FACULDADE DE DIREITO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ... · A OMC e a regulamentação do comércio internacional: uma visão brasileira. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998. LIMA,

FACULDADE DE DIREITO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DEPARTAMENTO DE DIREITO INTERNACIONAL E COMPARADO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – PROLAM/USP

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS DE INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA,

ÁFRICA E ÁSIA – DIN 5706-8

Pós-Graduação – 2012/2

RESPONSÁVEL: PROFESSOR ASSOCIADO UMBERTO CELLI JUNIOR

ASSISTENTE: DR. MARCUS MAURER DE SALLES

PROGRAMA

PARTE I. TEORIA GERAL DA INTEGRAÇÃO REGIONAL

1. INTEGRAÇÃO ECONÔMICA REGIONAL

1.1. A integração enquanto fenômeno complexo e dinâmico com diversas

facetas.

1.2. Teorias econômicas sobre integração regional.

1.3. Tipos, esquemas ou categorias de integração.

1.4. Organizações Regionais de Integração e Cooperação Econômica.

1.5. Integração, comércio e desenvolvimento.

1.6. As mudanças de paradigmas da integração regional.

2. O DIREITO DA INTEGRAÇÃO REGIONAL NA OMC

2.1. O multilateralismo e o regionalismo na OMC.

2.2. O artigo XXIV, GATT.

2.3. A Cláusula de Habilitação.

2.4. O artigo V, GATS.

2.5. Nova tipologia: Acordos Regionais e Acordos Preferenciais de Comércio.

3. A INTEGRAÇÃO REGIONAL NO SÉCULO XXI

3.1. A proliferação de Acordos Regionais.

3.2. Causas e conseqüências da proliferação dos Acordos Regionais.

3.3. A multilateralização do regionalismo.

3.4. Os novos temas e os desafios do regionalismo do século XXI.

PARTE II. AS ORGANIZAÇÕES DE INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA

4. A ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI)

4.1. A Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC).

4.2. A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).

4.3. Estrutura jurídica e institucional da ALADI.

4.4. O novo regionalismo dos anos 90 da ALADI.

4.5. A convergência Mercosul-CAN no âmbito da ALADI.

4.6. Iniciativas e desafios da ALADI no século XXI.

5. A COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES (CAN)

5.1. O Pacto Andino dos anos 60.

5.2. Os objetivos e a as práticas desenvolvimentistas do Pacto Andino.

5.3. A Comunidade Andina dos anos 90: influências do neoliberalismo.

5.4. A estrutura institucional do Sistema Andino de Integração.

5.5. Novidades e desafios da Comunidade Andina no século XXI.

5.6. O Acordo de Integração Profunda.

5.7. As negociações internacionais da Comunidade Andina.

6. O MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL) - Hacia dentro

6.1. A criação do Mercosul nos anos 90.

6.2. Enquadramento do Mercosul vis-à-vis à ALADI e ao sistema GATT/OMC.

6.3. Evolução da estrutura institucional do Mercosul e mecanismos de

liberalização do comércio.

6.4. Estágio atual da União Aduaneira

6.5. O sistema de solução de controvérsias. Laudos arbitrais e Casos. O

projeto de Corte de Justiça no Mercosul.

6.6. O Relançamento do Mercosul nos anos 2000.

6.7. Novo desenvolvimentismo no Mercosul: assimetrias e dimensão social.

6.8. A suspensão do Paraguai e o ingresso da Venezuela.

7. O MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL) - Hacia fuera

7.1. A relação com os países associados.

7.2. Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN).

7.3. As negociações Mercosul-União Europeia.

7.4. Mercosul e as negociações na OMC.

7.5. Mercosul no contexto dos Acordos Sul/Sul.

7.6.Os recentes acordos do Mercosul.

8. A UNIÃO SUL-AMERICANA DE NAÇÕES (UNASUL)

8.1. O regionalismo desenvolvimentista da América do Sul no século XXI.

8.2. Natureza, objetivos e estrutura da UNASUL.

8.3. A IIRSA.

8.4. O Banco do Sul.

8.5. O Conselho de Defesa.

8.6. Iniciativas recentes no âmbito da UNASUL.

PARTE III. AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA AMÉRICA LATINA

9. AMÉRICA DO NORTE

9.1. Breve histórico da relação entre os EUA e América Latina.

9.2. NAFTA: objetivos e estrutura institucional e jurídica.

9.3. Principais características enquanto modelo de Free Trade Area.

9.4. As negociações da ALCA: histórico, impasses e fracasso.

9.5. Os acordos bilaterais dos EUA com a América Latina.

10. ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO

10.1. Principais iniciativas de integração na África.: (i) Organização da

Unidade Africana; (ii) Comunidade Econômica Africana; (iii) Banco Africano

de Desenvolvimento; (iv) ) Organizações da África do Norte: MAGREB; (v)

Organizações da África Ocidental; (vi) Organizações da África Central; (vii)

Organizações da África Oriental e Austral;

10.2. Principais iniciativas de integração no Oriente Médio: (i) Liga dos

Estados Árabes; (ii) Organização da Conferência Islâmica.

10.3. As relações da América Latina com África e Oriente Médio.

10.4. As negociações da América Latina com a África e o Oriente Médio.

11. ÁSIA E A OCEANIA

11.1. Principais iniciativas de integração na Ásia: (i) Associação das Nações

do Sudeste Asiático; (ii) Organização de Cooperação Econômica Ásia-

Pacífico; (iii) Organização de Segurança e Assistência entre Austrália, Nova

Zelândia e Estados Unidos; (iv) Comissão do Pacífico Sul e Foro do Pacífico

Sul.

11.2. A posição geoestratégica da China.

11.3. O efeito China sobre a América Latina.

11.4. As negociações comerciais entre a Ásia e a América Latina.

11.5. As negociações do Transpacific Partnership Agreement.

OBJETIVOS E METODOLOGIA

Parte I (pontos 1 a 3): debates teóricos e conceituais de abertura do curso

- apresentar teorias e conceitos a fim de nivelar a turma para o curso;

- leitura dirigida de textos; aulas socráticas; debate relacionando textos e aulas;

- relacionar curso com experiências e temas de pesquisa dos alunos.

Parte II (pontos 4 a 8): debates temáticos sobre América Latina

- aprofundar conhecimento sobre as diversas iniciativas regionais de integração;

- compreender a relação entre os processos de integração regional e sub-regional;

- avaliar oportunidades para os processos de integração latino-americanos;

- relacionar com questões relevantes para os temas de pesquisa dos alunos.

Parte III (pontos 9 a 11): debates temáticos sobre demais processos de integração

- estudo comparativo com a integração latino-americana;

- estudo multicultural de outras experiências integracionistas;

- identificar pontos convergentes e divergentes com a América Latina;

- relacionar com questões relevantes para os temas de pesquisa dos alunos.

MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O curso será desenvolvido com base no método socrático, isto é, privilegiará

as reflexões do grupo, em vez de apresentações expositivas. A participação ativa e

crítica de todos os alunos será sempre estimulada e condicionada ao domínio dos

textos obrigatórios e leituras complementares. Será solicitado aos alunos que

apresentem e comentem resumidamente alguns textos, a fim de estimular os

debates e conduzir as reflexões do grupo em aula.

Ao final, os alunos deverão entregar um artigo acerca de um dos temas

discutidos do curso. Os artigos deverão seguir os critérios do periódico Cadernos

Prolam, disponível em http://www.usp.br/prolam/cadernos.htm.

O sistema de avaliação está distribuído da seguinte forma:

- Apresentação e participação nos debates dos textos: 2,0 pontos

- Apresentação e participação dos seminários: 2,0 pontos

- Artigo final: 6,0 pontos

http://www.usp.br/prolam/cadernos.htm

CALENDÁRIO

1. 16/08 – Apresentação do curso e considerações iniciais

2. 23/08 – Ponto 1

3. 30/08 – Ponto 2

4. 13/09 – Ponto 3

5. 20/09 – Ponto 4

6. 27/09 – Ponto 5

7. 04/10 – Ponto 6

8. 11/10 – Ponto 7

9. 18/10 – Ponto 8

10. 25/10 – Ponto 9

11. 01/11 – Ponto 10

12. 08/11 – Ponto 11

13. 22/11 – Encerramento do curso e conclusões finais

14. 29/11 – Entrega do artigo final

BIBLIOGRAFIA

1. INTEGRAÇÃO ECONÔMICA REGIONAL

LEITURA BÁSICA OBRIGATÓRIA

BRAGA, Marcio Bobik. “Raul Prebisch e o Livre Comércio: as origens do

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