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SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 18/10/2010 4 SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 18/10/2010 5 2 2 ÍDOLO Histeria e declarações de amor marcaram a apresentação da banda Hori, do filho de Fabio Jr., que provocava a plateia querendo saber se havia rock´n´roll em Salvador Fiuk leva fãs ao delírio com show da banda Hori no Bahia Café Hall VERENA PARANHOS Pode-se dizer que o show da Banda Hori, no sábado, no Ba- hia Café Hall, “foi do barulho”. Barulho de meninas histéricas que gritavam por qualquer apa- rição do ídolo Fiuk. O público teen não lotou o espaço, como a produção esperava, mas res- pondeu à altura com coros de “Fiuk, eu te amo” e “lindo, te- são, bonito e gostosão”. Pré-adolescentes e adoles- centes esperavam afoitas pela subida do ator e cantor ao palco, portando faixas e cartinhas com declarações de amor. A curio- sidade para ver de perto o novo visual do artista, filho de Fábio Jr., também era grande. Após a abertura do grupo baiano Meu Preto, foi a vez de a banda de Fiuk, formada por Renan (guitarra e teclado), Fê para arrumar cabelos e unhas. No show, as músicas român- ticas da Hori também embala- ram o namoro de alguns casais. Denise Trenjan, 15, e Thiago Prudente, 16, têm Só Você como tema do relacionamento. O adolescente conquistou a na- morada tocando a música no violão. “Hoje ele se veste como Fiuk para me agradar”, conta. O grupo A TARDE aproveitou o show para lançar a revista Zig, projeto especial do Marketing que traz em seu número zero a matéria de capa sobre a banda Hori. Destinada ao público ado- lescente, a revista será distribuí- da quinzenalmente em escolas, cursinhos e shows. WWW.ATARDE.COM.BR Veja galeria de fotos dos shows do fim do semana Pela primeira vez em Salvador, a banda Hori, com Fiuk à frente, levou muitos adolescentes e seus pais para o show Campos (baixo), Xande (bate- ria) e Max (guitarra), levar a plateia ao delírio. A música Quem Eu Sou, tema de abertura da temporada de Malhação, em que Fiuk inter- pretava Bernardo, foi a primeira a ser tocada. O bandleader de- clarou estar feliz por se apre- sentar tão longe de casa e ter um público fiel. Na ponta da língua Do início ao fim, os fãs acom- panharam o show com as letras das músicas na ponta da língua. Pularam ao som de baladas pop e também nas músicas que ti- nham a pegada rock, respon- dendo às provocações do ídolo que perguntava se na Bahia também existia rock´n´roll. Músicas próprias da banda, como Linda, Tão Linda e Segre- do, também embalaram as tie- “Ele é tão bom cantor quanto o pai. Além disso, é lindíssimo” DAYSE LESSA, empresária “Hoje ele se veste como Fiuk para me agradar” DENISE TRENJAN, 15, sobre o namorado, Thiago Prudente, 16, que a conquistou tocando no violão a música Só Você tes, que surpreenderam com os covers de nomes como Black Eyed Peas e Jason Mraz. A Hori é uma banda bem es- truturada, que toca um pop ro- ck, ora romântico, ora animado, que agrada, sobretudo, aos adolescentes. Fiuk estava bem à vontade no palco, sempre se de- clarando para as fãs, que en- louqueceram quando ele tirou a camisa e assumiu a bateria. Nes- sa hora, o guitarrista e tecladista Renan ficou com o vocal. A maioria dos pais que acom- panhavam os filhos se juntou ao coro quando a banda tocou Você, de Vinícius Cantuária, su- cesso na voz de Fábio Júnior. O artista, desde que mudou o visual no final de setembro, tem adotado um estilo menos co- lorido. Segundo ele, a fase foi aproveitada até o último segun- do, mas passou. Deyse Lessa foi uma das mães que, praticamente, perdeu a voz gritando também pelo ídolo da filha, a adolescente Nathália. “Ele é tão bom cantor quanto o pai. Além disso, é lindíssimo”, defende a fã de Fábio Júnior que atualmente também curte o fi- lho do cantor. Horas no salão As fãs da banda não perderam a oportunidade para caprichar na produção para o encontro com o ídolo e tiraram o visual colorido do armário, assumindo sapatos, roupas, maquiagens e esmaltes berrantes. Manuela Andrade, 9, é fã do tipo que tem pôster do ídolo na parede do quarto e fez de tudo para conseguir encontrar o CD do grupo. “Fiuk, além de lindo, é um bom cantor”, conta a me- nina que passou a tarde no salão SEX + SÁB + DOM Fotos Marco Aurélio Martins / Ag. A TARDE Caricatural, O Matador de Santas tem boas atuações, mas escorrega no ritmo EDUARDA UZÊDA O público baiano pode ter es- tranhado o tom propositada- mente exagerado e teatral do espetáculo O Matador de San- tas, apresentado no último final de semana em Salvador. A direção de Guilherme Leme, entretanto, parece ter apostado na estética caricatural e exage- rada de algumas atuações para contar a história de uma família envolvida com a notícia de um serial killer que mata mulheres com nomes de santas. A comédia dramática, com os atores Ângela Vieira, Tonico Pe- reira, Izabella Bicalho e Rafael Siag, se algumas vezes escor- regou no ritmo, trouxe boas atuações dos intérpretes e um final que surpreendeu. Dominadora O texto de Jô Bilac, levou a cena a história de uma família do- minada por uma mulher inte- ligente e sem papas na língua, mas extremamente autoritária e depreciativa. No fundo, uma mulher solitária, bem desem- penhado por Ângela Vieira, que imprimiu humor ao persona- gem ácido. Tônico Pereira, mesmo quan- do não tem texto (e são poucas as suas falas), é da estirpe rara de atores que fala com os pés, as mãos, com o corpo: atuação exemplar. Izabella Bicalho como a per- sonagem Queridinha convence, assim como Rafael Sieg, que, seguindo a cartilha de uma atuação “over” , confunde o pú- blico na descoberta do enigma dos assassinatos. Já os boleros (trilha sonora de Marcello H), se por um lado ca- sam com a encenação, por outro tornam-se excessivos, arrastan- do algumas cenas. Mais enxuto, o espetáculo seria melhor. Claudionor Junior / Ag. A TARDE Ângela Vieira e Tonico Pereira em O Matador de Santas Ivete Sangalo desdobra-se, incansável, em presença tríplice na festa Todo Mundo Vai DIEGO DAMASCENO Como dona da festa, Ivete San- galo tinha alguns direitos. Sua participação no Todo Mundo Vai, que encheu o Parque de Exposições no sábado (16), foi triplice: participou da gravação dos DVDs do Aviões do Forró e do Psirico, além de cantar so- zinha em um trio. Mas fazer os fãs esperarem trinta minutos por um show sem novidades parece exagero. Ain- da mais num dia com tantas atrações: Harmonia do Samba, Pixote, Jorge e Mateus, Maria Cecília e Rodolfo, Chicabana e Guig Gueto. O show do Aviões foi previ- sível, o que não é necessaria- mente um problema. Alternan- do-se nos vocais a cada música, Xand Avião e Solange Almeida falaram de amor, traição e volta por cima. Quem esperou Dá Bei- jinho que Passa, Tarde Demais eoutros hits, ouviu. Jogo de cena Incomodou o jogo de cena: mú- sicas foram tocadas duas vezes e até aentrada do sanfoneiro Dorgival Dantas foi repetida, pa- ra “caber” no DVD. Por não tocar no mesmo pal- co, esperava-se que Ivete não demorasse a aparecer. Ela em- polgou, mas sem novidades. Na base do beijo, Lobo mau, Flores estavam na lista. Mas foi do Psirico o melhor show. Márcio Vitor apareceu de fraque, sentado em um trono e usando uma bengala. Lembrou um rapper americano. E mos- trou que continua inventando. Depois de mudar o papel da percussão no pagode baiano, a banda agora apresenta músicas com guitarras incrementadas. Sem dúvida, é o grupo mais in- teressante do circuito carnava- lesco hoje. Fotos Lúcio Távora / Ag. A TARDE Intensidade marca apresentação de Jessye Norman em tributo à música americana MARCOS DIAS Quem esteve no Teatro Castro Alves na última sexta-feira, se- guramente ainda vai sentir por muito tempo a admirável apre- sentação da soprano nor- te-americana Jessye Norman. No concerto, intitulado Ame- rican Masters, que encerrou a Série TCA 2010, ao lado do pia- nista Mark Markham, ela mos- trou que mais que uma técnica vocal perfeita, foi abençoada por sensibilidade superior. Quem desprezou a oportuni- dade de ouvir uma diva do canto lírico cantando temas populares ao vivo, pode se flagelar com os hits do verão. Diante de alguém como ela é que se tem a ideia de como a expressão diva é ba- nalizada com artistas que pa- recem ter prazo de validade. Na primeira parte, com temas de musicais, ela siderou a pla- teia, sem microfones, ficando em segundo plano o fato de o ar-condicionado não ter sido li- gado, por causa da voz. Em ter- ceiro plano, a proibição para fo tos e fimagem. Em quarto, a sala iluminada e um segurança pron- to a reprimir transgressores. Mas a cada nota, a cada in- flexão, Jessye, 65, poderia exi- gir mais: cantar em Marte, por exemplo. Só pode ser lá que “há um lugar para nós, em algum lugar um lugar para nós”, como canta em Somewhere, de West Side Story, por exemplo. E foi aplaudida de pé pela primeira vez com a arrebatado- ra My Man´s Gone Now, de Por- gy and Bess. Intensidade pura. Após o intervalo, Jessye fez um Tributo aos Grandes. Home- nageou cantoras negras e suas músicas mais emblemáticas, co- mo Odetta (Another Man Done Gone), Lena Horne (e a pun- gente StorMy Weather), Ella Fit- zgerald (Summertime, com di- reito a scat e tudo) e Nina Si- mone (My Baby Just Cares for Me). Também cantou três mú- sicas de Duke Elligton. Incrível Concluído o programa, no bis a estrela parecia dar uma chave da opção por esse formato – sem a pompa e distanciamento das do repertório clássico. Como se voltando ao passado, cantou um spiritual e, com os incan- sáveis aplausos, foi ela mesma ao piano performando a tradi- cional Amazing Grace. Ela cantava no coral de igreja quando criança, e, ainda nova, sua mãe insistiu para que apren- desse piano. A plateia retribuiu com um afinado coro fazendo a melodia, e já com Markham ao piano, ela solava, emocionada. O teatro, por instantes, era um templo. Ela mesma, uma mes- tra e, definitivamente, grande. Ao lado do pianista Mark Markham, Jessye mostrou que foi abençoada por sensibilidade superior ACÚSTICO A CANTORA BEBEL GILBERTO LANÇA O CD ALL IN ONE EM SHOW DOMINGO, ÀS 18H30, NO PROJETO SHOW NA CASA, DENTRO DO ESPAÇO DE EVENTOS DA CASA COR BAHIA “Sucesso total o show do Pixote. Vim para ver Psirico, mas ele me satisfez também” FELIPE SANTANA, 18 estudante O show do Aviões foi previsível. Alternando-se nos vocais, a dupla falou de amor e traição “O Harmonia me fez dançar todas as músicas. Achei um pouquinho curto, mas valeu a pena” LUANA ARGOLO, 22 dançarina Ivete: “Cantar com o Aviões é um prazer quase sexual” Na abertura da festa, Xanddy e o pagode do Harmonia do Samba Ivete e Márcio Vitor: pagode com guitarras Respeito mútuo e afinidades com Titãs e Paralamas Na sexta-feira, na Costa do Sauípe, as bandas veteranas do rock brasileiro mostraram como são fãs uma da outra. Com interpretações vigorosas para músicas como Óculos, na voz de Branco Mello, e Bichos escrotos, com Herbert Vianna, ainda fazem som com a energia de quem está começando Eli S. Cruz / Divulgação Agora iluminação moderna não custa mais caro! Estrada do Côco, Km 2 - T. 3378.7906 - Em frente a Ricardo Eletro Também na Estrada do Côco

Fiuk leva fãs ao delírio com show da banda Hori no Bahia Café Hall

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Cobertura do show da banda HoriJornal A Tarde, 18 de outubro de 2011

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Page 1: Fiuk leva fãs ao delírio com show da banda Hori no Bahia Café Hall

SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 18/10/20104 SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 18/10/2010 52 2

ÍDOLO Histeria e declarações de amor marcaram a apresentação da banda Hori, do filhode Fabio Jr., que provocava a plateia querendo saber se havia rock´n´roll em Salvador

Fiuk leva fãs ao delírio com showda banda Hori no Bahia Café HallVERENA PARANHOS

Pode-se dizer que o show daBanda Hori, no sábado, no Ba-hia Café Hall, “foi do barulho”.Barulho de meninas histéricasque gritavam por qualquer apa-rição do ídolo Fiuk. O públicoteen não lotou o espaço, comoa produção esperava, mas res-pondeu à altura com coros de“Fiuk, eu te amo” e “lindo, te-são, bonito e gostosão”.

Pré-adolescentes e adoles-centes esperavam afoitas pelasubida do ator e cantor ao palco,portando faixas e cartinhas comdeclarações de amor. A curio-sidade para ver de perto o novovisual do artista, filho de FábioJr., também era grande.

Após a abertura do grupobaiano Meu Preto, foi a vez dea banda de Fiuk, formada porRenan (guitarra e teclado), Fê

para arrumar cabelos e unhas.No show, as músicas român-

ticas da Hori também embala-ram o namoro de alguns casais.Denise Trenjan, 15, e ThiagoPrudente, 16, têm Só Você comotema do relacionamento. Oadolescente conquistou a na-morada tocando a música noviolão. “Hoje ele se veste comoFiuk para me agradar”, conta.

O grupo A TARDE aproveitouo show para lançar a revista Zig,projeto especial do Marketingque traz em seu número zero amatéria de capa sobre a bandaHori. Destinada ao público ado-lescente, a revista será distribuí-da quinzenalmente em escolas,cursinhos e shows.

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Veja galeria de fotos dos shows do fim dosemana

Pela primeira vez emSalvador, a bandaHori, com Fiuk àfrente, levou muitosadolescentes e seuspais para o show

Campos (baixo), Xande (bate-ria) e Max (guitarra), levar aplateia ao delírio.

A música Quem Eu Sou, temade abertura da temporada deMalhação, em que Fiuk inter-pretava Bernardo, foi a primeiraa ser tocada. O bandleader de-clarou estar feliz por se apre-sentar tão longedecasaeterumpúblico fiel.

Na ponta da línguaDo início ao fim, os fãs acom-panharam o show com as letrasdas músicas na ponta da língua.Pularam ao som de baladas pope também nas músicas que ti-nham a pegada rock, respon-dendo às provocações do ídoloque perguntava se na Bahiatambém existia rock´n´roll.

Músicas próprias da banda,como Linda, Tão Linda e Segre-do, também embalaram as tie-

“Ele é tãobom cantorquanto o pai.Além disso, élindíssimo”DAYSE LESSA, empresária

“Hoje ele seveste comoFiuk para meagradar”DENISE TRENJAN, 15, sobre o namorado,Thiago Prudente, 16, que a conquistoutocando no violão a música Só Você

tes, que surpreenderam com oscovers de nomes como BlackEyed Peas e Jason Mraz.

A Hori é uma banda bem es-truturada, que toca um pop ro-ck, ora romântico, ora animado,que agrada, sobretudo, aosadolescentes. Fiuk estava bem àvontade no palco, sempre se de-clarando para as fãs, que en-louqueceram quando ele tirou acamisaeassumiuabateria.Nes-sa hora, o guitarrista e tecladistaRenan ficou com o vocal.

A maioria dos pais que acom-panhavam os filhos se juntou aocoro quando a banda tocou SóVocê, de Vinícius Cantuária, su-cesso na voz de Fábio Júnior.

O artista, desde que mudou ovisual no final de setembro, temadotado um estilo menos co-lorido. Segundo ele, a fase foiaproveitada até o último segun-do, mas passou.

Deyse Lessa foi uma das mãesque, praticamente, perdeu a vozgritando também pelo ídolo dafilha, a adolescente Nathália.“Ele é tão bom cantor quanto opai. Além disso, é lindíssimo”,defende a fã de Fábio Júnior queatualmente também curte o fi-lho do cantor.

Horas no salãoAs fãs da banda não perderama oportunidade para capricharna produção para o encontrocom o ídolo e tiraram o visualcolorido do armário, assumindosapatos, roupas, maquiagens eesmaltes berrantes.

Manuela Andrade, 9, é fã dotipo que tem pôster do ídolo naparede do quarto e fez de tudopara conseguir encontrar o CDdo grupo. “Fiuk, além de lindo,é um bom cantor”, conta a me-ninaquepassouatardenosalão

SEX + SÁB + DOM

Fotos Marco Aurélio Martins / Ag. A TARDE

Caricatural, O Matador de Santas temboas atuações, mas escorrega no ritmoEDUARDA UZÊDA

O público baiano pode ter es-tranhado o tom propositada-mente exagerado e teatral doespetáculo O Matador de San-tas, apresentado no último finalde semana em Salvador.

A direção de Guilherme Leme,entretanto, parece ter apostadona estética caricatural e exage-rada de algumas atuações paracontar a história de uma famíliaenvolvida com a notícia de umserial killer que mata mulherescom nomes de santas.

A comédia dramática, com osatores Ângela Vieira, Tonico Pe-

reira, Izabella Bicalho e RafaelSiag, se algumas vezes escor-regou no ritmo, trouxe boasatuações dos intérpretes e umfinal que surpreendeu.

DominadoraO texto de Jô Bilac, levou a cenaa história de uma família do-minada por uma mulher inte-ligente e sem papas na língua,mas extremamente autoritáriae depreciativa. No fundo, umamulher solitária, bem desem-penhado por Ângela Vieira, queimprimiu humor ao persona-gem ácido.

Tônico Pereira, mesmo quan-

do não tem texto (e são poucasas suas falas), é da estirpe rarade atores que fala com os pés, asmãos, com o corpo: atuaçãoexemplar.

Izabella Bicalho como a per-sonagem Queridinha convence,assim como Rafael Sieg, que,seguindo a cartilha de umaatuação “over” , confunde o pú-blico na descoberta do enigmados assassinatos.

Já os boleros (trilha sonora deMarcello H), se por um lado ca-sam com a encenação, por outrotornam-se excessivos, arrastan-do algumas cenas. Mais enxuto,o espetáculo seria melhor.

Claudionor Junior / Ag. A TARDE

Ângela Vieira eTonico Pereira emO Matador deSantas

Ivete Sangalo desdobra-se, incansável, empresença tríplice na festa Todo Mundo VaiDIEGO DAMASCENO

Como dona da festa, Ivete San-galo tinha alguns direitos. Suaparticipação no Todo MundoVai, que encheu o Parque deExposições no sábado (16), foitriplice: participou da gravaçãodos DVDs do Aviões do Forró edo Psirico, além de cantar so-zinha em um trio.

Mas fazer os fãs esperaremtrinta minutos por um show semnovidades parece exagero. Ain-da mais num dia com tantasatrações: Harmonia do Samba,Pixote, Jorge e Mateus, MariaCecília e Rodolfo, Chicabana e

Guig Gueto.O show do Aviões foi previ-

sível, o que não é necessaria-mente um problema. Alternan-do-se nos vocais a cada música,Xand Avião e Solange Almeidafalaram de amor, traição e voltapor cima. Quem esperou Dá Bei-jinho que Passa, Tarde Demaiseoutros hits, ouviu.

Jogo de cenaIncomodou o jogo de cena: mú-sicas foram tocadas duas vezese até aentrada do sanfoneiroDorgival Dantas foi repetida, pa-ra “caber” no DVD.

Por não tocar no mesmo pal-

co, esperava-se que Ivete nãodemorasse a aparecer. Ela em-polgou, mas sem novidades. Nabase do beijo, Lobo mau, Floresestavam na lista.

Mas foi do Psirico o melhorshow. Márcio Vitor apareceu defraque, sentado em um trono eusando uma bengala. Lembrouum rapper americano. E mos-trou que continua inventando.

Depois de mudar o papel dapercussão no pagode baiano, abanda agora apresenta músicascom guitarras incrementadas.Sem dúvida, é o grupo mais in-teressante do circuito carnava-lesco hoje.

Fotos Lúcio Távora / Ag. A TARDE

Intensidade marca apresentação de JessyeNorman em tributo à música americana

MARCOS DIAS

Quem esteve no Teatro CastroAlves na última sexta-feira, se-guramente ainda vai sentir pormuito tempo a admirável apre-sentação da soprano nor-te-americana Jessye Norman.

No concerto, intitulado Ame-rican Masters, que encerrou aSérie TCA 2010, ao lado do pia-nista Mark Markham, ela mos-trou que mais que uma técnicavocal perfeita, foi abençoadapor sensibilidade superior.

Quem desprezou a oportuni-dade de ouvir uma diva do cantolírico cantando temas popularesao vivo, pode se flagelar com oshits do verão. Diante de alguémcomo ela é que se tem a ideia decomo a expressão diva é ba-nalizada com artistas que pa-recem ter prazo de validade.

Na primeira parte, com temasde musicais, ela siderou a pla-teia, sem microfones, ficandoem segundo plano o fato de oar-condicionado não ter sido li-gado, por causa da voz. Em ter-ceiro plano, a proibição para fo

tosefimagem.Emquarto,asalailuminadaeumsegurançapron-to a reprimir transgressores.

Mas a cada nota, a cada in-flexão, Jessye, 65, poderia exi-gir mais: cantar em Marte, porexemplo. Só pode ser lá que “háum lugar para nós, em algumlugar um lugar para nós”, comocanta em Somewhere, de WestSide Story, por exemplo.

E foi aplaudida de pé pelaprimeira vez com a arrebatado-ra My Man´s Gone Now, de Por-gy and Bess. Intensidade pura.

Após o intervalo, Jessye fezum Tributo aos Grandes. Home-nageou cantoras negras e suas

músicas mais emblemáticas, co-mo Odetta (Another Man DoneGone), Lena Horne (e a pun-gente StorMy Weather), Ella Fit-zgerald (Summertime, com di-reito a scat e tudo) e Nina Si-mone (My Baby Just Cares forMe). Também cantou três mú-sicas de Duke Elligton.

IncrívelConcluído o programa, no bis aestrela parecia dar uma chaveda opção por esse formato –sem a pompa e distanciamentodasdorepertórioclássico.Comose voltando ao passado, cantouum spiritual e, com os incan-sáveis aplausos, foi ela mesmaao piano performando a tradi-cional Amazing Grace.

Ela cantava no coral de igrejaquando criança, e, ainda nova,sua mãe insistiu para que apren-desse piano. A plateia retribuiucom um afinado coro fazendo amelodia, e já com Markham aopiano, ela solava, emocionada.O teatro, por instantes, era umtemplo. Ela mesma, uma mes-tra e, definitivamente, grande.

Ao lado do pianistaMark Markham,Jessye mostrouque foi abençoadapor sensibilidadesuperior

ACÚSTICO A CANTORA BEBEL GILBERTO LANÇAO CD ALL IN ONE EM SHOW DOMINGO, ÀS18H30, NO PROJETO SHOW NA CASA, DENTRODO ESPAÇO DE EVENTOS DA CASA COR BAHIA

“Sucesso total oshow do Pixote.Vim para verPsirico, mas ele mesatisfez também”FELIPE SANTANA, 18 estudante

O show do Aviõesfoi previsível.Alternando-se nosvocais, a duplafalou de amore traição

“O Harmonia mefez dançar todas asmúsicas. Achei umpouquinho curto,mas valeu a pena”

LUANA ARGOLO, 22 dançarina

Ivete: “Cantarcom o Aviões éum prazer quasesexual”

Na abertura da festa, Xanddy e o pagode do Harmonia do Samba

Ivete e MárcioVitor: pagodecom guitarrasRespeito mútuo e afinidades com Titãs e Paralamas

Na sexta-feira, na Costa do Sauípe, as bandas veteranas do rock brasileiro mostraram como são fãsuma da outra. Com interpretações vigorosas para músicas como Óculos, na voz de Branco Mello, eBichos escrotos, com Herbert Vianna, ainda fazem som com a energia de quem está começando

Eli S. Cruz / Divulgação

Agora iluminação moderna não custa mais caro!

Estrada do Côco, Km 2 - T. 3378.7906 - Em frente a Ricardo Eletro

Também na

Estrada do Côco

Page 2: Fiuk leva fãs ao delírio com show da banda Hori no Bahia Café Hall

4 SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 18/10/2010 52

SEX + SÁB + DOM

Fotos Marco Aurélio Martins / Ag. A TARDE

Ivete Sangalo desdobra-se, incansável, empresença tríplice na festa Todo Mundo VaiDIEGO DAMASCENO

Como dona da festa, Ivete San-galo tinha alguns direitos. Suaparticipação no Todo MundoVai, que encheu o Parque deExposições no sábado (16), foitriplice: participou da gravaçãodos DVDs do Aviões do Forró edo Psirico, além de cantar so-zinha em um trio.

Mas fazer os fãs esperaremtrinta minutos por um show semnovidades parece exagero. Ain-da mais num dia com tantasatrações: Harmonia do Samba,Pixote, Jorge e Mateus, MariaCecília e Rodolfo, Chicabana e

Guig Gueto.O show do Aviões foi previ-

sível, o que não é necessaria-mente um problema. Alternan-do-se nos vocais a cada música,Xand Avião e Solange Almeidafalaram de amor, traição e voltapor cima. Quem esperou Dá Bei-jinho que Passa, Tarde Demaiseoutros hits, ouviu.

Jogo de cenaIncomodou o jogo de cena: mú-sicas foram tocadas duas vezese até aentrada do sanfoneiroDorgival Dantas foi repetida, pa-ra “caber” no DVD.

Por não tocar no mesmo pal-

co, esperava-se que Ivete nãodemorasse a aparecer. Ela em-polgou, mas sem novidades. Nabase do beijo, Lobo mau, Floresestavam na lista.

Mas foi do Psirico o melhorshow. Márcio Vitor apareceu defraque, sentado em um trono eusando uma bengala. Lembrouum rapper americano. E mos-trou que continua inventando.

Depois de mudar o papel dapercussão no pagode baiano, abanda agora apresenta músicascom guitarras incrementadas.Sem dúvida, é o grupo mais in-teressante do circuito carnava-lesco hoje.

Fotos Lúcio Távora / Ag. A TARDE

ACÚSTICO A CANTORA BEBEL GILBERTO LANÇAO CD ALL IN ONE EM SHOW DOMINGO, ÀS18H30, NO PROJETO SHOW NA CASA, DENTRODO ESPAÇO DE EVENTOS DA CASA COR BAHIA

“Sucesso total oshow do Pixote.Vim para verPsirico, mas ele mesatisfez também”FELIPE SANTANA, 18 estudante

O show do Aviõesfoi previsível.Alternando-se nosvocais, a duplafalou de amore traição

“O Harmonia mefez dançar todas asmúsicas. Achei umpouquinho curto,mas valeu a pena”

LUANA ARGOLO, 22 dançarina

Ivete: “Cantarcom o Aviões éum prazer quasesexual”

Na abertura da festa, Xanddy e o pagode do Harmonia do Samba

Ivete e MárcioVitor: pagodecom guitarras

Agora iluminação moderna não custa mais caro!

Estrada do Côco, Km 2 - T. 3378.7906 - Em frente a Ricardo Eletro

Também na

Estrada do Côco