43
FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISHFISHHibridização in situ por

Fluorescência

Cristina Grumann

Page 2: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISHO que é?O que é?• É a técnica de citogenética molecular

mais comumente utilizada.• Utiliza sondas de DNA marcadas com

fluorescência para detectar anomalias cromossômicas que estão além do poder de resolução da citogenética de rotina, como microdeleções e rearranjos cromossômicos complexos.

Page 3: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISHO que faz?O que faz?• Detecta seqüências específicas de ácidos

nucléicos pela formação de um duplex de um fragmento de ácido nucléico de fita simples modificado (sonda) e sua seqüência complementar (seqüência alvo) no espécime fixado.

• A sonda de DNA reconhece e se hibridiza com sua seqüência complementar no cromossomo.

Page 4: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Vantagens

• Pode ser aplicada tanto para células em pró-metáfase, metáfase como em interfase, o que permite fazer diagnósticos citogenéticos mais acurados, tanto para anormalidades constitucionais, quanto para mudanças cromossômicas adquiridas como no caso de células cancerosas. É também um instrumento valioso para mapeamento gênico.

Page 5: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Pesquisas de aneuploidias podem ser feitas mais rapidamente. Não há necessidade de crescimento em culturas das células.

• Tecidos preservados podem ser investigados.

• Pode ser aplicado para lâminas padrões de citogenética, mas também para tecidos fixados em formol, amostras de sangue e de medula óssea.

FISH - Vantagens

Page 6: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Quanto às bandas:– Identificação de alterações além da

resolução visual (microdeleções).– Visualização de rearranjos

cromossômicos em regiões camufladas pelas bandas (rearranjo crítico).

– Rearranjos de difícil interpretação como rearranjos dentro do cromossomo.

FISH - Vantagens

Page 7: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Preparação das sondas:

- Método direto: ligação com fluorocromo;

- Método indireto: moléculas sinalizadoras - biotina, digoxigenina - conjugam-se com outra molécula ligada ao fluorocromo (avidina ou anticorpos).

FISH - Etapas

Page 8: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Etapas

• Preparação dos cromossomos.

• Preparação das lâminas.

• Desnaturação da sonda e do DNA cormossômico aquecimento em solução de formamida (70C).

Page 9: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• As sondas então colocadas sobre as lâminas que são incubadas a 37C “overnight” em câmara úmida e escura.

• Durante esse período, a sonda se liga à região alvo do cromossomo e ocorre a hibridização.

FISH - Etapas

Page 10: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann
Page 11: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann
Page 12: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• No dia seguinte, a lâmina é lavada para a remoção das sondas em excesso.

• Contracoloração (counterstainig) Adição de soluções que irão colorir o resto do material cromossômico.

– Mais usadas: DAPI (azul), propidium iodice (vermelho)

FISH - Etapas

Page 13: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Visualização:– em microscópio epifluorescente.– filtros específicos para o os

fluorocromos e “couterstaining”.

FISH - Etapas

Page 14: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Tipos de Sondas

Sondas centroméricas ou alfa satélites - para seqüências de DNA repetitivo localizadas no centrômero ou região pericentromérica.

• Adequada para diagnóstico de aneuploidias.

Page 15: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Sonda Centromérica

Page 16: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Sonda Centromérica

Page 17: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Sonda Centromérica

Em vermelho, cromossomo X e em verde, o Y

Page 18: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Sonda Centromérica

Page 19: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Tipos de Sondas

Sondas de seqüência única para o cromosssomo sondas específicas para deteminado loco ou gene.

• Deleções e duplicações submicroscópicas.

Page 20: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Sondas de Seqüência Única

Page 21: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Tipos de Sondas

Sondas para cromossomo inteiro “pintura cromossômica”

• Rearranjos complexos;• Identificação da origem de material

cromossômico adicional (cromossomos em anel).

Page 22: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Sonda “Painting”

Page 23: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Em vermelho, o cromosomo 4

Sonda “Painting”

Page 24: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Tipos de Sondas

Cariotipagem por espectro multicolorido

• Detecção de pequenos rearranjos cromossômicos constitucionais ou adquiridos, como no câncer.

Page 25: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Espectro Multicolorido

Page 26: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Detecção de aneuploidias– Aneuploidias dos cromossomos X e Y e trissomias

do 21, 13 e 18 são responsáveis por 90% das anomalias cromossômicas.

– Diagnóstico em poucas horas.– Análise linfócitos do sangue periférico e amostras de

vilosidades coriônicas, células do líquido amniótico ou cordão umbilical (em diagnóstico pré-natal).

– Utilização de sondas de seqüência única ou alfa satélite.

– Contagem dos sinais fluorescentes na célula interfásica.

FISH - Aplicações

Page 27: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Diagnóstico pré-implantação– Possível com os avanços no campo da

fertilização “in vitro”.– Remoção de 1 ou 2 blastômeros em

embriões de 3 dias. – Permite diagnóstico de alterações

cromossômicas ou gênicas.– Seleção de sexo do embrião (em

doenças ligadas ao X).

FISH - Aplicações

Page 28: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Diagnóstico pré-implantação

Obs: Limitação da alta freqüência de mosaicismo na fase inicial do desenvolvimento humano com aneuploidias e poliploidias.

FISH - Aplicações

Page 29: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Trissomia do 21

Page 30: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

FISH - Aplicações

• Síndromes de Microdeleções– Deleções pequenas e de difícil detecção.– Diagnóstico mais preciso.– Análise dos cromossomos em metáfase

ou interfase.– Usadas duas sondas: uma cromossomo-

específica e outra loco-específica.

Page 31: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Exemplos:

– Síndrome de Williams (7q-) - deleção de gene da elastina.

– Síndrome de Prader- Willi/Angelman(15q-).

– Síndrome do Miado do gato - cri-du-chat (5p-).

– Deficiência de esteróide-sulfatase (Xp-).

FISH - Aplicações

Page 32: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Síndrome de Williams

Em verde o cromossomo 7 e, em vermelho, o gene da elastina

Page 33: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Deficiência de Esteróide-sulfatase

Deficiência de esteróide-sulfatase- Microeleção no cromossomo X

Page 34: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Leucemias– Avaliação da origem clonal.– Caracterização das alterações

cromossômicas e estruturais diagnóstico, prognóstico e tratamento.

– Detecção de doença residual mínima.– Identificar recaída da doença.– Monitoramento pós-transplante: quando

doador e receptor são de sexos diferente para verificação da proporção de células XX e XY.

FISH - Aplicações

Page 35: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Leucemia Mielóide Crônica (LMC)- Avaliação da presença do crossomomo Philadelphia - translocação entre 9 e 22- não visualizada em 5% das análises da citogenética padrão.

FISH - Aplicações

Page 36: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann
Page 37: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Leucemia Linfóide Crônica– Trissomia do 12 em 30% dos casos.– 14 q+ em 20%.– Alterações do 13 em 20%.– Deleção 6q em 10%.

FISH - Aplicações

Page 38: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Leucemia Mielóide Aguda– Leucemia promielocítica aguda: rearranjo

PML/RAR- t(15;17).– Leucemia mielomonocítica aguda: pesquisa da

inversão do cromossomo 16– Leucemia monocítica aguda: pesquisa de

alterações envolvendo o gene MLL.– Leucemias com monossomia 7, 5 ou trissomia

8 para detecção de doença residual no controle pós terapia.

– Leucemia mielóide aguda com Ph ou BCR/ABL.

FISH - Aplicações

Page 39: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Leucemia Linfóide Aguda– Cromossomo Ph.

– Rearranjo do gene MLL.

– Hiperdiploidia.

– Rearranjo dos genes TEL/AML1

FISH - Aplicações

Page 40: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

• Câncer de Mama– FISH é utilizado para demonstrar a

amplificação de genes. – A superexpressão de oncogenes tem

papel importante na progressão de vários tumores.

– 25-30% dos tumores de mama e ovário tem amplificação do gene HER2/neu.

FISH - Aplicações

Page 41: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

– HER2/neu é um proto-oncogene localizado no cromossoma 17 e que codifica uma oncoproteína transmembrana, a p185HER2.

– A presença do HER2/neu determina rápida proliferação do tumor e muita agressividade.

– Através de sondas de DNA complementares marcadas com fluorocromo, pode-se visualizar um número aumentado de cópias do gene em relação às 2 normalmente existentes.

FISH - Aplicações

Page 42: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Cromossomo 17 em verde e os genes Her2 em laranja.

Page 43: FISH FISH Hibridização in situ por Fluorescência Cristina Grumann

Bibliografia

• ROONEY D.E., CzZEPULKOWSKI B.H.. Human Cytogenetics -Essencial Data. Reino Unidio. Ed. Wiley, 1997.

• Http://www.meds.com/molmime/ leukemia/guide/1660s13.jpg

• http://www.institutofleury.org.br/site/calandra

• http://www.mostgene.org/gd/gdvol13a.htm

• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842005000200008&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

• http://www.slh.wisc.edu/cytogenetics/procedures/fish/index.php