Folclore

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Quem e origem da Cuca A Cuca uma importante e conhecida personagem do universo do folclore brasileiro. representada por uma velha, com cabea de jacar, que possui uma voz assustadora. De acordo com a lenda, a Cuca assusta e pega as crianas que no obedecem seus pais. Acredita-se que esta lenda tenha surgido na Espanha e Portugal, onde tem o nome de "Coca". Neste pas, ela era representada por um drago que havia sido morto por um santo. A figura aparecia principalmente nas procisses. A lenda teria chegado ao Brasil junto com os portugueses durante o perodo da colonizao. Ao chegar ao Brasil, a figura da Cuca passou a ser representada, em muitas regies, como uma velha brava com cabelos compridos e desgranhados, semelhante a uma bruxa.

Popularizao Foi nas obras do escritor brasileiro Monteiro Lobato que a personagem Cuca ganhou popularidade. No "Sitio do Pica-pau amarelo", transformado em srie de televiso no final dos anos 70 e comeo dos 80, a Cuca passou a ser conhecida nos quatro cantos do pas. Na Tv, a Cuca era uma espcie de jacar bpede com cabelo amarelo e uma voz horripilante, que tinha a ajuda do saciperer. Malvada, morava num lugar escuro (caverna) onde, como se fosse uma bruxa, ficava fazendo poes mgicas. Msica da Cuca (Cssia Eller) Esta msica foi criada para o personagem da Cuca na srie de TV "Stio do Pica-Pau amarelo", transmitida pela Tv Globo. Cuidado Com a Cuca Que a Cuca te pega Te pega daqui, Te pega de l A Cuca malvada E se fica irritada A Cuca zangada Cuidado com ela A Cuca matreira E se fica zangada A Cuca danada Cuidado com ela Cuidado com a Cuca Que a Cuca te pega Te pega daqui, Te de l

A Cuca malvada E se fica irritada A Cuca zangada Cuidado com ela.

Cuidado com a Cuca Que a Cuca te pega A Cuca danada Ela vai te pegar

Quem o curupira ? O folclore brasileiro rico em personagens lendrios e o curupira um dos principais. De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo) e seus ps so voltados para trs. O protetor das plantas e animais da floresta A funo do curupira proteger as rvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais so os caadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatria. Para assustar os caadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra ttica usada a criao de imagens ilusrias e assustadoras para espantar os "inimigos da florestas". Dificilmente localizado pelos caadores, pois seus ps virados para trs servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Alm disso, sua velocidade surpreendente, sendo quase impossvel um ser humano alcanlo numa corrida. De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma tambm levar crianas pequenas para morar com ele nas matas. Aps encantar as crianas e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a famlia, aps sete anos. Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peas naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e iluses, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito. O Curupira existe na realidade? No podemos esquecer que as lendas e mitos so estrias criadas pela imaginao das pessoas, principalmente dos que moram em zonas rurais. Fazem parte deste contexto e geralmente carregam explicaes e lies de

vida. Portanto, no existem comprovaes cientficas sobre a existncia destas figuras folclricas.

Caipora um Mito do Brasil que os ndios j conheciam desde a poca do descobrimento. ndios e Jesutas o chamavam de Caiara, o protetor da caa e das matas. um ano de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das rvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caador que mate por prazer. muito poderoso e forte. Seus ps voltados para trs serve para despistar os caadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o v, perde totalmente o rumo, e no sabe mais achar o caminho de volta. impossvel captur-lo. Para atrair suas vtimas, ele, s vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. tambm chamado de Pai ou Me-doMato, Curupira e Caapora. Para os ndios Guaranis ele o Demnio da Floresta. s vezes visto montando um Porco do Mato. Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui h certos demnios, a que os ndios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes aoites e ferindo-os bastante". Os ndios, para lhe agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e cobertores. De acordo com a crena, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo para agrad-lo, no caso de cruzar com Ele.

Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Me do Mato, Caiara, Caapora, Anhanga, etc. Origem Provvel: oriundo da Mitologia Tupi, e os primeiros relatos so da Regio Sudeste, datando da poca do descobrimento, depois tornou-se comum em todo Pas, sendo junto com o Saci, os campees de popularidade. Entre o Tupis-Guaranis, existia uma outra variedade de Caipora, chamada Anhanga, um ser maligno que causava doenas ou matava os ndios. Existem entidades semelhantes entre quase todos os indgenas das amricas Latina e Central. Em El Salvador, El Cipito, um espirto tanto da floresta quanto urbano, que tambm tem as mesmos atibutos do Caipora. Ou seja ps invertidos, capacidade de desorientar as pessoas, etc. Mas, este El Cipito, gosta mesmo de seduzir as mulheres. Conforme a regio, ele pode ser uma mulher de uma perna s que anda pulando, ou uma criana de um p s, redondo, ou um homem gigante montado num porco do mato, e seguido por um cachorro chamado Papa-mel. Tambm, dizem que ele tem o poder de ressuscitar animais mortos e que ele o pai do moleque Saci Perer. H uma verso que diz que o Caipora, como castigo, transforma os filhos e mulher do caador mau, em caa, para que este os mate sem saber.

Boi Tat um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia quase cego, noite v tudo. Diz a lenda que o Boitat era uma espcie de cobra e foi o nico sobrevivente de um grande dilvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e l ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram. Desde ento anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabea e persegue os viajantes noturnos. s vezes ele visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil chamado de "Cumadre Fulzinha". Para os ndios ele "Mba-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios. Dizem ainda que ele o esprito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incndios. A cincia diz que existe um fenmeno chamado Fogo-ftuo, que so os gases inflamveis que emanam dos pntanos, sepulturas e carcaas de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.

Nomes comuns: No Sul; Baitat, Batat, Bitat (So Paulo). No Nordeste; Batato e Biatat (Bahia). Entre os ndios; Mba-Tata. Origem Provvel: de origem Indgena. Em 1560, o Padre Anchieta j relatava a presena desse mito. Dizia que entre os ndios era a mais temvel assombrao. J os negros africanos, tambm trouxeram o mito de um ser que habitava as guas profundas, e que saa a noite para caar, seu nome era Biatat. um mito que sofre grandes modificaes conforme a regio. Em algumas regies por exemplo, ele uma espcie de gnio protetor das florestas contra as queimadas. J em outras, ele causador dos incndios na mata. A verso do dilvio teve origem no Rio Grande o Sul. Uma verso conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar escurido da caverna onde ficou preso aps o dilvio, outra verso, conta que ele, procura restos de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume dos mesmos, razo pela qual tem os olhos to grandes e incandescentes.

Mula sem cabea Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparies da Mula-Sem-Cabea. Tambm se algum passar correndo diante de uma cruz meia-noite, ela aparece. Dizem que uma mulher que namorou um padre e foi amaldioada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta. Ento, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar algum chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabea, na verdade, de acordo com quem j a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lanando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro. Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. s vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de bruos no cho e esconder Unhas e Dentes para no ser atacado. Se algum, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto ser desfeito e a Mula-Sem-Cabea, voltar a ser gente, ficando livre da maldio que a castiga, para sempre Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabea, Padresem-cabea, Malora (Mxico), Origem Provvel: um mito que j existia no Brasil colnia. Apesar de ser comum em todo Brasil, variando um pouco entre as regies, um mito muito forte entre Gois e Mato Grosso. Mesmo assim no exclusivo do Brasil, existindo verses muito semelhantes em alguns pases Hispnicos. Conforme a regio, a forma de quebrar o encanto da Mula, pode variar. H casos onde para evitar que sua amante pegue a maldio, o padre deve excomung-la antes de celebrar a missa. Tambm, basta um leve ferimento feito com alfinete ou outro objeto, o importante que saia sangue, para que o encanto se quebre. Assim, a Mula se transforma outra vez em mulher e aparece completamente nua. Em Santa Catarina, para saber se uma mulher amante do Padre, lana-se ao fogo um ovo enrolado em fita com o nome dela, e se o ovo cozer e a fita no queimar, ela . importante notar que tambm, algumas vezes, o prprio Padre que amaldioado. Nesse caso ele vira um Padre-sem-Cabea, e sai assustando as pessoas, ora a p, ora montado em um cavalo do outro mundo. H uma lenda Norte americana, O Cavaleiro sem Cabea, que lembra muito esta variao. Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz branca gravada no pelo. Pode ou no ter cabea, mas o que se sabe de concreto que a Mula, mesmo uma amante de Padre.

A Iara Os cronistas dos sculos XVI e XVII registraram essa histria. No princpio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No sculo XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Todo pescador brasileiro, de gua doce ou salgada, conta histrias de moos que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram afogados de paixo. Ela deixa sua casa no fundo das guas no fim da tarde. Surge magnfica flor das guas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vtimas. Quando a Me das guas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o ndio Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das guas. Resistiu. No saiu da canoa, remou rpido at a margem e foi se esconder na aldeia. Mas enfeitiado pelos olhos e ouvidos no conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo. Uiara j o esperava cantando a msica das npcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no cho das guas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na semana seguinte a insacivel Uiara voltou para levar outra vtima. Origem: Europia com verses dos Indgenas, da Amaznia.

Saci Perer A Lenda do Saci data do fim do sculo XVIII. Durante a escravido, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianas com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil origem Tupi Guarani. Em muitas regies do Brasil, o Saci considerado um ser brincalho enquanto que em outros lugares ele visto como um ser maligno. uma criana, um negrinho de uma perna s que fuma um cachimbo e usa na cabea uma carapua vermelha que lhe d poderes mgicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Perer, que pretinho, O Trique, moreno e brincalho e o Saur, que tem olhos vermelhos. Ele tambm se transforma numa ave chamada Matiaper cujo assobio melanclico dificilmente se sabe de onde vem. Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranas nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crena popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele no atravessa crregos nem riachos. Algum perseguido por ele, deve jogar cordas com ns em sem caminho que ele vai parar para desatar os ns, deixando que a pessoa fuja. Diz a lenda que, se algum jogar dentro do redemoinho um rosrio de mato bento ou uma peneira, pode captur-lo, e se conseguir sua carapua, ser recompensado com a

realizao de um desejo. Nomes comuns: Saci-Cerer, Saci-Trique, Saur, Matimperer, Matintaperera, etc. Origem Provvel: Os primeiros relatos so da Regio Sudeste, datando do Sculo XIX, em Minas e So Paulo, mas em Portugal h relatos de uma entidade semelhante. Este mito no existia no Brasil Colonial. Entre os Tupinambs, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-perer, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de uma s perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas. Tambm de acordo com a regio, ele sofre algumas modificaes: Por exemplo, dizem que ele tem as mos furadas no centro, e que sua maior diverso jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros dizem que ele faz isso com uma moeda. H uma verso que diz que o Caipora, seu Pai. Dizem tambm que ele, na verdade eles, um bando de Sacis, costumam se reunir noite para planejarem as travessuras que vo fazer. Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado de uma horrvel megera, ora sozinho, ora como uma ave.