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slide sobre exergia
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Gustavo Rodrigues de Souza
Departamento de Ciências Térmicas e dos Fluidos
DCTEF
E-mail: [email protected]
Gustavo Rodrigues de Souza
ANÁLISE DE EXERGIA
Gustavo Rodrigues de Souza
Definição de Exergia
(Disponibilidade)
É o maior trabalho teórico possível de ser obtido
entre dois sistemas que interajam, até que o equilíbrio
termodinâmico seja alcançado.
Geralmente estão envolvidos um sistema de
interesse e um sistema denominado ambiente de
referência de exergia.
Gustavo Rodrigues de Souza
Introdução
• Exergia representa o uso potencial de energia(disponibilidade).
• Diferentemente de energia, exergia não éconservada. Ela pode ser destruída e/outransferida.
• Um estudo da exergia pode fornecerinformações importantes para otimização e usode fontes.
Gustavo Rodrigues de Souza
Ilustração para o conceito de Exergia
Gustavo Rodrigues de Souza
Ilustração para o conceito de Exergia
A energia permanece constante no interior do sistema isolado
mas a exergia diminuiu.
Gustavo Rodrigues de Souza
Ilustração para o conceito de Exergia
Gustavo Rodrigues de Souza
Ambiente de referência para exergia:
Um sistema tal como uma usina termoelétrica, ou
parte dele tal como uma turbina; opera dentro de uma
vizinhança e esta dentro de um ambiente maior que deve
ser tomado como referência para o cálculo da exergia.
As propriedades intensivas (P,T) da vizinhança
imediata podem variar durante as interações com o
sistema.
Já o ambiente de referência está tão distante do
sistema que as suas propriedades intensivas (P,T) não
são afetadas por qualquer processo que envolva o
sistema e a vizinhança imediata.
Gustavo Rodrigues de Souza
O Ambiente de Referência para Exergia
É considerado ser um sistema simples compressível
de grande extensão onde a temperatura T0 e a pressão P0
são uniformes e tomadas nas condições de 1 atm e 25 oC.
O ambiente também é considerado livre de
irreversibilidades.
Todas as irreversibilidades importantes estão
localizadas no interior do sistema e em suas vizinhanças
imediatas.
Gustavo Rodrigues de Souza
ESTADO MORTOSempre que o estado de um “sistema” se
afasta do estado do “Ambiente” apresenta-se uma
oportunidade de realizar trabalho.
Conforme o estado do sistema evolui na
direção do estado do “Ambiente”, essa
oportunidade decresce e cessa quando quando
“Sistema” e “Ambiente” entram em equilíbrio entre
si. Esse estado do sistema é chamado de “Estado
Morto”.
No Estado Morto, tanto sistema quanto
ambiente possuem energia, mas o valor da exergia
é zero porque não existe a possibilidade de haver
uma interação entre eles.
Gustavo Rodrigues de Souza
Estado Morto
Quando nosso sistema está
em equilíbrio com seu
ambiente, dizemos que ele
está no estado morto. Não
existe mais possibilidade de
gerar trabalho!
Gustavo Rodrigues de Souza
A Exergia de um sistemaUma usina de potência e sua vizinhança
Vizinhança
Imediata
“Ambiente”
Na “Vizinhança Imediata” as
propriedades intensivas podem
variar devido a interações com a
usina de potência.
No “Ambiente”, as propriedades intensivas não
são afetadas por qualquer processo na instalação
de potência ou na sua vizinhança imediata.
Gustavo Rodrigues de Souza
MODELANDO O AMBIENTE PARA EXERGIA
Modelando o ambiente como um sistema simples
compressível, grande em extensão com Temperatura To e
pressão Po uniformes.
Normalmente, To = 25 oC e Po = 1 atm.
As propriedades intensivas de cada fase do ambiente
são uniformes e não variam significativamente em função
de qualquer processo em consideração.
O ambiente também é considerado como livre de
irreversibilidades. Todas as irreversibilidades importantes
estão localizadas no interior do sistema e em suas
vizinhanças imediatas.
Gustavo Rodrigues de Souza
O ambiente pode experimentar mudanças nas suas
propriedades extensivas em função de interações com outros
sistemas, muito embora suas propriedades intensivas não
variem.
Mudanças nas propriedades Uamb, Samb e Vamb do
ambiente estão relacionadas pela equação:
amboamboamb VPSTU
MODELANDO O AMBIENTE PARA EXERGIA
Gustavo Rodrigues de Souza
Exergia de um sistema ( ε ):
A exergia de um sistema, em um certo estado, é
calculada pela expressão:
)()()( ooooo SSTVVPUE
onde:
E = (U + EC + EP); energia do sistema de interesse.
Uo = energia interna do sistema de interesse no estado morto (T0, P0).
Nesse estado EC = 0 e EP = 0 porque o sistema é considerado em repouso.
P0 = pressão do sistema de interesse no estado morto. É igual á
pressão do ambiente de referência.
V = volume do sistema de interesse.
V0 = volume do sistema de interesse no estado morto (T0, P0).
T0 = temperatura do sistema de interesse no estado morto. É igual á
temperatura do ambiente de referência.
S = entropia do sistema de interesse.
S0 = entropia do sistema de interesse no estado morto (T0, P0).
Gustavo Rodrigues de Souza
Fatos Importantes Sobre Exergia
- A exergia é uma medida do desvio do estado de um sistema
quando comparado ao ambiente. Portanto, é um atributo conjunto do
sistema e do ambiente.
- A exergia só pode ser considerada uma propriedade do
sistema quando o ambiente é especificado.
- O valor da exergia não pode ser negativo. Pois, se o sistema
estiver em qualquer estado diferente do estado morto, ele pode evoluir
espontaneamente na direção do estado morto, sem que nenhum
trabalho seja aplicado ao sistema.
- A exergia não é conservada, mas pode ser destruída pelas
irreversibilidades.
- A exergia é vista como o trabalho máximo possível de ser
obtido de um sistema combinado, formado por um sistema
propriamente dito junto com um ambiente, conforme esse sistema
passa de um estado para o estado morto durante a interação com o
ambiente apenas.
Gustavo Rodrigues de Souza
Exergia específicaEmbora a exergia seja uma propriedade extensiva,
às vezes é conveniente trabalhar em termos de unidade de
massa ou em base molar.
A exergia específica por unidade de massa é dada
por:
Onde em cada estado, fora do estado
morto, e = u + V2/2 + gz
Assim, podemos escrever também:
gzV
ssTvvPuu ooooo 2
)()()(2
)()()( ooooo ssTvvPue
Gustavo Rodrigues de Souza
Variação de Exergia
A variação de exergia entre dois estados de um sistema
fechado é calculada por:
)()()( 12121212 SSTVVPEE oo
2
2
222
2gz
VUE
1
2
111
2gz
VUE
Onde:
Gustavo Rodrigues de Souza
Exemplo 1: Exergia
Um cilindro de um motor de combustão interna
contém 2450 cm3 de produtos gasosos de combustão a
uma pressão de 7 bar e uma temperatura de 867 oC,
imediatamente antes da abertura da válvula de descarga.
Determine a exergia especifica do gás, em kJ/kg.
Despreze os efeitos de movimento e gravidade, e modele
os produtos de combustão como ar na situação de gás
ideal. Admita que To = 27 oC e Po = 1,013 bar.
Hipóteses:????
Gustavo Rodrigues de Souza
Exemplo 1: Exergia
Um cilindro de um motor de combustão interna
contém 2450 cm3 de produtos gasosos de combustão a
uma pressão de 7 bar e uma temperatura de 867 oC,
imediatamente antes da abertura da válvula de descarga.
Determine a exergia especifica do gás, em kJ/kg.
Despreze os efeitos de movimento e gravidade, e modele
os produtos de combustão como ar na situação de gás
ideal. Admita que To = 27 oC e Po = 1,013 bar.
Hipóteses:
Os produtos da combustão formam um sistema fechado.
Os produtos da combustão são modelados como ar na situação de
gás ideal.
Os efeitos de movimento e gravidade podem ser desprezados.
To = 27 oC e Po = 1,013 bar.
Gustavo Rodrigues de Souza
A exergia específica é calculada por:
gzV
ssTvvPuu ooooo 2
)()()(2
Considerando a hipótese c, teremos:
)()()( ooooo ssTvvPuu
Gustavo Rodrigues de Souza
Gustavo Rodrigues de Souza
Gustavo Rodrigues de Souza
A exergia específica é calculada por:
gzV
ssTvvPuu ooooo 2
)()()(2
Considerando a hipótese c, teremos:
)()()( ooooo ssTvvPuu
28,66607,21435,880)( ouu
onde:
kgkJ /
Gustavo Rodrigues de Souza
A exergia específica é calculada por:
gzV
ssTvvPuu ooooo 2
)()()(2
Considerando a hipótese c, teremos:
)()()( ooooo ssTvvPuu
Gustavo Rodrigues de Souza
0
0
00 TP
TPRvvP
300
7
1140013,1287,000
xvvP
75,3800 vvP kgkJ /
RTPv
Gustavo Rodrigues de Souza
A exergia específica é calculada por:
gzV
ssTvvPuu ooooo 2
)()()(2
Considerando a hipótese c, teremos:
)()()( ooooo ssTvvPuu
Gustavo Rodrigues de Souza
A exergia específica é calculada por:
gzV
ssTvvPuu ooooo 2
)()()(2
Considerando a hipótese c, teremos:
)()()( ooooo ssTvvPuu
Gustavo Rodrigues de Souza
Moran e Shapiro
Revisão do Modelo de Gás Ideal
Gustavo Rodrigues de Souza
Gustavo Rodrigues de Souza
Gustavo Rodrigues de Souza
. T0
62,258)75,38(28,666
Substituindo:
kgkJ /71,368
Gustavo Rodrigues de Souza
Análise extra!!!
Se este motor consome 10 kg/h de gasolina, qual será a
taxa de exergia específica (kW)?
Gustavo Rodrigues de Souza
Análise extra!!!
Se este motor consome 10 kg/h de gasolina, gera-se
aproximadamente 157 kg/h de gases:
arcg mmm
ccg mmm
.7,14
).(157)./(7,368 hkgkgkJ
kW08,16
Gustavo Rodrigues de Souza
Exemplo 2: Exergia
Um reservatório rígido e isolado contém R-134a
inicialmente como vapor saturado a -28 oC. O reservatório
está equipado com uma hélice conectada a uma polia, na
qual uma massa está suspensa, Conforme a massa desce
uma certa distância, o refrigerante é agitado até que
chegue a um estado em que a pressão é 1,4 bar. As únicas
mudanças de estado relevantes são aquelas da massa
suspensa e do refrigerante. A massa do refrigerante é 1,11
kg. Determine:
(a) As exergias inicial e final, e a variação de exergia do
refrigerante, todas em kJ.
(b) A variação de exergia da massa suspensa
(c) A variação de exergia do sistema isolado composto
pelo conjunto reservatório e polia-massa, em kJ.
Admita que To = 293 K (20 oC) e po = 1 bar.
Gustavo Rodrigues de Souza
Diagrama?
Gustavo Rodrigues de Souza
Gustavo Rodrigues de Souza
Hipóteses:
1. 3 sistemas em análise (refrigerante, massa suspensa e
sistema isolado), e para o sistema isolado Q = 0, W = 0.
2. As únicas variações de estado relevantes são sofridas
pelo refrigerante e pela massa suspensa. Para o
refrigerante não existe variação de energia cinética e
potencial. Para a massa suspensa não existe variação de
energia cinética e interna.
3. Para o ambiente, To = 293 K (20 oC) e po = 1 bar
Gustavo Rodrigues de Souza
(a) Exergias: inicial, final e a variação, pela hipótese 2 a
equação para o estado 1 é:
Os estados final e inicial do refrigerante são mostrados no
diagrama T-v. Pela Tab. Prop. do R-134a Saturado (Líq.-
Vap.):
Gustavo Rodrigues de Souza
Pela Tab. Prop. do vapor de refrigerante R-134a
Superaquecido para 1 bar, 20 °C:
Logo:
Gustavo Rodrigues de Souza
O estado final do R-134a é:
E interpolando na Tab. de Vapor Superaquecido:
Temos:
Após agitação
Gustavo Rodrigues de Souza
(b) Pela hipótese 2:
Logo, por balanço de energia de um sistema isolado:
Gustavo Rodrigues de Souza
(c) A variação de exergia do sistema isolado é a soma das
variações de exergia do R-134a e da massa suspensa:
Resumindo:
A agitação do R-134a destrói a exergia.
Gustavo Rodrigues de Souza
Variação
de
exergia
2
2
02 1 1 2 0 2 1 0 1
1
E E 1 .b
TQ W p V V T
T
Transferência
de exergia por
calor
Transferência
de exergia por
trabalho
Destruição
de exergia
(irreversibilidades)
2 1E E E E Eq W d
0
0
0
A variação de exergia
entre estados pode
ser nula, positiva e
negativa !
Gustavo Rodrigues de Souza
0Ed T
0
0
Destruição de Exergia
Sem irreversibilidades
(processo reversível)
Com irreversibilidades
(processo irreversível)
Tome cuidado com os sinais positivo e negativo, geração de
entropia devido a irreversibilidade é sempre positivo e indica os
caminhos possíveis do processso!
Gustavo Rodrigues de Souza
Discussão
Entropia é gerada
(irreversibilidade)
Exergia é perdida
(irreversibilidade)
Supor transferência
de calor através de
uma chapa metálica
em regime
permanente
Energia se conserva
Gustavo Rodrigues de Souza
Bibliografias recomendadas:
- Moran and Shapiro - Fundamentos da Termodinâmica
para Engenharia.
- Yunus A. Çengel and Michael A. Boles – Termodinâmica.