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Vanderley Farias Pedrosa Causas Previdenciárias EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 19ª. VARA JUIZADO ESPECIAL FEDERAL NO ESTADO DO CEARÁ AÇÃO ORDINÁRIA BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO NATUREZA DO FEITO: AUXILIO DOENÇA (Isenção de custas, Lei 1.060/50 c/c CF/88, art. 5º, LXXIV) Especialista para realizar a perícia: ORTOPEDISTA e TRAUMATOLOGISTA JOSÉ IVAN PAIVA MELO, brasileiro, agricultor, portador do RG nº. 2007276563-6 SSP/CE e CPF/MF nº 779.761.007-00, residente e domiciliado na localidade ST Picada, s/n – São Feliz, GUARACIABA DO NORTE/CE, CEP 62380-000, vem, mui respeitosamente, à presença de V.Exa. através de seu advogado adiante firmado, PROPOR a presente AÇÃO ORDINÁRIA – CONCESSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA RURAL em face do Rua: Meton de Alencar, 805, Centro, Sala – 105 / Alto, Fortaleza/CE Fone: 85 – 3254 6443 / 3091 6751 / 9936 1894 - CEP: 60.035.160

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Previdenciárias

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 19ª. VARA JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL NO ESTADO DO CEARÁ

AÇÃO ORDINÁRIA

BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO NATUREZA DO FEITO: AUXILIO DOENÇA (Isenção de custas, Lei 1.060/50 c/c CF/88, art. 5º, LXXIV)

Especialista para realizar a perícia: ORTOPEDISTA e TRAUMATOLOGISTA

JOSÉ IVAN PAIVA MELO, brasileiro, agricultor,

portador do RG nº. 2007276563-6 SSP/CE e CPF/MF nº 779.761.007-

00, residente e domiciliado na localidade ST Picada, s/n – São Feliz,

GUARACIABA DO NORTE/CE, CEP 62380-000, vem, mui

respeitosamente, à presença de V.Exa. através de seu advogado

adiante firmado, PROPOR a presente AÇÃO ORDINÁRIA –

CONCESSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA RURAL em face do

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), Autarquia

Federal, situado na Avenida Lúcio Sabóia, 131, Centro – Sobral/CE,

fulcrados no art. 201, V, da Constituição Federal, nos art. 74 e

seguintes da Lei no8.213/91 e art. 282 e seguidos do código processo

civil e demais legislações pertinentes a espécie pelos fatos e

fundamentos que segue:

PRELIMINARMENTE

Rua: Meton de Alencar, 805, Centro, Sala – 105 / Alto, Fortaleza/CE Fone: 85 – 3254 6443 / 3091 6751 / 9936 1894 - CEP: 60.035.160

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Requer o benefício da gratuidade da Justiça, com

fulcro nas disposições constitucionais do art. 5º, inciso LXXIV, Lei nº.

1.060/51 com redação da Lei nº. 7.510/84 (DOU, de 07.07.86) c/c os

arts. 1º e segts. da Lei n.º 7.115/83, DECLARANDO ser pessoa

judicialmente pobre e sem condições de arcar com o ônus do presente

processo, que dispondo de prova documental hábil para todos os fins

de direito, inclusive para fazer prova junto à Justiça Federal, Justiça do

Trabalho e Justiça Estadual do Estado do Ceará, respectivamente,

que não tem condições de suportar despesas com processo judicial,

pelo que assume inteira responsabilidade.

DOS FATOS

A parte Autora é segurado do INSS – Instituto

Nacional de Seguridade Social, o qual nesta qualidade de contribuinte,

tem direito a receber os benefícios previstos no Regulamento do

Regime Geral do Plano de Seguridade Social instituído pela Lei

Federal nº. 8.213/91, devidamente regulamentada pelo Decreto nº.

611, de 21 de julho de 1992.

Assegura a parte Autora que seu problema de saúde,

ou seja, “BLOQUEIO QUASE COMPLETO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTOS

DO JOELHO DIREITO”, vem dificultando sua capacidade para o

trabalho.

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Comprovando a parte Autora o estado de

incapacidade para o desempenho normal de sua função, requereu o

“AUXÍLIO-DOENÇA”, dirigindo-se ao INSS com provas

circunstanciais do seu estado de saúde abalado, tendo este

requerimento evoluído para a Junta de Recursos da Previdência

Social, o que foi indeferid, sem fundamentos legais, conforme

demonstra o termo de decisão. (doc. anexo).

DO DIREITO

Preleciona a legislação específica que provada nos

autos a incapacidade do (a) segurado (a) impõe-se o pagamento de

“AUXÍLIO-DOENÇA”, consoante às disposições do art. 155 do

Regulamento Geral da Previdência Social (Dec.n.º 611/92).

“O Auxílio-Doença será devido ao acidentado

que ficar incapacitado para o seu trabalho por

mais de 15 (quinze) dias consecutivos,

ressalvado o disposto no § 3º do art. 157”.

A ressalva do § 3º do art. 157 é no sentido de que:

“tratando-se de trabalhador avulso, o AUXÍLIO-DOENÇA ficará a

cargo da Previdência Social a contar do dia seguinte ao do acidente”,

condições perfeitamente preenchidas pelo (a) promovente, causando,

assim, injustificado o indeferimento provido pela 3ª Câmara de

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Julgamento da Junta de Recursos da Previdência Social e como

consta do Acórdão 752/94.

É notório, segundo a legislação previdenciária

federal, que o benefício de “AUXÍLIO-DOENÇA” será estendido até a

recuperação efetiva para o trabalho normal do segurado ou até que

seja este reabilitado para o exercício de atividade que lhe garanta a

subsistência, situação preenchida pela parte Autora, fazendo, assim,

jus à concessão do benefício pretendido.

DA NECESSIDADE DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Ao comentar os requisitos para a concessão da tutela

antecipada, o Professor Luiz Guilherme Marinoni assim afirma:

"É possível a concessão da tutela antecipatória não só quando o dano é apenas temido, mas igualmente quando o dano está sendo ou já foi produzido.

Nos casos em que o comportamento ilícito se

caracteriza como atividade de natureza

continuativa ou como pluralidade de atos

suscetíveis de repetição, como, por exemplo, nas

hipóteses de concorrência desleal ou de difusão

notícia lesiva à personalidade individual, é

possível ao juiz dar a tutela para inibir a

continuação da atividade prejudicial ou para

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impedir a repetição do ato." (in "A Antecipação da

Tutela na Reforma do Processo Civil", Ed.

Malheiros, p. 57).

A propósito, o mesmo MARINONI, destaca, com

muita propriedade, que a "disputa pelo bem da vida perseguido pela

autora, justamente porque demanda tempo, somente pode prejudicar

a autora (que tem razão)" (in "Tutela Antecipatória, Julgamento

Antecipado e Execução Imediata da Sentença", Ed. RT, 1997, p.18).

Para ele isto "demonstra que o processo jamais

poderá dar ao autor tudo aquilo e exatamente aquilo que ele tem o

direito de obter ou que jamais o processo poderá deixar de prejudicar

a parte Autora que tem razão. É preciso admitir, ainda que

lamentavelmente, a única verdade: A DEMORA SEMPRE BENEFICIA

O RÉU QUE NÃO TEM RAZÃO" (sic - maiúsculas e grifos da parte

Autora - Ob. Citada, p. 19).

Conseqüentemente, entende MARINONI que "se o

processo é um instrumento ético, que não pode impor um dano à parte

que tem razão, beneficiando a parte que não a tem, é inevitável que

ele seja dotado de um mecanismo de antecipação da tutela, que nada

mais é do que uma técnica que permite a distribuição racional do

tempo do processo" (sic - Ob. cit., p. 23, grifos da autora).

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Assim, de acordo com MARINONI, se "incumbe a

parte Autora provar o que afirma, UMA VEZ PROVADO (OU

INCONTROVERSO) O FATO CONSTITUTIVO, não há motivo para

ele ter que esperar o tempo necessário para o réu provar o que alega,

especialmente porque este pode se valer da exceção substancial

indireta apenas para protelar a realização do direito afirmado pelo

autor" (sic - Ob. cit., p. 36 - maiúsculas e grifos da parte Autora).

Os fundamentos jurídicos acima expostos já

demonstram, à saciedade, mais do que a verossimilhança, a certeza

do direito da parte Autora, uma vez que é absolutamente pacífico o

entendimento jurisprudencial acerca do assunto em tela. Desse modo,

pelos fatos e fundamentos apresentados nesta exordial, que levam à

incontroversa do fato constitutivo da presente lide, demonstrada está a

aplicabilidade do dispositivo contido no artigo 273, I, do Código de

Processo Civil, pretende a parte Autora a antecipação dos efeitos da

tutela final, objeto da presente demanda, inaudita altera pars.

DO PEDIDO

Nesse passo é de indiscutível relevância trazer a

colação de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, cujo aresto

está transcrito anteriormente EX POSITIS, a parte Autora requer a

Vossa Excelência:

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a) O benefício da Justiça Gratuita, de acordo com a art. 5º da

Constituição Federal INC LXXVI c/c a Lei 1.060/50, haja vista ser

o impetrante absolutamente pobre não podendo custear

despesas processuais;

b) A citação do Instituto Nacional do Seguro Social, na pessoa

do seu representante legal, com endereço anteriormente

mencionado, para querendo, contestar a presente ação, no

prazo legal, sob pena de revelia e confissão;

c) Seja concedida a TUTELA ANTECIPADA, inaudita alter pars

ou após a contestação, para que o Réu pague a parte Autora

desde já a Aposentadoria Rural por Idade;

d) O julgamento procedente da ação condenando o promovido na

habilitação da parte Autora ao benefício da aposentadoria por

idade de trabalhadora rural (especial) a que tem direito por força

do dispositivo constitucional anteriormente invocado, pagando-

lhe as parcelas vencidas e vincendas, inclusive as parcelas

referentes à gratificação natalina, a partir do requerimento

administrativo até efetiva concessão, excluído as parcelas

prescritas qüinqüenalmente e renunciando o valor excedente a

60(sessenta) salários mínimos, as vencidas corrigidas nos

termos estabelecidas na lei 6899/81, honorários advocatícios,

estes na base de 30% sobre o total de condenação, custas e

demais combinações de estilo.

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Protesta provar o alegado por todos os meios de

provas em direito admitidos, em especial o processo administrativo, e

se necessário for, ouvida da parte Autora e das testemunhas

constante da declaração do sindicato rural, e ouvida de testemunhas

suplementares, prova documental, e tudo mais que se fizer necessário

para o deslinde da demanda, ficando de tudo logo requerido.

Dá-se à causa o valor de R$ 37.320,00 (TRINTA E SETE MIL E

TREZENTO E VINTE REAIS), para efeitos fiscais.

Termos em que,

Pedem e Esperam Deferimento

Fortaleza (CE), 28 de março de 2012.

Dr. Vanderley Farias Pedrosa

OAB-CE 7062

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