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EDIÇÃO 55 – 13 DE MAIO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

Fim de Semana ARTESP - edição 55

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 13 de maio de 2016.

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EDIÇÃO 55 – 13 DE MAIO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

09.05.2016

Frota circulante no Brasil cresceu 2,5%

O Relatório da Frota

Circulante elaborado com

dados até 2015 apontou um

total de 42,6 milhões de

veículos em uso e aumento

de 2,5% no número de

veículos do Brasil na

comparação com 2014. O

crescimento foi menor que o

de anos anteriores como

reflexo da menor entrada de

veículos novos no mercado.

Como comparação, de 2011

para 2012 a alta registrada foi de 7,4%. Os novos números foram elaborados pelo

Sindipeças, entidade que reúne fabricantes de componentes automotivos.

Os automóveis atingiram 35,3 milhões de unidades e cresceram 2,5% assim como

a frota total. A maior alta, 3,2%, ocorreu para os comerciais leves, que atingiram

5,05 milhões de unidades em 2015. O menor crescimento, 0,4%, ocorreu com para

a frota de ônibus, que totalizou 389,1 mil veículos no ano passado. Foram

registrados também 13,6 milhões de motocicletas nas ruas em 2015, número 1,3%

maior que o obtido no ano anterior.

A idade média de todos os segmentos analisados subiu. A dos automóveis passou

de oito anos e nove meses para nove anos. Segundo o Sindipeças, 37% da frota

total de veículos tem entre um e cinco anos de idade. Outros 44% têm entre seis e

15 anos. Veículos com 16 a 20 anos respondem por 13% do total.

Chama a atenção o envelhecimento gradativo das motos, que em 2011 tinham em

média de cinco anos e um mês e em 2015 passaram a seis anos e seis meses, um

reflexo direto da queda sucessiva nas vendas do setor desde 2012.

O estudo por combustível aponta que de 2014 para 2015 os veículos flex

passaram de 54,3% para 57,2% e aqueles a gasolina recuaram de 34,3% para 31,7%.

Os modelos a diesel mantiveram participação estável em 9,8%. Os carros movidos

exclusivamente a etanol eram 1,2% do total até o fim do ano passado.

11.05.2016

Fluxo de veículos pesados em rodovias concedidas cai

quase 5% neste ano O movimento de veículos pesados

nas rodovias administradas por

concessionárias no Brasil caiu

4,9% entre janeiro e abril deste

ano, na comparação com o mesmo

período de 2015, outro resultado

do enfraquecimento da atividade

econômica no país. O trânsito de

veículos leves também diminuiu,

1,4%. Já os resultados do fluxo

total de veículos no quadrimestre

apontam queda de 2,3%. Os dados

são da ABCR (Associação Brasileira

de Concessionárias de Rodovias),

em parceria com a Tendências Consultoria.

Já o Índice ABCR de atividade de abril, na comparação com março apresentou alta

de 0,2%, considerando dados livres dos efeitos sazonais. No período, o fluxo de

veículos leves registrou aumento de 0,3% e o de pesados cresceu 0,9%, nessa

mesma base de comparação.

“Apesar de ser uma variação positiva, ainda é uma elevação moderada. O fluxo de

veículo pesados, por exemplo, não reverte a queda registrada no mês anterior. A

retração esperada para as atividades industrial e comercial fundamentam uma

evolução ainda desfavorável para o fluxo de pesados nos próximos meses”,

afirma Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria. “O mesmo

acontece com os veículos leves. Apesar da elevação na base mensal, a tendência

ainda é de retração já que o processo de deterioração dos indicadores de emprego

e rendimentos limitam os deslocamentos de passeio”, completa.

Em relação a abril de 2015, o índice total apresentou queda 4%. O fluxo de

veículos leves recuou 4,3%, enquanto o fluxo de pesados teve queda menos

intensa, de 2,9%.

09.05.2016

Nova lei modifica Código de Trânsito e aumenta valores de

multas

Uma nova lei publicada no Diário Oficial da União desta

quinta-feira (5) promove diversas mudanças no CTB

(Código de Trânsito Brasileiro). Entre elas, está o

aumento dos valores das multas aplicadas por infrações

de trânsito.

A pontuação continuará a mesma:

- Leves: passarão de R$ 53,20 para R$ 88,38 (3 pontos);

- Médias: passarão de R$ 85,13 para R$ 130,16 (4 pontos);

- Graves: passarão de R$ 127,69 para R$ 195,23 (5 pontos);

- Gravíssimas: passarão de R$ 191,54 para R$ 293,47 (7 pontos).

As novas regras começam a valer em 180 dias.

Estacionamento e celular

Conforme o texto, quem falar ao celular ou manusear o equipamento enquanto

estiver dirigindo cometerá infração gravíssima (R$ 293,47 e 7 pontos). O mesmo

valerá para quem estacionar irregularmente em vagas destinadas a pessoas com

deficiência. Nesse último caso, além disso, o condutor terá o veículo removido.

Excesso de peso

As mudanças também tratam do excesso de

carga. Até então, o Código de Trânsito

estabelecia um adicional à multa, conforme

o peso excedente, em Ufir (Unidade Fiscal

de Referência).

Com as alterações, os valores passam a ser

especificados em reais, o que facilita o

entedimento.

Então, o infrator deverá pagar R$ 130,16,

por estar cometendo uma infração média,

mais a sanção equivalente ao peso da carga

excedente:

- R$ 5,32 até 600 kg;

- R$ 10,64 de 601 kg a 800 kg;

- R$ 21,28 de 201 kg a 1.000 kg;

- R$ 31,92 de 1.001 kg a 3.000 kg;

- R$ 42,56 de 3.001 kg a 5.000 kg;

- R$ 53,20 acima de 5.001 kg.

Teste para detectar consumo de álcool e drogas

O motorista que se envolver em acidente e, após determinação das autoridades de

trânsito, se negar a fazer o teste do bafômetro, exame clínico ou perícia para

identificar consumo de álcool ou drogas, cometerá infração gravíssima. A multa,

acrescida de dez vezes, será de R$ 2.934,70 e o condutor terá o direito de dirigir

suspenso por um ano.

Suspensão do direito de dirigir

O novo texto ampliou, ainda, os

prazos mínimos de suspensão

do direito de dirigir. Por

exemplo, o motorista que somar

20 pontos da CNH (Carteira

Nacional de Habilitação) no

período de um ano, ficará de

seis meses a um ano sem poder

conduzir um veículo. Se houver

reincidência no período de 12

meses, perderá esse direito por,

no mínimo, oito meses e, no

máximo, dois anos. Antes, os tempos mínimos eram de um mês e, para

reincidentes, de seis meses.

Para as infrações que preveem, como punição, a suspensão do direito de dirigir, o

prazo será de seis meses a um ano. Se houver reincidência em 12 meses, a

suspensão vigorará de oito meses a um ano e meio.

Motoristas habilitados nas categorias C, D ou E que trabalham com transporte

poderão optar por participar de um curso preventivo de reciclagem sempre que,

no período de um ano, atingirem 14 pontos.

Os artigos que tratam desses temas ainda precisarão ser regulamentados pelo

Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

Reajustes e publicidade

Outra novidade é que os valores das multas poderão ser corrigidos

monetariamente pelo Contran, respeitado o limite de variação do IPCA (Índice

Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação. Porém, o órgão deverá

divulgar a alteração, pelo menos, 90 dias antes de entrar em vigor.

O texto prevê, também, que o órgão responsável deverá publicar, na internet, a

arrecadação anual com multas e a destinação dos recursos.

10.05.2016

Transporte rodoviário tem média de mais de 100

demissões por dia em MG

Os transportadores rodoviários

de cargas de Minas Gerais

tiveram uma redução de cerca

de 20% na demanda nos

primeiros quatro meses de

2016, em relação ao mesmo

período de 2015. Os efeitos da

recessão econômica têm sido

cada vez mais preocupantes

para o setor: sem serviços, não

há receita e nem é possível

manter o quadro de

funcionários, gerando cortes de

pessoal.

Conforme o presidente da Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de

Carga do Estado de Minas Gerais), Vander Costa, cerca de 130 demissões por dia

têm sido registradas. “ O empresário segurou tudo o que pôde, porque é mão de

obra qualificada que se perde. Mas como a economia não reagiu, teve que cortar,

para salvar a empresa”, diz ele.

Dados da entidade apontam, também, que há de 12 mil a 15 mil caminhões

parados no estado. “Com o mercado em recessão, não há nem quem queira

comprar os caminhões. Nem o banco, nos casos de financiamento, quer retomar,

porque não tem onde colocar o caminhão retomado. A situação está muito difícil”,

explica Vander Costa. Entre os principais fatores para isso está a queda na

atividade industrial e no transporte de minério.

“O estrago feito na economia, até maio deste ano, é irreversível”, diz o presidente

da Fectemg. A reversão desse cenário, avalia ele, passa por alterações

significativas na política nacional: “O que esperamos é que haja uma mudança no

governo e que o novo presidente venha com a capacidade para recuperar a

credibilidade do mercado. O fundamental é ter credibilidade. Recuperar a

economia não será fácil. Mas se as medidas certas forem tomadas, podemos ter

resultados melhores em 2017”, complementa.

Outro agravante é a falta de investimentos. De acordo com dados compilados pela

CNT (Confederação Nacional do Transporte), para 2016 o governou cortou em

11,8% os recursos destinados para infraestrutura de transportes. Enquanto isso, a

má qualidade das rodovias brasileiras faz aumentar, em média, 25,8% o custo

operacional do transporte, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2015.

10.05.2016

Governo prepara privatização de estradas catarinenses

Rodovias federais do Estado de

Santa Catarina que serão

concedidas à iniciativa privada

terão, nos próximos dias os

estudos de viabilidade técnica

das empresas interessadas

concluídos. O chamamento foi

feito pelo Ministério dos

Transportes em publicação na

edição de 4 de maio do Diário

Oficial da União (DOU).

Serão entregues para exploração

comercial os trechos da BR-163/282/SC, entre o entroncamento com a BR-

282/386 (São Miguel do Oeste) e a divisa Santa Catarina com o Paraná, e entre o

entroncamento com a BR-480/SC-156 e a fronteira Brasil-Argentina; e BR-282/SC,

entre o entroncamento com a BR-101 (Palhoça) e o entroncamento com a BR-470.

Interessados deverão encaminhar os requerimentos ao Ministério dos Transportes

até o final de junho. Ao final, as empresas selecionadas e autorizadas a realizar

os trabalhos deverão apresentar os estudos em até 240 dias.

Manutenção

A estrada BR-222, no Maranhão, passa por obras de recuperação. A

Superintendência Regional do DNIT no Maranhão realiza serviços de tapa buracos,

revestimento asfáltico e recapeamento no trecho da rodovia que vai de Vargem

Grande a Itapecuru-Mirim.

“Quando os buracos são superficiais é realizada a operação tapa buracos. O

remendo profundo é feito quando os buracos atingem a camada de solo. Já o

recapeamento da capa asfáltica melhora a aderência da pista, proporcionando

mais segurança aos usuários”, explica o engenheiro Elias Waquim, chefe da

Unidade Local do DNIT em Pedrinhas.

As obras estão em execução desde maio de 2015 e fazem parte do CONTRATO Nº

UT-15.0342 /2015-00, de manutenção, conservação e recuperação na BR 222/MA,

contemplando o trecho que vai da cidade de Chapadinha ao povoado Outeiro,

com 142,60 Km de extensão. O Investimento da Autarquia é

11.05.2016

Justiça acata liminar da Fiep e fixa multa para quem

bloquear rodovias

O Poder Judiciário do Estado do Paraná fixou multa de R$ 250 mil por hora de

bloqueios para “pessoas incertas e não sabidas”, que de “maneira autônoma e

voluntária” se envolvam em eventuais novos bloqueios nas rodovias estaduais. A

penalidade foi fixada a partir de uma limitar deferida em ação protocolada pela

Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e tem como finalidade garantir que

novos protestos, como os ocorridos nesta terça-feira (10), não impeçam a

passagem dos veículos das indústrias. A decisão foi deferida ontem (10) e passa a

valer imediatamente.

Publicidade

A liminar é extensiva a membros de movimentos sociais, simpatizantes ou

pessoas que possam “impedir, obstaculizar ou dificultar a passagem” de

caminhões e carros que estejam trafegando por conta e ordem de indústrias

associadas a sindicatos filiados à Fiep nas rodovias estaduais do Paraná. Além

disso, a liminar fixa multa “sem prejuízo das penalidades impostas no caso de

crime de desobediência”. Solicita ainda a autorização de requisição de força

policial para cumprimento das decisões.

A ação protocolada pela Fiep cita os bloqueios relacionados ao Movimento dos

Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento Popular por Moradia contra a

votação do impeachment ocorridos em abril e considera a eminência da votação

do processo no Senado. O Poder Judiciário acatou os argumentos da Fiep de que

os bloqueios comprometem o setor produtivo e decidiu que “em nosso país, o

principal meio de transportes de cargas e produtos se dá por rodovias e, por

seguinte, o bloqueio destas acaba por prejudicar o regular fluxo da atividade

econômica, aquisição/ fornecimento de produtos/mercadorias/ matérias-primas,

em âmbito intermunicipal ou interestadual, acabando por prejudicar a sociedade

como um todo, ainda mais nesse momento de grave instabilidade política e séria

crise econômica”.

12.05.2016

VERGONHA: Só 15 de 329 obras do PAC da Mobilidade

ficaram prontas, diz balanço do Ministério das Cidades

Prefeito Fernando Haddad vistoriando obra de corredor de ônibus em São Paulo. Recursos do PAC

estão atrasados. – Foto Arquivo

ADAMO BAZANI

Com Gazeta do Povo / O Estado de São Paulo / O Globo / Arquivo Blog Ponto

de Ônibus

O número é impressionante, mas do ponto de vista negativo.

De acordo com balanço feito em março pelo Ministério das Cidades, foram

entregues apenas 15 obras de Mobilidade Urbana dos 329 projetos contratados

com recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Outros 79 ainda

estão em obras.

Quase todos já deveriam ter sido concluídos, de acordo com os cronogramas

iniciais.

A grande maioria sequer saiu do papel, ou seja, 235 projetos de corredores

simples de ônibus, BRTs- Bus Rapid Transit – corredores com maior capacidade,

Veículos Leves sobre Trilhos e metrô, que poderiam ajudar o ir e vir das pessoas.

Muitos estão sem qualquer previsão.

Neste número, estão parte dos 173,4 quilômetros de corredores de ônibus

prometidos pela gestão Fernando Haddad, em São Paulo, até o final de 2016, e a

Linha Verde de corredores de ônibus e vias em Curitiba que só começaram a

ganhar forma porque a prefeitura desembolsou pagamentos no lugar do governo

federal que depois deve liberar a contrapartida.

Ao todo a Linha Verde deve custar R$ 277,3 milhões, sendo que R$ 179 milhões

deveriam vir do PAC.

O Legado da Copa do Mundo também foi apenas publicidade. Outro balanço,

desta vez do Ministério do Esporte sobre o mundial revela que de 44 obras de

mobilidade urbana previstas e que custariam R$ 22,68 bilhões, metade não estava

concluída até o final de 2015.

Os motivos são os mais diversos para estes números vergonhosos.

O principal deles é a crise econômica que se originou com o descontrole das

contas públicas.

O quadro resultou na queda de arrecadação pela diminuição das atividades

econômicas e do contingenciamento dos recursos do PAC.

No ano passado, ao cortar de R$ 69,9 bilhões do Orçamento, no ajuste fiscal ao

reconhecer o descontrole das contas públicas, o Governo Federal retirou R$ 27,6

bilhões de projetos da segunda fase do PAC, o que representa 37% do total de

cortes.

Há também localizados como, por exemplo, a difícil relação entre o prefeito de

São Paulo, Fernando Haddad, e o TCM Tribunal de Contas do Município, que

barrou a licitação de vários corredores de ônibus, suspeitas de erros na escolha

do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos de Cuiabá e também, de uma maneira geral,

erros em projetos por falta de capacitação técnica de estados e municípios, que

impede a liberação de recuros.

Das verbas destinadas para as obras do PAC de Mobilidade, que somariam R$

143,5 bilhões, alguns modais receberam quase metade dos valores previstos,

como os metrôs em diversas regiões do país, e outros tiveram parcelas pouco

significativas, como corredores de ônibus e trens urbanos.

Confira:

– Corredores de ônibus: 134 que somam 2079 quilômetros de extensão – 14%

dos valores previstos foram destinados de fato.

– Corredores de ônibus – BRT: 50 que somam 898 quilômetros de extensão – 11%

dos valores previstos foram destinados de fato

– Metrô: 20 que somam 291 quilômetros de extensão – 47% dos valores previstos

liberados de fato

– Monotrilhos: 5 que somam 92 quilômetros de extensão – 12% destinados dos

valores previstos.

– VLTs – Veículos Leves sobre Trilhos: 17 que somam 274 quilômetros – 7% dos

valores previstos foram liberados de fato.

– Trens Urbanos/Metropolitanos: 5 que somam 257 quilômetros de extensão-

apenas 4% dos valores previstos foram liberados de fato.

– Aeromóvel: 2 que somam 13 quilômetros de extensão -receberam apenas 1% do

valor previsto.

– Corredores fluviais: 2 que somam 21 quilômetros de extensão – não receberam

um centavo.

– Estudos e projetos de mobilidade: 86 que receberam 4% dos valores previstos

– Sistemas de mobilidade: 8 que também não receberam um centavo sequer do

PAC

08.05.2016

VLT do Rio será aberto dia 22 em meio a polêmicas

RIO - O primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no centro do Rio,

entrará em operação no dia 22, ligando, de modo inédito, a Rodoviária Novo Rio

ao Aeroporto Santos Dumont. Especialistas em planejamento urbano e em

transportes têm opiniões diversas sobre a novidade. Por um lado, o modal é

elogiado por ser ecológico e de alta capacidade; por outro, criticado por

desvirtuar o projeto original da Avenida Rio Branco, aberta há 111 anos.

Obra vinculada à Olimpíada, o VLT é desaprovado por urbanistas ouvidos

pelo Estado por ignorar a vocação da Rio Branco de ligar a Baía de Guanabara, da

Praça Mauá (seu início), do lado do Porto, à Avenida Beira-Mar, junto ao Aterro

(onde termina). O arquiteto e urbanista Luiz Fernando Janot, que representa o Rio

no Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo, acha que o traçado deveria ter

passado por consulta pública. “É equivocado e imediatista. Desvirtua um símbolo

da história do Rio. As cidades são construídas paulatinamente por meio do

diálogo com a sociedade.”

Janot afirmou estranhar o fechamento do trânsito para a criação de um calçadão

entre as Avenidas Nilo Peçanha e Presidente Wilson, trecho sem vida comercial,

mas de importantes equipamentos culturais: Teatro Municipal, Biblioteca

Nacional, Museu Nacional de Belas Artes e Centro Cultural da Justiça Federal. Ali,

será criada uma ciclofaixa. Pedestres dividirão o espaço com ciclistas.

O arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti, professor da Universidade Federal

Fluminense (UFF), questiona o fato de o trilho passar sobre o centro histórico da

cidade – escavações no período das obras mostraram trechos de calçamento do

século 19. “Não cabe interromper essa concepção belíssima, mudar o sentido

urbanístico da avenida, que é um patrimônio nosso. Os governos são movidos

pelos eventos, agora é a Olimpíada. O VLT é bonito? É. Mas é um equívoco.”

Circunscrito ao centro, o VLT é tratado pela prefeitura como “símbolo da

mudança na dinâmica social e econômica vivida pela cidade”. O fato de não fazer

uso de cabos aéreos para captar energia elétrica (a alimentação é feita pelo trilho)

é ressaltado como dado de modernidade. O modal se insere no contexto da

revitalização da zona portuária.

Os testes vêm sendo feitos desde o ano passado. A inauguração será em esquema

de “soft opening”, ou seja, só por algumas horas por dia. Futuramente, o VLT

funcionará 24 horas. Para o segundo semestre é aguardada a entrega do segundo

trecho de trilhos, da estação ferroviária Central do Brasil à Praça 15, de onde

partem as barcas para Niterói. Serão seis linhas, 28 quilômetros e 31 paradas. A

tarifa custará R$ 3,80, o mesmo que os ônibus cariocas.

Mas a estreia dos bondes, cujos trilhos vêm sendo instalado há dois anos,

incluindo as escavações, suscita dúvidas quanto à segurança dos pedestres.

Embora o VLT tenha aviso sonoro, o costume dos cariocas de atravessar as ruas

fora da faixa preocupa. Outra expectativa é com relação aos calotes. Como não

haverá catracas, o usuário validará o bilhete por conta própria. Fiscais deverão

estar nos bondes. Quem não tiver pago a tarifa será multado em R$ 170. Em caso

de reincidência, o valor subirá para R$ 255.

Resgate. Especialista em engenharia de transportes da Universidade do Estado do

Rio de Janeiro (Uerj), Alexandre Rojas vê no VLT um “ótimo modal”, mas que será

necessário um tempo de adaptação da população tanto na questão da segurança

quanto do pagamento. Ele acha “uma bobagem” críticas à sua implementação na

Rio Branco. “O bonde existiu dos anos 20 aos 60, então também é um resgate da

Rio Branco do passado”, afirmou.

11.05.2016

Porto de Santos ganha novo pátio de caminhões

Enquanto o poder público tenta resolver a questão dos estacionamentos de

caminhões no Porto de Santos, a iniciativa privada sai na frente e começa a pensar

na qualidade e na segurança de caminhoneiros que atuam no transporte de

produtos no cais santista. Na última semana, uma central de triagem e

estacionamento particular começou a funcionar em um terreno na retroárea do

complexo marítimo, em Cubatão.

A iniciativa é da Raízen, empresa criada a partir de uma parceria entre o grupo

sucroalcooleiro Cosan e a multinacional do setor energético Shell e que se tornou

a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do País, uma das maiores

distribuidoras de combustíveis do Brasil e a maior exportadora individual de

açúcar de canal no mercado internacional. No Porto de Santos, movimenta granéis

líquidos – etanol (exportação) e combustíveis derivados de petróleo (importação).

O novo pátio de triagem e estacionamento de caminhões da empresa foi instalado

numa área de 22 mil metros quadrados na Estrada de Pilões, no bairro Fabril. E

oferece uma estrutura básica para caminhoneiros. “Queríamos dar uma atenção

aos motoristas e caminhões, tirá-los da frente do terminal, manter o motorista e a

carga em segurança. Não queríamos ficar aguardando o poder público e

resolvemos tocar o assunto”, explica o gerente de operações de Transporte da

companhia, Eduardo Lucena.

O executivo conta que a implantação deste centro foi motivada pela falta de

organização na recepção aos motoristas no Porto. “Havia uma desorganização

muito grande e condições ambientais não adequadas para esses trabalhadores.

Queríamos uma operação melhor desenvolvida”, explicou.

Para resolver o problema, o novo centro de triagem conta com um espaço para o

estacionamento de 100 veículos de carga, além de vestiário e refeitório. A

estimativa é de que passem pela instalação caminhões-tanques capazes de

transportar 1,6 bilhão de litros de produtos por ano.

O local ainda terá uma área administrativa, com escritório e espaço para cursos

de capacitação profissional, e vigilância 24 horas por dia. “Estamos criando uma

estrutura de agendamento, para definir os melhores caminhos e fazer a melhor

operação”, afirmou Eduardo Lucena.

13.05.2016

Novas regras devem agilizar despacho de navios na

cabotagem

Com o objetivo de agilizar o despacho de embarcações na navegação de

cabotagem, a DPC (Diretoria de Portos e Costas) alterou, no dia 4 de maio, por

meio da Portaria n°135, as Normas da Autoridade Marítima para Tráfego e

Permanência de Embarcações em Águas Jurisdicionais Brasileiras – NORMAM-08. A

novidade, o “Despacho por Período”, permite acelerar o procedimento nos

despachos dos navios, que poderão ser realizados a cada 90 dias, ao contrário do

procedimento utilizado anteriormente, o “Porto a Porto”, feito sempre quando da

chegada da embarcação a um porto diferente.

A NORMAM-08 estabelece os procedimentos administrativos para o tráfego e

permanência de embarcações de bandeiras brasileira e estrangeira em nossas

águas, visando à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e à

prevenção da poluição no meio aquaviário. As normas estabelecem como são os

processos de despacho, realizados pelas capitanias dos portos, delegacias e

agências subordinadas, mediante verificação de documentos da embarcação, com

intuito de liberar sua saída de um porto ou terminal aquaviário. Ao agilizar o

despacho de navios na cabotagem, a DPC aprimora a NORMAM-08, no sentido de

melhorar a competitividade desse importante segmento do transporte marítimo

nacional, que é a navegação realizada entre portos ou pontos do território

brasileiro, utilizando a via marítima e as vias navegáveis interiores.

09.05.2016

Começa prazo para envio de sugestões sobre concessão de

quatro aeroportos

Começou a audiência pública para colher sugestões sobre o edital de concessão

de quatro aeroportos internacionais: o de Salvador, Deputado Luís Eduardo

Magalhães; o de Porto Alegre, Salgado Filho; o de Florianópolis, Hercílio Luz; e o

de Fortaleza, Pinto Martins. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil

(Anac), a audiência vai durar 45 dias, com sessões presenciais nas cidades onde

estão os terminais a serem leiloados.

Segundo dados da Anac, o aeroporto de Salvador apresenta a maior

movimentação anual: 9 milhões de passageiros. Em seguida vem o de Porto

Alegre, com movimentação de 8,4 milhões; Fortaleza, com 6,3 milhões de

passageiros; e, por último Florianópolis, com 3,7 milhões de passageiros.

Somados, são mais de 27 milhões de pessoas que equivalem a 11,6% dos

passageiros de todo o Brasil.

O edital prevê ainda a possibilidade de o mesmo grupo econômico vencer a

disputa para mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região

geográfica.

O valor mínimo para aquisição da concessão do aeroporto de Salvador é R$ 1,490

bilhão, o segundo maior investimento, ficando atrás do de Fortaleza, que tem

lance mínimo superior a R$ 1,5 bilhão. O lance mínimo para operacionalização do

terminal de Porto Alegre se aproxima dos R$ 729 milhões e o de Florianópolis é

de R$ 328 milhões. Somando os valores dos quatro aeroportos em processo de

desestatização, o montante ultrapassa R$ 4 bilhões.

Exigências

Por indicação do Tribunal de Contas da União, os novos operadores deverão

garantir o emprego dos funcionários da Infraero, que já trabalham nos aeroportos

leiloados, até o dia 31 de dezembro de 2018.

Além das obras de grande porte, os vencedores das concessões devem tomar

ações imediatas como a melhoria das condições de utilização dos banheiros e

fraldários do aeroporto, disponibilização de internet wifi gratuita de alta

velocidade, melhoria do sistema de iluminação no acesso aos terminais, melhoria

nos sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes, elevadores, esteiras de

bagagens e correção em infiltrações, fissuras, manchas e desgastes nas

estruturas. Todas essas ações devem ser concluídas até o término da transição

operacional do aeroporto.

10.05.2016

Inaugurado novo terminal de passageiros do aeroporto de

Goiânia (GO)

Após onze anos do início das obras, foi inaugurado, nessa segunda-feira (9), o

novo terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO).

Com as instalações, que receberam investimentos de R$ 467,4 milhões, o terminal

passa a ter capacidade para receber 6,5 milhões de passageiros por ano, o dobro

da movimentação registrada em 2015.

A edificação, de dois andares e 34,1 mil m², tem novas pontes de embarque,

balcões de check-in, elevadores, escadas rolantes, esteiras de restituição de

bagagem e canais de inspeção (raio-x e detector de metal). Também fazem parte

dos investimentos obras

nas redes externas de pista

de taxiamento e do pátio de

aeronaves, vias de serviço

internas e acesso viário,

além de estacionamento de

automóveis com 971 vagas.

A Infraero já iniciou o

trabalho de transição com

as empresas aéreas e com

os órgãos públicos do

Aeroporto de Goiânia para o

novo espaço. Isso inclui

teste de equipamentos, da

rede de comunicações e treinamento de funcionários. A estrutura deve entrar em

funcionamento ainda neste mês, após a homologação pela Anac (Agência Nacional

de Aviação Civil).

Obras

As obras do novo terminal de passageiros, iniciadas em 2005, ficaram paralisadas

entre 2007 e 2013. Entre os motivos, estiveram irregularidades encontradas em

auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), como sobrepreço. A retomada

dos trabalhos ocorreu após a atualização dos projetos pela Infraero e pelo

consórcio construtor, com parecer favorável do Tribunal.

13.05.2016

Ônibus de BH vão transportar bicicletas

ADAMO BAZANI

A prefeitura de Belo Horizonte

publicou no Diário Oficial

desta sexta-feira, 13 de maio

de 2016, a portaria 063/ 2016

que autoriza o transporte de

bicicletas nos ônibus da

cidade. No entanto, há

algumas restrições.

Dentro dos ônibus municipais

do tipo convencional, só serão

permitidas bicicletas

dobráveis com aro de até 20 polegadas.

A bicicleta deve ficar preferencialmente no box para cadeira de rodas ou cão-guia

desde que não estejam no veículo passageiros que necessitam de

acompanhamento do cão ou usem cadeira de rodas.

Nos ônibus articulados do sistema MOVE BH e nas estações de integração, as

bicicletas também podem ser não dobráveis. No entanto, elas só podem ser

transportadas nos veículos que contenham suportes internos de segunda a sexta-

feira após as 20h30 e aos sábados após as 14h. Aos domingos e feriados a

circulação é livre o dia todo.

De acordo com a portaria assinada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor

César, a medida é experimental por três meses

SÃO PAULO PERMITIRÁ EM SUPERARTICULADOS:

Já na Capital Paulista, dentro de seis meses, entra em vigor a Portaria nº 032/16,

assinada pelo secretário de transportes, Jilmar Tatto, que autoriza o transporte de

bicicletas em ônibus superarticulados do sistema de transporte coletivo

municipal.

Os ônibus superarticulados são aqueles de 23 metros de extensão que possuem

duas rodas após a articulação, fabricados pela Mercedes-Benz. Atualmente, são

830 veículos deste tipo dentre os quase 15 mil ônibus em circulação na cidade de

São Paulo.

Nos dias úteis, será possível levar a bicicleta nos ônibus das 10h01 às 15h59 e

entre 19h01 às 5h59. Aos sábados, a partir das 14h. Já aos domingos e em

feriados o embarque será liberado em qualquer horário.

10.05.2016

Produção de carro a diesel no país: a quem interessa este

retrocesso?

Diante de um cenário onde o Congresso parece ter foco exclusivo em um só tema,

caminha a passos largos a aprovação de um projeto de lei que pretende autorizar

a produção e comercialização, em grande escala, de veículos leves movidos a

diesel (PL 1013/2011).

É intrigante observar a movimentação em torno desse projeto. Seja em função dos

danos à saúde, passando pela poluição do meio ambiente e pelos impactos

econômicos decorrentes da importação de diesel, a aprovação do projeto

representará um retrocesso para o desenvolvimento sustentável do país.

É essencial lembrar que os motores a diesel são as principais fontes de emissão

de partículas finas e de óxidos de nitrogênio, que são altamente prejudiciais à

saúde, uma vez que penetram facilmente no sistema respiratório, causando

graves doenças.

Em 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as partículas finas do

diesel como substâncias que podem contribuir para a ocorrência de câncer. Além

disso, os óxidos de nitrogênio causam inflamações respiratórias e reagem com

outros poluentes na atmosfera formando substâncias como o ozônio e nitratos,

que são danosos ao meio ambiente e a saúde.

Estudos internacionais atribuem às partículas finas do diesel cerca de 3% dos

óbitos globais causados por doenças cardiovasculares, 5% dos cânceres de

pulmão e 3% das mortes em crianças até cinco anos de idade, totalizando cerca de

800 mil óbitos prematuros e 6,4 milhões de anos de vida perdidos por morte

prematura.

Não bastassem os danos à saúde, o diesel é altamente emissor de gases de efeito

estufa (GEEs), especialmente óxido nitroso, que tem alto poder de aquecimento

global. Como o diesel é restrito aos caminhões, ônibus, tratores e transporte

marítimo, as emissões decorrem da produção e refino do petróleo e do uso do

diesel, categorizadas no setor de energia. Mas a liberação dos veículos leves a

diesel deverá aumentar as emissões do subsetor de transportes, o que contraria

as metas brasileiras de mitigação.

A frota de veículos brasileira em 2014 era de 54,3% veículos flex, 34,3% gasolina,

9,8% diesel e 1,5% somente álcool. Reduzir emissões no setor de transportes é um

desafio global, e o Brasil tem um diferencial enorme ao ter construído uma matriz

de transporte de veículos leves a base de etanol, que reduz em até 90% as

emissões comparadas à gasolina.

A despeito do conteúdo energético do diesel, que poderia ser um argumento

favorável ao projeto, os custos para reduzir emissões do diesel são caríssimos. Na

União Europeia e nos Estados Unidos, fraudes nos sistemas de monitoramento de

emissões no diesel motivam mudanças severas nas regulamentações sobre

veículos leves a diesel.

Estudo publicado em 2015 pelo renomado King's College de Londres estima que a

poluição do ar por partículas finas e óxidos de nitrogênio do diesel resulta em

cerca de 9.500 mortes prematuras por ano e custos para a saúde de pelo menos

1,4 bilhão de libras (cerca de US$ 2 bilhões) naquela capital.

Paris, Londres, Madri, dentre outras capitais europeias, registraram altos níveis de

partículas finas e óxidos de nitrogênio oriundos da queima do diesel na

atmosfera, o que vem exigindo medidas e investimentos emergenciais para

preservar a saúde de milhões de pessoas.

Os impactos econômicos também contrariam a aprovação do projeto. O aumento

da demanda, com oferta interna insuficiente, geraria a necessidade de ampliar

ainda mais a importação do combustível fóssil. Em 2014, a importação de diesel

chegou a 12 bilhões de litros, com um impacto negativo de quase US$ 9 bilhões

na balança comercial.

De acordo com o Plano Decenal de Energia, em 2024, a importação de diesel

representará 17% do consumo doméstico. Se ocorrer a liberação de veículos leves,

esse número deverá crescer, gerando pressão pela importação de diesel, sujando

a matriz de transportes e aumentando o déficit na balança comercial.

No dia 22 de abril, 174 países mais a União Europeia assinaram o Acordo de Paris

em uma cerimônia de alto nível nas Nações Unidas. O evento sinaliza uma

tendência global em direção à economia de baixo carbono.

Limpar a matriz energética e investir nos biocombustíveis são metas do Brasil

perante o Acordo de Paris. Fomentar a criação de uma frota de veículos leves a

diesel, que geraria demanda cativa por este combustível por décadas, não parece

ser uma estratégia de reduzir emissões no setor de transportes.

Enquanto a União Europeia e os Estados Unidos apertam suas regras sobre o uso

de diesel nos veículos leves e estimulam a adoção de carros elétricos e híbridos,

novas gerações de biocombustíveis,o Congresso está na iminência de liberar

carros leves a diesel.

Reduzir impactos à saúde, minimizar emissões de GEEs, fomentar energias

renováveis e o desenvolvimento de novas tecnologias são elementos que

compõem o que se chama de desenvolvimento sustentável.

Aprovar carros leves a diesel demonstra a vanguarda das estratégias de

transporte que o Brasil pretende seguir? Ou ilustra um retrocesso diante dos

desafios do desenvolvimento de baixo carbono, onde tecnologias renováveis,

melhorias na saúde, especialmente em grandes cidades, geração empregos verdes

e incentivos a uma matriz de transporte cada vez mais limpa? A quem interessa a

produção de carros a diesel no Brasil?

Caso os carros a diesel sejam aprovados, o Brasil será um comprador e

disseminador de tecnologias que estão com os dias contados nos países que

buscam trilhar o desenvolvimento de baixo carbono no setor de transportes. É

uma escolha: ou consumimos um padrão tecnológico defasado, impondo custos

sociais e ambientais altíssimos, ou investimos em tecnologias como o etanol, e

suas novas gerações, associado aos carros elétricos e híbridos e à geração de

bioeletricidade. Está nas mãos do Congresso Nacional escolher qual rumo seguir.

Rodrigo C. A. Lima é diretor geral da Agroicone

13.05.2016

Caminhões movidos a etanol reduzem em 91% emissão de

CO2

Scania vendeu os primeiros

modelos na América Latina à

Clariant, fabricante de

produtos químicos

A Clariant, fabricante de produtos químicas, adquiriu, em meados de 2015, três caminhões da Scania (modelo P270 4X2) movidos a etanol, os primeiros comercializados pela montadora na América Latina. Chamados de Ecotrucks, os veículos rodam dentro da Clariant carregando

tanques com 25 mil litros. Após um ano de utilização, os caminhões confirmaram uma redução de 91% nas emissões de CO2 (gás carbônico), na comparação com os motores a diesel utilizados anteriormente pela Clariant. Eles atendem aos requisitos do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar Por Veículos Automotores) sem usar Arla 32 – reagente utilizado para reduzir quimicamente as emissões de CO2 – e utilizam motor diesel de 8,9 litros adaptado para rodar com 95% de etanol e 5% de Master Batch 95, um aditivo com propriedades antidetonantes e antioxidantes fabricado no Brasil pela empresa química. O exemplo da Clariant está levando ao interesse de outras empresas, que já consultam a Scania sobrea solução, revela Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de negócios da montadora no Brasil. “Acreditamos em uma matriz energética mista, com o uso de diversas fontes que possibilitem economia de combustível e redução de CO2. O caminhão a etanol é uma solução para empresas comprometidas em diminuir os impactos ambientais de suas operações de transporte. É uma opção 100% viável.” Já reconhecida como provedora de soluções a etanol na Europa, a Scania anunciou em 2007 o início dos testes com ônibus movidos com o combustível no Brasil. Após um período de demonstrações em São Paulo, foram anunciadas as primeiras vendas de ônibus a etanol da história do País. A Viação Metropolitana, atual MobiBrasil, comprou 50 unidades, e a Tupi Transportes adquiriu 10 veículos, para operação pública urbana. Em outubro de 2011, durante a Fenatran (Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga), a Scania lançou o primeiro caminhão a etanol da América Latina. A montadora oferece produtos movidos a combustíveis alternativos como biogás, gás natural, gás liquefeito, biodiesel, bioetanol, híbrido diesel e eletricidade, híbrido com ultracapacitor, híbrido etanol com bateria e híbrido Euro 6 diesel e biodiesel. No Brasil, além do etanol, a marca oferece chassi para trólebus e ônibus movido a biometano/GNV.

13.05.2016

Novo estudo da OMS mostra que 80% da população urbana

em todo o mundo correm grave risco por causa

da poluição

Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, foi considerada pela OMS a cidade brasileira com maior

concentração de poluentes. Foto: Mussio – Panoramio

Transportes públicos e incentivos aos deslocamentos não

motorizados estão entre as principais soluções apontadas pelo órgão

mundial

ADAMO BAZANI

Com Agências Internacionais

A Organização Mundial da Saúde divulgou nesta quinta-feira, 12 de maio de 2016,

um relatório sobre a situação da população urbana mundial em relação à

poluição. Os números não são nada positivos.

De acordo com o levantamento, 80% da população mundial que vive em áreas

urbanas estão expostos a poluentes no ar em quantidade bem superior aos limites

recomendados.

O estudo avaliou a qualidade do ar em mais de três mil cidades em 103 países de

diferentes características.

A situação, entretanto, é mais grave em populações urbanas de países pobres ou

em desenvolvimento por vários fatores.

Um dos motivos é que são insuficientes os investimentos em mobilidade urbana,

com prioridade ao transporte público, como corredores de ônibus e rede

metroferroviária, que são colocados pela OMS entre as principais soluções para o

problema. Redes cicloviárias e deslocamentos a pé com qualidade também devem

ser considerados pelas cidades.

Não bastasse isso, nas cidades dos países em desenvolvimento, são insuficientes

as formas de monitoramento da poluição.

A OMS levou em conta as concentrações de material particulado com diâmetro

menor que dez micrômetros (PM 10) e menor que 2,5 micrômetros (PM 2,5) por

metro cúbico.

O PM 2,5 é o mais perigoso porque as partículas são tão finas que podem chegar

mais fundo ao sistema respiratório e gerar problemas cardiovasculares graves.

Além disso, são mais difíceis de serem filtradas.

Um dos grandes problemas é que a maioria das cidades dos países pobres ou em

desenvolvimento, contando o Brasil, monitora somente o PM 10. Por causa disso,

a OMS estimou a proporção de PM 2,5 dentro da medição do PM 10.

O nível máximo tolerado no caso do PM 10 é de 20 microgramas por metro cúbico

de ar na média anual. Já para o PM 10, o limite recomendado pela OMS é de 10

microgramas por metro cúbico na média anual.

AS CIDADES MAIS POLUÍDAS DO MUNDO:

A cidade com maior concentração de poluentes em todo o mundo, segundo a

OMS, é Zabol, no Irã, com o equivalente a 217 microgramas de PM 2,5 por metro

cúbico de ar na média anual. Em segundo vêm Gwalior, na Índia, com 176

microgramas. A terceira mais poluída é Allahabad, também na Índia, com 170

microgramas.

A Índia é o país que mais que tem cidades poluídas do mundo, com 13 municípios

entre 30 com pior qualidade do ar, levando em conta esses parâmetros da OMS. A

China reúne cinco cidades com maior concentração de poluentes.

CIDADE DO INTERIOR DE SÃO PAULO É A QUE POSSUI MAIOR

CONCENTRAÇÃO:

O Brasil encontra-se numa posição intermediária no ranking de países com

cidades ou regiões mais poluídas, de acordo com levantamento da OMS.

A cidade brasileira com a maior concentração de poluição é Santa Gertrudes, no

interior de São Paulo, perto de Limeira, levando em conta o parâmetro de PM 2,5

por metro cúbico. Região Metropolitana de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro

também aparecem na relação.

Santa Gertrudes – SP, é a primeira com 44 microgramas de PM 2,5 por metro

cúbico. Em segundo vem Cubatão – SP com 31 microgramas de PM 2,5 por metro

cúbico, seguida de Rio Claro – SP que tem 26 microgramas de PM 2,5 por metro

cúbico. A região metropolitana de São Paulo só aparece em sexto lugar com 19

microgramas de PM 2,5 por metro cúbico, figurando à frente do Rio de Janeiro,

com 16 microgramas, e Curitiba, com 11.

11.05.2016

Programa brasileiro analisará tecnologias e

combustíveis menos poluentes

Já está em andamento o PCVE (Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias

Veiculares e Emissões), iniciativa que tem o objetivo de analisar a influência dos

combustíveis e das tecnologias veiculares da frota brasileira nas emissões de

poluentes.

O programa segue o mesmo modelo do Auto Oil, desenvolvido em países da

Comunidade Europeia, Japão e Estados Unidos. Por meio dele, são realizados

testes e simulações, cujos resultados formarão um banco de dados científicos.

Essas informações ajudarão a aprimorar o monitoramento da qualidade do ar e

projetar as ações necessárias para que haja menos poluição e mais eficiência. “As

simulações desenvolvidas permitem identificar quais são as tecnologias

veiculares ou os combustíveis que precisam ser introduzidos no mercado

brasileiro, para resolver problemas daqui em termos ambientais”, explica o

presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Edson

Orikassa.

Um exemplo é a ampliação da mistura de biocombustíveis ao diesel e à gasolina.

Segundo Orikassa, o programa permite identificar possíveis impactos que isso

causa nos veículos que estão em circulação no Brasil ou a necessidade de

adequação dos sistemas, para garantir menos poluição e mais eficiência. Por

outro lado, ajuda a prever a necessidade de se ofertar combustíveis diferenciados

devido à adoção de novas tecnologias, como o caso dos motores Euro 5, que

exigem diesel de baixo teor de enxofre.

Ele ressalta a importância de ter uma base de dados nacional sobre o tema: “hoje,

o Proconve [Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores]

utiliza informações de outros países. Mas as condições das estradas e dos

combustíveis, por aqui, são diferentes. Daí a necessidade de se fazer um

levantamento de dados científico para as condições brasileiras”.

Conforme a AEA, embora o programa tenha entrado oficialmente em vigor neste

mês, com a publicação do acordo de cooperação técnica no Diário Oficial da

União, o trabalho já era executado sob o título provisório de Auto Oil. Por meio

dele, foram feitos 1.174 ensaios, em 50 veículos, 23 motocicletas e nove motores,

o que representa 89% dos testes previstos.

São responsáveis pelo Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias

Veiculares e Emissões) o Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio

Ambiente, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis),

Ibama (Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),

Petrobras e a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.

08.05.2016

Champs-Elysées será exclusiva para pedestres no primeiro

domingo de cada mês

A avenida dos Champs-Elysées de Paris, a via mais transitada da cidade -

principalmente pelos turistas - ficou reservada neste domingo para os pedestres,

e estará a partir de agora no primeiro domingo de cada mês.

O fechamento ao trânsito de veículos nos 1.600 metros da Champs- Elysées,

valerá até às 20h em uma decisão tomada com amplo consenso entre a prefeitura

e os comerciantes.

A iniciativa já tinha experimentado com sucesso, em junho de 2015, e depois em

27 de setembro, pelo Dia sem Carros.

A ideia, que está sendo avaliada desde 2014, se sustenta na constatação de que na

realidade menos de um quarto das pessoas que passeiam pelo Champs-Elysées o

fazem para comprar, e para a maior parte - especialmente para os turistas - é um

lugar de passeio.

AGENDA 2016

JUNHO

XI Seminário Nacional Metroferroviário

14 de junho - Rio de Janeiro