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FINANCIAMENTO E MERCADOS DE CAPITAIS
Paulo Alcarva
# 1: AS FONTES DE FINANCIAMENTO
O FINANCIAMENTO E O VALOR DA EMPRESA
O financiamento da empresa é
determinado pelo montante de
capital necessário para fazer face às
despesas de arranque / expansão /
manutenção (ATIVOS FIXOS) e
funcionamento corrente da sua
atividade (TESOURARIA).
O acesso ao financiamento é, por
isso, um dos fatores determinantes
para assegurar a competitividade e
sobrevivência das empresas e,
portanto, uma dimensão relevante
para a competitividade da economia
portuguesa.
03 | 105
ATIVOS FIXOS
Tangíveis
Intangíveis
CAPITAL
PRÓPRIO
WORKING
CAPITAL
DÍVIDA
INVESTIMENTO FINANCIAMENTO
VA
LO
R D
A
EM
PR
ES
A
Maximizar o ROC
(retorno dos ativos)
Minimizar o custo
do capital+
O FINANCIAMENTO: EQUITY vs. DEBT
Como vimos, todas as empresas têm necessidades
de financiar os seus ativos. A diferença coloca-se
sobre a escolha/combinação que se faz entre
CAPITAIS PRÓPRIOS e DÍVIDA.
A teoria económica analisa as vantagens e
desvantagens dos capitais próprios e da dívida para
as empresas, decorrente das imperfeições nos
mercados de capital, conflitos de interesses ou
benefícios fiscais.
A teoria do trade-off defende um rácio de
endividamento ótimo, refletindo as vantagens e os
custos inerentes à dívida e a teoria pecking order
defende uma hierarquia ótima no uso de nas fontes
de financiamento alternativas.
04 | 105
O FINANCIAMENTO: EQUITY vs. DEBT
05 | 105
− Juro + reembolso definidos à
priori;
− Prioridade sobre os cash-flows;
− Juro permite pagar menos
impostos;
− Prazo limitado;
− Não tem controlo directo sobre
a gestão.
DÍVIDA
− Dividendos: residuais;
− Sem prioridade sobre os cash-
flows;
− Dividendo não permite pagar
menos impostos;
− Por tempo ilimitado;
− Controlam a gestão.
CAPITAL PRÓPRIO
O FINANCIAMENTO: TRADE-OFF EQUITY vs. DEBT
DÍVIDA CAPITAL PRÓPRIO
Economias (Poupanças) Fiscais: Quanto maior a taxa marginal de imposto sobre uma empresa, maior deverá ser o endividamento da empresa (ceteris paribus).
Disciplinar a gestão (redução dos custos de agência): Quanto maior a separação entre a gestão e acionistas maior deverá ser o endividamento da empresa.
Redução dos custos de falência: Quanto maiores os custos de falência e/ou a probabilidade de falência menor o endividamento que a empresa pode suportar.
Redução dos custos de agência entre credores e accionistas: Quanto mais graves os problemas de agência entre credores e acionistas menor o endividamento que a empresa pode suportar.
Flexibilidade: Quanto maior a incerteza face às necessidades futuras de financiamento menor o endividamento que a empresa pode suportar.
06 | 105
O FINANCIAMENTO
Não menos importante na definição da estrutura de capitais está o facto de diferentes tipos de
financiamento terem associadas diferentes características, bem como diferentes exigências para as
empresas.
Por exemplo, cada tipo de financiamento tem diferentes:
− Mecanismos de funcionamento de mercado;
− Exigências de informação;
− Regimes de amortização e desembolso;
− Garantias e outras condições contratuais;
− Preçário (all-in cost);
− Maturidades;
− Montantes máximos e mínimos;
− Etc …
07 | 105
O FINANCIAMENTO E A REALIDADE DE CADA EMPRESAO empresário deve preocupar-se não só em financiar-se, mas em conseguir a estrutura de
financiamento que melhor se lhe adeque à sua realidade. Por isso, deve sempre procurar:
Identificar os meios de financiamento existentes e disponíveis.
A melhor estratégia de financiamento dada a naturezae dimensão do negócio
A capacidade da empresa para fazer face às suas obrigações financeiras
As necessidades de financiamento padrão variam consoante o setor de atividade.
1
As necessidades de financiamento variam com a dimensão e o estádio em que se encontra no ciclo de vida.
2A escolha do financiamento depende da situação económico-financeira da empresa.
3
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O FINANCIAMENTO: SETORAs necessidades de financiamento padrão variam consoante o setor de atividade.
1
Fonte: Banco de Portugal
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O FINANCIAMENTO: DIMENSÃOAs necessidades de financiamento variam com a dimensão e o estádio em que se encontra no ciclo de vida.
2
Fonte: BACH
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O FINANCIAMENTO: CICLO DE VIDAAs necessidades de financiamento variam com a dimensão e o estádio em que se encontra no ciclo de vida.
2
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O FINANCIAMENTO: CICLO DE VIDAAs necessidades de financiamento variam com a dimensão e o estádio em que se encontra no ciclo de vida.
2
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O FINANCIAMENTO: PERFILA escolha do financiamento depende da situação económico-financeira da empresa.
3
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FONTES DE FINANCIAMENTO
14 | 105
A) INTERNO: AUTOFINANCIAMENTO
▪ A forma mais desejável de capitalização das
empresas é através da retenção de lucros.
▪ O financiamento interno em Portugal continua
a registar valor baixos e relativamente abaixo
dos restantes países da UE, com destaque para
as pequenas empresas, que registam os valores
mais baixos.
▪ O gráfico mede o peso dos RL sobre o total dos
ativos, evidenciando qual a percentagem dos
ativos que são financiados por meios libertos
líquidos da empresa.
Fonte: BACH
15 | 105
B) CAPITAL PRÓPRIO: CARACTERÍSTICAS
▪ Representado por ações tem associado um conjunto de direitos fundamentais (na proporção do capital
representado pelas ações):
− Direito de propriedade;
− Direito de gestão, i.e., direito de voto das decisões de gestão portanto, direito de controlo dos
cash-flows gerados pela empresa;
− Direito de participação nos lucros (direito a dividendo);
− Direito de preferência na subscrição de ações em novos aumentos do capital.
▪ Podem, eventualmente, ser transaccionáveis em mercados de capitais secundários (prévia admissão à
cotação em bolsa).
16 | 105
B) CAPITAL PRÓPRIO: INSTRUMENTOS
▪ Ações ordinárias: detém todos os direitos
− Ações cujos direitos de voto são proporcionais aos direitos sobre os cash-Flows;
− Os titulares têm o controlo da empresa na medida que elegem a gestão ;
− Como na maioria dos casos são necessários 50% dos votos em assembleia geral para eleger equipa
de gestão, os acionistas minoritários tem que ser protegidos (legislação).
▪ Ações especiais: direitos diferenciados de voto (ex.: golden shares e class A).
▪ Ações preferenciais:
− Dividendo preferencial e reembolso prioritário em caso de falência;
− Dividendo cumulativo e em caso de não pagamento sucessivo dão direito à conversão em ações
ordinária.
▪ Warrants:
− O detentor tem o direito de comprar acções da empresa a um preço pré-fixado no futuro;
− Instrumento importante para empresas novas com grande potencial de crescimento.
17 | 105
B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
1) OWNER’S EQUITYFundos introduzidos por um ou vários sócios/acionistas e que providenciam a base de
crescimento do negócio. Podem fazê-lo aumentando diretamente o Capital Realizado ou através
de Prestações Suplementares.
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
− Função dupla: capitalização da sociedade ou pode funcionar como uma garantia dos credores,
porque não podem ser restituídas se o capital próprio ficar inferior à soma do capital e da reserva
legal.
− Apesar de poderem ser consideradas um capital adicional, não implicam um aumento do capital
ou uma redução, caso haja a restituição. são consideradas uma parte móvel do capital próprio.
− Dependem sempre de uma deliberação, mediante autorização no contrato de sociedade
originário.
− Não são remuneradas.
− A restituição depende da integridade do capital social (norma do artigo 35.º do código das
sociedades comerciais).
18 | 105
B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
2) OFERTA PÚBLICA DE VENDA (OPV) – Initial Public Offer (IPO)▪ Ocorre quando, pela primeira vez, as ações da empresa são oferecidas ao público em geral.
▪ Pode envolver a oferta:
− Novas ações emitidas pela empresa, resultando desse facto um aumento do capital
da empresa, e/ou
− Ações já existentes e pertencente aos atuais acionistas, não se verificando neste caso
qualquer alteração do capital da sociedade.
▪ Após o IPO, todas ações (quer tenham sido objeto de oferta ou não) poderão ser
transacionadas no mercado secundário, flutuando o seu preço de acordo com a oferta e a
procura das mesmas.
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EURONEXT - SEGMENTAÇÃO
Mercado regulado, mantendo a segmentação de acordo com a capitalização bolsista:▪ A: Capitalização > 1mM€▪ B: Capitalização > 150M€▪ C: Capitalização < 150M€
O ALTERNEXT passou a ser Euronext GROWTH®, um mercado dedicado a empresas de pequena e média capitalização com menos exigências de admissão à cotação.
O Free Market e o EASYNEXT passaram a designar-se Euronext ACCESS®, representando a porta de entrada para empresas que pretendem um acesso simples à admissão à cotação.
No âmbito do segmento Euronext ACCESS foi criado este ACCESS+, destinado a start-ups e PME. Este segmento constitui um trampolim para outros mercados Euronext.
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EURONEXT - SEGMENTAÇÃO
Fonte: Euronext
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EURONEXT – CRITÉRIOS DE ADMISSÃO
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Fonte: Euronext
SELECIONAR OS CONSULTORES
Listing sponsor, responsável pela organização e implementação da introdução em bolsa.Determina o preço e subscreve a oferta; assegura a comercialização da operação e a pré-colocação dos títulos; supervisiona o pagamento.
Preparação das demonstrações financeiras
Rever os contratos e os riscos jurídicos e fiscais. Preparar os documentos jurídicos.
Assegura que uma estratégia clara e consistente de comunicação sustenta as mensagens transmitidas aos analistas, colaboradores, clientes, fornecedores, jornalistas, investidores institucionais e particulares.
Para melhorar a sua liquidez e reforçar o volume de negociação, as empresas podem assinar um contrato de liquidez com um broker.
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A CANDIDATURA – OFFERING CIRCULAR
Fonte: Euronext
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LANÇAMENTO
Fonte: Euronext
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VANTAGENS▪ Financiamento alternativo via Capitais Próprios e não Dívida;
▪ Financiamento potencialmente mais barato, pois não paga juros, nem Imposto de Selo (sobre
capital e juros);
▪ Financiamento menos pressionante sobre os cash-Flows libertos, pois não existem reembolsos;
▪ Os acionistas (iniciais) podem diversificar o risco: i) indiretamente, uma vez que a entrada de
capital na empresa permitirá efetuar novos investimentos (com riscos diferentes) ou adquirir
outras empresas; ii) diretamente, vendendo parte das ações, durante o IPO ou em bolsa após o
IPO, e investindo noutras sociedades;
▪ Visibilidade (publicidade gratuita) e Prestígio junto de investidores, fornecedores, clientes e
trabalhadores;
▪ A cobertura por analistas profissionais aumenta também a qualidade da informação prestada aos
credores, nomeadamente a bancos.
26 | 105
VANTAGENS▪ Permite uma estratégia de saída para as empresas de capital de risco;
▪ Avaliação independente, pelo mercado, das ações da empresa;
▪ Possibilita remunerar os gestores com ações/opções da empresa, o que permite uma maior
alinhamento dos interesses dos gestores e acionistas;
▪ Permite determinar com mais rigor o custo de capital próprio da empresa;
▪ Facilita a aquisição de outras empresas, utilizando-se as ações da empresa como forma de
pagamento;
▪ Obriga a adoção por parte da empresa das melhores práticas de Corporate Governance.
27 | 105
DESVANTAGENS▪ Custos diretos e indiretos de admissão e manutenção;
▪ Perigo do preço fixado no IPO ficar underpricing ou overpricing;
▪ Criação de um novo departamento de Relação com os Investidores;
▪ Perda de controlo decorrente da entrada em mercado organizado, ficando mais exposta a
takeovers;
▪ Prestação de informação e perda de confidencialidade;
▪ Requisitos legais e regulamentares.
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B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
3) EQUITY & GROWTH CAPITAL
Fornecem capital em troca de uma participação na empresa
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B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
3) EQUITY & GROWTH CAPITAL – VENTURE CAPITAL E PRIVATE EQUITY
SEED STAGE START-UP STAGE EXPANSION STAGE
EARLY STAGE FINANCING EXPANSION/GROWTH
FINANCING LEVERAGE BUY-OUTS
TURNAROUND FINANCING
VENTURE CAPITAL PRIVATE EQUITY
Investimento numa nova empresa que quer testar um novo produto ou conceito.
Investimento numa nova empresa que quer comercializar e desenvolver um novo produto ou conceito.
• Management Buy-Out (MBO)• Management Buy-In (MBI)• Investor Buy-Out• Going Private Buy-Out (PTP)
30 | 105
B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
3) EQUITY & GROWTH CAPITAL – VENTURE CAPITAL E PRIVATE EQUITY: COMO FUNCIONA
FUNDO
INVESTIDORES(Bancos, Fundos de Pensões, Fundos de Investimento,
Seguradoras, Famílias de grandes posses, Fundações, etc...)
EMPRESA A EMPRESA A EMPRESA A
SOCIEDADE GESTORA
BANCOS
Capital: ~99%
Capital: ~1%
Em operações muito alavancadas, complementam o financiamento.
Entrada:• Compra de ações e/ou
aumento de capital;• Prestações suplementares;• Suprimentos
Capital + ~80% dos Lucros
Comissão de Gestão: ~2%/anoPartilha de Lucros: ~20%
Saída:• Recompra por parte dos anteriores sócios (acordo
pré negociado);• Venda direta a terceiros ou venda em Bolsa;• Liquidação da empresa.
31 | 105
B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
3) EQUITY & GROWTH CAPITAL – VENTURE CAPITAL E PRIVATE EQUITY: VANTAGENS
▪ Partilha risco com os sócios/acionistas;
▪ Financiamento sem garantias pessoais ou reais;
▪ Apoio na gestão e aconselhamento técnico-financeiro especializado;
▪ Facilitação no que respeita ao estabelecimento de redes de contacto;
▪ Contrariamente aos empréstimos bancários, não existem juros nem pagamento de encargos
financeiros. A remuneração é realizada através das mais-valias pela venda da participação.
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B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
3) EQUITY & GROWTH CAPITAL – BUSINESS ANGELS
▪ Os Business Angels são investidores particulares, que procedem à análise de ideias de negócio com
carácter menos formal dos FCR (Fundos de Capital de Risco). Os investidores assumem o risco
individualmente, isto é, investem capital e “apostam” em pessoas, na medida em que possuem
conhecimentos empresariais e beneficiam de rede de contactos e de acesso aos mercados.
▪ Gostam de apostar em ideias e avalia-las em função da recetividade dos clientes e havendo já alguma
validação de mercado. Denomina-se, por isso, de Smart Money.
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B) CAPITAL PRÓPRIO – AUMENTO DE CAPITAL
4) EQUITY CROWDFUNDING
▪ As plataformas Crowdfunding partilham dinheiro sem a intermediação dos agentes tradicionais
(bancos, bolsas de valores): DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA.
▪ O Equity Crowdfunding é essa modalidade de financiamento P2P através de capital próprio.
34 | 105
C) DÍVIDA: CARACTERÍSTICAS
▪ Direitos associados:
− Recebimento de juros (taxa fixa ou taxa variável);
− Reembolso do capital (gradual ou bullet);
− Controlo (indirecto) das decisões de gestão;
− Covenants (financeiros e não financeiros) que permitem a cessão antecipada dos contratos de
financiamento.
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C) DÍVIDA: OBRIGAÇÕES
▪ Uma obrigação é um valor mobiliário, representativo de dívida de uma empresa ou do Estado em
relação a terceiros.
▪ Este título de dívida que pode ser de curto, médio ou longo prazo (maturidade do empréstimo) e confere
ao seu detentor (obrigacionista) o direito a receber da entidade emitente um prémio de emissão ou de
reembolso, bem como eventualmente, juros nos termos estipulados na data da emissão do valor
mobiliário em questão.
INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO
EMPRESAINVESTIDORES
36 | 105
C) OBRIGAÇÕES: CARACTERÍSTICAS
▪ Preço de Emissão vs. Valor Nominal:
− Valor Nominal (VN): valor facial, o valor expresso no título. Este valor não é necessariamente o valor pago pelo título.
− Preço de Emissão (P): preço que tem de pagar quem pretende adquirir (subscrever) uma obrigação no momento da sua emissão.
O preço de emissão pode ser diferente do valor nominal:
− P > VN: emissão acima do par, onde (P – VN) = prémio de emissão;
− P < VN: emissão abaixo do par, onde (P – VN) = desconto de emissão;
− P = VN: emissão ao par.
37 | 105
C) OBRIGAÇÕES: CARACTERÍSTICAS
▪ Taxa de Juro Nominal vs. Yield-to-Maturity:
− Taxa de Juro Nominal: taxa anual utilizada para calcular o valor dos juros a pagar ao obrigacionista. No momento da emissão é fixada a taxa, quando se trata de obrigações de taxa fixa, ou é definida a fórmula de cálculo, nos casos de obrigações de taxa variável.
− Yield-to-Maturity (taxa atuarial de rendibilidade): “taxa de retorno esperada” do investimento, considerando que o investidor adquire o título ao preço atual e a mantém na sua posse até à respectiva maturidade e no pressuposto que recebe todos os juros inerentes.
Normalmente a taxa nominal (Taxa de Cupão) representa a taxa de retorno exigida pelo obrigacionista, no entanto:
− TC < YM: implica a emissão abaixo do par; no extremo limite da taxa de juro ser igual a 0, estamos perante uma Obrigação Cupão-zero;
− TC > YM: implica a emissão acima do par.
38 | 105
C) OBRIGAÇÕES: CARACTERÍSTICAS
▪ Garantias:
− Secured Bonds:
− Obrigações hipotecárias (Mortage Bonds)
− Collateral Bonds, obrigações que têm como garantia ações, obrigações e outros títulos negociáveis na posse da empresa.
− Unsecured bonds: por exemplo Obrigações Subordinadas, que têm menor prioridade sobre os cash-flows da empresa (ou em caso de falência sobre os ativos da empresa).
▪ Maturidade:
− Data do último reembolso do capital (maturity date), que pode em alguns caso ser extendida(extendible bonds) ou antecipada (callable bonds, onde o emitente tem a opção de extinguir a obrigação antecipadamente, pagando o montante em dívida; puttable bonds, onde a opção de pedir o reembolso antecipado é do investidor.
− Ao período de tempo entre a data atual e a data de vencimentos chama-se (time-to-maturity).
39 | 105
C) OBRIGAÇÕES: CARACTERÍSTICAS
▪ Reembolso:
− Normalmente ao par e de uma só vez na data de vencimento da obrigação (bullet payment)
− Situações específicas
− Sinking funds: a emitente é obrigada a efetuar depósitos periódicos numa instituição financeira por forma a utilizar esses fundos no reembolso da obrigação;
− Serial bonds: uma percentagem, pré-fixada, das obrigações é reembolsada periodicamente.
▪ Rating da emissão: é um processo que permite aferir da possibilidade de incumprimento por parte da
entidade emitente, medindo, por conseguinte, o risco de crédito associado.
− Para auxiliar a comunidade financeira a avaliar este risco, as obrigações de empresas são
avaliadas, ou seja, classificadas por uma agência de rating, como a Standard & Poor’s, a Moody’s
Investment Services ou a Fitch. Estas empresas utilizam letras maiúsculas na sua notação de rating
que vão do triplo A (o mais elevado) até ao D (em incumprimento) para avaliar a qualidade do
crédito da obrigação.
40 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA
Não é por acaso que esta é a fonte de financiamento mais utilizada pelas empresas nacionais, pois tem
várias vantagens que se ajustam ao perfil dos empresários:
▪ Operação relativamente pouco onerosa, sobretudo para as PME, quando comparada com operações no
mercado de capitais e dívida, bem como com o capital de risco e crowdfunding.
▪ Financiamento montado com rapidez, sem grande burocracia e flexível.
▪ Devido ao facto de ser uma operação somente entre duas partes, permite que a empresa preste toda a
informação à instituição financeira, por forma a que esta avalie o risco da empresa, sem correr o risco
que essa informação chegue aos seus concorrentes.
▪ Não obriga a que a empresa tenha rating.
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: TIPO
▪ Crédito por desembolso vs. Crédito por Assinatura:
− Crédito por Desembolso: trata-se de uma operação que implica uma mobilização imediata de fundos por parte da empresa (p.ex. Conta-Corrente, Mútuo, Leasing, etc.)
− Crédito por Assinatura: não envolve uma aplicação imediata de recursos por parte do banco, mas assume um compromisso de pagamento (p.ex. emissão de garantias bancária, créditos documentários de importação e exportação, etc.).
▪ Crédito financeiro vs. Crédito comercial:
− Crédito Financeiro: operações de financiamento onde o risco de crédito está integralmente do lado do tomador do financiamento (p.ex. Conta-Corrente, Mútuo, Leasing Financeiro, etc.)
− Crédito Comercial: o risco de crédito está “mitigado” por uma terceira parte e/ou sustentado num documento comercial (letra, cheque, fatura, contrato). (p.ex. Desconto de Letras, Desconto de Remessas, Factoring, etc.)
42 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
1) Finalidade:
− A operação de crédito pode (e deve) ter uma finalidade bem definida:
− Conta-Corrente para reforço do fundo de maneio;
− Mútuo de longo prazo para financiamento de investimento;
− A finalidade muitas vezes define o tipo de crédito: hipotecário, automóvel, investimento, construção, etc.
2) Montante:
− A sua definição está diretamente ligada ao objeto de financiamento, sendo que o seu valor não tem de ser igual ao custo de aquisição do bem ou à integral necessidade de FM.
− No crédito hipotecário existe mesmo limite imposto ao montante, através do rácio LTV (Loan-to-Value). Assim, o montante do contrato de crédito não deve ser superior a 80% do valor do imóvel, quando o crédito tenha outras finalidades não relacionadas com a habitação própria e permanente (100% do valor do imóvel apenas via leasing financeiro imobiliário).
43 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
3) Prazo:
− Curto prazo: até 1 ano
− Médio prazo: entre 1 e 5 anos
− Longo prazo: superior a 5 anos
O principio do equilíbrio financeiro aconselha que se financie um ativo através de uma fonte de financiamento com uma maturidade ou exigibilidade compatível com a via económica desse ativo e respectiva capacidade para se transformar em dinheiro.
Ou seja, as necessidades de fundo de maneio cíclicas (tesouraria) devem ser financiadas com operações de curto prazo (Conta-Corrente, Desconto Comercial, Livranças, etc) e os investimentos em ativos fixos tangíveis e intangíveis através de linhas de crédito de MLp (Mútuos, Leasing, etc.).
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
4) Reembolso:
− Reembolsos contínuos, com prestações constantes, crescentes e decrescentes.
− Reembolso único no final do prazo (bullet).
− Período de carência: período durante o qual, a contar do início do contrato, a empresa não reembolsa capital e juros (menos normal).
5) Taxa de Juro:
− Taxa de juro fixa: mantém-se inalterada até ao final do prazo, caso não ocorra qualquer incumprimento por parte da empresa, o que permite determinar os outflows do empréstimo desde o momento inicial.
− Taxa de juro variável: altera-se ao longo do empréstimo em conformidade com a variação do indexante (Euribor). O momento de alteração da taxa de juro é determinada contratualmente e está normalmente associado ao período de pagamento de juros.
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
6) Preço total – all-in cost
INDEXANTE
Proxy do custo de financiamento do banco (custo da matéria-prima)
SPREAD
Reflete o risco de crédito da empresa, que tem implicações diretas na rentabilidade da operação para o banco.
Integra a margem financeira (proveito) do banco.
COMISSÕES
Refletem os custos de estrutura do banco.
Integra a segunda margem (proveito) do banco.
IMPOSTOS
Imposto de selo sobre os juros e sobre a utilização de capital.
+ + +
TAXA DE JURO
46 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
6) Preço total – all-in cost – Exemplo de uma Conta-Corrente de 100k€, renovável semestralmente, com
uma utilização média mensal de 75%.
INDEXANTE
Euribor 6m com floor de 0%
SPREAD
2% a.a.
COMISSÕES
- Imobilização: 1,5% a.a.- Abertura: 0,5% up-front- Renovação: 0,25%- Gestão: 15€/mês
IMPOSTOS
. IS s/capital: 0,04%/mês. IS s/juros: 4/1000
+ + +
0% 2%
- Imobilização: 25k x 1,5% / 100k = 0,375% a.a.- Abertura: 0,5% / 5 anos = 0,1% a.a.- Renovação: 2 x 0,25% = 0,5% a.a.- Gestão: (15€ x 12) / 100k = 0,18% a.a.- IS(k): 75k x 0,48% / 100k = 0,36% a.a.- IS(j): (75k x 2%) x (4/1000) / 100k = 0,006%
+ +=3,52%
47 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
7) Garantias:
48 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
7) Garantias Pessoais:
− Aval: garantia prestada por aquele que, no verso de uma livrança em branco subscrita pela empresa (com pacto de preenchimento), coloca a sua assinatura (com a expressão: "bom para aval”). O aval pode ser solicitado aos cônjuges, por decisão do banco e decorrente do regime de casamento.
− Se o devedor avalizado entrar em incumprimento da obrigação o credor pode executar o património do avalista. Mais, o credor fica dispensado de intentar uma ação declarativa para reconhecimento do seu crédito, podendo desde logo avançar para a ação executiva e, por conseguinte, para a penhora dos bens e/ou rendimentos do avalista. A livrança é um título executivo.
− Fiança: a fiança é muito semelhante ao aval, com a diferença que não ser aposta sobre um título específico. Contudo, tal como no aval, o fiador responde solidariamente com o seu património por todas as responsabilidades do contrato assinado pelo devedor.
49 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
7) Garantias Reais:
− Hipoteca: garantia real que confere ao credor o direito de ser pago, com prioridade face a todos os outros credores que não beneficiem de privilégio creditório especial, através do produto da venda de certos bens imóveis ou bens móveis equiparados (automóveis, navios e aeronaves), sobre os quais incide a hipoteca.
− [Nota: a hipoteca não dá acesso à propriedade do bem hipotecado, mas sim o poder de satisfazer o seu crédito através do valor obtido com a venda judicial do bem hipotecado no decurso de um processo executivo]
− A hipoteca tem de registada na Conservatória de Registo Predial para ser eficaz.
− Penhor: espécie de hipoteca mas sobre os bens móveis e direitos que não são objecto de registo.
− O penhor pode ser Financeiro (saldo bancário, numerário ou instrumentos financeiros), de Coisas (quando é dado em penhor uma coisa móvel), de Créditos e outros direitos não hipotecáveis (direitos de propriedade intelectual e industrial - marcas, patentes, logótipos -, créditos que o devedor tem sobre terceiros, de estabelecimento comercial e do direito ao trespasse e arrendamento), de Quotas/Ações; etc.
50 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
7) Garantias Reais:
− Consignação de Rendimentos: tratam-se de rendimentos propriedade da empresa que são retidos pelo banco, normalmente para afetar ao serviço da dívida do empréstimo. Trata-se de uma garantia objeto de registo notarial. P.ex.: rendas de imóveis; proveito da venda de eletricidade à rede nacional por parte de empresas com cogeração, etc.
− Garantia Bancária: um banco terceiro emite uma garantia a favor do mutuário, responsabilizando-se pelo eventual incumprimento, total ou parcial, on first demand.
− Garantia Mútua: é um sistema mutualista de apoio às PME, que se traduz fundamentalmente na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito dessas empresas.
A partilha de risco com outras entidades financeiras facilita o acesso das empresas ao crédito, libertando plafonds bancários e permitindo a obtenção de montantes, condições de custo e prazo adequados às necessidades, por norma com redução de outras garantias prestadas ao sector financeiro pelas empresas.
51 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
7) Garantias Reais - Garantia Mútua – Como Funciona:
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
8) Quase-Garantias:
− Carta Conforto: declarações prestadas quase sempre por sociedades-mãe ou pelo Estado, que desta forma pretendem confortar com o seu risco o banco na concessão de crédito a uma sua participada.
− Promessas de constituição de garantias (o mesmo que promessas irrevogáveis), o cativo e a consignação de receitas (este um mero compromisso, ao contrário da garantia real que é a consignação de rendimentos gerados por imóveis ou móveis objecto de registo).
53 | 105
C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
9) Covenants não Financeiros – Cláusulas de Default:
− Negative Pledge: a empresa assume a obrigação de não constituir a favor de terceiros (ou mesmo prometer a constituição) de qualquer garantia sobre activos que façam ou venham a fazer parte do seu património, desde que para tal não obtenha a prévia autorização por parte do banco.
− Do ponto de vista do mutuário, esta cláusula poderá comprometer o normal desenvolvimento da sua actividade. Se for esse o caso, o mutuário deverá propor a limitação desta proibição a determinados montantes – por exemplo, uma determinada percentagem do seu capital próprio –e a restrição do âmbito de aplicação desta e de outras limitações incluídas nesta cláusula, deixando de fora, por exemplo, a empresa mãe ou empresas suas filiais, caso existam.
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
9) Covenants não Financeiros – Cláusulas de Default:
− Cross-Default: caso a mutuária (ou outra empresa por si detida ou controlada) incumprir num financiamento qualquer contraído junto de determinado banco, este tem o direito de antecipar o vencimento de todos os outros empréstimos.
− Esta cláusula permite antecipar problemas futuros para o banco, que perante o início de um problema não tem de aguardar pelo incumprimento de todos os financiamentos para agir e, eventualmente, acionar todas as suas garantias.
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
9) Covenants não Financeiros – Cláusulas de Default:
− Ownership Clause: esta cláusula protege o banco da alteração da estrutura societária da empresa, permitindo-lhe antecipar o vencimento do contrato caso não autorize a mudança do equilíbrio de forças dentro do capital social da mutuária.
− A Ownership Clause vai ao encontro da importância do risco dos sócios na concessão do crédito. Ou seja, tendo o banco contratado um financiamento com uma empresa, onde sabe que existe um controlo exercido por determinado indivíduo ou sociedade, tem todo o direito de ponderar se pretende manter o empréstimo com a nova estrutura societária.
− Pari Passu: o mutuário obriga-se a não constituir novas obrigações que fiquem graduadas acima das obrigações resultantes do contrato, evitando-se, dessa forma, que o mutuário venha a contrair novas obrigações garantidas por garantia real.
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
9) Financial Covenants – Cláusulas de Default:
A estipulação de obrigações financeiras visa garantir a manutenção da situação patrimonial do mutuário.
− Grau de Autonomia Financeira (GAF): (Capitais Próprios / Ativo) > X%, garantindo a manutenção de um determinado nível de solvabilidade da empresa.
− Rácio de Alavancagem: (Dívida Líquida / EBITDA) < Yx, garantindo o não sobreendividamento.
− Cobertura do Serviço da Dívida: (Juros + Reembolso) / EBITDA < Kx, garantindo a manutenção da capacidade de pagar todo o serviço da dívida bancária.
− Loan-to-Value (LTV): (Empréstimo / Garantia Reral) < X%, garantindo a manutenção de uma margem de segurança para precaver eventuais desvalorizações dos ativos prestados em garantia.
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C) DÍVIDA BANCÁRIA: CARACTERÍSTICAS
9) Outras Cláusulas de Default:
− Obtenção de licença de construção e aceitação dos contratos de empreitada: condição prévia
imprescindível em operações de financiamento à construção;
− Não contratação de endividamento adicional (para além de um valor máximo razoável para
investimentos de substituição operacionais) e proibição de distribuição de quaisquer resultados e
reservas: condição importante para garantir que o mapa de cash-flows que sustentou o financiamento
não é adulterado;
− Subordinação dos fundos próprios e quaisquer outros créditos dos sócios ao reembolso da dívida: o
mesmo racional da condição anterior;
− Obrigatoriedade de prestar todo o tipo de informação económico-financeira, sempre que solicitado pelo
banco, dentro de um quadro de periodicidade razoável.
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D) INSTRUMENTOS HÍBRIDOS: CARACTERÍSTICAS
▪ Combinação de direitos e riscos dos Capitais Próprios e Dívida
▪ Permitem:
− Oferta aos obrigacionistas da possibilidade de partilhar dos ganhos associados à criação de valor
para os acionistas;
− Criação de condições acrescidas de bom acolhimentos dos títulos de dívida da empresa pelos
investidores dos mercados de dívida (risco/retorno);
− Contenção dos riscos de liquidez e de taxa de juro da empresa emitente.
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D) HÍBRIDOS: OBRIGAÇÕES COM WARRANTS
▪ O warrant é um direito de compra de ações da empresa a um preço pré-fixado, que pode ser exercido
numa determinada data, ou período de tempo, pré-determinado:
− Preço de exercício fixo;
− Preço de exercício pago em dinheiro ;
− Exercício da opção não extingue a obrigação ;
− Após a emissão os dois títulos são transacionados de forma independente
▪ O warrant é similar a uma opção de compra (call) sobre as ações de uma empresa. No entanto, há duas
diferenças importantes:
− O vendedor do warrant é a própria empresa, (e não o investidor como acontece na call), que como
tal recebe o prémio;
− No caso das obrigações com warrants o “prémio” traduz-se num juro mais baixo (do que no caso
de uma obrigação clássica) para a obrigação.
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D) HÍBRIDOS: OBRIGAÇÕES COM WARRANTS
▪ Quando o warrant é exercido a empresa emite novas ações (ou vende ações próprias), aumentando
assim o número de ações da empresa em circulação e recebendo o preço de exercício.
[Ao contrário, no caso de uma call, se o comprador resolver exercer a opção, o vendedor da call tem de
entregar as ações (se não as detiver terá de as adquirir no mercado secundário)]
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D) HÍBRIDOS: OBRIGAÇÕES CONVERTÍVEIS
▪ Obrigação que pode ser convertida, por opção do obrigacionista, num número pré-determinado de
ações, em determinada data, a um preço de exercício variável (depende do valor da obrigação na data
de exercício) e pago em espécie (preço de conversão).
▪ A Obrigação extingue-se após exercício da opção.
▪ A obrigação rende juros até à sua maturidade ou até a opção de conversão ser exercida. Os juros são
mais reduzidos do que numa obrigação clássica por forma a compensar o emitente da opção de
conversão.
▪ A opção nunca pode ser destacada da obrigação e transacionada de forma independente.
▪ O valor da obrigação convertível: Valor da obrigação clássica (Straight Value) + Valor da opção de
conversão (Valor da opção de compra de ações associada à obrigação).
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# 2: PRODUTOS BANCÁRIOS
OFERTA SEGMENTADA PARA EMPRESAS
TESOURARIA - SERVIÇOS
OFERTA BANCÁRIA
TESOURARIA - INVOICE CREDIT
INVESTIMENTO
GARANTIAS BANCÁRIAS
TRADE FINANCE
COBERTURA DE RISCO
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TESOURARIA - SERVIÇOS
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TESOURARIA - SERVIÇOS
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TESOURARIA - SERVIÇOS
GESTÃO DE TESOURARIA VIA CASH-POOLING
▪ O serviço de Cash-Pooling Zero Balancing procede à concentração de todos os saldos das contas DO
numa única conta “cash-pooling”.
▪ Esta prática de gestão justifica-se quando as empresas têm necessidade de manter contas
bancárias separadas por cada estrutura (departamento, filial, produto, etc.).
▪ Exemplo:
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TESOURARIA - SERVIÇOS
GESTÃO DE TESOURARIA VIA CASH-POOLING▪ Sem Cash-Pooling
▪ Com Cash-Pooling
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
O Invoice Credit agrega todas as operações de crédito que têm associado a cessão a favor do banco de
faturas emitidas, daí decorrendo a concessão de um financiamento de curto prazo.
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
A) FACTORING
▪ Serviço de cobrança e adiantamento de facturas a liquidar no futuro.
1) VENDA (T0)
3) ADIANTAMENTO ATÉ À DATA DA LIQUIDAÇÃO
(T0)
4) PAGAMENTO NA DATA DA LIQUIDAÇÃO
(Tn)
CLIENTES
2) Cessão das FACTURAS(T0)
BANCOS
EMPRESA
5) REEMBOLSO DA OPERAÇÃO DE CRÉDITO
(Tn)
6) PAGA JUROS (Tn)
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
A) FACTORING COM RECURSO
▪ Caso o devedor não pague a factura na data do seu vencimento, o banco tem o direito de regresso sobre o aderente.
1) VENDA (T0)
3) ADIANTAMENTO ATÉ À DATA DA LIQUIDAÇÃO
(T0)
CLIENTES
2) Cessão das FACTURAS(T0)
BANCOS
EMPRESA
5) PAGA JUROS (Tn) X4) NÃO PAGA A FATURA (Tn)
4) PAGA AS FATURAS VENCIDAS E NÃO PAGAS
(Tn)
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
A) FACTORING SEM RECURSO
▪ Caso o devedor não pague a factura na data do seu vencimento, o banco tem o direito de regresso sobre o aderente. 1) VENDA (T0)
3) ADIANTAMENTO ATÉ À DATA DA LIQUIDAÇÃO
(T0)
CLIENTES
2) Cessão das FACTURAS(T0)
BANCOS
EMPRESA
5) PAGA JUROS (Tn) X4) NÃO PAGA A
FATURA (Tn)0) ENDOSSO DA
APÓLICE DE SEGURO DE CRÉDITOS A
FAVOR DO BANCO (T-1)
5) ACIONA O SEGURO DE CRÉDITOS E INDEMNIZA-SE ATÉ AO LIMITE MÁXIMO DO
PLAFOND (Tn)
5) PAGA O REMANESCENTE ACIMA
DO PLAFOND DO SEGURO (Tn)
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
A) FACTORING - VANTAGENS
▪ Liberta a empresa da tarefa de gestão das cobranças, com redução dos custos operacionais;
▪ Simplificação contabilística (substitui as suas diversas contas de clientes por uma única conta
corrente que é a do banco), sem perda de informação relativa ao comportamento dos seus clientes
(cobranças realizadas, créditos em atraso, saldo de cada cliente, etc.);
▪ Maior liquidez e estabilidade na tesouraria com o pagamento à vista de vendas realizadas a prazo,
eliminando qualquer risco de cobrança no caso do factoring sem recurso;
▪ Acesso a uma fonte de financiamento, de natureza comercial, mais acessível às PME do que o
crédito financeiro puro;
▪ Maior segurança nas exportações, que se torna uma venda nacional, dado que o serviço de
cobrança no estrangeiro é assegurado pelo banco local.
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
A) FACTORING - DESVANTAGENS
▪ Os bancos utilizam uma “margem de segurança” (valor retido) nos adiantamentos das facturas, por
regra entre 10% e 20%;
▪ As comissões fixas cobradas pelo serviço de gestão, que são uma % do valor total das faturas e não
do valor adiantado, o que pode aumentar os custos financeiros;
▪ Os adiantamentos realizados em moeda estrangeira não cobrem os riscos cambiais;
▪ Os bancos evitam contratar factoring com empresas de alguns sectores, como sejam:
− setores de bens perecíveis e de moda, onde existem devoluções frequentes de mercadorias
ou bens entregues à consignação;
− setores onde se pratiquem prazos de pagamento superiores a um ano;
− prestadores de serviços com bastante litigância atendendo à dificuldade de definição dos
termos contratuais (consultoria, publicidade, informática, limpeza, segurança, etc).
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
A) FACTORING - REQUISITOS
▪ Tem de existir um contrato de cessão de créditos entre a empresa e o banco;
▪ Os créditos cedidos têm de ser de curto prazo, ou seja, o prazo que medeia entre a data de emissão
da fatura a sua data de vencimento não pode ultrapassar um ano;
▪ Os devedores têm de ser notificados da cessão dos créditos e não pode ser por eles recusada;
▪ Toda a faturação correspondente a cada devedor tem de se entregue ao mesmo banco;
▪ É motivo de exclusão do devedor de um contrato de factoring caso este pague directamente à
empresa, apesar de estar notificado quanto à cessão dos créditos.
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
B) CONFIRMING
▪ Serviço que permite ao fornecedor da empresa aderente adiantar o valor dessa fatura antes do seu vencimento.
1) COMPRA (T0)
2) PAGAMENTO DA FATURA [SEM RECURSO SOBRE O
FORNECEDOR](T0)
FORNECEDOR
3) LIQUIDA AS FATURAS(Tn)
BANCOS
EMPRESA 3) PAGA JUROS (Tn)
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
B) CONFIRMING
▪ O Confirming pode também ser utilizado para aumentar o prazo de pagamento.
T0
A FATURA É EMITIDA A 90 DIAS
T90
DATA DE VENCIMENTO DA FATURA
O FORNECEDOR SOLICITA O ADIANTAMENTO POR CONFIRMING ANTES DO VENCIMENTO E O ADERENTE PAGA OS JUROS ATÉ LIQUIDAR A FATURA.
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
B) SELF-CONFIRMING
▪ Igual ao serviço do Confirming, mas nesta modalidade os custos financeiros são por conta do aderente, com o intuito de obter descontos de pronto pagamento.
1) COMPRA (T0)
2) PAGAMENTO DA FATURA [SEM RECURSO SOBRE O
FORNECEDOR](T0)
FORNECEDOR
3) LIQUIDA AS FATURAS(Tn)
BANCOS
EMPRESA
3) PAGA JUROS (Tn): 2% a.a.
2) DESCONTO P.P.: 2%/FATURA
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TESOURARIA – INVOICE CREDIT
B) CONFIRMING – VANTAGENS PARA O ADERENTE
▪ Permite dilatar os prazos de pagamento aos fornecedores, uma vez que possibilita ao fornecedor
antecipar os recebimentos;
▪ Confere aos fornecedores uma garantia de pagamento prestada pelo banco, reforçando, desta
forma, o poder negocial e a imagem do cliente junto desse fornecedor;
▪ Liberta a empresa da tarefa de gestão dos pagamentos, com redução dos custos operacionais.
B) CONFIRMING – VANTAGENS PARA O FORNECEDOR
▪ Recebimento antecipado do valor das faturas, em condições equivalentes às de pronto pagamento
▪ Cobertura de risco, caso se esteja na presença do pagamento antecipado de facturas confirmadas.
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INVESTIMENTO
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INVESTIMENTO em FUNDO DE MANEIO
DESCONTO DE LETRAS
▪ Como título de crédito que é a letra bancária é um título executivo, ou seja, é um documento que determina o fim e os exatos limites da dívida que se pretende executar coercivamente em sede de ação executiva (p.ex. penhora de bens e/ou rendimentos do devedor).
Devedor ou aceitante da letra, aquele a quem se dá a ordem de pagamento
Credor ou sacador da letra
Movimenta-se por endosso e pode ser avalizada por parte de terceiros (assinaturas no verso do título)
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INVESTIMENTO em FUNDO DE MANEIO
DESCONTO DE LETRAS
▪ Desconto de letras obtidas pela empresa numa transação comercial (letra comercial) e que titulam o crédito que decorre dessa operação comercial.
▪ A Letra é um instrumento muito antigo, mas ainda muito importante nos dias de hoje para a concessão de crédito a empresas.
1) VENDA (T0)
4) FAZ A COBRANÇA DA LETRA E LIQUIDA O
DESCONTO (Tn)
CLIENTE(SACADO)
3) ENDOSSA A LETRA A FAVOR DO BANCO
(TO)
BANCOS(TOMADOR)
EMPRESA(SACADOR)
2) ACEITA UMA LETRA A FAVOR DA EMPRESA (T0)
3) DESCONTA A LETRA(TO)
4) PAGA JUROS (Tn)
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INVESTIMENTO em FUNDO DE MANEIO
DESCONTO DE LETRAS
▪ Se o devedor (sacado) entrar em incumprimento, é o credor (sacador) e não o Banco que suportará
na totalidade as correspondentes perdas.
▪ A letra pode ser objeto de reforma, com a prorrogação da sua data de liquidação. No caso de estar
endossada para desconto, o Banco toma as seguintes medidas:
− Agrava a taxa de juro (com significado) a cada reforma, como medida dissuasora;
− Exige uma amortização parcial do valor da letra, o que implica que a reforma de letra
descontada implique a sua substituição por nova com novo montante e data de vencimento.
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INVESTIMENTO em FUNDO DE MANEIO
PROGRAMA DE PAPEL COMERCIAL (PPC)
▪ Contrato com títulos de crédito de curto prazo (até 365 dias) emitidos por empresas.
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INVESTIMENTO em FUNDO DE MANEIO
PROGRAMA DE PAPEL COMERCIAL
▪ A grande vantagem dos PPC encontra-se ao nível das poupanças fiscais que permite, resultante do facto de não estar sujeito a imposto selo sobre os juros (4/1000 numa qualquer outra linha de tesouraria) e sobre o montante de capital utilizado (0,04% por mês nas outras facilidades de crédito).
Conta-Corrente
PPC
Empresa
Banco
Empresa
Banco
ALL
-IN
5,689%
5,000%
5,000%
5,000%
(Spread: 5%) + (IS s/ crédito: 0,48%) + (IS s/ juros: 0,2089%)
(Spread: 5%)
(Spread: 5%)
(Spread: 5%)
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INVESTIMENTO em ATIVO FIXO
MÚTUOS
▪ Tratam-se de empréstimos com maturidades superiores a um ano, sobretudo dirigidos para
financiar o investimento de ativos fixos (tangíveis ou intangíveis).
▪ Dada a sua maturidade são financiamentos mais caros e com termos contratuais mais completos.
▪ Muitos dos mútuos designam-se em conformidade com o objeto do financiamento:
− Crédito hipotecário;
− Financiamento à construção;
− Financiamento automóvel; etc.
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INVESTIMENTO em ATIVO FIXO
CRÉDITO ESPECIALIZADO: LEASING FINANCEIRO
▪ Financiamento onde existe a cessão na utilização de um determinado bem por parte de uma
locadora (normalmente um banco) a uma empresa (o locatário), durante um determinado período
de tempo e mediante o recebimento de uma renda.
▪ Neste tipo de operações a empresa tem a opção de adquirir o equipamento, no final do prazo, pelo
valor residual.
▪ Leaseback: circunstância em que o vendedor e o locatário são a mesma entidade, por motivos de
reestruturação de dívida ou razões comerciais na compra do bem.
▪ Operações com pré-financiamento: durante um período pré estabelecido, ocorrem vários
adiantamentos de capital por parte do banco e em que o locatário apenas é debitado pelo valor
dos juros. pelo que só quando termina esse período (bridge loan) é que se dá início ao contrato de
leasing.
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INVESTIMENTO em ATIVO FIXO
LEASING FINANCEIRO – VANTAGENS
▪ O financiamento atinge os 100% do valor do bem, caucionada que fica a locadora com a sua
propriedade;
▪ É eventualmente a forma de melhor adequar o prazo de financiamento à vida útil do bem;
▪ Isenção de Imposto de Selo sobre a utilização de crédito e sobre os juros, dado o leasing ser
considerado um serviço;
▪ Outros ganhos fiscais resultantes da possibilidade de deduzir os juros incluídos nas rendas e os
equipamentos serem amortizados normalmente pela empresa;
▪ Negociação do equipamento como se de uma compra a pronto se tratasse;
▪ Possibilidade de optar pela compra do bem ou renovar por um novo no fim do contrato de leasing.
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INVESTIMENTO em ATIVO FIXO
CRÉDITO ESPECIALIZADO: LEASING OPERACIONAL
▪ A partir deste ano (2019) o Leasing Operacional deixou de ter a vantagem, relativamente ao leasing
financeiro, de não contabilizar o bem no ativo da empresa, mas sim no ativo do Banco.
▪ No leasing operacional não existe amortização de capital, mas apenas uma renda, que constitui
custo fiscal;
▪ O Leasing Operacional pode ter serviços associados, nomeadamente serviços de manutenção;
▪ O leasing financeiro tem por norma um prazo máximo estipulado pela utilização económica do
equipamento, enquanto o operacional na prática não tem prazo, atendendo ao carácter de aluguer;
▪ No final do contrato o Banco retoma a posse do equipamento e, normalmente, cede a sua
propriedade ao fornecedor nos termos de um contrato de promessa de compra e venda
previamente fixado (buy-back).
89 | 105
GARANTIAS BANCÁRIAS▪ Trata-se de um crédito “por assinatura”, uma vez que, na sua emissão não existe qualquer
desembolso de fundos por parte do Banco, mas um compromisso de pagar em nome da empresa nas condições definidas no termo da garantia.
▪ Institutos de qualquer garantia bancária (GB):
− Emitente: banco que emite a GB.
− Ordenador: empresa que solicita a emissão da GB [nota: o Ordenador pode não ser a empresa que tem a obrigação de apresentar a GB a um beneficiário; nesse caso, diz-se que o Ordenador solicita a emissão “em nome de”. Esta situação coloca-se sobretudo numa relação societária mãe-filha, onde a “mãe” substitui-se à “filha” (efetiva ordenadora) no pedido, por esta última não ter “plafond” de crédito nos bancos].
− Beneficiário: entidade que beneficia da GB.
− Objeto da GB: o fim a que se destina a GB, tendo que estar vertido no termo escrito da GB.
− Montante: este valor pode estar preciso ou pode ficar indefinido, por remissão a um contrato anexo ou a uma atualização periódica.
− Prazo: as GB podem ter um prazo definido ou não terem prazo (situação vulgar nos contratos públicos).
90 | 105
GARANTIAS BANCÁRIAS− Cancelamento: a GB só pode ser cancelada
através da devolução da GB física ou por comunicação escrita do Emitente (quando emitida via “Swift”, tem de ser cancelada pela mesma via).
− Custos:
− Comissão de risco, que remunera a operação de crédito; cobrada antecipadamente ao trimestre enquanto a GB se mantiver “viva”;
− Comissão de emissão, que remunera os custos administrativos da emissão.
91 | 105
GARANTIAS BANCÁRIAS
92 | 105
GARANTIAS BANCÁRIAS▪ Garantias Financeiras:
− GB que substituem uma obrigação monetária (de pagamento) do Ordenador.
CONTRATO DE ALUGUER DE LOJA
GB QUE GARANTE X RENDAS MENSAIS (e outros custos
acordados)
BANCOS
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GARANTIAS BANCÁRIAS▪ Garantias Não Financeiras ou de Boa Execução:
− GB prestada quando a obrigação do Ordenador perante o beneficiário é uma obrigação de cumprir com o acordado (contratualmente ou não), mas não se trata especificamente de uma obrigação monetária (de pagamento).
2) APRESENTA GB DE CONCURSO (BID BOND)
1) LANÇA O CONCURSO PÚBLICO DA OBRA3) GANHA O CONCURSO
4) APRESENTA GB DE BOA EXECUÇÃO DA OBRA
5) APRESENTA GB DE ADIANTAMENTO DE PAGAMENTO
94 | 105
GARANTIAS BANCÁRIAS▪ Garantias Não Financeiras ou de Boa Execução:
− Bid Bond: garante que a empresa participante num concurso, caso vença, aceitará os termos do contrato de fornecimento e o assinará, oferecendo garantias adicionais, se solicitado. esta garantia é utilizada, portanto, para manter firmes as propostas, salvaguardando o licitante dos custos decorrentes da não assinatura do contrato pelo vencedor.
− Performance Bond: garante a execução de um serviço, funcionamento de um equipamento, fornecimento de um produto ou cumprimento de um contrato. o objectivo é ressarcir as eventuais perdas causadas pelo fornecedor por falta de cumprimento das obrigações constantes no contrato de fornecimento pelo beneficiário, inclusive com relação à execução de serviços ou ao fornecimento de bens pelo fornecedor.
− GB de Adiantamento ou advance bond ou ainda refundment bond: garantias prestadas à empresa que paga um adiantamento, assegurando o reembolso quando houver falta de cumprimento das obrigações constantes no contrato.
95 | 105
TRADE FINANCE
96 | 105
TRADE FINANCE – CRÉDITOS DOCUMENTÁRIOS▪ O crédito documentário é a forma mais segura e eficaz da empresa financiar as suas operações de
estrangeiro, sejam elas de exportação (CDE) ou importação (CDI).
▪ Trata-se de um compromisso escrito de um Banco (o Emitente), que actua a pedido e sob instruções da empresa cliente (o Ordenador) com o objectivo de:
− Executar o pagamento à ordem de uma terceira parte (o Beneficiário);
− Pagar, aceitar letras de câmbio sacadas pelo beneficiário; ou
− Autorizar outro Banco a efetuar tal pagamento ou pagar, aceitar ou negociar as letras de câmbio contra a apresentação dos documentos estipulados no crédito documentário.
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TRADE FINANCE – CRÉDITOS DOCUMENTÁRIOS
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TRADE FINANCE – CRÉDITOS DOCUMENTÁRIOS
99 | 105
TRADE FINANCE – CRÉDITOS DOCUMENTÁRIOS
VANTAGENS PARA O IMPORTADOR
▪ Possibilita a obtenção de pagamentos diferidos, os quais podem ser ainda mais alargados caso o
crédito documentário seja liquidado com recurso a crédito, nomeadamente com os financiamentos
externos;
▪ Garante a segurança contra riscos documentários, diminuindo o risco de fraude por parte do
exportador, pois tem a garantia que o compromisso do banco só será cumprido perante o
beneficiário se as instruções constantes no crédito documentário forem escrupulosamente
cumpridas.
100| 105
TRADE FINANCE – CRÉDITOS DOCUMENTÁRIOS
VANTAGENS PARA O EXPORTADOR
▪ Assegura o risco de não pagamento, uma vez que beneficia da garantia prestada por um banco do
país do importador, à qual pode ser adicionada a de um banco nacional (confirmação);
▪ Diminui o risco político associado a alguns países menos estáveis;
▪ Garante a rapidez do pagamento, uma vez que ele ocorre mal estejam cumpridas as condições
impostas na abertura do crédito documentário;
▪ Permite aceso rápido a financiamento, através do desconto do crédito documentário.
101| 105
TRADE FINANCE – REMESSAS DOCUMENTÁRIAS▪ Num nível mais aligeirado de segurança e custo, que reflecte um maior conhecimento entre as
partes, encontram-se as remessas à cobrança, onde a operação é liquidada através do envio dos documentos, que dão acesso à mercadoria, pelo sistema bancário, para a cobrança.
102| 105
TRADE FINANCE – DESCONTO SOBRE ESTRANGEIRO▪ A oferta de Trade Finance também está vocacionada para financiar os exportadores, nomeadamente
para antecipar os recebimentos das vendas efectuadas para o exterior.
▪ Essa antecipação pode ser efectuada sob a forma de duas modalidades, onde a principal diferença decorre do facto dos documentos de suporte à exportação passarem ou não pelo circuito bancário.
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TRADE FINANCE – FINANCIAMENTOS EXTERNOS▪ De Apoio à Importação:
▪ De Apoio à Pré-Exportação:
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OBRIGADO