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Universidade Estadual de Maringá 07 a 09 de Maio de 2012
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA EAD: AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM
PEDAGOGIA – UAB – UEPG
CORREA, Beatriz Fernandes (UEPG)
TOZETTO, Suzana Soares (UEPG)
Introdução
Atualmente as mudanças tecnológicas que ocorrem quase que diariamente
influenciam a sociedade, e, diretamente a educação e os processos de ensino-
aprendizagem. Nesse contexto a EAD (Ensino a Distância) se fortalece e vai sendo
inserida em todas as áreas de formação profissional, especificamente na formação de
professores, desde a formação inicial até a continuada, formação esta que evoca um
cenário de debates a nível global, não apenas no Brasil.
A educação como processo de formação humana teve em seu processo histórico,
várias implicações e complexidades, está atrelada a forma de vida das pessoas, ao ato de
educar e transmitir/mediar saberes, a cultura de um país, o conhecimento científico
elaborado. Em maior ou menor grau sempre permeou as sociedades em todos os
lugares do mundo, institucionalizada ou não, faz parte da história da humanidade.
A modalidade EAD seguiu as grandes transformações da sociedade, as grandes
invenções que possibilitaram seu avanço, a princípio com a invenção da escrita e dos
códigos usados pelos povos para comunicar-se, passou por diversos momentos na
história, das cartas epistolares dos profetas a invenção da imprensa que proporcionou
um grande avanço na confecção de livros, os cursos de taquigrafia por correspondência,
a utilização do rádio, TV, computador com internet, as atuais tecnologias da informação
e comunicação (TICs) que propiciaram todo um aparato à modalidade.
Educação a distância, portanto não é um conceito novo, pelo contrário, o que a
torna tão estudada atualmente é seu estudo atrelado ao discurso vigente de
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democratização do acesso à educação no país e as TICs. Acesso esse que na área de
formação de professores encontra-se legitimado na Universidade Aberta do Brasil-
UAB, a qual iniciou em 2005 com o objetivo de formar professores das escolas
públicas, desde o ensino fundamental até o ensino médio, bem como dos profissionais
que trabalham nas instituições escolares. Formação inicial e continuada através de
vários programas e projetos em todos os estados do país articulada com os municípios e
as Instituições de Ensino Superior.
No Brasil a trajetória da EAD está relacionada ao desenvolvimento industrial,
que mesmo tardio suscitou mudanças significativas à sociedade brasileira, processo este
que necessitava de mão-de-obra minimamente qualificada. A partir desse momento
histórico a EAD vai sendo inserida na educação brasileira, passa por mudanças
estruturais e chega ao séc. XXI como uma modalidade educacional com grande número
de alunos em todo o país.
Este trabalho tem como finalidade abordar o processo de formação de
professores na modalidade EAD, a utilização das tecnologias da informação e
comunicação, bem como a experiência de sucesso da UEPG nesta modalidade
educacional.
Com objetivo de compreender a complexidade da formação de professores na
EAD, foi realizada a pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa para compreender a
realidade social na qual se insere a formação docente.
Conceito de EAD
A EAD é uma modalidade de ensino na qual a maior parte da comunicação é
mediada por recursos tecnológicos sendo que os materiais impressos foram os
primeiros, posteriormente o rádio, TV, vídeo e a internet que trouxe novas
possibilidades e tornou a EAD mais dinâmica e interativa.
Rodrigues e Schimidt (2010, p. 13) aferem: “A educação a distância (EAD) não é um
novo método de ensino, mas sim uma modalidade de educação que requer uma
metodologia adequada à sua natureza e finalidades”.
Para MORAN (2002, p. 1):
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Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também pode ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
O processo ensino-aprendizagem acontece em lugares distintos, em espaços diferentes,
sem a presença física de professores e alunos no mesmo ambiente, mas conectados por
meio das TICs, as quais proporcionam o diálogo e a interatividade necessária à
modalidade.
Para Guédez, (1984, apud FERRAZ, 2007, p. 26):
Educação a distância é uma modalidade na qual se transferem informações cognitivas e mensagens formativas através de vias que não requerem uma relação de contiguidade presencial em recintos determinados.
Deve-se analisar que a educação a distância não é apenas uma estratégia, mas
uma modalidade educacional, portanto a concepção do curso, a estrutura, o currículo, a
orientação acadêmica, o acompanhamento, critérios de avaliação e a intencionalidade,
deverão ser os propulsores a fomentar um ensino de qualidade, em que ocorra a
aprendizagem significativa para todo o corpo discente.
Ressalta-se que a EAD não se resume apenas a não estar no mesmo ambiente, mas
implica uma série de condições que permeiam essa modalidade de ensino. A utilização
das TICs, apoio e orientação para os estudos, a presença de tutor, a aprendizagem
independente, flexibilidade, comunicação entre os sujeitos envolvidos no processo de
forma bidirecional, organização, comprometimento, “aprendizagem autônoma”.
Por aprendizagem autônoma compreende-se a aprendizagem centrada no aluno,
cujas experiências são aproveitadas como recurso, o aluno deve ser o gestor de seu
desenvolvimento, capaz de participar ativamente de sua aprendizagem, pois como alude
Belloni (1999, p. 30-40), “este modelo de aprendizagem é apropriado a adultos com
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maturidade e motivação necessários a autoaprendizagem e com um mínimo de
habilidades de estudo”.
Histórico da educação a distância
A Educação a Distância tem origens históricas desde a antiguidade, tanto na
Grécia como em Roma, nas correspondências entre mestres filósofos e seus discípulos
que se encontravam distantes e nas cartas que os apóstolos escreveram para as
comunidades cristãs que se encontravam longe geograficamente. Nos EUA, teve início
com um anúncio de oferta de curso de taquigrafia por correspondência, ministrados por
Caleb Philips, em 20 de março de 1728 no jornal Gazeta de Boston. Segundo Nunes
(2009, p. 2), “em 1840, na Grã Bretanha, Isaac Pitman ofereceu um curso de taquigrafia
por correspondência” o que denota que houve continuidade no processo de educação
por correspondência.
Em larga escala os países europeus utilizaram a EAD como modalidade
educacional para colaborar em seu dever de proporcionar educação à sua população
com demandas de vários fatores: localização geográfica, investimentos na educação
superior, grandes contingentes populacionais, dificuldades físicas e estruturais, idade
imprópria, e outros fatores que dificultam aos cidadãos estudarem na educação
presencial.
O Brasil aparece como o sexto país a desenvolver atividades e criar instituições
na modalidade de EAD no mundo, uma trajetória marcada por momentos de sucesso e
de estagnação, provocados pela “ausência de políticas públicas para o setor” (ALVES,
2008, p.9). O país foi modelo mundial de ensino a distância até meados da década de
1970. Pesquisas mostram em diversas fontes, que um pouco antes de 1900, já existiam
anúncios em jornais de circulação no Rio de Janeiro oferecendo cursos
profissionalizantes por correspondência. Eram cursos de datilografia ministrados não
por estabelecimentos de ensino, mas por professores particulares.
Segundo Romaneli 1978, (apud Moraes; Pereira 2009, p.81), “apesar das
mudanças políticas, econômicas e sociais, a educação formal no Brasil mantém a
seletividade e exclusão daqueles que mais necessitam dela”. A educação a distância
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pode significar um trabalho que venha a romper com um ciclo histórico de exclusão
educacional no país. Permitindo às pessoas que ficaram à margem do processo
educacional presencial estar voltando a estudar por meio da EAD.
A primeira instituição universitária a fazer experiências no modelo EAD foi a
Universidade de Brasília, em 1970, a instituição desde 1980 oferece cursos de formação
continuada para professores.
Na década de 1990 a Universidade da Bahia inicia algumas experiências de
ensino em várias de suas unidades, mas poucas continuaram. “Até o final do séc. XX, a
maioria das instituições de Ensino Superior não tinha envolvimento com a EAD”.
(FERRAZ, 2007, p. 23).
As mudanças de governo ocasionaram a extinção de muitos programas
educacionais, bem como a falta de profissionais qualificados, desatualização do material
didático, de atendimento sistematizado e personalizado, de desenvolvimento de
avaliações, de considerações às diferenças regionais, bem como a falta de uma política
séria e responsável para a modalidade de ensino.
A partir de 1994 tem início a expansão da Internet nas universidades e dois anos
depois surge a primeira legislação sobre a EAD no país. Em 1996, entra em vigor a Lei
nº 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dois anos depois o governo
regulamentou o Art. 80 da LDB, que trata especificamente da Educação a Distância,
atualmente está regulamentada pelo o Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005.
Formação de professores na EAD
A educação nos primórdios da civilização estava atrelada à convivência entre as
pessoas, era difundida entre crianças, jovens e adultos, à medida que os adultos
trabalhavam, as novas gerações aprendiam pela experiência prática de trabalho. A
educação acontecia no dia a dia, espontaneamente, assimilada na convivência entre as
pessoas. No entanto a partir das mudanças na sociedade a educação foi sendo
estruturada e institucionalizada, a partir de então os moldes da espontaneidade foram
substituídos pelas instituições educacionais com espaço próprio. A educação espontânea
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ainda é presente na sociedade, mas a escola tem papel legítimo de transmitir o
conhecimento produzido historicamente pelos homens, conhecimento científico.
A partir do final do séc. XIX no Brasil, as pessoas começam a estudar através da
EAD, os processos de formação profissional cada vez mais se ampliam e a educação na
modalidade a distância vai se consolidando e crescendo de forma acelerada e de forma
globalizada em todas as áreas do conhecimento. Relacionando à formação de
professores, tornou-se grande aliada para promover e oportunizar a formação inicial e
continuada dos profissionais que ainda se encontram sem a profissionalização
necessária para estar atuando nas salas de aula, bem como dos estudantes que desejam
atuar como professores. As mudanças ocorridas na sociedade, de forma global referente
às tecnologias que cada vez mais se tornam presentes na vida de todos os cidadãos
exigiram também a atualização, a aprendizagem como processo contínuo de formação
profissional. Reconhecendo que o conhecimento não é linear nem estático, mas em
pleno desenvolvimento, o processo de aprender continuamente torna-se inerente aos
profissionais de todas as áreas, especialmente da educação.
Na década de 90 foram desenvolvidos vários estudos sobre a formação de
professores já atuantes ou para os que desejavam atuar, os estudos mostraram a
necessidade de formação tanto quanto em termos quantitativos, qualitativos e
curriculares e de condição básica de formação, através deles foram surgindo alternativas
de formação, desenvolvidas em várias instituições públicas de ensino superior, em
diversos lugares do país. Algumas ofereceram os cursos a distância para atingir,
sobretudo os professores das escolas públicas que não possuíam formação mínima
condizente com as exigências para o exercício profissional.
Na área deformação a EAD encontra mais críticas negativas na formação inicial,
pois na continuada a aceitação é maior, porém evidencia-se que a formação de
professores em todos os níveis precisa estar pautada na prática social dos alunos e das
escolas, pois esta articulação poderá relacionar às teorias as práticas escolares e toda sua
complexidade.
Os estudos na área de formação de professores têm várias lacunas a serem
sanadas, portanto as colocações que serão feitas nesse estudo terão como objetivo,
refletir sobre o assunto em questão, através de autores que embasam e proporcionam a
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compreensão a partir da função essencial que a escola tem de mediar o conhecimento
sociocultural produzido pela humanidade.
Só e possível a formação dos professores pensando e repensando constantemente, à luz das ciências humanas – de todas as ciências humanas – as práticas pedagógicas e o funcionamento dos estabelecimentos de ensino e dos sistemas educativos (PERRENOUD, 1993, p.11).
Considera-se que a formação dos professores envolve diversos tipos de saberes
os quais não se concentram em estudos lineares, mas nas posturas e movimentos
políticos que compreendam a função do professor como função fulcral para a sociedade.
Pensar em formação de educadores implica pensar em modelos e atitudes com relação a esse profissional. Formação não é somente acumular conhecimentos em memória: é saber aplicá-los, questioná-los, revê-los e modificá-los para a realidade da sala de aula em termos de nível de desenvolvimento dos alunos. [...]. (LIMA, 1998, p. 3 apud PIMENTEL, 2000, p. 21)
É mister compreender que o curso de formação de professores deve proporcionar
o conhecimento aos alunos de forma profícua, o que torna necessário que ele esteja em
consonância com todos os sujeitos envolvidos no ensino: professores, alunos e
sociedade, promovendo a dialogicidade entre ambos, com a concepção de objetivos
claros, sendo coesos com a realidade atual da educação brasileira e com o processo
histórico da mesma. Para Perrenoud (2002 p.12) “não é possível formar professores sem
fazer escolhas ideológicas”, portanto os cursos devem responder através de seu
currículo e ensino a concepção de sociedade e de escola que possuem corroborando a
qualidade na formação, sobretudo na formação de sujeitos capazes de intervir
criticamente na sociedade. Portanto, os cursos de formação de professores devem
favorecer a compreensão da sociedade e seu contexto de forma crítica, através de
conhecimentos consistentes pautados em uma formação “educativa do homem crítico e
criativo, sujeito histórico capaz de definir seu espaço coletivamente”. (DEMO 1996, p.
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Para Oliveira (1987, p. 92) “a escola enquanto um dos organismos da sociedade
civil é o local por excelência para o desenvolvimento do processo de transmissão-
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assimilação do conhecimento elaborado [...]”, contextualizando a formação de
professores, afere-se que os cursos devem proporcionar aos alunos aprender os saberes
inerentes à prática pedagógica, relacionando teoria e prática, permitindo a compreensão
da construção da teoria através das práticas sociais problematizadas.
Problematizar o cotidiano das escolas envolve também aprender os saberes para
nele atuar. Aprender e “compreender que as competências humanas são reveladas
quando as pessoas enfrentam ás situações profissionais e pessoais com as quais se
deparam”, (Zarafian 1999, apud Enap 2006 p.67), as quais são construídas por meio dos
conhecimentos adquiridos, as habilidades e atitudes são desenvolvidas no decorrer da
aprendizagem de conhecimentos científicos, teóricos e acadêmicos.
A formação de professores envolve vários tipos de saberes, os quais precisam
estar explicitados nas competências que poderão ser desenvolvidas no decorrer da
aprendizagem, considerando a articulação do curso com o ambiente escolar um fator
extremamente necessário para desenvolver os saberes inerentes a prática profissional, a
formação deve constituir-se pelo entrelaçamento de processos cognitivos, afetivos,
sociais, morais, e dos conhecimentos [...], (Gatti, 2009, p. 92), pois “o núcleo do
processo educativo é a formação dos alunos”.
Pode-se então inferir que os saberes aprendidos são utilizados em prol da transformação
crítica da realidade permeada pela própria prática pedagógica educativa. A prática
educativa das instituições escolares, aliadas aos conhecimentos teóricos científicos,
constitui-se no cerne da formação dos profissionais da educação, pois o sentido que as
práticas possibilitam são indissociáveis e inter-relacionados a formação profissional.
Compreendendo a escola como um espaço de relações sociais, políticas e
culturais, a formação deve privilegiar então a educação que vise formar cidadãos,
entendendo o significado pertinente ao mesmo através de Freire (2004, p.55), que
aborda “o ser cidadão, é o ser político, capaz de questionar, criticar, reivindicar,
participar, ser militante e engajado para a transformação de uma ordem social injusta e
excludente”. Temos que compreender então a formação como uma prática social que
implica posicionar-se, pressupõe estar em um curso que possua intencionalidade,
segundo NEDER (2005 p.69) “as dimensões pessoais, políticas, sociais, culturais e
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éticas, na definição de perfil profissional”, que corresponde a ensinar e aprender sobre
“ser professor”, seu perfil, seu papel social.
Para Gadotti (2005 p.65), “o professor caminha lado a lado com a transformação
da sociedade, através de sua prática, suas concepções podem formar sujeitos capazes de
mudar o mundo”, é dentro da sala de aula que as grandes mudanças podem começar, no
cotidiano, nas ações que parecem simples, mas que podem produzir profundas
mudanças. Saviani (1991 p. 94) afere que “a educação interfere sobre a sociedade,
podendo contribuir para a sua transformação”.
É necessário que os cursos estejam formando, sobretudo cidadãos politizados,
que através de sua atuação possam desafiar as ideologias que permeiam as instituições
educacionais.
Para tanto a formação de professores tem que ser delineada pensando nos
objetivos que poderão ser atendidos os quais podem ser a nível imediato e mediato, se a
educação não é neutra o processo de formação também não deve ser para Patton 2003,
apud Pretti 2005, P. 130, “o mais importante é deixar pessoas transformadas, portanto
aprender não pode estar atribuído apenas a estar matriculado em instituições de ensino,
no acúmulo de informações, mas na transformação dos alunos em professores”.
Uso das TICs nos cursos de formação de professores
As tecnologias como ferramentas são quase tão antigas quanto o próprio homem,
que através de sua inteligência buscou desenvolver formas de superar obstáculos e
satisfazer suas necessidades, perante a história da humanidade o domínio tecnológico
foi decisivo para o desenvolvimento de um país e das sociedades. As TICs são
utilizadas em demanda global no ensino a distância, pois oferecem meios dinâmicos de
interação, fato que torna a EAD uma educação sem distância, possibilita a interatividade
em tempo real, por meios como o telefone, as redes de internet (Web, Chat, e-mail,
fórum de debates), colaborando com a introdução de inovações metodológicas na
educação. Portanto o uso das TICs na formação de professores é fundamental, segundo
Belloni (2008, p.53) “pedagogia e tecnologia sempre foram elementos fundamentais e
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inseparáveis, pois tecnologia é uma forma de conhecimento”, portanto é intrínseca para
o processo de ensino-aprendizagem.
O processo educativo sempre utilizou meios de comunicação com o auxílio de
tecnologias para complementar a ação do professor e promover a interatividade direta e
indireta com os estudantes. Na formação de professores as TICs, são usadas em larga
escala, os professores podem aprender através delas e depois ensinar com elas. A
dificuldade de tempo para se encontrar com os colegas, bem como de local e distância
geográfica podem ser suplantadas através das redes nos ambientes online que, segundo
Demo (2008), “[...] oferecem grandes oportunidades de aprendizagem e formação, não
só porque é possível comunicar-se em tempo real, mas principalmente porque se
estabelecem novos horizontes, tanto mais envolventes, de relacionamento”.
A EAD na Universidade Estadual de Ponta Grossa: Avaliação do curso de
Licenciatura em Pedagogia – UAB - UEPG
A UEPG é reconhecida em âmbito nacional pelos seus cursos ofertados na
modalidade presencial e a distância, iniciado com o curso Normal Superior com Mídias
Interativas, integrante de programa estadual de formação de professores das séries
inicial do ensino fundamental e na realização de cursos de especialização e mestrado
liderados por outras universidades conveniadas.
Possui uma estrutura tecnológica montada para essa atividade, a qual deu origem
ao NUTEAD, Núcleo de Tecnologia em Educação a Distância, que cresce
exponencialmente, oferece cursos de graduação, pós-graduação e formação continuada
de professores, tem parcerias com o MEC, a SEB e a SEED, e mais recentemente com a
Universidade Aberta do Brasil – UAB. A avaliação do curso de Pedagogia - UAB na
modalidade a distância UEPG/EAD, foi concebido e planejado junto a Comissão de
Avaliação Própria, Coordenações de do Núcleo de Tecnologia Educacional Aberta a
Distância e Coordenadores de Curso EAD. A proposta de avaliação constitui-se como
primeiro referencial para analise de qualidade do ensino a distância do período de 2008
a 2012. A partir da premissa que a educação a distância não é apenas outra modalidade
de educação, mas outro modelo de educação, com uma pedagogia diferente, com
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aspectos específicos os quais foram objeto do processo avaliativo. Segundo
(BRANDÁLISE E OUTROS, 2011, p. 60) “Construir um processo avaliativo é um
grande desafio seja em cursos presenciais ou a distância, portanto deve a avaliação ser
um fator decisivo para a qualidade dos cursos”.
O processo avaliativo foi elaborado no segundo semestre de 2010, partiu-se da
premissa de avaliação na modalidade EAD no lócus da auto avaliação institucional,
constituindo-se, portanto como importante instrumento de compreensão do
desenvolvimento curricular e para o desenvolvimento de ações pedagógicas para a
formação de profissionais responsáveis por suas ações.
As dimensões foram avaliadas por meio de questionário com as seguintes
temáticas: A percepção dos discentes sobre o curso de Licenciatura em Pedagogia com
os itens: perfil sócio educacional; idade; sexo; estado civil; tipo de Ensino Médio que
concluiu; tipo de instituição que cursou o Ensino Médio; motivo da opção pelo curso de
graduação a distância; possui computador em casa; polo; ambiente virtual da
aprendizagem - AVA; infraestrutura do polo presencial de cursado pelos acadêmicos;
comentários e sugestões.
Os cursos avaliados são ofertados desde 2008, constituídos pelo Pró-
Licenciatura – Programa de Formação Inicial para Professores dos Ensinos
Fundamental e Médio – PROLICEN, em 2009 a partir da implantação da Universidade
Aberta do Brasil – UAB; e em 2010 com o Programa Nacional de Administração
Pública – PNAP.
O processo de avaliação teve a participação de 226 (41%) de alunos do curso de
Licenciatura em Pedagogia – UAB, de um total de 547 alunos.
A elaboração foi feita por meio de questionário, com um sistema informatizado de
coleta e organização dos dados, as informações foram obtidas voluntariamente através
da participação dos acadêmicos do curso.
Perfil sócio educacional dos acadêmicos do curso
Foram consideradas as seguintes variáveis: idade, sexo, estado civil, tipo de
curso, de instituição, razão pela escolha do curso na modalidade EAD, os resultados
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demonstraram que as idades variam de 19 a 56 anos, em sua maioria são do sexo
feminino, sendo 94% do total, são casados (73%), Cursaram o Ensino Médio em
Escolas Públicas, prevalecendo na modalidade regular (34%) e profissionalizante
(525%). Considerando o motivo de escolha, 69% declararam que a modalidade
corrobora a possibilidade de conciliar o estudo como outras atividades pessoais/
profissionais e 13% relacionaram a aptidão para o curso. A maioria dos alunos declarou
ter computador, apenas 4% não possuem acesso a internet e 3% não possuem
computador.
Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA
Os indicadores demonstraram necessidades de ajustes no acesso à plataforma
AVA/UEPG, adequação do ambiente virtual ao ensino e a aprendizagem a distância,
comunicação com os tutores on-line e presenciais, calendário oficial da UEPG, fórum
de conversa entre os tutores on-line e os acadêmicos, calendário de atividade e
cronograma do semestre letivo, acesso ao acadêmico on-line/ PROGRAD, a
comunicação oficial com a UEPG, documentos e legislação, a biblioteca e materiais
didáticos disponibilizados nas disciplinas, as informações sobre os sistema de avaliação,
disciplinas de dependência, comunicação com o curso. Ajustes e investigações serão
necessários para a melhor adequação do curso para os alunos.
O aspecto mais frágil encontra-se no acesso a web – conferência no AVA,
apresentando a necessidade de apoio e melhorias.
Infraestrutura do Polo Presencial
A avaliação demonstrou a importância de se fazer ajustes necessários em nove
indicadores: laboratório de informática, espaço para estudo em grupo, salas de aulas
disponíveis, salas para a equipe de apoio, adequação do horário de funcionamento,
manutenção do prédio, velocidade dos computadores e da internet e os programas
disponíveis nos mesmos. No total foram avaliados 19 indicadores: laboratório
pedagógico da área, Laboratório de informática, espaço para estudo individual, espaço
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para estudo em grupo, salas de aula disponíveis, salas de aula par a equipe de apoio,
adequação do horário de funcionamento, manutenção do prédio, sala de web-
conferência, quantidade de computadores, velocidade dos computadores, programas
disponíveis nos computadores, velocidade da rede internet, materiais par a consulta:
livros e revistas, aparelhos de TV, aparelhos VHS/DVD, fotocopiadora, linha telefônica.
Fonte: Comissão Própria de Avaliação.
O resultado demonstrou a necessidade de realizar ajustes em prol de melhorar a
estrutura para os alunos.
A avaliação proporcionou aos alunos o item comentários/sugestões para que os
alunos fizessem as colocações relevantes sobre a vivência no curso. As quais foram
analisadas através da metodologia do sujeito coletivo de Lefréve/ Lefréve (2005), que
para (Gondim; Fischer, 2009, p. 14) “busca a expressão do pensamento e opinião
coletiva, respeitando a dupla condição qualitativa e quantitativa”, é um discurso síntese,
fruto dos fragmentos de discursos individuais reunidos por similaridades de sentido, o
agrupamento das expressões mais relevantes dos discursos individuais a partir do
estabelecimento de categoriais chamadas ideias centrais que facilitam a associação de
falas, com o objetivo de construir um discurso coletivizado.
Foram organizadas nas dimensões; Sugestão: depoimentos sobre diferentes
aspectos do curso avaliado, Posicionamento: referente a pontos positivos ou negativos
dos aspectos avaliados no curso. Fragilidades: depoimento explícito sobre a fragilidade
do curso, Satisfação: declaração explícita quanto à satisfação de algum aspecto do curso
avaliado e Outros, depoimentos que não podem ser agrupados nos itens anteriores.
As sugestões apresentaram questões referentes as disciplinas, provas e
seminários sugestionados para serem realizados no mesmo dia para facilitar aos alunos
que moram longe. Atenção da tutoria seja presencial ou virtual, mais tempo para fazer
as tarefas, webs conferências serem disponibilizadas na casa dos estudantes, encontro
presencial semanal com o professor presencial.
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Posicionamento
Na opinião dos acadêmicos o curso deveria levar em consideração os diferentes
perfis de alunos; considerar mais a qualidade que a quantidade de tarefas, pois a
avaliação deve ser contínua e não apenas quantitativa; mais trabalhamos em grupo, pois
se sentem sozinhos; excesso de atividades, trabalhos, provas, seminários e demora de
entrega dos livros didáticos; mais aulas nos polos presenciais. Observa-se que os alunos
gostariam de estar mais tempo juntos interagindo fisicamente.
Fragilidades
As críticas foram direcionadas a demora de entrega do material didático, o que
dificulta a realização das atividades, pois a maioria dos acadêmicos trabalha e gostaria
de ter o material impresso para estudar em seu tempo de almoço, no ônibus enquanto
vão para o trabalho, etc. O contato com a coordenação do curso também foi relatado
como de difícil acesso, demora em saber a nota das avaliações, a troca de tutores,
demora no retorno de feedbacks dos trabalhos; horário de funcionamento do polo
incompatível com a disponibilidade dos alunos que trabalham; dificuldades nos acessos
as web-conferências; espaço do laboratório de informática muito pequeno.
Satisfação
A opinião foi consensual da grande importância da modalidade de ensino EAD
para a vida profissional e pessoal dos acadêmicos, a qualidade do ensino também foi
colocada como qualitativa, pois disponibiliza ótimo material didático, tem atendido as
expectativas referentes ao curso, os professores e coordenadores foram parabenizados
pelos seus trabalhos, assim como a instituição por oportunizar o acesso a educação
superior a esse contingente de estudantes.
O item “Outros” apresentou os dados referentes a não trocar os tutores, pois acarreta
dificuldades de interação para os alunos que já tinham uma caminhada juntos.
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A avaliação teve como pressuposto avaliar considerando a identidade do curso,
assim como as especificidades e necessidades da EAD, nas opiniões dos acadêmicos
referente as necessidades de ajustes e as dificuldades que tem sido relevantes para eles
no processo de ensino e aprendizagem, observou-se que alguns alunos precisam de
maior interação, desejam mais trabalhos em grupo, aulas presenciais, mas não são
unânimes, pois para outros a forma como apresenta-se o curso é excelente.
Compreende-se que o resultado da avaliação é o ponto de partida para produzir as
mudanças e inovações no currículo, as quais devem privilegiar melhorias nas
metodologias de ensino, no processo de ensino e aprendizagem, nos conceitos e práticas
de formação profissional e gestão.
Em suma “a definição de por que e como avaliar pressupõe uma concepção do
Homem que se quer formar e das funções atribuídas à escola em determinantes da
sociedade” Souza (1998, p. 164), portanto, a avaliação deve ter como premissa a
formação de qualidade e equidade para todos os sujeitos.
Conclusão
A EAD é uma modalidade de educação global, delineado a possibilitar a
democratização da educação ao contingente populacional sem formação educacional,
constituiu-se de uma trajetória de dicotomias, de rupturas, devido aos momentos de
estagnação, mas atualmente encontra seu ápice na educação superior, embasado por
políticas educacionais que a tornaram legalizada, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o
específico o Art. 80, o qual delineou as orientações legais legitimando a EAD.
Atualmente é valorada como uma modalidade educacional capaz de
proporcionar a formação profissional almejada para diversas áreas, entre elas a
docência, nos cursos de formação inicial e continuada.
No que tange a formação de professores, a modalidade de educação EAD é um tema
amplamente discutido no cenário educacional brasileiro, tema de debates, com discursos
favoráveis e contrários principalmente quando se trata da formação inicial.
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Para Chaves (1999, p.3) apud (Rodrigues; Schimidt, 2010, p.16), ”a aprendizagem e a
educação são processos relativos ao aprendente que acontecem de certo modo, dentro da
pessoa, podendo ocorrer a distância” portanto mais que discutir modalidade é necessário
proporcionar um ensino de qualidade.
A relevância da pesquisa consistiu em compreender a importância do processo
de ensino na formação de professores, bem como o uso das TICs.
O conhecimento é um processo de aprendizagem que perpassa pelo senso
comum para chegar ao crítico, é construído na relação de mediação e interação
aluno/professor/conhecimento. Mediação que é realizada na EAD primordialmente,
através da utilização das ferramentas pedagógicas, as TICs.
Como a EAD está em plena expansão no cenário educacional, os estudos em seu âmbito
tem crescido, ampliando o conhecimento e a construção de novas pesquisas que
possibilitam refletir sobre esta modalidade e articular ações para melhorar este processo
de ensino. A avaliação institucional do curso de Pedagogia contribui para compreensão
de que a EAD tem proporcionado a alunos que se encontram longe das instituições
estarem formando-se, o que corrobora a fortalecer a modalidade com a premissa de
democratizar a educação, bem como entender que avaliar é estar comprometido com a
formação humana que se deseja alcançar. Com os resultados obtidos espera-se que a
IES possa fazer as mudanças necessárias para melhorar o currículo, a metodologia de
ensino, o processo ensino-aprendizagem, a organização e a gestão acadêmica, bem
como a estrutura física e suporte tecnológico, propiciando assim que seus acadêmicos
tenham maior acessibilidade e qualidade na educação a distância ofertada pela
instituição.
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