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FADAFADA: Uma fada é uma divindade da natureza, associada especialmente às árvores, aos bosques, às águas das fontes e às flores dos jardins.
As fadas foram assunto de vários povos desde os antigos até os
actuais.
Na Idade Média, a crença nas fadas teve amplo desenvolvimento,
distribuindo-se no folclore de diferentes povos.
As fadas estão ligadas à terra e ao ar. Elas são pequenas e ágeis
e irradiam um brilho luminoso, além disso por serem leves e subtis
são capazes de realizar trabalhos minuciosos.
As Fadas voam com graciosidade e beleza pelas florestas e rios, e
trazem consigo a magia.
Têm o poder de transformar a aparência das coisas para o belo ou
para o feio conforme seja a sua vontade .
As Fadas também inspiram artistas, poetas e enchem nosso
mundo de sonhos.
Sophia de Mello Breyner Anderson
Sophia de Mello Breyner Anderson
Nasci no Porto mas vivo em Lisboa. Durante a minha
infância e juventude passava os Verões na praia da Granja,
de que falo em tantos dos meus poemas e contos.
Estudei no Colégio do Sagrado Coração de Maria, no
Porto, e quando tinha 17 anos inscrevi-me na Faculdade de
Letras de Lisboa, em Filologia Clássica, curso que, aliás
não terminei.
Antes de 25 de Abril de 1974, fiz parte de diversas
organizações de resistência, tendo sido um dos fundadores
da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos.
Depois de 25 de Abril de 1974 fui deputada na Assembleia
Constituinte (1975-1976) e detesto escrever currículos...
Literatura infantilO Rapaz de Bronze (1956);
A Menina do Mar (1958);
A Fada Oriana (1958);Noite de Natal (1960);
O Cavaleiro da Dinamarca (1964);A Floresta (1968);
A Árvore (1985).Outros
O nome das coisas (1977); Histórias da Terra e do Mar (1984);
Ilhas (1989); O Búzio de Cós e outros Poemas (1998).
• 1
Olhos de mar...
Trazias no olhar o sabor macio de flores em orvalho, colhidas de manhã.A Fada Oriana contava-te segredos, enlaçando-te pelos ombros.
A Floresta silenciava, ouvindo-vos.O sol escondia-se mão-na-mão com a Lua Encantada. O céu tinha uma cor
azul-ardente, clareado pelas estrelas penduradas em colares cintilantes que chegavam para o baile.
A noite era mágica, ganhava vida porque a noite era das flores.O Rapaz de Bronze passeava-te pelo jardim encantado, com ar orgulhoso de te ter ali. Falavas-lhe da Menina do Mar e ele, que nunca tinha saído daquele
jardim, sonhava de olhos abertos. Sonhava com o mar da Menina, com o Caranguejo seu protector, indignava-se com a Raia Gigante Ditadora.
E tu, Sofia, com o teu vestido bordado de tulipas, glicínias, rosas e flores de muguet, sorrias. Sorrias com os teus olhos-porta-aberta para a poesia das
coisas. De todas as coisas.-Conta outra história!
Pediam-te todas as personagens vivas que criaste.E, sentando no regaço a Margarida, filha do Jardineiro, os teus olhos eram
salpicos de estrelas penduradas em beiral de passarinho livre.Sorrias como amavas. Amavas e sorrias.
E contavas:-Era uma vez uma fada chamada Oriana …
(Dedicado a Sophia de Mello Breyner Andresen)O Sabor das Palavras, n.º 4
02 - Förtvivlans Polska.mp3
A Fada Oriana é um livro infantil
escrito por Sophia de Mello Breyner Andresen
em 1958. É um texto emblemático da literatura
infanto-juvenil portuguesa.
A personagem principal é uma fada que vive
numa floresta onde pratica o bem.