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filosofia idade media
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FSICA FILOSOFIA 1. A FILOSOFIA NA IDADE MDIA
O perodo histrico comumente chamado de Idade Mdia inicia-se no sculo V e termina no sculo XV. Portanto, ele representa mil anos de histria.
O acontecimento marcante para datarmos o incio da Idade Mdia foi a queda do Imprio Romano do Ocidente em 476 d.C.. O fim do Imprio Romano do Oriente delimitado com a queda de Constantinopla para os Otomanos em 1453.
O perodo que vamos estudar nesse captulo pode ser dividido em: alta idade mdia e baixa idade mdia.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Caractersticas Fundamentais da Idade Mdia
A mensagem deixada por Jesus Cristo e relatada pelos apstolos no Novo Testamento deixou marcas profundas na vida intelectual da sociedade medieval. A instituio da Igreja Catlica, ancorada na f crist, teve papel fundamental nos rumos da Idade Mdia.
Com o Edito de Milo (312 d.C.) o imperador romano Constantino permitiu que a religio crist fosse cultuada pelos soldados romanos e, alguns anos mais tarde, essa mesma religio se tornou religio oficial do Imprio Romano.
Os debates teolgicos comearam a tomar conta dos locais de ensino e ela se tornou o ensino de
excelncia da poca. Ou seja, a teologia se tornou a grande verdade discutindo todas as questes da poca.
(Teologia=cincia que estuda as religies e as escrituras sagradas)
E que questes eram essas?
As questes teolgicas estavam voltadas para temas como:
a imortalidade da alma
a criao do mundo por Deus
o papel do homem na criao divina
a correta interpretao das escrituras sagradas
a vida aps a morte
os princpios morais a serem seguidos pelos cristos
as questes de interpretao sobre a Santssima Trindade (Pai, Filho, e Esprito Santo) e assim por diante...
A filosofia, acompanhou esse contexto e duas escolas filosficas principais surgiram nessa poca: Patrstica e Escolstica.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
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2. A PATRSTICA
A primeira escola filosfica da Idade Mdia denominada Patrstica e seu perodo de durao inicia no sculo III d.C e vai at o sculo VIII d.C..
Foram os membros da Patrstica que trabalharam os conceitos e os princpios do cristianismo, ou seja, foram eles que criaram toda a doutrina crist. Os padres da igreja nome dado aos pensadores da Patrstica foram fundamentais na nova estrutura porque o cristianismo estava nascendo e aos poucos se expandindo como religio.
H uma palavra que determina de forma precisa a finalidade do trabalho realizado pelos pensadores da Patrstica: apologtica. Em outros termos, poderamos afirmar que a Patrstica tem carter apologtico, ou seja, de defesa dos princpios e fundamentos da f crist.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
possvel, ainda, denominar o trabalho dos pensadores da patrstica como um trabalho de exegese.
O que isso significa?
A Bblia, como um livro sagrado, teve importncia fundamental em todo o perodo da Idade Mdia por conter os princpios do cristianismo revelados pelos profetas. Os textos contidos no livro sagrado eram objeto de anlise, interpretao e de comentrios dos pensadores. Exegese significa a anlise interpretativa.
Os escritos dos padres da igreja tinham como pretenso a harmonia entre a racionalidade humana e a f. Melhor dizendo, a racionalidade fica por conta da filosofia e a f por conta da teologia. Mas tem um detalhezinho importante nessa histria: razo serva da f, ou seja, a filosofia deve estar subordinada teologia.
Ateno: o ponto fundamental da filosofia da Idade Mdia que a razo vem em auxlio da f.
H um ponto importante que voc deve saber sobre os pensadores da Patrstica: eles tiveram a influncia da filosofia de Plato para escrever seus livros e suas doutrinas. Lembre-se dessas duas palavras: Patrstica e Plato, as duas comeam com P e assim no esquecer.
Os princpios cristos inicialmente foram questionados pelos pagos (pessoas adeptas a religies que no adotam o batismo como prtica) ou (pessoas adeptas a religies que cultuam mais de um Deus) - e foi o trabalho de esclarecimento dos padres que trouxe o fortalecimento da f crist. Dessa forma a doutrina teve bases slidas para ampliar seus domnios.
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FSICA FILOSOFIA Agostinho de Hipona (354 430)
Santo Agostinho o grande nome da Patrstica e seu livro A cidade de Deus (escrito entre 413 e 427) pode ser entendido como um marco importante para a leitura filosfica do perodo em que estamos estudando. Alm disso, a obra de Agostinho marca o apogeu (ponto de maior elevao) da Patrstica, ou seja, o sculo IV d. C. e comeo do sculo V d. C.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/
Plato definiu a realidade entre mundo sensvel e mundo inteligvel ou mundo das Ideias. Essa mesma diviso servir de base para a filosofia de Agostinho. No entanto, para Santo Agostinho, o mundo inteligvel (ou mundo das Ideias) foi substitudo pela representao das ideias de Deus. Ou seja, a verdadeira realidade representada pelas ideias divinas. So essas ideias as verdadeiras ideias em oposio s ideias falsas que representam o mundo sensvel.
3. A ESCOLSTICA
A segunda escola filosfica da Idade Mdia denominada Escolstica e surge a partir do sculo IX d. C.. Terminando na poca em que ocorre o desenvolvimento do Renascimento a partir do sculo XIV.
Assim como a Patrstica teve a influncia da obra de Plato, a Escolstica, se amparou nos textos de Aristteles e para entender melhor essa influencia, temos que observar duas questes: a contribuio dos rabes para a filosofia e as mudanas ocorridas na transmisso do conhecimento aps o sculo VIII d.C.
Os rabes
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
por intermdio dos rabes que o pensamento de Aristteles foi redescoberto e interpretado. Como isso ocorreu? Os rabes tiveram acesso obra desse autor grego quando esta se encontrava em Alexandria, local que fazia parte do Imprio Romano Bizantino.
Sua obra foi traduzida para o rabe e os escritos de Aristteles influenciaram grandes pensadores rabes. Vamos conhecer dois desses pensadores: Avicena (980 1037) e Averroes (1126 1198.
Avicena autor de uma obra filosfica gigantesca e teve acesso tanto aos escritos de Plato como tambm aos de Aristteles.
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Em sua obra encontramos a sntese entre o neoplatonismo (doutrina filosfica elaborada por Plotino no sculo III d. C. que teve como fundamento os ensinamentos de Plato) e o aristotelismo.
Fonte: Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Averroes foi outro grande pensador rabe que contribuiu com a difuso da filosofia de Aristteles, tambm chamado de O Comentador em funo de seus inmeros comentrios relativos obra de Aristteles.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Averroes
4. A RENOVAO CULTURAL
nesse perodo que houve uma revoluo na forma de transmisso do conhecimento quando Carlos Magno (imperador do Saco Imprio Romano) promove no sculo IX a construo de escolas e mosteiros contratando sbios provenientes de vrios lugares da Europa. Essas escolas recebiam os nomes de escolas monacais (anexas a um mosteiro), escolas episcopais (anexas a uma catedral) e escolas palatinas (anexas s cortes).
Com o advento das cruzadas (movimento militar de inspirao crist) e a expanso territorial dos rabes, aos poucos os livros de Aristteles voltam cena na Europa. Ou seja, atravs deles que os europeus tiveram acesso aos escritos de Aristteles.
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FSICA FILOSOFIA Elas foram as sementes do que entendemos hoje como as universidades. Estas surgem no sculo
IX e tomam a forma como as conhecemos apenas no sculo XIII. Alm disso, no governo de Carlos Magno que ocorre o desenvolvimento da cultura com a elaborao de tradues, de cpias de documentos e de obras da Antiguidade clssica.
O principal representante da Escolstica Toms de Aquino (1221 1274) que com a obra Suma Teolgica, faz uma espcie de adaptao de Aristteles para os princpios da f crist.
Um dos pontos dignos de nota no pensamento tomista (Tomista = relativo a Toms de Aquino) a questo da harmonia entre razo e f. Para Aquino a Filosofia serve como uma forma de introduo Teologia.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
De acordo com Aquino, o homem capaz de compreender algumas coisas com a razo. No entanto, ele no consegue compreender todas as questes teolgicas somente com a
racionalidade. preciso, para compreend-las, crer... ou seja, preciso da f para o entendimento pleno e completo sobre as questes relativas a Deus.
Em outras palavras, a f serve como guia para a razo. De acordo com o pensamento de Aquino, f e razo, conduzem o ser humano salvao.