto o

apoio técnico à elaboração do PMSB de Feira de Santana – Componentes

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.

➢ A Proposta Técnica e Financeira da FEP, aprovada pela SIHS.

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3. OBJETIVOS E ESCOPO DOS SERVIÇOS DE CONSULTORIA

O objetivo e o escopo dos serviços de Consultoria a cargo da FEP se inserem no contexto

geral das atividades do Acordo de Cooperação para Elaboração do PMSB Feira de Santana,

que serão desenvolvidas de forma compartilhada entre a Secretaria de Infraestrutura Hídrica

e Saneamento do Estado da Bahia (SIHS), a Prefeitura Municipal de Feira de Santana e a

Empresa Baiana de Águas e Saneamento SA (Embasa). As atribuições e responsabilidades

de cada partícipe estão discriminadas no quadro abaixo.

Quadro 15 – Atividades compartilhadas para execução do PMSB Feira de Santana

SIHS PREFEITURA EMBASA

▪ Coordenação geral do

Acordo

▪ Apoio técnico ao PMSB,

conforme escopo da

Proposta da FEP.

▪ Aprovação dos relatórios e

produtos do Acordo.

▪ Elaboração e execução do Plano de

Mobilização Social.

▪ Equipe técnica e apoio logístico para estudos

de Saneamento Rural.

▪ Aprovação - por meio da Arfes - dos estudos e

produtos elaborados pela Equipe da FEP.

▪ Acompanhamento e fiscalização - por meio da

Arfes - da execução das atividades previstas no

Plano de Trabalho.

▪ Aprovação dos produtos do PMSB.

▪ Fornecimento das informações sobre

os sistemas de abastecimento de água

e de esgotamento sanitário

▪ Disponibilização de 02 (dois)

Engenheiros, especialistas em

Sistema de Abastecimento de Água e

Sistema de Esgotamento Sanitário,

para contribuir na análise dos

diagnóstico, cenários, prognósticos,

programas, projetos e ações.

Os serviços a serem executados pela FEP e que compreendem a atividades de apoio técnico

para elaboração do Plano são explicitadas no quadro abaixo.

Etapas do Plano Atividades a cargo da FEP

Coordenação Coordenação técnica do processo de elaboração do Plano, inclusive ART do

Crea

Plano de Trabalho Elaboração da programação detalhada das atividades a serem desenvolvidas

Plano de Mobilização Social

▪ Assessoramento à Prefeitura de Feira de Santana para elaboração e

execução do Plano de Mobilização Social

▪ Capacitação dos Grupos de Coordenação e Executivo, do pessoal da

Prefeitura de Feira de Santana e dos Técnicos locais envolvidos na

execução do Plano

▪ Apresentação e discussão dos estudos nos Eventos Públicos

▪ Sistematização e tratamento dos temas trabalhados nos Eventos Públicos e

inclusão nos relatórios correspondentes

Diagnóstico Participativo

▪ Orientação e apoio à Prefeitura de Feira de Santana e aos Técnicos locais

para execução dos levantamentos de dados de Saneamento Rural

▪ Elaboração do Diagnóstico de Saneamento Rural

▪ Tratamento dos dados da Embasa e elaboração dos estudos e diagnósticos

dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

▪ Elaboração dos estudos e diagnósticos jurídico-legais e institucionais

Estudos de Cenários e

Prognósticos

▪ Elaboração dos estudos de cenários e prognósticos de Saneamento Rural

▪ Elaboração dos estudos de cenários e prognósticos dos serviços de

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

▪ Elaboração dos estudos de cenários e prognósticos econômicos, jurídico-

legais e institucionais

Programas, Projetos e Ações Elaboração dos Programas, Projetos e Ações do Plano

Relatórios e Produtos Elaboração dos relatórios parciais e finais do Plano

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APOIO TÉCNICO DA SIHS

A Lei Estadual nº 13.204/2014, de 11/12/2014, em seu artigo 7o - § 6º, estabelece que a

SIHS, através da Superintendência de Saneamento, tem a atribuição de coordenar e elaborar

estudos, programas e projetos, visando à formulação, execução e acompanhamento da

Política Estadual de Saneamento Básico, bem como apoiar os Municípios na implantação de

modelos sustentáveis de Saneamento Básico.

Por outro lado, o Artigo 12º - Inciso III, da Lei Estadual no 11.172/2012, da Política Estadual

de Saneamento Básico, prevê o apoio técnico e financeiro do Governo do Estado da Bahia,

por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano – Sedur, à elaboração dos planos

municipais de Saneamento Básico, tendo essa atribuição sido transferida para a SIHS pela

Lei Estadual 13.204/2014.

Para cumprimento dessas atribuições, foi efetivado o Contrato de Consultoria da FEP.

CONSULTORIA DA FEP

A Consultoria da FEP foi contratada para realizar Apoio Técnico ao Plano Municipal de

Saneamento Básico de Feira de Santana - Componentes Abastecimento de Água e

Esgotamento Sanitário, a ser desenvolvido SIHS, com interveniência da Embasa, visando

cumprir suas atribuições legais.

A referida Consultoria atenderá ao escopo explicitado no Plano de Trabalho anexo ao

Acordo de Cooperação. Os objetivos são detalhados no Quadro a seguir.

Page 12: Execução de Serviços de Auxílio e Apoio na Viabilização e ... · 01 Localização do município de Feira de Santana 14 02 Inserção regional do município de Feira de Santana

10

Quadro 16 – Escopo da Consultoria da FEP

Etapas do Plano Atividades a cargo da FEP

Plano de Trabalho Elaboração da programação detalhada das atividades a serem desenvolvidas

Plano de Mobilização

Social

▪ Assessoramento à PREFEITURA para elaboração e execução do Plano de

Mobilização Social

▪ Capacitação dos Comitês de Coordenação e Executivo e dos Técnicos

locais envolvidos no Plano

▪ Apresentação e discussão dos estudos nos Eventos Públicos

▪ Sistematização e tratamento dos temas trabalhados nos Eventos e inclusão

nos relatórios do Plano

Diagnóstico

Participativo

▪ Orientação e apoio técnico à PREFEITURA e aos Técnicos locais para

levantamento de dados de Saneamento Rural

▪ Elaboração dos diagnósticos do Saneamento Rural

▪ Tratamento dos dados da EMBASA e elaboração dos estudos e

diagnósticos do SAA e SES

▪ Elaboração dos estudos e diagnósticos jurídico-legais e institucionais

Estudos de Cenários e

Prognósticos

▪ Execução dos estudos de cenários e prognósticos de Saneamento Rural

▪ Elaboração dos estudos de cenários e prognósticos dos serviços de

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

▪ Elaboração dos estudos de cenários e prognósticos econômicos, jurídico-

legais e institucionais

▪ Elaboração dos Programas, Projetos e Ações do Plano

Programas e Projetos Elaboração dos Programas, Projetos e Ações do Plano

Relatórios Finais Elaboração dos relatórios parciais e finais do Plano

Edição dos Produtos Edição e publicação do documento Plano

As atividades descritas no quadro se baseiam no que foi estabelecido no Termo de Referência

(TR) elaborado pela SIHS para Contratação de Consultoria para Apoio Técnico à Elaboração

do Plano Municipal de Saneamento Básico de Feira de Santana. Este documento contempla

o detalhamento dos requisitos legais, as estratégias e diretrizes, as especificações técnicas,

os produtos a serem gerados e as condições de execução. No âmbito do TR, foram

estabelecidas as seguintes responsabilidades para a FEP:

a) Desenvolver os estudos do PMSB, voltado para um horizonte de até 20 (vinte) anos,

definindo as projeções para áreas urbanas e rurais, inclusive as de expansão futura.

b) Avaliar tecnicamente o PMGIRS, a ser elaborado pela Prefeitura, indicando as

medidas necessária à sua integração ao PMSB.

c) Definir os instrumentos de gestão do Saneamento Básico que deverão ser

implementados e regulamentados no PMSB e em leis específicas, sempre com base

nos princípios estabelecidos na Lei Federal nº 11.445/07, da Política Nacional de

Saneamento Básico, garantindo, sobretudo, o direito à cidade e a inclusão social.

d) Complementar, atualizar e sintetizar a cartografia básica existente, relacionada com

o Saneamento Básico;

e) Elaborar cartas temáticas referentes aos componentes de Abastecimento de Água e

Esgotamento Sanitário, em termos de Diagnósticos, Prognósticos e Propostas.

f) Definir a concepção, a estruturação e as estratégias para a implementação do Sistema

Municipal de Gestão do Saneamento Básico.

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Além disso, ainda de acordo com as indicações do TR, deverão ser observados pela FEP os

seguintes procedimentos:

• A realização de capacitação de servidores dos setores da Prefeitura, participantes e

integrantes do processo de elaboração e implementação do PMSB, de modo a

internalizar o processo de planejamento na Prefeitura de Feira de Santana;

• Apoio técnico à Prefeitura no processo de participação social e dos agentes

envolvidos;

• Estabelecimento de mecanismos de acompanhamento/controle na execução e no

alcance dos objetivos fixados;

• Envolvimento da equipe municipal na realização dos trabalhos, inclusive

promovendo o nivelamento do conhecimento (técnico), visando atingir os resultados

pretendidos, tanto na deflagração como no monitoramento das etapas subsequentes,

em termos de gestão do Plano;

• Orientação e apoio à Prefeitura e aos técnicos locais para execução dos

levantamentos de dados de Saneamento Rural;

• Sistematização e tratamento dos temas trabalhados nos Eventos Públicos e inclusão

nos relatórios correspondentes.

APOIO TÉCNICO DA PREFEITURA

No âmbito da execução compartilhada do Plano serão de responsabilidade da Prefeitura as

atividades discriminadas no quadro a seguir.

Quadro 17 – Atividades a cargo da Prefeitura

Etapas do PLANO Atividades a cargo da Prefeitura

Plano de Mobilização Social

▪ Elaboração e execução do Plano de Mobilização Social

▪ Instituição dos Comitês de Coordenação e Executivo, através de

Decreto Municipal

▪ Mobilização das Instituições Públicas e Privadas para participação do

Plano

▪ Convocação, produção e custeio dos Eventos Públicos

▪ Divulgação dos produtos do Plano para Consulta Pública

Diagnóstico Participativo

▪ Levantamento de dados de Saneamento Rural

▪ Participação na elaboração dos estudos e diagnósticos de Saneamento

Rural

▪ Participação na elaboração dos estudos e diagnósticos jurídico-legais

e institucionais

Estudos de Cenários e

Prognósticos

▪ Participação da elaboração dos estudos de cenários e prognósticos de

Saneamento Rural

▪ Participação da elaboração dos estudos de cenários e prognósticos

econômicos, jurídico-legais e institucionais

Programas, Projetos e Ações Participação na elaboração dos Programas, Projetos e Ações do Plano

Relatórios Finais Participação na elaboração dos relatórios parciais e finais do Plano

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De acordo com as diretrizes e requisitos do TR, serão de responsabilidade da PREFEITURA

as seguintes atribuições;

a) Designar, através de Decreto, os Grupos de Trabalho de Coordenação e Executivo

do PMSB;

b) Definir a equipe técnica municipal responsável pelo acompanhamento direto na

elaboração do PMSB, bem como especificar o âmbito de vinculação da mesma na

coordenação política local, para interagir com a equipe do Plano, através de ato

formal do executivo;

c) Destinar espaço físico adequado às tarefas e reuniões de coordenação do plano, com

fácil acesso público;

d) Fornecer para a cartografia básica disponível da cidade e município, incluindo cartas

temáticas e eventuais estudos existentes;

e) Disponibilizar os dados e indicadores do município, incluindo legislação urbana,

orçamentária e tributária vigentes;

f) Reunir e disponibilizar dados e informações relacionadas a programas, projetos e

estudos de natureza social, econômica, institucional e ou físico territorial (em

andamento ou previstos);

g) Indicar os projetos a serem implantados no município e na região, com impacto direto

ou indireto na cidade, município e região;

h) Arrolar os núcleos, bairros ou Distritos cuja identidade territorial possa exigir atenção

especial no processo de participação na elaboração do Plano;

i) Identificar as instituições com potencial de participação enquanto representações

relevantes (civis e políticas) para contribuírem no processo de elaboração do Plano;

j) Envolver o quadro técnico em todo o processo de deflagração e elaboração do PMSB,

convocando-o para as reuniões, debates, consultas, oficinas e audiências públicas, de

modo a fortalecer a interação com os agentes locais, políticos e sociais.

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13

4. DIRETRIZES METODOLÓGICAS PARA O PMSB

Neste Capítulo são apresentadas as diretrizes metodológicas para a elaboração do PMSB de

Feira de Santana, destacando os seguintes aspectos:

• Bases metodológicas;

• Diretrizes e condicionantes para a elaboração do PMSB.

4.1 BASES METODOLÓGICAS

Os procedimentos metodológicos para a elaboração do PMSB de Feira de Santana foram

construídos a partir da integração das diretrizes dos seguintes instrumentos:

➢ Os condicionantes legais, pertinentes à articulação das diretrizes e dos requisitos das

políticas nacional e estadual de Saneamento Básico, consubstanciadas, respectivamente,

na Lei Federal 11.445/2007 e na Lei Estadual 11.172/2008.

➢ As diretrizes institucionais para o Saneamento Básico, estabelecidas pelo Ministério das

Cidades, no documento Diretrizes para a Definição da Política e Elaboração de Planos

Municipais e Regionais de Saneamento Básico.

➢ A legislação e as normas e diretrizes institucionais da Regulação, consubstanciadas no

Estado da Bahia com a criação Agencia Reguladora de Saneamento do Estado da Bahia

– AGERSA.

➢ Os condicionantes técnicos relacionados com a implantação e operação dos serviços

públicos de Saneamento Básico e com os seus interrelacionamentos e impactos

urbanísticos e socioambientais.

➢ Os condicionantes pertinentes à participação da sociedade e ao controle social dos

serviços de Saneamento Básico, estabelecido como diretriz estratégica essencial para a

formulação e implementação das políticas nacional e estadual de Saneamento Básico.

➢ As diretrizes e especificações do Termo de Referência elaborado pela SIHS.

Construídos a partir da integração dessas diversas vertentes institucionais e técnicas, os

procedimentos metodológicos partem do pressuposto de que o Plano Municipal de

Saneamento Básico é entendido como um instrumento de política pública municipal, que

deverá dispor sobre as formas como serão exercidas as funções de planejamento, regulação,

organização, prestação e fiscalização dos serviços públicos de Saneamento Básico, bem

como sobre os direitos e deveres dos usuários, o controle social e o sistema de informações.

De acordo com as diretrizes estabelecidas na Lei Federal no 10.257/2001 (Estatuto das

Cidades), a articulação das diversas funções urbanas no âmbito local representa um

pressuposto básico para a garantia do direito à cidade sustentável, ou seja, o direito à terra

urbana, à moradia, à infraestrutura urbana, ao saneamento, aos serviços públicos e à

mobilidade urbana. Deste modo, os estudos para o PMSB deverão ser desenvolvidos em

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estreita consonância com as diretrizes e proposições do Plano Diretor de Desenvolvimento

Urbano (PDDU) do município.

Com base nessas premissas legais, institucionais e técnicas, apresenta-se na sequencia o

detalhamento das diretrizes e dos condicionantes que fundamentam a Metodologia e o Plano

de Trabalho para o desenvolvimento do PMSB.

4.2 DIRETRIZES E CONDICIONANTES PARA O PMSB

Conforme estabelecido no TR, a metodologia para elaboração do PMSB deverá possibilitar

a criação de mecanismos de gestão pública da infraestrutura do município relacionada aos

Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário. Para o alcance desse

objetivo, os procedimentos metodológicos deverão considerar os seguintes aspectos:

• Estabelecimento de mecanismos e procedimentos que garantam efetiva participação da

sociedade em todas as etapas do processo de elaboração, aprovação, execução, avaliação

e revisão do PMSB;

• Diagnósticos setoriais de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, porém

integrados, para todo o território do município, áreas urbanas e rurais;

• Propostas de intervenções com base na análise de diferentes cenários e estabelecimento

de prioridades;

• Definição dos objetivos e metas de curto, médio e longo prazo;

• Definição de programas, ações e projetos necessários para atingir os objetivos e metas

estabelecidos;

• Programação física, financeira e institucional da implantação das ações definidas;

• Programação de revisão e atualização.

A Figura a seguir apresenta uma visão esquemática e integrada dos fatores a serem

considerados na elaboração do PMSB.

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Fig. 26 – Fatores condicionantes para elaboração do PMSB

Por outro lado, o processo de elaboração do PMSB deverá também atender aos seguintes

condicionantes estratégicos:

• Promover a organização, o planejamento e o desenvolvimento do setor saneamento,

com ênfase na capacitação gerencial e na formação de recursos humanos, considerando

as especificidades locais e as demandas da população;

• Promover o aperfeiçoamento institucional e tecnológico do município, visando

assegurar a adoção de mecanismos adequados ao planejamento, implantação,

monitoramento, operação, recuperação, manutenção preventiva, melhoria e atualização

dos sistemas integrantes dos serviços públicos de saneamento básico;

• Contribuir para o desenvolvimento sustentável do município, em suas áreas urbanas

e rurais;

• Assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público se

dê segundo critérios de promoção de salubridade ambiental, da maximização da relação

benefício-custo e de maior retorno social interno; e,

Participação social efetiva em todas as

fases

Planejamento e gestão integrada

dos Serviços

Compatibilização e integração com os demais planos do

município

Planejamento para um horizonte de

20 anos

Revisão e atualização a cada

04 anos

Toda a área do Município: Sede,

distritos, povoados e população rural

dispersa

PMSB

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16

• Utilizar indicadores dos serviços de Saneamento Básico no planejamento, execução e

avaliação da eficácia das ações em saneamento.

O processo de planejamento do setor de saneamento do município deverá ter caráter

contínuo, a ser desenvolvido em diversas etapas, além da elaboração do PMSB,

contemplando também, nas fases subsequentes, a aprovação, execução, avaliação e revisão

do Plano.

A elaboração do PMSB inicia o ciclo com a função de organizar preliminarmente o setor de

saneamento no município. Sua aprovação será realizada em forma de lei municipal devendo

ser executado por órgão do município responsável. A avaliação da execução do PMSB deve

ocorrer continuamente e sua revisão a cada 04 (quatro) anos.

Embora as atividades relativas à continuidade do planejamento do setor de saneamento

(aprovação, execução, avaliação e revisão) não façam parte desta etapa da elaboração do

PMSB, a metodologia de execução deverá levar o município e as comunidades locais a

compreender e assimilar a importância da continuidade do planejamento, assumir o

compromisso de efetivar as atividades previstas no PMSB e submetê-lo à avaliação e

aprovação do legislativo municipal.

A Figura a seguir ilustra as diversas etapas da implementação da gestão municipal do

Saneamento Básico.

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Fig. 27 – Fluxo da implementação da Gestão Municipal do Saneamento

Elaboração do PMSB

Participação Social

Aprovação do PMSB Revisão do PMSB

Avaliação da execução dos programas, projetos

e ações do PMSB

Execução dos programas, projetos e

ações do PMSB

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5. FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PMSB

O prazo previsto para a completa execução das atividades do PMSB será de 16 (dezesseis)

meses. A Figura a seguir mostra o Fluxograma de Atividades, para todo o período de

execução dos serviços, indicando todas as atividades e respectivas precedências,

interdependências e inter-relações, possibilitando assim, a análise do fluxo contínuo das

ações. Neste sentido, são apresentadas as seguintes informações:

• Número de identificação das atividades;

• Nome descritivo das atividades;

• Sequencia executiva e inter-relacionamento das atividades;

• Prazos previstos, em dias corridos, para o início, execução e conclusão das atividades;

• Identificação das atividades de Controle Social do PMSB;

• Relatórios e produtos a serem apresentados.

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6. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E METODOLOGIA

Este Capítulo apresenta o planejamento executivo e as metodologias para desenvolvimento

dos estudos pertinentes ao PMSB Feira de Santana, enfocando os seguintes temas:

• Descrição das atividades e procedimentos metodológicos;

• Relatórios e produtos a serem apresentados;

• Normas de acompanhamento e fiscalização.

De acordo com a programação geral estabelecida no Fluxograma, os estudos serão ordenados

em 04 (quatro) Etapas:

I. Mobilização e Capacitação do Município;

II. Diagnóstico Participativo;

III. Estudos de Cenários e Prognósticos;

IV. Relatórios e produtos do PMSB.

Na descrição das atividades e das metodologias, as atividades serão identificadas pelo

mesmo número que consta do Fluxograma de Atividades acima apresentado.

6.1 MOBILIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS MUNICÍPIO

A construção do Plano de Mobilização Social - PMS ocorre na fase inicial do processo, onde

serão planejados todos os procedimentos, estratégias, mecanismos e metodologias que serão

aplicados ao longo de todo o período de elaboração do PMSB visando garantir a efetiva

participação social.

Esta Etapa I do processo de elaboração do PMSB envolve as atividades detalhadas na

sequência.

I.1 - Ordem de Serviços e Plano de Trabalho

Esta etapa dos trabalhos, de caráter prévio e instrumental, envolve as seguintes atividades:

A - Contratação

Assinatura e registro do Contrato de Consultoria entre a SIHS e a FEP, tendo como objeto o

Apoio Técnico ao Plano Municipal de Saneamento Básico de Feira de Santana –

Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.

Após a assinatura do Contrato, deverá ser emitida pela SIHS a Ordem de Serviços,

autorizando o início da execução dos trabalhos.

B – Coordenação técnica

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Conforme previsto no Acordo de Cooperação, a coordenação geral das atividades do Acordo

será de responsabilidade da SIHS, sendo que a PREFEITURA e a EMBASA deverão

designar formalmente os representantes responsáveis pela coordenação das respectivas

obrigações. Será de responsabilidade da FEP a coordenação técnica de todo o processo de

elaboração do Plano, com as seguintes atribuições:

1. Diligenciar as informações, insumos, estudos e recursos humanos e materiais a serem

disponibilizados pelos partícipes do Acordo de Cooperação.

2. Coordenar e supervisionar o pessoal a ser mobilizado pela FEP.

3. Assessorar a SIHS, a PREFEITURA e a EMBASA no encaminhamento das questões

relacionadas com o Plano.

4. Coordenar e supervisionar os estudos e produtos a serem elaborados, tanto pelas equipes

da FEP como pelos demais integrantes do Acordo.

5. Responder perante a SIHS por todos os assuntos técnicos pertinentes ao Contrato

firmado entre essa Secretaria e a FEP.

C – Plano de Trabalho

De acordo com as orientações do Termo de Referência, será apresentado o Plano de Trabalho

Detalhado, objeto do presente Relatório, estabelecendo as diretrizes, as metodologias e as

atividades a serem desenvolvidas para implementação dos trabalhos nas diversas áreas de

atuação, de forma adequada ao respectivo acompanhamento e controle por parte da SIHS.

Nesse Plano, deverá ser configurado todo o planejamento dos trabalhos, a contextualização

dos estudos necessários, indicação das equipes, seu perfil, a descrição das atividades com

sua organização, o organograma para os trabalhos, fluxograma e cronograma detalhando o

desenvolvimento e acompanhamento dos estudos. O Plano de Trabalho e os cronogramas e

fluxogramas, após aprovados pela SIHS, deverão ser atualizados mensalmente, ou quando

se fizer necessário, durante a execução do PMSB.

I.2 - Plano de Mobilização Social

O Controle Social está situado entre os princípios fundamentais que sustentam as diretrizes

nacionais para a gestão urbana e para a prestação de serviços públicos. Enquanto princípio

de política pública, a legislação em vigor assume o Controle Social como um conjunto de

mecanismos e procedimentos que buscam garantir à sociedade o direito à informação e à

participação em processos decisórios de formulação de políticas, implementação,

acompanhamento e avaliação da prestação dos serviços públicos.

No contexto das atuais políticas públicas nacionais, a participação social é concebida como

uma oportunidade de formação de lideranças e representações da sociedade, tendo em vista

capacitá-las tecnicamente para a tomada de decisão e o exercício do Controle Social; como

uma forma de elaboração e disseminação das políticas públicas, e como um mecanismo de

legitimação das medidas acordadas, responsabilizando socialmente seus autores.

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22

Ao assumir o desafio de concretizar tal proposta, em meio às diversas situações estruturais

e conjunturais existentes no município de Feira de Santana, o processo da elaboração do

Plano requer, além do conhecimento técnico específico, clareza de propósito, objetividade e

compreensão para adaptar cada etapa dos trabalhos aos condicionamentos da realidade local

e aos anseios e expectativas dos agentes sociais locais.

Nesse sentido, a FEP deverá propor as diretrizes e os requisitos a serem considerados no

processo de elaboração do Plano de Mobilização Social (PMS), visando à efetiva

implementação do controle social do Plano.

A estratégia metodológica social a ser aplicada para o processo de elaboração do Plano

deverá estar pautada na ampla participação da comunidade em todas as etapas do trabalho,

de modo a garantir o Controle Social, conforme preconizado na legislação. Para atendimento

aos requisitos legais e metodológicos, o Plano de Mobilização Social deverá contemplar, no

mínimo, os seguintes conteúdos:

- Antecedentes: retrospecto e avaliação crítica dos processos de mobilização social

anteriormente realizados no Município;

- definição dos objetivos, estratégias e diretrizes para a mobilização social;

- definição e caracterização dos diversos públicos e segmentos sociais a serem

mobilizados para elaboração do Plano;

- formulação dos métodos, instrumentos e formas da comunicação e mobilização social

adequadas a cada público;

- concepção, elaboração e produção dos materiais e instrumentos de mobilização;

- programação e detalhamento programático dos Eventos Públicos;

- definição da logística e da produção dos Eventos Públicos

- definição da estrutura responsável pela execução do PMS.

I.3 – Reunião de Comprometimento da Administração Municipal

O primeiro evento de mobilização tem como objetivo comprometer a Administração

Municipal, em todas as suas instâncias, no processo de elaboração do Plano. Nesse sentido,

deverá ser realizada uma reunião prévia, reunindo os responsáveis de todas as Secretarias e

órgãos municipais envolvidos no processo, com a seguinte agenda:

1. Apresentação, pela FEP, de uma visão geral das informações político-institucionais,

legais e técnicas pertinentes ao processo de elaboração do PMSB;

2. Apresentação do Plano de Trabalho e Cronograma;

3. Discussão do e estratégia para implementação do Plano de Mobilização Social;

4. Apresentação, discussão e comprometimento das atividades a cargo da Prefeitura;

5. Formação do grupo interno da PMFS de acompanhamento do PMSB.

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I.4 - Mobilização e Instalação GTs

Esta Atividade tem como objetivos a mobilização social das comunidades para o processo

de elaboração do PMSB e a formação e instalação dos Grupos de Trabalho, que deverão

coordenar e conduzir o processo no âmbito local, envolvendo as seguintes ações:

A – Reuniões de mobilização

A partir de realização da Reunião de Comprometimento (Atividade I.3), deverão ser

realizadas reuniões preparatórias de mobilização, tendo como objetivo promover a ampla

divulgação do processo de elaboração do Plano junto a públicos qualificados, como

universidades, associações de bairros, Câmara Municipal, organizações sociais e não

governamentais e outros. Nessa fase, será promovida a mobilização para a Reunião de

Instalação do PMSB. Essas reuniões preparatórias e de mobilização, serão realizadas de

acordo com os diversos públicos definidos no Plano de Mobilização.

B – Reunião de Instalação do PMSB

A Reunião de Instalação do PMSB representa o primeiro Evento Público do PMSB e tem

como objetivos a apresentação da metodologia de trabalho e a realização dos atos públicos

de formação dos Comitês de Trabalho.

A elaboração do PMSB requer a formatação de um modelo de planejamento participativo e

de caráter permanente. Todas as fases da elaboração do Plano, bem como as etapas seguintes

de implementação e revisão, prevêem a inserção das perspectivas e aspirações da sociedade,

seus interesses múltiplos e a apreciação da efetiva realidade local para o setor de saneamento.

Dessa forma, é imprescindível a formação dos grupos de trabalho contemplando vários

atores sociais intervenientes para a operacionalização do PMSB.

Esses grupos de trabalho serão formados por duas instâncias: Grupo de Coordenação e

Grupo Executivo, e deverão ser formalmente indicados na Reunião de Instalação do PMSB.

A sua formalização deverá ser feita através de Decreto Municipal. .

O Grupo de Coordenação é a instância consultiva e deliberativa, formalmente

institucionalizada, responsável pela condução da elaboração do PMSB. Deverá ser formado

por representantes das instituições do poder público municipal, estadual e federal

relacionadas com a Gestão Urbana, bem como por representantes de organizações da

sociedade civil (entidades profissionais, empresariais, movimentos sociais, ONGs e outros).

É recomendada a inclusão de representantes dos conselhos municipais, Câmara de

Vereadores, Associações de Classes e outros. As atribuições do Grupo de Coordenação são

as seguintes:

- Coordenação geral do processo de elaboração do PMSB;

- Articulação institucional das diversas instâncias envolvidas;

- Discussão e aprovação dos trabalhos produzidos pelo Grupo Executivo;

- Aprovação final dos produtos do PMSB.

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O Grupo Executivo é a instância responsável pela operacionalização do processo de

elaboração do Plano. Deverá ser formado por equipe multidisciplinar e incluir técnicos dos

órgãos e entidades municipais, contando com a participação de representantes dos Conselhos

e das organizações da Sociedade Civil. As atribuições do Grupo Executivo são as seguintes:

- Acompanhar a execução das atividades previstas no Plano de Trabalho;

- Promover a comunicação e mobilização social para os Eventos Públicos;

- Promover a logística e a coordenação executiva dos Eventos Públicos;

- Acompanhar os prazos indicados no cronograma de execução;

- Aprovar os produtos elaborados pela Contratada.

- Tomar decisões estratégicas referentes ao processo de elaboração do PMSB

I.5 - Oficina de Capacitação dos GTs

Esta Oficina constitui o primeiro passo concreto para implementação do processo de

elaboração do PMSB e tem como objetivo promover a capacitação dos membros dos Grupos

de Coordenação e Executivo e dos técnicos municipais envolvidos na elaboração do Plano.

Previamente à realização dessa Atividade, a FEP deverá submeter à prévia aprovação da

Prefeitura e da SIHS o planejamento executivo da Capacitação.

4.2 DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

A etapa do Diagnóstico Participativo representa a construção da base de informações e das

avaliações e pressupostos que deverão orientar todo o desenvolvimento do Plano. Deve

abranger os componentes de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, consolidando

informações sobre as condições dos serviços, quadro epidemiológico e de saúde, indicadores

socioeconômicos e ambientais além de toda informação correlata de setores que se articulam

ou são relacionados ao Saneamento Básico.

Essa etapa deverá contemplar a percepção dos técnicos no levantamento e consolidação de

dados secundários e primários, somada à percepção da sociedade por meio do diálogo nas

reuniões, debates, oficinas e seminários, avaliadas sob os mesmos aspectos.

Os dados secundários poderão ser obtidos por meio de fontes formais dos sistemas de

informação disponíveis, e na sua falta, as informações essenciais deverão ser produzidas em

campo – dados primários. Os dados secundários poderão obtidos junto ao Ministério das

Cidades, à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ao Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), à Agência Nacional de Águas, ao Sistema Nacional de Informações de

Saneamento (SNIS), à Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI),

à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur), ao Instituto de Meio

Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), à Companhia de Engenharia e Recursos Hídricos da

Bahia (Cerb), à Prefeitura Municipal, Embasa, Secretaria de Saúde, dentre outros.

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25

Os dados primários serão coletados a partir de visitas aos atores relevantes, como

representantes de órgão públicos, associações, secretarias e a população. Em tais visitas

serão aplicados questionários apresentados a seguir, neste item. A equipe de pesquisa será

composta por Engenheiro Ambiental, Gestor Ambiental e Estagiários, contando com o apoio

da equipe de mobilização da Prefeitura.

As fontes dos dados empregados no levantamento de dados serão sempre citadas, além de

serem ressaltadas eventuais falhas e limitações que, venham a determinem simplificações e

influenciem os resultados das análises. Assim, será possível prever ações que possam, em

um futuro próximo, sanar as carências destas informações.

O Diagnóstico representa a primeira etapa dos trabalhos do Plano, a qual abrange todo o

território municipal – Sede, Distritos, Localidades rurais e Zona Rural Dispersa,

contemplando a elaboração, análise e integração dos estudos temáticos – meios físico e

biótico, socioeconômica, quadro legal-institucional e Saneamento Básico, enfocando as

interfaces com a prestação dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário,

envolvendo o aprofundamento das questões específicas na perspectiva do Plano.

O Diagnóstico deve adotar uma abordagem sistêmica, cruzando informações

socioeconômicas, ambientais e institucionais, de modo a caracterizar e registrar, com a maior

precisão possível, a situação antes da implementação do Plano, e fundamentar

adequadamente os estudos de cenários e prognósticos.

De acordo com o Plano de Trabalho anexo ao Acordo de Cooperação, as atividades do

Diagnóstico serão desenvolvidas de modo compartilhado entre a FEP, a Embasa e a

Prefeitura, conforme sintetizado no quadro abaixo. O detalhamento das atividades

pertinentes ao Diagnóstico é apresentado na sequência.

Componentes Plano FEP EMBASA PREFEITURA

Abastecimento de Água Elaboração Diagnóstico Levantamento de dados

Esgotamento Sanitário Elaboração Diagnóstico Levantamento de dados

Saneamento Rural (Abastecimento de Água,

Esgotamento Sanitário)

Levantamento dados

(Sistemas da CERB)

Elaboração Diagnóstico

Levantamento dados

(Sistemas da Embasa)

Levantamento dados

(Sistemas da Prefeitura)

II.1 - Caracterização geral do município

Esta atividade, de caráter prévio e instrumental, tem como objetivo a obtenção de uma visão

geral do município, em seus aspectos físico-bióticos, socioeconômicos, culturais, ambientais

e de infraestrutura, envolvendo a sede municipal, os distritos e localidades rurais, e a

população rural dispersa. Nessa perspectiva, deverão ser abordados os seguintes aspectos:

a) Localização do município no Estado e na região, com as distâncias aos centros mais

importantes através das vias de comunicação.

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26

b) Caracterização demográfica, com séries históricas para o município, sede e distritos,

fluxos migratórios. Demografia urbana e rural por renda, gênero, faixa etária, densidade e

acesso ao saneamento e projeções de crescimento no horizonte de planejamento do PMSB.

c) Caracterização das áreas de interesse: localização, perímetro e área territorial, carências

relacionadas ao saneamento básico, precariedade habitacional, situação socioeconômica,

renda e indicadores de acesso à educação; realização de projeções populacionais s com base

nos censos demográficos oficiais do IBGE (1991, 2000, 2010), através da aplicação de

equações de regressão linear, parabólica, logarítmica, exponencial e de potência com suas

respectivas curvas; mapeamento de áreas indígenas, quilombolas e tradicionais; identificação do

tipo de ocupação seguindo a classificação: (a) Ocupação residencial (fixa e flutuante); (b) ocupação

não-residencial (comercial, escolas, edificações públicas, pequenas indústrias e outros usos de água

que não se enquadram ao consumo residencial); (c) ocupação industrial (polos industriais); (d)

ocupação por empreendimentos turísticos; (e) ocupação por serviços públicos ou de interesse social;

(f) ocupação por atividades de lazer, recreação e cultura; (g) áreas de ocupação ordenadas pelas

Prefeituras Municipais dos municípios inseridos na área de abrangência; (h) áreas de ocupação

ordenadas pelos Planos de Manejo de APA inseridas na área de abrangência; (i) outros tipos de

ocupação porventura identificados, que não se enquadram nos tipos relacionados anteriormente.

d) Infraestrutura disponível – saneamento básico, energia elétrica, telefonia, pavimentação,

transporte, saúde e habitação; identificar os principais tipos de problemas nos sistemas.

e) Identificação de Vetores de Expansão Urbana; limites entre Áreas Urbanas e Rurais, com destaque

para o processo de expansão das Áreas Urbanas.

f) Sistema viário regional, municipal e vicinal.

g) Áreas de proteção ambiental e identificação de áreas de fragilidade sujeitas à inundação

ou deslizamentos.

h) Clima: temperaturas máximas, médias e mínimas; séries históricas de dados

meteorológicos e pluviométricos, com médias anuais e ocorrências de precipitações intensas

e estiagens prolongadas; curva de intensidade versus período de recorrência válido para a

localidade; descrição de fatores especiais de influência sobre o clima.

i) Caracterização fisiográfica: geologia, geomorfologia, solos, regimes de chuvas, cobertura

vegetal. Levantamentos e análises aerofotogramétricas, se existirem.

j) Recursos hídricos superficiais e subterrâneos, bacias hidrográficas, disponibilidades

hídricas, qualidade das águas; a identificação deverá ocorrer com base na Região de

Planejamento e Gestão das Águas (RPGA) e os mapas disponíveis no site do Inema.

j) Características urbanas: principais características urbanas; densidades demográficas

atuais; tendências de expansão urbana; dados sobre desenvolvimento regional;

posicionamento relativo da localidade e do município na região; planos de implantação de

obras públicas municipais, estaduais e federais, inclusive aquelas que tenham influência

sobre o PMSB, planos diretores existentes, etc.

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27

l) Perfil socioeconômico: descrição atual e tendências do perfil socioeconômico da

população da localidade, dados do IDH.

m) Atividades econômicas: PIB, PEA, agropecuária, extrativismo, indústria, comércio e

serviços, abordando suas relações com o consumo de água e descartes de resíduos.

m) Perfil industrial: indústrias existentes; previsão de expansão industrial no município com

possível demanda por utilização de serviços públicos de Saneamento Básico; potencial de

crescimento; estimativas de consumo de água e tipo de despejos e efluentes gerados.

n) Diagnóstico da situação de saúde, que deverá abordar a perspectiva do Saneamento Básico

como promoção e prevenção de enfermidades. Para tanto deverão ser levantadas e avaliadas

as seguintes informações:

- condições sanitárias e doenças relacionadas com a falta de saneamento básico;

- séries históricas de indicadores, quando disponíveis, sobre número de óbitos de 0 a

5 anos de idade e taxa de mortalidade infantil, causados por falta de saneamento;

- identificação dos fatores causais das enfermidades e as relações com as deficiências

na prestação dos serviços de saneamento básico, bem como as suas consequências

para o desenvolvimento econômico e social:

- análise das políticas e planos locais de saúde e sua relação com o saneamento básico,

incluindo as condições de participação do setor saúde na formulação da política e da

execução das ações de saneamento básico;

- existência e análise do Programa Saúde na Família;

- análise e informações gerais sobre condições de poluição dos recursos hídricos e a

sua contribuição para a ocorrência de doenças de veiculação hídrica.

o) consolidação cartográfica das informações socioeconômicas, físico-territorial e

ambientais disponíveis sobre o município e a região.

II.2 - Diagnóstico Político-Institucional

Deverão ser coletadas e processadas as informações referentes à política e gestão dos

serviços de Saneamento Básico do município, tais como:

a) Levantamento e análise da legislação federal, estadual e municipal aplicável, nas áreas de

saneamento básico, desenvolvimento urbano e meio ambiente.

b) Normas de Fiscalização e Regulação para o Saneamento Básico. Ente responsável, meios

e procedimentos para sua atuação.

c) Estrutura administrativa existente, com descrição de todos os órgãos, e capacidade

institucional para a gestão do Saneamento Básico - planejamento, prestação dos serviços,

regulação, fiscalização e controle social.

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28

d) Análise do Contrato de Concessão, firmado entre o Município e a Embasa, em 30/07/1996

com vigência de 20 anos. Como subsídio para as futuras negociações com a Embasa, a FEP

deverá realizar uma análise abrangente e profunda desse Contrato de Concessão, em seus

aspectos jurídicos e técnicos, avaliando todas as condições nele constantes quanto ao seu

cumprimento e situação atual.

e) Características dos órgãos operadores dos serviços de Saneamento Básico:

- Nome; data de criação; serviços prestados; organograma;

- Modelo de gestão (público municipal ou estadual, privado, cooperativo, etc.);

- Informações sobre a concessão para exploração dos serviços de saneamento básico

no município: (i) quem detém atualmente a concessão, (ii) data do término da

concessão; (iii) instrumento legal existente regulando esta concessão (lei municipal,

contrato com operadora, etc.).

f) Recursos humanos alocados nos serviços de Saneamento Básico: número de empregados,

discriminando o quantitativo quanto a profissionais de nível superior, técnicos, operacionais,

administrativos, terceirizados, estagiários, bolsistas. Informações sobre existência de planos

de capacitação, planos de cargos e salário e planos de demissão.

g) Identificação de programas locais de interesse do saneamento básico nas áreas de

desenvolvimento urbano, habitação, mobilidade urbana, gestão de recursos hídricos e meio

ambiente.

h) Identificação das redes, órgãos e estruturas de educação formal e não formal e avaliação

da capacidade de apoiar projetos e ações de educação ambiental combinados com os

programas de Saneamento Básico.

i) Identificação e avaliação do sistema de comunicação local e sua capacidade de difusão das

informações e mobilização sobre o PMSB.

j) Análise de programas de educação ambiental e de assistência social em Saneamento.

k) Identificação junto aos municípios vizinhos das possíveis áreas ou atividades onde pode

haver cooperação, complementaridade ou compartilhamento de processos, equipamentos e

infraestrutura, relativos à gestão do saneamento básico, para cada um dos serviços ou

atividade específica.

l) Identificação e descrição da organização social, grupos sociais, formas de expressão social

e cultural, tradições, usos e costumes, percepção em relação a saúde, saneamento e ambiente.

Para o levantamento das informações referentes ao Diagnóstico Institucional deverá ser

utilizado o Questionário, cujo modelo é apresentado a seguir. Considerando que este roteiro

foi desenvolvido para município de pequeno e médio porte, e face às dimensões e à

complexidade da Administração Municipal de Feira de Santana, este modelo deverá ser

revisto e adaptado, antes do início dos trabalhos de campo.

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II.3 – Diagnóstico Econômico-Financeiro

a) Levantamento e análise de planos, programas, projetos e ações relacionados com o

Saneamento Básico, em execução ou previstos, indicando objetivos, linhas de ação, metas e

investimentos.

b) Levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do Município frente às

necessidades de investimentos e de sustentabilidade econômica dos serviços de Saneamento.

c) Análise geral da sustentabilidade econômica da prestação dos serviços de Saneamento

Básico, envolvendo a política e sistema de cobrança, dotações do orçamento geral do

município, fontes de subvenção, financiamentos e outras.

d) Avaliação da capacidade de endividamento e a disponibilidade de linhas de financiamento

que contemplem o município e seus projetos e ações.

e) Análise da necessidade de recursos orçamentários, dos prestadores e/ou do município,

para viabilizar a adequada prestação e manutenção dos serviços, conforme o Plano.

II.4 – Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água

Para o diagnóstico dos serviços de Abastecimento de Água, os levantamentos deverão

abranger a sede municipal, os distritos e localidades rurais e a população rural dispersa.

Deverão ser identificados os núcleos carentes ou excluídos dos serviços e a caracterização

dos aspectos socioeconômicos relacionados ao acesso aos serviços.

O levantamento dos dados sobre o abastecimento rural das localidades rurais e da população

rural dispersa será de responsabilidade da Prefeitura. Neste sentido a FEP deverá prestar

orientação e apoio técnico à Prefeitura e aos técnicos locais para execução desses

levantamentos.

Para o diagnóstico do Abastecimento de Água deverão ser levantados os elementos abaixo

explicitados:

➢ SAA da sede municipal e distritos.

➢ SAA localidades rurais.

➢ Poços tubulares.

SAA SEDE MUNICIPAL E DISTRITOS

a) Caracterização da cobertura e qualidade dos serviços, com a identificação das populações

não atendidas e sujeitas à falta de água; regularidade e frequência do fornecimento de água,

com identificação de áreas críticas; consumo per capita de água; qualidade da água tratada e

distribuída à população.

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b) Caracterização da prestação dos serviços por meio de indicadores técnicos, operacionais

e financeiros, relativos a: consumo, receitas, índice de perdas, custos, despesas, tarifas,

número de ligações, inadimplência de usuários, eficiência comercial e operacional, uso de

energia elétrica e outros. Usar como referência o SNIS.

c) Análise crítica do plano diretor de abastecimento de água, caso exista, quanto à sua

implantação, atualidade e pertinência frente às demandas futuras.

d) Caracterização dos sistemas existentes de abastecimento de água (infraestrutura,

tecnologia e operação): captação, adução, tratamento, reservação, estações de bombeamento,

rede de distribuição e ligações prediais. Avaliação da capacidade de atendimento frente à

demanda e ao estado das estruturas. Recomenda-se o uso de textos, mapas, esquemas,

fluxogramas, fotografias e planilhas.

e) Avaliação da disponibilidade de água dos mananciais e da oferta à população pelos

sistemas existentes versus o consumo e a demanda atual e futura, preferencialmente, por

áreas ou setores da sede e localidades do município.

f) Levantamento e avaliação das condições dos atuais e potenciais mananciais de

abastecimento de água quanto aos aspectos de proteção da bacia de contribuição: tipos de

uso do solo, fontes de poluição, estado da cobertura vegetal, qualidade da água, ocupações

por assentamentos humanos e outros.

g) Avaliação da qualidade da água e atendimento aos padrões de potabilidade da Portaria no.

2.914/2008, do Ministério da Saúde.

h) Avaliação dos sistemas de controle e vigilância da qualidade da água para consumo

humano e de informação aos consumidores e usuários dos serviços.

i) Levantamento da situação do licenciamento ambiental dos Sistemas e das Outorgas de

Uso da Água.

i) Identificação, quantificação e avaliação de soluções alternativas de abastecimento de água,

individuais ou coletivas, utilizadas pela população, nas áreas urbanas e rurais, e demais usos

- industrial, comercial, pública e outros.

j) Identificação e caracterização das áreas de conflito de usos da água para abastecimento

humano e outros usos.

Para esses levantamentos, deverá ser utilizado o modelo de questionário a seguir.

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SAA LOCALIDADES RURAIS

O levantamento de dados primários sobre os serviços de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário no meio rural representa um dos pontos críticos dos estudos para os

PMSB. Nesse sentido, o município de Feira de Santana apresenta características

bastante peculiares, destacando-se a presença de aglomerados rurais bastante densos e

que, embora sem apresentar os requisitos de áreas urbanas, necessitarão de estudos

específicos para o planejamento dos serviços de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário.

Por outro lado, em razão das precárias condições do abastecimento de água na zona

rural, especialmente nas épocas das estiagens, os habitantes dessas localidades

manifestam especial interesse nos estudos dos PMSB e participam com grande

dedicação nos eventos públicos. Deste modo, a disponibilidade de dados confiáveis

representa um pressuposto essencial para a discussão do Diagnóstico nas Oficinas.

Nessa perspectiva, deverá ser realizado um amplo e detalhado cadastramentos dos

serviços de Saneamento Básico no meio rural do município, através da aplicação dos

questionários, cujo modelo é adiante apresentado. O desenvolvimento do diagnóstico dos

serviços de saneamento no meio rural envolve as atividades abaixo detalhadas.

A - Base Cartográfica

Elaboração da base cartográfica municipal do PMSB, a partir da integração das folhas

topográficas oficiais do Estado, publicada pela SEI, na escala 1:100.000, e que servirá de

base para a futura construção do Sistema Municipal de Informações de Saneamento.

B - Coleta de informações

Esta atividade envolveu o levantamento direto de dados nas diversas instituições que atuam

na área ou disponham de informações sobre o Saneamento Rural, destacando-se o IBGE,

CERB, CAR, Coelba, Prefeitura Municipal, Fundação Nacional de Saúde, Programa Saúde

da Família (PSF), e outros. Através da pesquisa, coleta e análise de dados nessas instituições

houve a possibilidade de levantar as condições atuais dos sistemas, investimentos e

programas de saneamento em execução e a serem realizados nas localidades rurais do

município.

C - Mapeamento das localidades rurais

Esta atividade tem como objetivo o mapeamento dos distritos e localidades rurais do

município de Feira de Santana, a ser realizado a partir de visitas locais e determinação de

coordenadas com GPS. Nesse sentido, deverá ser obtido à Secretaria Municipal de

Agricultura e Recursos Hídricos a relação das localidades rurais do município. Para efeito

do planejamento dos sistemas de abastecimento de água do PMSB, a identificação das

localidades rurais será feita com base no critério da existência de pelo menos 50 domicílios

em um raio de 1 km, além da presença de ruas definidas por meio fio e existência de energia

elétrica e iluminação pública na localidade.

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Este levantamento deverá ser consolidado durante as Oficinas do PMSB, quando os diversos

Grupos de Trabalho poderão complementar as informações sobre as localidades e incluir

novos aglomerados não identificados no cadastro da FEP.

Para efeito do planejamento do abastecimento de água, os demais assentamentos rurais serão

tratados como população rural dispersa.

D - Diagnóstico local

Esta atividade deverá constar de uma campanha de visitas técnicas a todas as comunidades

mapeadas e realização do diagnóstico local dos serviços de saneamento, através da aplicação

do Questionário de Saneamento Rural, conforme modelo em anexo, complementada com

entrevistas realizadas com moradores da comunidade, operadores do sistema de

abastecimento e lideranças de associações de moradores, além da observação dos técnicos

da FEP e registros fotográficos.

Em algumas localidades verificou-se que o pessoal local não possui informações sobre os

Sistemas, o que significa uma grande lacuna para o planejamento do saneamento no meio

rural, e que deverá ser solucionada com a discussão das falhas na Oficina de Diagnóstico.

E - Mapa de diagnóstico do Saneamento Rural

As informações obtidas deverão ser consolidadas no Mapa de Diagnóstico do Saneamento

Rural, que contempla as seguintes informações:

a. Mapeamento das Localidades Rurais, com o número estimado de domicílios (ND), e

população estimada (PE);

b. Mapeamento dos poços tubulares, classificados por faixas de vazão;

c. Áreas rurais situadas a uma distância de até 3,00 km das localidades, onde a população

rural dispersa poderá ser abastecida a partir dos SAA das localidades rurais.

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Plano Municipal de Saneamento Básico

Município

.............................. Ficha de Saneamento Rural

Localidade: Coordenadas: No:

No domicílios: População: Fonte: ( ) IBGE ( ) PSF ( ) Est.

Pessoas de contato Qualificação Telefone

01 - Abastecimento Água: ( ) SAA ( ) Simp. ( ) Outro: Resp:

% atendimento: Qualidade da água: ( ) Boa ( ) Regular ( )

Ruim Regularidade: ( ) Contínuo ( ) Interm.

02 - Manancial: ( ) Rio/Barr ( ) Poço tubular ( ) Adutora Embasa ( ) Outro: Vazão:

Descrição do manancial:

03 - Tratamento: ( ) Completo ( ) Simplificado ( ) Outro ( ) Sem tratamento Obs:

04 - Reservatórios Material Capacidade Coordenadas Obs

( ) Elev. ( )Apoiado

( ) Elev. ( )Apoiado

( ) Elev. ( )Apoiado

05 - Distribuição: % da área da localidade atendida - Obs:

06 - Listar os principais problemas do abastecimento de água:

a)

b)

c)

Obs:

07 - Esgotamento sanitário: ( ) Rede coletora ( ) Tratamento ( ) Fossa ( ) Nenhum Resp:

% da área da localidade atendida: Disposição final:

08 - Programas de Saneamento Rural existentes na localidade:

Lay-out dos Sistemas: SAA ( ) SES ( )

Nos das Fotos:

Data: Resp: Supervisor:

Caso necessário, complementar as informações em folha anexa.

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POÇOS TUBULARES

No âmbito dos estudos para o PMSB, a caracterização das águas subterrâneas se desenvolve

em três etapas: i) Caracterização dos sistemas aquíferos do município, ii) Cadastdro dos

poços tubulares; e iii) Análise estatística dos poços tubulares, visando avaliar o seu potencial

para o abastecimento humano.

O cadastro dos poços tubulares será feito através de pesquisa junto à Cerb, Funasa, Prefeitura

Municipal, CAR e demais instituições atuantes na área de Saneamento rural.

O cadastro será apresentado em tabelas, conforme modelo a seguir.

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Quadro 18 – Modelo do cadastro de poços tubulares

N Código Localidade Coordenadas Prof.

(m)

Nível

Estático

(m)

Nível

Dinâmico

(m)

Vazão

(m3/s)

Cloreto

(mg/l)

Dureza

(mg/l)

Nitrato

(mg/l)

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II.5 – Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário

Para o diagnóstico dos serviços de Esgotamento Sanitário, os levantamentos deverão

abranger a sede municipal, os distritos e localidades rurais e a população rural dispersa.

Deverão ser identificados os núcleos carentes ou excluídos dos serviços e a caracterização

dos aspectos socioeconômicos relacionados ao acesso aos serviços.

O levantamento dos dados sobre o esgotamento sanitário das localidades rurais e da

população rural dispersa será de responsabilidade da Prefeitura. Neste sentido a FEP deverá

prestar orientação e apoio técnico à Prefeitura e aos técnicos locais para execução desses

levantamentos.

Para o diagnóstico do Esgotamento Sanitário deverão ser levantados os elementos abaixo

explicitados:

a) Caracterização da cobertura e a identificação das populações não atendidas ou sujeitas à

deficiências no atendimento pelo sistema público de esgotamento sanitário, contemplando

também o tratamento. Identificação da região e o tipo de urbanização que predomina nas

áreas sem cobertura, com indicação da solução adotada na destinação final dos efluentes.

b) Caracterização da prestação dos serviços por meio de indicadores técnicos, operacionais

e financeiros, relativos a: receitas, custos, despesas, tarifas, número de ligações,

inadimplência de usuários, eficiência comercial e operacional, uso de energia elétrica e

outros. Usar como referência o SNIS. Importante identificar o responsável pela prestação do

serviço (concessionária estadual, Central, serviço autônomo de água e esgoto (SAAE),

própria prefeitura), com descrição do corpo funcional e organograma; indicar as condições

de acesso e a qualidade da prestação dos serviços, considerando o perfil populacional, com

ênfase nas desigualdades sociais e territoriais, em especial nos aspectos de renda, gênero e

étnico-raciais

c) Análise crítica do plano diretor de esgotamento sanitário, caso exista, quanto à

implantação, atualidade e pertinências frente às demandas futuras.

d) Avaliação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos com o conteúdo

mínimo disposto na Lei n° 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos e na Lei nº

12.932/2014 – Política Estadual de Resíduos Sólidos.

e) Caracterização dos sistemas existentes de Esgotamento Sanitário (infraestrutura,

tecnologia e operação): redes de coleta e transporte, elevatórias, coletores, tratamento,

emissários e disposição final. Avaliação da capacidade de atendimento frente à demanda e

ao estado das estruturas. Recomenda-se o uso de textos, mapas, esquemas, fluxogramas,

fotografias e planilhas. Serão identificados os principais tipos de problemas nos sistemas e

a frequência de ocorrência, serão informadas a capacidade instalada e eficiência de

tratamento. Devido a complicações inerentes à operação, a implantação de elevatórias de

esgoto deve ser cuidadosamente analisada, sendo inclusive fator de restrição para a ocupação

de determinadas áreas; Identificação da forma predominante de prestação de serviços de

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esgotamento sanitário em área rural, incluindo o levantamento de domicílios sem banheiros

e unidades hidrossanitárias.

f) Para os sistemas coletivos isolados a avaliação deve envolver as ligações de esgoto, redes

coletoras, interceptores, estações elevatórias, unidades de tratamento, emissários e a

disposição final. Verificar a adequação do modelo tecnológico de engenharia e de gestão às

realidades locais.

g) Identificação, quantificação e avaliação qualitativa de soluções alternativas de

esgotamento sanitário - fossas sépticas, fossa negra, infiltração no solo, lançamento direto

em corpos d’água e outros, individuais ou coletivas, e demais situações especiais de natureza

industrial, comercial, serviços, agropecuária, atividades públicas e outros.

h) Avaliação da situação atual e estimativa futura da geração de esgoto versus capacidade

de atendimento pelos sistemas de esgotamento sanitário disponíveis, sistema público e

soluções individuais e/ou coletivas, contemplando o tratamento.

i) Análise dos processos e resultados do sistema de monitoramento da quantidade e qualidade

dos efluentes, quando existentes.

j) Levantamento e análise de dados da avaliação das condições ambientais dos corpos

receptores, quando existentes.

l) Levantamento da situação do licenciamento ambiental dos Sistemas e das Outorgas de

Uso para lançamento de efluentes.

m) Indicação de áreas de risco de contaminação e de áreas já contaminadas por esgotos no

município quando mapeadas e avaliadas.

II.6 – Diagnóstico Preliminar

Esta atividade tem como objetivo o tratamento e a consolidação dos diagnósticos setoriais

realizados, explicitados nos itens acima, visando a elaboração de Diagnóstico do PMSB, de

forma preliminar, para servir de base para os trabalhos da Oficina de Diagnóstico.

O Relatório de Diagnóstico Preliminar constitui um dos Produtos Parciais do processo de

elaboração do PMSB.

II.7 - Oficina do Diagnóstico

Esta Atividade está relacionada com a implementação das ações do Plano de Mobilização

Social, e tem como objetivos a apresentação e discussão pública dos produtos resultantes

dos estudos do Diagnóstico Preliminar.

O conteúdo programático, a logística e a produção deste Evento serão detalhados no PMS,

a ser previamente aprovado pela SIHS e pela PREFEITURA.

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Os resultados dos trabalhos da Oficina serrão consolidados pela FEP em relatório específico,

consolidando as contribuições a serem introduzidas no Diagnóstico Participativo.

II.8 - Consolidação do Diagnóstico

A partir dos resultados da Oficina de Diagnóstico, será elaborado o Relatório Final do

Diagnóstico, que constitui um dos Produtos Parciais do PMSB,

6.3 ESTUDOS DE CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS

A terceira etapa dos estudos do Plano compreende os estudos de cenários e prognósticos e

de planejamento dos serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, a

proposição dos programas e projetos do PMSB e o desenvolvimento dos estudos econômicos

e institucionais, envolvendo as atividades detalhadas na sequência

III.1 - Definição de objetivos

De acordo com as diretrizes da Política Nacional de Saneamento Básico, a política municipal

de Saneamento Básico e o seu principal instrumento, o PMSB, devem ser construídos a partir

da definição de objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização do

acesso aos serviços, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a

compatibilidade com os demais planos setoriais.

A definição dos objetivos do PMSB deverá atender aos princípios básicos da Política

Nacional de Saneamento Básico, explicitados no artigo 2º da Lei Federal 11.445/07:

Art. 2o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos

seguintes princípios fundamentais:

I - universalização do acesso;

II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e

componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à

população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia

das ações e resultados;

III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos

resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio

ambiente;

IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo

das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio

público e privado;

V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais

e regionais;

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VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação,

de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da

saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de

vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;

VII - eficiência e sustentabilidade econômica;

VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de

pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;

IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos

decisórios institucionalizados;

X - controle social;

XI - segurança, qualidade e regularidade;

XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos

hídricos.

Além dessas diretrizes das políticas nacionais, a definição dos objetivos do PMSB deverá

atender, no que couber, aos princípios básicos da Política Estadual de Saneamento Básico,

explicitados no artigo 8º da Lei Estadual 11.172/08:

Art. 8º - A Política Estadual de Saneamento Básico será formulada com base nos

seguintes princípios:

I - universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento básico;

II - integralidade das atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de

saneamento, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades

e maximizando a eficácia das ações e resultados;

III - controle social, a ser exercido através de mecanismos e procedimentos que

garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos

processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados

aos serviços públicos de saneamento básico;

IV - regionalização, consistente no planejamento, regulação, fiscalização e prestação

dos serviços de saneamento em economia de escala e pela constituição de consórcios

públicos integrados pelo Estado e por Municípios de determinada região;

V - fortalecimento da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A - Embasa, de

forma a viabilizar o acesso de todos aos serviços públicos de abastecimento de água

e esgotamento sanitário, inclusive em regime de cooperação com os municípios;

VI - outros princípios decorrentes das diretrizes nacionais estabelecidas para o

saneamento básico, principalmente objetivando o cumprimento de metas da

universalização, pela maior eficiência e resolutividade.

Parágrafo único - Para os fins desta Lei, considera-se universalização a garantia de

que todos, sem distinção de condição social ou renda, possam acessar serviços

públicos de saneamento básico, observado o gradualismo planejado da eficácia das

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soluções, sem prejuízo da adequação às características locais, da saúde pública e de

outros interesses coletivos

A partir dessas diretrizes político-institucionais, serão formuladas as proposições para os

objetivos para o PMSB, a serem discutidos e validados na Oficina de Cenários e

Prognósticos.

Os objetivos poderão ser diferenciados para diferentes vetores prospectivos, e poderão estar

ligados à melhoria e proteção do meio ambiente, melhoria da saúde pública, expansão dos

sistemas de Saneamento Básico, aumento da eficiência, sustentabilidade econômico-

financeira dos serviços, entre outros. Por outro lado, as metas, vinculadas aos objetivos,

podem envolver a elevação da cobertura de atendimento, a elevação de indicadores de

qualidade, ou mesmo a redução dos índices de doenças ou da mortalidade infantil no

município.

III.2 - Planejamento SAA e SES

Esta etapa envolve o desenvolvimento e a formulação de estratégias para alcançar os

objetivos, diretrizes e metas definidas para o PMSB, num horizonte de planejamento de 20

anos, levando em conta, dentre outros, os seguintes condicionantes:

a) Formulação de mecanismos de articulação e integração das políticas, programas e

projetos de Saneamento Básico com as de outros setores co-relacionados (saúde, habitação,

meio ambiente, recursos hídricos, educação) visando a eficácia, a eficiência e a efetividade

das ações preconizadas.

b) Análise e seleção das alternativas de intervenção visando à melhoria das condições

sanitárias em que vivem as populações urbanas e rurais. Tais alternativas terão por base as

carências atuais dos serviços de saneamento básico, que devem ser projetadas utilizando-se,

por exemplo, a metodologia de cenários alternativos de evolução gradativa do atendimento

– quantitativo e qualitativo – conforme diferentes combinações de medidas efetivas e/ou

mitigadoras que possam ser previstas para o horizonte de 20 anos.

c) As projeções das demandas, por serviço, deverão ser estimadas para o horizonte de 20

anos, considerando a definição de metas de:

• curto prazo: até 4 anos;

• médio prazo: entre 4 e 8 anos;

• longo prazo: entre 8 e 20 anos.

d) Hierarquização das áreas de intervenção prioritária: as metas, programas, projetos e

ações, sobretudo quando relacionados a investimentos, devem ser consolidadas, naquilo que

couber, a partir de critérios de hierarquização das áreas de intervenção, conforme

metodologia a ser proposta pela FEP a partir de indicadores sociais, ambientais, de saúde e

de acesso aos serviços de saneamento básico.

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e) Definição de objetivos e metas: devem ser elaborados de forma a serem quantificáveis e

a orientar a definição de metas e proposição dos Programas, Projetos e Ações do PMSB na

gestão e em temas transversais tais como capacitação, educação ambiental e inclusão social.

Visando também a formulação dos programas e projetos, deverão ser considerados, quando

pertinentes, os seguintes elementos:

- Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de

rejeitos das estações de tratamento de água e de esgotos, inclusive nos Distritos,

observado o plano diretor e o zoneamento ambiental, se houver;

- Identificação de alternativas de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros

Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos

locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;

- Identificação de demandas especiais de abastecimento de água ou de descartes de

efluentes líquidos de grandes empreendimentos de mineração, agroindústrias e

outros;

- Metas de redução e reuso da água, entre outras, com vistas a otimizar e racionalizar

o consumo da água;

- Medidas saneadoras para os passivos ambientais relacionados ao Saneamento

Básico, incluindo áreas contaminadas;

O cálculo da projeção populacional deverá ser feito com base nos censos demográficos do

IBGE, cujos valores deverão ser aferidos ou corrigidos utilizando-se: avaliações de projetos

e outros estudos demográficos existentes; evolução do número de habitações cadastradas na

Prefeitura, Companhia de Eletricidade, FUNASA, etc.

III.3 - Estudos de cenários e prognósticos

Os estudos de cenários e prognósticos têm como objetivos atender aos requisitos da

universalização e da utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de

pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas, expressos na

Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal 11.445/07, artigo 2º, Incisos I, III, IV

e VIII):

➢ Atendimento à população com serviços de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas

adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

➢ Implantação, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das

águas pluviais.

Os estudos de cenários para os serviços de Saneamento Básico deverão considerar o

atendimento da sede municipal, dos Distritos e localidades rurais e da população rural

dispersa.

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50

Com base nos estudos e análises elaborados no Diagnóstico, nas diretrizes da política

nacional e estadual de Saneamento Básico, nas políticas de desenvolvimento urbano

municipal e no planejamento dos SAA e SES, deverá ser construído o prognóstico do Plano,

composto dos seguintes elementos mínimos:

• proposição consolidada das diretrizes, objetivos e metas do Plano;

• definição de cenários a serem alcançados com a implantação das ações propostas;

• identificação das ações estruturais e estruturantes a serem implementadas;

• estabelecimento da estratégia de implementação das ações, contemplando os princípios

da política nacional de saneamento, inclusive com a adoção de metas progressivas;

• proposição dos programas a serem implementados, com a definição, para cada um deles,

das ações, entidades responsáveis pela implementação das mesmas, custos demandados

e programação financeira.

A construção dos Prognósticos deverá ser realizada, no mínimo, a partir dos seguintes

estudos e atividades:

• Definição e detalhamento de diretrizes, objetivos e metas do Plano, estabelecidos em

consonância com as políticas anteriormente mencionadas e capazes de promover a

progressiva ordenação do sistema com a correção dos problemas identificados e a adoção

de medidas preventivas a partir da eficiente gestão da prestação dos serviços municipais

do saneamento e em particular no manejo das águas pluviais;

• Estabelecimento de cenários de planejamento considerando o cenário evolutivo sem

ordenação do sistema, o desejável (a longo prazo) e o possível (a curto e médio prazos);

• Detalhamento de cada uma das ações contemplando, inclusive, a estimativa de custos

referentes à implantação das mesmas, capazes de dar suporte ao desenvolvimento de

projetos de captação de recurso nas diversas fontes disponíveis;

• Identificação e descrição das ações não estruturais a serem implantadas com vistas à

ordenação institucional, normativa e outras, contemplando, no mínimo:

- criação, complementação ou substituição de instrumentos legais e normativos

capazes de promover o aperfeiçoamento do sistema de gestão dos serviços de

saneamento relativos ao manejo das águas pluviais ou afins que impactem sobre o

sistema;

- atividades de aperfeiçoamento técnico dos quadros municipais e dos técnicos

regionais que atuam no desenvolvimento de projetos, na construção ou na

manutenção dos dispositivos de manejo das águas pluviais;

- atividades de educação ambiental;

- atividades de comunicação social;

- aperfeiçoamento dos processos de controle social da gestão dos serviços de

saneamento.

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51

• Detalhamento de cada uma das ações não estruturais contemplando, inclusive, a

estimativa de custos referentes à implantação das mesmas, estabelecidos de acordo com

as necessidades demandadas para a captação de recurso nas diversas fontes disponíveis

para serviços desta natureza;

• Definição da estratégia de implementação do Plano, estabelecida a partir de, pelo menos:

- estabelecimento de metas progressivas definidas a partir de uma evolução desejada

dos indicadores de caracterização do sistema;

- ordenação temporal das ações a serem implantadas capazes de promover o

aperfeiçoamento progressivo estabelecido na estratégia de implantação do plano.

• Montagem dos programas de implantação das ações a partir das seguintes atividades

mínimas:

- agrupamento das ações em função da natureza de cada uma delas e da estratégia de

implantação definida;

- estabelecimento de cronograma físico e financeiro correspondente ao conjunto das

ações previstas ao longo do tempo.

• Associar as atividades definidas para o PMSB com aquelas estabelecidas no PGIRS do

município, elaborado de acordo com o disposto na Lei n° 12.305/2010 – Política

Nacional de Resíduos Sólidos e na Lei nº 12.932/2014 – Política Estadual de Resíduos

Sólidos

• Apresentação de Planta Geral - Deverão ser apresentadas plantas esquemáticas com as

soluções propostas georreferenciadas, contendo as áreas abrangidas pelos sistemas,

apontando os locais com soluções alternativas e indicando para os sistemas

convencionais, pelo menos, pontos de captações, elevatórias, ETA, adutoras e redes de

distribuição principais, estabelecendo, por meio de legenda, as etapas das intervenções

a curto, médio e longo prazo e para esgotamento sanitário as redes coletoras principais,

interceptores, elevatórias, ETE e emissários, estabelecendo, por meio de legenda, as

etapas das intervenções a curto, médio e longo prazo;

• Proposição de alternativas institucionais para o exercício das atividades de

planejamento, prestação de serviços, regulação, fiscalização e controle social, definindo

órgãos municipais competentes, sua criação ou reformulação do existente, devendo-se

considerar as possibilidades de cooperação regional para suprir deficiências e ganhar

economia de escala.

• Proposição de política de subsídios para a população de baixa renda, incluída a definição

de parâmetros e critérios para a aplicação de taxas e tarifas sociais.

No âmbito dos estudos de cenários e prognósticos, deverão ser consideradas proposições

para construção do Sistema de Monitoramento dos Cenários e Prognósticos.

Estes estudos têm como objetivo a formulação de um conjunto de ações visando ao

monitoramento da implementação dos cenários e prognósticos definidos, envolvendo

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52

entidades do poder público municipal e do sistema municipal de saneamento básico,

inclusive com as entidades responsáveis pelo controle social da prestação dos serviços de

saneamento básico. Essas ações deverão considerar, dentre outros:

• os indicadores do sistema que serão medidos ou avaliados periodicamente de tal

maneira que permita identificar a evolução do sistema;

• a periodicidade da medição ou avaliação dos indicadores;

• a metodologia de avaliação ou medição dos indicadores;

• a divulgação de relatórios contendo, pelo menos:

- a evolução pretendida e a obtida no que se refere aos indicadores de

monitoramento;

- a comparação entre as intervenções propostas e implantadas;

- a análise dos resultados.

III.4 – Objetivos e Metas no Prognóstico

Os objetivos e metas serão definidos como de curto (01 a 04 anos), médio (04 a 08 anos) e

longo prazo (08 a 20 anos) para cada componente do saneamento voltados para a melhoria

das condições de cada eixo do setor e da saúde pública, que sejam compatíveis e articulados

com os objetivos de universalização do Planos de Saneamento Básico existentes na Região.

Será proposta ainda política de acesso a todos ao saneamento básico, sem discriminação por

incapacidade de pagamento de taxas ou tarifas, considerando a instituição de subsídio direto

para as populações de baixa renda. As Metas serão mensuráveis e contribuirão para que os

objetivos sejam alcançados, devendo ser propostos de forma gradual e estarem apoiados em

indicadores. As metas irão estabelecer prazos e valores para as diversas ações em função das

diretrizesdas legislações, como também em função das peculiaridades local do município.

III.5 - Oficina de Cenários e Prognósticos

Esta Atividade está relacionada com a implementação das ações do Plano de Mobilização

Social, e tem como objetivos a apresentação e discussão pública dos produtos resultantes

dos estudos do Cenários e Prognósticos. O conteúdo programático, a logística e a produção

deste Evento serão detalhados no PMS, a ser previamente aprovado pela SIHS e pela

Prefeitura. Os resultados dos trabalhos da Oficina serrão consolidados pela FEP em relatório

específico, consolidando as contribuições a serem introduzidas no Relatório de Cenários e

Prognósticos.

III.6 - Proposição de programas e projetos

Com base nos estudos das etapas anteriores, e nas diretrizes das políticas nacional, estadual

e municipal relacionadas com o Saneamento Básico e nas políticas de desenvolvimento

urbano municipal e meio ambiente e outras, esta etapa dos trabalhos compreende os estudos de

proposição dos programas, projetos e ações a serem inseridos no Plano.

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53

Nela, serão definidas as obrigações do poder público na atuação em cada eixo do setor de

saneamento e no desempenho da gestão da prestação dos serviços. Por este motivo, será

necessário o envolvimento contínuo de representantes do poder público municipal, seja por

meio do Comitê de Coordenação ou pelo acompanhamento do Poder Executivo e Legislativo

Municipal.

Nesta fase serão criados programas de governo municipal específicos que contemplem

soluções práticas (ações) para alcançar os objetivos e ainda que compatibilizem o

crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a equidade social no município.

Os programas de governo previstos neste PMSB deverão determinar ações factíveis de serem

atendidas nos prazos estipulados e que representem as aspirações sociais com alternativas

de intervenção, inclusive de emergências e contingências, visando o atendimento das

demandas e prioridades da sociedade.

Deverá ser elaborada metodologia de priorização dos programas, projetos e ações propostas,

construindo assim a hierarquização das medidas a serem adotadas para o planejamento de

programas prioritários de governo.

De acordo com as diretrizes legais, as propostas dos programas e projetos serão organizadas

de acordo com a sua natureza, conforme esquematizado no Quadro 06.

Quadro 19 – Organização das ações do PMSB

N Programas e Projetos Escopo

I Ações Estruturais

Implantação, ampliação e requalificação de instalações e sistemas de

Saneamento Básico na Sede Municipal, Distritos e Localidades

Rurais, atendendo aos cenários estabelecidos para a Universalização

do Saneamento Básico.

II Ações Institucionais

Adequação da legislação municipal às Lei Federal 11.445/07 e

12.307/10, seus Regulamentose às Lei Estadual 11.172/08 e

12.932/14.

Criação da legislação municipal de Saneamento Básico

Criação da legislação municipal da Regulação

Organização administrativa da Prefeitura Municipal para a Gestão do

Saneamento Básico

III Ações Operacionais

Definição dos sistemas e padrões operacionais para a prestação dos

Serviços na Sede Municipal

Definição dos sistemas e padrões operacionais para a prestação dos

Serviços nos Distritos e Localidades Rurais.

IV

Ações de Promoção de

sustentabilidade

ambiental

Definir ações que estimulem o uso sustentável da energia e dos

recursos ambientais, o emprego de tecnologias limpas e de práticas

que considerem as restrições do meio ambiente, assim como a

integração de infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos

recursos hídricos, e a observância de indicadores sanitários,

epidemiológicos, ambientais e apontar as causas e soluções para

deficiências identificadas.

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54

V Ações Emergenciais e

Contingências

Definição de ações voltadas para prever, corrigir e/ou mitigar eventos

naturais ou acidentais que possam prejudicar a prestação dos serviços

de Saneamento Básico.

VI Ações de

Monitoramento

Sistema de Informações Municipais de Saneamento Básico

Sistema de avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações

programadas

Para a proposição dos programas, projetos e ações do PMSB deverão ser consideradas as

seguintes diretrizes:

a) Definição dos programas, projetos e ações com estimativas de custos, baseadas nos

resultados dos estudos de cenários e prognósticos, que deem continuidade e consequência às

ações formuladas;

b) Estabelecimento de objetivos e metas de longo alcance (8 a 20 anos), de médio (4 a 8

anos) e curto (1 a 4 anos) prazos, de modo a projetar estados progressivos de melhoria de

acesso e qualidade da prestação dos serviços de Saneamento Básico;

c) Formulação de mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficácia,

eficiência e efetividade das ações programadas;

d) Formulação de proposições voltadas para a obtenção de assistência técnica e gerencial em

Gestão de Saneamento Básico pelo município, junto aos órgãos regionais e entidades

estaduais e federais.

Além dos objetivos da universalização do acesso à prestação dos serviços, os Programas,

Projetos e Ações devem contemplar as seguintes linhas temáticas:

• melhoria permanente do gerenciamento e da prestação dos serviços;

• formação e qualificação de pessoal para a Gestão de Saneamento Básico;

• desenvolvimento tecnológico;

• controle social dos serviços;

• promoção do direito à cidade;

• promoção da saúde e a qualidade de vida;

• promoção da sustentabilidade ambiental.

As proposições de programas, projetos e ações do PMSB deverão contemplar a sede

municipal, as sedes dos distritos, as localidades rurais e a população rural dispersa.

No âmbito dos estudos para proposição de programas e projetos, deverão ser destacadas as

ações imediatas, voltadas para a articulação entre as proposições do PMSB e as atuais ações

e programas existentes ou para atendimento às demandas mais urgentes relativas aos

serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário.

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55

Para cada um dos programas, projetos, intervenções e ações a serem inseridos no PMSB

deverá ser elaborada uma Ficha-resumo, a exemplo do modelo apresentado a seguir.

Plano Municipal de Saneamento Básico

Ficha-Resumo de Programas e Projetos

Identificação do Programa, Projeto ou Ação

1 – Situação-problema e justificativa

2 – Objetivos e metas

3 – Diretrizes

4 – Linhas de Ação

5 – Previsão de investimentos

6 – Instituições envolvidas

7 – Observações

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III.7 - Estudos econômicos

Os estudos econômicos do PMSB deverão atender ao seguinte escopo mínimo:

a) Dimensionamento dos recursos necessários e do cronograma dos investimentos para

os Programas, Projetos e Ações do PMSB;

b) Proposição de sistemática para o cálculo dos custos da prestação dos serviços

públicos de Saneamento Básico, bem como das formas de cobrança desses serviços;

c) Avaliação da viabilidade e das alternativas para a sustentação econômica e financeira

da gestão e da prestação dos serviços conforme os objetivos do Plano. Para tanto,

deve ser considerada a capacidade econômico-financeira do município e dos

prestadores de serviço, bem como as condições socioeconômicas da população;

d) Formulação de modelos e estratégias de financiamento dos subsídios necessários à

universalização, inclusive quanto aos serviços que não serão cobertos por taxas ou

tarifas;

e) Hierarquização e priorização dos programas, projetos e ações e seus respectivos

investimentos, compatibilizados com o orçamento municipal e com as metas

estabelecidas.

III.8 - Estudos institucionais

Os estudos institucionais do PMSB deverão atender ao seguinte escopo mínimo:

a) Elaboração da minuta do Projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico,

a ser encaminhado à Câmara Municipal pelo Poder Executivo.

b) Proposição do Sistema Municipal de Saneamento Básico, envolvendo o exame das

alternativas institucionais para o exercício das atividades de planejamento, prestação

de serviços, regulação, fiscalização institucionalização do controle social, definindo

os órgãos municipais e suas competências, estratégias para a sua criação ou

reformulação dos existentes.

c) Elaboração de minuta da Política Municipal de Saneamento Básico.

No âmbito dos estudos institucionais, deverão ser propostas as diretrizes para a criação do

Sistema de Indicadores, instrumento do Sistema Municipal de Saneamento Básico, e que

tem como objetivo o atendimento às diretrizes e requisitos da Lei 11.445/2007- Política

Nacional de Saneamento Básico, visando o acompanhamento e a avaliação de indicadores

de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de Abastecimento de Água,

Esgotamento Sanitário.

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58

Alem disso, deverão ser agregados também os indicadores para monitoramento dos Cenários

e Prognósticos, baseados em dados e informações que traduzam, de maneira resumida, a

evolução dos sistemas e soluções implantadas.

Indicadores são valores utilizados para medir e descrever um evento ou fenômeno de forma

simplificada. Podem ser derivados de dados primários, secundários ou outros indicadores e

classificam-se como analíticos (constituídos de uma única variável) ou sintéticos

(constituídos por uma composição de variáveis).

Para a construção dos Indicadores, a Contratada deverá:

- Nomear o indicador;

- Definir seu objetivo;

- Estabelecer sua periodicidade de cálculo;

- Indicar o responsável pela geração e divulgação;

- Definir sua fórmula de cálculo;

- Indicar seu intervalo de validade;

- Listar as variáveis que permitem o cálculo;

- Identificar a fonte de origem dos dados.

No inciso VI, art. 9º da Lei 11.445/2007 está definido que os Sistemas de Informações

Municipais que serão estruturados e implantados devem estar articulados com o Sistema

Nacional de Informações em Saneamento – SINISA.

Porém, apesar de legalmente criado, o SINISA ainda não está plenamente estabelecido, ou

seja, a referência, atualmente, ainda é o SNIS. Deve-se observar que o SNIS apresenta uma

relação de dados e indicadores referentes à prestação dos serviços de saneamento. No

processo de elaboração e implementação do PMSB, mais importante que isso, é a definição

de elementos para o monitoramento do próprio Plano como um todo, não apenas da

prestação.

Para o estabelecimento de indicadores que figurem como suporte estratégico na gestão

municipal, sobretudo na área do Saneamento Básico, aspectos intrinsecamente ligados ao

planejamento, à regulação e ao controle social devem ser considerados.

O objetivo principal dos indicadores para o monitoramento do PMSB deve ser avaliar o

atingimento das metas estabelecidas, com o consequente alcance dos objetivos fixados, o

efetivo funcionamento das ações de emergência e contingência definidas, a consistência na

participação e no controle social na tomada de decisões, dentre outros.

A Figura a seguir mostra a concepção básica do Sistema de Informações do PMSB.

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59

Fig. 28 – Visão conceitual do Sistema de Informações

AQUISIÇÃO/ENTRADA DE DADOS

ARMAZENAMENTO

PMSB

Rel A Rel B Rel C

RELATÓRIOS/SAÍDAS

USUÁRIOS INTERNOS

RE

AL

IME

NT

ÃO

DO

SIS

TE

MA

PÚBLICO

EXTERNO

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60

III.9 - Oficina de Sistema de Gestão

Esta Atividade está relacionada com a implementação das ações do Plano de Mobilização

Social, e tem como objetivos a apresentação e discussão pública dos produtos resultantes

dos estudos do Proposição de Programas e Projetos, Estudos Econômicos e Estudos

Institucionais. O conteúdo programático, a logística e a produção deste Evento serão

detalhados no PMS, a ser previamente aprovado pela SIHS e pela PREFEITURA. Os

resultados dos trabalhos da Oficina serão consolidados pela FEP em relatório específico,

consolidando as contribuições a serem introduzidas no Relatório Preliminar do PMSB.

6.4 RELATÓRIOS E PRODUTOS DO PMSB

Os resultados dos estudos do PMSB deverão ser apresentados em relatórios finais, conforme

detalhado a seguir.

IV.1 - Rel. Preliminar do PMSB

Os estudos e produtos parciais do processo de elaboração do PMSB deverão ser consolidados

no Relatório Preliminar, do PMSB, contendo a integração dos conteúdos do PMSB, e que

será utilizado para as atividades da Consulta Pública e da Audiência Pública.

IV.2 - Consulta pública

Esta Atividade tem como objetivo a disponibilização do Rel. Preliminar do PMSB para

Consulta Pública. Os documentos, impressos pela FEP, serão colocados em locais de acesso

público para apreciação, consultas e proposição de sugestões pelos interessados. Os

documentos deverão ser disponibilizados em vias impressas, na sede da Prefeitura, na

Câmara de Vereadores e nas principais Secretarias Municipais, e em meio eletrônico na

página oficial da Prefeitura.

A logística para a Consulta Pública será detalhada no PMS, a ser previamente aprovado pela

SIHS e pela PREFEITURA. Os resultados dos trabalhos da Consulta Pública serão

consolidados pela FEP em relatório específico, consolidando as contribuições a serem

introduzidas no Relatório Final do PMSB.

IV.3 – Audiência Pública

Ao final do prazo de Consulta Pública, será realizada a Audiência Pública do PMSB, em

obediência aos requisitos legais. Para esta atividade, deverá ser desenvolvido um amplo

processo de mobilização social, conforme detalhamento elaborado no Plano de Mobilização

Social.

Esta Atividade está relacionada com a implementação das ações do Plano de Mobilização

Social, e tem como objetivos a apresentação e discussão pública do Rel. Preliminar do PMSB

e das contribuições e comentários resultantes da Consulta Pública.

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61

A logística para a realização da Audiência Pública será detalhada no PMS, a ser previamente

aprovado pela SIHS e pela PREFEITURA. Os resultados dos trabalhos da Audiência Pública

serão consolidados pela FEP no Relatório Final do PMSB.

IV.4 - Consolidação do Rel. Final

Esta Atividade compreende a elaboração e edição final do Relatório do PMSB, incluindo

resultados da Consulta Pública e da Audiência Pública, após aprovação final da SIHS e da

PREFEITURA.

Em razão da sua amplitude, o Rel. Final poderá ser dividido em volumes parciais, tomos e

anexos, conforme proposição a ser previamente apresentada pela FEP.

IV.5 - Documento Síntese do PMSB

Esta Atividade tem como objetivo a elaboração e edição de documento sintético para

divulgação pública do PMSB, com até 50 páginas, contendo o resumo do Plano e Vol. Anexo

com desenhos. Pode remeter o leitor para os Volumes Específicos com os conteúdos

aprofundados, assegurando o acesso a quem se interessar pelos detalhes.

IV.6 - Vídeo institucional do PMSB

Esta Atividade tem como objetivo a elaboração de produto audiovisual sobre todo o processo

de elaboração do PMSB, com duração de 10 minutos. O roteiro e os conteúdos do vídeo

deverão ser previamente submetidos à aprovação da SIHS e da PREFEITURA.

IV.7 - Relatório do PMSB

Esta Atividade compreende a elaboração e edição final dos Relatórios e Produtos do PMSB,

após aprovação final pela SIHS e PREFEITURA.

6.5 CONTROLE SOCIAL DO PMSB

O controle social está situado entre os doze princípios fundamentais que sustentam as

diretrizes nacionais para a prestação de serviços públicos de Saneamento Básico e tem como

base legal a legislação federal (Lei no 11.445/07, art.3º, inciso IV) e a legislação estadual

(Lei no 11.172/08, art. 8º, inciso III). Enquanto princípio de política pública, a legislação em

vigor assume o controle social como um conjunto de mecanismos e procedimentos que

buscam garantir à sociedade o direito à informação e à participação em processos decisórios

de formulação de políticas, acompanhamento e avaliação da prestação dos serviços públicos.

No contexto das atuais políticas públicas nacionais, a participação social é concebida como

uma oportunidade de formação de lideranças e representações da sociedade civil, tendo em

vista capacitá-las tecnicamente para a tomada de decisão e o exercício do controle social;

como uma forma de elaboração e disseminação das políticas públicas, e como um

mecanismo de legitimação social do PMSB, responsabilizando conjuntamente seus autores.

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62

Ao assumir o desafio de concretizar tal proposta, em meio às diversas situações estruturais

e conjunturais existentes no município, o processo da elaboração do PMSB requer, além do

conhecimento técnico específico, clareza de propósito, objetividade e compreensão para

adaptar cada etapa dos trabalhos aos condicionamentos da realidade local e aos anseios e

expectativas dos agentes sociais locais.

O processo de elaboração do PMSB requer a formatação e a implementação de um modelo

de planejamento participativo e de caráter permanente, onde todas as fases do processo da

elaboração dos estudos de base possam incorporar o conhecimento da realidade local e a

inserção das perspectivas e das aspirações dos múltiplos interesses das comunidades para o

setor de Saneamento.

Para o alcance desses objetivos, apresenta-se neste Capítulo o detalhamento metodológico

do processo de Controle Social dos PMSB, abordando os seguintes tópicos:

- estratégia gradualista para construção do controle social;

- o processo de mobilização social.

6.5.1 – Estratégia Gradualista para Construção do Controle Social

A participação e o controle social representam requisitos legais e políticos fundamentais para

processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. No contexto da

construção dos PMSB do município de Feira de Santana, este processo deverá ser

consolidado através de um intenso programa de mobilização e informação, da realização de

uma série de Eventos Públicos, incluindo Oficinas de participação social, correspondentes,

respectivamente, às etapas do Diagnóstico, do Planejamento e do Sistema de Gestão, e da

realização das Consultas Públicas e da Audiência Pública final de apresentação do Plano.

Nesse sentido, adota-se uma estratégia gradualista para a implementação do Controle Social

dos PMSB, onde se busca incluir, nos eventos públicos e nas reuniões setoriais, dinâmicas

de grupo com sensibilização, relação dialógica, valorização de linguagens distintas,

ensinamento compartilhado e a criação de mecanismos de comunicação e avaliação que

possam vir a assegurar a implantação e continuidade da participação social.

Coerente com as diretrizes legais e das políticas nacionais e estaduais de Saneamento Básico,

o processo de construção do modelo de gestão dos serviços de Saneamento Básico no

município deverá ser desenvolvido assegurando a ampla participação social em todas as suas

etapas. De acordo com as indicações da Agenda 21, os processos de planejamento orientados

para a sustentabilidade requerem um grau elevado de participação da sociedade, o qual se

aplica especialmente ao planejamento dos sistemas de saneamento.

A construção de uma estratégia gradualista para o controle social parte da consideração de

três aspectos importantes a serem avaliados e definidos em função das características

próprias de cada município: os níveis de participação, as formas de participação e os grupos

de participantes.

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63

De acordo com o Guia para Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento, do Min. das

Cidades, os níveis de participação se definem de acordo com o grau de envolvimento da

comunidade na elaboração do Plano. Neste aspecto, o Guia propõe considerar uma

classificação quanto à participação em sete níveis, da menor participação para a maior:

• Nível 0 (Nenhuma): a comunidade não participa na elaboração e no acompanhamento

do Plano.

• Nivel 1 (A comunidade recebe informação): a comunidade é informada do Plano e

espera-se a sua conformidade.

• Nivel 2 (A comunidade é consultada): para promover o Plano, a administração busca

apoios que facilitem sua aceitação e o cumprimento das formalidades que permitam sua

aprovação.

• Nivel 3 (A comunidade opina): a Administração apresenta o Plano à comunidade já

elaborado e a convida para que seja questionado, esperando modificá-lo só no

estritamente necessário.

• Nivel 4 (Elaboração conjunta): a Administração apresenta à comunidade uma primeira

versão do Plano aberta a ser modificada, esperando que o seja em certa medida.

• Nivel 5 (A comunidade tem poder delegado para elaborar): a Administração apresenta a

informação à comunidade junto com um contexto de soluções possíveis, convidando-a a

tomar decisões que possam ser incorporadas ao Plano.

• Nivel 6 (A comunidade controla o processo): a Administração procura a comunidade

para que esta diagnostique a situação e tome decisões sobre objetivos a alcançar no

Plano.

As formas de participação da sociedade organizada são múltiplas e a sua definição reveste-

se de grande importância. O objetivo da participação cidadã é conseguir o verdadeiro

envolvimento da comunidade na tomada de decisões que vão estabelecer nada menos que a

configuração da infraestrutura de saneamento do município para os próximos 20 anos.

Diante disso, para que se possa ter um Plano efetivamente participativo, deve-se tentar

trabalhar nos níveis mais elevados de participação, quais sejam, os níveis 4, 5 ou 6 acima

descritos.

A experiência na elaboração dos Planos vem mostrando que cada município apresenta uma

situação específica, no que se refere ao grau de mobilização, de envolvimento e de

participação social. Neste sentido, durante as primeiras atividades das reuniões de

comprometimento e de reconhecimento local, deverá ser realizada uma avaliação preliminar,

pela Equipe Técnica, do nível de informação e de capacitação e do grau de envolvimento

dos principais atores sociais que irão se envolver no processo de elaboração do Plano. A

partir daí, será possível estabelecer um nível de participação adequado para o processo de

controle social, dentro dos sete graus acima apresentados.

Visando apresentar pautas básicas de atuação que sirvam para alcançar os objetivos, serão

consideradas cinco formas básicas de participação:

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64

• D - Participação direta da comunidade implicada por meio de apresentações, debates,

pesquisas e qualquer meio de expressar opiniões individuais ou coletivas.

• S – Participação em fases determinadas da elaboração do Plano, por meio de sugestões

ou alegações, apresentadas na forma escrita.

• T – Participação por meio de grupos de trabalho em Oficinas estruturadas.

• C – Participação ampla das comunidades, através de Consultas Públicas, utilizando os

meios e as formas de comunicação disponíveis no município.

• A – Audiência Pública, para apresentação e discussão formal do Plano, atendendo aos

procedimentos e requisitos legais.

Nessas formas básicas de participação deve haver a presença ativa da Administração

Municipal, colaborando no desenvolvimento do processo e assessorando a comunidade

participante.

Neste sentido, deve-se observar que o processo de planejamento municipal baseado na ampla

participação da população exige da Administração algumas mudanças de atitudes e

comportamentos, que serão explicitadas nas reuniões de comprometimento, tais como:

• visão renovadora e generosa do poder público, de partilhar poder com os diferentes

segmentos sociais, o que inclui uma nova atuação da administração pública, com

eficiência, transparência e flexibilização de procedimentos;

• desvinculação política do Plano, que deve ser entendido como um instrumento de gestão

do Município e não da Prefeitura Municipal, possibilitando o envolvimento de todas as

forças políticas e partidárias;

• instituição dos canais de participação, com implementação de processos contínuos,

integrados e descentralizados, com regras claras, decididas coletivamente, para a

participação em todo o processo, estabelecendo os fóruns consultivos e os deliberativos,

os canais permanentes e os temporários, os momentos de abertura e discussão, os

momentos de sistematização;

• firmeza e transparência dos grupos coordenadores, para assegurar que todos tenham

direito à voz, como condição de credibilidade e para fazer avançar o processo. Só dessa

forma afloram os interesses divergentes, explicitam-se os conflitos e, a partir deles,

constrói-se o pacto para o Plano;

• produção de informação sobre a realidade urbana e sobre o Saneamento Básico em

linguagem acessível e transparente, democratizando o acesso à informação, para todos

os interessados.

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65

6.5.2 – Mobilização Social

A metodologia de trabalho desenvolvida pela FEP compreende diversas etapas de trabalho

na construção e implementação do Controle Social do PMSB. A partir das deliberações

aprovadas na Reunião de Comprometimento da Administração Municipal, e após a

instalação dos GTs, serão apresentadas e discutidas as propostas e estratégias para a

Mobilização Social, que deverá envolve as seguintes atividades:

- identificação dos atores sociais e formadores de opinião a serem mobilizados;

- formulação das estratégias de mobilização adequadas aos públicos a serem alcançados;

- proposição do material de mobilização, a ser constituído por folhetos informativos;

- programação do calendário de Eventos Públicos;

- programação das atividades de logística e produção dos Eventos.

O processo de mobilização deverá ser desenvolvido em três frentes:

Mobilização Institucional – Será feita através de correspondência, a ser encaminhada pela

Prefeitura Municipal, convidando as Secretarias, a Câmara de Vereadores, os órgãos

públicos estaduais e federais atuantes no Município e as entidades representativas dos setores

produtivos e da Sociedade Civil para se integrarem ao processo de elaboração do PMSB.

Mobilização dirigida – será feita por uma Equipe de Mobilização, composta por técnicos

da PREFEITURA, com apoio técnico da FEP, através de contato direto e presencial, tendo

três focos principais:

• Organizações Sociais e Comunitárias, envolvidas nas questões do Saneamento Básico;

• lideranças comunitárias, professores e formadores de opinião;

• representações dos setores produtivos e Entidades de Classe.

Mobilização social – será feita através dos meios de comunicação locais, com o objetivo de

divulgar o processo do PMSB para todas as comunidades do município.

Reuniões de divulgação – Durante a etapa da mobilização, deverão ser realizadas reuniões

de apresentação do PMSB junto aos órgãos colegiados locais, Conselhos, instituições de

ensino, instituições religiosas e distritos e localidades rurais relevantes.

Material de comunicação – todo o processo de comunicação e mobilização será

instrumentalizado através de folhetos informativos, em linguagem acessível, para a

disseminação e o acesso às informações sobre o PMSB.

Como etapa prévia e instrumental da mobilização, durante a fase de levantamento de

informações sobre os serviços de Saneamento Rural, será promovido pela Equipe Técnica

um cadastramento das organizações sociais atuantes nos distritos e localidades rurais, através

da aplicação de questionário, conforme modelo apresentado a seguir.

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FEP

Plano Municipal de Saneamento Básico

Município

Feira de Santana Ficha de Cadastro de Organizações Sociais

Localidade: Coordenadas: No:

Nome:

Endereço:

No de sócios: Data fundação: Utilidade pública: ( ) Municipal ( ) Estadual

Diretoria Qualificação Telefone

01 - Objetivos sociais:

02 – Fontes de recursos: ( ) Associados ( ) Prefeitura ( ) Estado ( ) União:

( ) Outros:

03 - Listar os 03 principais projetos da Instituição relacionados ao Saneamento Básico:

a)

b)

c)

Obs:

04 – Deseja participar na execução de ações de Saneamento Básico: ( ) Sim ( ) Não

05 – Sugestões de ações que poderia executar:

a)

b)

c)

d)

e)

Obs:

Data: Resp: Supervisor:

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7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

A Figura a seguir mostra o Cronograma de Execução do PMSB, com um prazo total previsto

de 16 (dezesseis) meses.

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8. ORGANIZAÇÃO EXECUTIVA DOS TRABALHOS

Para a execução dos trabalhos objeto do PMSB Feira de Santana, e em consonância com as

diretrizes e requisitos do TR, serão implementados os procedimentos executivos detalhados

a seguir.

8.1 RELATÓRIOS E PRODUTOS

Os resultados dos estudos do PMSB serão apresentados em 14 (quatorze) relatórios parciais

e finais, conforme detalhado no Quadro a seguir.

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Quadro 20 – Relatórios e produtos do PMSB

N Produtos Conteúdo

1 Plano de Mobilização Social Estudos e conteúdos constantes da Atividade I.2

2 Relatório Parcial de

Diagnóstico Físico e Biótico Estudos e conteúdos pertinentes à Atividade II.1 – itens a, g, h, i

3 Relatório Parcial de

Diagnóstico Socioeconômico

Estudos e conteúdos pertinentes à Atividade II.1 – itens b, c, d, e, f, j,

l, m, n, o.

4

Relatório Parcial de

Diagnóstico de Saneamento

Básico

Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade II.4 e II.5.

5 Relatório Preliminar de

Diagnóstico Participativo Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade II.6.

6 Relatório Final de

Diagnóstico Participativo Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade II.7 e II.8

7 Relatório de Estudos de

Cenários e Prognósticos Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade III.1, III.2 e III.3.

8 Relatório de Programas,

Projetos e Ações Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade III.5.

9 Relatório de Estudos

Econômicos e Institucionais Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade III.6 e II.7.

10 Relatório Preliminar do

PMSB – Audiência Pública

Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade IV.1. Versão preliminar

para utilização na Consulta Pública e na Audiência Pública, contendo

a totalidade dos estudos e produtos do PMSB.

11 Relatório do Plano de

Saneamento

Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade IV.2, IV.3 e IV.4. Edição

final do PMSB, incluindo resultados da Consulta Pública e da

Audiência Pública, após aprovação final da SIHS e PREFEITURA.

12 Documento Síntese

Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade IV.5. Documento

sintético para divulgação do PMSB-FS, com até 50 páginas, contendo

o resumo do Plano e Vol. Anexo com desenhos. Pode remeter o leitor

para os Volumes Específicos com os conteúdos aprofundados,

assegurando o acesso a quem se interessar pelos detalhes.

13 Relatórios Finais do Plano e

Vídeo institucional

Estudos e conteúdos pertinentes às Atividade IV.6 e IV.7. Edição final

consolidada dos produtos do PMSB.

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FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

A FEP exercerá rigoroso controle de qualidade sobre as informações apresentadas, tanto nos

dados como no texto. O referido controle deve ser orientado para clareza, objetividade,

consistência das informações e justificativa de resultados. O texto deve estar isento de erros

de português e/ou de digitação.

Em todos os trabalhos de natureza técnica e na elaboração e apresentação dos produtos

deverão ser observados padrões técnicos reconhecidos pela comunidade científica,

preferencialmente, as normas da ABNT.

Os documentos serão apresentados nos seguintes formatos e quantidades:

a) Relatórios Parciais (Produtos 1 a 11): 04 (quatro) vias impressas, com encadernação em

espiral, e 04 (quatro) vias em formato digital.

b) Relatório Preliminar do PMSB (Produto 12): 06 (seis) vias impressas, com encadernação

em espiral, e mais 06 (seis) vias em formato digital.

c) Relatório Final do PMSB (Produto 13): 06 (seis) vias impressas, com encadernação em

espiral, e mais 06 (seis) vias em formato digital.

d) Documento Síntese (Produto 14): 20 (vinte) vias em formato impresso com encadernação

em capa dura e lombada e mais 06 (seis) vias em formato digital.

e) Audiovisual (produto 15): 06 (seis) vias em formato digital.

f) Relatório Final do PMSB (Produto 16): 06 (seis) vias impressas, com encadernação em

capa dura e lombada e mais 06 (seis) vias em formato digital.

BANCOS DE DADOS E MEMÓRIAS DE CÁLCULOS

Juntamente com a versão final do PMSB, deverão ser apresentadas todas as memórias de

cálculos utilizadas, bem como os bancos de dados e produtos intermediários dos estudos, a

critério da SIHS.

Todos os programas especiais de computação utilizados na elaboração dos trabalhos deverão

ser apresentados de modo sistemático e completo, contendo entre outras, no mínimo, as

seguintes informações: nome do programa; descrição; modelo matemático utilizado;

fluxograma; comentários sobre os resultados; linguagem e programação fonte, de forma

acertada com o Contratante e compatível com os seus equipamentos.

Os arquivos originais de todos os produtos dos serviços serão apresentados em discos CD-

ROM, sem compactação, e com os seguintes softwares:

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- Texto: Microsoft Word para ambiente Windows;

- Tabelas e gráficos: Microsoft Excel para ambiente Windows;

- Demais sofwares a serem discutidos com a Contratante.

DOS EVENTOS PÚBLICOS

A FEP será responsável pela apresentação dos estudos e produtos do PMSB em todos os

Eventos Públicos e Oficinas previstos no Plano de Mobilização Social. A PREFEITURA

será responsável pela disponibilização de local com instalações apropriadas para a realização

dos eventos programados.

A FEP ficará responsável pela avaliação e resposta de todas as emendas apresentadas ao

PMSB durante o período de consulta pública. A consulta pública será disciplinada por meio

de Portaria do Prefeito, sendo que a FEP acompanhará e desenvolverá todas as tarefas que

lhe forem incumbidas durante o processo.

10.2 ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA

O desenho da Figura a seguir mostra a Organização Executiva do processo de elaboração do

PLANO.

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Fig. 29 – Organização executiva do Projeto

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74

10.3 PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO

O planejamento, acompanhamento e o monitoramento das atividades do PMSB deverão ser

desenvolvidos através da produção sistemática de dados e informações que traduzam, de maneira

resumida, a eficiência e o sucesso do planejamento proposto.

Como ferramenta para o planejamento e monitoramento do andamento das ações do PMSB e, em

particular, do Plano de Mobilização Social, será utilizado o programa MS Project, versão 2010, da

Microsoft.

Trata-se de uma ferramenta poderosa e de fácil aplicação, baseada na técnica das redes de

precedência, podendo ser aplicada para elaboração e acompanhamento de redes PERT/CPM ou de

gráficos de GANT, os conhecidos cronogramas de barras. Em qualquer das alternativas, o programa

dispõe de diversas ferramentas para programação, acompanhamento e monitoramento das atividades

de qualquer tipo de projeto.

No caso do PMSB de Feira de Santana, pelo número reduzido de atividades e pelas suas

interconexões relativamente simples, será utilizado o método do Cronograma GANT, cujos

principais recursos são ilustrativamente apresentados nas figuras apresentadas a seguir, que mostram

telas de trabalho típicas do programa.

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Figura 30 - Exemplo do método do cronograma Gant

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Figura 31 - Exemplo do método do cronograma Gant

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10.4 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO

A. COMUNICAÇÕES

A.1 Toda a comunicação entre a SIHS e a FEP deverá ser feita por escrito: as comunicações

via telefone devem ser confirmadas, posteriormente, por escrito, sendo admitida a forma

eletrônica.

A.2 O representante da Contratante pode também contactar a Contratada diretamente para

solicitar informação adicional relativa a qualquer aspecto da consultoria. A Contratada deve

satisfazer tais requisitos prontamente.

B. PLANO DE TRABALHO

B.1 No início do desenvolvimento dos serviços, até o décimo dia após a Ordem de Serviços,

a Contratada deverá apresentar o Programa de Trabalho detalhado, estabelecendo as

diretrizes a serem seguidas para implementação dos trabalhos nas diversas áreas de atuação,

de forma adequada ao controle. Nesse Plano, deverá ser configurado todo o planejamento

dos trabalhos, contextualização dos estudos necessários, indicação das equipes, seu perfil, a

descrição das atividades com sua organização, o organograma para os trabalhos, fluxograma

e cronograma detalhando o desenvolvimento e acompanhamento dos estudos.

B.2 A Contratada terá ampla liberdade de subdividir os trabalhos em diversos grupos de

atividades que sejam harmonizados num planejamento integrado. Toda a sua experiência

deverá ser empenhada nesse planejamento.

B.3 O Programa de Trabalho e os cronogramas e fluxogramas referidos deverão ser

atualizados mensalmente, ou quando se fizer necessário, durante a execução dos trabalhos.

Para tanto, deve ser utilizado um "software" que permita uma fácil atualização do

planejamento.

B.4 Deverá ser apresentado um fluxograma para todo o período de execução dos serviços,

indicando claramente todas as precedências, interdependências e inter-relações das

atividades, possibilitando assim, a análise do fluxo contínuo das ações.

B.5 O Fluxograma deverá também indicar:

a) Número da tarefa;

b) Nome da tarefa;

c) Dias corridos para a realização;

d) Previsão de prazos para conclusão das tarefas;

e) Prazos para análise, pela Contratante dos relatórios;

f) Data das reuniões;

g) Tempos intermediários, julgados necessários e justificados pela experiência da Contratada

para as atividades diretas ou indiretas, relativas ao trabalho.

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B.6 Com relação aos Cronogramas Físico e Financeiro:

a) Deverão ser revistos e ajustados quando da ocasião da assinatura do contrato, aprovados

pelas partes e anexados ao contrato;

c) O Cronograma Físico deverá conter as datas previstas para o término de cada atividade

dos trabalhos, relacionando-as com as datas e valores dos pagamentos parciais (Cronograma

Financeiro);

c) Eventuais alterações dos cronogramas, mesmo quando aprovadas pelo Contratante, não

constituirão motivo para a prorrogação da vigência do contrato. As modificações nos prazos

parciais não poderão acarretar mudanças no prazo final estabelecido.

C. ANÁLISE DOS DOCUMENTOS

C.1 Deverão estar previstos no cronograma os prazos para análise, pelo Contratante, dos

relatórios e documentos apresentados. Esses prazos serão de 10 (dez) dias úteis, contados a

partir do dia seguinte ao recebimento desses documentos. A Contratada deverá considerar

este fato de tal forma que os serviços não sofram perda de continuidade.

C.2 Os relatórios e documentos não aprovados serão devolvidos para as correções e

modificações necessárias, de acordo com as análises a serem encaminhadas à Contratada. A

Contratada executará o trabalho necessário sem custo adicional para o Contratante.

D. REUNIÕES

D.1 Durante o desenvolvimento dos trabalhos haverá, entre a Contratada e o Contratante, a

necessária comunicação, a fim de facilitar o acompanhamento e a execução do contrato. Para

este fim, o Contratante convocará, por sua iniciativa ou da Contratada, quantas reuniões

estimar convenientes. A princípio, fica estabelecido que serão realizadas reuniões mensais

de supervisão e acompanhamento, a serem realizadas na sede do Contratante.

D.2 Nessas reuniões, a serem mantidas conforme agenda pré-estabelecida e registrada

mediante ata formalizada, serão discutidos os problemas surgidos no desenvolvimento dos

trabalhos, sendo que:

a) A Contratada fará exposições complementares e específicas sobre o desenvolvimento dos

serviços no que diz respeito aos temas previstos, inclusive acerca de suas propostas sobre

alternativas envolvidas no prosseguimento dos trabalhos, bem como sobre os seus

requerimentos de orientação;

b) O Contratante comunicará à Contratada as orientações necessárias para o

desenvolvimento normal dos serviços no que se refere às matérias contidas na agenda da

reunião, preferivelmente no decurso desta ou dentro do prazo nela estabelecido;

c) As reuniões deverão estar previstas no cronograma e deverão ser realizadas após a entrega

dos relatórios e do respectivo prazo de análise dos mesmos pelo Contratante.

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E. FISCALIZAÇÃO

E.1 A Contratante nomeará uma Equipe de Fiscalização para acompanhar e avaliar a

execução dos serviços, que atuará sob a responsabilidade de um Coordenador, sendo que lhe

caberá, de acordo com a Contratada, estabelecer os procedimentos detalhados de fiscalização

do contrato, conforme os presentes Termos de Referência.

E.2 Fica assegurado ao Contratante e às empresas autorizadas o direito de acompanhar e

fiscalizar os serviços prestados pela Contratada, com livre acesso aos locais de trabalho para

a obtenção de quaisquer esclarecimentos julgados necessários à execução dos trabalhos.

E.3 A Equipe de Fiscalização terá plenos poderes para agir e decidir perante a Contratada,

obrigando-se desde já a Contratada a assegurar e facilitar o acesso da Equipe de Fiscalização

aos serviços e a todos os elementos que forem necessários ao desempenho de sua missão.

E.4 Cabe à Equipe de Fiscalização verificar a ocorrência de fatos para os quais haja sido

estipulada qualquer penalidade contratual. A Equipe de Fiscalização informará ao setor

competente quanto ao fato, instruindo o seu relatório com os documentos necessários.

E.5 A Equipe de Fiscalização deverá auxiliar a Empresa Contratada onde for possível, no

acesso às instituições e informações necessárias à execução dos trabalhos

E.6 A ação ou omissão, total ou parcial, da Equipe de Fiscalização não eximirá a Contratada

de integral responsabilidade pela execução dos serviços contratados.

F. COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS PELA CONTRATADA

F.1 A Contratada deverá manter no local dos serviços, equipes condizentes com a formação

e a experiência necessária para o desenvolvimento dos trabalhos.

F.2 A Contratada fica obrigada a manter um responsável pela chefia dos trabalhos, com

capacidade para responder pelas partes técnica e administrativa do contrato, bem como para

assumir a representação da Contratada perante o Contratante.

G. COORDENAÇÃO E ACOMPANHAMENTO PÚBICO DOS TRABALHOS

Conforme previsto no Plano de Comunicação Social, independentemente da relação

contratual entre a Contratante e a Contratada, serão formalmente instalados, através de

Decreto do Executivo Municipal, os Grupos de Trabalho de Coordenação e Executivo para

acompanhamento do processo de elaboração do PMSB, com as seguintes atribuições:

Grupo de Coordenação – Instância pública consultiva formalmente institucionalizada,

responsável pela coordenação, orientação geral e acompanhamento da elaboração do Plano.

Grupo Executivo – Instância colegiada e institucionalizada responsável pelo

acompanhamento e operacionalização do processo de elaboração do Plano.

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAHIA. Lei Estadual 11.172/08 – Política Estadual de Saneamento Básico. Salvador,

2008.

BRASIL. Lei Federal 11.445/07 – Diretrizes para a Política Nacional de Saneamento

Básico. Brasília, 2007.

BRASIL. Decreto Federal 7.217/2010 – Regulamenta a Lei Federal 11.445/07. Brasília,

2010.

EMBASA. SAA Feira de Santana. Dados Cadastrais. Salvador, 2012

IBGE. Censos Demográficos. Brasília, diversos.

IBGE. Mapa Estatístico Municipal de Feira de Santana. Brasília, 2010.

LOBÃO, JOCIMARA S. B. / MACHADO, RICARDO A. S. Avaliação multi-temporal, da

ocupação das lagoas urbanas de Feira de Santana-BA, por meio de Sistema de

Informação Geográfica. Goiânia, 2005.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Atlas Nacional de Abastecimento de Água. Brasília, 2010.

MINISTÉRIO DAS CIDADES / MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia para a elaboração dos

Planos Municipais de Saneamento Básico. Brasília, 2007.

MINISTÉRIO DA SAÚDE / FUNASA. Termo de Referência para a elaboração do Plano

Municipal de Saneamento Básico. Brasília, 2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDE / DATASUS. Dados demográficos e socioeconômicos. Brasília,

2012.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA. Programa Desafio do Lixo. Salvador,

2008.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA. Laudo Técnico do Lixão da Sede

Municipal de Feira de Santana. Salvador, 2007.

ONU. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD. Brasília, 1998.

SEDUR/GEOHIDRO. Plano Estadual de Manejo de Águas Pluviais e Esgotamento

Sanitário - PEMAPES. Salvador, 2011