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EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari [email protected]

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA - Unesp · 2020. 2. 11. · abaixo do primeiro quartil e 75% da área está acima. o terceiro quartil 𝑄3 é o valor da abscissa que determina uma linha

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EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

[email protected]

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População e Amostra

População é o conjunto de

elementos que têm, em comum,

uma determinada característica.

Todo subconjunto não vazio e com

menor número de elementos do

que o conjunto definido como

população constitui uma amostra

desta população.

CONCEITOS BÁSICOS

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População e Amostra

Exemplo. O número total de lagartas de Spodoptera

frugiperda em uma cultura de milho constitui uma

população.

Uma vez definida a unidade amostral (1 animal, um conjunto de 5 animais, ou

uma área na qual será contada o número de lagartas)

a população pode ser considerada como um conjunto de unidades amostrais.

um subconjunto tomado aleatoriamente deste conjunto é chamado de amostra

aleatória de tamanho n.

Neste exemplo as observações são obtidas através de contagens do número de

lagartas em cada unidade amostral.

Estas observações são chamadas de variável em estudo.

CONCEITOS BÁSICOS

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MEDIDAS DE POSIÇÃO E DE DISPERSÃO

• Algum desses parâmetros são chamados de medidas de posição e

outros de medidas de dispersão.

• As populações são descritas por certas

características chamadas de parâmetros.

• As amostras são descritas pelas mesmas

características, porém denominadas de

estimativas de parâmetros ou estatísticas.

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Quando a variável em estudo é quantitativa, discreta ou

contínua, as principais características as serem observadas

numa distribuição de frequência são:

1. Valor típico ou representativo;

2. Dispersão;

3. Assimetria;

4. Valores discrepantes ou outliers;

5. Formação de subgrupos

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

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1. Valor típico ou representativo

Corresponde à escolha de um único valor para

representar todo o conjunto de valores.

2. Dispersão

É uma medida de concentração do dados em torno do valor típico.

• Geralmente é dado pela

variância, desvio padrão,

coeficiente de variação e

distância interquartílica

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

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3. Assimetria

4. Valores discrepantes ou outliers

São valores que se distanciam demais dos outros e pouco prováveis de

ocorrerem novamente.

Exemplo. No estudo da renda das famílias

brasileiras, a grande maioria das famílias apresenta

baixo rendimento familiar, enquanto que a minoria

apresenta alto rendimento.

• Principais causas da ocorrência desses valores: erro de

transcrição de dados; algum fato importante ocorreu

durante o trabalho e o valor é verdadeiro e deve ser

considerado como tal.

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

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5. Formação de grupos

Exemplo. Ao estudar-se a distribuição das alturas dos alunos,

pode-se chegar à conclusão que existem dois grupos, formados

de acordo com o gênero.

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

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1. Medidas de tendência central

As duas medidas de tendência central mais utilizadas para

resumir um conjunto de dados quantitativos são: a média

aritmética e a mediana.

Média Aritmética: é a soma dos valores numéricos de uma variável

dividida pelo numero total de variáveis, e é dada por:

𝑚 =1

𝑛 𝑦𝑖

𝑛

𝑖=1

onde, 𝑛: é o número total de variáveis da amostra

𝑦𝑖 : o valor observado da variável na 𝑖-ésima unidade

experimental

ALGUMAS MEDIDAS

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Exemplo 1. Considere os pesos ao nascer, em kg, de 10 bezerros da

raça de gado Crioula e da raça Nelore apresentados na tabela

abaixo:

• Média da raça Crioula:

𝑚 = 𝑦𝑖

10𝑖=1

10=

47+51+45+50+50+52+46+49+53+51

10=

494

10= 49,4 kg

• Média da raça Nelore:

𝑚 = 𝑦𝑖

10𝑖=1

10=

51+40+46+48+54+56+44+43+55+57

10=

494

10= 49,4 kg

Raça Pesos ao nascer em kg

Crioula 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51

Nelore 51 40 46 48 54 56 44 43 55 57

ALGUMAS MEDIDAS

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Exemplo 1. Considere os pesos ao nascer, em kg, de 10 bezerros da raça de gado

Crioula e da raça Nelore apresentados na tabela abaixo:

No R...

# Média da raça Crioula TR_C <- c(rep("crioula",10)); TR_C r <- c(1:10); r Y_C <- c(47,51,45,50,50,52,46,49,53,51); Y_C df_C <- data.frame(cbind(TR_C,r,Y_C)); df_C mean(Y_C); # média # Média da raça Nelore TR_N <- c(rep("nelore",10)); TR_N rep <- c(1:10); rep Y_N <- c(51,40,46,48,54,56,44,43,55,57); Y_N df_N <- data.frame(cbind(TR_N,rep,Y_N)); df_N mean(Y_C); # média

Raça Pesos ao nascer em kg

Crioula 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51

Nelore 51 40 46 48 54 56 44 43 55 57

ALGUMAS MEDIDAS

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• É uma medida bastante adequada

quando os dados apresentam,

aproximadamente, uma distribuição

normal.

• Quando a distribuição é assimétrica

deve-se utilizar, preferencialmente,

a mediana.

• A principal restrição ao uso da média

aritmética é que ela é muito sensível a

valores excessivamente altos ou baixos

(outliers)

média média mediana

mediana mediana média

ALGUMAS MEDIDAS

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Desvio: O desvio de um dado 𝑦𝑖 em relação a média 𝑚 é dado por:

𝑒 𝑖 = 𝑦𝑖 − 𝑚

• Assim, existem desvios positivos, negativos e nulos.

• Para os dados de pesos ao nascer de bezerros da raça Crioula,

apresentado no Exemplo 1, com média 𝑚 = 49,4 kg, temos:

• Para os dados de pesos ao nascer de bezerros da raça Nelore,

apresentado no Exemplo 1, com média 𝑚 = 49,4 kg, temos:

𝒚𝒊 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51

𝒆 𝒊 -2,4 1,6 -4,4 0,6 0,6 2,6 -3,4 -0,4 3,6 1,6

𝒚𝒊 51 40 46 48 54 56 44 43 55 57

𝒆 𝒊 1,6 -9,4 -3,4 -1,4 4,6 6,6 -5,4 -6,4 5,6 7,6

ALGUMAS MEDIDAS

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desvio

Raça Crioula Raça Nelore

47

51

45

50 50

52

46

49

53 51

38

40

42

44

46

48

50

52

54

56

58

peso ao nascer

peso médio

51

40

46

48

54

56

44 43

55

57

38

40

42

44

46

48

50

52

54

56

58

peso ao nascer

peso médio

desvio

• Da composição dos dois gráficos, pode-se verificar que na Raça

Crioula houve menor variação do desvio (menor dispersão dos

dados ao redor da média)

ALGUMAS MEDIDAS

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Propriedades da média aritmética

P1: A soma dos desvios calculados em relação à média aritmética do

conjunto de dados é nula, isto é:

𝑦𝑖 − 𝑚

𝑛

𝑖=1

= 𝑒 𝑖

𝑛

𝑖=1

= 0

P2: O menor valor da soma dos quadrados desvios é atingido quando estes são

calculados em relação à média, ou seja:

𝑦𝑖 − 𝑚 2

𝑛

𝑖=1

= 𝑒 𝑖2

𝑛

𝑖=1

≤ 𝑦𝑖 − 𝑎 2

𝑛

𝑖=1

, ∀𝑎 ∈ ℝ

PS: Quando trabalhamos com todos os 𝑁 elementos de uma população, a média

aritmética é representada por 𝜇, e calculada por:

𝜇 =1

𝑁 𝑦𝑖

𝑁

𝑖=1

ALGUMAS MEDIDAS

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43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55

Pesos ao nascer

valor da mediana (𝑀𝑑)

Mediana: é o valor que divide ao meio um conjunto de dados ordenados,

em que 50% dos valores se posicionam abaixo e 50% acima dele

Na prática, nem sempre existe este valor central e toma-se como

mediana a média dos dois valores centrais.

Para os dados de pesos ao nascer de bezerros da raça Crioula,

apresentado no Exemplo 1, com média 𝑚 = 49,4 kg, temos:

45 46 47 49 50 50 51 51 52 53

Raça Pesos ao nascer em kg

Crioula 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51

posição da mediana

Conjunto de dados ordenados

𝑀𝑑 =50 + 50

2= 50 Diagrama de pontos para peso ao nascer da

raça Crioula – cálculo da mediana

ALGUMAS MEDIDAS

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Os cálculos da mediana e dos quartis para um histograma serão feitos por meio de

argumentos geométricos, através da proporcionalidade existente entre área e base

de retângulos.

Geometricamente:

a mediana 𝑀𝑑 é o valor da abscissa que determina uma linha vertical que

divide o histograma em duas partes de áreas iguais, ou seja, 50% da área está

abaixo do primeiro quartil e 50% da área está acima.

o primeiro quartil 𝑄1 é o valor da abscissa que determina uma linha vertical

que divide o histograma em duas partes distintas, ou seja, 25% da área está

abaixo do primeiro quartil e 75% da área está acima.

o terceiro quartil 𝑄3 é o valor da abscissa que determina uma linha vertical

que divide o histograma em duas partes distintas, ou seja, 75% da área está

abaixo do terceiro quartil e 25% da área está acima.

Desenho esquemático para uma

distribuição normal

ALGUMAS MEDIDAS

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Os cálculos da mediana e dos quartis no R...

# Determinação dos quartis da raça Crioula

TR_C <- c(rep("crioula",10)); TR_C

r <- c(1:10); r

Y_C <- c(47,51,45,50,50,52,46,49,53,51); Y_C

df_C <- data.frame(cbind(TR_C,r,Y_C)); df_C

sort(Y_C) # organiza os dados em ordem crescente (Crioula)

quantile(Y_C) # calculo dos quartis (Crioula)

# Determinação dos quartis da raça Nelore

TR_N <- c(rep("nelore",10)); TR_N

rep <- c(1:10); rep

Y_N <- c(51,40,46,48,54,56,44,43,55,57); Y_N

df_N <- data.frame(cbind(TR_N,rep,Y_N)); df_N

sort(Y_N) # organiza os dados em ordem crescente (Nelore)

quantile(Y_N) # calculo dos quartis (Nelore)

Desenho esquemático para uma

distribuição normal

ALGUMAS MEDIDAS

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2. Medidas de dispersão

Quando apresentamos uma medida de tendência central para representar

um conjunto de dados, é necessário que essa medida seja acompanhada

de uma outra que resume a variabilidade (dispersão dos dados).

• Apesar das duas distribuições terem a mesma média nas amostras, os

valores da raça Nelore estão mais espalhados (dispersos) do que os valores

da raça Crioula.

• A variabilidade na raça Nelore é maior que na raça Crioula.

38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58

Pesos ao nascer

Nelore

Crioula

médias

𝑚 = 49,4

Diagrama de pontos para peso ao nascer das raças Crioula e Nelore

ALGUMAS MEDIDAS

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2. Medidas de dispersão

Uma medida de dispersão quantifica a magnitude da

variabilidade dos dados. Ela é de fundamental importância, pois a

estatística só existe porque o fenômenos tem variabilidade.

• Vamos estudar as seguintes medidas de dispersão:

• variância

• desvio padrão

• erro padrão

• coeficiente de variação

• distância interquartílica

ALGUMAS MEDIDAS

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Variância e desvio padrão

Para o cálculo da variância e do desvio padrão, o princípio básico é

analisar os desvios das observações em relação à média aritmética.

• O valor zero para a variância ou desvio padrão indica ausência de

variação; o valor da medida vai aumentando à medida que aumenta

a variação.

sendo:

𝑁: tamanho da população 𝑛: tamanho da amostra

𝜇: média populacional 𝑚 : média da amostra

Variância Populacional Variância da Amostra

𝜎2 =1

𝑁 𝑦𝑖 − 𝜇 2

𝑁

𝑖=1

𝑠2 =1

𝑛 − 1 𝑦𝑖 − 𝑚 2

𝑛

𝑖=1

ALGUMAS MEDIDAS

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Variância e desvio padrão

A variância apresenta um inconveniente de ordem prática, ela é

expressa em unidades ao quadrado, isto causa problemas de

interpretação.

• Uma medida de variabilidade, calculada com base na variância é o

desvio padrão, o qual é expresso na mesma unidade dos dados

originais.

Desvio Padrão Populacional Desvio Padrão da Amostra

𝜎 = 𝜎2 𝑠 = 𝑠2

ALGUMAS MEDIDAS

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Vamos calcular a variância e o desvio padrão dos pesos ao nascer de

bezerros, em kg, da raça Crioula.

• Variância da Amostra: 𝑠2 =1

10−1 𝑦𝑖 − 𝑚 210

𝑖=1

𝑠2 =1

95,76+2,56+19,4+0,36+0,36+6,76+11,6+0,16+13+2,56

𝑠2 =1

962,4 = 6,93 kg2

• Desvio Padrão da Amostra: 𝑠 = 𝑠2

𝑠 = 6,93 = 2,63 kg

Raça Crioula

𝒚𝒊 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51

𝒎 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4

𝒚𝒊 − 𝒎 -2,4 1,6 -4,4 0,6 0,6 2,6 -3,4 -0,4 3,6 1,6

𝒚𝒊 − 𝒎 𝟐 5,76 2,56 19,4 0,36 0,36 6,76 11,6 0,16 13 2,56

ALGUMAS MEDIDAS

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Vamos calcular a variância e o desvio padrão dos pesos ao nascer de

bezerros, em kg, da raça Crioula.

No R...

Y_C <- c(47,51,45,50,50,52,46,49,53,51); Y_C

var(Y_C) # variância da raça Crioula

sd(Y_C) # desvio padrão da raça Crioula

Raça Crioula

𝒚𝒊 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51

𝒎 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4

𝒚𝒊 − 𝒎 -2,4 1,6 -4,4 0,6 0,6 2,6 -3,4 -0,4 3,6 1,6

𝒚𝒊 − 𝒎 𝟐 5,76 2,56 19,4 0,36 0,36 6,76 11,6 0,16 13 2,56

ALGUMAS MEDIDAS

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Vamos calcular a variância e o desvio padrão dos pesos ao nascer

de bezerros, em kg, da raça Nelore.

• Variância da Amostra: 𝑠2 =1

10−1 𝑥𝑖 − 𝑚 210

𝑖=1

𝑠2 =1

92,56+88,36+11,56+1,96+21,16+43,56+29,16+40,96+31,36+57,76

𝑠2 =1

9328,4 = 36,49 kg2

• Desvio Padrão da Amostra: 𝑠 = 𝑠2

𝑠 = 36,49 = 6,04 kg

Raça Nelore

𝒚𝒊 51 40 46 48 54 56 44 43 55 57

𝒎 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4

𝒚𝒊 − 𝒎 1,6 -9,4 -3,4 -1,4 4,6 6,6 -5,4 -6,4 5,6 7,6

𝒚𝒊 − 𝒎 𝟐 2,56 88,36 11,56 1,96 21,16 43,56 29,16 40,96 31,36 57,76

ALGUMAS MEDIDAS

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Vamos calcular a variância e o desvio padrão dos pesos ao nascer

de bezerros, em kg, da raça Nelore.

• No R...

Y_N <- c(51,40,46,48,54,56,44,43,55,57); Y_N

var(Y_N) # variância da raça Nelore

sd(Y_N) # desvio padrão da raça Nelore

Raça Nelore

𝒚𝒊 51 40 46 48 54 56 44 43 55 57

𝒎 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4 49,4

𝒚𝒊 − 𝒎 1,6 -9,4 -3,4 -1,4 4,6 6,6 -5,4 -6,4 5,6 7,6

𝒚 − 𝒎 𝟐 2,56 88,36 11,56 1,96 21,16 43,56 29,16 40,96 31,36 57,76

ALGUMAS MEDIDAS

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Resumindo...

• Portanto, a raça Nelore apresentou uma variabilidade muito

maior do que a raça Crioula, para o peso no nascimento,

conforme já havíamos concluído a partir da análise do

diagrama de pontos.

Raça Variância Desvio Padrão

Crioula 6,93 2,63

Nelore 36,49 6,04

ALGUMAS MEDIDAS

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Erro Padrão da Média

Se retirarmos várias amostras de uma mesma população, teremos diversas

estimativas da média, obtidas em cada uma das amostras.

• Com essas estimativas da média, pode-se estimar uma variância,

considerando-se os desvios de cada média em relação à média de todas elas.

• Assim, a estimativa da variância da média pode ser calculada por 𝑉 𝑚 =𝑠2

𝑛,

sendo 𝑠2 a estimativa da variância dos n dados da amostra.

• A raiz quadrada dessa estimativa de variância é denominada erro padrão da

média, que pode ser calculado por:

𝑠 𝑚 =𝑠

𝑛

• Quanto menor for o valor de 𝑠 𝑚 , maior será a precisão da estimativa da

média.

ALGUMAS MEDIDAS

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Vamos calcular a variância da média e o erro padrão da média dos

pesos ao nascer de bezerros, em kg, da raça Nelore.

• Variância da Média: 𝑉 𝑚 =𝑠2

𝑛

𝑉 𝑚 =36,49

10= 3,65

• Erro Padrão da Média: 𝑠 𝑚 =𝑠

𝑛

𝑠 𝑚 =6,04

10= 1,91

Repetições 𝒎 𝒔𝟐 𝒔

Raça Nelore 51 40 46 48 54 56 44 43 55 57 49,4 36,49 6,04

No R... Y_N <- c(51,40,46,48,54,56,44,43,55,57); Y_N var_media_N=var(Y_N)/length(Y_N); var_media_N erro_padrao_N=sd(Y_N)/sqrt(length(Y_N)); erro_padrao_N # erro padrão

ALGUMAS MEDIDAS

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O uso da média e do desvio padrão na interpretação de um

conjunto de Dados: Como o desvio padrão é uma medida que

indica quanto, em média, os elementos de um conjunto de dados se

afastam da média deles, utilizamos: 𝑚 − 𝑘 ∙ 𝑠,𝑚 + 𝑘 ∙ 𝑠

• Vamos considerar os pesos ao nascer de bezerros, em kg, da raça

Crioula, o intervalo:

𝑘 = 1: 𝑚 − 1 ∙ 𝑠;𝑚 + 1 ∙ 𝑠 = 49,4 − 2,63 ; 49,4 + 2,63 = 46,77; 52,53

𝑘 = 2: 𝑚 − 2 ∙ 𝑠;𝑚 + 2 ∙ 𝑠 = 49,4 − 2 2,63 ; 49,4 + 2 2,63 = 44,14; 55,16

Raça Pesos ao nascer em kg 𝒎 𝒔

Crioula 47 51 45 50 50 52 46 49 53 51 49,4 2,63

ALGUMAS MEDIDAS

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Através da análise de amplitude desses intervalos, o

pesquisador pode avaliar se eles são:

• amplos (pouco precisos) ou não (precisos)

para o fenômeno real em estudo.

• Em uma distribuição normal, valores maiores que

𝑚 + 3𝑠 e menores que 𝑚 − 3𝑠 são considerados

valores discrepantes ou outliers.

ALGUMAS MEDIDAS

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Coeficiente de Variação

O coeficiente de variação (𝐶𝑉 ) é utilizado quando temos

interesse em comparar variabilidades em situações nas quais as

médias são muito diferentes ou as unidades de medida são

diferentes.

• Ele é uma medida de dispersão relativa (porque estabelece uma

relação entre desvio padrão e média) dada em percentual da

variabilidade dos dados em torno da média e expresso por:

𝐶𝑉 =𝑠

𝑚 ∙ 100

sendo, 𝑠: desvio padrão da amostra

𝑚 : média da amostra

ALGUMAS MEDIDAS

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Vamos calcular o coeficiente de variação dos pesos ao nascer de

bezerros, em kg, das raças Crioula e Nelore.

• Raça Crioiula: 𝑚 𝑐 = 49,40 e 𝑠𝑐 = 2,63

𝐶𝑉𝑐 =𝑠𝑐

𝑚 𝑐∙ 100 =

2,63

49,40∙ 100 = 5,32%

• Raça Nelore: 𝑚 𝑁 = 49,40 e 𝑠𝑁 = 6,04

𝐶𝑉𝑁 =𝑠𝑁

𝑚 𝑁∙ 100 =

6,04

49,40∙ 100 = 12,23%

Portanto, a variabilidade de peso ao nascer na amostra da raça

Crioula é menor do que da raça Nelore.

No R... #Raça Crioula Y_C <- c(47,51,45,50,50,52,46,49,53,51); Y_C # Coeficiente de Variação: cv_C <- (sd(Y_C)/mean(Y_C))*100; cv_C #Raça Nelore Y_N <- c(51,40,46,48,54,56,44,43,55,57); Y_N # Coeficiente de Variação cv_N <- (sd(Y_N)/mean(Y_N))*100; cv_N

ALGUMAS MEDIDAS

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O coeficiente de variação é bastante utilizado em estudos de

dinâmica de populações vegetais e animais.

• Na estatística experimental, ele indica a precisão do experimento,

ou seja, a capacidade de o realizarmos novamente, sob as

mesmas condições, e produzir resultados semelhantes.

• Os valores de CV dependem do tipo de pesquisa e da variável em

estudo para ser considerado aceitável.

• Tem-se a seguinte orientação:

𝐶𝑉 ≤ 10%,10% < 𝐶𝑉 ≤ 20%,20% < 𝐶𝑉 ≤ 30%,

𝐶𝑉 > 30%

⇒ baixo ⇒ médio

⇒ alto ⇒ muito alto

ALGUMAS MEDIDAS

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Distância interquartílica

Da mesma forma que a média aritmética, a variância é uma

medida bastante apropriada para representar a dispersão de dados

com distribuição normal.

• Uma medida de variabilidade, útil para diferentes tipos de

distribuição, é dada pela distância interquartílica (𝐷𝐼), calculada

por:

𝐷𝐼 = 𝑄3 − 𝑄1

que representa a amplitude do intervalo que contém os 50% dos

dados centrais, ou seja, como eles estão espalhados.

ALGUMAS MEDIDAS

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Para os valores dos pesos ao nascer de bezerros, em kg, das raças

Crioula e Nelore temos as seguintes distâncias interquartílicas:

•Raça Crioiula:

𝑄1𝑐 = 47,50 e 𝑄3𝑐= 51,00

𝐷𝐼𝐶 = 3,5 kg

•Raça Nelore:

𝑄1𝑁 = 44,50 e 𝑄3𝑁= 54,75

𝐷𝐼𝑁 = 10,25 kg

No R... TR_C <- c(rep("crioula",10)); TR_C r <- c(1:10); r Y_C <- c(47,51,45,50,50,52,46,49,53,51); Y_C df_C <- data.frame(cbind(TR_C,r,Y_C)); df_C sort(Y_C); # ordem crescente mean(Y_C); # média var(Y_C); # variância quantile(Y_C) # quartis

TR_N <- c(rep("nelore",10)); TR_N rep <- c(1:10); rep Y_N <- c(51,40,46,48,54,56,44,43,55,57); Y_N df_N <- data.frame(cbind(TR_N,rep,Y_N)); df_N sort(Y_N); # ordem crescente mean(Y_N); # média var(Y_N); # variância quantile(Y_N) # quartis

ALGUMAS MEDIDAS

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O uso da mediana e dos quartis na interpretação de um conjunto de

dados: O objetivo da mediana de dos quartis é obter informações sobre

a forma, o valor representativo, a dispersão e os valores discrepantes da

distribuição dos dados observados e, assim, responder importantes

questões da pesquisa

• Somente com a média e o desvio padrão não temos ideia da forma

como os dados se distribuem, a sugestão é fazer o uso das seguintes

medidas:

i. Mediana 𝑀𝑑 ;

ii. Valores máximo 𝑚𝑎𝑥 e mínimo (𝑚𝑖𝑛) ;

iii. O primeiro 𝑄1 e o terceiro quartil 𝑄3 quartis;

iv. Distância Interquartílica 𝐷𝐼 .

ALGUMAS MEDIDAS

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Exemplo de uso da mediana e dos quartis na interpretação de um

conjunto de dados. Foram tomadas duas amostras de tamanhos iguais a

25 observações, de crescimento do pseudobulbo, em cm, da espécie de

orquídea Laelia purpurata, sob duas condições de luminosidade (com luz

direta e com luz indireta). Os dados estão apresentados na tabela abaixo.

Luz Direta 1,6 1,6 1,9 1,9 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1

2,4 2,5 2,5 2,7 3,4 3,4 3,7 3,9 4,2

4,8 6,3 6,5 7,2 8,8 9,4 9,5

Luz Indireta 1,4 1,9 2,8 3,1 3,5 3,5 3,6 3,9 4,3

4,5 4,6 4,8 6,3 6,5 6,7 6,7 6,8 6,9

8,1 8,6 10,4 12,7 16,3 16,8 16,9

mínimo

𝑸𝟑 máximo

𝑴𝒅 𝑸𝟏

ALGUMAS MEDIDAS

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Condições 𝑴𝒅 𝑸𝟏 𝑸𝟑 𝑴𝒊𝒏 𝑴𝒂𝒙 𝑸𝟑 − 𝑸𝟏

Luz Direta (LD) 2,7 2,1 4,8 1,6 9,5 2,7

Luz Indireta (LI) 6,3 3,6 8,1 1,4 16,9 4,5

Cálculo dos quartis e extremos para os dados de crescimento do

pseldobulbo da Laelia purpurata

No R...

LD <- c(1.6, 1.6, 1.9, 1.9, 2.1, 2.1, 2.1, 2.1, 2.1, 2.4, 2.5, 2.5, 2.7, 3.4, 3.4, 3.7, 3.9, 4.2, 4.8,

6.3, 6.5, 7.2, 8.8, 9.4, 9.5); LD

LI <- c(1.4, 1.9, 2.8, 3.1, 3.5, 3.5, 3.6, 3.9, 4.3, 4.5, 4.6, 4.8, 6.3, 6.5, 6.7, 6.7, 6.8, 6.9, 8.1,

8.6, 10.4, 12.7, 16.3, 16.8, 16.9); LI

summary(LD)

summary(LI)

ALGUMAS MEDIDAS

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Condições 𝑴𝒅 𝑸𝟏 𝑸𝟑 𝑴𝒊𝒏 𝑴𝒂𝒙 𝑸𝟑 − 𝑸𝟏

Luz Direta (LD) 2,7 2,1 4,8 1,6 9,5 2,7

Luz Indireta (LI) 6,3 3,6 8,1 1,4 16,9 4,5

Cálculo dos quartis e extremos para os dados de crescimento do

pseldobulbo da Laelia purpurata

Podemos concluir que:

• O crescimento maior ocorreu com luz indireta, pois 𝑀𝑑𝐿𝐷 = 𝟐, 𝟕 cm

e 𝑀𝑑𝐿𝐼 = 𝟔, 𝟑 cm

• A maior variabilidade dos dados centrais também ocorreu na luz

indireta, pois a distância interquartílica foi de 𝟒, 𝟓 cm contra 𝟐, 𝟕 cm da

luz direta

ALGUMAS MEDIDAS

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99,3%

𝑸𝟏 − 𝟏, 𝟓𝑫𝑰 𝑸𝟑 + 𝟏, 𝟓𝑫𝑰

Com o uso dos quartis:

• É possível verificar (detectar) se um ou mais valores da distribuição são

considerados discrepantes.

• Considere 𝑥𝑖 a 𝑖-ésima observação do conjunto de dados e 𝐷𝐼 a

distância interquartílica

• Se 𝑥𝑖 < 𝑸𝟏 − 𝟏, 𝟓𝑫𝑰 ou 𝑥𝑖 > 𝑄3 + 1,5𝐷𝐼 então 𝑥𝑖 é

considerado um valor discrepante (outlier)

• O valor 1,5 é utilizado no cálculo dos valores discrepantes,

pois a área da curva normal no intervalo

𝑄1 − 1,5𝐷𝐼 ; 𝑄3 + 1,5𝐷𝐼 é igual a 99,3%

• logo estamos considerando 0,7% dos valores da

distribuição normal como sendo valores discrepantes

ou outliers.

ALGUMAS MEDIDAS

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Em um conjunto de dados pode existir mais de um valor discrepante.

• No exemplo dos dados de crescimento do pseldobulbo da Laelia

purpurata:

assim:

Condições 𝑸𝟏 𝑸𝟑 𝑫𝑰 𝑸𝟏 − 𝟏, 𝟓𝑫𝑰 𝑸𝟑 + 𝟏, 𝟓𝑫𝑰

Luz Direta (LD) 2,1 4,8 2,7 -1,95 8,85

Luz Indireta (LI) 3,6 8,1 4,5 -3,15 14,85

Luz Direta 1,6 1,6 1,9 1,9 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1

2,4 2,5 2,5 2,7 3,4 3,4 3,7 3,9 4,2

4,8 6,3 6,5 7,2 8,8 9,4 9,5

Luz Indireta 1,4 1,9 2,8 3,1 3,5 3,5 3,6 3,9 4,3

4,5 4,6 4,8 6,3 6,5 6,7 6,7 6,8 6,9

8,1 8,6 10,4 12,7 16,3 16,8 16,9

outlier de LD

Outlier de LI

ALGUMAS MEDIDAS

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Desenho Esquemático

• As informações da mediana e quartis podem ser representadas

graficamente em um box-plot, bastante apropriado para se efetuar

comparações entre distribuições de dados de diferentes tratamentos.

𝑀𝑑𝐿𝐼

outliers para LI

Valores não

outliers

para LI 𝐷𝐼𝐿𝐼

𝑄3𝐿𝐼

𝑄1𝐿𝐼

ALGUMAS MEDIDAS

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Desenho Esquemático

• As informações da mediana e quartis podem ser representadas

graficamente em um box-plot, bastante apropriado para se efetuar

comparações entre distribuições de dados de diferentes tratamentos.

No R... TR <- c(rep("Luz direta",25), rep("Luz indireta",25)); TR rep <- c(1:25,1:25); rep Y <- c(1.6, 1.6, 1.9, 1.9, 2.1, 2.1, 2.1, 2.1, 2.1, 2.4, 2.5, 2.5, 2.7, 3.4, 3.4, 3.7, 3.9, 4.2, 4.8, 6.3, 6.5, 7.2, 8.8, 9.4, 9.5, 1.4, 1.9, 2.8, 3.1, 3.5, 3.5, 3.6, 3.9, 4.3, 4.5, 4.6, 4.8, 6.3, 6.5, 6.7, 6.7, 6.8, 6.9, 8.1, 8.6, 10.4, 12.7, 16.3, 16.8, 16.9); Y df1 <- data.frame(cbind(TR,rep,Y)); df1 FTR <- as.factor(TR) # TODA FONTE DE VARIAÇÃO DEVE SER UM FATOR m <- tapply(Y,FTR,mean); m # Médias dos Tratamentos lmin <- 0 # limite mínimo lmax <- 10 # limite máximo barplot(m,ylim=c(lmin,lmax)) # gráfico das médias dos tratamentos plot(Y~FTR) # gráfico box-plot por tratamentos

ALGUMAS MEDIDAS

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Utilizado para analisar o comportamento conjunto de duas ou mais

variáveis quantitativas.

• Estamos interessados em obter uma medida estatística que indique se existe ou

não uma associação linear entre duas variáveis e, se existir, qual a sua

magnitude e sinal.

• O primeiro passo para verificar se existe correlação entre duas variáveis

quantitativas, é construir um gráfico de dispersão. No eixo das abscissas

colocamos a variável X e no das ordenadas a variável Y

CORRELAÇÃO

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Radiação fotossintética (W/m2)

Pro

du

ção (

g/m

2)

Exemplo. Considere os dados referentes à produção de matéria seca de

uma cultura (Y) e a quantidade de radiação fotossintética ativa (X). Os

dados obtidos do experimento são apresentados na tabela abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Produção (Y) 10 60 110 160 220 280 340 400 460 520

Radiação (X) 18 55 190 300 410 460 570 770 815 965

Através do diagrama de pontos, concluímos que

existe uma correlação positiva entre as

variáveis Produção e Radiação (𝑟 = 0.995),

• pois a medida que aumenta a radiação

fotossintética, também aumenta a produção de

matéria seca.

Assim, pode-se concluir que o conhecimento da

quantidade de radiação pode ajudar a prever a

produção de matéria seca.

CORRELAÇÃO

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Exemplo. Considere os dados referentes à produção de matéria seca de

uma cultura (Y) e a quantidade de radiação fotossintética ativa (X). Os

dados obtidos do experimento são apresentados na tabela abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Produção (Y) 10 60 110 160 220 280 340 400 460 520

Radiação (X) 18 55 190 300 410 460 570 770 815 965

No R...

Y <- c(10, 60, 110, 160, 220, 280, 340, 400, 460, 520); Y

X <- c(18, 55, 190, 300, 410, 460, 570, 770, 815, 965); X

z=plot(X,Y) # gráfico de dispersão

cor(X,Y) # coeficiente de correlação

regressao=lm(Y~X); regressao # estimativa dos parâmetros

abline(regressao) # adiciona ao gráfico a reta de ajustada

grid(z) # quadricula o gráfico

𝑦 = 0,5312𝑥 + 14,1537

𝑟 = 0,9953

CORRELAÇÃO

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EXERCÍCIOS

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Exercício 1. Foi observado a espessura, em

micra (10−6𝑚 = 𝜇𝑚), do epitélio da mucosa

vaginal em 10 porcas diestro, conforme tabela

seguinte.

Com base nestes dados, pede-se:

a) Estimar a espessura média, em micra, do epitélio da mucosa vaginal

para essas porcas.

b) Calcular a amplitude 𝐴 = 𝑦 − 𝑦𝑚𝑖𝑛.

c) Calcular a variância

d) Calcular o desvio padrão

e) Calcular o erro padrão da média.

f) Calcular o coeficiente de variação.

43 58 50 39 62 38 23 31 45 49

EXERCÍCIO 1

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a) Estimar a espessura média, em micra, do epitélio da mucosa

vaginal para essas porcas.

𝑚 =43 + 58 + 50 + 39 + 62 + 38 + 23 + 31 + 45 + 49

10=

438

10= 43,8𝜇𝑚

b) Calcular a amplitude.

𝐴 = 62,0 − 23,0 = 39𝜇𝑚

43 58 50 39 62 38 23 31 45 49

EXERCÍCIO 1 – SOLUÇÃO

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c) Calcular a variância

Solução.

𝑠2 =1

10−1 𝑦𝑖 − 43,8 210

𝑖=1

𝑠2 =1

90,64+202+38,4+23+331+33,6+433+164+1,44+27

𝑠2=1

91254 = 139,2889𝜇𝑚2

𝒚𝒊 43 58 50 39 62 38 23 31 45 49

𝒎 43,8 43,8 43,8 43,8 43,8 43,8 43,8 43,8 43,8 43,8

𝒚𝒊 − 𝒎 -0,8 14,2 6,2 -4,8 18,2 -5,8 -20,8 -12,8 1,2 5,2

𝒚𝒊 − 𝒎 𝟐 0,64 201,6 38,4 23 331,2 33,6 432,6 163,8 1,44 27

EXERCÍCIO 1 – SOLUÇÃO

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d) Calcular o desvio padrão.

𝑠 = 𝑠2 = 139,2889 = 11,8021𝜇𝑚

e) Calcular o erro padrão da média. 𝑠 𝑚 =𝑠

𝑛

𝑠 43,8 =11,8021

10= 3,7321𝜇𝑚

f) Calcular o coeficiente de variação

𝐶𝑉 =100 × 11,8021

43,8= 26,95%

EXERCÍCIO 1 – SOLUÇÃO

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Exercício 2. O intervalo entre partos de vacas leiteiras

em uma fazenda apresentou um valor médio de 840

dias e um desvio padrão de 275 dias. Sendo uma

variável que depende de fator hormonal, entre muitos

outros, seu coeficiente de variação deve ser elevado.

Calcule-o.

Solução. Note que 𝑚 = 840dias e s = 275 dias. Lembrando que o coeficiente de variação

𝐶𝑉 , que avalia a instabilidade relativa, é dado por 𝐶𝑉 =100×𝑠

𝑚 , então:

𝐶𝑉 =100×275

840= 32,70%

• Dessa maneira, o coeficiente de variação é de 32,7 %, o que pode não parecer muito

elevado.

Mas devemos considerar que no processo seletivo usualmente feito nos rebanhos

de leite, muitas vacas são descartadas por não retornarem ao cio em tempo pré-

estabelecido pelo manejo da fazenda.

EXERCÍCIO 2