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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
NATHYARA DA SILVA OLIVEIRA
ESTRESSE X QVT: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PROSEGUR EM
REDENÇÃO-PA
REDENÇÂO - PARÁ 2015
NATHYARA DA SILVA OLIVEIRA
ESTRESSE X QVT: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PROSEGUR EM
REDENÇÃO-PA
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao Curso de bacharelado em Administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração. Área de Concentração: Comportamento
Organizacional
Orientador(a): Profª. Karina Donizete Martins
REDENÇÃO - PARÁ 2015
NATHYARA DA SILVA OLIVEIRA
ESTRESSE X QVT: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PROSEGUR EM
REDENÇÃO-PA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do
Grau de bacharel em Administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia
Reunida e aprovada em sua forma final em: ____/____/______
______________________________________
Prof. Ms.
Laudicério Aguiar Machado (Coordenador do Curso)
Apresentado à Banca Examinadora composta pelos professores
_____________________________________________________
Prof. Msc.
Karina Donizete Martins (Orientadora)
_____________________________________________________
Prof.
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR
_____________________________________________________
Prof.
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Edson e Aparecida, por sempre me apoiar,
acreditar e investir em mim.
Ao meu esposo João Junior, pеlа paciência, pelo incentivo, pela força е
principalmente pelo carinho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pelo dom da vida, por toda fé que tenho
nele, por ter me guiado e me ajudado a percorrer este longo caminho e ter me dado
forças para vencer todos os obstáculos.
Aos meus pais Edson e Cida e minha irmã pelo apoio e por ter acreditado
em meu potencial, me ajudando e incentivando para chegar até onde cheguei.
Ao meu esposo João Junior que de forma especial e carinhosa me deu
forças e coragem, me apoiando e me ajudando nos momentos mais difíceis dessa
jornada.
A minha amiga Alexia Giesel que me ajudou e me apoiou desde o inicio
dessa jornada, me incentivando e colaborando para a conclusão desta vitória.
A minha orientadora Karina Martins pela paciência na orientação, pela
compreensão e pelo apoio para o desenvolvimento desse trabalho.
Aos meus amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constantes.
A todos aqueles que de certa forma estiveram próximos de mim me
ajudando e me dando forças para vencer.
“Cada um de nós compõe a sua história, e cada ser em si
carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.” - Almir Sater
RESUMO
OLIVEIRA, N.S. ESTRESSE X QVT: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA
PROSEGUR EM REDENÇÃO-PA. 2015. TCC (Trabalho de Conclusão de Curso de
Graduação em Administração - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida),
Redenção - PA, 2015.
Este TCC irá abordar o Comportamento Organizacional e tem como objetivo principal buscar entender o que é estresse e quais são suas causas e consequências, identificando os principais causadores desse mal, com finalidade de compreender suas possíveis formas de combate e seus fatores influenciadores dentro do ambiente organizacional. De acordo com estudos realizados o estresse existe desde a antiguidade, no entanto, atualmente tem-se debatido com mais frequência sobre esse problema, revelando seus pontos positivos e negativos nas pessoas dentro e fora do ambiente de trabalho. Nessas discussões também se fala na boa qualidade de vida dentro e fora do trabalho, pois a mesma é o reflexo de como esses colaboradores estão lidando com o estresse e também o que essas empresas estão fazendo para solucionar este problema. Pode se entender por estresse no trabalho como um conjunto de reações e perturbações psicológicas ou sofrimento psíquico, associado às experiências e exigências de trabalho, desencadeando o chamado estresse ocupacional. Pois o mesmo pode estar vinculado ao fato do trabalhador passar uma grande parte da sua vida ativa no trabalho, aumentando assim o estresse e reduzindo a qualidade de vida do trabalhador. O presente estudo foi desenvolvido com base na bibliografia especializada no tema e em pesquisa realizada em 2014 na empresa Prosegur na cidade de Redenção-PA.
Palavras-Chave: Estresse, Estresse Ocupacional, Qualidade de Vida no trabalho.
ABSTRACT
OLIVEIRA, N.S. ESTRESSE X QVT: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA
PROSEGUR EM REDENÇÃO-PA. 2015. TCC (Trabalho de Conclusão de Curso de
Graduação em Administração - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida),
Redenção - PA, 2015.
This TCC will approach the Organizational Behavior and aims to seek to understand
what stress is and what are its causes and consequences, identifying the main causes
of this evil, with purpose to understand the possible forms of combat and its influencing
factors within the organizational environment. According to studies conducted stress
existed since antiquity, however, currently has struggled more often about this issue,
revealing their strengths and weaknesses in people inside and outside the workplace.
In these discussions is also spoken in the good quality of life in and out of work,
because it is a reflection of how these employees are giving read with stress and what
these companies are doing to solve this problem. You can understand why stress at
work as a set of psychological reactions and disorders or psychological distress
associated with the experience and job requirements, triggering the so-called
occupational stress. Because it can be linked to the worker, actually spend a large part
of his working life at work, thus increasing the stress and reducing worker quality of
life. This study was developed based on the literature specialized in the field and in
research conducted in 2014 Prosegur company in the town of Redenção -PA.
Keywords: Stress, Occupational stress, Quality of life.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – “Em qual faixa etária você se encontra?” ............................................... 36
Gráfico 2 – “Qual é seu estado civil?” ...................................................................... 36
Gráfico 3 – “Há quanto tempo você trabalha nesta Empresa?”................................ 37
Gráfico 4 - "Você se sente satisfeito com sua carga horária semanal na
empresa?" ................................................................................................................. 37
Gráfico 5 - "A quantidade de trabalho tem te deixado cansado?" ............................ 38
Gráfico 6 - "Com que frequência você acredita correr riscos no desempenho de sua
atividade profissional?" .............................................................................................. 39
Gráfico 7 - "Em relação a sua categoria profissional, você considera seu salário?" 39
Gráfico 8 - "Os prazos estabelecidos para a realização de suas tarefas são
satisfatórios?" ............................................................................................................ 40
Gráfico 9 - "Com que frequência você exerce carga excessiva de trabalho?" ......... 41
Gráfico 10 - "Você recebe cobranças sobre erros cometidos no trabalho?" ............ 41
Gráfico 11 - "Fica irritado ou de mau humor quando se depara com problemas
insignificantes no trabalho?" ...................................................................................... 42
Gráfico 12 - "Fica de mau humor por ter que trabalhar muitas horas seguidas?" .... 43
Gráfico 13 - "As condições de seu trabalho proporcionam estresse?" ..................... 43
Gráfico 14 - "Você recebe ajuda dos seus colegas, quando necessário, na execução
de seu trabalho?" ...................................................................................................... 44
Gráfico 15 - "Com qual frequência sente-se estressado em seu local de
trabalho?" .................................................................................................................. 45
Gráfico 16 - "Com qual frequência sente-se estressado na sua casa/família?" ....... 45
Gráfico 17 - "Você sente dores de cabeça, cansaço, dificuldades de dormir, e
desanimo pela manhã?" ............................................................................................ 46
Gráfico 18 - "Você sente angustia, ansiedade, irritação, falta de humor?" ............... 46
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Principais consequências resultantes em estresse ............................... 20
Quadro 2 – Fatores causadores e/ou motivadores do estresse. .............................. 21
Quadro 3 - Fontes de estresse ocupacional ............................................................. 26
Quadro 4 - As três fases do estresse ....................................................................... 27
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 O TRABALHO .................................................................................................... 14
2.1 SAÚDE E TRABALHO ..................................................................................... 15
3 ESTRESSE ......................................................................................................... 16
3.1 AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE................................... 18
3.2 FONTES POTENCIAIS DO ESTRESSE ...................................................... 21
3.3 OS TIPOS DE ESTRESSE .......................................................................... 22
4 ESTRESSE OCUPACIONAL ............................................................................. 23
4.1 CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE NO TRABALHO E NA SAÚDE DOS
TRABALHADORES ............................................................................................... 25
4.2 COMO DETECTAR O ESTRESSE .............................................................. 26
4.3 COMO COMBATER O ESTRESSE ............................................................. 27
4.4 A PREVENÇÃO E O ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE ......................... 29
5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT ................................................ 31
5.1 CLIMA ORGANIZACIONAL ......................................................................... 33
6 ANALISE E DESENVOLVIMENTO DOS RESULTADOS ................................. 35
6.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................... 35
6.2 ANÁLISE DO ESTRESSE ............................................................................ 35
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
11
1 INTRODUÇÃO
As alterações tecnológicas que vêm ocorrendo, especialmente nas duas
últimas décadas, têm impactado a forma de administrar as organizações, até mesmo
no que diz respeito à gestão de pessoas. Tais mudanças têm provocado repercussões
diferenciadas na saúde e na integridade do trabalhador. Os trabalhadores também
sofrem grande impacto com essas mudanças, que atualmente a sociedade enfrenta,
causando novos rumos e sentido ao trabalho. Aliás, o ambiente de trabalho mudou
em uma velocidade maior do que a capacidade dos trabalhadores, e para seguir essas
mudanças é necessário o trabalhador se adaptar as novas condições de trabalho,
porém essa constante pressão pode acabar gerando estresse organizacional. As
mudanças repentinas na vida do individuo podem causar estresse e afetar seu
organismo, e o individuo quando se sente estressado pode se tornar irritado e inquieto
criando uma grande dificuldade de concentração.
O estresse organizacional conforme Spector (2002), está sendo um mal que
vem atingindo um grande número de colaboradores em grande parte das empresas,
desde as micro e pequenas empresas até as multinacionais. O estresse atinge de
forma direta os colaboradores na concretização de suas tarefas dentro da
organização, e pode se tornar um mal de maior complicação quando, além de afetar
o desempenho no trabalho se estende as outras áreas da vida dos colaboradores,
como a relação com a família e relacionamentos amorosos. É cada vez mais comum
estudos e pesquisas relacionados ao estresse dentro das organizações, e isto é
essencial, pois ele pode originar os mais complexos e diferentes problemas dentro de
um ambiente organizacional, como por exemplo a dificuldade de se relacionar com
colegas e chefias, e também a causa de doenças como úlceras, depressão, entre
outras.
Por essa razão, é importante para a empresa focar e investir na qualidade de
vida do trabalhador dentro do ambiente organizacional, pois essa ferramenta pode
produzir resultados positivos para as organizações e para as pessoas. A Qualidade
de Vida no Trabalho (QVT) pode vir a ser tão importante quanto à segurança no
trabalho, é indispensável adicioná-la a qualidade total e aoprogresso do clima
organizacional, oferecendo condições adequadas, e respeitando o individuo como
profissional. Pois a QVT pode ser determinada através da procura do individuo pelo
12
equilíbrio físico, psíquico e social, onde todas as necessidades e limitações do ser
humano são respeitadas, tendo como consequência o crescimento profissional e
pessoal, sem houver qualquer tipo de trauma sentido pelo individuo.
Com isso, levando em consideração o estresse como uma problemática para a
empresa e a qualidade de vida no trabalho como uma ferramenta para a redução dos
causadores de estresse e a importância da satisfação do colaborador para a empresa.
Essa pesquisa procura responder o seguinte problema: Quais as possíveis causas de
estresse entre os vigilantes da empresa Prosegur Brasil S/A na cidade de Redenção-
PA?
E para responder este problema a realização deste trabalho tem como principal
objetivo, identificar as causas do estresse organizacional dos colaboradores do cargo
de vigilantes da empresa Prosegur Brasil S/A – Redenção- PA. Para que seja
alcançado o objetivo geral deste trabalho será necessária a elaboração de objetivos
específicos, tais como: compreender as causas e consequências do estresse,
constatar se os vigilantes da empresa Prosegur em Redenção – PA estão
estressados, e observar o que esta causando estresse nesses colaboradores dentro
do ambiente organizacional.
Com a aplicação do questionário observou-se que os vigilantes da empresa
não se sentem estressados, porém apresentam um nível médio de insatisfação com
relação há alguns quesitos como, por exemplo, a carga horária semanal, à quantidade
e o excesso de trabalho, pois isso torna cansativo para os colaboradores, ao risco
corrido frequentemente, e nos prazos estabelecidos. Por este motivo é importante
para a empresa focar e investir na qualidade de vida no trabalho, pois através dessa
ferramenta os colaboradores podem não vir a sofrer de estresse, e a satisfação será
constante.
O embasamento deste trabalho se dará através da pesquisa bibliográfica, que
do ponto de vista de Gil (1991) pode ser elaborada por meio de material já publicado,
como livros, artigos de periódicos e atualmente com materiais disponibilizado na
Internet. O método a ser utilizado será hipotético-dedutivo, que segundo Popper apud
Moresi (2003 p.26) consiste na seguinte linha de raciocínio: “quando os
conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a
13
explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades
expressas no problema, são formuladas hipóteses”. Para coletar os dados serão
aplicadas pesquisas em forma de questionário com a participação de 30 (trinta)
colaboradores, contendo perguntas fechadas de múltipla escolha.
Pelo fato da empresa ter um grande número de funcionários, a pesquisa será
aplicada com 60% dos colaboradores da vigilância, utilizando a forma de abordagem
quantitativa, que conforme Fonseca apud Silveira e Gerhardt (2009 p.33) a pesquisa
quantitativa centraliza-se na objetividade, e diferentemente da pesquisa qualitativa os
resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados, a mesma recorre à
linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre
variáveis, etc.
O presente trabalho tornou-se possível através do relevante grau de
importância do assunto, afinal, o estresse é considerado por muitos o mal do século,
e pode tanto prejudicar o desenvolvimento das atividades no colaborador da empresa
como também causar danos na saúde do colaborador.
Essa pesquisa esta estruturada em cinco capítulos. No primeiro capitulo
apresenta a origem e o conceito da palavra trabalho. No segundo capitulo será
abordado o conceito de estresse, com base em referências bibliográficas de autores
como Robbins, Chiavenato, Lipp, entre outros, e abordará também as causas e
consequências do estresse, bem como os tipos de estresse e suas fontes e fatores
potenciais. No terceiro capitulo aborda-se o estresse organizacional, como detectar e
controlar o estresse dentro da organização e quais as consequências do estresse no
trabalho. No quarto capitulo será falado sobre a qualidade de vida no trabalho. E no
quinto e ultimo capitulo desenvolve-se o estudo de caso, a fim de verificar a existência
do estresse nos colaboradores de vigilância da empresa Prosegur e as principais
causas da existência do estresse.
14
2 O TRABALHO
Em tempos antigos, o trabalho era percebido como uma atividade dos que
haviam perdido o direito de liberdade, e seu significado se confundia com o de
sofrimento e infelicidade. Esse significado de sofrimento transcorreu pela história da
civilização, se relacionando diretamente ao sentido do termo que deu origem a palavra
trabalho.
A palavra trabalho vem do latim tripalium, denominado por um instrumento de
tortura formado por três (tri) paus (palium) enfiados no chão, conhecida como uma
técnica de sofrimento obtida, no qual era preso o condenado. Os escravos e os pobres
que não tinham condições de pagarem seus impostos eram torturados, a partir daí, a
ideia de trabalhar como ser torturado passou a dar significado não só a tortura em si,
mas por influência das atividades físicas desempenhadas pelos trabalhadores em
geral: pedreiros, agricultores, camponeses, artesões, entre outros. Foi somente a
partir do século XIV (quatorze) que o trabalho passou a ter o sentido universal que
hoje lhe é atribuído, que vem a ser o de aplicação de talentos e habilidades humanas
para alcançar um determinado fim.
Em sentido unânime, Furquim (2001) afirma que o trabalho é todo esforço físico
ou intelectual do individuo com o objetivo de realizar alguma coisa. Para o autor
Cesarino Júnior (1970), o trabalho é como um aproveitamento da atividade humana à
produção de bens e serviços em sua conveniência de outrem, que o remunera,
tornando-se uma necessidade natural e eterna da raça humana, no qual através dele
o homem obtém seus bens necessários para sua existência.
O trabalho deve ser considerado como uma condição fundamental de toda a
vida humana, pois se tem um valor de uso, satisfazendo as necessidades do
comprador e um valor particular, fazendo com que o trabalhador produza mais. O autor
Antunes (2004 p. 34) afirma que “o trabalho é um processo entre os homens e a
natureza, um processo que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla
seu metabolismo com a natureza.”
No pensamento de Codo, Sampaio e Hitomi (1995), a organização do trabalho
exerce sobre o individuo, uma ação especifica, cujo impacto se reflete geralmente, no
quadro psíquico. Nesse mesmo sentido Vieira (1999) afirma que o trabalho preenche
15
um papel fundamental no passado de um individuo, determinando o seu presente e
podendo moldar o seu futuro. A partir daí, e interessante observar que a vida dentro
das organizações com mais complexidade, pode se transformar em uma intensa fonte
de estresse, pois é em seu local de trabalho que o individuo passa maior parte do seu
dia, sendo algumas vezes desqualificado por chefias e colegas, sendo mal
remunerado, sem chances de obter oportunidade de crescimento profissional.
2.1 SAÚDE E TRABALHO
O problema de desempenho e de saúde relacionado ao trabalho parece
despertar a atenção das pessoas nos dias atuais. O desempenho é uma das principais
formas de como as pessoas contribuem para o desenvolvimento das organizações e
de suas próprias carreiras profissionais, pois o mesmo tem o impacto direto nos
sistemas de gestão, e quando o colaborador encontra-se com dificuldade de
desempenho, seus resultados são ameaçados. Já os problemas de saúde, mesmo
em alguns casos sendo graves, nem sempre afetam diretamente nos resultados,
porém também não são costumados a ser tratado com urgência.
Na descrição de Rey (2000) a saúde é distinguida pela capacidade em tratar
com tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais com um sentimento de bem-
estar. Entende-se como saúde um estado de equilíbrio entre os seres humanos e o
meio físico, biológico ou social, combinado com plena atividade funcional.
Quando o trabalhador começa a exercer um papel multifuncional dentro da
organização a saúde do trabalhador fica comprometida, ocorrendo fadiga e o desgaste
profissional. Os problemas de saúde do trabalhador podem estar relacionados muitas
vezes com a má qualidade de vida e ao estresse no ambiente corporativo. E para que
o trabalhador tenha um controle sobre as suas condições de saúde, é indispensável
que as suas necessidades básicas sejam atendidas, ou seja, o trabalho deve
proporcionar uma alimentação saudável, saúde e segurança.
16
3 ESTRESSE
O conceito de estresse surgiu pela primeira vez na área da saúde em 1926 pelo
endocrinologista Hans Selye, para indicar um conjunto de reações especificas que ele
havia observado em pacientes sofrendo vários tipos de patologias, ele entendia o
estresse como um estado comum a diversas situações de agressão ao corpo do
individuo, seja em aspecto físico ou psicológico, compreendendo a ação e reação a
situações desconhecidas. As reações físicas ou psicológicas, segundo Lipp (1996),
ocorrem no momento em que a pessoa se depara com uma situação que o irrita,
excita, amedronta ou confunda, e até mesmo diante situações de grande alegria.
A palavra estresse há diversas significações de acordo com diferentes autores.
Segundo Robbins (2010), “o estresse é uma condição dinâmica na qual um individuo
é confrontado com uma oportunidade, exigência ou recurso com relação a alguma
coisa que ele deseja e cujo resultado é percebido, simultaneamente, como importante
e incerto”.
Por sua vez, Chiavenato (2004) define estresse como um “conjunto de reações
físicas, químicas e mentais de uma pessoa decorrentes de estímulos ou estressores
que existem no ambiente”. O estresse pode ser a junção das perturbações orgânicas
e psíquicas que são ocasionadas por vários agentes agressores, como: traumas,
emoções fortes, fadiga, situações que geram conflitos e problemas entre outros.
Dessa forma entende-se que o estresse é a reação de uma pessoa a pressões
do seu dia-a-dia, ou seja, é quando as pessoas não consegue lidar com as criticas e
as exigências que ocorre no seu dia. Para França e Rodrigues (2011), esse estado
pode ser avaliado como uma ameaça ou qualquer coisa que exige dela mais que suas
próprias habilidades ou recursos e que o coloca em perigo seu bem-estar ou sua
sobrevivência. Nesse mesmo raciocínio Feldman (2007) afirma que “estresse é a
resposta a eventos ameaçadores ou desafiantes”.
O estresse pode ser percebido como o ponto em que o individuo não consegue
lidar nem controlar os seus conflitos interiores, causando um exagero de energia,
originando consequências como: cansaço, tristeza, euforia, etc, assegura Carvalho
(2002).
17
Assim entende-se que estresse vem a ser uma resposta normal e necessária
do organismo a algumas situações, os indivíduos se estressam quando eles percebem
que não podem obter um resultado esperado. É uma reação que independe da própria
vontade e tem características emocionais e físicas.
O Estresse em um nível elevado pode ser inteiramente prejudicial à saúde das
pessoas, ele se desenvolve de uma maneira que pode levar o individuo a condições
delicadas de saúde.
Qualquer situação de tensão aguda ou crônica que causa uma mudança no comportamento físico e no estado emocional do individuo é uma resposta de adaptação psicofisiológica que pode ser negativa ou positiva no organismo. Tanto o agente estressor como seus efeitos sobre o individuo podem ser descritos como situações desagradáveis que provocam dor, sofrimento e desprazer. (MOLINA, 1996, p.18)
O estresse é um mal que faz parte da vida de todos os seres humanos sejam
em grande ou pequena quantidade, porém nem sempre as pessoas sabem distinguir
o mal e se é portador dele. Conforme Moreira e Mello Filho (1992) o estresse é um
conjunto de reações e estímulos que causam distúrbios no equilíbrio do organismo
frequentemente com efeitos danosos. Então pode-se dizer que estresse seria a
reação de uma pessoa a eventos em que o individuo se sente desafiado e
desconfortável, como perdas, mudanças na situação financeira, problemas no
ambiente de trabalho e dificuldades na vida social e nos estudos.
Uma pesquisa realizada pela ISMA (Associação Internacional de Controle do
Estresse) revelou que o Brasil é o segundo país do mundo com níveis de estresse
altíssimos. Em outra pesquisa realizada pela mesma, revela que cerca de 70% dos
brasileiros sofrem com algum sinal negativo de estresse. Essa alta taxa de estresse
pode estar diretamente ligada às mudanças no ambiente familiar e social incentivadas
pela globalização.
Em 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou o estresse de “a
doença do século XX (vinte)” sendo abordada como a doença relacionada a
resultados desastrosos, com várias alterações orgânicas, sendo um dos principais
18
motivos de consulta médica e queda de produtividade no trabalho, e apesar de
estarmos no século XXl (vinte e um), esta doença pode está cada dia mais crescente.
O estresse pode estar presente no ser humano como forma de estimulo para o
crescimento individual, porém, na maioria das vezes, ele se manifesta de forma
negativa, ocasionando alterações no organismo, e tornando-se um dos principais
responsáveis pela redução da qualidade de vida. Ou seja, quando o individuo deseja
algo, que ele é impossibilitado de realizar seu desejo é que surge o estado de
estresse.
De acordo com estudos realizados, o mal chamado estresse pode ser
decorrente principalmente de fontes ambientais e pessoais envolventes dentro do
ambiente de trabalho, ou seja, a tranquilidade, a vida pessoal, as tecnologias, a
segurança, e aos problemas que terão que ser revolvidos, porém cada indivíduo reage
de forma diferente ao estresse, pois o mal aparece quando os limites e as demandas
começam a fazer parte da vida do mesmo. Os limites impedindo que a pessoa faça o
que deseja, e as demandas referem-se à perda de algo desejado.
3.1 AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE
Atualmente no mundo avançado em que vivemos pode ser quase impossível
não passar por um determinado tipo de estresse em algumas ocasiões de nossa vida,
muitas pessoas convivem diariamente com situações de pressão e exigências no seu
dia-a-dia de trabalho, em seu lar e nas relações com as pessoas, e que com o passar
do tempo, e inevitável chegar ao estresse devido a esses fatores.
De acordo coma pesquisa Stress no Brasil (2013) realizada pelo Instituto de
Psicologia do Controle do Stress sob à direção da Drª Marilda Novaes Lipp os
relacionamentos (familiares, amorosos, com colegas e chefes) são apontados como
os maiores estressores para os brasileiros, as dificuldades financeiras ocupam o
segundo lugar, e como terceiro maior estressor vem a sobrecarga de trabalho.
Segundo Moraes (1999) “qualquer situação desconfortável, problemática ou
desafiadora pode ser a causa de stress”. Vários motivos podem levar uma pessoa ao
estresse, que se não for cuidado de imediato, ele evolui para consequências graves.
19
Os problemas econômicos enfrentados pelos indivíduos que sempre gastam mais do
que têm são também outra fonte de dificuldade que pode gerar o estresse e desviar a
atenção do individuo. O esquecimento e a falta de atenção também podem ser
causados ou associados ao mal.
O estresse pode gerar um circuito, onde os conflitos no trabalho podem
ocasionar impactos negativos no ambiente familiar, gerando mais conflito no ambiente
organizacional, e assim por diante, afirma Fiorelli (2003). O mesmo pode causar
inúmeras consequências na vida do individuo, de acordo com Lipp e Tanganelli
(2002), os principais sintomas vem a ser a perda de apetite, insônia, irritabilidade,
dificuldade de concentração, distúrbios de memoria, emagrecimento ou ganho
excessivo de peso, suor, e as vezes, pode evoluir para um quadro grave do estresse,
chamado “distúrbio do pânico”.
Os estragos ocasionados pelo estresse podem trazer consequências graves
para o indivíduo, se ele quando consciente das alterações ocorridas no seu
organismo, não tomar iniciativa para controlar os agentes estressores. De acordo com
Feldman (2007), o estresse produz imediatamente reações fisiológicas. No curto
prazo essas reações podem permitir uma adaptação, mas no longo prazo podem ter
consequências negativas, incluindo o desenvolvimento de distúrbios psicofisiológicos.
Na medida em que a pessoa se torna emocionalmente frágil, suas defesas orgânicas
reduzem, deixando-a mais vulnerável aos diversos tipos de doenças.
O estresse pode ser notado de varias maneiras de acordo com Robbins (2010),
entre os sintomas estão pressão alta, ulceras, perda de apetite, entre outros. E isso
tudo pode ser enquadrado em três categorias gerais que são: sintomas físicos,
psicológicos e comportamentais.
Sintomas físicos - Pesquisas levaram à conclusão de que estresse poderia ser a causa de mudanças no metabolismo, aumento dos ritmos cardíacos e respiratórios, aumento da pressão sanguínea, dores de cabeça e até ataques do coração. Sintomas psicológicos - O estresse pode causar a insatisfação. Quando relacionado ao trabalho, pode levar a insatisfação no trabalho, que, na verdade é o efeito psicológico mais simples e obvio do estresse. Mas o estresse também se apresenta em outros estados psicológicos, como por exemplo, tensão, ansiedade, irritabilidade e tédio. Sintomas comportamentais - Os sintomas comportamentais do estresse incluem mudanças da produtividade, absenteísmo e rotatividade, bem como
20
mudanças nos hábitos alimentares, aumento do consumo de álcool ou tabaco, fala rápida, inquietação e distúrbios de sono. (ROBBINS; 2010 p. 586).
O estresse em um indivíduo pode causar desde transtornos psicológicos,
ansiedade, até doenças mais sérias como úlceras, infarto, câncer ou até mesmo a
tentativa de suicídio. O estresse associado ao estilo de vida do individuo pode ser
responsável por boa parte das doenças do coração e alguns tipos de câncer. O mal
pode causar sofrimento de várias maneiras, causando consequências biológicas e
psicológicas ao individuo, suas causas podem ser devido a qualquer situação ou
sensação que o faz se sentir fracassado ou nervoso, e sua sensação é de medo,
desconforto e preocupação. Pode surgir também através da competitividade, falta de
tempo, ansiedade, a falta de autoestima entre outros.
Existem três tipos principais de consequências que resultam do estresse,
apresentados por Feldman (2007) no quadro abaixo:
Quadro 1 – Principais consequências resultantes em estresse
CONSEQUÊNCIAS SINTOMAS
Efeitos fisiológicos diretos Aumento da pressão sanguínea, atividade hormonal e doenças psicológicas; redução do funcionamento do sistema imunológico.
Comportamentos prejudiciais Aumento da dependência de drogas e álcool, deficiência na nutrição, redução das horas de sonos.
Comportamentos relacionados indiretamente à saúde
Atraso na busca por tratamento médico e maior probabilidade em não procurar tratamento médico.
Fonte: Elaborado pelo próprio autor
“O estresse afeta e compromete o físico, o emocional e o comportamental. Seu
grau dependente da personalidade da pessoa, da maneira como a pessoa percebe as
coisas e a vida”, afirma Fidelis e Banov (2007). Sendo assim as consequências do
estresse dependem do tipo de personalidade de cada pessoa, pois uma mesma
situação pode ser vista de maneira diferente por cada individuo, depende da
percepção e da influencia que determinada situação tem para o individuo.
Pessoas portadoras desse mal podem sofrer de fadiga, depressão, gastrite,
síndrome do pânico, doenças cardiovasculares e hipertensão, entre outros problemas
o estresse pode causar também problemas com drogas, alcoolismo, aumento da
21
dependência, com isso as pessoas que apresentam elevado grau de estresse
necessitam de cuidados com a saúde.
3.2 FONTES POTENCIAIS DO ESTRESSE
As fontes potencias podem ser os fatores principais causadores e/ou
motivadores do estresse. Entre as fontes potenciais do estresse, Robbins (2010) os
divide em três categorias, sendo eles, ambiental, organizacional e individual.
Quadro 2 – Fatores causadores e/ou motivadores do estresse.
FATORES CAUSAS
Ambientais Incertezas no negocio, mudanças nos ciclos da empresa, mudanças ou ameaças políticas, incertezas tecnológicas.
Organizacionais Pressões organizacionais em geral, tais como pressões para redução de erros, cumprimento de prazos, excesso de tarefas, líder demandante e insensível, colegas de trabalho desagradáveis.
Individuais Problemas particulares, tais como econômicos e familiares, com relacionamento com filhos ou amorosos, características da personalidade do individuo.
Fonte: Elaborado pelo próprio autor
Observa-se que diversos fatores afetam, causam e elevam o estresse no
trabalhador, esses fatores podem ser desde problemas na empresa como problemas
individuais, os problemas na empresa podem ser de caráter organizacional e/ou
ambiental, e os problemas familiares podem afetar no desenvolvimento das atividades
na entidade no momento em que o trabalhador não consegue separar vida pessoal
da vida profissional.
Lipp (1996) afirma que o estresse deriva de fontes externas e internas:
As fontes externas estão relacionadas com as exigências do dia-a-dia do individuo, como os problemas familiares, sociais, profissionais, morte ou doenças de alguém próximo, dificuldades econômicas, violências, entre outros. O estresse ocorre frequentemente em função
22
dos vários tipos de cargos, de ocupação que a pessoa exerce. Já as fontes internas estão incluídas na maneira de ser do individuo, do seu tipo de personalidade e seu modo de reagir aos acontecimentos da vida. Muitas das vezes não é o episódio em si que se torna estressante, mas a maneira como é interpretado pela pessoa. (LIPP, 1996, p. 9)
3.3 OS TIPOS DE ESTRESSE
O estresse nem sempre se caracteriza como ruim, apesar de na maioria das
vezes ser discutido como um fato negativo, ele também possui seu lado positivo. O
mesmo deve ser lembrado como uma oportunidade quando oferece um potencial de
ganho.
Nesse contexto, Wallau (2003) denomina o estresse positivo em eustresse,
onde motiva, impulsiona e estimula a pessoa a lidar com a situação; e denomina o
estresse negativo em distresse, o qual ocorre em situações onde a pessoa sente-se
intimidada, criando um ambiente em que a pessoa sente a necessidade de fugir da
situação, sendo um dos efeitos mais comuns à redução da qualidade de vida, com
reflexos no desempenho do trabalho. E, apesar de existir o estresse positivo, ambos
causam reações psicofisiológicas semelhantes, onde nas situações de estresse
apresentam extremidade fria e suada, aceleração cardíaca, o aumento de pressão
arterial e aumento da tensão muscular.
De acordo com Lacanna (2008), as características do estresse positivo
correspondem ao aumento da vitalidade, manutenção do entusiasmo, otimismo,
disposição física e interesse; por outro lado o estresse negativo, denominado por essa
autora como estresse patológico as características são cansaço, irritabilidade, falta de
concentração, depressão, pessimismo, queda da resistência imunológica e mau
humor.
Então, estresse negativo e quando a pessoa se sente ameaçada e
impossibilitada de realizar algo, fazendo com que sua autoestima fique baixa e sua
auto realização não aconteça. No entanto o estresse positivo e quando a pessoa se
sente capaz de realizar algo que e dito como incapaz, por exemplo, quando alguém
diz que a pessoa não é capaz de realizar determinada coisa, a pessoa vê aquilo como
uma oportunidade de mostrar o contrário, e com isso sente-se motivada a mostrar sua
capacidade.
23
4 ESTRESSE OCUPACIONAL
O estresse está entre os principais problemas de saúde relacionados com o
contexto profissional, o mal vem se alastrando cada vez mais dentro do ambiente de
trabalho, e pode ser considerado um enorme problema atualmente, pois tem uma
influencia direta na saúde e na segurança dos trabalhadores, causando desconforto e
insatisfação do individuo pelo trabalho.
Na definição de Couto (1987), estresse ocupacional é um estado em que
acontece um desgaste anormal do organismo humano e/ou diminuição da capacidade
de trabalho, devido à incapacidade prolongada do indivíduo tolerar, superar ou se
adaptar às exigências de natureza psíquica existentes em seu ambiente de trabalho
ou de vida. O estresse ocupacional pode então ser definido como as respostas
prejudiciais, físicas e mentais, que ocorrem quando as exigências do seu trabalho não
correspondem à capacidade de realização do individuo. O mal no ambiente de
trabalho pode ser gerado pelo excesso de trabalho, cansaço, pressões, intriga com
colegas, entre outros.
Estresse ocupacional é o intercâmbio das condições de trabalho com as
características do trabalhador, nas quais a demanda do trabalho extrapola as
habilidades do trabalhador para realizá-las, afirma Ross & Altamaier (1994). As
confusões diárias no trabalho também podem levar os colaboradores ao estresse, pois
o principal motivo desse estado pode estar no próprio individuo, dependendo
basicamente da formação da estrutura de sua personalidade. O estresse envolve
aspectos de desgaste emocional e físico, porém no ritmo da vida do mundo
contemporâneo pode ser o principal responsável por esse mal.
Limongi, França e Rodrigues (2002) acreditam que essas reações de estresse
no individuo, podem prejudicar “a interação da pessoa com o trabalho e com o
ambiente de trabalho, à medida que esse ambiente contém demandas excessivas a
ela, ou que ela não contém recursos adequados para enfrentar tais situações”.
O estresse no local de trabalho pode ser causado por vários fatores como, por
exemplo, salário inadequado ao cargo exercido, insegurança e falta de instabilidade
no local de trabalho, má distribuição de responsabilidades, longas jornadas de
trabalho, e até ambientes desagradáveis e mal organizados. Essas causas podem ser
24
relacionadas ao conteúdo do trabalho, como aos curtos prazos, trabalho constante, e
podem também ser associados com questões relacionadas ao contexto do trabalho
como, por exemplo, pagamentos, relações com os colegas e carreira.
O estresse ocupacional pode ser um conjunto de fenômenos que se acertam
no organismo do trabalhador com a participação dos agentes estressores, que são
causados diretamente pelo trabalho ou por motivo dele, e que podem afetar a saúde
do trabalhador.
Uma pesquisa realizada pela ISMA (2007) apontou que o Brasil lidera o ranking
de horas trabalhadas por semana, sendo 54 (cinquenta e quatro) horas contra a média
mundial de 41 (quarenta e uma) horas. Que ultrapassa abusivamente as normas, que
sendo de acordo com a CLT (CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO) art. 58
determinam que a jornada de trabalho não ultrapasse 8 (oito) horas diárias e 44
(quarenta e quatro) horas semanais.
De acordo com Zille (2005), a sociedade está passando por um processo de
intensificação do ritmo em que as mudanças acontecem. Dessa forma, o estresse
apresenta-se como uma variável importante, que vem atingindo os indivíduos de
forma geral. Cooper (2005) determinou o estresse ocupacional como um problema de
natureza perceptiva, que resulta da incapacidade em lidar com as fontes de pressão
no ambiente de trabalho, trazendo como consequência problemas na saúde física e
mental, e até na satisfação do trabalho, que afetam não só o individuo, mas também
nas organizações.
O estresse ocupacional pode estar relacionado a vários problemas decorrentes
dentro da empresa, o mesmo quando é sentido pelos colaboradores pode causar
desconforto e desequilíbrio do individuo, trazendo consequências tanto para o
trabalhador quanto para a empresa, diminuindo a capacidade de realização de
atividades por parte dos colaboradores, e aumentando as exigências dos superiores.
25
4.1 CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE NO TRABALHO E NA SAÚDE DOS
TRABALHADORES
Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) divulgada em abril de 2011,
relata que os problemas causados pelo estresse, depressão, alcoolismo, hipertensão,
dor de cabeça e outros, levaram 1,3 milhões de brasileiros a se afastarem do trabalho
e receberem auxílio-doença. O estudo também mapeou as principais causas de
afastamento dos trabalhadores, e entre os principais motivos, estão os problemas
mentais decorrentes do estresse.
Segundo a Psicóloga Marisa de Abreu, em entrevista cedida para o Portal
Minha Vida, a pressão no trabalho pode evoluir para o estresse e o estresse pode
evoluir para quadros ansiosos e depressivos mais significativos, como por exemplo, a
síndrome do pânico, transtorno obsessivo e a depressão maior.
O estresse no ambiente de trabalho pode também aumentar os
comportamentos de risco, como tabagismo, álcool e o uso abusivo de drogas, e
desmotivar hábitos saudáveis, como atividade física e a alimentação balanceada.
Estes problemas podem reduzir a produtividade do individuo e afetar no trabalho,
podendo causar absenteísmo, atrasos na entrega dos trabalhos, perda de
oportunidade, erros e até acidentes de trabalho.
Uma pesquisa realizada por especialistas da USP (Universidade de São Paulo)
e também da Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal Fluminense e
Universidade Federal de Minas Gerais revelaram que o estresse no trabalho traz
grande influencia na geração da enxaqueca, que quem sofre crises de enxaqueca
com maior frequência é mais propenso a ter trabalhos mais exigentes, ou seja, que
envolvem tarefas com pouco tempo para serem realizadas ou que exigiam muito
esforço para serem concluídas. Podemos perceber que o estresse também está
fundamentalmente ligado as questões psicologias. Assim, o estressado não se dá
conta da carga emocional que recebe, entrando num estado de descontrole das
funções normais de seu organismo.
26
4.2 COMO DETECTAR O ESTRESSE
Estresse muitas pessoas podem ter, porém até certo ponto, no dia-a-dia
situações diversas apresentam-se para as pessoas, que se adaptam a elas. "É preciso
ter estresse para poder viver. O problema é quando ele se torna excessivo, quando
supera a capacidade de adaptação da pessoa ou quando ele persiste por muito
tempo", diz Selma Bordin, psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein em uma
matéria publicada no site da referida instituição em dezembro de 2009.
O estresse pode ser gerado pelo excesso de trabalho, cansaço, uma vida
tripulada. Os conflitos diários no trabalho também podem levar os colaboradores ao
estresse, pois o principal motivo desse estado pode estar no próprio individuo,
dependendo basicamente da formação da estrutura de sua personalidade.
Segundo Hoiberg (1982), as fontes de estresse ocupacional podem ser
divididas em três grupos.
Quadro 3 - Fontes de estresse ocupacional
FATORES
AMBIENTAIS
CARACTERISTICAS
DO TRABALHO
CONSIDERAÇÕES SORE
CARREIRA
Barulhos, temperatura,
ameaças, toxicidades.
Sobrecarga de trabalho,
assumir
responsabilidade de
outras pessoas, tarefas
simples ou complicadas
demais.
Status, oportunidades
futuras, aptidão as tarefas, e
a utilização de suas
habilidades em outros
setores.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ninguém adoece devido ao estresse da noite para o dia, porém o próprio corpo
do individuo avisa que as coisas não vão bem, alguns sinais como: cansaço, distúrbios
de sono, tensão muscular, mudança de apetite, alterações de humor, falta de
concentração e memória, ansiedade, depressão, podem indicar o estresse. Basta o
individuo prestar atenção aos sinais do corpo, e de imediato procurar amenizar e/ou
combater o mal.
Silva (2002) apresenta as três fases do estresse como:
27
Quadro 4 - As três fases do estresse
FASE DE ALERTA FASE DE RESISTENCIA
FASE DE EXAUSTÃO
É quando o individuo entra em contato com o agente estressor e o seu corpo acaba perdendo o equilíbrio.
É quando o corpo tenta voltar ao seu estado de equilíbrio.
É a fase mais perigosa devido ao comprometimento físico em forma de doença.
SINTOMAS SINTOMAS SINTOMAS
Dores do estômago, boca seca, insônias, agitação, mudança no apetite, diarréia, dores musculares e respiração ofegante.
Mal-estar, gastrite, tonturas, irritabilidade, cansaço, sensação de desgaste físico e problemas com a memória.
Pesadelos, ulceras, angustia, cansaço em excesso, insônia, falta de humor, tiques nervosos, ataques cardíacos e ate depressão.
Fonte: Elaborada pelo autor.
4.3 COMO COMBATER O ESTRESSE
As organizações podem ajudar e muito a minimizar o estresse dos
colaboradores dentro do ambiente de trabalho, uma boa maneira de desempenhar
isso seria melhorar a relação do trabalho com as pessoas, disponibilizar treinamentos
e tempo apropriado tanto para o aprendizado quanto para a realização das tarefas,
fornecer uma descrição aberta e precisa sobre o que deve ser executado pelo
colaborador, e quais são suas rotinas e sua importância para o fluxo produtivo.
O estresse pode ser reduzido desenvolvendo-se um senso de controle sobre
as circunstancias pessoais. Em alguns casos, no entanto, as pessoas desenvolvem
um estado de incapacidade adquirida declara Feldman (2007). Para Quick (2001), o
indivíduo precisa de dois a cinco dessas atitudes para lidar com o estresse:
competência, atividades físicas, habilidades cognitivas para pensar diferente a
respeito da situação que se apresente ter bons amigos, boa família e suporte social.
Uma possível maneira de combater o estresse também seria de procurar se
divertir com amigos e família, ou seja, procurar se distrair, esquecendo-se de seus
problemas pessoais e profissionais, trazendo para si um sentimento de conforto e
satisfação, outra proposta de distração é a atividade física, podendo então o indivíduo
chegar a auto realização, e conseguindo assim diminuir e/ou combater o estresse. A
28
atividade física pode afetar o astral das pessoas, diminuindo o estresse e gerando
energia. A música também pode ser uma excelente prática adotada para a diminuição
do estresse, pois ela afeta vários sentidos, podendo induzir emoções negativas ou
positivas, e uma de suas vantagens e transformar o ambiente alterando o estado
emocional do individuo. Alimentação saudável, o lazer, a mudança no comportamento
e nos hábitos que podem levar ao estresse, também podem ser praticas de combater
o estresse.
De acordo com Molina (1996 apud DIAS, 2007), antes de iniciar com formas de
tratamento e preciso rever os seguintes pontos:
A maioria das formas de tratamento não enfoca a eliminação das causas reais do estresse, das ansiedades e dos conflitos psicológicos; fontes profundas e estresse e ansiedade que são presentes ou derivam de conflitos emocionais profundos do individuo não são atingidas pela maioria das formas de tratamento; as causas que tem origem no meio ambiente do individuo tampouco são eliminadas por essas formas de terapia. Já que o individuo, nessas circunstancias, não é capaz de eliminar os fatores, delinear seus efeitos e ensinar o paciente a encará-los de outros pontos de vista; se um individuo e portador de ansiedade e alguma porcentagem de estresse, a melhor forma de tratamento seria ensiná-lo a reconhecera ansiedade, a fonte deste distúrbio é a melhor forma de lidar com ela. Em qualquer forma de tratamento de estresse, e importante considerar a presença de outros fatores coadjuvantes e potencializadores: depressão, ansiedade, e distúrbios psicológicos. Dessa maneira, encaminhar pacientes com avaliação e terapia psicológica faz parte da abordagem.” (MOLINA, 1996, p. 299 apud VIANNA 2003 p.10)
No ambiente organizacional, os gestores devem procurar atender as
necessidades dos colaboradores, para isso é bom conhecer cada um dos
funcionários, para assim saber como eles podem satisfazê-los e o que pode deixá-los
motivados. Para alguns, o que pode motivar dentro da empresa pode ser aumento do
salário, para outros podem ser apenas uma boa relação com o patrão, um
reconhecimento positivo por parte dos seus chefes, ou até mesmo uma mudança de
layout no físico da empresa. Porém, devido à motivação ser um fator de cada
indivíduo, a empresa deve buscar identificar como motivar cada colaborador, para
assim evitar um possível estresse organizacional.
Existem várias maneiras para se combater o estresse segundo Moraes (1999),
entre as prováveis soluções ele cita: elaborar o planejamento de vida e com isso
29
promover uma organização pessoal, dizer não às coisas que não tem a devida
importância, gerenciar o tempo, equilibrar a vida pessoal e a vida profissional, investir
nos relacionamentos amorosos, familiares e com os amigos, cuidar da saúde, manter
senso de humor, entre outras atitudes que devem ser tomadas por quem desejar
combater o estresse.
4.4 A PREVENÇÃO E O ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE
Apesar de uma quantidade sem excesso de estresse pode vir abeneficiar o
desempenho de um funcionário, não se pode esperar que ele note a situação dessa
maneira. Para o individuo, o estresse mesmo sendo em baixo nível é indesejável, por
essa razão, não é duvidoso que os gestores e os funcionários tenham opiniões
diferentes, ou seja, o que os gestores consideram um estimulo positivo que mantém
adrenalina, pode ser visto pelos funcionários como uma pressão excessiva.
O primeiro passo na prevenção do estresse, é que a organização tenha uma
equipe de trabalho com pessoas motivadas, que tenha seus objetivos estabelecidos
e que tenha preocupação com o bem estar de seus colaboradores.
Feldman (2007) afirma que “enfrentar o estresse pode assumir algumas formas,
incluindo o uso inconsciente de mecanismos de defesa e o uso de estratégias de
enfrentamento focalizadas na emoção e focalizadas no problema”. O primeiro passo
a ser feito na prevenção do estresse é identificar sua causa e verificar se é possível
afastá-lo, se não há possibilidade de afastar o estresse, é necessário que o indivíduo
crie estratégias para resolvê-lo. Às vezes, a solução encontrada não é a ideal, mas é
a que se pode pôr em prática naquele momento.
Outra forma de reduzir o estresse é relaxar, fazendo uma alimentação
saudável, e exercitando-se fisicamente. Essas são mudanças fundamentais no estilo
de vida que o individuo deve se adaptar em longo prazo, pois o comportamento do
mesmo não será modificado do dia para a noite. O importante é fazer pequenas
mudanças com o tempo, mais que sejam duradouras. Além disso, horas de sono e de
lazer para reduzir os níveis constantes de adrenalina também é uma boa medida.
30
Segundo Hernandes (2011), para um trabalho que é mentalmente
desgastante, estabelecer intervalos na jornada e tornar o ambiente de trabalho
adequado, por incluir atividades que dão prazer ao profissional ajudará a minimizar o
desgaste físico e mental.
A atividade física independente do seu desempenho perfeito ou não, pode ser
essencial no processo de enfrentar o estresse, hobbies que não estejam ligados ao
trabalho diário também podem ser uma boa opção para quem deseja prevenir e/ou
enfrentar o estresse. E mesmo se estiver com um nível alto de estresse o importante
e nunca se automedicar, se o individuo não conseguir controlar os níveis de estresse
sozinho, deve procurar ajuda profissional.
A organização deve respeitar os limites e a capacidade de seus colaboradores,
observar o nível de estresse adequado a ele, e procurar conquista-lo, para que ao
administrar os problemas aumente a produtividade no trabalho, afirma Carvalho &
Serafim (2002),
31
5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT
O tema qualidade de vida no trabalho assim como estresse vem sendo cada
dia mais uma preocupação para a administração nas empresas, devido a união que
existe entre produtividade e condições adequadas para realização de um trabalho. A
gestão da qualidade total nas empresas depende necessariamente do potencial
humano, ou seja, depende do quanto o individuo se sente bem trabalhando na
organização.
Para a formação de uma empresa se faz necessário à interligação de pessoas
que constituem uma sociedade organizacional, no qual cada individuo desempenha
suas tarefas de acordo com sua capacidade, competência e habilidade. Para um
melhor desempenho destas atividades, cada pessoa deve estar em perfeito estado de
humor, e harmonia com o ambiente de trabalho, pois o individuo com uma vida
profissional de qualidade, pode contribuir para a melhoria do funcionamento da
empresa e ao aumento da produtividade na organização.
Alguns fatores como, riscos físicos e químicos e carga excessiva de trabalho,
podem influenciar direta ou indiretamente na saúde do colaborador, e como
consequência afetar na produtividade da organização, dessa maneira, pode se afirmar
que para o avanço dessa organização deve-se levar em consideração a melhoria da
qualidade de vida no trabalho.
A palavra Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) foi descrita na década de 1970
por Louis Davis, quando o mesmo desenvolvia um projeto de desenho de cargos. Para
Chiavenato (1999 p. 391) o conceito de QVT é referente à “preocupação com o bem-
estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas tarefas”. De acordo
com Limongi e França (2003) a qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações
de uma organização no sentido de estabelecer melhorias e inovações gerenciais,
tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho.
Permite-se afirmar que a valorização desta ferramenta é um ponto positivo para
o desenvolvimento e melhoria dos colaboradores e de redução de estresse
profissional. Nesse mesmo sentido Silva e Lima (2011) disparam que uma gestão
adequada e significante da qualidade de vida no trabalho é uma importante ferramenta
para as empresas, pois através destes programas é possível obter melhores
32
resultados, visando o bem estar do individuo dentro da organização, promovendo a
satisfação dentro do ambiente.
Para o autor Nahas (1997) a qualidade de vida do individuo é decorrente da
qualidade da sua saúde, de suas possibilidades e limitações individuais e grupais.
Esse conceito pode ser representado pelo processo de satisfação das necessidades
primitivas e culturais do individuo. Dessa forma, entende-se que a qualidade de vida
no trabalho diz respeito à remuneração, condições de saúde e segurança no trabalho,
oportunidade de crescimento profissional, além da valorização do colaborador. Conte
(2003) cita que trabalhadores com uma boa qualidade de vida no trabalho são mais
felizes e produzem mais.
A melhoria dos canais de comunicação pode ser uma solução encontrada para
resolver os problemas em uma empresa de grande porte conforme Teixeira (2005),
pois através deste pode-se alcançar uma maior eficiência para o trabalho, resolução
dos conflitos interpessoais, adição de horas extras, redução na carga horária de
trabalho e premiações como incentivo para os funcionários, melhorando assim a
qualidade de vida do trabalhador. Portanto é importante ressaltar o quanto é
fundamental a qualidade de vida para a sobrevivência das empresas, e é através da
remuneração adequada, melhoria nas condições de trabalho, oferta de oportunidades
de crescimento dentro da organização, promoção do desenvolvimento social que essa
qualidade pode ser alcançada.
O principal objetivo da QVT de acordo com Araújo (2008) é de melhorar a
satisfação do colaborador, proporcionando o devido valor e incentivando-o no seu
trabalho. Diante disso é correto afirmar que, para que o individuo tenha uma saúde
física e mental boa, a organização deve proporcionar um clima adequado, que por sua
vez resultará numa boa qualidade de vida no trabalho, beneficiando para a formação
e a conservação de indivíduos mais criativos, responsáveis e com capacidade para
demonstrar e/ou desenvolver novas habilidades, criando assim, um melhor retorno
para a própria empresa.
A QVT somente ocorre no momento em que as organizações tomam
consciência de que os colaboradores são partes fundamentais de sua empresa. Silva
e Lima (2007) afirmam que no Brasil, algumas organizações de grande e médio porte
33
vêm se adaptando aos programas de QVT, com o objetivo de reduzir custos com
assistência médica, acidentes, absenteísmo e de melhorar a segurança e o bem estar
dos trabalhadores.
França (1997 apud CARDOSO 2007) dispara que a construção de qualidade
de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que a empresa e as pessoas são
vistas como um todo. Portanto colaboradores satisfeitos tendem a ser leal com a
empresa. Sendo assim, a preocupação com a qualidade de vida no trabalho e com a
satisfação dos funcionários deve ser vista como uma ferramenta de grande
importância para o desenvolvimento das organizações que tem foco na produtividade
e no mercado de trabalho.
5.1 CLIMA ORGANIZACIONAL
Os sentimentos e as percepções em relação à realidade da organização podem
ser distribuídos em três grupos de acordo com Maximiano (2011); a satisfação, a
insatisfação e a indiferença. Os elementos de uma organização podem afetar as
percepções e os sentimentos de seus colaboradores, variando desde o local físico da
empresa, salários e benefícios a serem recebidos, o higiene do ambiente até as metas
que a instituição deseja alcançar. Todos esses elementos afeta a forma de como os
colaboradores se sentem com relação à empresa, ou seja, o produto de todas as
emoções sentidas pelos colaboradores é conhecido como clima organizacional.
Chiavenato (1997 apud SOUZA, 2005).
Clima organizacional é um conjunto de características mensuráveis do local de trabalho percebido diretamente ou indiretamente, pelas pessoas que vivem e trabalham no ambiente e que influencia a motivação e o comportamento desses indivíduos. (CHIAVENATO 1997 apud SOUZA 2005 P.26)
De acordo com o autor o clima organizacional está coligado com o nível de
motivação dos colaboradores, pois quando o funcionário se sente motivado ele
demonstra maior interesse e colaboração dentro da empresa. Caso não haja
motivação dos colaboradores, pode haver frustrações, desinteresse, insatisfação,
34
entre outros fatores. Assim compreende-se que o clima organizacional influencia e
também é influenciado no estado motivacional das pessoas
O clima organizacional é consequência da cultura alimentada pela organização,
podendo causar a satisfação ou a insatisfação no funcionário afirma Dias (2003). O
autor pontua também que o clima organizacional está relacionado com o nível da
satisfação, de atendimento das necessidades e das expectativas dos colaboradores
de uma empresa.
Barçante e Castro (1999 apud MOURA, 2013) determinam o clima
organizacional como atmosfera resultante das percepções que os colaboradores têm
dos diferentes aspectos que influenciam seu bem-estar e sua satisfação no dia-a-dia
do trabalho.
Então, partindo de várias conceituações, nota-se que o clima organizacional é
o reflexo dos pontos negativos e positivos da empresa, e está fortemente relacionado
ao grau de motivação e satisfação de seus colaboradores, afetando diretamente o
ambiente e as relações internas entre os funcionários, podendo tornar o clima
organizacional bom ou ruim, conforme o grau de motivação e satisfação entre os
indivíduos.
Através de um clima organizacional bem trabalhado a organização pode obter
vários benefícios, de acordo com Kahale (2003) a melhoria na comunicação interna,
o aumento do comprometimento dos funcionários com a organização, a credibilidade,
alta produtividade e a união dos colaboradores podem ser benefícios trazidos para a
empresa através do clima organizacional.
Portanto o clima organizacional pode ser um diferencial competitivo, e é
necessário que as empresas se conscientizem disso para poder competir
adequadamente no mercado e criar a satisfação interna. O clima agradável no local
de trabalho é vantajoso tanto para as empresas quanto para os funcionários, e o
resultado disso é menos estresse e melhores desempenhos e resultados.
35
6 ANALISE E DESENVOLVIMENTO DOS RESULTADOS
6.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
O estudo de caso deste trabalho foi realizado na empresa Prosegur Brasil S/A
situada na cidade de Redenção no estado do Pará. A Prosegur é uma empresa
multinacional que oferece Soluções Integradas, adaptadas as necessidades de
segurança dos clientes. A empresa está presente na Ásia – China, Índia e Cingapura
– na Europa - Alemanha, Espanha, França, Luxemburgo e Portugal - na América
Latina - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai e
na Oceania – Austrália.
A Prosegur chegou ao Brasil em 1981, porém, até então a empresa ainda fazia
parte de um Grupo argentino, e foi apenas em 2001 que o grupo Prosegur da Espanha
comprou a Prosegur no Brasil, no decorrer dos anos a companhia cresceu no país e
passou a ter forte presença nas regiões sul, sudeste e centro-oeste e posteriormente
nas regiões norte e nordeste do país. Atualmente no Brasil a empresa conta com mais
de 52 mil funcionários, 1800 carros fortes, 95 garagens e 125 bases Operacionais
distribuídos em 25 estados do território nacional e no Distrito Federal. Líder em
segurança no país, sendo o maior grupo de segurança privada e uma das maiores
empregadoras.
A Filial da Prosegur situada na cidade de Redenção - Pará conta com
aproximadamente 38 (trinta e oito) colaboradores, distribuídos em vigilância, gestão
de numerário e administrativo, o grupo de vigilância é formado por 30 (trinta)
colaboradores, que representam 79% do total do quadro de colaboradores da
empresa Prosegur de Redenção - PA. A partir de então surgiu à curiosidade de
realizar este estudo na empresa para identificar a possibilidade da existênciade
estresse nos colaboradores que trabalham como vigilantes na organização.
6.2 ANÁLISE DO ESTRESSE
Através da pesquisa bibliográfica, verificou-se a importância de identificar a
existência de estresse nos colaboradores, tornou-se necessário á aplicação de uma
pesquisa através de um questionário, cujo método utilizado foi hipotético-dedutivo,
36
contendo 19 perguntas fechadas de múltipla escolha e abordagem quantitativa. O
questionário foi aplicado a 18 (dezoito) colaboradores correspondendo 60% do quadro
de vigilantes da empresa, sendo todos eles do sexo masculino, e tem como foco
perguntas relacionadas à satisfação do colaborador, a visão de cada um em relação
às metas organizacionais, ao salário, entre outros.
O objetivo da realização da pesquisa é de constatar se os vigilantes da empresa
Prosegur estão realmente estressados, e se o estresse for confirmado, a pesquisa
também tem o objetivo de observar o que esta causando esse estresse e os sintomas
já sentidos pelos mesmos. Segue abaixo a pesquisa e os resultados obtidos.
Gráfico 1 – “Em qual faixa etária você se encontra?”
Fonte: Elaborada pelo autor.
De acordo com o gráfico acima, 55% dos colaboradores pesquisados da
Prosegur se encontram na faixa etária entre os 26 e 35 anos de idade, isso é que
corresponde a maioria sendo 10 colaboradores dos 18 pesquisados. Já 22% está
entre os 36 e 45 anos de idade, 17% tem acima de 46 anos e apenas 6% tem 25 ou
menos.
Gráfico 2 – “Qual é seu estado civil?”
Fonte: Elaborada pelo autor
Dados do gráfico afirmam que a maioria dos colaboradores pesquisados são
casados, correspondendo a 66% equivalente a 12 colaboradores, os outros 34% se
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
46 anos ou mais
de 36 a 45 anos
de 26 a 35 anos
até 25 anos
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
viúvo
divorciado
casado
solteiro
37
dividem em solteiros, divorciados e viúvos. Sendo 17% solteiros, 11% divorciados e
apenas 6% viúvos.
Fonte: Elaborada pelo autor
Um grande número de colaboradores do quadro funcional da empresa já se
encontra trabalhando na organização há bastante tempo, isso pode vir a ser um fator
causador de estresse nesses colaboradores, pois o tempo de serviço pode virar rotina,
e para alguns a rotina diária pode ser um fator estressante. 66% dos vigilantes
pesquisados já fazem parte do quadro de funcionários há mais de 5 anos, isso
equivale a 12 colaboradores dos 18 pesquisados, dos outros 34% não há nenhum
colaborador que tem menos de um ano de função. 28% está na empresa entre 1 e 3
anos e 6% já trabalham entre 3 e 5 anos.
Gráfico 4 - "Você se sente satisfeito com sua carga horária semanal na empresa?"
Fonte: Elaborada pelo autor
A quantidade de horas trabalhadas semanalmente pode vir a reduzir a
qualidade de vida do trabalhador, podendo causar um nível de estresse atrapalhando
no desempenho do colaborador trazendo prejuízos tanto para o funcionário quanto
para a empresa.
0% 10% 20% 30% 40% 50%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
5 anos ou mais
entre 3 e 5 anos
entre 1 e 3 anos
menos de 1 ano
Gráfico 3 – “Há quanto tempo você trabalha nesta Empresa?”
38
A redução da carga horária acarreta em vários benefícios para a vida do
individuo, como por exemplo, mais tempo para se dedicar a família e aos exercícios
físicos, assim o individuo pode obter uma melhora significativa na qualidade de vida,
ou seja se o colaborador tem mais satisfação, ele trabalhará melhor e com certeza
terá mais dignidade, além da redução do nível de estresse e da melhoria de sua
qualidade de vida.
Dados do gráfico acima mostra que há divisão entre os colaboradores com
relação à satisfação da sua carga horária semanal. 44% dos colaboradores estão
totalmente satisfeitos com a carga horária que trabalham durante a semana, outros
44% não estão totalmente satisfeitos, porém não estão insatisfeitos com a situação,
pois acham que nem sempre há excesso na carga exercida durante a semana, os
outros 12% não estão felizes com a carga horária que exercem. Com isso observa-se
que a carga horária de trabalho, não representa um fator estressante ao colaborador,
sendo assim não há necessidade da empresa reduzir a carga horária.
Gráfico 5 - "A quantidade de trabalho tem te deixado cansado?”.
Fonte: Elaborada pelo autor.
O gráfico acima mostra que muitos colaboradores se sentem cansados às
vezes, 67% dos colaboradores sentem cansaço devido à quantidade de trabalho, os
outros 33% estão satisfeitos com a quantidade de trabalho exercida por eles dentro
da organização. Apesar dos colaboradores se sentirem satisfeitos com a carga
horaria, os mesmos sentem-se com excesso de trabalho, esses resultados
demonstram que este é um fator organizacional que pode acarretar o estresse se os
resultados passarem de às vezes para frequentemente. O que pode ser resolvido pela
empresa através do aumento do quadro de colaboradores.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
39
Gráfico 6- “Com que frequência você acredita correr riscos no desempenho de sua atividade profissional?”.
Fonte: Elaborada pelo autor.
De acordo com o gráfico 61% dos colaboradores acredita correr risco durante
o desempenho de sua função, essa porcentagem equivalem a 11 colaboradores dos
18 pesquisados, os riscos corridos nessa profissão de segurança privada são
frequentes, pois os mesmo trabalham com valores, o que causa certa ganância para
bandidos, causando medo entre os profissionais de segurança. 17% acreditam que
nem sempre há risco na atividade, os outros 22% confiam na atividade e acreditam
que os riscos corridos são poucos com relação à atividade desempenhada.
A função exercida por esses colaboradores é de grande risco, a empresa já
investe em materiais de segurança, e os funcionários já recebem insalubridade, o que
pode ser feito neste caso para aumentar a qualidade de vida no trabalho, é a empresa
oferecer bonificação além do salário recebido.
Fonte: Elaborada pelo autor.
A satisfação com a remuneração pode ser notada dentro da organização, pois
mais de a metade dos colaboradores pesquisados demonstram um grande grau de
satisfação com o salário recebido, totalizando 56% dos colaboradores. Já para 44% a
remuneração pode ser melhorada por parte da organização, pois acreditam que para
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
muito bom
bom
razoavel
ruim
Gráfico 7 - "Em relação a sua categoria profissional, você considera seu salário?"
40
sua categoria profissional o salário recebido não está totalmente adequado,
acreditando que poderia haver melhoras.
A remuneração oferecida pela empresa está de acordo com o piso salarial
desta profissão, o que não torna a instituição uma má pagadora. Visto que o salário é
um fator que pode causar tanto a satisfação quanto a insatisfação do individuo no seu
trabalho, este resultado representa um ponto positivo para a qualidade de vida no
trabalho, não sendo um causador de estresse para os funcionários.
Gráfico 8 - "Os prazos estabelecidos para a realização de suas tarefas são
satisfatórios?”
Fonte: Elaborada pelo autor.
De acordo com o gráfico 50% dos colaboradores pesquisados acreditam que
os prazos que são estabelecidos para a realização das tarefas nem sempre são bons,
podendo haver melhoras por parte da gestão da empresa, pois a pressão para o
cumprimento de prazo pode ser um fator determinante para o aparecimento do
estresse e como consequência a redução da qualidade de vida no trabalho. 28% dos
colaboradores estão completamente satisfeitos com os prazos, já os outros 22%
apresenta um grau de insatisfação, afinal a pressão com os prazos pode levar um
colaborador ao estresse. Caso a empresa melhore o prazo estabelecido para a
realização das tarefas, o nível de satisfação dos funcionários aumentará, elevando a
qualidade de vida do trabalhador.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
41
Gráfico 9 - "Com que frequência você exerce carga excessiva de trabalho?”
Fonte: Elaborada pelo autor.
Dolan (2006) afirma que no ambiente de trabalho, uma grande quantidade de
trabalho ou a sua sobrecarga, pode levar o trabalhador a sentir-se atrapalhado,
resultando em consequências físicas e mentais.
O gráfico mostra que 44% dos pesquisados esperam que possa haver
melhoras no excesso de carga de trabalho, pois acreditam que o excesso de trabalho
pode virar rotina, e quando isso ocorre à redução da qualidade de vida é imediata,
pois o colaborador passa a estar mais tempo na organização do que em casa com a
família, verifica-se que a carga excessiva tem os deixado cansados como mostra no
gráfico 5.
Outros 45% apresentam um grau de satisfação elevado com relação a
quantidade de trabalho, acreditando que para eles não há um excesso de trabalho.
Apenas 11% acham que o excesso de trabalho é frequente, esses colaboradores
apresentam um descontentamento com o trabalho, o que aumenta a preocupação.
Segundo Hoiberg (1982), a sobrecarga de trabalho encontra-se no grupo de
características do trabalho, sendo uma fonte potencial de estresse organizacional, por
isso a importância do aumento do quadro de funcionários, pois assim os
colaboradores não se sentiriam tão sobrecarregados.
,
Fonte: Elaborada pelo autor.
0% 10% 20% 30% 40% 50%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
0% 10% 20% 30% 40% 50%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
Gráfico 10 - "Você recebe cobranças sobre erros cometidos no trabalho?”
42
As cobranças em excesso, os prazos, e um grande número de informações
deixam o funcionário sobrecarregado, gerando um desequilíbrio entre vida profissional
e pessoal. Nenhum chefe gosta que o colaborador cometa erros dentro da
organização, e quando o erro se torna frequente o individuo pode ser visto como
incapaz. Muitas das vezes problemas como cobranças de um chefe exigente e
péssimas condições de trabalho, são fatores que influem diretamente na saúde do
trabalhador.
Dados do gráfico confirmam que 22% dos colaboradores pesquisados, estão
totalmente satisfeitos com seus gestores, pois acreditam que não há cobranças por
parte da chefia quando cometem erros, 28% se enquadram naqueles que raramente
são cobrados pelos erros cometidos, já para 44% deve haver melhoras por parte dos
gestores, e já os outros 6% afirmam que as cobranças são frequentes. Esses
colaboradores merecem cuidados e preocupação por parte da empresa, pois a
irritabilidade pode ficar visível e vir a ocasionar um desentendimento no ambiente
organizacional, e gerar um estresse trazendo prejuízos para os dois lados.
Gráfico 11 - "Fica irritado ou de mau humor quando se depara com problemas
insignificantes no trabalho?”
Fonte: Elaborada pelo autor.
Problemas como falta de energia, falta de água, falta de organização, falta de
higiene, reclamações de clientes, entre outros podem ser exemplos de problemas
insignificantes dentro do ambiente organizacional. Estes quando o colaborador já
obtém certo nível de estresse, podem vir a aumentar o estresse desse colaborador e
diminuir sua qualidade de vida dentro da empresa. Porém o que pode ser insignificante
para um individuo pode não ser para outro.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
43
O gráfico mostra que 50% dos colaboradores se irritam com os problemas
pouco significativos dentro da organização, porém isso não ocorre constantemente, já
outros 17% raramente dão importância para esses problemas, o restante 33% afirma
que nunca se importam com esses problemas.
Gráfico 12 - "Fica de mau humor por ter que trabalhar muitas horas seguidas?”
Fonte: Elaborada pelo autor.
O indivíduo que trabalha horas seguidas sem intervalo de descanso, pode ter
problemas que afetam sua vida pessoal como distúrbios do sono, cansaço,
irritabilidade, dores de cabeça, falta de vontade de sair de casa em dias de folga, e
dificuldade de concentração. Mas um grande perigo oferecido pelas longas horas de
trabalho é o desenvolvimento ou agravamento de doenças crônicas como as
cardiovasculares, afirma Frida Fische, especialista em saúde do trabalho e professora
da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Pode-se perceber que trabalhar horas seguidas não e um fator estressante
para os colaboradores dessa organização, pois 50% dos pesquisados estão
totalmente satisfeitos com o trabalho continuo, e demostram não se importar com esse
fato, outros 17% afirmam que raramente trabalhar horas seguidas causa mal humor.
28% confirmam que as vezes é estressante trabalhar horas seguidas, pois todo
trabalhador precisa de um tempo de descanso, e apenas 5% demonstram total
insatisfação, pois o mal humor é frequente devido a esse fator.
Gráfico 13 - "As condições ambientais de seu trabalho proporcionam estresse?”
Fonte: Elaborada pelo autor.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
0% 10% 20% 30% 40% 50%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
44
As condições ambientais de trabalho citada na pergunta acima, correspondem
à ruídos, iluminação, ventilação adequada, segurança, higiene do local, organização
e layout, o estado das ferramentas usadas para o exercício das atividades, bem como
o estado dos carros usados para locomoção em função da profissão.
O gráfico mostra que 28% dos colaboradores sentem-se estressados em seu
ambiente de trabalho, pois acreditam que as condições oferecidas não trazem uma
boa qualidade de vida, 39% afirmam que às vezes ocorre sim o estresse devido às
condições do ambiente, outros 17% dizem que raramente sentem estresse por causa
desse fator, o restante 17% trazem a satisfação com o ambiente de trabalho. Esse
fator é de grande importância para a gestão da empresa, pois o estresse por parte
dos colaboradores é evidente, podendo causar uma redução na produtividade desses
colaboradores.
Fonte: Elaborada pelo autor.
De acordo com o gráfico a satisfação com a participação de todos nas tarefas
é evidente, 78% afirmam que às vezes recebem ajuda dos colegas, os outros 22%
confirmam que a ajuda é frequente, o que pode ser de grande importância para o
ambiente de trabalho, pois o trabalho em equipe pode gerar um rendimento para a
empresa, trazendo agilidade e confiança entre os colegas de trabalho. É importante
para a empresa e para os colaboradores manter a boa relação com os colegas, pois
a qualidade de vida do trabalhador pode aumentar a satisfação do mesmo, fazendo
com que o individuo se sinta motivado e podendo aumentar sua produtividade.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
Gráfico 14 - "Você recebe ajuda dos seus colegas, quando necessário, na execução de seu trabalho?”
45
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ross e Altamaier (1994) afirma que estresse ocupacional é a relação das
condições de trabalho com as características do trabalhador, no qual a demanda do
trabalho ultrapassa as habilidades e capacidade do trabalhador de realiza-las.
Pode-se perceber pelo gráfico que não há uma frequência de estresse dentro
do ambiente da empresa, apesar de as condições do trabalho, a carga horária, os
problemas, as cobranças dos gestores proporcionarem o estresse, os colaboradores
da empresa não se sentem estressados, 28% confirmam que não há estresse dentro
da organização, 39% afirmam que raramente o seu local de trabalho causa estresse,
28% confirmam que às vezes pode ocorrer um estresse, porém esse estresse não
afeta a sua satisfação com o ambiente de trabalho, e apenas 5% dos vigilantes
pesquisados demonstra não estarem satisfeitos com o trabalho, estes se sentem
estressados frequentemente, o que pode ser um caso isolado, porém não podendo
passar despercebido pela organização, pois o estresse de um colaborador pode vir a
afetar outros.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Nota-se que a família não é um fator estressante para esses colaboradores,
pois se pode perceber que em 78% dos casos não há estresse em seus lares, os
outros 22% afirmam que às vezes o estresse ocorre, porém esse estresse pode ser
0% 10% 20% 30% 40% 50%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
Gráfico 15 - "Com qual frequência sente-se estressado em seu local de trabalho?"
Gráfico 16 - "Com qual frequência sente- se estressado na sua casa/família?"
46
devido a problemas profissionais, que às vezes o individuo não é capaz de diferenciar
e separar os problemas pessoais com os problemas profissionais.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Dados do gráfico afirmam que os sintomas do estresse já podem ser notáveis
em alguns dos colaboradores, pois 6% dos pesquisados confirmam que é frequente
as dores, o cansaço, o desanimo e a insônia, 28% dizem que às vezes sentem os
sintomas, 44% demonstram que raramente ocorre esse tipo de sintomas com os
mesmos, e os outros 22% confirmam não sentir nada.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Metade dos colaboradores pesquisados afirmam que é raro acontecer o
sentimento de angustia, ansiedade, redução de humor, e a irritação entre eles. No
entanto, outros 33% confirmam que as vezes é possível ocorrer esses sintomas, o
restante 17% afirmam nunca terem sentido esse tipo de reação.
Podemos constatar que com apenas esta amostra, não há sinais de estresse
nos colaboradores da empresa Prosegur em Redenção-PA. Contudo também
0% 10% 20% 30% 40% 50%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
frequentemente
as vezes
raramente
nunca
Gráfico 17 - "Você sente dores de cabeça, cansaço, dificuldades de dormir, e desanimo pela manhã?"
Gráfico 18 - "Você sente angustia, ansiedade, irritação, falta de humor?"
47
observou que de modo geral, há muitos caminhos que pode levar um individuo ao
estresse, más também há várias formas de evita-lo e se evadir dos problemas mais
sérios. Em relação ao mesmo é necessário que o trabalhador se conscientize de sua
gravidade e da importância de sua prevenção.
A qualidade de vida no trabalho é uma ferramenta importante, pois a mesma é
capaz de permitir um melhor convívio do colaborador com a organização em que
trabalha, e ter um ambiente de trabalho satisfatório pode garantir um clima de
confiança entre empresa e colaborador. Observa-se também a importância do clima
organizacional agradável dentro da organização, pois os colaboradores que trabalham
em um clima agradável há maio possibilidade de obter a qualidade de vida no trabalho
e uma menor probabilidade de ocorrer o estresse dentro do ambiente.
48
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A finalidade principal deste trabalho foi de buscar compreender quais os
motivos que podem gerar o estresse em um colaborador dentro do ambiente de
trabalho, além de buscar entender os aspectos que podem reduzir a qualidade de vida
no ambiente corporativo.
Problemas físicos, psicológicos e comportamentais destacam-se como as
principais consequências do estresse, no qual elas não são exclusivas para o
individuo, elas também ocasionam inúmeros problemas para as empresas, como por
exemplo, queda na produtividade, acidentes de trabalho, aumento de erros, entre
outros.
Diante da pesquisa aplicada aos colaboradores da empresa Prosegur em
Redenção-PA, as melhorias por parte da empresa devem ser feitas no que diz respeito
aos riscos e na carga horária semanal, haja vista que grande parte dos colaboradores
apresentou algum grau de insatisfação com os riscos corridos e com o excesso de
trabalho, pois os colaboradores acreditam que a segurança de seus instrumentos de
trabalho não são suficientes para diminuir os riscos corridos. O excesso de trabalho
também são de extrema importância, pois os colaboradores precisam conciliar o
trabalho com a vida pessoal, e quando o trabalho consome mais do que o previsto
começa a provocar pequenos desgastes podendo levar o colaborador a uma situação
de estresse.
As questões referentes aos prazos e salários nem todos os colaboradores se
sentem completamente satisfeitos, fatores esses que devem ser avaliados
cuidadosamente pela organização, pois são fatores que podem se transformar em
fontes de estresses potenciais, influenciando diretamente no desempenho dos
colaboradores dentro do ambiente organizacional.
Através da elaboração deste trabalho, pode-se notar que os colaboradores não
enfrentam uma situação de estresse frequente, porém se encontram com pequenos
problemas que podem levar o individuo ao estresse, caso esses não seja resolvidos
pela empresa. A organização deve se atentar e cuidar desses fatores para que os
colaboradores possam usufruir de um ambiente organizacional onde oferece melhor
uma qualidade de vida.
49
Para a solução do estresse, as organizações podem utilizar de diversas
ferramentas, tais como a implementação de planos de ações que busquem reduzir os
efeitos causados pelo estresse, o desenvolvimento de programas de treinamento
contra o enfrentamento do estresse e programas de comunicação organizacional para
a melhoria do desempenho dos colaboradores nas suas atividades diárias.
Há exemplo de algumas empresas podem-se sugerir também programas para
a melhoria da qualidade de vida no trabalho, tais como: programas de integração
social, jogos, confraternizações, almoços, jantares, ginástica laboral, desenvolver
técnicas de relaxamento e administração de tempo, além de palestras.
O estresse é um mal que a cada dia que passa vem crescendo cada vez mais
dentro das organizações e deve ter o combate contínuo. Afinal, para a empresa é bem
mais viável prevenir e combater o estresse em seus colaboradores, do que obter
colaboradores estressados que não são capacitados de desempenhar suas funções
de forma eficiente, dentro do seu quadro de funcionários.
50
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54
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO
Pretende-se com este questionário colher informações em relação ao conhecimento
por partes do empregado e empregador em relação ao estresse no trabalho, as peculiaridades
da profissão – segurança privada.
Ao responder o questionário abaixo, você estará contribuindo para a aquisição de
dados relevantes que possam orientar-nos a implementação de métodos preventivos a saúde
do trabalhador e qualidade de vida no trabalho.
Este é um trabalho acadêmico para a conclusão do Curso de bacharelado em
Administração, da Faculdade de Ensino Superior Amazônia Reunida-FESAR.
1. Sexo
( ) masculino ( ) feminino
2. Em qual faixa etária você se encontra? ( ) até 25 anos ( ) de 26 a 35 anos ( ) de 36 a 45 anos ( ) 46 anos ou mais
3. Qual é seu estado civil? ( ) solteiro ( ) casado ( ) divorciado ( ) viúvo
4. Há quanto tempo você trabalha nesta Empresa? ( ) menos de 1 ano ( ) entre 1 e 3 anos ( ) entre 3 e 5 anos ( ) 5 anos ou mais
5. Você se sente satisfeito com sua carga horária semanal na empresa?
( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
6. A quantidade de trabalho tem te deixado cansado? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
7. Com que frequência você acredita correr riscos no desempenho de sua atividade profissional? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
8. Em relação a sua categoria profissional , você considera seu salário ? ( ) Ruim ( ) razoável ( ) bom ( ) Muito bom
55
9. Os prazos estabelecidos para a realização de suas tarefas são satisfatórios? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
10. Com que freqüência você exerce carga excessiva de trabalho? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
11. Você recebe cobranças sobre erros cometidos no trabalho?
( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
12. Fica irritado ou de mau humor quando se depara com problemas insignificantes no trabalho? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
13. Fica de mau humor por ter que trabalhar muitas horas seguidas? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
14. As condições de seu trabalho proporcionam estresse? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
15. Você recebe ajuda dos seus colegas, quando necessário, na execução de seu trabalho? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
16. Com qual frequência sente- se estressado em seu local de trabalho? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
17. Com qual frequência sente- se estressado na sua casa/família? ( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
18. Você sente dores de cabeça, cansaço, dificuldades de dormir, e desanimo
pela manhã?
( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
19. Você sente angustia, ansiedade, irritação, falta de humor?
( ) nunca ( ) raramente ( ) as vezes ( ) frequentemente
Agradeço a sua participação!