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Oitava edição do jornal que respeita a sua inteligência.
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O que fizeram os doisdeputados em 60 dias?
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ARY FOSSEN X PEDRO BIGARDI
Conheça o trabalho do Lar Anália Franco
ANO 1 / NÚMERO 8
20 a 26 DE MAIO DE 2011 DIFERENTE PORQUE RESPEITA SUA INTELIGÊNCIA
Motoristas e cobradores fazem
Profissionais ganham 39% a menos
que colegas de Sorocaba, cidade que cobra
o mesmo valor da passagem de Jundiaí
8 Folha do Japi
CULTURA
DVD
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Falhas estruturais e de conservação do acervo são os principais problemas apontados
‘2019 - O Ano da Extinção‘ parece-apenas mais um filme sobre vam-piros. Mas não se engane, pois ele é totalmente original, subverte os clichês do gênero e ainda traz uma crítica político-social interessante.Estamos na Terra do ano 2019, dez anos após uma epidemia que transformou grande parte da humanidade em vampiros. O problema é que existem cada vez menos humanos e até animais e o precioso sangue está cada vez mais escasso. Assim, o que restou da raça humana é caçada e cultivada por uma mega corporação coman-dada por um vampiro sem escrú-pulos que lucra horrores com a alta
do preço do sangue. Temos aí uma ótima alegoria sobre a crueldade do sistema capitalista, onde só os que podem ter acesso a esses “comodities” (no caso, o sangue) poderão sobreviver, en-quanto o resto é tratado como lixo e enviado para a morte. Esse subtexto político permeia toda a obra, que conta com boas atuações de Ethan Hawke, Willem Dafoe e Sam Neill. A trilha musical do australiano Christopher Gor-don é simplesmente espetacular e eleva o filme.Tenso, bem dirigido, com diálogos inteligentes, sem finais redentores idiotas ou excesso de cenas nojen-
tas, esse é um dos raros filmes que misturam terror com ficção cientí-fica que valem a pena serem assis-tidos atualmente. Não percam – e não se esqueçam de prestar aten-ção à música!
- por André Lux
EM EXIBIÇÃO
Feliz Que Minha Mãe
Esteja Viva (Leg) – Sala 3
O Noivo da Minha
Melhor Amiga (Leg) – Sala 3
Padre 3D (Leg) – Sala 4
Padre 3D (Dub) – Sala 4
Piratas do Caribe (Leg) – Sala 6
Piratas do Caribe 3D
(Dub) – Sala 5
Piratas do Caribe 3D
(Leg) – Sala 5
Rio (Dub) – Sala 3
Thor (Dub) – Sala 1
Velozes e Furiosos 5
(Leg) – Sala 2
Mais informações:
www.moviecom.com.br
presidente do Conselho OMunicipal de Proteção do
Acervo Cultural de Jundiaí
(COMPAC), Eduardo Carlos
Pereira, critica a situação dos
Museus de Jundiaí e aponta di-
versas falhas estruturais e de
conservação do acervo. “Os muse-
us estão abandonados”, dispara
o presidente e arquiteto.
O ex-coordenador do Museu da
Energia por quatro anos, Doni-
zetti Aparecido Pinto, diz que o
estabelecimento estava com pro-
blemas hidráulico, elétrico, na
comunicação e na infraestrutura.
“Quando chovia, alagava os ba-
nheiros e dava medo, porque
toda a fiação estava na laje”, afir-
ma. O museu foi fechado no final
de fevereiro para reformas e ti-
nha previsão para reabertura no
dia 21 de maio, porém as obras
apenas terminarão em outubro.
“Pra mim esta reforma é uma
mentira, isso é uma construção
nova”, dispara Pereira.
Embora o museu seja mantido
pela Fundação de Energia e Sane-
amento, Donizetti critica a omis-
são da Prefeitura diante da situa-
ção do prédio que é patrimônio
público. “A Fun-
dação não cumpre
a missão de zelar
pelo prédio e a
Prefeitura é omis-
sa por não cobrar
melhorias da cura-
dora”. Ele ainda
fala que as exposi-
ções não eram
remodeladas. “O
museu trabalhou
com o resto da
exposição de Itu”,
revela.
O Museu da Com-
panhia Paulista,
segundo Pereira,
está cheio de pro-
blemas estrutura-
is, infiltração pe-
los telhados e falta
de conservação do acervo. “Para
trabalhar no museu as pessoas
precisam ter notoriedade na área,
responsabilidade e conhecimento
administrativo para saber mexer
no acervo”, afirma o presidente
do COMPAC.
A assessoria de imprensa do Mu-
seu da Energia informou que a
Fundação achava que a obra seria
Museu da Energia fechouas portas para o público
menor e que a exposição será
renovada. A Prefeitura de Jundiaí
informa que foi elaborado o Pla-
no Museológico, que cumpre a
Lei Federal, e está em processo de
contratação de consultoria para o
acompanhamento do desenvol-
vimento do Plano. O acervo dos
museus está sendo cuidado, in-
clusive com a criação da Pinaco-
teca, que abriga as obras de arte,
patrimônio público, garante.
Ainda de acordo com a Prefeitu-
ra, em relação ao Museu da Com-
panhia Paulista, há expectativas
de executar serviços de estrutura-
ção e manutenção do espaço físi-
co. A Prefeitura pretende criar o
Parque da Companhia Paulista
de Estradas de Ferro.
Miguel Haddadnão vai cumprirpromessa Pág 3
HOSPITAL REGIONAL
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José Roberto Lux, o Zé Boquinha, foi jogador e técnico profissionalde basquete por 51 anos e hoje é comentarista de basquete
e futebol do canal de TV ESPN e da rádio Estadão ESPN.
2 Folha do Japi
EDITORIAL ESPORTES
Folha do Japi publicou na
semana passada com exclu-Asividade a denúncia feita
pelo deputado Pedro Bigardi em
relação a não existência de proje-
tos arquitetônico e
executivo para as
obras do prometido
Hospital Regional.
Apesar de não ter sido
repercutida pela imprensa
diária local, a notícia
espalhou-se rapidamen-
te pela cidade - princi-
palmente por meio das
redes sociais da inter-
net. A revolta da popu-
lação com mais esse desa-
foro foi geral.
Mais do que depressa, o prefei-
to Miguel Haddad escalou seus
principais secretários para tentar
abafar o escândalo. Só que a emen-
da saiu pior que o soneto, já que os
subordinados do prefeito do PSDB
apenas confirmaram que as infor-
mações divulgadas pela Secretária
de Saúde do Estado eram verdade-
iras e que agora vão fazer tudo
aquilo que já deveriam ter feito há
anos. Detalhe: as obras do Hospi-
tal Regional podem durar até três
anos.
Ou seja, a promessa do então can-
didato Miguel Haddad de que o
Hospital Regional já estaria funcio-
nando em 2012 não será cumprida,
como tantas outras que ele fez nos
últimos anos.
A única diferença é que agora a
população tem meios de se infor-
mar sobre o que realmente está
acontecendo nos bastidores do
poder local e, mais importante, tem
como expressar sua revolta contra
o descaso e as promessas vazias do
grupo político que está no poder há
nada menos que 20 anos...
Vaga na série D do Campeonato Brasileiro não veio, só resta agora a Copa Paulista
undado por funcionários da FCompanhia Paulista de
Estradas de Ferro, em 17 de maio
de 1909, o Paulista Futebol Clube
completou 102 anos na última
semana. Neste ano, embora
tenha conquistado a 10ª
colocação no Campeonato
Estadual e evitado o rebaixa-
mento, o Paulista pretendia
ganhar um presente da CBF
(Confederação Brasileira de
Futebol): vaga na série D do
Campeonato Brasileiro.
Porém, a tabela do Brasileirão foi
divulgada pela Confederação e
o Galo não está na lista. Só resta
ao time se preparar para o
bicampeonato da inexpressiva
Copa Paulista, que tem início no
dia 17 de julho.
Durante esses dias calmos no
clube, período de férias para os
atletas, o Paulista fechou
contrato até o final do Campeo-
nato Estadual do próximo ano
com o técnico Wagner Lopes. O
auxiliar técnico Fernando
Alcântara e o preparador físico
Fernando Moreno também
continuam no time. Quem se
despede do Galo é o volante e
capitão do t ime, Baiano.
Segundo informação do site do
Paulista, o jogador já assinou
contrato com o Red Bull e vai
defender o clube por um ano.
EXPEDIENTE
Edição: André Lux
Reportagens e fotos:
Renata Gutierrez
Ilustrações:
José Geraldo de Oliveira
Tiragem: 5 mil exemplares
cartas, sugestões, denúncias:
Blog do jornal:
Twitter: @FolhaDoJapiJund
As opiniões assinadas são de
responsabilidade de seus autores
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Folha do Japi
A confusão sobre a greve dos ônibus em Jundiaí foi motivo de manchetes nos três jornais da cidade. Porém apenas o Bom Dia alertou a população sobre a possível greve nessa sexta-feira, o Jornal de Jundiaí e Jornal da Cidade alertaram em letras “garrafais” que a greve tinha sido adiada.
De olho na MÍDIA
Quem leu apenas os dois últimos vespertinos teve uma desagradá-vel surpresa ao sair de casa. O JC ouviu apenas o Sindicato da categoria e descartou qualquer possibilidade de paralisação, o JJ ficou chegou a abordar a questão mas garantiu que a paralisação aconteceria apenas na segunda-feira.
Em meio a esses acertos e derra-
padas do Paulista nos campeo-
natos, o presidente do Paulista
Djair Bocanella acredita que o
clube tenha o que comemorar.
“Fugimos do que aconteceu nos
três últimos anos, quando fomos
eliminados logo nas primeiras
rodadas do Campeonato Paulis-
ta”. Porém, os dados não tão
otimistas. O último título do
Paulista foi como campeão da
Copa Paulista de 2010. A
diferença de tempo para o
principal título do Galo é de seis
anos, quando foi conquistou o
primeiro lugar da Copa do
Brasil, em 2005, sobre o Flumi-
nense, do Rio de Janeiro. “Faz
tempo, mas estamos confiantes”,
declara o presidente.
Loja Virtual
O Paulista aproveitou a data de
comemoração do aniversário de
102 anos para apresentar a loja
virtual do clube. “O intuito da
loja, além de deixar o torcedor a
vontade para comprar souvenir,
também estará ajudando finan-
ceiramente o clube”, afirma.
Na loja virtual do Paulista, o
torcedor poderá encontrar
bonés, camisetas, artigos de
papelaria, malas, entre outros
itens customizados com o
símbolo do clube. O site é o:
www.fanaticosdogalo.com.br
Coluna do
ZÉ BOQUINHA
Vai começar o Brasileirão 2011 e esta é a situação dos times paulistas para a competição.O Palmeiras, que não tem um bom plantel e conta com poucos jogado-res à altura de sua tradição, estréia no campeonato desfalcado de vári-os de seus principais atletas, nota-damente Valdivia e Lincoln, que vivem contundidos. Isso provocou a ira do presidente Arnaldo Tirone com declarações contundentes sobre o comportamento fora do campo do chileno e também contra a comissão técnica, deixando em ebulição o caldeirão no demolido Palestra Itália.Já o São Paulo, que é tido como um clube que sabe resolver seus pro-blemas como ninguém, pisa na bola. Demite o técnico Carpeggiane e o reintegra novamente, ou seja, tira toda a moral do treinador e depois tenta lhe devolver a autori-dade. Esta é uma aposta que quero ver se vai dar certo, nunca deu.
E o Corinthians pegou seu carrinho de supermercado e finalmente saiu às compras, trazendo um ótimo reforço, Alex, e agora anuncia a contratação de Emerson, bom joga-dor, mas que dá um trabalho fora do campo... Mas a equipe não pode parar por ai, pois necessita de um goleiro de categoria e liderança, já que, apesar de todo esforço e boa vontade, Júlio César não inspira mais confiança na torcida.Finalmente o Santos, que vem para a competição devidamente arru-mado e organizado por um técnico competente. Muricy Ramalho con-seguiu fazer um time competitivo, sem deixar de ser ofensivo como sempre foi. Mas, também precisa de reforços com urgência, principal-mente no ataque, e com a anuncia-da saída do Ganso, começa a nego-ciar com Zé Roberto que na sua última passagem pela Vila Belmiro, arrebentou. Só que agora está com 36 anos.
Reprodução
Esta coluna tem como objetivo mostrar como alguns órgãos da imprensa jundiaiense tratam determinados assuntos. O propósito é a reflexão: a quem interessa transformar notícias preocupantes em fatos positivos?
Folha do Japi 7
Diretoria do Paulista comemora o aniversário do clube
O clube noano de 1968
6 Folha do Japi Folha do Japi 3
CIDADES POLÍTICA
Entidade oferece atividades a mais de 60 jovens carentes e seus familiares Apenas a assessoria de Pedro Bigardi respondeu às solicitações da Folha do Japi
undada por um grupo de Fcidadãos jundiaienses no dia
19 de maio de 1912, o Lar Anália
Franco tinha como intenção criar
um orfanato sob orientação moral
e material da abolicionista Anália
Franco. “Ela recolhia as crianças
filhas de negros abolidos da escra-
vidão, porque muitas vezes eram
abandonadas em conventos”,
relata o presidente da instituição,
Milton Calzavara.
Estas crianças ficavam na institui-
ção até casarem. Em 1916, o Asylo
Creche, como era conhecido o Lar,
atendia menores de 14 anos brasi-
leiros e estrangeiros, sendo que 20
eram internos e 98 em regime de
externato. Somente em 1953 a
associação foi reconhecida como
s principais funções do depu-Atado são legislar, propor,
emendar, alterar e revogar leis
estaduais. Além de fiscalizar as
contas do governo estadual, criar
Comissões Parlamentares de Inqué-
rito e outras atribuições. Mas será
que os candidatos eleitos em 2010
estão exercendo o dever nestes mais
de 60 dias no mandato?
A reportagem da Folha do Japi
entrou em contato com o gabinete
dos dois deputados estaduais
eleitos em Jundiaí, Ary Fossen
(PSDB) e Pedro Bigardi (PCdoB). A
assessoria do parlamentar tucano
não retornou as ligações nem os e-
mails enviados pelo jornal até o
fechamento desta edição. Quem
quiser tentar saber o que o deputa-
do fez até agora pode acessar seu
site: aryfossen.com, mas a última
atualização aconteceu em fevereiro.
Eleito com 67.758 votos, Bigardi,
analisa estes dois meses de mandato
de forma positiva. “Sou o único
representante da cidade que criou
escritório regional em Jundiaí.
Desta maneira consegui ficar mais
próxima da população”, afirma o
deputado. Integrante das Comis-
sões Permanentes de Assuntos
Desportivos e de Educação e Cultu-
ra e é coordenador da Frente Parla-
mentar de Logística de Transportes
e Armazenagem do Estado.
O parlamentar atuou na Assembleia
por quase um ano e meio, em 2009, e
ainda hoje, tem projetos em discus-
são, como a criação do Parque
Estadual Serra do Japi. “Este projeto
visa a preservação da Serra do Japi,
que está sofrendo com a pressão
imobiliária”, afirma o deputado. A
proposta de Emenda à Constituição
(PEC) nº 9 prevê destinar 50% dos
royalties da exploração do petróleo
da camada Pré-Sal ao Estado de São
Paulo exclusivamente à Educação,
Meio Ambiente, Ciências e Tecnolo-
gia. Em seu primeiro mandato,
ainda teve duas leis aprovadas pela
Assembleia Legislativa e sanciona-
das pelo Governo do Estado.
Pedro é autor, nestes 60 dias, de três
projetos de lei, uma proposta de
emenda à constituição, três emen-
das a projetos de lei, dois requeri-
mentos de informação e de duas
indicações. Além, de elaborar abaixo
assinado para cobrar a Prefeitura de
Jundiaí e o Estado sobre as supostas
futuras instalações do Hospital
Regional.
“As informações em relação a cons-
trução do hospital são contraditóri-
as”, refere-se o deputado às respos-
tas da Secretaria de Saúde do Estado
ao seu ofício informando que não
existem projetos arquitetônicos e
executivo para as obras do Hospital
Regional em Jundiaí.
Instituição Anália Franco – Lar e
Creche de Jundiaí, e até 1986 ape-
nas atendia garotas órfãs ou de-
samparadas.
No ano seguinte, o espaço foi
aberto para o sexo masculino e o
Lar começou a atender as crianças
no período oposto ao de aula,
oferecendo atividades esportivas e
reforço escolar. “Os trabalhos
sempre foram desenvolvidos para
crianças de baixa renda”.
Hoje, completando 99 anos de
história, a instituição atende 30
famílias e 60 adolescentes com
idade entre 10 a 14 anos no projeto
Convivendo e Aprendendo. “Esse
programa atende na maioria das
vezes famílias da Vila Ana com
apoio pedagógico, saúde, esporte e
também desenvolve-
mos um trabalho com
os responsáveis dos
a d o l e s c e n t e s p a r a
geração de renda,
aplicando cursos de
panificação e confeita-
ria”, diz Calzavara.
Para os 20 jovens com
idade superior a 14
anos, o Lar oferece em parceria
com a Associação Beneficente e
Cultural de Jundiaí (ABCJ) o proje-
to sócio-educativo Preparando o
Futuro. Este programa trabalha a
inserção do jovem ao mercado de
trabalho. “Alguns jovens já estão
trabalhando em grandes empre-
sas”.
Dentro da associação existe uma
creche com 60 vagas para atender
crianças de um e dois anos. “As
vagas são muito disputadas”,
revela o presidente. Ainda de
acordo com ele, recentemente a
instituição lançou o curso prepara-
tório para o vestibular chamado de
Chico Poço e muitos alunos já
Antonieta
e Antonio
Gordinho
Ary Fossen (PSDB) e Pedro Bigardi (PCdoB) representamJundaí na Assembleia Legislativa de São Paulo
cidade com qualidade de Avida deve ser fruto de um planejamento urbano e de um plano de crescimento que se trans-forma e se estende conforme o seu desenvolvimento. Desde as prime-iras cidades registradas na histó-ria, as romanas, já existia um traçado dos espaços urbanos que surgem nos vazios entre as áreas edificadas. Na verdade, os espaços da cidade são formados particular-mente nos vazios urbanos, os espaços não construídos. São nestes espaços livres, de esfera coletiva, onde a sociedade desen-volve a cidadania e a população participa de uma vida coletiva urbana. E deve ser sempre o arqui-teto urbanista o principal respon-sável pelo planejamento destes espaços, pois são eles que tem a
formação e a responsabilidade na execução dos espaços de vida urbana, são os responsáveis pela qualidade espacial de cada ambi-ente em que vivemos, desde a casa até a cidade. Mas como vamos garantir a perma-nência e a criação destes espaços junto ao poder público, na atual conjuntura do desenvolvimento urbano? Estamos vivendo um momento critico. As cidades estão se expandindo muito rapidamente em seus limites urbanos e, princi-palmente, nos grandes centros urbanos com a verticalização dos edifícios. No caso de Jundiaí, temos muitas dúvidas a respeito deste crescimento desenfreado dos centros urbanos, pois, devido à especulação imobiliária que atin-giu nossa região, está ocorrendo
Placas da Prefeitura não informam nem educam
Entrelinhas daPOLÍTICA
Cadê o ônibus?
A greve dos motoristas de ônibus na
sexta-feira, 20 de maio, pegou todo
mundo de surpresa, enquanto era
anunciado pela imprensa diária local
que não haveria greve da categoria, a
população se deparava com terminais
fechados e falta de ônibus para
chegar ao trabalho.
O povo é quem paga
Em meio a toda essa confusão, ainda
estão falando em aumento da tarifa
de ônibus de R$ 2,65 para R$ 2,90. Na
matéria especial da última edição da
Folha do Japi, ficou comprovado que
Jundiaí é uma das cidades que possui
uma das tarifas de ônibus mais caras
do país.
um grande êxodo para nosso município. E, como consequência, já estamos vivenciando o aumento repentino da população e de veícu-los circulando pela cidade, deixan-do o transito lento e formando engarrafamentos que há menos de 5 anos não aconteciam.Qual será o resultado final disso tudo? Estamos vendo grandes empreendimentos sendo construí-dos na cidade, mas será que está havendo um planejamento ade-quado? Além dos espaços urbanos, há também a infra-estrutura neces-sária. Será que haverá capacidade de água, energia e esgoto para esse aumento populacional? Haverá escolas, creches, hospitais e opção de lazer para toda população? É uma questão de conscientização. Se prezamos a qualidade de vida
na cidade, precisamos tentar de alguma forma conter a especulação imobiliária em prol da valorização dos espaços livres urbanos.
foram aprovados em universida-
des. “É muito gratificante ver esses
alunos empregados e fazendo
faculdade”.
Para o subsidio dos projetos, o Lar
Anália Franco loca seu salão para
eventos e um espaço para empresa
de telefonia. A entidade mantém
também convênio com a Prefeitura
de Jundiaí no valor de R$ 90 mil
anuais. “Este convênio com a
Prefeitura é para a creche. Em 2010
tínhamos um custo de R$ 150 por
criança, este ano o valor subiu para
R$ 250”. Para conhecer mais a
história da associação e ver como
poderá ajudar é só acessar:
www.laf.org.br
Espaço
- por Mônica Fonseca, arquiteta e urbanista, diretora do Instituto dos
Arquitetos do Brasil - núcleo de Jundiaí, e membro do Condema.
O Hospital Regional não ficará pronto em 2012 como havia prometido o prefeito Miguel Haddad (PSDB). No dia 19, a Prefeitura convocou coletiva de imprensa para falar que as refor-mas no hospital estão orçadas em R$ 30 milhões no total e vão durar pelo menos dois anos.
A iniciativa dos secretários do prefeito Miguel Haddad ocor-reu após a divulgação pela Folha do Japi d a resposta da Secretaria de Saúde do Estado ao requeri-mento enviado pelo deputado estadual Pedro Bigardi, no qual afirmava que a Prefeitura não havia apresentado projetos arquite-tônico e executivo, nem previsão de
prazos no cronograma de implanta-ção do Hospital Regional e também que a obra ainda não começou porque não houve licitação.
HOSPITAL REGIONAL
Corre Corre
Após denúncia do deputado Pedro
Bigardi de que nada estava sendo
feito para garantir o Hospital Regio-
nal, a Prefeitura, correu convocar um
a coletiva de imprensa para anunciar
que o projeto está pronto, vai ser feita
a licitação e já fala em prazo. Tudo isso
já foi noticiado em anos anteriores.
Magoei
O vereador Tico, ficou revoltado com
a postura do deputado Bigardi, achou
que ele foi injusto ao cobrar da
Prefeitura o Hospital Regional.
Bigardi se defendeu e afirma que o
injustiçado nessa história é a popula-
ção que aguarda há quatro anos e
avisa: “Vou continuar cobrando”.
Geração de Renda
Creche
4 Folha do Japi Folha do Japi 5
Motoristas e cobradores das
empresas Jundiaiense e Três
Irmãos, do transporte urbano de
Jundiaí, entraram em greve na
madrugada de sexta-feira, 20. O
motivo, segundo o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores em
Transportes Rodoviários, Lau-
rindo Lopes, é a reivindicação
dos trabalhadores por aumento
de 15% do salário, reajuste do
ticket alimentação para R$ 15 e
R$ 1,6 mil de PLR (Participação
nos Lucros e Resultados).
As empresas, segundo o Sindica-
to, em contrapartida ofereceram
10% de aumento, ticket alimen-
tação no valor de R$ 9,35 e PLR
de R$ 300. Mas com a greve o
Reajustes salarial, do ticket de alimentação e da participação nos lucros são as reivindicações feitas pelos trabalhadores
sindicato teme ter problemas em
entrar em acordo. “A proposta
era para não parar, com a parali-
sação as negociações começam
do zero, a ponto que se estives-
sem trabalhando já começaría-
mos a negociar com o que as em-
presas ofereceram”, acredita
Lopes.
Segundo o representante do
sindicato, o processo já foi envia-
do para a Justiça do Trabalho de
Jundiaí e tudo pode acontecer.
“Pode ser que saia uma liminar
obrigando os trabalhadores a
voltarem ao serviço e ainda des-
contando os dois dias parados,
mas pode ser que não”, afirma
Lopes.
Um motorista que preferiu não
se identificar acusa o sindicato
de manter postura favorável às
empresas. “O sindicato não nos
apoia, mas sim a empresa.
Ontem (quinta-feira, 19) tivemos
uma assembleia e votamos con-
tra uma questão, mas o Laurindo
falou que tínhamos concordado
nos jogando contra empresa”,
afirma o trabalhador. O presi-
dente do sindicato rebate a acu-
sação afirmando que só está até o
momento (início da noite de
sexta-feira) auxiliando nas nego-
ciações, porque os motoristas
pediram. “Esta é uma declaração
leviana, não procede. O sindica-
to é para defender o direito do
trabalhador”, rebate Lopes.
Outro motorista que também
preferiu não se identificar com
medo de sofrer represálias, afir-
ma que o sindicato age em conlu-
io com as empresas.
“O sindicato faz acordos com as
empresas, só que ela não cumpre
e fica por isso mesmo. Por exem-
plo, em 2008, foi acordado o paga-
mento de 50% de horas extras,
mas a empresa só pagou no outro
ano. A participação nos lucros
também. Devíamos receber R$
300 em 2010, mas a empresa pa-
gou a segunda parcela só esse
ano. Assim a gente perde sem-
pre, pois quando chega, o dinhei-
ro já está defasado por causa da
inflação”, diz. Laurindo também
nega a acusação afirmando que o
pagamento das horas extras está
dentro da lei. “A empresa é obri-
gada a pagar pelo menos 50% das
horas extras do trabalhador”,
exemplifica o presidente.
Atualmente, os motoristas rece-
bem um salário de aproximada-
mente R$ 1,4 mil, ticket de R$
8,50 e R$ 300 de PLR. Os cobrado-
res recebem salário de R$ 800 e
mesmos valores de ticketes e
PLR, além claro, das duas profis-
sões receberem cesta básica e
convênio.
A Prefeitura de Jundiaí informou
por meio de nota que a Secretaria
de Transportes notificou as em-
presas concessionárias do trans-
porte coletivo do município para
exigir que 30% das frotas estejam
em operação, durante a realiza-
ção de protestos.
Até o fechamento desta edição
(sexta-feira) não havia acerto
entre os grevistas e as empresas e
nem sobre o fim da greve.
Em sua edição passada a Folha do Japi publicou reportagem sobre o valor da passagem do transporte público. Jundiaí tem o valor mais caro que 24 das 27 capitais do país (incluindo o Distrito Federal). O valor de R$ 2,65 do município do interior perde apenas para São Paulo, Porto Alegre e Florianópoli Rio de Janeiro, Brasília e Salvador são cidades com população supe-rior ao número de Jundiaí e, ainda assim, tem tarifas mais baixas. “Jundiaí cobra uma das passagens mais caras do país, R$ 2 estaria de bom tamanho pelo tanto de ôni-bus que tem na linha, os passagei-ros andam todos desconfortáveis, de pé, muitas vezes os ônibus estão cheios e não podemos nem
parar nos pontos. É um absurdo!”, revolta-se um dos motoristas que prefere não ser identificado Sorocaba, cidade apontada por alguns motoristas com o valor salarial mais alto, também apre-senta população superior a Jundi-aí, com mais de 580 mil habitantes, contra quase 350 mil, cobra o mesmo valor no transporte públi-co que Jundiaí, R$ 2,65. Porém, com uma diferença. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Soro-caba, o piso salarial dos motoristas é de R$ 1.946,28, ticket no valor de R$ 13 e PLR de R$ 600. Ainda de acordo com o órgão, o valor ainda não teve reajuste este ano. A cate-goria também tem cesta básica e
convênio médico que se estende à família. A jornada de trabalho também é menor sendo 6h40 por dia contra 7h20 de Jundiaí.
“Pedimos desculpas para a população, mas infelizmente não temos outra saída para tentar melhorar nossas condições de trabalho”, diz o motorista menci-onando os quase 100 mil usuários afetados com a paralisação.
Aumento na tarifa?
“Eles querem aumentar a passagem para R$ 2,90”, acredita um motoris-ta que adotou a greve e não quis se identificar. Para ele a desculpa para o aumento do valor da passagem será dada mediante o reajuste do salário dos motoristas e cobradores.
O último reajuste da passagem em
Sorocaba cobra mesma passagem de Jundiaí,mas paga 39% a mais para profissionais
Jundiaí foi feito em 2010 e cogita-se novo aumento para R$ 2,90. A Prefeitura de Jundiaí, por meio de nota, informa que neste momento ainda não há definições quanto à tarifa de ônibus.
Motorista lê a Folha do Japi
Terminal que leva o nome de ex-governador do PSDB vazio na sexta-feira
Pátio dos ônibus lotado no primeiro dia da paralisação