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I
Ficha Técnica
Nome da Estagiária: Daniela Luísa Duarte Cardoso.
Nº de aluna: 6460.
Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda.
Curso: Comunicação e Relações Públicas.
Docente Orientador na ESECD: Mestre Vítor Amaral.
Suporte Institucional/Instituição Receptora: Câmara Municipal de Tondela.
a. Endereço: Largo da República, 16 – 3464-001 Tondela
b. Telefone: 232 811110;
c. Correio eletrónico: [email protected];
d. Ramo de Atividade: Instituição Pública;
e. Supervisor da Estagiária: Dr. Jorge Arrais.
Duração do Estágio: 3 meses;
a. Início: 8 de Agosto de 2011;
b. Fim: 8 de Novembro de 2011.
II
Agradecimentos
Quero começar por agradecer à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da
Guarda por me ter acolhido, pondo ao meu dispor docentes credenciados capazes de
contribuir positivamente na minha formação académica e pela paciência em me fazerem
crescer enquanto ser humano. Dirijo também uma palavra de apreço ao meu orientador de
estágio pelo seu contributo na realização do presente relatório.
Seguidamente quero agradecer à minha família por me colocar na senda da aprendizagem e
incutir em mim um espírito empreendedor. Um agradecimento especial aos meus pais, pois
sem o seu trabalho árduo, não teria condições para frequentar o ensino superior.
Um agradecimento especial, à instituição que me proporcionou este estágio curricular, mas
acima de tudo ao meu supervisor, Dr. Jorge Arrais, por ter sido incansável na sua
disponibilidade enquanto mentor de estágio.
Finalizo com um “muito obrigada” a todos os meus amigos que me acompanharam ao
longo destes últimos anos, não só pelo companheirismo mas também por todo o incentivo
pessoal que me deram nas etapas mais difíceis.
III
Índice
Introdução ............................................................................................................................................... 1
Capítulo I – Câmara Municipal de Tondela ............................................................................................. 2
1. Município de Tondela ......................................................................................................................... 3
1.1. Aspetos Geográficos ................................................................................................................... 3
1.1.1. Aspetos territoriais e económicos ........................................................................................ 4
1.2. História ........................................................................................................................................ 5
1.3. Câmara Municipal de Tondela ..................................................................................................... 6
1.3.1. Paços do Concelho ............................................................................................................... 6
1.3.2. Executivo camarário ............................................................................................................. 7
1.4. Identidade Visual ......................................................................................................................... 8
1.4.1. Logótipo ................................................................................................................................ 9
1.4.2. Slogan ................................................................................................................................. 10
1.5. Contexto específico do estágio ................................................................................................. 10
1.5.1. Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ......................................................................... 10
1.5.2. Missão e Objectivos ........................................................................................................... 11
1.5.3. Principais actividades ......................................................................................................... 11
1.5.4. Organograma da cultura .................................................................................................... 11
1.5.5. Análise SWOT ..................................................................................................................... 13
Capítulo II – Relações Públicas e Eventos ............................................................................................. 15
2. Relações Públicas ............................................................................................................................. 16
2.1. Processos de Comunicação ....................................................................................................... 17
2.1.1. Comunicação Interna ......................................................................................................... 18
2.1.2. Comunicação Externa ........................................................................................................ 19
2.2. Funções de um Relações Públicas ............................................................................................. 19
2.3. Eventos ................................................................................................................................... 20
2.3.1. Planeamento de eventos .................................................................................................... 22
Capítulo III – Atividades desenvolvidas ................................................................................................. 24
Actividades Desenvolvidas ................................................................................................................... 24
3. Estágio .............................................................................................................................................. 25
3.1. Objetivos ................................................................................................................................... 25
3.2. Estratégias ................................................................................................................................. 25
3.3. Cronograma ............................................................................................................................... 26
3.4. Atividades desenvolvidas .......................................................................................................... 27
IV
3.4.1. Arquivo de documentos ..................................................................................................... 27
3.4.2. Telefone .............................................................................................................................. 27
3.4.3. Etiquetas para o correio ..................................................................................................... 28
3.4.4. Projeto Lannemezan ........................................................................................................... 28
3.4.5. Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON) ............................................................. 28
3.4.6. Pós FICTON ......................................................................................................................... 33
3.4.7. Património Cultural ............................................................................................................ 34
3.4.8. Proposta de Press Book ...................................................................................................... 34
3.4.9. Outras Actividades ............................................................................................................. 35
Reflexão Final ....................................................................................................................................... 36
Bibliografia ........................................................................................................................................... 38
Lista de Anexos ..................................................................................................................................... 41
V
Índice de Figuras
Figura 1- Mapa de Portugal com a identificação do concelho. .................................................. 3
Figura 2- Mapa com as freguesias que compõem o concelho .................................................... 4
Figura 3- Brasão de Tondela ...................................................................................................... 5
Figura 4- Fotografia da Câmara Municipal de Tondela ............................................................. 7
Figura 5- Estrutura interna dos Serviços do Município .............................................................. 7
Figura 6- Logótipo do Município ............................................................................................... 9
Figura 7: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ................................................................ 10
Figura 9- Organograma do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais .................................... 12
Figura 10: Quadro da análise SWOT do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ............... 13
Figura 11- Esquema representativo do modelo de comunicação ............................................. 18
Figura 12: Cronograma de actividades ..................................................................................... 26
Figura 13- Cartaz FICTON....................................................................................................... 29
Figura 14- Conferência de Imprensa: FICTON ........................................................................ 32
Figura 15 - Secretariado (FICTON) ......................................................................................... 33
VI
“A satisfação reside no esforço, não no resultado obtido. O esforço total é a plena vitória.”1
Mohandas Gandhi
1 www.citador.pt
1
Introdução
Este devia ser um propósito seguido por muitos jovens que procuram alcançar um
objectivo de vida ou concretizar um sonho. Tudo nos parece fácil e acessível e de facto até
pode ser, mas se continuarmos na sombra do facilitismo nunca seremos totalmente realizados.
Com base neste princípio, tento enfrentar cada desafio que a vida me apresenta, com a
convicção que o mercado de trabalho exige que sejamos cidadãos bem informados, motivados
e munidos de sentido crítico.
O estágio curricular foi mais um desafio inerente à minha licenciatura. Enfrentei-o com
algum receio característico de uma jovem com pouca experiência profissional, mas ciente da
oportunidade que tinha em mãos de crescer e adquirir ferramentas e conhecimentos
vantajosos para o meu futuro enquanto ser humano e profissional da área de Relações
Públicas.
Sendo assim, a minha escolha recaiu pelo Gabinete de Cultura e Projectos Culturais da
Câmara Municipal de Tondela no sentido de aliar os meus conhecimentos teóricos à prática
do exercício de organização de eventos e projectos culturais. Uma área que sempre me
despertou grande interesse.
Neste relatório farei uma breve descrição sobre a instituição onde trabalhei entre o oitavo
dia do mês de Agosto ao oitavo dia do mês de Novembro, bem como as actividades
desenvolvidas no mesmo.
Dividi este relato em três capítulos distintos. No primeiro capítulo apresento a organização
em si fazendo também um enquadramento geográfico, económico e histórico da mesma. A
imagem da instituição também foi alvo de uma análise detalhada. Ainda neste capítulo faço
uma abordagem específica ao gabinete onde estagiei, indicando a sua missão e objectivos de
forma a dar a conhecer melhor as suas directrizes. A análise SWOT foi uma ferramenta
utilizada neste relatório com o propósito de aprofundar a funcionalidade e necessidades do
gabinete. O segundo capítulo serve de ponte. Um capítulo onde darei a conhecer os aspectos
teóricos essenciais para desempenhar as funções de um Relações Públicas bem como a
história desta profissão.
Finalizo este relatório com um terceiro capítulo onde se encontra uma síntese de todo o
meu estágio.
Capítulo I
Câmara Municipal de Tondela
3
1. Município de Tondela
Nesta primeira fase será apresentado o enquadramento geográfico, económico e histórico
de Tondela. O gabinete, bem como a Câmara Municipal de Tondela foram alvo de uma
abordagem aprofundada ao longo deste capítulo.
1.1. Aspetos Geográficos
Cidade do distrito de Viseu e sede de concelho, Tondela fica no Vale de Besteiros, a 304
metros de altitude, junto à Ribeira de Asnes que lança as suas águas na margem direita do rio
Dão, nas abas meridionais da Serra do Caramulo, no meio de uma paisagem de grandes
horizontes onde abundam os pomares com fruta excelente.
O concelho de Tondela fica situado na Região Centro e pertence ao Distrito de Viseu,
tendo como concelhos limítrofes, Viseu, Vouzela, Águeda, Mortágua, Santa Comba Dão e
Carregal do Sal (Figura 1).
Figura 1- Mapa de Portugal com a identificação do concelho.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tondela
4
Figura 2- Mapa com as freguesias que compõem o concelho
1.1.1. Aspetos territoriais e económicos 2
Tondela tem uma área geográfica de 371,2 km2, sendo constituída por 26 freguesias
abarcando assim 28.953 tondelenses (Figura 2).
É considerado um investimento seguro devido à transformação tecnológica significativa,
ao importante dinamismo e ao investimento nos últimos anos, à existência e facilidade de
acesso a matéria-prima (madeira, granito, barro, entre outras), à disponibilidade de mão-de-
obra e elevada produção do activo e fácil acesso e posição estratégica do ponto de vista das
acessibilidades.
Fonte: Documento interno da CMT
No entanto, Tondela caracteriza-se, essencialmente, pelo seu grau de industrialização, com
razoável representação das indústrias alimentares, madeiras, químicas, minerais, não
metálicas e metal – mecânicas.
Acompanhando este dinamismo, Tondela tem sido, nos últimos anos, palco de uma
corrente de inovação e modernidade, que se consubstancia na implementação de um conjunto
2 Baseado em Carvalho (1981).
5
diversificado de estruturas básicas, de bem-estar e lazer, que propiciam novos conceitos na
vivência quotidiana.
1.2. História
A região que hoje constitui o concelho de Tondela desde cedo foi ocupada pelo Homem.
Da sua presença temos inúmeros vestígios, desde instrumentos líticos, fragmentos de
cerâmica, passando por monumentos megalíticos até às manifestações rupestres.
No entanto, a cidade de Tondela surge mencionada pela primeira vez, no foral de D.
Afonso Henriques, concedido a Santa Comba, mas em 1123 já se vendiam propriedades em
Tondela, marca notória da sua antiguidade. Em 1258, segundo as inquirições, Tondela
constituía já uma paróquia. “Cada paróquia constituía uma unidade de organização local
dotada de autonomia rudimentar com juiz privativo (…)” (Martinho, 1994:10).
Como muitas outras terras, Tondela tem também a sua própria lenda toponímica. Em época
bastante remota, uma mulher, fazia a vigília do cimo das montanhas, a fim de detectar todos
os movimentos dos mouros. Quando avistava perigo, a mulher dava o sinal de alarme com
uma trombeta e ao “tom dela” a população acudia para defender a sua terra.
Durante algum tempo, o concelho teve a designação de Tondela e Besteiros. Já nos nossos
dias Tondela adquiriu grande desenvolvimento e, por isso, ascendeu a cidade a 18 de
Dezembro de 1987.
A constituição heráldica do brasão de Tondela acentua na cor prata, com uma laranjeira de
sua cor frutada de ouro, arrancada e com o tronco de negro e acompanhada de duas bestas de
vermelho. É constituído também por uma coroa mural de prata de cinco torres (Figura 3).
Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Tondela
Figura 3- Brasão de Tondela
6
1.3. Câmara Municipal de Tondela
As câmaras municipais são grandes instituições representativas de cada concelho. A lei3
incumbe às mesmas, um conjunto vasto de atribuições para que estas, respondam da melhor
maneira aos interesses e necessidades das populações. No entanto, as expectativas das
populações em relação à acção dos autarcas não param de cessar, o que complica o exercício
de funções municipais.
Os órgãos de poder local são:
-Presidente da Câmara Municipal;
-Assembleia Municipal;
-Assembleia Freguesia.
Estes são eleitos pelo método de Hondt4 de 4 em 4 anos.
Contudo, foi por conhecer algumas das atribuições exigidas às autarquias que escolhi o
município de Tondela para realizar o meu estágio curricular, mais concretamente no gabinete
de Cultura e projectos culturais.
1.3.1. Paços do Concelho
“Os antigos Paços municipais localizavam-se na parte mais central da antiga Vila, no ponto
de cruzamento da estrada que, vinda de Viseu, se dirigia para Santa Comba e Coimbra, com a
Velha estrada que se dirigia ao Caramulo, no local ainda hoje designado por rua do
Pelourinho do século XIX. O edifício camarário situava-se na esquina das duas vias de
comunicação, com a frente para hoje designada rua Poeta Tomás Ribeiro. Este edifício
comportava a Casa da Câmara e a cadeia, esta por duas secções – o Aljube – para os presos a
cumprir penas leves e a – Enxovia – para os presos a cumprir penas pesadas. Este edifício
acabou mais tarde por ser vendido e demolido, possivelmente por volta de 1872, quando
foram construídos os novos Paços do Concelho, em cuja fachada ainda se vêem as armas de
D. Luís, encimadas pela Coroa Real, fechada e rodeada pela cercura de ramos característica
do escudo de Portugal.
No lugar dos velhos Paços do Concelho ergue-se a residência com jardim, pertença da
família Moura” (Martinho, 2003:14-15) (Figura 4).
3 Lei número 219 de 18 de Setembro de 1999 do Diário da República – I- série-A 4 Modelo matemático utilizado para converter votos em mandatos. Sítio da Comissão Nacional de Eleições.
7
Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Tondela
1.3.2. Executivo camarário
Todas as instituições dispõem de uma representação gráfica dos recursos que compõem a
estrutura de uma organização, através do qual é possível ter a percepção de alguns aspectos
como: a divisão do trabalho, a assessoria, divisões e vários sectores existentes na empresa, e, a
relação superior/subordinado.
Fonte: Sítio da Câmara Municipal de Tondela
Figura 4- Fotografia da Câmara Municipal de Tondela
Figura 5- Estrutura interna dos Serviços do Município
8
No caso de Tondela, a estrutura interna dos Serviços do Município, de acordo com o
disposto no Decreto-Lei 305/2009 de 23 de Outubro, aprovado em Reunião de Câmara de 21
de Dezembro de 2010 e pela Assembleia Municipal de 29 de Dezembro de 2010, é composta
de acordo com a Figura 5.
Em termos específicos, no que se refere aos cargos e responsabilidades, o executivo
é composto da seguinte forma:
Presidente: Dr. Carlos Manuel Marta Gonçalves - PSD;
Vice-Presidente: Dr. José António Gomes de Jesus - PSD;
Pelouros: Requalificação Urbana; Ambiente; Cultura e Património; Educação;
Vereadora: Eng.ª Fátima Carla Dias Antunes Carmona Pires – PSD;
Pelouros: Gestão dos Estaleiros Municipais/Equipamentos e Materiais; Segurança e
Iluminação Pública; Acessibilidade e Mobilidade; Proteção Civil;
Vereador: Eng. António Manuel Dinis Ribeiro Marques – PSD;
Pelouros: Modernização Administrativa; Novas Tecnologias; Juventude e Desporto;
Recursos Humanos;
Vereador: Pedro Luís Jesus Ferreira Adão – PSD;
Pelouros: Administração Geral; Urbanismo e Planeamento; Desenvolvimento Urbano;
Edificação Particulares – Licenciamento e Embargos; Desenvolvimento Económico e
Turismo; Mercados e Feiras Municipais; Apoio Administrativo e Sanitário – Defesa do
Consumidor;
Vereadora: Cecília da Conceição Ribeiro Fragoso – PSD;
Pelouros: Acção Social e Solidariedade, Saúde e Habitação.
1.4. Identidade Visual
A identidade visual de uma organização baseia-se sempre no seu nome, logótipo e slogan.
“A primeira função, e a mais geral, que um programa de identidade visual desempenha é a de
coadjuvar a configuração da personalidade corporativa de uma empresa” (Villafañe, 1998:15),
já que estes são os elementos que mais facilmente a identificam, junto do público. Estes
elementos representam, física ou psicologicamente, o produto ou serviço, o meio físico e a
equipa humana. Para além disso, eles deverão poder ser utilizados em todos os suportes de
comunicação.
9
Conclui-se, assim, que a imagem de uma empresa reflecte e define a sua personalidade, é o
primeiro contacto entre uma organização e o público.
1.4.1. Logótipo
O logótipo é um dos signos icónicos da identidade visual. Vindo da palavra grega logus,
deve representar graficamente e contextualizar a organização, já que “o logótipo apresenta
uma personalidade, uma identidade de firma, mediante um símbolo, uma forma. Uma
empresa vive com o seu logótipo: ele é simultaneamente uma prova de existência da empresa,
um sinal de reconhecimento e um meio de a distinguir” (Westphalen, s.d.: 259).
Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Tondela
Este é o símbolo que representa o município de Tondela (Figura 6). Como podemos
observar é um logo dinâmico e actual. Os “arcos” verdes representam a serra do Caramulo,
situada aproximadamente a 20km do centro de Tondela. O círculo representa o movimento,
pois o slogan deste município é “Um concelho em movimento”. Usou-se a cor laranja para
representar as laranjas de besteiros. A letra “D” está naquela posição para evocar as bestas
(símbolo guerreiro dos antigos habitantes do Vale de Besteiros), representando também as
vitórias de outros tempos.
Ao juntar cores fortes como o preto, laranja, amarelo e verde este logótipo pode gerar
diferentes emoções ao seu público. O laranja, como foi exposto anteriormente, tem como
principal objectivo figurar as laranjas de besteiros, sendo esta uma cor quente, transmite
energia, actividade e proximidade. O amarelo remete-nos para o sol, sol é vida, no entanto,
podemos incluir nesta cor o sentido do ouro, da excentricidade, tal como referi anteriormente,
este é um concelho que priva de produtos exclusivos da região dos quais lhe guarda grande
estima pelo valor único que têm. O verde faz a quebra da excentricidade do amarelo,
representando a frescura e longevidade, mostrando também o poder da natureza de se renovar
(mais uma vez o movimento está implícito). O preto é aquela cor que, vista pelo senso
comum, tem um semblante negativo, mas segundo o código de cores de Lindon (2008: 211), a
Figura 6- Logótipo do Município
10
cor negra utilizada nas letras serve para transmitir rigor e sobriedade, mostrando aos
tondelenses que estão bem entregues ao “poder” da Câmara Municipal de Tondela.
Conclui-se assim que, este logótipo tem como principal objectivo mostrar o movimento e a
dinâmica do concelho através do seu município.
1.4.2. Slogan
“Um concelho em movimento”
O slogan é o signo linguístico que complementa o logótipo. O slogan procura “dizer muito
em poucas palavras de forma clara e sugestiva” (Joly, 2005: 154), ou seja, deve ser claro,
curto e conciso, tendo bem implícito os princípios da organização. O seu principal objectivo é
despertar a atenção do público suscitando assim um interesse premeditado.
A Câmara Municipal de Tondela (CMT) usa este slogan com o sentido conotativo de
mostrar a sua dinâmica ao público.
1.5. Contexto específico do estágio
Os próximos pontos referem-se ao enquadramento específico do estágio, a sua missão e
objectivos, bem como uma análise SWOT que permite uma percepção e uma orientação para
as actividades a desenvolver.
1.5.1. Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
Como observação geral, deve-se observar que o gabinete não tem as melhores condições
ergonómicas, apesar de a câmara ter investido seriamente na remodelação das instalações, os
gabinetes de cultura e desporto, como dos respectivos chefes de divisão, ainda não sofreram
quaisquer alterações.
Figura 7: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais Fonte: Daniela Cardoso
11
1.5.2. Missão e Objectivos
Cada departamento da CMT tem a sua própria missão. O Gabinete de Cultura e Projectos
Culturais (GCPC) não é excepção e de forma a esclarecer a missão deste departamento,
aborda-se sinteticamente as seguintes questões:
1- O gabinete existe porquê?
2- Quais os seus objectivos?
3- Quem pretende atingir?
Enquanto entidade cultural, o GCPC tem como principais objectivos planear, executar e
promover a realização de eventos, com o intuito de aumentar a participação popular nas
actividades da CMT.
Ao cumprir estes objectivos, o gabinete de cultura está a aumentar a notoriedade do
concelho a nível distrital e nacional.
Apoiados por uma empresa de design, o GCPC é responsável por uma política de
comunicação e divulgação das actividades que se faça “ouvir” junto do seu público-alvo. O
gabinete de cultura trabalha essencialmente para os tondelenses, satisfazendo assim as suas
necessidades com actividades do interesse municipal de natureza social, cultural ou recreativa.
1.5.3. Principais actividades
Este gabinete tem como principais tarefas assegurar a realização de eventos relativos às
datas mais marcantes do ano. O carnaval, as marchas de Santo António, a FICTON e o Natal
são os eventos que a Câmara não prescinde e que ficam ao cuidado do GCPC.
A administração das infraestruturas culturais é outro encargo do gabinete, ficando este
responsável por manter o Mercado Velho, o Auditório Municipal e a área de espectáculos do
Parque Urbano ao dispor das necessidades dos tondelenses.
Ao longo do ano, surgem inevitavelmente outros eventos culturais que requerem a atenção
dos profissionais do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais.
1.5.4. Organograma da cultura
Cada organização tem o seu próprio modo de agrupar os recursos, dividir e decompor as
tarefas globais, estabelecer uma hierarquia de autoridade bem como definir a sua estrutura
interna.
12
“As empresas constituem uma das mais complexas e admiráveis instituições sociais que a
criatividade e a engenhosidade humana construíram. As empresas de hoje são diferentes das
de ontem e provavelmente amanhã num futuro distante apresentarão diferenças ainda
maiores.” (Chiavenato, 1979: 53).
Figura 8- Organograma do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
Fonte: Sítio da Câmara Municipal de Tondela
Como se pode observar, o gabinete de cultura e Projectos Culturais (GCPC) suporta três
técnicos superiores e um técnico operacional.
Cabe aos três técnicos superiores a gestão das funções do GCPC:
Património Cultural – Dr. Jorge Arrais;
Comunicação - Dr.ª Lurdes Ribeiro;
Cultura e Projectos Culturais – Dr.ª Paula Ferreira.
Apesar de haver esta subdivisão de funções, o gabinete de cultura opta por uma política
baseada no trabalho de grupo, para que atinja os seus objectivos de uma forma mais rápida e
eficaz sem sobrecarregar nenhum dos técnicos.
13
1.5.5. Análise SWOT
Para se ser mais eficaz, é necessário estar ciente e ter um conhecimento aprofundado do
funcionamento e necessidades da instituição para a qual trabalhamos. Sendo assim, a análise
SWOT é uma ferramenta muito útil para nos elucidar do estado da instituição porque é uma
análise que se subdivide em duas análises complementares: a análise aos factores externos e a
análise aos factores internos. Tal como refere Joaquim Caetano (2004:80), “A análise SWOT
permite à empresa situar-se tendo em conta a sua envolvente externa e interna e os respectivos
factores de influência.”
A instituição deve sempre ter em atenção os principais factores provenientes do mercado e
do meio envolvente (factores externos) e os factores que diferenciam a instituição da sua
concorrência (factores internos), só assim poderá distanciar-se dos pontos menos importantes
concentrando-se assim nos aspectos fundamentais.
Observemos na figura 10, a análise SWOT à organização em questão:
Pontos Fortes Pontos Fracos
- Notoriedade junto do público
- Cultura ao alcance de qualquer um
- Oferta cultural para vários públicos
- Falta de Pró Actividade
- Forte ligação da imagem apenas à FICTON
- Sazonalidade
Oportunidades Ameaças
- Maior visibilidade a nível distrital e
nacional da CMT
- Melhoria do nível socioeducativo da
população e por conseguinte da sensibilidade
cultural
- Deslocamento da população da periferia
para a cidade
- Parceria com a ACERT
- Situação económico-financeira do país
(nomeadamente os cortes nas Câmaras)
- Forte concorrência da ACERT
Figura 9: Quadro da análise SWOT do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
Fonte: Daniela Cardoso
14
Os pontos fracos do gabinete de cultura e projetos culturais prendem-se essencialmente
com a aspetos de coordenação técnica. As diretrizes anuais estabelecidas carecem de
propostas inovadoras e de incentivos por parte dos superiores hierárquicos. As poucas metas
estabelecidas acabam por tornar também a imagem do gabinete demasiado presa à FICTON
(evento mais aguardado em Tondela). A sazonalidade seria combatível de não houvesse uma
ameaça bastante forte a nível económico, pelo que me apercebi durante o estágio, os cortes na
cultura são evidentes.
Capítulo II
Relações Públicas e Eventos
16
2. Relações Públicas
Relações Públicas foi um termo pensado e desenvolvido pelos dois famosos pioneiros Ivy
Lee e Edward Bernays. Países como os Estados Unidos da América, o Reino Unido e a
França, foram os primeiros a adoptarem a técnica.
“Enquanto os bons profissionais de Relações Públicas promovem uma comunicação de
qualidade, clara e simples, pode haver alguma confusão acerca dos conceitos nas Relações
Públicas” (Black, s.d: 18). De facto existem bastantes definições de Relações Públicas,
exemplo disso são:
- “é o esforço planeado e constante para estabelecer e manter a boa vontade e o
entendimento mútuo entre uma organização e o seu público” (Institute of Public Relation)
- “o método de definir mensagens e de comunicá-las ao público alvo com o intuito de
influenciar uma resposta pretendida” (The Public Relations Consultancy Association)
Define-se o conceito de Relações Públicas como a actividade que mantém um bom
relacionamento das instituições com os públicos. É graças à comunicação nos diferentes
sentidos, que as RP são uma técnica ideal para estabelecer essa ligação. Esta ligação visa o
seu esclarecimento em relação às políticas e acções que são levadas a cabo. No entanto, o
objectivo principal de um Relações Públicas é a humanização interna e externa das
organizações.
As organizações não podem aparecer aos olhos da opinião pública única e exclusivamente
como uma entidade jurídica. Para tal há uma preocupação máxima em veicular informações
rigorosamente verdadeiras dos quais até a mentira por omissão é excluída. A política da
verdade na qual deve assentar uma campanha de RP é o alicerce imprescindível para a
orientação e elaboração de qualquer programa. O código de ética das RP é peremptório
quanto à idoneidade da informação.
Ainda com base no artigo apresentado no IX Congresso da International Association for
Media and Communication Research em Paris, conclui-se que um bom profissional de RP
tem de estar ciente de todos os objectivos que esta profissão impõe.
Atendendo a vários autores como Black, Lloyd ou Canilli citados por Garcia (1999)
resumem-se os objetivos fulcrais a:
-Analisar tendências futuras e prever consequências.
-Auscultar a opinião pública, as atitudes e as expectativas.
-Estabelecer e manter alguma forma de comunicação bilateral.
-Prevenir conflitos e erros de compreensão.
17
-Promover o respeito mútuo.
-Harmonizar o interesse privado com o público.
-Promover produtos ou serviços.
-Projectar uma entidade corporativa.
Contudo para se ser um bom RP não basta ter um conhecimento profundo das exigências
da profissão, é essencial que o profissional esteja habilitado de um conjunto de características
tanto do foro pessoal como técnico de forma a, cumprir com sucesso a sua profissão.
2.1. Processos de Comunicação
A linguagem ou comunicar é o que faz com que o Homem se torne Homem. “O homem,
como animal social que é, precisa de comunicar com o mundo que o rodeia e, de alguma
forma especial, com os seus semelhantes” (Lampreia 1996: 21), é a partir dessa base que nos
diferenciamos dos restantes animais.
Sendo assim, a comunicação humana mais do que traduzir uma mensagem, procura vincar
uma imagem do próprio emissor. É na sequela deste contexto que se pode começar a
vislumbrar a importância da comunicação organizacional.
Ao longo dos anos convencionaram-se elementos que participam e tornam possível o acto
de comunicar. Algumas definições variam de acordo com a linha teórica adoptada, porém as
teorias mais aceites identificam seis elementos imprescindíveis no processo de comunicação:
Emissor: é quem gera o processo e toma a iniciativa.
Recetor: é quem recebe a mensagem, ele deve receber e compreender a ideia que se quer
passar.
Mensagem: é o pensamento ou a ideia que o emissor pretende passar para o receptor.
Código: é o conjunto de signos convencionais e a sua sintaxe (ex. linguagem) utilizados na
representação da mensagem, que devem ser total ou parcialmente comuns ao emissor e ao
receptor.
Meio: é o canal através do qual o emissor transmite a sua mensagem ao receptor.
Feedback: é o último processo de comunicação. Toda a comunicação deve ter este
elemento como um dos seus objectivos para complementar todo o processo.
18
Fonte: Daniela Cardoso
Lasswell (1948) sintetizou o processo de comunicação em torno de cinco questões:
- Quem comunica?
- A quem?
- O quê?
- Como?
- Com que resultado?
2.1.1. Comunicação Interna
Todas as acções relacionadas dentro de qualquer organização integram no seu conjunto um
método de comunicação interna.
A comunicação interna, eficiente numa empresa, estimula boas relações entre os
funcionários; estabelece uma rede de princípios que elevam o moral entre os profissionais
internos e externos e os põe a par de forma objectiva, prática e simples, das decisões e
objectivos da empresa.
“A comunicação interna engloba todos os actos de comunicação que se produzem no
interior de uma empresa. As suas modalidades variam de uma organização para a outra”
(Westphalen, s.d.: 65). Bem gerida, a comunicação interna estabelece, como prática
permanente, o diálogo entre empresa e empregados, fortalecendo o relacionamento entre a
direcção e o corpo funcional e, entre os próprios funcionários.
Figura 10- Esquema representativo do modelo de comunicação
19
Valendo-se de vários instrumentos o Gabinete de Cultura e Projectos Culturais funciona
como um grupo de elementos interagindo entre si através de um sistema comunicativo. A
comunicação interna do GCPC baseia-se, em primeiro lugar, nos métodos elementares:
placares informativos;
reuniões;
telefone interno;
rede interna.
2.1.2. Comunicação Externa
A comunicação externa baseia-se em toda a informação que é enviada para o exterior,
pelos colaboradores da empresa, no sentido de divulgar e promover os serviços. Esta pretende
criar e manter uma imagem positiva e credível além de, tentar ajustar essa comunicação aos
segmentos do mercado.
“Quando falamos em comunicações externas, queremos referir-nos aos métodos de
contacto directo com clientes e intermediários. (…) Um bom programa de comunicações
externas deve complementar-se com o uso dos media para aumentar a atenção em relação aos
produtos de uma organização.” (Wragg, 1989: 100).
Por comunicação externa entende-se, a comunicação que é feita de modo a que a
instituição possa ganhar e merecer a confiança de todos aqueles com quem está habitualmente
em contacto, referimo-nos obviamente aos públicos externos que incluem clientes,
fornecedores, bancos e entidades financeiras.
Pondo isto, considera-se que o GCPC é detentor de uma boa comunicação externa, e o
resultado disso é a enorme credibilidade que o Gabinete detém junto do público externo.
2.2. Funções de um Relações Públicas
As Relações Públicas, de acordo com os contributos dos vários autores da área como
por exemplo Martins Lampreia, têm como principais funções:
Patrocínio e Mecenato – Financiamento de eventos com impacto social ou de
organizações e eventos que prossigam fins culturais, ambientais, filantrópicos, desportivos e
20
similares, com vista à divulgação pública desse apoio para melhoria da imagem do
financiador.
Lobbing – Relações diretas com os agentes legislativos, executivos e reguladores em nome
de uma entidade, de um grupo ou de um sector, tendo em vista a obtenção de benefícios e
vantagens para essa identidade, grupo ou sector.
Identidade visual – Construção e eventuais reformulações de um sistema de identificação
visual.
Relações com os órgãos de comunicação social – Atividade central das RP da qual
nasceu as Relações Públicas contemporâneas. Incorpora actividades que visam construir e
gerir uma imagem positiva da entidade junto dos jornalistas e, por mediação destes, junto dos
públicos atingidos pelos Órgãos de Comunicação Social.
Comunicação interna – Comunicação que é feita em vários sentidos (ascendente,
descendente, paralelamente, etc.) e são vários os instrumentos utilizados (reuniões internas e
instrumentos de comunicação oral, escrita, audiovisual, electrónica, etc.)
Comunicação externa – Comunicação que visa melhorar as relações entre instituição e
respectivos públicos, transmitindo a imagem desejada e que seja por eles apreciada.
Organização de eventos – Criação de acontecimentos marcantes, que tenham um impacto
positivo junto do seu público-alvo de forma a aumentar notoriedade ou vender
produtos/serviços.
2.3. Eventos5
Tal como se refere anteriormente, evento é um acontecimento que tem como principal
objectivo causar impacto positivo com o intuito de se tornar notícia, aumentando assim a
notoriedade da instituição ou serviço. Aliás, é indispensável pensar num evento como um
acontecimento que terá de gerar benefícios para todas as partes.
Primeiramente, para uma melhor promoção de um evento é estritamente necessário ter a
noção das características do mesmo.
Podemos classificar um evento quanto a três critérios:
por categoria: institucionais ou comerciais;
por área de interesse: científicos, desportivos, políticos, empresariais, sociais,
culturais, religiosos, turísticos, familiares;
5 Pedro et al (2007)
21
por tipo: congressos, seminários, torneios, passeatas, inaugurações, feira,
aniversários, exposições, casamentos, etc.
De seguida, é necessário ter consciência se se trata de um evento de pequena, média ou
grande escala. O que distingue estes eventos é a cobertura mediática, o orçamento utilizado,
bem como o tipo de patrocinadores.
No fundo, todos os eventos são e devem ser diferentes pois regem-se por objectivos e
destinam-se a públicos diferentes.
Os eventos que são organizados por particulares ou organizações têm como principais
objectivos o convívio, envolver, partilhar, agradecer, motivar, fidelizar, apresentar ou
inaugurar. Assim, são fomentadas as relações com os seus públicos internos e externos o que
permite uma legitimação da imagem e um maior destaque com questões de foro social.
O conceito de grande evento tem obviamente uma maior cobertura mediática, está
naturalmente associado às grandes marcas pois as suas audiências são elevadíssimas.
Existem vários tipos de eventos mas, no entanto, ao longo deste capítulo apenas se fará
referência aos eventos desenvolvidos durante os últimos três meses no GCPC. Aqui fica uma
breve descrição dos mesmos:
Feiras: as feiras são eventos destinados a segmentos específicos. Têm como principal
objectivo a exposição e a venda de produtos. A sua organização exige bastantes cuidados de
forma a expor todos os produtos de forma apelativa porque para além da venda, as feiras
também servem para estabelecer novos contactos com potenciais públicos.
Eventos culturais: são eventos criados para entreter o seu público-alvo e até para agradar
a parceiros ou clientes.
Eventos desportivos: estes, tal como o próprio nome indica, são eventos que têm como
principal objectivo a prática desportiva.
Congressos/ Palestras/ Conferências: nestes eventos o valor dos patrocínios é elevado.
Contam em geral com estudiosos ou profissionais credenciados em determinadas áreas que
têm como principal objectivo informar. São momentos que elevam a imagem de uma empresa
pois conta com os melhores.
Painel: é uma reunião de discussão desenvolvida por um pequeno grupo de especialistas
que confrontam diferentes perspectivas de saberes e experiências sobre apenas um tema, em
presença de um grupo alargado de pessoas.
Palestra ou Colóquio: trata-se de uma reunião que incide numa determinada área em que
o orador não é tão prestigiado como num congresso, no entanto a sua meta é a mesma, a de
informar e partilhar reflexões.
22
Seminário: reunião de especialistas dirigida a especialistas. O objectivo é debater em
grupo assuntos em comum de forma a melhorar ideias ou valores.
Visitas: seguem um programa criterioso, com o objectivo de divulgar um serviço/ produto
ou até mesmo a própria organização.
Exposições: trata-se de um evento que visa a divulgação dos objectos expostos.
Mostra: evento pequeno que visa somente divulgar objectos apresentados.
Lançamento de livros: neste evento apresenta-se o autor e a sua respetiva obra.
2.3.1. Planeamento de eventos 6
Os eventos são acontecimentos complexos que exigem uma grande flexibilidade e grande
capacidade de sacrifício e dedicação. São acontecimentos que não dependem apenas da sua
entidade organizadora mas também de todos os aspectos físicos e humanos que o envolvem.
A complexidade destes está no seu planeamento, pois envolvem inúmeros pormenores e
atenções que ao mínimo descuido podem deitar tudo a perder. Um bom organizador dever ter
em consideração aspectos tão essenciais como:
diagnóstico;
objectivo do evento;
orçamento disponível;
público-alvo;
tema do evento;
acções a desenvolver;
avaliação.
Numa fase mais avançada, a organização define planos de acção e implementação, onde
terá em conta os recursos necessários à sua execução, assim como os parceiros ideais para o
seu evento de forma a atrair os melhores patrocínios. A data e o local são questões que não
podem ser escolhidas ao acaso, estas têm de ir ao encontro dos objectivos principais do
evento. Delineados os traços mais importantes, a instituição está apta a cuidar da imagem da
sua divulgação e da respectiva relação com os media.
Durante todo o evento a organização não pode “baixar os braços”, deve sim estar atenta
com o intuito de cuidar e antecipar-se a qualquer falha ou necessidade de última hora
6 Pedro et al (2007)
23
“(…)pelo que atrasar-se em decidir é perder a oportunidade de intervir ou então é ter que
realizar um esforço maior para recuperar o tempo perdido” (Lozano, s.d.: 18).
Findo o evento é chegada a hora de avaliar todas as acções e o feedback alcançado, esta
análise tem como principal objectivo melhorar em ocasiões futuras ou manter caso tenha sido
um excelente sucesso, se bem que, a monotonia nunca é sinónimo de sucesso.
Capítulo III
Actividades Desenvolvidas
25
3. Estágio
Para finalizar sintetizar-se-á o estágio, desde os objectivos às actividades desenvolvidas,
referindo as estratégias utilizadas.
3.1. Objetivos
Todas as experiências são enriquecedoras desde que estejamos predispostos a enfrentar os
novos desafios com a ânsia, não só, de aprender mas também de contribuir de alguma forma
positiva. O saber não ocupa lugar, e só assume uma relevância significativa quando é
chamado a ser aplicado.
O estágio é uma etapa onde assentamos os nossos saberes adquiridos ao longo da nossa
vida académica. Durante estes três meses procurei perceber a utilidade desses mesmos
conhecimentos aquando aplicados às várias actividades exercidas pelo Gabinete de Cultura e
Projectos Culturais.
Posso assim concluir que os principais objectivos do meu estágio curricular passam por:
- Enriquecer a minha experiência profissional, complementando a teoria adquirida ao
longo do curso de Comunicação e Relações Públicas.
- Conhecer o funcionamento de uma instituição pública, focando-me essencialmente no
GCPC.
- Ter uma participação activa nas actividades levadas a cabo pela instituição.
- Ajudar, através dos meus conhecimentos, a melhorar aspectos passíveis de reparos.
- Absorver todos os conhecimentos que me fossem transmitidos ao longo dos três meses
de estágio.
- Intervir e participar nas acções desenvolvidas.
Finalizando, ambicionava, que esta experiência me capacitasse de ferramentas
importantes, sejam elas para desempenhar funções no mundo da organização de eventos ou
em áreas como a comunicação empresarial ou as relações públicas.
3.2. Estratégias
As estratégias utilizadas durante o estágio não foram previamente idealizadas. Apesar da
minha escolha ser completamente consciente e premeditada, confesso que o que eu conhecia
do Gabinete não era suficiente para deliberar quaisquer estratégias.
26
Sendo assim, o meu primeiro passo passaria por conhecer não só as directrizes das
actividades desenvolvidas pelo GCPC, mas também as pessoas, as infra-estruturas e
equipamentos, e toda a cultura da organização.
“O director de Relações Públicas cuidará minuciosamente da sua organização e
desenvolvimento.” (Lozeno, s.d.: 97), com base neste pressuposto, e após ter observado
atenciosamente o meio onde me ia inserir, a minha estratégia passou por esclarecer dúvidas e
relacionar alguns dos conhecimentos adquiridos com o trabalho desenvolvido no gabinete em
causa, procurando assim, saber de que modo o meu apoio poderia vir a ser útil tendo sempre
em vista o melhor para a instituição.
Claro está que a minha aprendizagem não foi descurada, pois tenho noção que a base para
tudo é a vontade de aprender e a nossa capacidade para sermos empreendedores e tomarmos
iniciativas. Por isso, decidi que poderia ser útil, não só nas tarefas que me foram confiadas,
mas também nas que viria a propor.
3.3. Cronograma
Para um melhor entendimento do que foi feito ao longo dos últimos três meses, elaborei
um cronograma (Figura 12). Assim, tem-se uma melhor percepção da aplicação prática das
tarefas e a sua delimitação temporal.
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª
Mês/Semana
Atividades Desenvolvidas
Atendimento telefónico
Funções operacionais
Arquivo de documentos
Organização Lannemezan
Propostas
Criação Logótipo Património
Criação Marcador de Livros
Assembleia Municipal
Organização FICTON
Setembro OutubroAgosto Novembro
Figura 11: Cronograma de actividades
Fonte: Daniela Cardoso
27
3.4. Atividades desenvolvidas
Quando escolhi o Gabinete de Cultura e Projectos Culturais, a minha mente estava
essencialmente focada na organização de eventos. Esta área, como referi anteriormente, foi
escolhida por me dar grande alento e satisfação. No entanto, estava ciente da situação actual
do país, assim sendo, tomei como prioridade a versatilidade no meu desempenho enquanto
estagiária.
As minhas tarefas realizadas passaram por duas áreas da comunicação: Relações Públicas e
Organização de eventos, não esquecendo também algumas funções administrativas.
Em seguida, passarei a descrever minuciosamente todas as minhas actividades.
3.4.1. Arquivo de documentos
O arquivo é de extrema importância em qualquer organização, o GCPC não é excepção.
Uma das minhas funções era o arquivo e organização de documentos nas respectivas pastas.
Durante a organização da Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON), que falarei
mais adiante, eram inúmeros os documentos que precisavam de ser arquivados. Neste caso
havia duas pastas distintas, uma referente a inscrições e respectivas provas de pagamento,
bem como toda a correspondência enviada e recebida, a outra continha toda a logística da
feira.
Todo o arquivo realizado tinha em atenção a ordem cronológica.
3.4.2. Telefone
O telefone era uma importantíssima fonte de informação do gabinete. Através deste
recebíamos pedidos de informações, inscrições para eventos, bem como solicitações dos
mesmos. Era também através de telefone que o gabinete mantinha contacto com os seus
colaboradores.
Não encarei esta tarefa com facilitismo, pois segundo Katz “O tom de voz pode ser
caloroso e amistoso, mas a resposta deve ser factual e informadora” (1993: 74), sendo assim,
tentei sempre manter um tom de voz cordial e educado, exprimindo-me de forma correcta e
compreensível, respondendo com isenção às solicitações telefónicas.
28
3.4.3. Etiquetas para o correio
O correio era um dos meios mais utilizados pelo Gabinete. Para que não houvesse
saturação de tarefas, coube-me a mim criar e organizar as etiquetas próprias para cada
destinatário. Estas etiquetas continham o nome do destinatário e a respectiva morada. Na
altura foram criadas para o envio de ofícios, convites e informações referentes à FICTON.
3.4.4. Projeto Lannemezan
Quando iniciei o meu estágio, a responsável pela Geminação (Dr.ª. Lurdes Ribeiro)
colocou-me ao corrente do projeto “Geminação Lannemezan” levado a cabo pelo gabinete.
A geminação é uma espécie de parceria entre cidades (neste caso entre Tondela e a cidade
francesa Lannemezan) com o propósito de criar uma ligação e estabelecer relações propícias à
evolução de ambas através do intercâmbio cultural.
Este ano, foi estabelecido que viriam a Tondela um grupo de profissionais de Andebol bem
como os responsáveis pela geminação de Lannemezan.
Neste sentido, foi- me pedido que criasse um programa de actividades para os dias 27, 28 e
29 de Outubro (data previamente estabelecida para a realização do intercâmbio). Este
programa continha todos os passos que o gabinete teria de exercer nos dias em que acolhesse
esta comitiva (Anexo II).
Para além do programa foi-me pedido também que apresentasse propostas de lembranças a
entregar ao respectivo grupo.
Este trabalho foi executado com bastante antecedência mas, para nossa desilusão, os
responsáveis de Lannemezan ligaram no dia 22 de Setembro a cancelar a sua vinda a Portugal
por falta de condições económicas.
3.4.5. Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON)
Iniciei o meu estágio no dia oito do mês de Agosto e já decorriam os preparativos da
FICTON.
Esta é uma feira que atrai à cidade e ao concelho milhares de pessoas, entre locais e
visitantes, que tomam contacto, durante esta época festiva, com a realidade de Tondela, a sua
cultura, o seu património e as suas gentes. Pode afirmar-se que esta é a combinação perfeita
entre tradição e modernidade.
29
A promoção de produtos da região, os expositores representativos das actividades
económicas, as associações e outras entidades do Concelho são peças fulcrais na edição da
FICTON que conta já com 19 edições. Cabe ao GCPC organizar e gerir estas peças não
descurando, dos artistas musicais que dão alegria e cor a esta feira (Figura 13).
Fonte: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
a) Distribuição dos espaços FICTON
Esta feira desenvolve-se no pavilhão desportivo de Tondela e respectiva área envolvente.
A organização opta por colocar no espaço interno (pavilhão desportivo) os stands referentes
ao comércio, indústria e serviços, na área envolvente faz-se uma divisão de espaços ocupados
pelas Tasquinhas, Artes e Ofícios, Feira das Freguesias, Feira do Passarinho, Produtos
endógenos e palco musical.
Os números oficiais deste certame são: 88 stands empresariais, 24 freguesias
representadas, 11 expositores de produtos locais certificados, 42 stands destinados ao
artesanato e 10 tasquinhas dinamizadas pelas freguesias.
Durante o período de inscrições, o gabinete cuidava da atribuição dos respectivos stands.
Essa foi uma tarefa desenvolvida por mim, tendo em conta os mapas que me foram
disponibilizados procedi à distribuição das empresas do espaço interno bem como os artesãos
do espaço externo.
Figura 12- Cartaz FICTON
30
Tendo em conta que maior parte das inscrições eram de expositores conhecedores da feira,
havia algumas exigências prévias, exigências essas, que a organização tinha em consideração
apesar de nem sempre ser possível dar uma resposta positiva.
Sendo assim, posso dizer que a colocação dos stands teve por base o mapa já existente no
ano anterior, os restantes eram atribuídos de forma a manter uma harmonia estética.
O espaço externo exigia já um conhecimento de campo, pois havia produtos expostos que
não podiam ficar virados para o sol. No entanto, este espaço seguiu a mesma regra que o
anterior, ou seja, a divisão foi realizada com base no mapa de 2010, o que gerou alguns
problemas.
b) Layout
Tal como referi anteriormente, a versatilidade foi uma das minhas prioridades. Durante o
meu estágio fiz questão de ajudar em tudo o que pudesse, mesmo que essa actividade
pertencesse a uma área menos apreciada por mim.
A minha licenciatura incutiu-me algumas bases de design e multimédia, sendo assim,
atenta a um desabafo da Dr.ª Lurdes Ribeiro, ofereci-me para alterar o layout do mapa
referente ao espaço interno, tornando-o mais apelativo (Anexo III).
Como a satisfação com o meu trabalho anterior foi plena, pediram-me que criasse um
layout que facilitasse a percepção da disposição das lonas utilizadas na decoração da feira, no
sentido de auxiliar a organização do próximo ano. (Anexo IV)
c) Actualização de base de dados
O GCPC priva de uma organização exemplar. No decorrer dos preparativos da FICTON,
era do meu dever inserir os dados de todas as inscrições, que ocorriam durante o dia, no
programa Excel.
Esta base de dados continha o lettering pretendido, o número de frentes do stand, o tipo de
stand, nome do expositor e respectivo contacto.
d) Lettering
Numa fase mais avançada das inscrições, foi-me incumbida a tarefa de certificar todos os
letterings pedidos no ato da inscrição.
31
O lettering, não podia conter nenhum erro ortográfico, de forma a não demonstrar descuido
por parte da organização. Sempre que a letra do expositor não era clara, tinha obrigação de
telefonar para o contacto dessa inscrição de forma a confirmar o lettering desejado.
e) Cartões de identificação
Conhecedor das minhas aptidões na área, o Dr. Jorge Arrais pediu-me que criasse os
cartões de identificação de todos os expositores e trabalhadores da feira.
Este foi um trabalho que me ocupou durante vários dias, um certame desta envergadura
requer bastantes recursos humanos. Criei cerca de 330 cartões de identificação, que
permitiam, aos utilizadores, uma livre circulação na área da FICTON, usufruindo das
condições colocadas à sua disposição. (Anexo V)
f) Distribuição de Jantares
Como referi anteriormente, este evento conta com 10 tasquinhas dinamizadas por
freguesias e instituições do concelho, a Câmara cede-lhes o espaço para que estes, através da
venda de refeições, consigam tirar o máximo de proveito económico da feira.
A música é um dos principais atractivos desta feira. Sendo assim, cabe à organização a
disponibilização de jantares aos artistas contratados bem como aos artesãos com direito a
refeição.
Uma das exigências para esta tarefa era o não favorecimento de nenhuma tasquinha em
particular, com isto tive de distribuir de forma equilibrada as pessoas que jantariam sob a
alçada da Câmara Municipal de Tondela.
g) Conferência de Imprensa
Faltavam poucos dias para a FICTON e “quando o assunto que se quer comunicar é de
grande importância ou susceptível de provocar perguntas por parte dos jornalistas interessados
– e só nestes casos – pode-se convocar uma conferência de imprensa, em vez de se proceder
ao simples envio do press release.” (Lampreia, 1999: 118). Foi o que aconteceu a cinco de
Setembro de 2011 (Figura 14).
A minha contribuição nesta conferência prendeu-se à organização e montagem do espaço
(Mercado Velho). Aquando da chegada dos jornalistas, coube-me a mim a distribuição dos
press-kit aos jornalistas convidados.
32
h) Trabalho de Campo
Dia 15, 16, 17 e 18, a chamada fase de acção e implementação estava em curso, a
derradeira hora “H”. Durante estes quatro dias a organização não teve mãos a medir, foi
estritamente necessária uma disponibilidade fora do comum, de forma a responder
prontamente a quaisquer dúvidas ou imprevistos.
Completamente desprovida de qualquer formação prévia para aqueles dias, confesso que
me senti um pouco desnorteada. Optei então por seguir alguns ensinamentos adquiridos ao
longo do curso, apostei forte na comunicação com os expositores, mas a minha margem de
manobra era diminuta, mesmo fazendo parte da organização, a minha inexperiência na
FICTON era abissal comparada com os anos de experiência dos meus colegas de trabalho.
Tendo como base as leituras do autor J. Martins Lampreia (1996), tentei manter um
diálogo constante com os diferentes públicos tendo em vista o merecimento da confiança por
parte dos mesmos, conseguindo assim um feedback positivo quanto à minha presença
naqueles espaços.
Por força de uma proximidade maior com os expositores, era depositada em mim a
confiança para expor alguns reparos ou até mesmo críticas quanto à organização, naqueles
momentos e dado o meu carácter de estagiária, apenas indicava que o recado seria entregue a
quem de direito.
Os meus dias foram passados entre o stand do Secretariado e todo o espaço da FICTON e
era de minha função esclarecer dúvidas e sempre que necessário resolver casos simples que
fossem surgindo (Figura 15).
Fonte: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
Figura 13- Conferência de Imprensa: FICTON
33
3.4.6. Pós FICTON
Finda a feira, era obrigatório que cada expositor procedesse à desmontagem do seu próprio
stand. Posto isto, foi-me atribuída a responsabilidade de verificar se o expositor deixava o
stand em plenas condições e se me entregava a chave e o cadeado correspondente ao seu
espaço.
Durante este processo, aproveitei para fazer uma espécie de questionário aos expositores
para ter uma melhor percepção do sucesso do evento. Este questionário serviu-me para
apresentar uma proposta que falarei no ponto seguinte.
Proposta: Relatório FICTON
Decidi propor ao Gabinete que se fizesse um relatório sobre a FICTON, o meu supervisor
deu-me luz verde e segui em frente com o projecto. (Anexo VI)
Era meu objectivo criar um documento útil ao gabinete, que pudesse e devesse ser
analisado à posteriori pelos responsáveis do mesmo, com o intuito de não esquecer as falhas
de 2011 desenvolvendo assim soluções para a vigésima edição desta feira.
Este relatório apenas tem como base a minha visão enquanto futura Relações Públicas e o
trabalho de campo efectuado. No entanto, acho que será um bom suporte para o próximo ano
já que “A administração pública tem o dever de servir a sociedade e de o fazer com
entusiasmo, profissionalismo e rapidez (…)” (Lozano, s.d.: 197) e servindo-se desta análise
tem tudo para satisfazer as necessidades do seu público de forma mais eficaz.
Fonte: Gabinete de Cultura e Projectos
Culturais
Figura 14 - Secretariado (FICTON)
34
3.4.7. Património Cultural
A criação de uma imagem para o património cultural foi um dos pedidos iniciais do meu
supervisor, Dr. Jorge Arrais. Esta era uma tarefa que não contava executar, tendo em conta o
facto de não dominar essa área.
No entanto, agarrei o projecto com o intuito de contribuir de forma útil para a criação da
imagem do património cultural.
Logótipo
Tendo em conta que um logótipo “funciona, de certo modo, como um bilhete de identidade
visual, onde mediante um símbolo e uma forma apresenta a personalidade e faz prova da
existência da empresa” (Lampreia, 1998: 50), decidi que era por aí que devia começar.
Foram várias as tentativas para a sua criação, no entanto, ficaram em arquivo, à espera de
aprovação as três propostas de logótipos. (Anexo VII)
Marcador de livros
O meu passo seguinte foi criar algo útil onde estivesse referenciado o Património Cultural.
A escolha recaiu sob um marcador de livros.
As imagens utilizadas neste marcador foram fornecidas pelo meu supervisor, fotografias
essas de sua própria autoria sendo o texto da minha total autoria (Anexo VIII)
3.4.8. Proposta de Press Book
O clipping é uma técnica de comunicação, utilizada pelas organizações, quer sejam de
âmbito institucional ou de âmbito empresarial. Consiste na leitura e análise metódica e
ininterrupta de toda a informação publicada pelos media sobre a organização. Tem como
objectivo essencial perceber de forma eficaz, rápida e fundamentada a imagem que a
comunicação social tem e veicula sobre a organização, e quais as repercussões que esta pode
ter para a empresa.
O GCPC cuidava do arquivo de todas as notícias que tivessem as actividades do gabinete
referenciadas, no entanto a organização do mesmo não era a mais correcta (tendo por base os
meus conhecimentos teóricos). Sendo assim, decidi deixar como proposta a realização de um
press book.
35
Aquando o término do meu estágio ainda não tinha qualquer feedback relativo à minha
proposta. (Anexo IX)
3.4.9. Outras Actividades
No estágio devemos olhar para a organização como um todo, tendo cada um tarefas
específicas, onde a união contribui para o bem comum. Com o propósito já referido em pontos
anteriores, a versatilidade, elaborei diversas pequenas actividades, que nem sempre se
relacionavam com a área da comunicação.
Logo, na segunda semana, recebi um pedido do vereador da cultura para transpor o áudio
da Assembleia Municipal para documento Word. Esta foi uma tarefa que realizei em conjunto
com a secretária da assembleia, devido à minha inexperiência em relação ao assunto.
A montagem dos espaços para a concretização de exposições ou lançamentos de livros são
um dos exemplos de outras actividades realizadas. O técnico operacional era o responsável
por essa montagem, sempre com a supervisão de um dos técnicos superiores disponíveis. Esta
experiência permitiu-me ter noção de bastantes pormenores técnicos e de algumas
responsabilidades que até à data desconhecia por nunca estar do lado da organização.
Concluí que é necessária a compreensão e a humildade para desenvolver qualquer tipo de
trabalho porque isso só nos faz crescer e ganhar experiência.
36
Reflexão Final
“A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por
ele, mas aquilo em que ele nos transforma7.”
John Ruskin
Gestão de eventos, a minha área de eleição. Ciente das ofertas que o meu curso me oferece
a nível profissional, optei por enveredar num estágio relacionado com a organização de
eventos. A Câmara Municipal de Tondela, mais propriamente, o Gabinete de Cultura e
Projectos Culturais, estendeu-me a mão e viajou comigo nesta etapa crucial.
Apesar de ter ouvido muitas experiências de estágios curriculares, tinha esperança que o
meu estágio não assentasse essencialmente na observação. O medo que me estava incutido,
não fez desmoronar a ânsia de fazer e de mostrar utilidade, sempre acreditei que a minha
presença no GCPC seria uma mais-valia, embora soubesse que a margem de manobra podia
ser limitada numa organização onde não pode haver falhas, uma entidade pública não se pode
dar ao luxo de descurar dos interesses públicos.
O respeito pela instituição e pelos seus foi essencial, em momentos de maior desagrado ou
frustração. Sempre quis fazer mais, a minha juventude e fulgor fizeram-me esquecer da
situação económica do país e das questões burocráticas que limitam determinados projectos e
ambições. Felizmente, tive sempre do meu lado o meu supervisor, um mentor que me fez
crescer a nível pessoal e acima de tudo profissional e que nunca poupou nos conselhos que me
deu.
Posso dizer que o gabinete me ofereceu a oportunidade de exercer funções relacionadas
com a área em que estava a trabalhar, enquanto estudante e futura técnica superior de
Comunicação e Relações Públicas e que, eu ofereci a oportunidade ao gabinete de absorver os
meus conhecimentos adquiridos durante o curso. Esta relação que assentou numa troca mútua
de conhecimentos resultou num estágio de três meses com saldo positivo.
Todas as actividades desenvolvidas durante o estágio tiveram o seu contributo no meu
crescimento profissional, umas directamente relacionadas com a minha área, outras nem
tanto, por isso, admito que a que me marcou mais, foi a participação na organização da
FICTON. Organização de eventos é um sonho antigo e participar na organização deste
certame foi sem dúvida excecional e enriquecedor.
7 www.citador.pt
37
Criar de raiz uma imagem para o património cultural é outra experiência que retenho com
enorme orgulho na memória. Através desta tarefa apercebi-me do quão difícil é criar uma
imagem de uma instituição ou serviço e do quão importante é ter essa imagem de marca.
Agradeço a oportunidade que me deram de trabalhar numa área que nunca teria escolhido à
partida, porque este trabalho tornou-me mais polivalente e como referi no presente relatório,
tenho noção da importância da versatilidade no mundo laboral.
A nível pessoal aprendi, no que diz respeito à área do trabalho, que por melhor
profissionais que sejamos, todos sentimos necessidade de carinho e estímulo constante de
forma a não prejudicar o nosso rendimento. Eu recebi esse incentivo, mas vi de perto as
consequências de quem não tem esse privilégio. Espero num futuro próximo fazer parte de
uma equipa de trabalho onde o ser e as relações pessoais são valorizadas.
O estágio curricular findou. Um capítulo de muitos desta narrativa à qual chamamos vida
académica foi encerrado. Fica a tristeza de não estar a exercer funções, mas fica também a
alegria de saber que, durante três meses, fui acolhida da melhor forma e fui o alvo escolhido
para dispararem todos os seus saberes e experiências profissionais.
Cada vez mais, acredito que estou no caminho certo e que, ser profissional de
Comunicação e Relações Públicas vai contribuir significativamente para a minha felicidade
pessoal.
38
Bibliografia
- BLACK, C. (2001), Guia Prático do Profissional de R.P. Publicações, Mem Martins:
Edição Europa América.
- CAETANO, J.; RASQUILHA, L. (2004), Gestão da Comunicação (1ª Edição): Quimera
Editores, Lda.
CARVALHO, A. F. (1981), A Terra de Besteiros e o Atual Concelho de Tondela – (Esboço
Histórico e Toponímico), Câmara Municipal de Tondela (reedição do original publicado em
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- CHIAVENATO, I. (1979), Teoria Geral da Administração, Vol. I, São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil.
- GARCÍA, Manuel M. (1999), As Relações públicas, (1ªedição), Lisboa: Chaves do êxito.
Editorial Estampa.
- JOLY, M. (2005), A imagem e os Signos, Bordeaux: Edições 70.
- KATZ, B. (1993), Comunicação – Poder da Empresa; Lisboa: Clássica Editora.
- LAMPREIA, J. M. (1996), Técnicas de Comunicação: Publicidade Propaganda e relações
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Coleção Saber, Publicações Europa América
- LINDON, D. et al (2008), Mercator XXI: Teoria e Prática do Marketing (11ª Edição),
Lisboa: Publicações Dom Quixote.
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- Manual de produção económica, Um concelho para o seu investimento, Coordenação e
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- MARTINHO, A. M. (2003), Tondela-Breve percurso histórico, Dom Jaime, Cadernos de
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- WRAGG, D. (1989), Relações Públicas em Marketing e Vendas. São Paulo: Editora
McGraw-Hill.
Outras Fontes
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- Revista “Tondela, o Concelho sempre em movimento”, Edição da Câmara Municipal de
Tondela, 2011.
Sítios online
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http://www.cne.pt/index.cfm?sec=0501010100 (consultado em Novembro de 2011)
www.citador.pt (consultado Novembro, Dezembro de 2011).
http://www.portugal.gov.pt/pt/GC19/Documentos/MAAP/Doc_Verde_Ref_Adm_Local_Ane
xos.pdf.
http://www.bocc.ubi.pt/pag/goncalves-gisela-etica-das-relacoes-publicas.pdf
ǀ Lista de Anexos ǀ
Anexo I: Plano de Estágio
Anexo II: Proposta Lannemezan
Anexo III: Layout Mapa de Expositores
Anexo IV: Layout Lonas
Anexo V: Cartões de Identificação
Anexo VI: Proposta Relatório da Feira Industrial e Comercial de Tondela
Anexo VII: Propostas de Logótipos de Património Cultural
Anexo VIII: Proposta Marcador de Livros
Anexo IX: Proposta de Press book
Anexo X: Cartaz de actividades do Parque Urbano (Agosto)
Anexo XI: Cinema ao ar livre no Parque Urbano
Anexo XII: Cartaz lançamento do livro de Filipa Duarte
Anexo XIII: Programação FICTON
Anexo XIV: Lista de Jantares FICTON
Anexo XV: Exposição de instrumentos Chineses
Anexo XVI: Plano de Actividades do Parque Urbano, Mercado Velho e Auditório Municipal
ǀ Anexos ǀ
ǀ Anexo I
Plano de Estágio ǀ
CÓPIA
ǀ Anexo II
Proposta Lannemezan ǀ
GEMINAÇÃO LANNEMEZAN
Proposta de programa 2011
Dia 27 de Outubro (quinta-feira):
18h – Recepção no Auditório Municipal -> é servido uma espécie de coffe break
20.30h- Jantar em restaurante ainda a designar
Dia 28 de Outubro (sexta-feira)
09.30h – Saída de Tondela em direcção à cidade do Porto
11.00h – Visita ao Museu de Vinho do Porto (2,06 euros)
12.30 – 13h – Almoço no restaurante Vais & Cais (a pé fica a 2 min do museu do vinho)
14.30h – Partida para Guimarães (40min de viagem)
15.20h- Visita ao Castelo de Guimarães
17h – Saída de Guimarães para Tondela (2h e 10min de viagem)
20.30h - Jantar em Restaurante ainda a designar
Dia 29 de Outubro (sábado)
10h – partida para Montemor-o-Velho (1h14min)
10.30h- Visita ao parque zoológico europaradise (5 euros)
12.30- 13h – Almoço no restaurante “A Moagem” (11 min de distancia do parque)
14.30h – Passeio pelo centro de Montemor-o-Velho
17.30h – saída para Tondela
ǀ Anexo III
Layout Mapa de Expositores ǀ
Antes
Depois
ǀ Anexo IV
Layout Lonas ǀ
ǀ Anexo V
Cartões de Identificação ǀ
ǀ Anexo VI
Proposta: Relatório da FICTON ǀ
INDICE
RELATÓRIO DA FEIRA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE TONDELA (FICTON) .................. 14
ASPECTOS A VERIFICAR A NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO: ........................................................... 15
ESPAÇO EXTERNO ............................................................................................................................... 18
TASQUINHAS.......................................................................................................................................... 20
FEIRA DAS FREGUESIAS .................................................................................................................... 20
FARTURAS E CARROS DE CHOQUE ................................................................................................ 21
SUGESTÃO PARA COLMATAR A CRISE E EVITAR A FALTA DE VISITANTES ................... 21
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 22
Relatório da Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON)
Um evento é um acontecimento que tem como principal objectivo criar um impacto
positivo diante os públicos-alvo, tornando-se em notícia, aumentando assim a notoriedade da
instituição ou serviço. Nos passados dias 15, 16, 17 e 18 decorreu um dos, se não o maior
evento da cidade de Tondela.
Sendo assim, acho pertinente fazer uma análise a esta feira que conta com quase duas
décadas de existência, a FICTON.
Para melhorar a nossa percepção sobre este evento, é preciso ter em consideração o tipo
de evento que é. Comecemos pela sua principal característica, o facto de ser um evento
cultural, com o intuito de proporcionar à instituição e, neste caso, à cidade de Tondela, uma
imagem de maturidade e seriedade.
A Câmara Municipal de Tondela, optou por organizar uma feira, a fim de colmatar as
falhas existentes. A falta de visibilidade do concelho, não correspondia às potencialidades do
mesmo no que diz respeito à indústria, comércio e artesanato, sendo assim, era necessário
criar um evento que mostrasse a força da cidade a nível socioeconómico. Nasceu assim, a
FICTON.
A data escolhida para a FICTON não foi ao acaso. Esta feira coincide com as
comemorações do feriado municipal e o aniversário dos bombeiros voluntários.
O local escolhido para a realização desta feira é o pavilhão desportivo municipal de
Tondela, bem como, o seu espaço envolvente.
Para um evento desta envergadura são necessários bastantes recursos humanos e físicos.
A câmara dispõe de vários recursos humanos, nomeadamente os seus funcionários. Todos os
recursos físicos essenciais estão dependentes do orçamento (orçamento ao qual não tive
acesso) que, em geral, dada a experiência dos técnicos superiores responsáveis pela
organização, nunca é excedido.
É um facto mais do que evidente, que com 19 anos de existência, esta feira tem já uma
imagem extremamente consolidada, no entanto, um evento cria mais impacto se houver
bastante criatividade, quer antes ou durante a organização do mesmo.
Na minha opinião, esta imagem consolidada, é a grande entrave à organização do
mesmo. Falta criatividade, falta ritmo, vontade e acima de tudo medo, medo de que as
pequenas falhas que têm ocorrido se tornem num ponto de foco dos media e do público,
acabando assim com a notoriedade ganha até à data.
Durante os quatro dias de feira, presenciei algumas falhas que irei mencionar neste
relatório. Estas falhas foram identificadas com base no meu conhecimento académico e pelo
trabalho de campo efectuado.
Aspectos a verificar a nível de organização:
O Gabinete de Cultura e Projectos Culturais (GCPC) dispõem de bastante tempo para
organizar esta feira com o máximo de sucesso, no entanto, a mecanização de todo o
planeamento é um obstáculo à criatividade e antecipação de certas situações.
Sugiro um maior entrosamento entre a organização. A divisão de tarefas é na minha
opinião uma opção bastante válida. Às vezes, os técnicos executavam as mesmas tarefas,
dando-lhes a sensação de tempo perdido, aumentando assim a frustração interior. Com a
divisão de tarefas, o tempo é mais rentabilizado, sobrando espaço para dar asas à imaginação
e melhorar a imagem da FICTON.
Outro aspecto que acho importante salientar, é a falta de pulso firme da parte da
organização. O regulamento foi algumas vezes quebrado, o que gerou alguns problemas ao
GCPC. Na minha opinião os pontos do regulamento que não podem ser quebrados, ou então,
têm de sofrer alterações são:
- Art.º3 INSCRIÇÕES (artº 5 e 6):
2.1-Sendo a mesma aceite (inscrição), o pagamento do custo estipulado no artº 4 terá que ser
efectuado de imediato, caso contrário, a referida inscrição não terá qualquer validade. Este
ponto não foi cumprido em raras excepções, mas o não incumprimento do mesmo,
demonstrou a sua real importância. Durante esta edição da FICTON, houve quem se
aproveitasse da boa vontade da organização em alargar o prazo de pagamento, para usufruir
de stands no espaço da FICTON sem consumar qualquer pagamento.
Sendo assim, acho que está bem patente a necessidade de cumprir este artigo, para não dar
ainda mais prejuízo ao município de Tondela.
-Artº 4 TARIFAS DE OCUPAÇÃO E CONDIÇÕES (artº7 e 9):
6- O interior de cada stand deverá estar montado/decorado em tempo útil no dia anterior ao
início da FICTON e o prazo para o levantamento dos materiais é de um dia finda a
exposição.
Mais uma vez, a organização pecou no incumprimento deste artigo ao não punir quem
não cumpriu com a data de montagem dos stands, deixando assim um ar de desleixo para com
a imagem dos expositores, gerando assim, um dos motivos de queixa de alguns artesãos.
Quanto ao horário de levantamento dos materiais, penso que há um erro na construção
deste artigo. Aliás, este também foi um motivo de descontentamento por parte dos expositores
do espaço externo aquando foi entregue um horário de desmontagem que visava apenas o dia
seguinte. A principal razão da sua queixa era o facto de serem de outras cidades e de
trabalharem no dia seguinte. As condições monetárias, também foram um impedimento para
permanecerem mais uma noite em Tondela. Ou seja, tendo em conta que a organização
permitiu a desmontagem assim que a feira encerrou, penso que este era um descontentamento
totalmente evitável. Assim, sugiro que seja alterada a parte final deste artigo “…o prazo para
o levantamento dos materiais é de um dia finda a exposição.” para “…o prazo para o
levantamento dos materiais é após o encerramento da FICTON com tolerância de um dia
finda a exposição”.
Art.º5:
2- Os artesãos que trabalhem ao vivo, terão direito ao seguinte apoio:
a)Refeição, nos dias em que decorre a Feira em lugar a definir pela organização.
Este foi sem dúvida um dos artigos que mais contestação gerou entre os expositores do
espaço externo, nomeadamente, os artesãos. A incongruência deste artigo estava manifesta no
facto de não serem todos os artesãos que trabalhavam ao vivo a terem direito ao dito jantar.
Apesar de haver um artigo que referia:
c) tal apoio apenas poderá ser considerado, caso tal seja manifestado, pelo artesão, no
boletim de inscrição.
Os artesãos, não entenderam o porquê de uns terem e outros não, tendo em conta que
muitos trabalhavam nas mesmas condições. Penso que deverá haver alterações significativas
neste ponto tendo em conta que uma das alegações que a organização fez quando se deparou
com este problema foi, que só teriam direito a este benefício quem fosse residente em
Tondela.
Na minha modesta opinião, não deveriam ser os artesãos de Tondela a receberem tal
ajuda até porque, pensando bem, os maiores gastos a nível económico são feitos pelos
artesãos oriundos de outros pontos do país. A Câmara Municipal de Tondela (CMT) já dá
grande benefício aos artesãos de Tondela, dando-lhes prioridade no acto das inscrições. Dado
o descontentamento geral verificado pelos artesãos, penso que mudar os jantares para os
artesãos vindos de fora do concelho e que trabalhassem ao vivo era uma boa medida tendo em
conta que o descontentamento destes expositores provavelmente já ultrapassou as fronteiras
da FICTON. Há que criar estes incentivos, para que haja uma maior satisfação e para que esta
feira ande na “boca do mundo” pelas melhores razões e não pelas piores. Estes incentivos só
demonstram preocupação com os vários interesses inerentes à feira.
Finda a observação do regulamento, quero ainda salientar a falta de organização e
entreajuda durante o período festivo.
Um grupo de trabalho deve ser coeso para que os seus objectivos sejam atingidos com o
máximo sucesso. Falta coesão a este grupo de trabalho e acima de tudo falta organização.
Estou convicta que a criação de horários para todos os elementos da organização seria
uma mais valia.
O secretariado é o local onde as pessoas podem colocar as suas dúvidas, expor
problemas ou pedir esclarecimentos sobre a feira, no entanto, nem todos os técnicos
dedicaram tempo suficiente ao secretariado, pondo assim em causa a funcionalidade do
mesmo.
Dados os recursos humanos disponíveis, penso que seria extremamente fácil estipular
horários de forma a manter sempre dois técnicos dentro do secretariado e outros dois a
verificar se está tudo a correr como o previsto. O sistema de rotatividade evita também a
saturação de tarefas.
O contacto com o público, expositores, associações e tasquinhas, é extremamente
necessário e penso que também foi uma falha por parte da organização. Apesar de estarmos
perante um evento que é organizado há 19 anos e tendo em conta que maior parte dos
envolvidos conhece a organização, é preciso lembrar os que não conhecem, e são esses os
mais importantes a cativar, para que tenham vontade de voltar e para que a primeira
impressão deles seja a melhor.
Acredito que, a organização deveria dar uma volta pelos stands, antes da abertura da
feira, para cumprimentar os expositores e se colocarem à disposição dos mesmos, indicando-
lhes onde fica o secretariado e desejando-lhes uma boa feira. Esta atitude ajuda em possíveis
situações de crise, ou seja, se o expositor tiver uma imagem simpática da organização,
dificilmente apontará o dedo à primeira falha, a não ser que seja uma falha grave, mas mesmo
assim, se a atitude da organização for a correcta desde o inicio, é provável que haja uma
menor austeridade na abordagem ao problema por parte do queixoso.
Esta equipa falhou no tempo de resposta às queixas que lhes foram dirigidas durante a
FICTON, penso que esta foi a falha mais grave a nível interno. Uma coisa é haver falhas,
outra coisa é não mostrar interesse ou dar a devida importância a essas falhas de forma a
corrigi-las no momento certo.
Um evento, nunca agrada a todos, não existe o evento perfeito. Mas cabe à organização
saber separar as críticas com fundamento das críticas sem fundamento, resolvendo assim o
que é importante.
Espaço externo
Este foi um espaço, onde incidiu o meu trabalho de campo, logo, consegui ter uma
maior percepção do descontentamento de alguns artesãos.
Uma das minhas sugestões seria oferecer melhores condições aos artesãos que vêm de fora,
dado que a CMT dispõem de recurso físicos suficientes para poder ceder essas condições.
Disponibilizar os colchões usados no pavilhão desportivo municipal seria uma das medidas a
ter em consideração, dado que os expositores que vêm de fora para além da alimentação têm
gastos com as dormidas. A opção seria disponibilizar um colchão por stand, que só poderia
ser usado dentro do stand do próprio. Esse mesmo colchão teria de ser devolvido no fim da
FICTON, juntamente com as chaves dos cadeados.
A organização também deve ter em atenção os horários dos banhos, pois desta feita, os
horários não correspondiam às necessidades dos expositores. Salvo no primeiro dia, os
expositores eram obrigados a fechar os stands para poderem usufruir do banho, ou então
tomavam banho de manhã, que dadas as temperaturas elevadas que se faziam sentir, não lhes
servia de muito.
Antes de oferecer os banhos, convém verificar se os balneários e água estão em plenas
condições, para não acontecer como este ano, em que os artesãos se viram obrigados a tomar
banho de água fria.
Outro aspecto importantíssimo e que demonstrou uma certa falta de cuidado e coerência
foi na distribuição dos stands pelo espaço envolvente ao pavilhão. O facto de colocar o stand
das gomas, o stand dos licores e de outros produtos feitos à mão (como quadros) virados para
o sol, gerou um descontentamento geral e penso que é uma falha fácil de resolver, pois apenas
requer mais atenção e sensibilidade.
Quem visita esta feira de Tondela, consegue ter a percepção que há um corredor mais
movimentado do que outro, isto não se deve aos produtos expostos (até porque ambos os
corredores são de artes e ofícios tradicionais), na minha opinião isto deve-se à clara falta de
luz no primeiro corredor que divide o espaço com os expositores de automóveis e tractores.
Ao entrar naquele corredor, a pessoa fica com a sensação que é o fim da feira e não o início,
penso que se deve aumentar a iluminação desta área de forma a atrair mais público para
aquela zona. Ou seja, com mais público a circular, evitam-se as habituais queixas dos
expositores por ficarem daquele lado.
Tendo em conta que a organização permite a inscrição de expositores na secção de artes
e ofícios, mesmo que estes não sejam de artesanato, penso que deveria abrir um espaço
específico para estes e não colocá-los lado a lado com os artesãos. Este facto gerou um
enorme descontentamento por parte de alguns artesãos, pois tinham noção que o preço dos
seus produtos feitos à mão não se equiparava com o preço de outros produtos (nomeadamente
a bijutaria que era muito mais barata do que os fios, anéis e pulseiras tradicionais). A questão
visual também é afectada, não sendo de todo convergente ter um stand de artesanato e logo a
seguir um de sapatilhas, apesar deste ultimo ter pago mais para usufruir de um stand igual a
todos os artesãos.
Talvez por ter passado mais tempo no espaço exterior, artes e ofícios tradicionais, fiquei
com a sensação que o descontentamento foi geral e que havia muitas arestas a serem limadas.
Estas “arestas afiadas” convenceram muitos artesãos, que estavam na FICTON pela primeira
vez, a não voltarem mais. A falta de resposta às suas queixas convenceu-os de que afinal não
eram falhas ocasionais, mas sim, uma real falta de organização. O negócio foi fraco, o
descontentamento foi forte, a certeza que me garantiram foi, “não contem comigo para o ano”.
Dadas estas falhas e o descontentamento originado nesta edição da FICTON, acho
importante criar medidas de agrado nunca antes criadas, apenas e só para mostrar
compreensão relativamente às queixas anteriores, incentivando e impulsionando assim as
inscrições.
Espaço interno
Neste espaço verifiquei uma falha de fácil percepção, a constante falha nos quadros
eléctricos, deitando assim a luz abaixo. Tendo em conta que esta é uma falha que já existe há
algum tempo, penso que está mais do que na hora de a corrigir.
Cabe também à organização estar mais atenta à montagem da feira para evitar lapsos
como o da carpete colocada no interior do pavilhão. Em vez de colocarem uma carpete
vermelha, colocaram duas de tonalidades semelhantes mas diferentes, o erro foi detectado
tarde demais, não sendo assim evitado este defeito.
Tasquinhas
Nada a verificar.
Feira das Freguesias
Nada a verificar.
Farturas e Carros de choque
Na minha opinião, o espaço que envolve o pavilhão desportivo municipal é suficiente
para colocar as farturas dentro do recinto da FICTON e não fora, como estão colocadas
actualmente. Já os carros de choque, que exigem mais espaço, penso que também se
conseguiriam colocar no mesmo recinto, apenas se exigiria um estudo mais aprofundado do
espaço. A minha opinião é baseada no espaço que sobra na parte de trás do pavilhão, ao pé da
feira do passarinho.
Sugestão para colmatar a crise e evitar a falta de visitantes
O factor principal que trouxe menos visitantes à FICTON, foi sem duvida a crise. No
entanto, acho importante salientar a pouca atractividade dos artistas convidados. A escolha
destes artistas deve ter em conta o orçamento, não esquecendo os artistas mais conotados bem
como o facto de ser uma feira. A escolha do cantor Luís Represas seria óptima para um
concerto mais íntimo, e não para uma feira onde a intenção de colocar artistas em palco é
claramente a de animar.
Para combater a crise, sugiro que a CMT crie parcerias ou promova o patrocínio de
instituições/empresas. Estas parcerias ou patrocínios, funcionariam como uma oferta a quem
consumisse produtos/serviços expostos na FICTON, por exemplo: na compra de produtos
com valor entre os 5 – 10 euros, o cliente teria direito a uma rifa, que seria sorteada no fim da
feira (dia 19 de Setembro) onde poderia ganhar um bilhete duplo para um teatro na ACERT.
O número de rifas que uma pessoa poderia obter teria que corresponder ao valor da sua
compra, de forma a não haver injustiças.
Cada expositor teria acesso a blocos com rifas, cabendo-lhes assim, a distribuição das
mesmas, dado o seu número de vendas / encomendas.
Esta medida impulsionaria as vendas, deixando assim mais satisfeitos os expositores e
atraindo consequentemente mais visitantes à feira.
Conclusão
A FICTON é sem dúvida uma imagem de marca do concelho.
Quero salientar que a notoriedade que a feira conseguiu alcançar, só foi possível graças ao
profissionalismo e à vontade existente por parte da Câmara Municipal de Tondela (CMT).
A minha análise teve por base os aspectos negativos da organização, o que não quer
dizer que tudo foi contraproducente, até porque, este foi um evento com saldo positivo, mais
aspectos positivos do que negativos.
Contudo, penso que estes aspectos negativos que fiz questão de mencionar, são na
minha opinião, aspectos fulcrais para melhorar a satisfação dos mais variados públicos, quer
interno quer externo.
Organizar um evento desta envergadura não é fácil, mas é importante manter a
estabilidade e a coerência na hora de tomar as decisões.
A FICTON assenta nos moldes perfeitos. No entanto, é importante não desgastar esses
moldes, para que no fim, a CMT esteja de parabéns por mais um sucesso.
Em suma, penso que esta feira tem tudo para continuar a ser o evento mais aguardado
por parte dos tondelenses. Os 19 anos de existência conferem-lhe um estatuto invejável mas,
cabe à organização não se deixar iludir por esse estatuto. É preciso inovar. É preciso ter ganas
de perfeição. E, sendo assim, é preciso que o Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
comece já a corrigir as pequenas falhas, antes que seja tarde demais.
ǀ Anexo VII
Propostas de Logótipos de Património Cultural ǀ
Ideia – Contorno de um dólmen com uma mão para dar a sensação de pré-histórico.
Cor – PANTONE 444C / PANTONE 447 C– dólmen
Mão – PANTONE 424C / PANTONE 447 C
Letra – Geórgia (tamanho a designar)
Tamanho – A designar
Ideia – Conjugação de vários elementos que remontam ao passado.
Mão – homem, algo feito à mão
Traço por cima da mão – espécie de mamoa
Traços por baixo da mão – espécie de troço
Mamoa – PANTONE 4485C /PANTONE COOL GRAY 11 C
Mão – PANTONE ORANGE 021C
Troço – PANTONE 430C
Tamanho – A designar
Letra – Geórgia (tamanho a designar)
Ideia – Aproveitar o símbolo do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais mas coloca-lo
mais próximo do património. Daí usar o caminho (troço) e o traço em forma de mamoa.
(Há as duas versões, com e sem mamoa)
Cor – Mamoa – PANTONE COOL GRAY 11 C
Dedos + símbolo cultura- PANTONE 248 C
Troço – PANTONE 430 C
Letra – GEORGIA (tamanho a designar
Tamanho – A designar
ǀ Anexo VIII
Proposta Marcador de Livros ǀ
Ideia- São usadas quatro imagens referentes ao património cultural de Tondela e peças de
puzzle sobre as mesmas. Uma das 4 peças está pintada para que o puzzle pareça incompleto.
Nesse vazio estão palavras que no fim formam a frase: “ TODAS AS PEÇAS SÃO
IMPORTANTES! NÃO ACHA?”. Esta frase tem como objectivo entranhar no observador a
importância do património.
Essa ideia é complementada na parte de trás com uma pequena imagem e um texto onde
também está bem patente a importância do património.
Rectângulo – 210mm x 45mm
Imagens- 52,5 x 45mm
Peça – PANTONE WARM GRAY 1C
ǀ Anexo IX
Proposta de Press book ǀ
Proposta
Cabe ao gabinete de comunicação gerir todo e qualquer contacto com a comunicação
social, no entanto, na ausência deste gabinete, é pedido que cada departamento detenha o seu
próprio clipping. É este o caso da Câmara Municipal de Tondela.
Na minha opinião o clipping do gabinete de cultura carece de organização,
impossibilitando assim, que sejam atingidos os objectivos essenciais.
O clipping é um dossier que tem como principal objectivo arquivar de forma organizada
toda a informação lançada pelos meios de comunicação social, para que a organização
consiga saber o que é falado sobre si e que imagem é transmitida à comunicação social e ao
público através do mesmo.
Este dossier consiste em colectar toda a informação, de modo a, mostrar aos superiores
hierárquicos se a imagem da organização é transmitida de forma negativa ou positiva.
Actualmente a forma como o clipping é feito no Gabinete de Cultura e Projectos
Culturais, não permite identificar facilmente a imagem que é transmitida através da
comunicação social.
Segue uma proposta de clipping ou press-book, uma espécie de “ficha” que na minha
opinião se deve anexar a cada recorte de jornal. Esta ficha demonstra organização e permite
tirar conclusões mais rápidas, sem que seja obrigatório ler o artigo.
A ficha dispõe de dados essenciais para identificar rapidamente o órgão social, o tipo de
notícia e o seu valor.
Gabinete de Cultura e Projectos Culturais
Publicação: Folha de Tondela
Frequência: Semanal
Secção: no caso do “Folha de Tondela” não existe divisão de secções
Data: 23/09/11
Assunto: Final do Tom de Música na FICTON
Página: 3
Localização
Par Ímpar
Conteúdo
Muito Favorável X
Favorável
Neutro
Desfavorável
Muito
Desfavorável
ǀ Anexo X
Cartaz de actividades do Parque Urbano (Agosto) ǀ
ǀ Anexo XI
Cinema ao ar livre no Parque Urbano ǀ
Nome do Filme: INDOMÁVEL
De Joel e Ethan Coen, True Grit, EUA, 2010, 110’ M12
O Western foi, durante muito tempo, um dos mais populares géneros do cinema. Pela mão
dos fabulosos irmãos Coen, Indomável regressa ao género e recupera uma história já antes
levada ao cinema. Jeff Bridges, carismático actor também para os irmãos Coen, interpreta o
papel que em 1969 valeu um Óscar a John Wayne. Projecção em 35mm.
Nome do Filme: O MÁGICO
De Sylvain Chomet, L’illusionniste, França, 2010, 80’ M12
O realizador de Belleville Rendez-vous homenageia o mestre Jacques Tati, adaptando um
guião original seu para esta história animada. Um mágico apresenta os seus espectáculos por
diversas cidades, até encontrar Alice, uma adolescente britânica. O Mágico é, seguramente,
um dos filmes mais tocantes, para todas as idades, que o cinema apresentou em anos recentes.
Projecção em 35mm.
Nome do Filme: A FLECHA SAGRADA
De Samuel Fuller, Run of the arrow, EUA, 1957, 86’ M12
Western de Samuel Fuller cuja acção decorre no final da Guerra Civil Americana. Um
soldado parte para o Oeste, juntando-se aos índios Sioux liderados por Charles Bronson, e
acaba por casar com uma nativa. Quando o exército americano constrói um forte na zona,
tudo se altera e o soldado torna-se representante da tribo nas negociações.
Projecção em 16mm, em colaboração com a Casa do Povo de Tonda.
Nome do filme: MULHER DE PALHA
De Basil Dearden, Woman of straw, Inglaterra, 1964, 110’ M12
Sean Connery e Gina Lollobrigida, protagonistas de “A mulher de palha”, pretendem
desviar a herança de um milionário prepotente. Sobrinho e enfermeira da vítima,
respectivamente, pensam num plano para arrecadar uma fortuna mas no final o inesperado
acontece.
Projecção em 16mm, em colaboração com a Casa do Povo de Tonda.
ǀ Anexo XII
Cartaz lançamento do livro de Filipa Duarte ǀ
ǀ Anexo XIII
Programação FICTON ǀ
ǀ Anexo XIV
Lista de Jantares FICTON ǀ
JANTARES FICTON 2011
CASA DO POVO DO CAMPO DE BESTEIROS
DIA
SEMANA
HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-
FEIRA
(16)
SÁBADO
(17) 20.30H 10 Sabor a Salsa
DOMINGO
(18) 19.30-20H 30
Coro Mozart (Paula fala com
eles)
Nota: À posteriori serão indicados jantares (Artesanato por exemplo), a organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
GRUPO DESPORTIVO E CULTURAL DE CANAS DE SANTA MARIA
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
20.30H 5 Malta
SEXTA-FEIRA
(16)
19.30H-
20.15H
9 Grupo1
SÁBADO
(17)
DOMINGO
(18)
20.00H 7
GINÁSIO ENERGYMNUS
( PAULA TRATA)
Nota: À posteriori serão indicados jantares (Artesanato por exemplo), a
organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
CLUBE ATLÉTICO DE MOLELOS
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
20.00H 8 Godbless
SEXTA-FEIRA
(16)
SÁBADO
(17)
DOMINGO
(18)
21h (?) 7 Os carapaus
Nota: À posteriori serão indicados mais jantares (Artesanato por
exemplo), a organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
ASSOC. DESP.CULT. REC. DE VILAR DE BESTEIROS
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-FEIRA
(16)
SÁBADO
(17)
20.00H 5 Way out
DOMINGO
(18)
20.15H-
21.00H
9 Grupo2
Nota: À posteriori serão indicados jantares (Artesanato por exemplo), a
organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
ASSOCIAÇÃO GÂNDARA UNIDA
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-FEIRA
(16)
SÁBADO
(17)
20.15H
21.00H
9 Grupo2
DOMINGO
(18)
Nota: À posteriori serão indicados mais jantares (Artesanato por
exemplo), a organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
COMISSÃO DE FESTAS DA NOSSA SENHORA DO CRASTO –
FÁBRICA DA IGREJA
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-FEIRA
(16)
SÁBADO
(17)
19.30H-
20.15H
9 Grupo1
DOMINGO
(18)
Nota: À posteriori serão indicados mais jantares (Artesanato por
exemplo), a organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
ASSOCIAÇÃO DE MOSTEIRO DE FRÁGUAS
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-FEIRA
(16)
SÁBADO
(17)
DOMINGO
(18)
19.30H-
20.15H
9 Grupo1
Nota: À posteriori serão indicados mais jantares (Artesanato por
exemplo), a organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
SPORTING CLUBE DE NANDUFE
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-FEIRA
(16)
20.15H-
21.00H
9 Grupo2
SÁBADO
(17)
DOMINGO
(18)
Nota: À posteriori serão indicados jantares (Artesanato por exemplo), a
organização irá informando.
JANTARES FICTON 2011
VÁRIOS
DIA SEMANA HORÁRIO
JANTAR
NÚMERO DE
JANTARES GRUPO
QUINTA-
FEIRA
(15)
SEXTA-FEIRA
(16)
20.00H 9 Panorama
SÁBADO
(17)
DOMINGO
(18)
19.30-20H 30 Coro Mozart (Paula fala com
eles)
Nota: À posteriori serão indicados mais jantares (Artesanato por
exemplo), a organização irá informando.
ǀ Anexo XV
Exposição de instrumentos Chineses ǀ
ǀ Anexo XVI
Plano de Actividades do Parque Urbano, Mercado Velho e Auditório
Municipal ǀ