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C A P Í T U L O HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo EXPANSÃO ULTRAMARINA EUROPEIA E MERCANTILISMO 11

EXPANSÃO ULTRAMARINA EUROPEIA E MERCANTILISMO · EUROPEIA E MERCANTILISMO 11 R4-VDHC-SP-Aula-P01-U01-C11-M17.indd 1 24/05/17 11:07 am. ... (as grandes navegações). ... Atlas Verbo

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ULO

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

EXPANSÃO ULTRAMARINA EUROPEIA E MERCANTILISMO

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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Expansão ultramarinan No século XV, alguns Estados europeus passaram a patrocinar viagens

marítimas ao Oriente em busca de especiarias e de metais preciosos. Teve início a expansão comercial ultramarina (as grandes navegações).

n Motivações:

n Fatores que possibilitaram a expansão ultramarina europeia:

Econômicasn Comércio de

especiarias.n Busca por metais

preciosos.

Centralização polítican Unificação de leis e unidades de medida.n Imposição de um sistema tributário para

arrecadação de recursos.

Inovações tecnológicasn Caravelan Bússolan Astrolábion Cartografia

Religiosan Espírito cruzadista

de expansão da fé cristã.

Polítican Desejo de

ampliação territorial.

Aventureirasn Busca pelo

desconhecido.n Sonhos de riqueza.

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PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Expansionismo ibéricon Em Portugal e na Espanha, a expansão ultramarina atendia aos interesses

de diferentes setores sociais:

• realeza – buscava novas fontes de renda;

• nobreza e burguesia – pretendiam conquistar territórios e ampliar o comércio;

• Igreja Católica – desejava conquistar fiéis por meio da catequese.

n O pioneirismo português pode ser explicado por diversos fatores:

• consolidaçãoprecocedamonarquiacentralizada;

• relativaescassezderecursosnaturais;

• existênciadeumaburguesiamercantilenriquecida;

• liderançaemtecnologianáutica;

• projetodeexpansãodafécristã;

• espíritoaventureirodosnavegadores.

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PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Navegadores pioneiros (séculos XV e XVI)

n Diogo Cão: Atingiu a foz do Rio Congo em 1482.

n Bartolomeu Dias: Chegou, em 1487 e 1488, ao extremo sul do continente africano, que passou a ser chamado de Cabo da Boa Esperança.

n Cristóvão Colombo: Financiado pela Coroa espanhola, chegou à América em 1492.

n Vasco da Gama: Partindo de Portugal, atingiu Calicute, em 1498, descobrindo um novo caminho para as Índias.

n Pedro Álvares Cabral: Chegou à Ilha de Vera Cruz (Brasil) em 1500 e depois seguiu viagem para a Índia.

n Fernão de Magalhães: Atingiu o Pacífico pelo Estreito de Magalhães e iniciou a primeira viagem de circum-navegação (1519-1521).

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PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Viagens marítimas (séculos XV e XVI)

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EQUADOR0°

CÍRCULO POLAR ÁRTICO

TRÓPICO DE CÂNCER

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

AMÉRICA

DO

NORTE

AMÉRICADOSUL

EUROPA

ÁFRICA

ÁSIA

OCEANIA

ESPANHA

OCEANOPACÍFICO

OCEANOÍNDICO

OCEANOPACÍFICO

PATA

NIA

EXTREMO SUL DOCONTINENTE AMERICANO

E ESTREITO DE MAGALHÃES OCEANO ATLÂNTICO

PORTUGAL

MADAGASCAR

Arq. CaboVerde

Arq. dosAçores

Ilha da Madeira

PortoSeguro

Lisboa

Cabo BojadorCeuta

Fernando PóS. Tomé

Congo

Moçambique

Melinde

GuinéSocotra

CalicuteFilipinas

Molucas

Cabo das Tormentas(Boa Esperança)

Ilhas Guam

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(149

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Rota de Bartolomeu Dias (1487/88)Rota de Cristóvão Colombo (1492)Rota de Vasco da Gama (1497/98)Rota de Pedro Álvares Cabral (1500)Rota de Fernão de Magalhães (1519)

Fontes: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 112‑113; PARKER, Geoffrey. Atlas Verbo de história universal. Lisboa: Times; São Paulo: Verbo, 1997. p. 74‑ 75.

1.470 km

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PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Tratado de Tordesilhas

n Espanha e Portugal pretendiam garantir o domínio sobre as terras encontradas e sobre as que ainda encontrariam.

n A Igreja Católica intermediou um acordo entre os dois países, que firmaram o Tratado de Tordesilhas (1494).

Domínios coloniais portugueses e espanhóis no século XV

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EQUADOR0°

TRÓPICO DE CÂNCER

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOPACÍFICO

M A R ME D I T E R R Â N E O

PORTUGAL ESPANHA

E U R O P A

Á F R I C A

A M É R I C A

LisboaSevilha

Ilhas Açores

Ilha da Madeira

Ilhas Canárias

Ilhas de Cabo Verde

Fernando Pó Príncipe

Ilha Ano Bom

Ilha de São Tomé

Ilha Ascensão

Ilha Santa Helena

Ilha Tristão da Cunha

São Jorge da Mina

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Possessões espanholas

Possessões portuguesas

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Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 90.1.270 km

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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Encontro entre europeus e americanosn Além do contato entre as diferentes culturas, a expansão ultramarina

europeia provocou uma série de transformações, tanto na Europa como na América.

Transformações na Europa

•Revolução no comércio: o eixo econômico deixou de ser o Mar Mediterrâneo e passou a ser o Oceano Atlântico.

•Portugal, Espanha, Inglaterra e França passaram a ocupar papéis de destaque na economia, em detrimento das repúblicas italianas, que perderam seu monopólio comercial.

•Os europeus levaram conhecimentos e espécies animais e vegetais da América para a Europa e para outras partes do mundo.

•O afluxo de metais provenientes da América provocou uma revolução nos preços dos produtos.

Transformações na América

• Foram inseridos animais, plantas, hábitos, técnicas e instituições pelos europeus.

• Com as doenças trazidas pelos europeus, muitos indígenas foram dizimados.

• Os europeus impuseram a conversão ao cristianismo aos povos indígenas, pois se consideravam escolhidos por Deus para essa missão. Os indígenas que se recusaram a ser convertidos foram combatidos, aprisionados, escravizados ou mortos pelos europeus (“guerra justa”).

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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Mercantilismon Os mercados abertos pela expansão marítima e o domínio de áreas na Ásia,

na África e na América fizeram do comércio a maior fonte de riqueza dos Estados europeus.

n O conjunto de princípios e práticas econômicas adotadas por esses Estados, entre os séculos XV e XVIII, é chamado de mercantilismo ou capitalismo comercial.

Balança comercial favorável Intervenção estatal na economia

Colonialismo Mercantilismo Protecionismo alfandegário

Metalismo

A adoção das políticas mercantilistas impulsionou a acumulação primitiva de capital por parte dos Estados europeus. Posteriormente, essa prática propiciaria o desenvolvimento do capitalismo.

Estabelecido mediante o pacto

colonial.

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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 1 CAPÍTULO 11 Expansão ultramarina europeia e mercantilismo

Práticas mercantilistas em diferentes Estados

Portugaln Comércio de

especiarias do Oriente.n Exploração colonial:

inicialmente, do açúcar e, depois, do ouro.

n Tráfico de escravos.n Metalismo

Françan Industrialismo ou colbertismo:

conjunto de medidas mercantilistas desenvolvidas por Jean-Baptiste Colbert.

n Produção e comércio de manufaturas.

n Exploração colonial: extração de matérias-primas para as manufaturas.

Espanhan Exploração colonial:

extração de ouro e, principalmente, prata da América; agricultura e pecuária.

n Tráfico de escravos.n Metalismo

Inglaterran Comercialismo:

produção e comércio de manufaturastêxteis.

n Expansão colonialn Desenvolvimento da

marinha mercante por meio dos Atos de Navegação.

n Pirataria

Holandan Estímulo ao comércio por meio da

Companhia das Índias Orientais e da Companhia das Índias Ocidentais.

n Fornecimento de crédito e de moedas pelo Banco de Amsterdã.

n Produção e comércio de manufaturas diversas.

Estados germânicosn Cameralismo: aumento

da arrecadação de impostos e consequente crescimento da renda dos Estados.

n Controle e organização da produção agrícola e manufatureira.

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