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FOLIA CULTURAL NAS ALTURAS COMO O PEIXE SE PREPARA PARA ENFRENTAR A ALTITUDE NA ESTREIA DA LIBERTADORES I PÁG. 08 APROVEITE O FERIADO NOS MUSEUS DE FUTEBOL DA CAPITAL PAULISTA I PÁG. 07 O FUTEBOL ALÉM DAS 4 LINHAS I Nº 05 10 A 16 I FEVEREIRO CLÁSSICO EXPLOSIVO DUELO ENTRE CORINTHIANS E SÃO PAULO VALE MUITO MAIS DO QUE APENAS TRÊS PONTOS NO PAULISTÃO

Fevereiro 2012 - Edição 5

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Futebol além das 4 linhas

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Page 1: Fevereiro 2012 - Edição 5

TÁ LÁ

foLia cuLTuraL nas aLTuras

Como o Peixe se PrePara Para enfrentar a altitude na estreia da libertadores i pág. 08

aProveite o feriado nos museus de futebol da CaPital Paulista i pág. 07

O FUTEBOL ALÉM DAS 4 LINHAS I Nº 05

10 A 16 I FEvErEIrO

cLÁssico expLosivoDueLo enTre corinThians e são pauLo vaLe muiTo

mais Do que apenas Três ponTos no pauLisTão

Page 2: Fevereiro 2012 - Edição 5

Fernando Gavini

Editor [email protected]

uma Liçãopara adriano!

A manchete desta edição do Tá Lá! fala da obses-são corintiana pela con-

quista da Libertadores. O repórter Marcelo Tieppo conversou com os antigos ídolos do Timão, Neto e Basílio, a respeito do que significa essa conquista para o clube de Par-que São Jorge. O camisa 10 cam-peão brasileiro pelo clube em 1990 e também comentarista da TV Bandeirantes disse que considera um erro a manutenção de Adriano no elenco. Para ele, o Corinthians vai perder a Libertadores se o cen-troavante continuar na equipe. Mas ao mesmo tempo faz uma ressalva:

“Se ele estiver a fim, pode ganhar a Libertadores para o Corinthians”.Estar a fim de se dedicar, de jogar, de ser feliz fazendo aquilo que mais gosta. Hoje é difícil acredi-tar que Adriano esteja disposto a isso. O Corinthians tem nas mãos a oportunidade de dar uma lição ao ex-flamenguista. A relação de inscritos para a Libertadores sai logo depois do jogo contra o São Paulo e a minha opinião é a de que o artilheiro não deve fazer parte da lista de 25 jogadores que serão escolhidos por Tite. Não por falta de capacidade, mas por falta de vontade e motivação.

Seria uma bela lição que Adriano teria que engolir e aprender com ela. O regulamento permite a ins-crição de novos jogadores a partir das oitavas-de-final. E a conversa teria que ser neste tom: “Adriano, você está de fora da primeira fase e se tiver dedicação, entrar em for-ma e mostrar futebol será inscrito para jogar o mata-mata. Caso con-trário, não vai jogar a Libertadores”.A meu ver é a única forma de mexer com os brios de Adriano. O contrato dele com o Corinthians vai até junho. Ele ganha uma fortuna por mês, mas não tem feito jus a ela. Deixá-lo fora da primeira fase é a forma de mos-

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O Periódico “TÁ LÁ”, produzido pela Áurea Editora, de distribuição semanal, e estritamente no município de São Paulo, observa formato, conteúdo e distribuição de acordo com as disposições legais e infralegais pertinentes, especialmente a Lei Municipal nº 14.517, de 16 de outubro de 2007. Declaram ainda os editores que os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores, e não correspondem à opinião do Periódico, o mesmo ocorrendo com os anúncios e ações publicitárias, cabendo a responsabilização direta dos seus subscritores e anunciantes.

trar a insatisfação pelo que ele fez até agora e cobrar uma reação. Se ela não acontecer, não haverá reno-vação de contrato e o atacante será obrigado a procurar novos ares.Um dos destaques desta edição é também o clássico entre Corinthians e São Paulo. Duas páginas especiais falam do confronto e também com-para a política dos dois clubes. En-quanto o Timão terá eleições neste sábado, o Tricolor vê Juvenal Juvên-cio se eternizando no poder.A estreia do Santos na Libertado-res também é destaque. O repór-ter João Henrique Pugliesi mostra como o Peixe se prepara para en-

frentar a altitude na estreia com o The Strongest em La Paz e conta histórias de quem já sofreu com problemas do ar rarefeito como o ex-goleiro Zetti.No Palmeiras, o assunto é Marcos Assunção. Cada vez mais o volante tem sido decisivo com suas exímias cobranças de falta, seja marcando gols ou dando assistências. E para completar, uma sugestão para quem quer fugir da folia do Rei Momo. O repórter Fernando Badô deu uma volta nos principais mu-seus de futebol da capital paulista. Uma ótima opção de passeio para todas as idades.

pAULISTãO 2012 8a rODADA

16/02/2012 - QUINTA19h30 – São Paulo x Paulista – Morumbi 20h30 – Comercial-SP x Guarani – Palma Travassos

17/02/2012 - SEXTA19h30 – Ponte Preta x Oeste – Moisés Lucarelli19h30 – Botafogo-SP x Mogi Mirim – Santa Cruz 19h30 – Portuguesa x XV de Piracicaba – Canindé21h00 – Guaratinguetá x Palmeiras – Dario Rodrigues Leite

18/02/2012 - SÁBADO16h20 – São Caetano x Corinthians – Anacleto Campanella18h30 – Mirassol x Santos – José Maria de Campos Maia18h30 – Linense x Bragantino – Gilbertão 18h30 – Ituano x Catanduvense – Novelli Jr.

9a rODADA

22/02/2012 - QUArTA17h00 – Mogi Mirim x São Caetano – Romildão19h30 – Ponte Preta x Ituano – Moisés Lucarelli19h30 – Paulista x Botafogo-SP – Jaime Cintra 19h30 – Linense x Mirassol – Gilbertão 22h00 – Portuguesa x Corinthians – Canindé 22h00 – Bragantino x São Paulo – Nabi Abi Chedid

23/02/2012 - QUINTA19h30 – Palmeiras x Oeste – Pacaembu19h30 – Guarani x XV de Piracicaba – Brinco de Ouro 21h00 – Santos x Comercial-SP – Vila Belmiro 21h50 – Catanduvense x Guaratinguetá – Silvio Salles

7a rODADA

11/02/2012 - SÁBADO17h00 – Palmeiras x Ituano – Pacaembu19h30 – Mirassol x Ponte Preta – José M. de Campos Maia19h30 – Bragantino x Mogi Mirim – Nabi Abi Chedid

12/02/2012 - DOMINgO17h00 – Corinthians x São Paulo – Pacaembu 17h00 – Guarani x Paulista – Brinco de Ouro17h00 – Oeste x Guaratinguetá – Amaros 19h30 – XV de Piracicaba x Catanduvense – B. da Serra Negra 19h30 – Santos x Linense – Vila Belmiro19h30 – São Caetano x Comercial-SP – A. Campanella19h30 – Portuguesa x Botafogo-SP – Canindé

Diretor Executivo e Editorial: Dirceu Pereira Jr. - Editor Chefe: Fernando Gavini - Projeto Gráfico e Diagramação: M.Veras Design Gráfico - Reportagens: Pablo Guelli, Fernando Badô, Diógenes Menon e João Henrique Pugliesi - Impressão: Gráfica Prol - Contato Comercial - Dirceu Pereira Jr (11) 5574.8910 - [email protected] Versão Digital - www.talanet.com.br - Contato: [email protected]

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03Por diÓGenes menon paLmeiras

o caminho mais rápido

e garanTiDo para o gol no palmeiras

neste inÍCio de temPorada, marCos assunção teve PartiCiPação direta em sete Gols

Marcos Assunção comemora um dos dois gols marcados contra o Mogi Mirim

Quando se diz que o Pal-meiras iniciou 2012 do mesmo modo que termi-

nou o ano passado, logo se associa a afirmação às intermináveis crises políticas desenvolvidas dentro do clube. É verdade que o bom co-meço no Campeonato Paulista, o anúncio de reforços e o forte patrocínio pareceram resfriar um pouco o verão de Palestra Italia. Mas, no Palmeiras, essa brisa fresca nunca quer dizer muito.Há uma similaridade com 2011, po-rém, que o palmeirense faz ques-tão de manter intacta: a intensa participação da bola parada de Marcos Assunção nos gols da equi-pe - direta ou indiretamente. Com

seis rodadas do certame regional, o capitão marcou três gols de fal-ta - dois contra o Mogi Mirim e um contra o XV de Piracicaba - e serviu outras quatro bolas para que seus companheiros marcassem.“Eu estudei muito antes do jogo. Assisti no YouTube cobranças de falta, de pênalti, de escanteio. Vi como ele batia na bola, como es-colhia o lado, tudo isso. Mas nada deu certo”. A frase é do resignado goleiro Anderson, do Mogi Mirim, justamente ao final do jogo em que levou dois gols de falta do jogador de meio de campo do Palmeiras.Os números dão continuidade ao percentual de participação em gols de Marcos Assunção

desde o ano passado. No Cam-peonato Brasileiro, por exemplo, o meia participou de 34 das 38 partidas da equipe.Nestes jogos, fez oito gols, deu as-sistência para mais outros nove e ainda colocou companheiros em condições de arremate em mais 24 oportunidades. Somadas as-sistências e gols, Assunção partici-pou de 17 dos 43 tentos da equi-pe (aproximadamente 40%). Para efeito de comparação, Danilo, meia do campeão Corinthians, fez 11 assistências ao longo do cam-peonato, além de anotar três gols. Isso representa pouco mais que 25% dos 53 gols da equipe.Embora estatísticas não sejam in-dicadores infalíveis no universo do futebol, há outro dado interessante para destacar a dependência do Palmeiras em relação ao futebol – e às bolas paradas! – de Marcos Assunção. Das 38 partidas do Pal-meiras no Brasileirão, Assunção ficou fora de quatro. Resultado? Quatro derrotas.Após a recente virada em cima o Santos - com assistência dele de

escanteio para o gol de empate de Fernandão -, o experiente meia adotou o tom sereno em relação ao bom momento: “Estamos ape-nas na quinta rodada do Paulista. Ainda não ganhamos nada. Mas,

assim como já aconteceu nos clás-sicos no ano passado, nós nunca nos colocamos como inferiores. Nas conversas antes dos jogos, sempre exaltamos o nosso espíri-to de superação”, destacou.

À imagem do maior rivaL

Comparar Palmeiras e Corin-thians é quase uma heresia para ambas as torcidas, em

qualquer situação - e até que o mun-do termine! Mas a dependência do Verdão das bolas paradas de Marcos Assunção é semelhante ao sistema de jogo que levou o Timão a seu pri-

meiro título nacional, em 1990.Contando com jogadores esfor-çados – e só esforçados - como Márcio Bittencourt, Wilson Mano, Fabinho e Tupãzinho, o Corinthians campeão de 90 era uma equipe limitada tecnicamente, classifican-do-se apenas com a penúltima

vaga para as oitavas-de-final da-quele ano. Graças aos pés de Neto.Logo na abertura da fase decisiva, o camisa 10 corintiano fez os dois gols da virada diante do Galo, no Paca-embu. Ele já havia cobrado uma fal-ta na trave e outra para a defesa do goleiro Carlos, antes de anotar um de cabeça (raridade) e outro escorando cruzamento (também não muito comum). Um empate sem gols no Mineirão garantiu passagem à semi-final da competição, contra o Bahia.Novamente no Pacaembu, outra virada. No primeiro gol, Neto colo-cou, de falta, uma bola no ângulo do goleiro Chico, que buscou. No escanteio (cobrado pelo camisa 10, claro), Giba jogou pro meio da área, e o volante do Bahia Paulo Rodri-gues fez contra. No segundo gol, aí sim Neto foi mais tradicional e guardou de falta. Mais um empate no jogo de volta, e o Corinthians estava na final do Brasileiro de 90.O encontro não poderia ser mais emblemático: diante do São Paulo, que vinha do vice-campeonato no ano anterior e treinado por Telê Santana.Neto, artilheiro do Corinthians no campeonato, com nove gols, deu assistência (de falta) para Wilson Mano garantir a vitória na ida. Na volta, novo triunfo. Desta vez, sem a participação do “Xodó da Fiel”. Tupãzinho faria o gol do título, mas a história já havia registrado o ver-dadeiro herói da campanha: Neto.

Neto, o craque do Corinthians de 1990

voLanTe minimiza sua importância para o time

Na mesma medida em que é fundamental para o sucesso do ataque do Palmeiras, Assunção mostra-se humilde e relativiza sua importância para a equipe: “Não me considero a peça mais im-portante do time. Não faço nada mais do que minha obrigação. Treino cobranças de faltas para poder ajudar em jogos em que o gol está complicado de sair”.Se for considerada a baixa in-cidência de gols do ataque do Verdão, estes jogos a que se refe-re Assunção são maioria. Ainda assim, o meia rechaça as críticas aos atacantes palmeirenses: “Sin-ceramente, acho uma injustiça.

Eles vêm fazendo gols, ajudam, correm, lutam pela bola, mar-cam a saída de jogo adversária, recuperam a posse de bola e, claro, sofrem as faltas”, argu-menta. “O palmeirense deveria estar orgulhoso pelo empenho de todos”, completa.Valdívia, o craque do elenco, concorda: “É claro que ele é fun-damental. Mas também é claro que sem ninguém para sofrer as faltas ou conseguir os escan-teios essa arma não seria útil. O Palmeiras tem um bom elenco, e todos têm sido importantes neste início de ano”, corrobora o chileno.

Para Valdivia, Assunção é fundamental

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super cLÁssico04 Por fernando badô

C lássico é clássico, diz a ve-lha máxima do futebol. Nos últimos anos, porém,

Corinthians e São Paulo, que vão a campo no domingo, em partida válida pela 7o rodada do Paulis-tão-2012, elevaram a rivalidade a pa-tamares explosivos. Rival, aliás, não é atualmente o melhor termo para definir como os clubes se encaram. A relação é, no mínimo, tensa – isso para não dizer que são agremiações declaradamente inimigas.Quando entrarem no campo do Pacaembu, alvinegros e tricolores estarão disputando mais do que a liderança do Campeonato. O São Paulo, na condição de visitante, buscará um atestado de que a re-formulação do elenco foi, de fato, benéfica e que o time pode aspirar voos mais altos em 2013 (o objeti-

vo mínimo é retornar a Libertado-res). Vencer o atual campeão bra-sileiro, que sob o comando de Tite raramente perde, pode selar essa garantia. Mas para isso, terá de supe-rar a ausência de seus maiores ído-los da atualidade e principais líderes do time, Rogério Ceni e Luis Fabiano que, contundidos, estão fora. O Corinthians quer ter a certeza que, no seu caso, quantidade é qualidade e se certificar que o in-chaço do elenco é suficiente para suportar a pressão e conseguir o tão sonhado título continental. E nada como uma vitória sobre o São Paulo para dar ao time a con-fiança necessária para uma boa lar-gada na Libertadores, na próxima quarta-feira, contra o Deportivo Táchira, na Venezuela.Perder pode tirar os times do

São-paulinos e corintianos têm, na ponta da língua, ar-gumentos para cutucar o rival. A favor do São Paulo está o incontestável fato de ser o clube mais vito-rioso do futebol brasileiro, 3 Mundiais, 3 libertadores (que o Corinthians jamais o conquistou) e 6 nacionais. Do Parque São Jorge, o tro-co vem com outro fato: fa-lando do confronto direto, o time tricolor é “freguês” do Corinthians. São 114 vitórias contra 97 do rival, além de 97 empates.Outro recorde são-paulino é a quantidade de técnicos alvinegros demitidos após o Majestoso: 15 (Dino Sani caiu duas vezes), sendo que até Tite já entrou na roda, no Paulistão – 2005. Não há são-paulino que não se emocione ao lembrar da partida do dia 27 de março de 2011, quando Rogério Ceni chegou ao 100o gol da carreira, justamente contra o arquirrival. Era uma es-pécie de vingança contra o Corinthians, que dois anos antes, na semifinal do Pau-lista-2009, fez Ceni sofrer o 1000o gol da carreira em vitória por 2 x 1. O time do Parque São Jorge, aliás, é o maior algoz do goleiro tri-color: são 81 em 54 jogos, alcançados justamente na goleada por 5 x 0 do ano passado.

rumo, como aconteceu com o São Paulo em 2011. Líder invicto do Brasileirão, a equipe do Morumbi levou a histórica goleada por 5 x 0, com direito a frango de Ceni e show de Liédson, que fez três gols. A partir de então o time ficou de-sorientado na competição e não se estabilizou mais. Já para o Corinthians, uma der-rota pode ser desastrosa para a estreia na Libertadores: colocaria mais peso nas costas de um elen-co já pressionado, o que definiti-vamente não faria bem a um time que coleciona fracassos sucessi-vos além das fronteiras nacionais (que o diga o Tolima). Também não é difícil imaginar a tensão dos dirigentes dos dois clubes durante os 90 minutos. Isso porque os perdedores terão muito

que explicar a torcida. Já os vence-dores certamente não perderão a chance de distribuir alfinetadas, prática comum entre cartolas tri-colores e alvinegros, que há tem-pos cruzou a linha do bom senso.O bom início de Paulistão gera boas expectativas dos dois lados e os atle-tas tentam demonstrar confiança à torcida. “Ninguém vai ficar contente se perder. Nessa situação, brigando por uma liderança e antecedendo a estreia na Libertadores, todo mun-do vai querer jogar”, afirma o golei-ro corintiano Julio Cesar. Do outro lado, o meia Lucas acredita que São Paulo está pronto. “A cada dia esta-mos mais preparados nas condições física e técnica. Estamos totalmente preparados para o clássico”. Como se vê, os três pontos são o de menos nesse Majestoso.

Tite foi demitido em 2005 após perder do São Paulo

libertadores e “freguesia” são armas De provocação

ClássiCo do PrÓximo dominGo oPõe rivalidade quente entre são Paulo e Corinthians e busCa Por Confiança Para os PrÓximos desafios

maJesToso em nÚmeros

Jogos

em 10/03/1996 e 26/06/2011

14 Jogos (10 viTórias e 4 empaTes) enTre

19/10/1975 e 22/11/1979

13 Jogos (8 viTórias e 5

empaTes) enTre 15/06/2003 e 14/07/2007

em 20/09/1933

308114 11449 5x0

6x197 7430

viTórias goLsmaior

goLeaDamaior série

invicTaviTórias emmaTa-maTa

expLosivo, maJesToso vaLe mais Do que os Três ponTos

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gesTão 05Por fernando badô

D izem que a importância e a responsabilidade do cargo de presidente do

Corinthians são tão grandes que só ficam atrás do presidente da República, do governador e do prefeito de São Paulo. E isso fica comprovado porque o próximo a comandar o Timão terá a honra de inaugurar o tão sonhado está-dio do Alvinegro, mas ao mesmo tempo irá arcar com as dívidas que se acumulam.A eleição será realizada neste sába-do das 9h às 17h, no ginásio do Par-que São Jorge e para votar os só-cios tem que ter no mínimo cinco anos de filiação ao clube e as men-salidade estarem em dia até de-zembro. São aguardados em torno de 2.500 associados para o dia do pleito. Dois candidatos estão na

DispuTa nas urnaspara saber quem será o presidente do estádio da copa

JuvenaL imiTa DuaLib e se eTerniza no poDer

Em época que muitas ditaduras caíram, tanto dentro como fora do futebol, uma delas ainda re-siste e começa a se tornar peri-gosa a cada ano que passa. No poder desde 2006, o presiden-te do São Paulo, Juvenal Juvên-cio segue os passos de alguns dirigentes que se agarram ao cargo e depois de muito tempo saíram do clube da pior forma possível, como foi o caso do ex-presidente do Corinthians, Alberto Dualib.Em seu terceiro mandato se-guido, Juvenal Juvêncio viveu momentos gloriosos no clube como a conquista do tricam-peonato brasileiro (2006, 2007 e 2008), mas desde então o clu-be não ganhou mais nada e já

começa o quarto ano em jejum de títulos.A oposição tenta combater esse continuísmo e se mobiliza para derrubar Juvenal Juvêncio. Apesar de estar no comando do clube, as últimas eleições ainda podem ser anuladas pois os can-didatos oposicionistas entraram com recurso alegando que foi feita uma manobra irregular para que Juvenal pudesse se reeleger pela terceira vez.Já ficou por diversas vezes comprovado que o poder cen-tralizado em apenas uma única pessoa e por muitos anos pode causar um mal tão grande a milhões de torcedores, que apenas tem a paixão pelo clube como seu grande apego.

briga para comandar o Corinthians em uma eleição que promete ser a mais acirrada dos últimos anos.Pela situação está o delegado de polícia Mário Gobbi, que tem

corinThians conhecerÁ seu

novo manDaTÁrio nesTe sÁbaDo. o empresÁrio

pauLo garcia e o DeLegaDo mÁrio

gobbi são os canDiDaTos

ApOIADOrES DO TÁ LÁ:

apoio do ex-presidente Andres Sanchez, e sustenta sua candida-tura com as realizações da atual gestão, mas apresenta poucos pro-jetos para os próximos anos.

“Temos que dar continuidade. Montamos um grupo, o grupo tem de seguir. O Corinthians é um gigante. Você não transforma um clube em quatro anos, então, tem de continuar essa mentalida-de, essa filosofia”, declarou Gobbi.Já pela chapa da oposição, o candidato é o empresário Paulo Garcia, que pela terceira vez dis-puta o cargo de presidente do Corinthians. De família tradicional no clube, pois é filho de Damião Garcia, que já foi opositor do ex--presidente Alberto Dualib nas urnas na década de 90, Paulo pre-tende melhorar o trabalho que vem sendo feito no futebol com uma gestão mais profissional e quer resgatar o lado social do Co-rinthians, que ficou abandonado.“Sou corintiano, sempre vivi no

Parque São Jorge. A vida é curta e quero fazer um pouco daquilo que gosto. Quero aproveitar esse tempo para me dedicar ao Corin-thians. Acho que o Corinthians está no caminho, mas, de certa forma, um pouco obscuro, sem contestar nada”, declara Paulo Garcia.Nas últimas semanas o clima de eleições tomou conta do Parque São Jorge e os candidatos estive-ram no clube para fazer o corpo a corpo com eleitores. O candidato da situação, Mário Gobbi, só apa-rece ao lado de Andrés Sanchez,

seu principal cabo eleitoral que acaba atraindo todas as aten-ções. No lado oposicionista, Paulo Garcia, que conta com apoio de ex-jogadores com Rincón, Vam-peta, Dinei, Célio Silva, Ezequiel e outros, se aproxima ainda mais dos associados para escutar os problemas do clube e apresentar soluções.A batalha será difícil e ao vencedor caberá comandar uma nação de mais de 30 milhões de torcedo-res apaixonados pelo Corinthians. Resta saber quem será o eleito.

Mário Gobbi ao lado de Andrés Sanches: candidato da situação à presidência do

Juvenal manda no São Paulo desde 2006

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sa conquista inédita.“Se o Adriano continuar, acho que o Corinthians vai perder essa Liberta-dores. É um erro que está sendo pro-longado, ele ganha muito dinheiro e o Corinthians é povão, é sofrimento”.Logo depois, Neto complemen-ta. “Mas se ele estiver a fim, pode ganhar a Libertadores pro Corin-thians também”.Por enquanto, o Imperador, que só jogou meio tempo em um amisto-so contra o Flamengo, ainda não está garantido nem na lista dos 25 jogadores que o técnico Tite vai inscrever para a Libertadores.

06 Por marCelo tiePPo

a obsessão corintiana

Campeão paulista e da Copa do Brasil em 2009, Douglas volta ao Corinthians para tentar o inédito título da Libertadores

ex-Ídolos, basÍlio e neto, aCreditam que tÍtulo da libertadores está Perto de ser Conquistado

Contagem regressiva. Na quarta--feira, dia 15 de fevereiro, o Corin-thians vai começar a escrever mais um capítulo, o décimo de sua histó-ria, na Libertadores. Quando entrar em campo contra o Deportivo Ta-chira, da Venezuela, o sonho de mi-lhões de torcedores de conquistar a América vai ser revivido outra vez.Em busca do título inédito, o Co-rinthians manteve a base do time campeão brasileiro. E entre tenta-tivas frustradas de contratar Tevez e Montillo, o principal reforço aca-bou sendo Douglas, que deixou o Grêmio e é mais uma opção para o meio de campo.A primeira fase parece não assustar. Além do time venezuelano, o Corin-thians vai medir forças contra o Na-cional, do Paraguai, e o Cruz Azul, do México. Mas para quem passou o vexame de no ano passado ter sido eliminado pelo Tolima, na Pré-Liber-tadores, todo cuidado é pouco.A maior precaução é evitar a ansie-dade. No discurso do técnico Tite e dos jogadores, a Libertadores tem sido tratada como um prê-mio a ser conquistado e não como

um fardo. Se funcionar na prática, meio caminho terá sido andado.A longa espera já gerou violên-cia por parte dos torcedores. Em 2006, na eliminação contra o River Plate, cenas assustadoras ainda vi-vem na memória corinthiana. Em 2000, cinco meses depois de ser campeão mundial, os torcedores foram tirar satisfação, no Parque São Jorge, pela segunda eliminação consecutiva contra o Palmeiras e Edilson deixou o clube logo depois.Hoje ex-ídolos como Basílio e Neto, que já disputaram a Liberta-dores, vêem o sonho muito próxi-mo de ser realizado.“O time tem trabalhado com tran-quilidade e não tem se deixado envolver pela pressão. Esse grupo está no caminho certo e tem muita determinação”, diz Basílio.Neto concorda com o Pé de Anjo. “Já perdeu várias, acho que dessa vez tem grandes chances de ser campeão”.Mas o atual comentarista e apre-sentador da TV Bandeirantes acha, sem trocadilhos, que Adria-no pode ser o fiel da balança nes-

a primeira libertadores a genTe esquece

Basílio: “Ninguém queria saber de Libertadores em 76”

Atualmente, o Campeonato Pau-lista virou quase um treino de luxo para quem disputa a Libertadores. Jogadores são poupados, os tor-cedores quase não se importam, ainda mais agora que oito times são classificados para a fase final do

torneio, o que praticamente impe-de que um time grande fique fora da briga pelo titulo.Mas nem sempre foi assim. Pouca gente lembra, mas em 77, o Co-rinthians disputou a sua primeira Libertadores. Naquela época, o

o dia em que o timão reveLou baTisTuTa

Guinei ficou marcado pelo fracasso de 1991

principalmente depois que o São Paulo foi bi na Libertadores, em 92 e 93.Em 96, na eliminação para o Grê-mio, sobrou para o técnico Edu-ardo Amorim, demitido após a goleada por 3 a 0, nas quartas--de-final. Com Valdir Espinosa, o Corinthians conseguiu a vitória por 1 a 0, em Porto Alegre, mas ficou sem a vaga.Em 2003, os laterais esquer-dos derrubaram o Corinthians contra o River Plate. Kleber foi expulso, quando o Timão ven-cia por 1 a 0 e o River venceu o jogo por 2 a 1.No jogo de volta, nova derrota por 2 a 1 com outra expulsão: a do lateral-esquerdo Roger, que ouviu o “pega pega” do técnico Geninho e deu um chute em D´ Alessandro. Nova expulsão e nova eliminação.Em 2006, outra vez o River eli-minou o Corinthians de Tevez, com direito a gol contra de Co-elho, o novo vilão.E até o Fenômeno sentiu o gos-tinho da maldição da Libertado-res. Ronaldo encerrou a carreira logo depois do vexame contra o Tolima, no ano passado.

Na segunda vez em que dispu-tou a LIbertadores, o Corinthians vinha credenciado com o inédi-to título brasileiro, conquistado em 90, por obra e pés de Neto. O Timão venceu na final o for-te time do São Paulo, que já era treinado por Telê Santana.“Era uma baita várzea. Ninguém no clube dava importância pra Libertadores. A gente ficava em hotel de quinta categoria. A gen-te disputava por disputar e mes-mo assim conseguimos passar da primeira fase na base da raça”, lembra Neto.Nas oitavas-de-final, o Timão foi eliminado pelo Boca Juniors e, embora, ainda não houvesse a pressão doentia por conquistar o título sul-americano, surgiu o pri-meiro vilão da Libertadores: o za-gueiro Guinei, que falhou nos dois jogos contra o time argentino.No jogo de ida, o Boca venceu por 3 a 1, com dois gols de Batis-tuta. Na volta, com o Morumbi com mais de 65 mil torcedores, Guinei escorregou, Graciani aproveitou e fez um 1 a 0. O Co-rinthians ainda empatou o jogo, mas foi desclassificado.A lista de “vilões” aumentou,

mais difícil era entrar na competi-ção. Não existia Copa do Brasil e o Brasileiro classificava o campeão e o vice, no caso, Internacional e Co-rinthians, que fizeram a decisão de 76, vencida pelo clube gaúcho.“Depois do vice em 76, a imprensa e os torcedores só falavam do Es-tadual de 77. Ninguém dava bola pra Libertadores, era um torneio considerado sem importância”, diz o ídolo Basílio.O que os torcedores queriam era o fim do jejum de 23 anos sem títu-lo do Timão. Basílio marcou o gol inesquecível, na final contra a Pon-te Preta, e lembra de um detalhe curioso daquela Libertadores.“Durante um jogo contra o De-portivo Cuenca, o Brandão falou pra mim que não via a hora de aquilo ali acabar pra se concentrar apenas no Paulistão”.E acabou logo mesmo, na primei-ra fase, em que além de Interna-cional e Deportivo Cuenca, do Equador, também fazia parte do grupo, o El Nacional, outro time equatoriano.

corinThians

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Na teoria, o final do século 20 foi inesquecível para os corinthia-nos. O bicampeonato brasilei-ro em 98 e 99 e a conquista do Mundial da Fifa, em janeiro de 2000, em termos de resultados foram os melhores da história do clube, mas...No meio do caminho tinha a Liber-tadores, sempre ela. Naquela altura já com o São Paulo bicampeão do

1999 e 2000: os anos que não acabaram para o timão

torneio (92/93), a obsessão corin-thiana começou a aumentar. O consolo era que o maior rival, o Palmeiras, também não havia con-quistado o título.O destino colocou os dois rivais no mesmo grupo da Libertadores em 99. O Verdão, como campeão da Copa do Brasil, e o Timão, como campeão brasileiro. Uma vitória pra cada lado na primeira fase e os

dois seguiram em frente na com-petição.Mas voltariam a se cruzar em dois jogos épicos, pelas quartas-de-final. No primeiro, ainda sob o comando de Evaristo de Macedo, o Timão massacrou o Palmeiras, mas foi derrotado por 2 a 0, graças a defe-sas memoráveis de Marcos.Uma semana depois, já com Oswaldo de Oliveira como trei-nador, o Corinthians deu o troco pelo mesmo placar: 2 a 0. A deci-são foi para os pênaltis. Vampeta e Dinei desperdiçaram as cobranças e o Timão foi eliminado, mas saiu aplaudido pelos torcedores.A situação mudou no ano seguin-te. O Palmeiras tinha perdido joga-dores importantes e o Corinthians

manteve a base. Os dois se encon-traram dessa vez na semifinal. O Timão venceu a primeira por 4 a 3.No segundo jogo, um empate era o suficiente. O Palmeiras saiu na frente com Euller, mas Luizão marcou duas vezes e aumentou a vantagem corinthiana. Só que Alex e Galeano, no finalzinho, viraram a partida: 3 x 2.Nos pênaltis, São Marcos defen-deu a cobrança de Marcelinho e o sonho virou pesadelo mais uma vez.“O que ninguém fala é que o Mar-cos se adiantou dois metros pra de-fender esse pênalti. Tinha que ter voltado a cobrança”, reclama Neto.O eterno xodó da Fiel acha que o timaço de 99 e 2000 não cometeu

erros. “Ali foi coisa do futebol. Não faltou nada, os jogos foram muito equilibrados”.Basílio discorda do atual comenta-rista. “Aquela pressão que come-çou a existir pelo título foi muito grande e eles sucumbiram na hora da chegada”.E o homem que acabou com um jejum de 23 anos sem título vê o grupo atual mais preparado. “Indi-vidualmente aquele time era muito superior, mas esse atual tem mais determinação”, acredita Basílio.“Tem que haver respeito entre to-dos os jogadores, como havia no grupo de 90, quando ganhamos o Brasileiro. Se isso acontecer, a chan-ce de ganhar o título é enorme”, aposta Neto.

corinThians na LiberTaDores

1977 1991 1996 1999 2000 2003 2006 2010 201137o lugar9o lugar12o lugar10o lugar4o lugar6o lugar5o lugar11o lugar13o lugar

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especiaL - aLTiTuDe08 Por João henrique PuGliesi

efeiTos Da aLTiTuDe

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2000 a 3000 meTros

3000 a 5000 meTros

acima De 5000 meTros

No nível do mar a concentração de oxigênio no ar é aproximadamente 21%.Conforme subimos a pressão atmosférica diminui, fazendo com que as partículas de oxigênio fiquem mais disperças.

Respiração pesada, 60% de aproveitamento do oxigênio

Respiração crítica, 30% de aproveitamento do oxigênio

Respiração normal, 85% de aproveitamento do oxigênio

A menor pressão faz com que a respiração seja mais difícil, fazendo com que o atléta se esforce mais. Em pontos mais elevados isso faz com que o corpo perca mais água, principalmente pelos pulmões, podendo causar níveis de desidratação que variam com a altitude.

O corpo tenta compensar na eficiência do consumo, a falta do oxigênio. Mais hemácias serão produzidas, isso fará com que o sangue fique mais espesso, aumentando o ritmo em que o coração trabalha. O plasma sanguí-neo vaza para os pulmões, os casos fatais de edema pulmonar estão próximos a 3600 metros

Com os níveis de oxigênio diminuindo o cérebro mostra seus efeitos mais pesados, perda de memória, discernimento, sen-so de direção. Os pontos que controlam o equilibro e coordenação diminuem seu ritmo. Para compensar o corpo manda mais sangue para o cérebro, produzindo inchaço que pode causar fortes dores de cabeça, confusão, alucinações e coma.

Até então os vários efeitos podem ser tratados em baixas altitudes, imediatamente após detectados. A zona a partir de 7000 metros é conhecida como “Zona da Morte”. Profissionais e certos povos frequentemente ultrapassam essa faixa, o pico do Everest esta próximo a 8550 metros. Mestro para eles, todo cuidado é pouco.

acLimaTação

Estima-se que levamos 15 dias para nos acostumar a uma altitude de 2500 metros, a partir daí, a cada 610 metros é preciso de uma semana a mais para aclimatação total. Esses efeitos são perdidos em média 20 dias após o retorno ao nível do mar.Fatores biológicos pessoais também influênciam nesse preíodo, podendo demorar mais ou menos tempo para se acostumar ao novo ambiente.

a esTraTégia Do sanTos para vencer a altitudemaior adversário do Peixe na estreia da libertadores serão os 3600 metros aCima do nÍvel do mar de la Paz

O Santos vai sentir na pele o que todos os times pas-sam quando vão jogar na

altitude. A estreia na Libertadores da América vai ser no próximo dia 15 de fevereiro contra o The Stron-gest, da Bolívia, na cidade de La Paz, localizada a mais de 3.600 metros acima do nível do mar.O fisiologista do Santos, Luís Fer-nando de Barros, traçou uma es-tratégia que vai ser implantada para este início de caminhada rumo ao tetracampeonato sul-americano.“Chegaremos um dia antes do jogo na cidade de Santa Cruz de la Sierra, que fica a 400 metros de altitude e iremos para La Paz, no dia do jogo, cinco horas antes da partida, para atuar num estádio que fica 3.660 metros acima do nível do mar. Des-ta maneira, tentaremos minimizar

os problemas de altitude dentro do que o nosso calendário permi-te”, avalia o fisiologista, que é filho de Turíbio Leite de Barros, profis-sional que por muitos anos atuou como fisiologista no São Paulo e que também enfrentou situação semelhante com o Tricolor.O preparador físico Ricardo Rosa também integra a equipe de es-pecialistas do Santos, tendo parti-cipado de todo o planejamento. “Até o dia do jogo da Libertadores, teremos pouco mais de 20 dias de preparação. Infelizmente não é o tempo ideal para que os jogado-res estejam em plenas condições. A cada mil metros de altitude, é necessária uma semana de prepa-ração. Na altitude, o atleta perde condição aeróbica e, certamente, por ainda não estarem bem fisica-

mente, vão sentir um pouco mais”, avalia Ricardo Rosa.Até a partida diante dos bolivia-nos, os titulares do Santos só terão disputado quatro jogos (Oeste, Palmeiras, Botafogo e Linense). “O ideal mesmo seriam seis, sete par-tidas. Mas pode ocorrer deles não sentirem nada. Isso é uma coisa muito individual. Um bom con-dicionamento físico não garante que eles não vão sofrer com a al-titude. Quem sofre mais pode até ter uma condição física melhor. A gente trabalha e estuda a melhor maneira de diminuir o problema para todos”, ressalta o preparador físico do Peixe.A altitude é mesmo uma inimiga a ser batida. “Historicamente exis-te muita diferença pra quem joga na altitude. Já foram feitos tantos

Por João henrique PuGliesi

Santos, de Neymar, chegará a La Paz no dia da partida contra o The Strongest

estudos nos últimos 100 anos. Es-tudos que mostram até mesmo a relação do número de gols pra cada mil metros de altitude. Se não fosse um problema impor-tante não se reclamaria tanto por jogar na altitude”, salienta Luís Fer-nando de Barros.Existe também a preocupação com a alimentação. Após reuniões

com a nutricionista do clube, San-dra Merouço, Ricardo Rosa explica: “Ficou decidido que vamos frag-mentar mais a alimentação, que será mais leve durante todo o dia. Isso vai ajudar no condicionamen-to do atleta, que desde a volta às atividades vem recebendo uma carga maior de treinamento visan-do este jogo na Bolívia.”

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09

La Paz, capital boliviana. Elimina-tórias para a Copa do Mundo dos Estados Unidos. Ao lado do com-panheiro Márcio Trevisan e do fo-tógrafo Hélio Norio, eu formava a equipe do jornal “A Gazeta Espor-tiva”, escalada para acompanhar Brasil x Bolívia.O ano foi 1993, portanto há 19 anos, o fôlego de um garoto de 22 anos e o entusiasmo que a cobertura de um grande evento proporciona faziam com a inimiga chamada altitude fosse minimiza-da. Aliás, este o maior erro quando se enfrenta o desconhecido.Márcio Trevisan, mais experiente e

zeTTi e as vÁrias hisTórias em jogos na altitudeo ex-Goleiro do são Paulo enfrentou a altitude Pelo triColor e também Pela seleção. Como téCniCo do Paraná, Perdeu Para o Potosi

Zetti ao lado de Taffarel em 1993: suspensão por causa do chá de coca tomado para aliviar os efeitos da altitude

Zetti era goleiro do Brasil quando a Seleção perdeu o primeiro jogo em sua

história nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Foi em 1993, Zetti estava na reserva de Taffarel e foi protagonista de um drama que durou alguns dias.O Brasil foi jogar as Eliminatórias para a Copa dos Estados Unidos contra a Bolívia, no dia 25 de ju-lho de 1993, no estádio Hernando Siles, na cidade de La Paz, a 3.600 metros de altitude.O Brasil perdeu por 2 a 0 e Zetti foi pego no exame antidoping por cau-sa da presença de cocaína, oriunda do chá feito com folhas de coca, oferecido no aeroporto, que serve para amenizar os efeitos da altitude.Zetti e o lateral da Bolívia, Rimba, ficaram suspensos por quatro dias até que a Fifa entendesse que os

dois atletas não haviam ingerido qualquer tipo de droga ilícita para le-var vantagem na atividade esportivaA relação de Zetti com altitude tem capítulos interessantes vividos também quando o número 1 de-fendia o São Paulo, no ano de 1992, ano em que o Tricolor do Morum-bi conquistava o seu primeiro título da Libertadores. Jogo no dia 17 de março, contra o San Jose, na cidade de Oruro, a mais de 4 mil metros acima do nível do mar. O São Paulo, na época co-mandado por Telê Santana, venceu a partida por 3 a 0, com três gols marcados pelo atacante Palhinha. “O Palhinha não sentiu nenhum desconforto. E ele foi um dos pou-cos. Jogou bem e marcou os gols do nosso time”, lembra Zetti.O São Paulo foi para a cidade de Oruro no dia do jogo em um avião

da força aérea boliviana. Nos 90 minutos, o São Paulo foi superior aos bolivianos, apesar da altitude. “Eu me senti mal mesmo. A cada defesa tinha que fazer um movi-mento mais rápido, daí faltava o ar. Era muito abafado”, explica.Zetti voltaria à Bolívia anos mais tarde, agora como treinador. Em 2007, jogando a Libertadores, o então técnico do Paraná Clube preparava seu time para enfrentar o Real Potosí, mesmo adversário que o Flamengo pegou na pré--Libertadores deste ano.Mais experiente e desta vez do lado de fora das quatro linhas, Zetti teve a triste experiência de ver seus atletas sofrerem dentro de campo. O Para-ná perdeu por 3 a 1, mas o maior ad-versário mais uma vez foi a altitude. “Os jogadores sentiram a vista escu-recer. Em determinados momentos,

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O estádio Hernán Siles em 1993

sempre mais comedido, respeitou os alertas que nos foram passados durante toda a viagem. Em todos os momentos, nos era transmitido que andássemos devagar, que respirás-semos tranquilamente. Até mesmo que falássemos só o necessário.Após alguns dias em Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana ao nível do mar, seguimos para La Paz no dia da partida contra a Bolívia. Ao chegarmos no aeroporto El Alto (4.061 metros), o mais alto do mundo, já percebíamos a diferen-ça. Naquela época, viajávamos no mesmo avião da Seleção Brasileira, ao lado de jogadores e comissão

técnica. O mesmo chá de coca, to-mado pelos atletas, entre eles o go-leiro Zetti, nos foi oferecido, a fim de amenizar os efeitos da altitude.Tínhamos pouco tempo para mandar o material para o jornal. Realmente não é fácil você tentar puxar o ar para respirar e este ar chega até você com muita dificul-dade. É angustiante.Por alguns instantes, esqueci as recomendações e andei a passos mais rápidos. Quase fui à lona. Fô-lego acabou em segundos e tive que me sentar imediatamente. Trevisan foi jornalista e enfermei-ro naquele instante. Enviou nossas matérias enquanto eu descansava.Momentos depois fui saber que Hélio Norio havia passado mal. Re-giane Ritter quase desmaiou e o fo-tógrafo da Folha de S.Paulo, Jorge Araújo, também tinha encontrado muita dificuldade para respirar.Passei o dia inteiro com muita tontura e nem sei como consegui acompanhar ao jogo no estádio, mas o Brasil perdeu para a Bolívia (2 a 0), a primeira derrota brasileira em Eliminatórias. Jogadores pas-saram mal e o resultado foi claro: Altitude 2x0 Brasil.

João Henrique Pugliesi, 41 anos, era re-pórter de A Gazeta Esportiva e, em 1993, acompanhou os jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa dos EUA.

tiveram ânsia de vômito. O atleta tem que correr os 90 minutos e isso atrapalha muito. Foi necessário o uso de tubos de oxigênio no in-

tervalo, mas jogadores não sentiram bem e até pediram para serem subs-tituídos. A altitude se torna a maior adversária”, salienta Zetti.

fifa já chegou a proibir Jogos na aLTiTuDePartidas de futebol disputadas na altitude já foram tema de vários simpósios propostos pela Fifa. Em 2007, a entidade que comanda o futebol mun-dial chegou a proibir a realiza-ção de jogos em cidades com altitudes acima de 2.750 me-tros porque as equipes visitan-tes não teriam tempo suficien-te para adaptação.A decisão causa muita polêmica, já que cidades como La Paz, na Bolívia, a 3.600 metros acima do nível do mar, e Quito, no Equa-

Como treinador, Maradona levou de 6 a 1 da Bolívia na altitude

dor, a 2.830 metros, não pode-riam receber partidas de clubes e seleções, o que afetaria com certeza o desempenho daque-les países nos Jogos Eliminató-rios para a Copa do Mundo da África do Sul.Mas, enfim, a Fifa cedeu às pres-sões políticas e, no dia seguinte ao da proibição, já permitia a realização dos jogos. O Brasil chegou a atuar em La Paz, sob o comando de Dunga, e perdeu para os donos da casa pelo pla-car de 2 a 1.A Argentina chegou até a pas-sar vexame. No jogo disputado no estádio Hernando Siles, em La Paz, a Bolívia fez 6 a 1 diante dos hermanos, comandados por Diego Maradona que, inclusive, defendia os jogos na altitude.Mas no fim das Eliminatórias, a Seleção Brasileira e os argentinos estavam classificados e disputa-riam a Copa em gramados afri-canos. Os bolivianos mais uma vez assistiriam pela televisão.

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cuLTura10 fernando badô

no carnaval, fuTeboL fica no museu

peLé e neymar são destaques entre conquistas do santos

história da portuguesa é narraDa com obJeTos

museu tricolor organiza exTensa LisTa De gLórias

Para evitar abstinênCia do esPorte bretão durante a folia, fãs Podem visitar aCervos histÓriCos dos Clubes

O futebol para no domin-go de carnaval, mas só dentro das quatro linhas.

Aqueles que são mais fanáticos e preferem não se jogar na folia, não precisam lamentar a ausência de rodada dos campeonatos esta-duais: basta visitar um dos vários museus de futebol existentes na ci-dade de São Paulo para evitar uma crise de abstinência.Além do Museu do Futebol, que fica no estádio do Pacaembu, a ci-dade abriga os memoriais de Corin-thians, Portuguesa e São Paulo. Já os santistas da capital podem pegar o sistema Anchieta-Imigrantes e ir até o litoral passear pelo Memorial das Conquistas, na Vila Belmiro. Os Palmeirenses, porém, terão que esperar um pouco para poder re-cordar os grandes momentos do

clube, já que o novo museu do alviverde só será inaugurado jun-to com a Arena Palestra Itália. No local, o clube vai reunir não só os troféus conquistados ao longo da história mas também registros e personagens importantes de todos os tempos.Nos locais, os torcedores podem ver de perto as taças das maiores conquistas de cada um e rememo-rar os momentos mais marcantes da história – que muitas vezes não vive só de futebol – e os maiores ídolos que vestiram a camisa dos clubes.Inaugurados em épocas diferentes, cada museu apresenta peculiarida-des: uns são mais luxuosos, outros são mais modernos, mas a certeza é que são igualmente emocionan-tes para os torcedores.

O Museu Histórico da Lusa, inau-gurado em 1992, é um dos pio-neiros do futebol brasileiro. Tudo graças à iniciativa de um torcedor apaixonado, o médico Eduardo de Campos Rosmaninho, que co-meçou a reunir uma coleção de objetos ligados a momentos mar-cantes da Portuguesa. “Contamos a história do clube com fotos, troféus, medalhas, uniformes e recortes de jornais”, explica Vital Vieira Curto, que assumiu a responsabilidade

pelo o museu juntamente com ou-tro voluntário, Manuel Maria, após o falecimento de Rosmaninho. O acervo compõe uma das mais bem servidas biblioteca de jornais, revistas e periódicos de todos os clubes de São Paulo. Mais 2 mil itens de compõem a coleção do museu, mas o clube continua aceitando doações, que podem ser encaminhadas aos cuidados do departamento do patrimônio histórico. Só troféus são 900, que

Os 380 m2 do memorial santista não são sufi-cientes para abrigar toda a historia do alvinegro da Vila Belmiro, mas isso não quer dizer que se trata de uma decepção. Ao contrário, o museu do Santos reúne uma vasta coleção de fotos, uni-formes e bolas, entre outros itens, que resgatam a rica história do clube. Não à toa, o local rece-beu, em 2011, mais 115 mil visitantes.O Espaço Pelé, dedicado exclusivamente ao me-lhor jogador de todos os tempos, reúne peças do acervo pessoal do ex-jogador. Em janeiro, Neymar também ganhou um espaço exclusivo, que traz, além da foto e das chuteiras, uma placa pelo gol marcado contra o Flamengo, considerado pela Fifa como o mais bonito do mundo em 2011. O visitante ainda pode conferir lances memorá-veis de todas as épocas, que estão disponíveis em aparelhos multimídia.

memoriaL Das conquisTas peDro ernesTo guerra azeveDo

Local: Estádio da Vila Belmiro (Rua Princesa Isabel, s/no Santos)

Preços: R$ 10 para visita monitorada (memorial + camarotes térreos + sala de imprensa + vestiário + campo); R$ 6 para visita simples (memorial + arqui-bancadas); meia entrada para estudantes, professo-res, menores de 7 a 17 anos, aposentados acima de 60 anos e sócios; gratuito para crianças de até 6 anos

Horário: De terça a domingo e feriados, das 9 às 18h, com permanência até às 19h.

Site: www.santosfc.com.br

Telefone: (13) 3225-7989

vão do futebol à malha, passando por basquete, vôlei e pugilismo, ente outros.

museu hisTórico Da Lusa

Local: Rua Comendador Nes-tor Pereira, 33 – Canindé.Horário: sábados, das 11h às 14hSite: www.portuguesa.com.brTelefone: (11) 2125-9400

Tente imaginar o tamanho do tra-balho de organizar as glórias do São Paulo em um único local. E não se trata apenas de futebol, mas de ícones do esporte como o boxea-dor Eder Jofre, campeão mundial em quatro oportunidades, e o triplista Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo. Com esse objetivo o memorial do São Paulo foi inaugurado em 1994, quanto o time já era bicampeão do mundo. Por ser antigo, se comparado aos de Corinthians e Santos, tem um conceito que lembra mais uma be-líssima sala de troféus do que um museu de fato, o que, em se tratan-do de São Paulo, não é nenhuma desvantagem. São dois andares de muitas taças. O primeiro piso é dedicado ao futebol, enquanto o andar de cima reúne as conquistas em outros esportes. Além disso, o visitante pode conferir um acervo de vídeos das glórias tricolores. Vale destacar, no teto, a estátua do atacante Leônidas da Silva dando uma bicicleta, que se tornou a mar-ca registrada do memorial.

MEMOrIAL LUIZ CASSIO DOS SANTOS WErNECK

Local: Estádio do Morumbi (Praça Roberto Gomes Pedro-sa, 01)Preço: entrada gratuita pelo portão 17 do MorumbiHorário: das 9h às 16h30 (dias úteis) ou das 12h às 16h30 (fins-de-semana e feriados). Não abre em dias de jogos.Site: www.passaportefc.com/morumbi.htmlTelefone: (11) 3739-3589

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corinthians inova com

TecnoLogia e inTeraTiviDaDe

museu Do fuTeboL apresenta relação entre futebol e cultura brasileiraQuem visita o Museu do Futebol, localizado no estádio do Pacaem-bu, em São Paulo, não vai apenas aprender sobre a história do es-porte: terá a oportunidade de se divertir e se emocionar. Lá, o visi-tante reviverá o século 20 e pode-rá notar o quanto de nossa cultura e do nosso comportamento estão relacionados à história do futebol. O local, com quase 7 mil m2², in-tegra espaços: as arquibancadas servem de teto, e as duas alas são interligadas por um passarela que permite um visão panorâmica da praça Charles Miller. Ao todo são 15 ambientes temáti-cos que reúnem acervos sobre jo-gadores, clubes, torcedores, copas do mundo e estatísticas. No total, são 1.400 fotografias e seis horas de vídeo.Algumas salas são bastante curio-sas, como a Rito de Passagem, que relembra um dos momentos mais tristes, e por isso mesmo marcan-te, do futebol brasileiro: a perda da Copa de 1950 após derrota por 2 a 1

para o Uruguai, no Maracanã. Com apoio de tecnologias acústicas, o visitante vive um clima tenso, de angustia, que procura simular o que sentiam os brasileiros naquele dia.

museu Do fuTeboL

Local: Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/n)

Preço: R$ 6 (meia entrada para estudantes e idosos a R$ 3); Não pagam ingressos crianças até 7 anos, profes-sores da Rede Pública (com apresentação de holerite) e pessoas com deficiência (a gratuidade é estendida para 1 acompanhante).

Horário: das 9h às 17h (com permanência até às 18h)

Site: www.museudofutebol.org.br

Telefone: (11) 3664-3848

DiviDiDo em 15 ambienTes TemÁTicos,

acervo De mais De 1.400 foTografias

e se vaLe De recursos muLTimíDia

e inTeraTivo para ensinar e DiverTir ao

mesmo Tempo

E como não poderia faltar, há uma homenagem à dupla Pelé e Garrin-cha, que jamais perdeu uma parti-da jogando juntos, e à memória do radialismo esportivo.No térreo ficam as exposições temporárias (a última apresentava o futebol para deficientes visuais por meios de percepções senso-riais, como tato e áudio).Uma das salas de maior sucesso é

a Jogo de Corpo, onde o visitante pode cobrar um pênalti e desco-brir a velocidade do seu chute. Na tela, um goleiro virtual tentará de-fender seu arremate.

GORDUCHINHA: a bola da Copa de 2014

Visite:

A Campanha Gorduchinha 2014 tem como objetivo batizar a bola da Copa de 2014 de Gorduchinha, nome eternizado pelo famoso bordão de Osmar Santos: Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha!

Participe! Curta nossa página no Facebook, siga-nos no Twitter e cadastre-se no site!

www.gorduchinha2014.com.br facebook.com/OsmarSantos2014@gorduchinha2014

Inovador, tecnológico e interativo. É com essa trinca de conceitos que o Corinthians conta sua história cen-tenária. Os visitantes podem acessar paineis de informações que reúnem dados sobre todas as partidas dispu-tadas pelo clube até hoje e ver mui-tos gols históricos. Além disso, há um espaço com jogos eletrônicos que simulam partidas entre forma-ções clássicas do alvinegro. Um dos destaques é a primeira sala, conhecida como vestiário, onde o visitante se sente um jo-gador prestes a entrar em campo,

o que é simulado na sala seguinte, quando um grande painel circunda o ambiente, dando uma amostra da sensação que é entrar em cam-po e ver a fiel cantando nas arqui-bancadas.A marca registrada do memorial é o Hall dos ídolos, um conjunto de fotos em tamanho real com os 40 maiores ídolos da história do clube, escolhidos pela diretoria. A Calçada da Fama é outra parada obrigatória, que traz a reprodução em cimento dos pés de ídolos da equipe.

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Local: Parque São Jorge – Rua São Jorge 777

Preço: R$ 15 (meia entrada para estudantes); entrada gratuita para sócios com a mensalidade em dia, crianças menores de 5 anos e ido-sos acima de 65 anos.

Horário: das 10h às 17h de terça a sexta-feira e das 10h às 17h nos fins de semana e feriados

Site: www.corinthians.com.br - Telefone: (11) 2095-3051

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