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PSICOLOGIA (Módulo 1) Prof. Me. Henrique Larenas Faria

Fatej ead psicologia modulo 1

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Fatej ead psicologia modulo 1

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PSICOLOGIA

(Módulo 1)

Prof. Me. Henrique Larenas Faria

Page 2: Fatej ead psicologia modulo 1

2 Todo o material desta disciplina foi produzido pela Fatej e é protegido pela Lei 9.610/98,

SUMÁRIO

1. Uma introduação à psicologia ......................................................................................... 3

2. A primeira vertente da psicologia .................................................................................... 5

2.1. A oposição ao modelo de adaptação do comportamento.................................... 7

2.2. A teoria do desenvolvimento infantil. ................................................................. 10

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sendo proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia desta Instituição de Ensino. 3

MÓDULO 1

1. Uma introduação à psicologia

Falar sobre psicologia acaba sendo muito complicado, pois hoje se tem o senso

comum de que tudo pode ser psicológico, ao mesmo tempo em que tudo que é realmente

psicológico, pode ser visto como fraqueza de caráter ou motivo para chacotas.

Mas de fato, a psicologia é um estudo aprofundado e minucioso do comportamento

humano. Buscando não só mapear o comportamento em si, mas também entender sua causa

e suas possíveis variáveis.

A origem da psicologia dá-se ainda na filosofia grega com os primeiros filósofos num

início do pensar sobre o comportamento humano. Na idade média, as primeiras aparições da

palavra psicologia surgem em alguns registros em tratados sobre a loucura humana, e apenas

em 1637 o filósofo francês René Descartes publica seu livro chamado Discurso sobre o

método trazendo a ideia de se falar sobre ciência.

Como a psicologia, que ainda estava nascendo, queria um reconhecimento científico,

foi obrigada assim como em todas as áreas da ciência a seguir este rigor metodológico

iniciado na França

Somente em 1690, o filósofo inglês Jhon Locke publica seu livro chamado “Ensaio

sobre o entendimento humano” trazendo as primeiras impressões sobre a psicologia, sendo

tratada separadamente do teor clínico geral da medicina ou até mesmo como manifestação

religiosa.

A psicologia foi tomando espaço com o passar dos anos, e em 1879 cria o primeiro

laboratório de psicologia no Instituto Experimental de Psicologia da Universidade de Leipzig

na Alemanha em que teve como fundador Wilhelm Maximilian Wundt (1832), que até hoje é

reconhecido como precursor da psicologia ocidental.

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4 Todo o material desta disciplina foi produzido pela Fatej e é protegido pela Lei 9.610/98,

Dado a criação da psicologia como ciência, diversos pensadores seguiram maneiras

diferentes de trabalhar com a psicologia e entender este conhecimento.

Partindo do pressuposto em que a psicologia é a ciência que estuda o comportamento

do homem, se faz necessário entender que não existe apenas uma maneira de encarar e

estudar tais comportamentos. Para isso, cada pensador que seguiu o caminho da psicologia,

acaba por se identificar com maneiras distintas de encarar o comportamento humano, e por

consequência, formas diferentes de tratamento psicológico para problemas e desgastes

emocionais.

Hoje a psicologia pode ser aplicada em diversas áreas como:

Aconselhamento psicológico Engenharia psicológica Pedagogia Terapêutica

Adicções Hipnose psicológica Plantão psicológico

Arteterapia Neuropsicologia Psicodiagnóstico

Psicofarmacologia Psicologia do consumidor Psicologia Educacional

Psicologia cognitiva Psicologia dos desastres Psicologia escolar

Psicologia comunitária Psicologia do desenvolvimento Psicologia dos Esportes

Psicologia da família Psicologia institucional Psicologia e direitos humanos

Psicologia hospitalar Psicologia internacional Psicologia médica

Psicologia Infantil Psicologia jurídica (forense) Psicologia militar

Psicologia da mulher Psicologia da reabilitação Psicologia social

Psicologia Organizacional Psicologia da religião Psicologia do trabalho

Psicologia Comportamental Psicologia da saúde Psicologia do trânsito

Psicoterapia

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sendo proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia desta Instituição de Ensino. 5

2. A primeira vertente da psicologia

Já entendido que a psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano, para

cada estudioso sobre o assunto, foram analisadas formas diferentes de se estudar o mesmo

comportamento.

Com a criação do primeiro laboratório de psicologia experimental, a primeira vertente

da psicologia se estabelece através do Behaviorismo (termo do inglês “behavior” que significa

comportamento ou conduta), também conhecido como teoria comportamental, é o conjunto

das teorias psicológicas de autores como John B. Watson (1913) que estudam o

comportamento de maneira a encontrar o modo mais adequado de adaptação. Em sua teoria,

é possível perceber que o comportamento é definido por meio de unidades analíticas como o

estímulo e resposta sobre o sujeito. A técnica de Análise do Comportamento traz a

observação e descrição do comportamento do ser humano e como ele reage em diferentes

estímulos.

Os estudos do Behaviorismo trazem um avanço mesclado à neurologia e a fisiologia. O

intuito era dar diferentes estímulos aos seres humanos, e observar qual seria o

comportamento dele frente a estes estímulos.

O filósofo russo, Ivan Petrovich Pavlov (1904) foi um dos precursores no estudo do

comportamento, através de suas pesquisas com cães. Em seus estudos, Pavlov (1904)

observou a salivação de cães, e em como o cão obtinha um aumento do nível da salivação

enquanto comia, e conforme seus estudos se aprofundaram, ele notou que o animal

começava a entender quando seu assistente ia levar comida, e apenas de ouvir os passos do

assistente chegando, a salivação já aumentava.

Essa descoberta mostrou o quanto o estímulo influência na resposta de um animal, e

será que é possível mesclarmos tal descoberta com os seres humanos?

É nessa questão em que a psicologia Behaviorista trás o conceito do behaviorismo

clássico. Nessa forma de análise, é possível perceber que o homem reage diferente para

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6 Todo o material desta disciplina foi produzido pela Fatej e é protegido pela Lei 9.610/98,

vários tipos de situações do dia à dia. Porém cada situação, gera uma resposta nossa. E se

esta resposta está condicionada ao estímulo, podemos então, mudar o estímulo

Para ficar mais fácil de entender, vejamos o exemplo a seguir:

João tem 7 anos, e está indo mal na escola. Sua mãe promete que se ele tirar um dez

na próxima prova, ela irá dar um presente à sua escolha. Então João estuda com afinco e

consegue tirar o dez. Sua mãe então o recompensa com este presente.

Maria vai muito bem na escola, entregando notas realmente altas para sua mãe, até

que um dia, sua mãe responde “não fez nada mais que a sua obrigação”, e então Maria

começa a apresentar uma queda no seu desempenho.

Nas duas situações, houve psicologia comportamental – ou behaviorismo -, pois João e

Maria tinham um comportamento já estabelecido, e de acordo com o estímulo da mãe, este

comportamento mudou completamente.

Vejam que aqui não estamos falando quem fez certo ou errado, apenas estamos

mostrando que nos dois casos houve psicologia comportamental. E o ser humano faz isso o

tempo todo em todas as suas relações. Seja em casa, no lazer ou no trabalho.

Técnicas comportamentais de recompensa são muito utilizadas em locais de trabalho

e em equipes para projetos motivacionais. Acaba tendo um resultado positivo, porém a

motivação não possui um efeito permanente. Mas falaremos de motivação em alguns

capítulos mais adiante.

Caso tenham gostado da psicologia comportamental, vale a pena estudar alguns

autores específicos como:

SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 10. ed. São Paulo: Martins

Fontes, 1953/1998.

SKINNER, B.F. Sobre o Behaviorismo. 10. ed. Cultrix, São Paulo, 1974/2006

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sendo proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia desta Instituição de Ensino. 7

2.1. A oposição ao modelo de adaptação do comportamento.

Conforme a sociedade avançava na psicologia, o médico Sigmund Freud nascido na

atual República Tchecha começou a tratar em 1886 casos de pacientes com doenças como a

histeria. Nessa linha de tratamento, o autor de diversos estudos e pesquisas, começa a

utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento

destes pacientes. Esta técnica baseava-se em um relaxamento total do paciente enquanto ele

ia falando sobre suas memórias mais antigas e em que em muitos momentos, já estavam

“esquecidas”.

Freud então, observar uma melhora nos pacientes, fazendo com que ele elaborasse

sua teoria em que a causa da doença, seria psicológica. Nessa linha de raciocínio, em 1899 ele

publica o seu livro chamado “A interpretação dos sonhos” trazendo conceitos extremamente

novos para a sociedade, mostrando que dentro da mente humana há três instâncias.

Conhecidas como ID, EGO e Superego.

Com essa descoberta, Freud – criador da psicanálise – explica que o ID é a instância de

nossa mente em que contém nossas vontades e desejos, bem como todos os nossos

pensamentos e memórias mais profundas. Daquelas que não costumamos abrir a ninguém

por vergonha, medo e outras sensações, ou até mesmo por conta do esquecimento

Já o Superego é a parte responsável no nosso psicológico em bloquear estes

pensamentos e vontades do ID para que eles não se realizem. Porém cada cultura é

formadora de um Superego diferente, visto que ao longo de nosso desenvolvimento na

infância, nós somos educados por nossos pais sobre o certo e o errado, e estes ensinamentos

compõem o nosso Superego, fazendo com que nós nos permitimos ter ou não determinado

comportamento.

Em ultima instância, o EGO é o concreto, o real e o realizado. Ou seja, é o produto do

ID e do Superego. Pois quandoqueremos algo em nossos desejos mais profundos (ID),

sabemos que não devemos fazer (Superego) e então fazemos algum meio termo (EGO)

EGO

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8 Todo o material desta disciplina foi produzido pela Fatej e é protegido pela Lei 9.610/98,

Nesta imagem, pode-se reparar que em nossa mente, o ID está cercado pelo

Superego, que não permite que nossos desejos mais profundos, vontades mais carnais e

primitivas, e todas as nossas memórias e traumas saiam para o mundo real. Portanto é como

se funcionasse num ciclo de controle de qualidade em nossa mente, e o Superego é

responsável por não permitir que tais ações aconteçam.

Para ficar mais claro, vejamos no exemplo a baixo

João quer muito tomar um sorvete, e está calor e ele está com muita sede. Seu desejo

é de agora mesmo ter um sorvete com ele. Ao passar por um quiosque de sorvete, sua

vontade é simplesmente não pensar nas consequências e tomar seu tão desejado sorvete.

Mas em sua consciência, o tempo todo diz que ele não pode simplesmente pegar o sorvete e

sair andando, pois seria preso por roubo. As coisas não são feitas dessa forma, então no

produto dessa expressão mental, ele simplesmente tira o dinheiro da carteira e compra um

sorvete. Ele teve de equilibrar o desejo com a regra que existia dentro dele.

O mesmo pode acontecer para tudo em nossa vida. Veja outro exemplo:

Pedro está andando na rua, e sente falta de dinheiro em sua vida. Afinal, ganhar

dinheiro está cada vez mais complicado. Andando pela rua, ele começa a perceber que as

pessoas que lá estão possuem muito dinheiro em suas carteiras, e ele pode simplesmente

ID

SUPEREGO

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pegar esse dinheiro e comprar o que ele quiser. Mas em sua consciência, ele pensa que pode

sofrer sérias consequências com isso, então ele repreende esse desejo de roubar, e começa a

buscar emprego.

Nestes exemplos podemos ver um perfeito funcionamento do Superego, mas fica

claro analisarmos que nem sempre funciona assim. E para a teoria da psicanálise, o superego

pode falhar, e em alguns casos, nem existir.

Freud (1923) explica que o superego se forma durante o desenvolvimento infantil e

que traumas na infância podem afetar completamente a formação do ID, do EGO e do

Superego, e que dependendo dessas más formações, a criança quando se tornar adulta, pode

ter diversos problemas que podem afetar somente ela, ou em alguns casos, a sociedade como

um todo.

É fácil imaginar quando você possui um indivíduo que ao longo de sua infância, tudo

que ele quis, e pediu para os seus pais, ele ganhava. Tudo que ele fazia, sendo bom ou mal,

seus pais o elogiavam. Podemos talvez imaginar uma criança mimada, mas se formos mais a

fundo, pensem nessa criança quando vira um adolescente, e quer um material de escola que

era do colega, então ele pega, e quando a escola chama seus pais, o pais dele ficam do lado

dele, e não o repreende por isso.

O adolescente cresce, e rouba pela primeira vez um carro na rua, e então é preso, e a

mãe se pergunta onde foi que errou.

Entendendo a teoria da psicanálise, é fácil ver que este adolescente não teve

formação de superego, e toda vez que um desejo surge em seu ID, seu superego (ou

consciência como em alguns casos é popularmente chamada) não possui efeito nenhum. Por

consequência, toda a vontade que este jovem possuir, ele vai simplesmente realizar,

independente das consequências, pois foi assim que ele aprendeu.

Esta teoria é diferente da primeira vertente comportamental estudada. E até hoje são

duas teorias precursores de todo o entendimento da psicologia e do comportamento

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10 Todo o material desta disciplina foi produzido pela Fatej e é protegido pela Lei 9.610/98,

humano, porém com visões diferentes sobre o mesmo tema. Entendendo a fundo estes

conceitos, torna-se fácil assimilar o conteúdo que virá ao longo do semestre.

Caso tenham se interessado nos conceitos da psicanálise, vale ressaltar mais

referências que podem ser utilizadas como:

FREUD, Sigmund. Dois verbetes de enciclopédia (1923 [1922]) in: Freud Sigmund.

Psicologia de Grupo e a Análise do Ego. in Obras completas de Sigmund Freud (23 v.),

V.18. RJ, Imago, 1996

FREUD, Sigmund. Uma breve descrição da psicanálise (1924 [1923]) in: Freud,

Sigmund. O ego e o Id e outros trabalhos, (1923-1925) in Obras completas de Sigmund

Freud (23 v.), V.19. RJ, Imago, 1996

GOODWIN, C James. História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix, 2005.

2.2. A teoria do desenvolvimento infantil.

O psicanalista Sigmund Freud (1905), em suas investigações na prática clínica sobre as

causas e funcionamento das neuroses, descobriu que a grande maioria de pensamentos e

desejos reprimidos adultos referiam-se a conflitos de ordem sexual e traumas ocorridos nos

primeiros anos de vida dessas pessoas, isto é, na vida infantil estavam as experiências de

caráter traumático, experiências reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas

atuais e, confirmavam-se que as ocorrências deste período de vida deixavam marcas

profundas na estruturação da personalidade.

As descobertas colocaram a sexualidade no centro da vida psíquica e passou a ser

desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanalítica: a sexualidade

infantil.

Os principais aspectos destas descobertas são:

A função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a

partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes.

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sendo proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia desta Instituição de Ensino. 11

O período da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as

funções de reprodução e de obtenção de prazer podem estar associadas, tanto no homem

como na mulher.

O conceito da libido, que é a energia dos instintos sexuais humanos.

O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo

(zonas erógenas) e há um desenvolvimento progressivo também ligado as modificações das

formas de gratificação e de relação com o objeto, que o levou a chegar nas fases do

desenvolvimento sexual. Sendo elas: Fase oral (0 a 2 anos) - a zona de erotização é a boca e o

prazer ainda está ligado à ingestão de alimento. Podemos reparar o quanto um bebê se

acalma durante o ato da amamentação, e nessa fase, a criança descobre o mundo através da

boca. Tudo que ela pega, ela leva até seus lábios para descobrir. Um trauma ainda nessa fase,

pode gerar problemas como bulimia, anorexia, falar demais ou falar de menos, ou até mesmo

necessidades como preenchimento de vazio afetivo através de uso de drogas como o tabaco.

Ao se desenvolver um pouco a criança entra na fase anal (geralmente entre 2 a 4 anos)

em que a zona de erotização é o ânus e o modo de relação do objeto é de "ativo" e "passivo",

intimamente ligado ao controle dos esfíncteres (anal e uretral). Nessa fase, a criança aprende

a ter o controle de saída das fezes. É o momento em que os pais ensinam a criança a ir ao

banheiro e não mais depender das fraudas. A aprendizagem deste momento está com o

aprender a ter controle das coisas, e principalmente do próprio corpo. E um trauma gerado

nessa fase, pode desenvolver um adulto com diversos problemas de descontrole emocional,

como possessividade ou até mesmo descontrole financeiro.

Após esta fase, entre 2 e 5 anos ocorre o complexo de édipo, e é em torno dele que

ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo. No complexo de Édipo, a mãe é o objeto

de desejo do menino e o pai (ou a figura masculina que represente o pai) é o rival que impede

seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então assemelhar-se ao pai para "ter" a mãe,

escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as

normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente por medo

do pai, "desiste" da mãe, isto é, a mãe é "trocada" pela riqueza do mundo social e cultural e o

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garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas

através da identificação com o pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo

invertidas as figuras de desejo e de identificação.

A fase fálica em que ocorre o Complexo de Édipo, é a fase em que a criança descobre

em seu corpo pela primeira vez o prazer do órgão sexual como zona de erotização. Nessa fase

a rivalidade entre meninos e meninas ocorre, e também o apego pelo pai ou pela mãe se

tornam cada vez maiores. A separação dos pais com o filho devem ocorrer, para que a criança

consiga desenvolver o seu desejo de busca e luta pelo o que ela quer. Caso um trauma surja

nessa fase, um adulto com problemas de adaptação a decepção pode se manifestar.

Em seguida vem um período de latência (6 – 8), que se prolonga até a puberdade e se

caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, como um intervalo. É a fase em que a

criança costuma ficar mais curiosa, e então se inicia a famosa fase dos “por quês?”. Onde o

sujeito, através de sua curiosidade, quer saber como funciona o mundo. E um trauma nessa

idade, pode tirar por completo o interesse dele por estudos. Os pais, por sua vez, devem

estimular seu aprendizado em todas as áreas, pois nesse período, pode-se definir o quanto

este jovem poderá ou não se interessar cada vez mais pela área acadêmica.

Por último, o sujeito entra na fase genital (9 – 12) , onde finalmente, na adolescência

o desejo de erotização sai do próprio corpo, e o adolescente se formando começa a desejar a

outra pessoa como forma de satisfazer os seus desejos. Nessa fase se inicia a o ato humano

de que se espera que o outro o faça feliz, e não mais você busque a sua própria felicidade.

Como podemos perceber, Freud (1905) nos mostra diversos pontos importantes do

desenvolvimento humano, que nos servirá de base e fundamentação para o

acompanhamento do processo psicológico humano.

Tais estudos sobre a psicologia se tornam sempre complementares à um

conhecimento total sobre o comportamento humano.

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REFERÊNCIAS

LEITE, Dante Moreira. Estudos em Psicologia. UNESP, 2009.

SCHULTZ, Duane P.; Schultz, Sydney Ellen. História da Psicologia Moderna. CENGAGE, 2009.

COSTA, Silvia Generalli da. Psicologia Aplicada a administração. Campus Administração,

2010.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

FREUD, S. Três ensaios de sexualidade. São Paulo: 1905

LEITE, Dante Moreira. Estudos em psicologia. São Paulo: UNESP, 2009.

MORIN, Estellem; AUBE, Caroline. Psicologia e gestão. São Paulo: Atlas, 2009.

MOLINER, PASCAL; DESCHAMPS, Jean-Claude; ORTH, Lucia M. ENdlich. A identidade em

Psicologia Social. Petrópolis: Vozes, 2009.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1990. Verbete

Psicologia, subseção d, p. 810.. 2010.

SOUZA, Mauricio Rodrigues; LEMOS, Flavia Cristina Silveira. Psicologia e compromisso social.

São Paulo: Escuta, 2009.