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FUTURO SUSTENTÁVEL Conheça a ECO-BAG Energia Sustentável O QUE É SUSTENTABILIDADE CAMINHOS PARA UM MUNDO SUSTENTÁVEL SUSTENTABILIDADE E BONS NEGÓCIOS MOVIMENTO PLANETA SUSTENTÁVEL MUSA LYRA SUSTENTABILIDADE URBANA Criada para substituir os saquinhos de supermercado Uma em cada cinco pessoas no planeta ainda não tem acesso a eletricidade Conheça o conceito aplicado atualmente nas empresas Uma análise sobre esse novo paradigma econômico Como lucrar fundamentada com processos sustentáveis Disseminar informação e referências sobre sustentabilidade é nosso objetivo Uma empresa sustentável Urbanização, uma tendência cada vez maior

Futuro Sustentável

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Revista sobre o tema Sustentabilidade criada na cadeira de Empreendedorismocom/FANOR com intuito de informar detalhes desde a sua história até exemplos, ações do dia a dia, que fazem de você uma pessoa sustentável e de bem com o mundo.

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Page 1: Futuro Sustentável

FUTURO SUSTENTÁVEL

Conheça a ECO-BAG

Energia Sustentável

O QUE É SUSTENTABILIDADE

CAMINHOS PARA UM MUNDO SUSTENTÁVEL

SUSTENTABILIDADE E BONS NEGÓCIOS

MOVIMENTO PLANETA SUSTENTÁVEL

MUSA LYRA

SUSTENTABILIDADE URBANA

Criada para substituir os saquinhos de supermercado

Uma em cada cinco pessoas no planeta ainda não tem acesso a eletricidade

Conheça o conceito aplicado atualmente nas empresas

Uma análise sobre esse novo paradigma econômico

Como lucrar fundamentada com processos

sustentáveisDisseminar informação e referências sobre sustentabilidade é nosso objetivo

Uma empresa sustentável

Urbanização, uma tendência cada vez maior

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O MUNDO JÁ FOI ASSIM...

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CARÍSSIMO LEITOR, Nosso objetivo é levar ao seu conhecimento fatos ligados ao Mundo Sustentável. Em nossa primeira edição da revista FUTURO SUSTENTÁVEL, você vai conhecer a história sobre o conceito Sustentabilidade, detalhes sobre o guia publicado anualmente destacando empresas em modelos Sustentáveis, uma análise desse novo paradigma enfrentado por empresas, alguns tipos de energias sustentáveis, um novo modelo de sacola, criado com a finalidade de substituir os saquinhos de supermercado e também a empresa Musa Lyra, uma empresa em conceito sustentável, levando compromissos culturais e sociais. Tudo isso e muito mais você leitor terá nesta edição especial sobre Sustentabilidade, esperamos que esta edição de alguma forma seja útil e ajude a entender, compreender e educar o seu olhar critico para ambiental e um mundo mais sustentável. Tenha uma boa leitura, é o que a equipe “paralá e pracá” deseja.

EDITORA NIN

Fundador: Equipe paralá e pracáEditor Chefe: Josias SeveroPresidente Executivo: Josias SeveroConselho Editorial: Não TeveDesigner/Diretor de Arte: Josias SeveroDiagramador: Josias SeveroDiretor de Assintaruras: Josias SeveroDiretor de Mídia Digital: Josias SeveroEstágiario: Mande seu curriculoDiretora de Administração: Milena PaulaCoordenadora Administrativa: Karisa FernadesDiretor de Controle: Daniel AlvesDiretora de Planejamento: Monalisa PinheiroFalô Moda: Eudes BarbosaAnalista: Romel DamascenoDiretora de Publicidade: Roberta LopesDiretora de Finanças: Mariana MartinsAtendimento ao Leitor: 0800Marketing: Fanor

A Equipe “Equipe paralá e pracá” dedica este trabalho primeiramente a Deus, a todos os membros, e em especial a nosso instrutor, professor e amigo “Wanderlei Gomes Filho” um aventureiro, que muito contribui para a realização dessa revista, levando em consideração os problemas que fazem parte do contexto de seus alunos, sendo sensível às diversas situações e entraves apresentados, muito obrigado a todos e até a próxima.

Wanderlei Queiroga Foto ao lado

JOSIAS SEVERO - Design ROMEL DAMASCENO - Ciências Contábeis

KARISA FERNANDES - AdministraçãoMARIANA MARTINS - Ciências Contábeis

MILENA PAULA - Administração

MONALISA PINHEIRO- Ciências Contábeis ROBERTA LOPES - Administração

EUDES BARBOSA - Design de Moda

DANIEL ALVES - Engenharia de Produção

7º Semestre

6º Semestre

5º Semestre

4º Semestre

3º Semestre

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...HOJE, JA NÃO É MAIS O MESMO!

Campanha - Um Mundo Melhor, 2012

Crie mais, Use menos.

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O Que é Sustentabilidade ?

O Que é Sacola Reutilizável ?

Guia Exame de SustentabilidadeSustentabilidade URBANA se faz com Inteligência e Pressão

Caminhos para um Mundo Sustentável

Energia Sustentável

A Sacola Verde Pegou

Musa Lyra, um Exemplo de Empresa Sustentável

DEPOIMENTOS

Sustentabilidade e Bons Negócios

Movimento Planeta Sustentável

Veja a história e detalhes, a respeito do conceito que micros e grandes empresas estão aderindo.

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Análise do que é este novo paradigma econômico, seus impactos e as críticas sobre ele. Verificação da aplicação prática destes conceitos em uma empresa brasileira que já é um case de sucesso de proporções mundiais.

Conheça o projeto da Editora Abril de sustentabilidade

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O Que é Sustentabilidade

Quando você pensa em meio-ambiente nos dias de hoje, o que vem logo em sua mente,

o que é que atualmente qualquer empresa que visa ter uma boa imagem perante seus clientes usa campanha de marketing e foi tema principal no evento Rio+20, sim, estamos falando de “Sustentabilidade”, uma palavra trás consigo, mudanças e prospecção para futuro melhor. Mas afinal, você sabe o que é sustentabilidade, e porque é a ser um assunto tão falado e discutido quando se pensa no futuro das novas gerações. Vamos deixar de lado um pouco a realidade e vamos voltar no tempo fazendo um rápido panorama do nosso desenvolvimento e evolução. No início, o mundo era algo que ainda não era mundo, era desconhecido, completamente passível de descobertas e conquistas, tudo era novo aos olhos de quem um dia, via pela primeira vez, ou seja, sem os chamados “spoilers1”, como são conhecidos hoje, a natureza no seu mais belo florescer, banhada de mistérios e inúmeros recursos, onde tudo parecia não ter fim e o mundo, que ainda não era mundo, era quadrado. Os nômades, povos que viviam a base da caça, pesca, coleta

de frutos usavam poucos recursos da natureza, muitos anos depois surgia à agricultura, outro contexto era estabelecido no mundo, os recursos que antes eram poucos utilizados e conhecidos, agora passam a outro ritmo de consumo e de formas variadas, anos depois temos o período industrial, talvez o período com maior impacto sobre o mundo, e o grande precursor no processo produtivo baseado no consumo acelerado voltado para economia, ou seja, o mundo já começa a sentir efeitos causados pela humanidade, os recursos usados são maiores do que os gerados pela natureza ou criados pelo homem, e enfim estamos aqui, ano de 2012, século XI, vivendo em uma sociedade voltado para sustentabilidade, mas porque, porque é legal, é moda, da lucro, é o “boom” do momento, nada disso, é simplesmente porque precisamos, devido a nossa ignorância em pensar no mundo com recursos infinitos e imcompetência ao usar-los de forma deliberada para inflar seu próprio ego, com dinheiro e luxuria, uma falsa felicidade, agora a quem ela deve pedir a ajuda, se não a quem vive com ela, seria o mínimo cuidar da nossa casa juntos continuarmos a viver.

por Josias Severo ?ED.01, 2012, Pag. 06- Revista Furuto Sustentável - O Que é Sustentabilidade

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Anos 80, a ONU (Organização das Nações Unidas), órgão responsável e com o objetivo de prover a paz mundial, já fazia pes-quisas sobre o mundo no campo ambiental, ligado a diversos problemas, in-clusive o de consumo, mas ainda sem uma grande pre-ocupação. Em 1983 devido ao aumento de problemas decorrentes e irreparáveis causados ao mundo pelo uso excessivo e sem con-trole dos recursos, afe-tando a saúde, segurança e a felicidade da população mundial, a ONU reto-ma as questões ligadas ao meio-ambiente e nomeia uma Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento(World Commission on Environ-

ment and Development (WCED), chefiada pela a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, visando es-tudar profundamente e refletir possibilidades de economizar recursos naturais, prevenindo seu desgaste excessivo e possi-bilitando uma vida social e um crescimento econômi-co sem prejudicar o mundo em que vivemos. Passados alguns anos, mas precisa-mente em 20 de março de 1987, quatro anos de-pois, a Comissão por meio da Oxford University Press publica seu relatório chamado de Relatório de Brundtlnad, intitulado “Our Common Future ( Nosso Futuro Comum)”, alertando o mundo sobre o

“O Relatório conta quase 900 dias de pesquisas, dentre exercícios, analises, testemunhos de especialistas, repre-sentantes do governo, cientistas, in-stitutos de pesquisa, representantes de organizações não governamentais e da população, realizada em audiências publicas em todo o mundo, culminado o total 393 páginas divididas em três partes e doze capítulos.”

Você pode baixar ou ver Relátorio:http://bit.ly/RWMaeP

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modelo de desenvolvimento adotado pelos país-es industrializados e replicados pelas nações em desenvolvimento, ressaltando os riscos do uso excessivo desses recursos naturais sem consid-erar a capacidade de suporte dos ecossistemas, o mesmo a se desenvolver, o relatório ressalta so-bre essa incompatibilidade entre esse modelo e os padrões de consumo e produção. No relatório o termo sustentabilidade é conceituado com a seguinte frase, “O Desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”, essa frase foi a que deu origem ao conceito de sustentabilidade que conhecemos hoje, adotados por grandes partes da empresas.

O conceito da ONU sobre sustentabilidade não obtive muito excito, não sendo universalmente aceito, passando por varias mudanças e interpretações, seu conceito, seus objetivos e como podem ser alcançados, são questões abertas a interpretação. Para muitos

ambientalistas a idéia ainda é um paradoxo, porque para que ocorra desenvolvimento, o meio ambiente terá suas perdas, trocando em poucas palavras, o termo é discutível e indescritível em certo ponto, para complicar ainda mais o assunto, torna-se mais complexo ao usar sustentabilidade em contextos variados como tema a sobrevivência da humanidade, não que não seja, mas se usado de forma aleatoria, gera novos conceitos e novas interpretações são criadas, e para piorar muitas vezes atrelado apenas ao aspecto ambiental, o que não é verdade. Não é difícil imaginar o quanto esse assunto pertinente nos dias de hoje, embora um termo que vem da década de 80, só agora vem tomando força, muitas empresas se adaptam, mas nem sempre para mostrar cuidados ao mundo, muitas vezes para mostrar ao seu publico que também está nesse mesmo objetivo, para não perder nome no mercado, mas ninguém sabe se é verdade e o quanto estão ajudar de fato, o marketing vem com aliado das empresas maquiando tudo, ou talvez toda essa nossa política é simplesmente uma necessidade de se manter e sobreviver nesse mundo empresarial, pois é o mundo está cada vez mais caótico e sem limites para manipulação da sociedade. No Brasil a sustentabilidade, só veio a firma oficialmente na ECO-92, Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, a mais importante conquista da Conferência foi colo-car esses dois termos, meio ambiente e desen-volvimento, defendido em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-

ONU - LOGO

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mento (Comissão Brundtland), de modo a con-ciliar as reivindicações dos defensores do desen-volvimento econômico como as preocupações de setores interessados na conservação dos ecossis-temas e da biodiversidade, também foram apro-vados uma série de documentos importantes, entre eles o mais importante foi a Agenda 21, um amplo e abrangente programa de ação mun-dial para orientar a transformação desenvolvi-mentista, com 40 capítulos e 115 áreas de ação prioritária. A Agenda 21 apresenta como um dos principais fundamentos da sustentabilidade o fortalecimento da democracia e da cidadania, através da participação dos indivíduos no pro-cesso de desenvolvimento, combinando ideais de ética, justiça, participação, democracia e satis-fação de necessidades visando a sustentabilidade global no século XXI. O processo iniciado no Rio 92 reforça que antes de se reduzir a questão ambiental a argumentos técnicos, deve-se consolidar alian-ças entre os diversos grupos sociais responsáveis pela catalisação das transformações necessárias.

Sem duvida o grande marco inicial para o desenvolvimento sustentável foi, a Comis-são Mundial sobre Meio Ambiente e Desen-volvimento a nível mundial e a nível nacional a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, e como você lei-tor pode notar a sustentabilidade é algo que nas-ceu junto com o mundo, apenas não se tinha um termo, um conceito que vinha a fazer nome a esses estragos causados ao mundo, foi chegado à hora em que o alarme foi suado e a humanidade não se viu outra alternativa se não procurar rever seus conceitos, melhorias e a adaptação para o mundo no qual está morrendo, resta agora nos termos consciência de que ele também faz parte da nossa vida do nosso futuro, como sempre fez, e sem ele a garantia do futuro permanecerá no passado. “A vida é apenas uma palavra entre tantas outras, se não se pode ter a execência que a ela foi atribuida”

RIO 92 - Logo

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A Sustentabilidade como falado anteriormente não se baseia apenas no meio ambiente, mas também em outros dois pilares, o econômico e o social, vejamos.

AMBIETAL Diz respeito à conservação geográfica, equilíbrio de ecossistemas, abarcando todas as di-mensões anteriores através de processos complexos, além do uso consciente de recursos naturais a minimizar danos aos sistemas de sustentação da vida, a redução dos resíduos tóxicos e da poluição, reciclagem de materiais e energia, conservação, o uso de tecnologias limpas e de maior eficiência e regras para uma adequada proteção ambiental; A SOCIAL Lida com a melhoria da qualidade de vida da população, eqüidade na distribuição de renda e de diminuição das diferenças sociais, erradicação da pobreza e da exclusão, respeito aos direitos hu-manos e integração social, com participação e organização popular, respeitando os diferentes valores entre os povos e incentivo a processos de mudança que acolham as especificidades locais; ECONÔMICO Visando uma melhor regularização do fluxo desses investimentos, compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio de balanço de pagamento, acesso à ciência e tecnologia e em departamentos públicos ou privados.

Alledi, 2002;*AFNOR, 2003

As palavas vivível, viável e justo são tradução da norma SD 21000 - AFNOR 2003

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Fashionistas do mundo inteiro parecem ter se engajado na defesa do meio ambiente seja por consciência ecológica, seja por instin-to de marketing. Dentro da tendência, a sacola batizada de ecobag virou objeto de desejo dos descolados. Retornáveis, elas podem substituir parte dos incontáveis saquinhos plásticos con-sumidos em supermercados, quitandas, feiras... Para quem deu de ombros para a novidade, importada da Europa e dos Estados Unidos, a notícia é surpreendente: só a rede Pão de Açúcar vendeu 100.000 sacolas reutilizáveis no primei-ro semestre deste ano, mais da metade nas lojas paulistanas. Cada bolsa de palha sintética custa 3,99 reais. O hipermercado Wal-Mart lançou, em maio, seu modelo de algodão cru, a 2 reais cada um. Em quinze dias, 75 000 sacolas evapo-raram das lojas da Grande São Paulo. O Carre-four colocou sua versão à venda há um mês e, até o fim do ano, Compre Bem eExtra prometem criar as suas. A dona-de-casa AraceliAmorosino, mo-radora do Real Parque, conta que tem doze dessas sacolas. Anda sempre com oito no por-ta-malas do carro. “Assim não corro o risco de esquecê-las na hora de ir às compras”, diz ela, que adquiriu o hábito durante os seis anos em que morou nos Estados Unidos. Araceli ainda faz questão de repassar o costume aos três filhos pequenos e presentear parentes e amigos com as ecobags. Estima-se que sejam produzidos 3,2 bilhões de sacos plásticos por ano na cidade. O Instituto Sócio-Ambientaldos Plásticos (plas-tivida) encabeça uma campanha para a redução de 30% desse total. Para isso, criou uma versão mais resistente do tradicional saquinho. A idéia é acabar com o hábito de consumidores e empa-

cotadores que usam duas ou mais sacolas para embalar produtos pesados embora às vezes isso seja necessário. “Estamos desenvolvendo ainda nosso próprio modelo de bolsa retornável”, afir-ma Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida. “O plástico não é um vilão. Ele dura muito e pode ser reutilizado e reciclado.” Além dos supermercados, grifes também investem na onda. A loja Verde Vaso Idéias, na Vila Madale-na, colocou à venda cinco modelos, a partir de 34 reais. No primeiro semestre deste ano, as filiais da marca francesa Louis Vuitton em São Paulo comercializaram 32 unidades da bolsa de feira criada pelo estilista Marc Jacobs. Acredite, os preços são estes: 4.750 reais o modelo menor e 7.450 reais o maior.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noti-cia/atitude/conteudo_291217.shtml

A Sacola Verde Pegou

Criadas para substituir os saquinhos de supermercado, as ecobags viraram objeto de

desejo de compradores engajados

Por Giovana Romani - Revista Veja São Paulo, 23/07/2008

ED.01, 2012, Pag. 12 - Revista Furuto Sustentável - A Sacola Verde Pegou

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Sacola reutilizável é uma sacola cujo objetivo principal é minimizaro uso de sacos plásticos e embalagens descartáveis como, por exemplo, os de supermercado. Por que usar? Grande parte do material plástico utilizado por nós acaba parando na natureza, mares e florestas. Por não ser um material que se dissolve (leva mais de 100 anos para desaparecer) causa grandes danos ao meio ambiente. Por ano, 100 mil animais marinhos morrem ao confundir saco plástico com água-viva, e acabam sufocados. Quem deve usar? Todos os seres humanos, juntos, produzem uma quantidade enorme de lixo por dia. São gastos 400 sacos por pessoaanualmente. Uma só sacola reutilizável pode substituir em média 5 sacos plásticos cada vez que uma pessoa vai ao mercado. Por isso todos devem ter a sua sacola reutilizável. Quais as opções de sacolas/embalagens que existem? Vários tipos de sacolas são chamadas de ”ecológicas” ou de “ecobags”. Todas estão corretas desde que atendam ao objetivo principal que é o de serem usadas em substituição às embalagens descartáveis. O que é plástico oxybio? Plástico oxybio é um plástico ao qual foi adicionado componentes químicos na sua composição para que, quando descartado, possa se decompor em micro-partículas. O problema é que estas micro-partículas continuam sendo plástico e portanto, envenenam o solo e os mares de maneira invisível, tornando seu recolhimento impossível. Um saco plástico jogado no mar,

você vê e pode recolhê-lo. Um saco plástico em micro-partículas se torna invisível. Ecologicamente correto ou ecologicamente sustentável? Ecologicamente correto é aquele que minimiza seu impacto poluidor no meio ambiente, custeia projetos de despoluição e busca produtos alternativos; como por exemplo é o caso do uso do algodão cru para fazer sacolas. Ecologicamente sustentável é aquele que, a longo prazo, oferece uma alternativa segura para a humanidade. O algodão, por exemplo, é ecologicamente correto mas, em escala de substituição de embalagens de supermercado, não seria sustentável. A longo prazo não é a melhor solução. O que acontece com o plástico que eu jogo fora? Atualmente, somente uma parte do plástico jogado fora vai para reciclagem. Sendo descartado em locais corretos e da forma adequada, ele pode então ser reaproveitado. Caso contrário, ele acaba poluindo o meio ambiente. Sem os sacos plásticos, aonde eu coloco o meu lixo? Os sacos para armazenar lixo devem ser os que são vendidos para este fim, de preferência em cores diferentes para que você possa, em casa mesmo, separar o seu lixo. Assim pode ser destinado à reciclagem e à reutilização adequada segundo cada tipo de material. Eu preciso realmente de todas as embalagens de produtos que eu compro? Pare um pouco para pensar se você precisa mesmo de todas aquelas sacolinhas que você guarda em casa, e, que por mais bonitas que sejam, vão fatalmente parar no lixo. Quando sair

O Que é Sacola Reutilizável ?

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para fazer compras, leve uma bolsa grande e vá colocando tudo dentro.

Você precisa mesmo do saquinho da farmácia para levar aspirinas? O que o resto do mundo está fazendo? Na Europa, as embalagens de sacos plásticos foram proibidas assim como em vários

outros países. Foram substituídas por sacolas duráveis eresistentes, feitas de material reciclado e que possibilitam a sua reutilização inclusive para diversos outros fins. O Futuro depende de nossa atitude agora. Só temos este planeta para

viver e temos a sorte de poder contar com toda a sua beleza.

Peço o saco de papel ou levo minha ecobag?

ECOBAG • As queridas dos naturebas duram 5 anos. •Cadaumadelasécapazdeeliminaraté 1 000 sacolas descartáveis em sua vida útil. • Levou-a para o supermercado 4vezes? É o que basta para seu impacto ambiental se tornar menor que o das sacolas plásticas ou de papel em todos os indicadores.

SACO DE PAPEL • Demora menos tempo para sedecompor, mas nem por isso é menos poluente. • Comparando com a ecobag, suaprodução emite 80% mais gases de efeito estufa, gasta 3 vezes mais água e resulta em 2 vezes mais resíduos e 70% mais gases que provocam chuva ácida. •SónosEUA,14milhõesdeárvoressão cortadas para produzir preciosas sacolas de papel.

•Esta vai doer: gasta-se 98%mais energiapara reciclar sacolas de papel que as de plástico.

CONCLUSÃOAs ecobags são a alternativa mais ecologicamente correta: desde que você não acumule dezenas delas.

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A tendência é a urbani-zação da maior parte da popu-lação mundial. No Brasil, já chegamos lá: cerca de 80% de todos os brasileiros moram em cidades. Na Região Metropoli-tana de São Paulo são cerca de 20 milhões de habitantes, na mancha urbana fluminenses, são mais de 10 milhões, em Belo Horizonte e no seu en-torno, mais uns 5 milhões. Apesar de toda a dinâmica econômica e cultural destes conglomerados, não se pode dizer que a qualidade de vida é boa. Aliás, são péssimas: poluição, excesso de carros, vi-olência, mau gerenciamento dos resíduos, rios e mares po-luídos, maioria das residências de baixa qualidade, população carente e abandonada nos cen-tros…

Não é brincadeira, mas os problemas são tão sérios, que alguns acham que só arrasando tudo e reconstruindo que se pode resolver o problema. Foi isso que aconteceu na maior parte das capitais europeias depois da II Guerra Mundial. Lá, eles tiveram a chance de reconstruir as ci-dades de uma forma mais hu-mana e inclusiva, criando as bases para que agora possam transitar para meios de con-vivências mais sustentáveis, aplicando conceitos de urban-ismo aliados à sustentabilidade. Isto significa dar espaço para uma população diversi-ficada, pensar na mobilidade urbana alternativa à solução do transporte individual e incor-porar novas tecnologias. Mas o Brasil é um

país latino americano que, em ritmo stop-go – tempos de estagnação intercalados por tempos de rápido desenvolvi-mento ,levou milhões de pes-soas a abandonaram o campo para ir para as cidades. Inchaço, ocupação de-sordenada do espaço, falta de infraestrutura urbana e muitos outros problemas, foram os re-sultados hoje corriqueiro. Não é diferente em nenhum centro urbano latino americano. Mas alguns, como Curitiba e Bo-gotá, conseguiram quebrar o ciclo virtuoso, se não reverter, a degradação profunda destas cidades. Hoje, a mudança se faz ainda mais urgente, pois os ed-ifícios urbanos são responsáveis por nada menos que 40% do consumo energético do mun-

Sustentabilidade URBANA se faz com Inteligência e

pressão.23 de outubro de 2012 Alexandre Spatuzza

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do, e cerca de 20% das emissões de gases efeito estufa. Com as mudanças climáticas batendo à porta, buscar sustentabilidade nos centros urbanos é uma questão capital. Esta semana, cientistas europeus, olhando o aumento da concentração de CO2, che-garam a pedir uma parada total em todos os desenvolvimentos energéticos convencionais e para focar em renováveis, in-clusive geração nas residências. Portanto, hoje, urbanismo deve ser sinônimo de sustentabi-lidade. A transversalidade deve

ser chave, não só na ocupação territorial, como na escolha de fontes energéticas, no manejo de resíduos e nas escolhas cul-turais e sociais. Esta semana, abordamos a questão do desenvolvimento urbano, claro de uma forma que não esgota o debate. De um lado, as eleições mostram que por meio das redes digitais, o debate e a pressão são reais para buscar candidatos que se comprometam com as gerações futuras, um dos pilares da sus-tentabilidade, e abandonem a política de terra arrasada. Do

outro, mostramos que o plane-jamento parte de uma singela questão: para onde queremos ir? As ferramentas estão aí, mas sem pressão a classe política não muda. Este final de semana, teremos o segundo turno em 50 cidades, incluin-do 18 capitais estaduais, onde a necessidade de buscar sus-tentabilidade na nova adminis-tração se faz mais urgente. Mas apenas eleger não basta, é pre-ciso monitorar e pressionar du-rante o mandato, e hoje temos como fazer isso.

OS 05 ERRES DA SUSTENTABILIDADE

RECUSAR materiais e atitudes poluentes, tóxicas ou que degradem o ambiente na sua extração ou no seu descarte. REDUZIR o consumo dos recursos, contro-lando conscientemente nossas próprias necessidades, e, principalmente cortando os supérfluos. REUTILIZAR materiais e recursos em sua forma original, diminuindo o volume de resíduos que são jogados fora e evitando o gasto de energia para que sejam transformados em outros elemen-tos. RECICLAR materiais, agora chamados de resíduos, para que possam voltar ao início do pro-cesso como recursos. RESTAURAR o ambiente natural, sempre que possível, ou seja, evitar que o ambiente, natural ou construído seja degradado.

Referência (ABNT):SPATUZZA A. EDITORIAL: Sustentabilidade urbana se faz com inteligência e pressão, 23 out. 2012.

http://revistasustentabilidade.com.br/editorial-sustentabilidade-urbana-se-faz-com-inteligencia-e-pressao/

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A procura por lucratividade fundamentada em processos sustentáveis é, hoje, uma realidade, que mirao equilíbrio entre três pilares - ambiental econômico e social, para alcançar bons negócios. Em qualquer gestão responsável é preciso que as técnicas sustentáveis estejam ajustados entre todos osenvolvidos. Neste patente estão os fornecedores, consumidores, clientes, comunidade, meio ambiente, governos e sociedade, bem como acionistas e proprietários. Este novo modo de fazer negócio pressupõe o conversafiel com as partes interessadas para prestação de contas. Assim, a sustentabilidade ordena a convergir o mercado a procura de objetivos comuns, buscando ações e ferramentas que colaborema essa integração. Aentender que arriscar em crescimento sustentável é investimento e não despesa, tanto para empresas privadas como para o setor público, todos sairão favorecidos. Quando fala respeito à sustentabilidade humana,

imagina a segurança de que a necessidade possa ser contentada livre do que tudoisso importa para o planeta. Assimpode ser abrangida a sustentabilidade econômica, vista como figura a de aprovação da produção, renda e consumo de produtos e serviços. A partida deste princípio tudo existe para garantir. No ponto de aspecto planetário, acima do lucro e da garantia a existência humana. Existe opiniõesde sustentabilidade como negócio que promovem-se ações que baseiam-se na relação custo-benefício. Muitasempresas e entidades operam de forma exata mascarando resultados nocivos das suas atividades ,porém admiti compromissos maior com a sociedade e especialmente com o nosso

planeta. Iniciativas essasque não representam diferenciais significativos na ralação entre capital, essas iniciativas cooperação cedem espaço à lucros e a competitividade.Amostras Éticas nos

Bons Negócios Na década de 90as empresas no Brasil aumentou os investimentos em projetos sociais e passão a proteger padrões mais éticos de semelhança com seus patentes de interesse e práticas no negocio sustentáveis. Porém há uma grande diferença entre ser uma empresa socialmente responsável e adimplir um projeto ou outro para acrescentar valor à marca. Para Almira Saramago, há 16 anos especialista em qualidade de processos empresariais,

Sustentabilidade e bons Negócios

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as empresas locais estão começando a despertar para a temática e a perceber que é preciso ter metodologia voltada para cultura da qualidade.

Responsabilidade nos Negócios

Uma empresa é socialmente responsável quando começa um processo de modificação no seu estilo de fazer negócio e agrupa em seu plano estratégico as demandas dos vários públicos com os quais se relaciona. Apesarde existir tantas duvidas entre empresários, na mídia, no meio acadêmico e entre o público em geral que deve ser esclarecida . De acordo com o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, a empresa socialmente responsável precisa basear suas relações na ética e na transparência; estabelecer

metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais e fazer negócio de maneira diferente, tornando a empresa indutora e parceira de umdesenvolvimento sustentável que promova a igualdade e a justiça social. “A empresa sustentável é aquela que cresce, é rentável e gera resultados, mas também contribui para o desenvolvimento da sociedade e para a preservação do planeta.”

O Futuro das Empresas

As empresas sustentáveis estão cada vez mais recebendo espaço por conta do seu diferencial competidor do mercado, há

cobrançaprópriosconsumistas das empresas, independente do seu porte. Porém, para que transformaçõesfiquem notadas, é necessária que essa mudança seja prol da sustentabilidade que necessitahaver em toda a cadeia hierárquica das empresas. Os empreendedores precisam investir em métodos dasustentabilidade para que se possa criar estratégicasparauma novidade causar uma maior confiança dos consumidores, tornando-seuma empresa mais inovadora e competitiva. Algumas empresas ainda não estão totalmente envolvidas com a sustentabilidade, assim surgi às vantagens para que se possa incorporar na sustentabilidade. Redução dos impactos ambientais; melhoriada imagem da empresa no mercado; a confiança da

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sociedade: crescimento de lucratividade; diminui o custo de produção por meio de coleta seletiva estruturada e entre outros benefícios. A sustentabilidade faz com que um pequeno empreendedor se interesse para iniciar o seu próprio negocio sustentável. Hoje existe grandes empreendedores que começou seu negocio coma implantação de praticas sustentáveis .Existe um grande desafio no empreendedorismo em relação a sustentabilidade nos pequenos negócios que é sensibilizar os empresários para a mudança da cultura de sua empresa e adotar um sistema de gestão ambiental e. É muito interessante que os empresáriosse importe com isso e veja a novas tendências e se adapte e promova inovação para que ele possa garantir uma maior competividade do seu negocio.

Sustentabilidade Pensando no Futuro

Essa é uma grande polêmica, porque o problema não está na palavra, mas na intenção em que ela está sendo usada. Sustentabilidade foi à sugestão de como o mundo pode se tornar melhor. Popularmente, podemos entender que para as questões

climáticas, os ecossistemas, as relações humanas, não podem ser melhorados segundo alguns autores, mas os estudiosos em Nosso Futuro Comum definiram que era necessário manter o que se tem para garantir o futuro das próximas gerações. Daí surgiu o conceito de sustentabilidade: atender as necessidades do presente sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras.Na prática, isso é cortar uma árvore e plantar outras três para as próximas gerações terem árvores também; é usar a água dos rios, mas usar racionalmente para que o rio possa se recuperar do processo de captação.Como disse no início, a polêmica encontra-se na forma como as empresas tem usado a sustentabilidade em suas práticas. Será uma realidade ou as empresas dizem-se sustentáveis em suas atividades para conquistar novos mercados ou certificações?

Avalie seus fornecedores, seus produtos e suas práticas. Quem define a situação é o comprador. Nós quem temos o poder nas mãos.

Temos ainda o poder de desenvolver a sustentabilidade

em nossos hábitos: quantos copos plásticos você usa por dia? Você se preocupa com a embalagem do que compra? Preocupa-se com o resultado do que você tem realizado por dia?Seja sustentável em todas as suas atitudes e seja responsável pelo que de bom você pode fazer, e nunca o contrário.

O futuro da sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade é muito novo, tem pouco mais que 30 anos, e poucas pessoas estão falando sobre a evolução desse movimento social. Sim, acredito que a sustentabilidade é um movimento social, onde não só empresas ou governo tem influência, mas todos os indivíduos que compõe um espaço social. Abaixo pretendo comentar, de forma sucinta, a história da sustentabilidade no Brasil. Não sou historiador, mas pretendo criar uma linha de raciocínio básica para que vocês possam entender os próximos passos do que chamamos “sustentabilidade”. Esse movimento começou pouco antes do século XX, quando a igreja buscava atender aos mais necessitados diretamente, buscando na caridade a solução para osproblemas sociais. Com o amadurecimento da sociedade, já no século XX, o estado tambémpassou a enxergar a

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miséria como um problema social, que influenciava diretamente na sua economia, e passou a praticar ações de caridade junto a igreja. Obviamente esse movimento era muito pontual e pouco efetivo em longo prazo. Observando essa necessidade social, os sindicatos e partidos, em meados de 1950 começaram a buscar uma participação mais ativa na solução desses problemas. Começam ai os primeiros movimentos sociais de massa para a massa. Ainda baseados no assistencialismo, esses movimentos sociais já reconheciam a necessidade de se trabalhar com as camadas excluídas do sistema capitalista.Com essa necessidade latente, em meados de 1970,ong’s internacionais emovimentos populares começaram a se organizar e participar ativamente das ações sociais. Ainda baseados na caridade e filantropia, esses movimentos conseguiram atender um número maior de pessoas e passaram a preencher os espaços em que o governo se

ausentara. Nesse momento, a igreja, o governo e a sociedade já estavam participando ativamente da construção de uma sociedade mais justa, mais democrática. As empresas, observando o movimento, tiveram que correr atrás, e após 1980, passaram a investir em ações sociais e na doação para entidades carentes. O profissionalismo econômico das empresas não tardou a perceber que a filantropia era apenas umadas ações, e que era preciso mais… Era preciso ensinar a pescar. Apenas a partir de 1990, começamos a observar ações denominadas Investimento Social Privado, onde empresas e pessoas investem em ações que tem alto impacto social. Observe a mudança: O dinheiro que antes era doado, sem expectativa de retorno, agora passou a ser investido, com estratégia e resultados.Mais de um século depois da igreja iniciar suas ações de caridade, um novo modelo surgiu, um modelo que acredito ser a nova identidade

dos negócios. Os negócios sociais são empresas que visam o lucro, de forma ética, e atendem a uma necessidade social. Chega de vender shampoo para cachorro. Agora o produto tem uma razão social, trás benefício por si só. Os negócios e serviços sociais devem ser os novos modelos empresarias. Partindo do legado que a igreja nos deixou, trabalhando com visão, em busca do bem estar social, estamos saindo da era dos investimentos sociais e partindo para a era dos empreendedores sociais, que entendem que as empresas devem, sem sombra de dúvidas, atender de forma direta a uma necessidade social. Os investimentos sociais e filantropia continuarão a existir e ter seu papel, muito importante por sinal, mas a nova geração já entendeu que é preciso unificar e tornar prático: Podemos modificar o modelo de negócios e trabalhar os produtos e serviços para que atendam mais do que interesses individuais. Não precisamos ganhar para distribuir; Vamos ganhar juntos.

1950

Filantropia,Assistencialismo

Filantropia,Invesitmento Social

Filantropia,Invesitmento Social

Filantropia,Assistencialismo

Filantropia,Investimento Social

Negógios Sociais

XIX 1970

1990

2000

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Uma em cada cinco pessoas no planeta ao todo 1,3 bilhão de pessoas ainda não tem acesso a eletricidade. Cerca de 2,7 bilhões dependem de madeira, carvão, carvão vegetal ou resíduo animal para cozinhar e aquecer. Na economia de hoje, isso é injusto e uma grande barreira para a erradicação da pobreza. Nos países industrializados, o problema de energia está relacionado ao desperdício e à poluição e não ao abastecimento. Em todo o mundo, o uso ineficiente da energia prejudica a produtividade econômica e emissões associadas à energia contribuem significativamente para o aquecimento danoso ao nosso planeta. A mudança climática coloca todos em risco, mas principalmente os pobres. Energia sustentável – a energia que é acessível, barata, limpa e mais eficiente – é essencial para o desenvolvimento sustentável.

Ela permite que as empresas cresçam, gerem empregos e criem novos mercados. Milhões de crianças a mais podem estudar à noite, enquanto hospitais e clínicas de saúde podem funcionar corretamente. Os países podem crescer mais resistentes e com economias competitivas. Com a energia sustentável, os países podem ultrapassar os limites dos sistemas de energia obsoletas e construir as economias de energia limpa do futuro.O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, lidera uma importante iniciativa global, “Energia Sustentável para Todos”, com o objetivo de mobilizar todos os setores da sociedade, incluindo empresas, governos, investidores, grupos da comunidade e academia. O objetivo é consolidar uma causa comum de apoio a três objetivos interligados:

Energia Sustentável

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1. Assegurar o acesso universal aos modernos serviços de energia 2. Dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética. 3. Duplicar a quota das energias renováveis na matriz energética global. Estes objetivos complementares podem ser alcançados até 2030 e são necessários para atingir a energia sustentável para todos. A iniciativa do Secretário-Geral fornece um foco para todas as partes interessadas e contribuirá para o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos em 2012, declarado pela Assembleia Geral da ONU. A promoção da energia sustentável para todos pode impulsionar o crescimento econômico, melhorar a equidade e preservar o meio ambiente. Fatos-Chave Em 2011, investimentos em energia limpa continuaram a crescer, aumentando 6,5% rumo ao recorde de 263 bilhões de dólares. Excluindo pesquisa e desenvolvimento, o investimento neste setor foi 600% maior em 2011 do que em 2004. Cada um dólar gasto em eficiência energética em equipamentos elétricos, aparelhos e edifícios evita mais de 2 dólares, em média, em investimentos de fornecimento de energia. Acesso a energia universal poderá ser alcançado com um aumento de apenas 3% do investimento global em infraestrutura energética, ou 48 bilhões de dólares anualmente, de acordo com a Agência Internacional de Energia. O custo adicional de dobrar a taxa de mudança em eficiência energética e a quota global de energia renovável pode ser substancial e render até 500 bilhões por ano, de acordo com a Avaliação Global de Energia. Tais somas são muito mais do que

os governos podem fornecer sozinhos, mas poderiam ser reunidos em um setor que investe mais de 1 trilhão de dólares anualmente e arrecada mais de 5 trilhões de dólares em receita. Por exemplo, investindo 170 milhões de dólares anualmente em eficiência energética em todo o mundo é possível economizar em energia até 900 bilhões de dólares por ano, de acordo com um relatório do McKinsey Global Institute, em 2008. Cidades respondem agora por 75% do consumo de energia. O Que Funciona ? A vida familiar em Botsuana está mudando, as usinas de energia solar agora fornecem eletricidade e garantem iluminação para as famílias rurais. Isto ajuda a assegurar uma fonte estável de energia e previne a destruição das escassas florestas . Anteriormente, 80% da população rural utilizava madeira para iluminar e gerar energia para suas casas. A construção de uma hidrelétrica apoiada pela ONU em Serra Leoa oferece um suprimento estável de energia sustentável, resultando em melhores serviços de água, irrigação, saneamento e aumento nas oportunidades de negócios. A iniciativa brasileira Luz para Todos tirou 10 milhões de pessoas da escuridão. Agora, o governo e as organizações internacionais estão em parceria com a Eletrobras para levar energia elétrica a todas as zonas rurais até 2015. É o programa de acesso de energia mais ambicioso do mundo. A Tunísia tomou medidas para desenvolver a energia renovável e para reduzir sua dependência do petróleo e gás. Entre 2005 e 2008, as medidas de energia limpa pouparam ao país 1,1 bilhão de dólares em contas de energia, em relação aos investimentos iniciais de 200 milhões de dólares em infraestrutura. A economia de energia esperada como resultado

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do Plano de Energia Solar do país pode chegar a 22% em 2016, com uma redução de 1,3 milhão de toneladas por ano de CO2. Entre 1990 e 2006, o aumento da eficiência energética no setor de manufaturados de 21 países membros da Agência Internacional de Energia resultou em uma redução de 21% do consumo de energia por unidade de produção. Compartilhar e adotar essas práticas de forma mais ampla entre os países e setores industriais pode tornar a energia mais confiável e menos dispendiosa para residências e empresas.

Propostas para a Rio+20 Na Rio+20, o Secretário-Geral pede aos governos, empresas e a sociedade civil que assumam compromissos específicos de apoio para a realização da Energia Sustentável para Todos até 2030. Os Governos podem desenvolver planos nacionais de energia e metas, prover apoio financeiro e remover tarifas e subsídios contraproducentes. As empresas podem fazer suas operações e cadeias de suprimentos mais eficientes em termos energéticos e formar parcerias público-privadas para expandir o uso dos produtos

energéticos e serviços sustentáveis. Os investidores podem fornecer capital inicial para tecnologias limpas e investimentos em soluções energéticas dentro ou fora do circuito. Indústria, Governo e academia podem contribuir para a inovação tecnológica.Um número crescente de governos, agentes do setor privado e parceiros da sociedade civil já se comprometeram com o projeto

Ceará será autossuficiente apenas com energia eólica, diz

governador. Até 2007, o Ceará era totalmente dependente de fornecedores de energia de outros estados. Na época, o estado “importava” 100% da energia que precisava e possuía apenas um par de termelétricas que funcionavam emergencialmente. Mas de lá para cá, o governo cearense se tornou um dos maiores investidores em energias alternativas e renováveis do País e planeja, até 2016, ser autossuficiente apenas com os parques eólicos que já estão em construção.“Já produzimos 519MW de energia eólica, o que corresponde a 56% da produção nacional. Com os 18 parques e 69 usinas já contratadas produziremos 1818MW até 2016. Esse valor atende a todas as demandas de nosso estado”, declarou o governador cearense Cid Gomes.Para ele, a autosuficiência energética é importante para o desenvolvimento do estado e da região Nordeste. “Toda região que pretenda crescer tem que possuir um suprimento seguro de energia. E não há forma melhor de se resolver esse problema, senão pelo investimento em energias alternativas”, diz. Além da energia dos ventos, o Ceará também é pioneiro em investimento e pesquisas que extraem energia da luz do sol e da movimentação das marés.

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Caminhos para um MUNDO Sustentável

Economia Verde

A economia verde é um modelo econômi-co baseado no desenvolvimento sustentável ali-ada ao respeito ao meio-ambiente. A economia verde tem como principais resultados a melhora do bem estar humano e a redução da desigual-dade social, enquanto reduz significativamente os riscos de desastres naturais e de agressões a natureza. A principal diferença dos regimes econômicos tradicionais é a valorização direta do “capital natural” e dos “serviços ecológicos” como tendo um valor monetário, bem como o uso da contabilidade ecológica, que transforma os recursos naturais em ativos para as empresas,

que por consequência, se não utilizarem estes recursos com sabedoria, demonstrarão prejuízos em seus números. Os mercados consumidores também não ficaram atrás e hoje há uma crescente demanda por produtos que contenham “selos verdes”. Es-tas certificações surgiram como um instrumento para medir e informar ao consumidor as ativi-dades de sustentabilidade realizadas pelas em-presas. Sendo assim, diversas indústrias estão começando a adotar estes padrões como uma forma viável de promoção de suas atividades sustentáveis em uma economia globalizada.

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Caminhos para um MUNDO Sustentável

O Global Citizens Center, liderado por Kevin Danaher, define economia verde como sendo diferente de um mecanismo de precifi-cação com o intuito de proteção da natureza. Em sua opinião, economia verde é muito mais do que isso, sendo sua teoria baseada em três premissas: 1. Ambientalmente sustentável. Baseada na crença de que nossa biosfera é um sistema fechado com recursos finitos e uma ca-pacidade limitada de auto regulação e auto reno-vação. Nós dependemos dos recursos naturais da Terra e, portanto, precisamos criar um sistema econômico que respeite a integridade dos ecos-sistemas e que assegure a continuidade dos sis-temas de manutenção da vida no planeta. 2. Socialmente justo. Baseado na crença de que cultura e dignidade humana são recursos preciosos que, como os recursos natu-rais, requerem atitudes responsáveis para evitar o seu esgotamento. Nós temos que criar um sistema econômico vibrante que o acesso a um modo de vida descente e cheio de oportunidades de crescimento pessoal, profissional e social para todas as pessoas. 3. Localmente centralizado. A Eco-nomia Verde funciona através da união das atividades de pequenas comunidades (família, quadra, bairro, cidade, etc...), capazes de satis-fazer as necessidades de seus cidadãos através de um produção local responsável e pela troca de produtos e serviços. A sustentabilidade não é uma questão de escolha para as empresas, mas sim, uma necessi-dade. É o que defende Michael Hastings, diretor global de cidadania corporativa e diversidade da KPMG Internacional. “Sustentabilidade é bom para o meio ambiente e crítico para a existên-cia das companhias”, enfatizou o executivo em palestra moderada pelo diretor de redação de Época NEGÓCIOS, Nelson Blecher, na Expo-

Gestão 2009, em Joinville (SC), nesta quinta-feira (18/06). Para Hastings, as companhias precisam enxergar que a sustentabilidade não representa somente custos extras no curto prazo, mas é, ao contrário, a chave para a sobrevivência. “Há 30 anos, já era óbvio que as montadoras teriam que investir em carros mais eficientes, que consumis-sem menos combustível. Os americanos decid-iram ignorar isso e pagaram o preço”. Entre as principais razões para a deterio-ração do meio ambiente, exatamente o que torna a sustentailidade tão urgente, estaria o nosso pa-drão de consumo.“Nós nos acostumamos a um modelo de negócios baseado em produtos bara-tos. Nos últimos anos, o mundo desenvolvido consumiu tudo o que queria, mas fez isso através do endividamento. Uma hora chegaria o mo-mento de pagar a conta”, afirma o executivo. Segundo ele, o padrão de consumo atual não conseguirá ser mantido pelo planeta Terra por muito tempo. Os sinais de esgotamento já teriam começado de forma inequívoca. O tsu-nami no oceano Índico, em 2004, o furação Katrina, em 2005, e as enchentes que atingiram Santa Catarina no ano passado seriam alguns exemplos de como o descaso com a natureza pode trazer prejuízos incalculáveis. Para piorar o cenário, a população mun-dial deve passar dos atuais 6 bilhões de habit-antes para 9 bilhões daqui a 40 anos, só aumen-tando o peso sobre o planeta. O executivo admite, no entanto, que a grande pressão pela redução do consumo deve ser feita sobre os países mais ricos, notadamente Europa e Estados Unidos, que são os maiores consumidores. Ainda hoje, 1,6 bilhão de pessoas vivem sem acesso à energia elétrica e 1 bilhão com até US$ 1 por dia. As desigualdades são gritantes.

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“Entretanto, países em desenvolvimento, como o Brasil, não podem pensar que não têm nada a fazer. Precisamos cuidar para que essas sociedades não adotem o mesmo padrão que levou o mundo onde estamos”, pondera. A economia verde pode ter impactos para além da garantia de um desenvolvimento que leve em consideração o meio ambiente. O relatório Construindo uma Economia Verde Inclusiva para Todos, lançado durante a reunião

de cúpula da Rio+20, mostra que uma economia sustentável pode retirar milhões de pessoas da pobreza. A estimativa é de que essa transição de modelo econômico mude o sustento de muitas das 1,3 bilhão de pessoas que ganham 1,25 dólar por dia. O estudo foi feito pela Parceria Pobreza e Ambiente, uma rede bilateral de agências de suporte, bancos de desenvolvimento, agências da ONU e ONGs internacionais. Os países em desenvolvimento e os menos desenvolvidos que adotaram práticas sustentáveis na economia têm conseguido pro-mover um crescimento econômico criador de empregos, sustentabilidade ambiental e inclusão social. Segundo o relatório, regiões mais pobres

dos países com renda média possuem alto grau de recursos naturais. Isso facilitaria a construção de uma economia verde com vistas à redução da pobreza. “Ao abraçar uma economia verde inclu-siva os líderes têm uma oportunidade rara, da Rio+20, de melhorar as vidas de milhões de pes-soas e abrir as portas a uma nova era de sus-tentabilidade”, disse ManishBapna, presidente em exercício do Instituto de Recursos Mundiais,

que coordenou o estudo. “A mudan-ça para uma economia verde inclusi-va não acontecerá por si própria. São necessárias políticas governamentais inteligentes e uma liderança forte. Este relatório apresenta uma visão ousada para uma economia verde que pode lidar com a pobreza e a desigualdade”, disse. O documento cita alguns países em desenvolvimento que têm tido êxito na transição para a economia verde. É o caso da Etiópia, que está desenvolvendo seis projetos de ener-gia eólica e um projeto geotérmico, capazes de aumentar a capacidade

do país em mais de mil megawatts. A Mongólia está construindo seu primeiro parque eólico de 50 megawatt, que deve gerar um valor estimado de 5% da energia necessária pelo país. Segundo o relatório, a Mongólia tem o potencial de agir como uma “super rede” na região, fornecendo energia limpa para os países vizinhos. Em Lagos, na Nigéria, as parcerias públi-cas e privadas voltadas à melhoria do sistema de transportes estão reduzindo o congestionamen-to e melhorado as condições nas favelas. Nesses polos de pobreza foram criados cerca de quatro mil empregos a jovens até então desempregados- todos relacionados ao meio ambiente. O relatório pede para que os negocia-

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dores na Rio+20 levem em consideração cinco fatores para a construção de uma economia verde inclusiva: políticas sociais econômicas nacionais, direitos e capacitações locais, merca-

dos verdes inclusivos, políticas e suporte a uma harmonização internacional e novos parâmetros para medir progresso.

CR ÍTICA Diversas organizações e indivíduos têm criticado alguns aspectos da Economia Verde, principalmente a concepção largamente difundida baseada no uso de mecan ismos de pre-cificação com o intuito de proteção da natureza. Estas pessoas argumentam que desta forma, o poder e controle corporativo estará sendo expandido para novas áreas, desde florestas até a agua. A empresa de pesquisa ETC argumenta que a ênfase corporativa na “Economia Verde” irá resultar em uma ainda maior concentração de poder com as corporações e irá desencadear na maior concentração de recursos em mais de 500 anos. O professor venezuelano Edgardo Lander diz em um relatório da UNEP, chamado “Sobre a Economia Verde”, que, a iniciativa apesar de bem intencionada ignora o fato de que a capacidade dos sistemas políticos existentes para realizar a regulação e impor restrições ao mercado (mesmo que solicitado pela maioria da população) é seriamente limitada pelo poder político e financeiro das grandes corporações. Clive Spash, um especialista em Economia Verde, tem criticado o modo como se tem us-ado o crescimento econômico para justificar o prejuízo ambiental e argumenta que o Economia Verde, como defendida pelas ONU, não é um novo conceito e sim uma distração para mascarar os reais motivos para a crise ambiental. Ele tambem criticou o projeto da ONU para economia de ecossistemas e biodiversidade (TEEB), bem como a base para valorização dos recursos natu-rais em termos financeiros.

O CASO DA VALE No Brasil, nasceu dentro de um dos setores econômicos que mais depende e que mais agride o ecossistema, o da ex-tração de minério. A Vale S.A., empresa com sede no Brasil e atuação em 38 países localiza-dos em 5 continentes, realizou uma das maiores revoluções em termos de cultura organi-zacional, passando assim a ser

uma referência mundial em termos busca de soluções para a produção sustentável.Em 2011, a Vale passou por uma mudança na alta admin-istração. A empresa revisou sua orientação estratégica e definiu um novo posicionamento, re-fletido na sua Missão, na Visão e nos Valores, buscando maior alinhamento com a agenda do desenvolvimento sustentável. Missão: “Transformar

recursos naturais em prosperi-dade e desenvolvimento sus-tentável” Visão: “Ser a empresa de recursos naturais global número 1 em criação de valor de longo prazo, com excelên-cia, paixão pelas pessoas e pelo planeta” O Plano de Ação em Sus-tentabilidade (PAS) é uma das principais ferramentas com papel de impulsionar a con-

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cretização da nova Visão em práticas operacionais e benefí-cios tangíveis. Voltado para a padronização e a melhoria de desempenho em indicadores de sustentabilidade da Vale, o PAS passou, em 2011 a cobrir todas as operações da empresa nas diferentes localidades que a Vale atua. A partir do PAS são estipulados indicadores e me-tas que por sua vez, são bases para o calculo da remuneração variável para os cerca de 187,7 mil funcionários (entre próp-rios e terceiros) da companhia ao redor do globo. Para honrar os compro-missos com o meio ambiente, a Vale conta com uma série de políticas corporativas e proced-imentos estabelecidos, emba-sados pelo Sistema da Gestão Ambiental – modelo de gestão ambiente global, com ênfase na mitigação dos potenciais impactos ambientais e na pre-venção dos riscos associados às suas operações. A Vale registrou dispên-

dio para controle e proteção ambiental superior a US$ 1 bilhão em 2011, um acréscimo de 40% em relação ao de 2010. Do total, 70% (US$ 721 mil-hões) foram destinadosàs ativi-dades no Brasil, e, US$ 309 milhões, para os demais países onde a Vale atua. Desse total, 15% representam dispêndios voluntários, e 85%, custos asso-ciados a requisitos legais. Den-tre os dispêndios voluntários, a maior parte (94%) destinou-se à gestão ambiental. A Vale prioriza a con-tratação de fornecedores locais para colaborar com a dinami-zação da economia nas regiões em que atua, bem como qualifi-car e desenvolver empresas para atuar em um mercado cada vez mais competitivo. Alinhado à estratégia de sustentabilidade da empresa, a Vale desenvolve, desde 2008, o projeto Inove, com o propósito de fortalecer fornecedores de suas unidades no Brasil, considerados agentes de desenvolvimento susten-

tável nas áreas onde atuam. O Inove busca desenvolver os for-necedores locais por meio de capacitação, disponibilização de linhas de crédito e incentivo à realização de negócios, tor-nando-os mais competitivos no mercado. Em três anos, desde sua criação, já foram liberados em financiamentos e concedi-dos em créditos cerca de US$ 418,1 milhões, e as iniciativas de capacitação presencial e à distancia foram utilizadas por 380 empresas. A mineração é um setor da economia visto, mui-tas vezes, sob o ponto de vista de seus impactos negativos. A Vale reconhece esses impactos e busca trabalhar permanente-mente para que possa atuar como agente transformador da sociedade no sentido do desen-volvimento sustentável. A Vale defende o importante papel do setor mineral para a produção de insumos fundamentais para o desenvolvimento tecnológico da humanidade, o qual propi-ciará sua sustentabilidade. O valor econômico ger-ado e distribuído pela Vale em 2011 foi de US$ 8,5 bilhões. O lucro líquido atribuído aos acionistas controladores foi de US$ 22,9 bilhões, e a receita operacional foi de US$ 60,4 bilhões, 30% acima da regis-trada no ano anterior.

Missão Transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Visão Ser a empresa de recursos naturais global número um em crianção de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta.

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O guia exame de sus-tentabilidade é uma publicação anual, que destaca as empresas modelo em responsabilidade social corporativa – trata-se de maior e mais respeitado levan-tamento sobre o tema feito no Brasil. O guia já está em sua 13ª edição. Qualquer empresa pode participar, seja ela privada ou pública, de capital aberto ou fechado, grande, média ou pequena. Basta se inscrever gratuitamente e preencher um questionário dentro do pra-zo estabelecido. O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVCes), instituição que é referência no tema no Brasil é quem elabora o questionário e é responsável pela análise das informações. O conteúdo desse questionário está dividido em quatro partes, que somam cerca de 140 perguntas. A primeira aborda questões sobre compromisso, transparência e governança corporativa. As demais tratam das dimensões econômico-financeira, social e ambiental. Uma vez preenchido o

questionário, as respostas são analisadas estatisticamente, de modo a excluir empresas com os piores desempenhos em qualquer das dimensões do questionário. Com base nessa análise, um grupo de cerca de 40 empresas é selecionado e submetido à decisão de um conselho deliberativo – for-mado por especialistas –, que elege 20 empresas-modelo. Adicionalmente, é escolhida uma empresa-modelo entre as pequenas e médias empresas (com faturamento anual de até 300 milhões de reais). As informações das empresas são confidenciais e só serão utili-zadas nas reportagens do Guia se as mesmas consentirem. Não há ranking e as empresas aparecem na publicação em or-dem alfabética. A vantagem de partici-par do Guia é que todas as par-ticipantes recebem um relatório no qual as notas da empresa são apresentadas por dimensão, critérios e indicadores, assim como as médias de todo o uni-verso pesquisado e também das 20 empresas-modelo. Dessa forma, o relatório é uma ótima

ferramenta para avaliar a estra-tégia de sustentabilidade da sua companhia, definir melhorias e correções de rumo.

Empresas Modelos em 2012

A premiação dos vencedores ocorreu em 07/11/2012, em São Paulo. Vinte e uma empre-sas brasileiras que são exemplo de responsabilidade socioam-biental, segundo a nova edição do Guia EXAME de Sustent-abilidade. Anglo American A mineradora Anglo American é um dos maiores grupos em mineração e recur-sos naturais do mundo, tem-operações na África, Europa, América do Sul e do Norte, Austrália e Ásia, geram cerca

Guia exame de Sustentabilidade

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de 107 mil empregos em todo o planeta. No Brasil desde 1973. A Unidade de Negócio Níquel possui planta de níquel em Niquelândia (GO), que começou a ser construída em 1979 e entrou em operação em agosto de 1982. Hoje, a planta é responsável por 560 empregos diretos e produz cerca de dez mil toneladas de níquel contido em liga de ferroníquel por ano.Tem no diálogo com a comunidade o seu maior trunfo. Religiosamente, desde 2008, a empresa realiza no mês de novembro o Fórum Comunitário Intercâmbio para discutir com a população de Barro Alto, em Goiás, suas ações. A região é estratégica para a multinacional consolidar-se como a segunda maior produtora de níquel do país, atrás apenas da Votorantim. Promon A Promon, empresa especializada em projetos de infraestrutura, é exigente na aval-iação de impacto ambiental dos seus projetos, a ponto de recusar empreitadas que não se en-caixam nos critérios. Os projetos que saem da prancheta da Promon têm desempenho inve-jável na redução do consumo de água e de en-ergia elétrica, comparada com as práticas con-vencionais da construção civil. Na sua principal cliente, a Petrobras, os índices de reaproveita-mento de água chegam a 90%. CPFL Brasil Na busca pela diversificação, a CPFL Energia larga na frente no setor de energia rumo a uma geração cada vez mais limpa. At-ualmente, 95% da energia gerada pelo grupo vem de fontes renováveis. A maior parte, de hi-drelétricas, claro, mas juntam-se à frente verde nada mais nada menos do que seis usinas de biomassa e 15 parques eólicos. Natura Como falar de sustentabilidade, sem falar da Natura? E como falar da Natura, sem

falar da Amazônia? Empresa modelo em re-sponsabilidade socioambiental por natureza, a Natura resolveu estreitar ainda mais a relação com a região, instalando na capital, Manaus, um centro de inovação. O projeto é parte de um plano de investimentos para Amazônia de 1 bil-hão de reais até 2020. Dow A empresa do setor químico Dow enx-erga na parceria a via principal para a sustenta-bilidade. Em 2013, a maior fábrica de Aratu, na Bahia, a maior da empresa no Brasil, será abastecida pela energia gerada da biomassa de eucalipto de reflorestamento próprio e pro-duzida em usina operada pela empresa Energia Renováveis Brasil (ERB). A nova fonte vai su-prir 40% da energia consumida pela fábrica. Fleury Disseminar as boas práticas. Com essa diretriz em mente, o Grupo Fleury vem bus-cando nivelar ao mesmo padrão de sustentabili-dade a sua rede de mil médicos e 200 unidades, por todo o país. Para se ter uma ideia, em 2011, foram disseminadas 155 iniciativas sustentáveis no grupo, que incluem desde ações de volun-tariado à redução do desperdício de energia. Fibria A maior fabricante de celulose de eu-calipto do mundo não baixa a guarda na pro-teção do meio ambiente nem mesmo quando sua receita líquida cai. Pelo contrário, enxerga no uso eficiente dos recursos naturais uma ali-ado para reverter maus resultados econômicos. Hoje, para produzir uma tonelada de celulose, a empresa consome metade da água usada em média pelo setor e ainda reaproveita 68% do re-síduos que gera. Kimberly-Clark A fabricante de artigos de higiene pessoal Kimberly-Clark está em busca da embalagem

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verde perfeita. Prova disso é a linha de papel higiênico Neve Compacto, cuja embalagem é feita 60% de plástico ecológico, vindo de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, fornecido pela Braskem. Antes dessa iniciativa, a empresa atacou a questão da eficiência com a compac-tação dos rolos, que permitiu o transporte de mais produtos em um mesmo caminhão. Bunge A maior empresa de agronegócios do país teve um desempenho socioambiental notável em 2011, a começar pela redução das emissões de gases efeitos estufa: 20%, em comparação com 2010. Para tanto, substituiu os combus-tíveis fósseis usados nas caldeiras de processa-mento de grãos por biomassa. Com a energia térmica que gera com a queima do bagaço de cana-de-açúcar, a Bunge supre 78% de suas ne-cessidades energéticas. Unilever Melhorar a saúde e o bem-estar dos 2 bilhões de pessoas no mundo que usam pelo menos um de seus produtos é a meta da Unilever para os próximos dez anos. Nesse sentido, a em-presa já retirou 20 milhões de quilos de açúcar, 3 milhões de quilos de sal e 30 milhões quilos de gordura trans de sua linha de produtos alimentares. Outra frente de atuação da Unilever é a redução do desperdício de água, com produtos que exijam menos desse recurso natural. Ecorodovias Um dos maiores grupos de logística do país, a Ecorodovias mata dois coelhos com uma cajadada só: cui-da do bem estar de suas estradas e do meio ambiente, ao utilizar pneus velhos nas rodovias sob sua concessão, através

da reciclagem. Na lista, entram gigantes como o sistema Anchieta-Imigrantes e o corredor Ay-rton Senna-Carvalho Pinto, no estado de São Paulo. Grupo Boticário O Grupo Boticário se lançou numa cru-zada verde para estimular seus fornecedores a adotarem práticas cada vez mais sustentáveis. Hoje, a adesão da empresas parceiras já é de 95%. Detalhe, quando esse projeto, que é vol-untário, foi lançado em 2005, a adesão era de apenas 20%. O incentivo à adoção de práticas sustentáveis também se estende às 3.260 lojas da rede de franquias O Boticário. AES A educação do consumidor para o uso consciente da energia e também como medida de segurança foi o foco dos esforços da conces-sionária AES ao longo do último ano. Além de orientar mais de 18 mil clientes, a empresa in-vestiu nada menos do que 57 milhões de reais em programas de regularização, reduzindo per-das do sistema e riscos de acidente. Itaú Unibanco O Itaú Unibanco vem ampliando ações de educação financeira, e vê nas plataformas

Fibria é destaque no Guia Exame de Sustentabilidade

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digitais o caminho ideal no momento. E tem tido sucesso. Após levar informações sobre planejamento financeiro e crédito conscientes para as mídias sociais, o Itaú Unibanco tornou-se o maior banco do mundo no Facebook, com 2,7 milhões de fãs. Elektro Inovação tecnológica é a palavra do mo-mento na distribuidora de energia Elektro. E o meio ambiente agradece. Desde o começo do ano, a empresa passou a inspecionar com um helicóptero suas redes localizadas em áre-as de preservação ambiental. Ao invés de abrir caminhos no meio da área de proteção, os téc-nicos usam equipamentos de filmagem e de ter-movisão para fazer a manutenção preventiva da rede, mas tudo do alto. Masisa Detentora de 12% do mercado brasileiro de paineis de madeira, a Masisa é a primeira empresa do setor a receber a certificação Rótulo Ecológico, emitida desde outubro pela Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esse certificado diz se o produto emite for-maldeído, uma substância tóxica. Apesar da legislação nacional exigir que a emissão de for-maldeído seja inferior a 1,6 parte por milhão (PPM), a Masisa resolveu ir além, limitando o nível da substância a 0,3 ppm, seguindo os pa-drões europeus mais severos Alcoa A gigante do setor de alumínio Alcoa quer renovar os ares. Buscando reduzir suas emissões de gases efeito estufa, a empresa sub-stituiu os equipamentos movidos por óleo com-bustível em Poços de Caldo, Minas Gerais, por novas máquinas que funcionam a base de gás natural. Até o momento, a mudança gerou ben-efícios equivalentes à retirada de 11.200 carros de circulação.

Whirlpool A líder no setor de eletrodomésticos no Brasil, Whirlpool, busca mais do que a redução de desperdício na sua produção. O desafio ag-ora é criar geladeiras, freezers e ar-condiciona-do mais eficientes e que beneficiem os consu-midores. Hoje, 83% dos modelos lançados pela empresa no mercado brasileiro levam a classifi-cação A, de menor consumo de energia. Braskem Depois do sucesso do plástico de poli-etileno verde, feito a partir de cana-de-açúcar, a Braskem se lançou em um novo desafio: reduzir o consumo de água. Enquanto outros indica-dores ambientais, como emissões CO2, uso de energia e geração de resíduo caíram nos últimos anos, o consumo de água aumentou. A meta da empresa á reduzir esse consumo a um nível in-ferior ao verificado em 2002. Um dos caminhos será a reutilização deste recurso. Embraco Para a Embraco, maior fabricante de compressores de refrigeradores do mundo, a sustentabilidade é uma missão que extrapola as paredes de suas fábricas. Nos últimos 4 anos, a empresa vem envolvendo seus 400 fornecedores ao redor do mundo com a questão ambiental, a reciclagem, o reúso de materiais e relações tra-balhistas. Sabin Criado há 27 anos, o Laboratório Sabin, de Brasília, surgiu com apenas 4 funcionários e hoje já conta com um quadro de mil emprega-dos. A receita do sucesso? Cuidar bem das pes-soas. Entre os benefícios, seus funcionários têm direito a participação nos resultados, apoio aos estudos e programas de saúde. De quebra, ainda contam com programa de educação financeira, para planejar bem o futuro e sair de enrascadas.

Fonte: http://exame.abril.com.br

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Uma página em branco, em viturde aos nossos entes queridos, que morrem sem poder se defender.

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O Movimento Planeta Sustentável sur-giu em junho de 2007, devido aos projetos de sustentabilidade da Editora Abril, esses que estão alinhados à missão de “disseminar infor-mação e referências sobre sustentabilidade” e aos negócios da empresa. O movimento é liderado pela editora e tem o apoio de seis empresas par-ceiras Petrobras, Bunge, CPFL Energia, Grupo Camargo Correia, Caixa e SABESP; essas que você leitor, conhecerá mais adiante sobre as ações de cada uma. A Abril e seus parceiros tem como obje-tivos informar, debater e produzir conhecimento sobre sustentabilidade com temas nas áreas de ambiente, energia, casa, cidade, lixo, desenvolvi-mento, saúde, educação, cultura e atitude. O tema é desenvolvido e repassado através de di-versos meios e projetos, tais como o site do mov-imento, a rádio, redes sociais, blogs, publicações em revistas, o site “Meu Planetinha” para crian-ças, o “Manual de etiqueta para um planeta sus-tentável”, eventos como o “Planeta no Parque”

e “Caminhada pelo centro de São Paulo com a Turma da Reciclagem”, e campanhas.Parceiros A Editora teve a iniciativa, mas para con-tinuar a desenvolver o movimento e os projetos, é necessário a colaboração de empresas patroci-nadoras, Ongs e instituições. É através dessas parcerias que o movimento consegue a cada dia alcançar o objetivo comum a todos, que é fazer as pessoas conscientes e através de suas atitudes, tonar o mundo sustentável.

Sustentabilidade nas Empresas Parceiras

Grupo Abril O Grupo Abril com a criação da Fundação Victor Civita, foi uma das empresas pioneiras a conceituar e tornar esse tema relevante para sua instituição e repassar sua importância para a so-ciedade. Conforme fonte da própria Editora, O Grupo Abril elabora e produz um vasto conteú-do sobre o tema sustentabilidade. Mais do que reunir esse material, publicar matérias em prat-icamente todas as suas revistas, criar uma bibli-oteca sobre o assunto, promover fóruns e debates sobre o tema e indicar livros, é necessário impul-sionar uma grande mobilização pela sustenta-bilidade. E para que isso seja possível, acredita que as principais ideias e lições devem partir da própria casa. A consciência sobre o tema requer que as práticas de sustentabilidade sejam, por-tanto, iniciadas na própria empresa, e para isso a editora também se preocupa com a procedência do papel de sua publicações, que tem origem em

Movimento Planeta Sustentável

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projetos de reflorestamento e com certificados que garantem a idoneidade das empresas for-necedoras. Das 75 mil toneladas de papel que a Abril compra, 67 mil veem do exterior, sendo os maiores fornecedores oriundos da Finlândia, Alemanha e França. Todos eles possuem o cer-tificado Programme for Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC). Já os fornece-dores nacionais têm o selo Forest Stewardship Council (FSC). Os resíduos produzidos pelos funcionári-os, também tem destino socialmente respon-sável. Há mais de 15 anos, o papel é reciclado e reutilizado pela empresa, em envelopes para co-municação interna. Em 1998, foi implantado o Projeto de Coleta Seletiva que coleta o lixo reci-clável por meio de uma inteligente rede logísti-ca, que começa na mesa do funcionário, que tem um lixo específico para este tipo de material. A partir daí, produtos como plásticos, pilhas, lâm-padas e baterias são direcionados aos fornece-dores, que dão o destino correto aos resíduos. Ao criar e patrocinar o projeto, o Grupo revela sua preocupação com o planeta, com as futuras ger-ações e também com o seu futuro. Fonte: Edi-tora Abril (Site Planeta Sustentável) CPFL Energia A CPFL Energia acredita que não basta ter programas de sustentabilidade ou de investi-mentos sociais, é necessário que a empresa seja ética, transparente, responsável e sustentável, essa é uma premissa que deve estar na essência da organização, das decisões e processos mais simples aos mais complexos e é nessa vertente que busca pautar a condução dos seus negócios e interagir com todos os seus públicos de rela-cionamento e cadeia produtiva. A empresa atua e colabora para a sus-tentabilidade através da redução de emissores de carbono com o Projeto de Repotenciação

e Modernização das Pequenas Centrais Hi-drelétricas (PCHs); Programa de Neutralização com o objetivo de emitir o mínimo possível de gases geradores do efeito estufa resultantes de suas atividades secundárias; Redução de In-

sumos estabelecendo novas metas de redução de consumo de derivados de recursos naturais, como água, papel, a própria energia elétrica, o consumo consciente de produtos e o programa interno de coleta seletiva; Energia para o Fu-turo, que contribui para o desenvolvimento e uso de novas fontes de energia geradoras de ele-tricidade, como também o uso de produtos que utilizem energia de modo mais eficiente; Pro-

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grama de arborização que envolve comunidades; e a Responsabilidade social corporativa com três principais programas: Tear (Voltado para a sus-tentabilidade dos negócios de micro, pequenas e médias empresas. A idéia é fortalecer e aprimorar a gestão dessas empresas, por meio da transmis-são de conhecimentos sistematizados em sus-tentabilidade e responsabilidade corporativa.); Conhecer e Crescer (Igualmente voltado para os negócios de micro, pequenas e médias empresas, por meio de informações disseminadas em sem-inários e workshops sobre sustentabilidade, nos quais o foco é a excelência na gestão e os princí-pios da Fundação Nacional da Qualidade.) e a Revitalização de Hospitais Filantrópicos (Pro-move a transmissão de conhecimentos visando a gestão mais eficiente desses hospitais, situados nas áreas geográficas de atuação do grupo.). Através de sua participação no movi-mento, a CPFL Energia pretende dialogar com um número maior de pessoas sobre seus esfor-ços, com a consciência de que o futuro se faz no presente e que as práticas e as atitudes hoje disseminadas serão o horizonte das gerações fu-turas. Bunge Ciente de seu papel como organização atenta a seu tempo, a Bunge vai além da per-formance financeira. Para ela, é fundamental difundir e praticar um modelo de desenvolvi-mento capaz de alinhavar, a um só tempo, pros-peridade econômica, justiça social e respeito ao meio ambiente. A empresa acredita que a sustentabili-dade só pode ser real quando baseada em seus três alicerces: Desenvolvimento Econômico (através da parceria com produtores rurais e as cadeias produtivas, geram empregos, divisas e riquezas para o país); Responsabilidade Social (fortalece a crença na participação comunitária e

nos valores da cidadania empresarial, moldando políticas em benefício de toda a sociedade o ob-jetivo de valorizar a educação e a produção do conhecimento); e a Responsabilidade Ambien-tal (cuidado com os recursos naturais e o res-peito ao meio, trabalha com a biodiversidade e a preservação de biomas sensíveis, estimular a consciência ecológica, o uso de energia renovável com foco na produção limpa, e assim a empresa investe, produz e conserva as riquezas do país). Ela conta ainda com uma política de sus-tentabilidade, que estabelece os seguintes com-promissos: • Associarosobjetivosdenegóciosàs questões da responsabilidade socioambiental. • Procurariralémdocumprimentoda legislação ambiental local e de outros req-uisitos aplicáveis a seus processos, produtos e serviços. • Promover a melhoria contínuado ambiente e o desenvolvimento sustentável, aplicando os princípios de gerenciamento, in-dicadores de desempenho e avaliações de risco ambiental. • Investirnaformaçãodeparceiros,que devem entender os conceitos empregados e apresentar sua visão do processo. • Manterumaposturaéticaetrans-parente em todas as atividades e nos relaciona-mentos de negócio. • Gerar valor, empregos, renda eriquezas para as comunidades e para o país onde opera. • Demonstrar responsabilidade so-cial procurando atender às expectativas das co-munidades onde atua e promover o uso respon-sável dos recursos naturais. • Contribuirparaodesenvolvimen-to da cidadania por meio de ações de valorização da educação e do conhecimento. Para a Bunge, o desenvolvimento sus-

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tentável se fortalece a medida que as pessoas se envolvem com o tema. E, assim, torna-se impre-scindível investir na educação e na sensibilização da sociedade, não só para assegurar o presente, como também para garantir o futuro. Sabesp A Sabesp trabalha com um dos bens mais valiosos para o homem: a água. Por isso, exige at-uar com responsabilidade em todas as etapas do ciclo de produção. Desde a captação no manan-cial até a torneira, da coleta e tratamento do es-goto até a devolução para a natureza. Da mes-ma forma, atua como agente educador perante a sociedade, orientando seus clientes quanto às práticas sustentáveis, como no uso racional da água e a proteção de mananciais. Para o desenvolvimento das práticas sus-tentáveis, a empresa desenvolve ações como o Programa de uso Racional da água – Pura (Que tem como objetivo a implantação de tecnolo-gias e treinamento de conceitos para o uso ad-equado da água, combatendo o desperdício e, consequentemente reduzindo gastos); Água de Reuso (Subproduto do efluente das estações de tratamento de esgotos substitui com vantagens econômicas, permitindo poupar água tratada, em vários usos menos nobres como urbanos, industriais e comerciais); Programa de recebi-mentos de esgotos não domésticos (PREND) (Desenvolvido para empresas que desejam di-minuir custos com o tratamento de efluentes. Ao aderir a este programa, as empresas repas-sam à Sabesp a responsabilidade do tratamento e da disposição final de seu esgoto, reduzem seu custo operacional e atendem às exigências legais de controle de poluição ambiental). A Política da Sabesp em relação ao meio ambiente refere-se à: • Atuar na prevenção da poluiçãohídrica e gestão dos resíduos sólidos

• Desenvolver as pessoasparapro-mover a melhoria contínua dos produtos, pro-cessos e serviços, visando a qualidade ambiental • Assegurar a conformidade comalegislação ambiental e compromissos subscritos • Adotar critérios ambientais paragestão de fornecedores • Fomentar o desenvolvimento detecnologias voltadas á proteção, conservação e recuperação do meio ambiente. A Sabesp entende que as grandes vitórias resultam da união de esforços, pensamentos e ações em torno de um objetivo comum e, por-tanto, é fundamental estabelecer parcerias. A construção da sustentabilidade é na sua essência um esforço coletivo para preservar o planeta para as próximas gerações da humanidade e de todos os seres vivos. Petrobras A Petrobras se compromete com o de-senvolvimento sustentável e tem a sociedade como parceira no compromisso com o futuro do planeta. Em tudo o que faz - da gestão de negócios à busca de novas fontes de energia -, procura ser referência em responsabilidade social e ambiental. A Companhia adota um sistema de gestão que visa à ecoeficiência de suas operações e produtos, incluindo medidas voltadas para a busca da eficiência energética, uso racional de recursos hídricos, redução das emissões e da ger-ação de resíduos, entre outros. Com o objetivo de minimizar a inten-sidade de emissão de gases de efeito estufa nos seus processos e produtos, aumentar a eficiência energética, investir em novas tecnologias, con-tribuir para a sustentabilidade do negócio e para a mitigação da mudança do clima, foram cria-dos os Programas Pro-clima - Programa Tec-nológico de Mudanças Climáticas e o Pro-CO2 - Programa Tecnológico de Gerenciamento

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do CO2 (este especificamente para o pré-sal). Outro programa criado é o Programa Nacion-al da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet), com ob-jetivo de promover o uso racional e eficiente de combustíveis, possibilitando a redução de emis-sões de gases poluentes e do consumo de diesel e também incentivando o desenvolvimento de uma cultura antidesperdício em diversos setores, com ênfase no transporte, comércio, indústrias, agropecuária, residências e escolas. No dia-a-dia, a Companhia mostra que é possível aliar rentabilidade ao respeito às pes-soas e ao meio ambiente. Por isso, está sempre em busca de parcerias como o Planeta Susten-tável que incentivem o diálogo com a sociedade, visando encontrar soluções e inovações por um mundo melhor. Grupo Camargo Corrêa O primeiro passo do Grupo na con-strução de um futuro melhor foi dado em 2006, quando acionistas e diretores firmaram a “Carta da sustentabilidade: o desafio da inovação”. Ao determinar a necessidade de equilibrar os pilares econômico, social e ambiental, o documento estabeleceu políticas e diretrizes para orientar as atividades cotidianas do Grupo dentro dos princípios da sustentabilidade. Uma das controladas do grupo na área de gestão ambiental é a CAVO, que atua na co-leta de lixo pelo País. Por intermédio da própria CAVO, a Camargo Corrêa detém participação na Essencis, especializada em tecnologias para destinação final de resíduos e remediação dos solos; na UTR, que processa resíduos de saúde gerados em São Paulo; e na Loga, concessionária responsável pela limpeza urbana da região noroeste da capital paulista. A gestão socioambiental avança cada vez mais dentro da companhia. A Diretoria de Sus-

tentabilidade foi criada em 2007 para dissemi-nar conceitos, formar profissionais, levantar in-dicadores e sistematizar as práticas sustentáveis dentro do Grupo. Esta diretoria vem liderando uma série de ações educativas e de engajamento, entre elas o prêmio interno Ideias e Práticas – Inovação Sustentável, lançado em 2008, a Agen-da Climática, divulgada em 2009, e a Academia de Sustentabilidade, estabelecida em 2010. Já Externamente, para fortalecer o tema e também fomentar discussões de âmbito nacion-al e internacional, o Grupo vem estabelecendo importantes parcerias. Entre elas estão o pro-grama Empresas pelo Clima (EPC), do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GV-Ces), e a Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas, iniciativa do setor privado que conta com o apoio do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e do Fórum Amazônia Sustentável. A parceria entre o Grupo Camargo Cor-rêa e a Editora Abril, por meio do movimento Planeta Sustentável, é resultado de visões con-vergentes: para ambos, é primordial que a prática de seus negócios seja acompanhada de soluções e informações que possam impactar de maneira positiva na economia, na sociedade e no meio ambiente. Caixa A Caixa Econômica Federal acredita que os bancos têm um papel intransferível a desem-penhar, no sentido de financiar uma transição para modos mais sustentáveis de produção, negócios e serviços. As instituições financeiras devem funcionar como indutores do compor-tamento socioambiental responsável, ao incor-porar a variável ambiental em suas políticas de crédito, além de ações ambientais internas. Como instituição financeira pública, está alinhada aos compromissos do governo federal

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na busca pelo desenvolvimento sustentável. Sua responsabilidade social e ambiental traduz-se em ações ligadas à redução do desmatamento, à eficiência energética e ao fomento às energias renováveis e à habitação sustentável. O portfólio de produtos e serviços da CAIXA, para proje-tos e atividades engajados ao desenvolvimento socioambiental, tem sido ampliado, assim como a inserção de critérios de sustentabilidade no crédito. A empresa tem ainda forte atuação no fomento ao desenvolvimento sustentável de cidades, tanto como banco comercial quanto como operador das políticas de desenvolvimen-to urbano do governo, suas principais atuações são através dos programas: Crédito responsável; Fundo socioambiental; Desenvolvimento de ci-dades sustentáveis; Construções sustentáveis; Produtos socioambientais e Gestão ambiental nos processos internos. Para a CAIXA, participar do movimento Planeta Sustentável é um privilégio, pois es-timula a consciência ambiental e o sentimento de conservação dos recursos naturais, em seus leitores. O debate, criado neste canal de infor-mação, é de grande valor para a construção de uma nova realidade, voltada para a sustentabili-dade do planeta e, acima de tudo, da própria vida humana. Reduzir Cosumo Por que é preciso reduzir o consumo de sacolas plásticas? Quais os impactos globais, caso a temperatura do planeta aumente mais de 2ºC? Quanto de água virtual é gasto na produção de um celular? Quais as mudanças que a economia verde propõe? Que tipo de papel devo utilizar: reciclado ou novo? Conferências como a Rio+20 vão resolver os problemas do planeta?Saber as respostas para essas perguntas nos ajuda a repensar nossas atitudes do dia a dia e fortalecer o movimento pela sustentabilidade no mundo. Foi Lançado em 05 de Junho – não por

acaso, data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Manual de Etiqueta 4.0, que responde a essas e muitas outras questões relacionadas ao tema, além de dar dicas para o leitor incorporar a sustentabilidade ao seu dia a dia. A quarta edição aborda oito assuntos atualíssimos: Clima; água; economia verde; en-ergia; papel; sacolas plásticas; biodiversidade e conferências mundiais. O Manual está disponível no site http://planetasustentavel.abril.com.br/pdf/manual-de-etiqueta-2012.pdf e será distribuído eventos dos quais o Planeta Sustentável partici-pará. Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/man-ual-de-etiqueta-4-0-mais-dicas-para-voce-incorporar-a-sustentabilidade-ao-seu-dia-a-dia/

“Construir um Planeta Sustentável é agir no presente com os olhos voltados para o futuro. Atender às necessidades das gerações do hoje, sem comprometer as possibilidades de as ger-ações do futuro atenderem às suas próprias ne-cessidades. Difundir a informação, estimular o debate e qualificar a ação.”

Fontes: http://www.facebook.com/planetasustentavel/infoReferências Bibliográficas:www.planetasustentavel.abril.com.brhttp://www.facebook.com/planetasustentavel/infohttp://www.cpfl.com.br/Default.aspx?alias=www.cpfl.com.br/sustentabilidadehttp://www.bunge.com.br/sustentabilidade/sustenta-bilidade.asphttp://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=148http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e-sociedade/http://www.camargocorrea.com.br/http://www12.caixa.gov.br/portal/public/rse/

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Musa Lyra é uma marca que tem em sua essência a cultura, a arte e a sustentabili-dade nas ideias e na prática. Não se trata de um estilo passageiro, e sim, de um manifesto de uma personalidade. O seu conceito é informativo e sempre atual, ou seja, não há nenhum compromisso com o que é ditado pelos costumes do mundo contemporâneo. Musa Lyra é cultural porque as suas camisetas básicas masculinas e femininas, se inspiram em temas universais e atemporais: etnias, patrimônios da humanidade e manifes-tações culturais e artísticas de um modo geral. O objetivo Musa Lyra é resgatar assun-tos que falam da essência do próprio ser hu-mano. Musa Lyra é arte, pois há uma gama de outros produtos como peças artesanais, ador-nos e objetos em geral, que são criados ou ben-eficiados com uma diversidade de elementos do nosso artesanato, bem como, materiais re-ciclados, que valorizam as peças e as transfor-mam em um feito instrutivo e artístico. Peças essas, únicas, exclusivas e difer-entes, onde os materiais aplicados são variados em suas cores e formas, mostrando um conceito evidente de uma criatividade arrojada, person-alizada e incomum.Um conceito do belo. Como a arte. Por fim, Musa Lyra é continuidade, pois transporta as suas ideias e informações tendo o compromisso maior com a preservação cultural, social, e, so-bretudo, com o conceito da sustentabilidade do planeta: reduzir, reutilizar e recuperar.

A proposta da marca de camisetas musa Lyra é abordar temas universais, através de estampas grandes e estouradas em suas peças. A exploração dos temas como etnia, povos, patrimônios do mundo, arte, música, dança, folclore e a cultura de um modo geral, é uma forma de musa Lyra transmitir conhecimento, informação e estilo, não exigindo do usuário, uma obrigação em seguir as tendências escravas da moda, pois serão peças que expressarão temas que nunca morrerão, ou seja, que estarão sempre vivos e em gosto, em qualquer tempo ou espaço. Musa Lyra tem uma proposta voltada para o resgate de temas e assuntos esquecidos pelo mundo

Musa Lyra, um exemplo de empresa Sustentável

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em que vivemos, onde tudo é efêmero e descartável. Musa lyra segue o de-senho das camisetas básicas, clássicas, não optando pelos caminhos oscilantes e mu-tantes ditados pela moda, e nem, seguindo a escravidão que a mesma impõe, onde o corpo tem lugar de destaque e a imagem do mesmo, é o que prevalece. Musa lyra é uma marca onde os seus usuários sabem o que estarão usando e o mo-tivo pelo qual estão usando. Usuários de personalidades formadas, que tenham estilo, conhecimento, de bom gosto e que não são servis às tendências impostas pela moda, que muitas vezes são inacessíveis.Musa lyra, também está voltada para a sustentabi-lidade, onde tudo no produto, na medida em que o mercado ofereça condições e opções viáveis, terá uma durabilidade maior e um reaproveitamento, no intuito de ajudar na manutenção e preservação do nosso planeta, reduzindo o impacto do usuário da marca na natureza, e que, por meio dessa atitude, ele contribui para que as próximas gerações possam compreender a importância de que poderão evitar que um material, antes de ser jogado no lixo, antes de ser descartado, seja analisado em relação à importância de sua reutilização, do seu reaproveita-mento. Com a coleção Amazônia Imortal, Musa Lyra mostra ícones importantes da fauna, da flora, da cultura, como as lendas, danças e instrumentos indígenas, dessa região tão fascinante e mis-teriosa que é a Amazônia, e, que sofre uma ameaça à sobrevivên-cia da humanidade, pois está em constante processo de destruição

sem controle, pelo seu potencial de cura com a sua rica flora, pela biodi-versidade da fauna, pelas suas reservas naturais, as mais cobiçadas do mundo. A Amazônia deveria ser considerada patrimônio natural da humanidade, por sua riqueza não só material, mas também, pela sua riqueza impalpável, e esta, nunca poderá ser medida, pois está relacionada com uma dimensão espiritual da proximidade do homem com a natureza. A Amazônia é o re-sumo da alimentação da humanidade, o resumo do medicamento impre-scindível, o resumo da água doce, o resumo da biodiversidade do futuro.

A Amazônia é o maior capital de todas as raças, um verdadeiro cofre mundial, onde está a maior floresta do globo, única em tamanho e diversidade. Assim como Musa Lyra está contribuindo e tem um compromisso com as questões do meio am-biente, todos precisam contribuir também, da mes-ma forma, tentando reverter a tendência desastrosa dos nossos dias com esse tesouro que é a Amazônia. Há uma lenda que diz que no momento de uma grande queimada na floresta, todos os animais fugiram. Somente um pequeno beija-flor pegava al-gumas gotas de água no rio e voava alto, para jogá-las sobre o fogo. E aí, perguntaram a ele o que adian-taria fazer tão pouca coisa. Ele respondeu: “Se todos

o fizessem...” Musa Lyra procura ter o con-ceito de sustentabilidade na idéia e na pratica, onde até mesmo um pensamento pode ser sustentável. Suas embalagens foram de-senvolvidas em forma de envelopes vai e vem, para que assim o cliente tenha outro opção em reaproveitá-lo ao invés de ser jogado no lixo que é o destino de quase todas as em-balagens. Para uma camiseta manter-se com sua dobragem impecável

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sempre se foi usado uma película ao pa-pelão, popularmente falando, esse papelão dar-se o nome de peit-ilho, peitilho que sem-pre vai parar no livro, no caso, Musa Lyra transformou o mes-mos em marcadores de páginas, o peitilho vem serrilhado para que após o uso o cli-ente possa aproveitá-lo como marcador. A marca procura sempre em todo o seu material gráfico utilizar papeis de maneira respon-sável, no mercado hoje existe um selo chamado FSC, selo que garante toda pro-cedência do papel, que vai desde do corte da madeira que são arvores re-plantadas até a gráfica que irá repassar o mesmo para seus clientes, a instituição FSC tem uma constante e intensa fiscalização mediante as empresas que trabalham ao são credenciadas com o mesmo. As estampas Musa Lyra são confecciona-das com tintas a base d’água, pois agridem mesmo o meio ambiente, e são chamadas de estampas frias pois seu processo de secagem acontece no próprio berço de estampa não precisando assim passar numa polimizadeira, estufa super aquecido para a secagem da tinta, isso só acorre porque o berço de estampa é de mármore onde o mesmo é aquecido de baixo para cima, além desse ponto o mármore nos dar uma qualidade na nitidez da estampa pois a superfície do mesmo não apresenta irregularidades. Da malha, confeccionada em fio 100% al-godão e sempre tratada ou tingida em tons nudes,

tons claros, uma vez que corantes mais fontes pol-uem mais e pelo fato de que para suportar o tom da tinta escura e para ter uma melhora na cor à malha tem que ser primeiro descolorida, descolorante esse que é mais um fator de poluição, já no caso dos tons mais claro não é preciso acontecer essa descoloração. A malha Musa Lyra tem em seus fios um efeito chamado “ceramic micro wash” beneficiamento em que os fios são bombardeados por partículas de cerâmica, nesse tratamento além da durabilidade da malha e toque que tem um diferencial, são elimina-dos minúsculos fios de malha que com o tempo vão se agrupando e formando as tão temíveis bolinhas que levam o nome peeling.

ENVELOPE VAI/VEM LAMINADO C/ JANELA EM ACETATO C/ FECHO DE CORDÃO E ILHÓS.JANELA EM ACETATO | FORMATO: 199x275mmENVELOPE | FORMATO ABERTO: 512x430mm

ENVELOPE | FORMATO FECHADO: 250x355mmTIPO DE PAPEL: RECICLATO 240 G/M2

ACABAMENTO: LAMINADO FOSCO

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“A humanidade enfrenta atualmente um dos maiores paradoxos de toda sua história: necessidade de crescimento econômico X degradação ambiental e manutenção da vida. O American way of life ou sonho americano é o padrão de felicidade adotado em quase todo o mundo e é suportado pelo consumismo

e opulência e essa é a roda que tem movido a economia por pelo menos os últimos 80 anos. Sendo que o consumo gera renda, que consequente gera emprego e em decorrência gera bem estar social. Contudo, o planeta não suporta mais esse modo de vida e está morrendo lentamente. Este fato é facilmente comprovado com os desastres naturais sem precedentes que temos experimentado ultimamente como, por exemplo, o super furacão Sandy. Ou seja, como dito popularmente: “Se correr o bicho PEGA, se ficar o bicho COME.” Em resposta a necessidade de um novo caminho, temos a Economia Verde, um novo paradigma econômico que tem como principais prismas a Responsabilidade ambiental, Responsabilidade social e o desenvolvimento da economia local. Uma nova forma de gerar valor para as empresas, gastando menos e desenvolvendo as comunidades e os mercados locais. Para mim foi difícil acreditar que efetivamente fosse possível aliar práticas sustentáveis com crescimento econômico, mas através da minha pesquisa observei que não só é possível como também necessário, tanto para a manutenção da vida na Terra, quanto para a sobrevivência das empresas nos mercados do futuro.”

A sustentabilidade urbana é um debate que surge da necessidade de entendermos o conjunto de problemas da qualidade de vida urbana, tais como: alterações climáticas, desmatamento desenfreado, violência, desigualdade social, transporte público escasso, entre outros. O objetivo do tema foi analisar, refletir,

questionar o termo sustentabilidade urbana e suas diversas contradições empregadas por alguns autores e documentos. Para melhor esclarecimento dos conceitos, abordei inúmeras discussões, levantando-se questões, aspectos complementares e contraditórios que percorrem os temas:- sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, sustentabilidade urbana, entre outros. A análise foi elaborada interpretando-se as diferentes reflexões e proposições de diversos autores queviabilizou a identificação de alguns elementos conceituais que contribuem na crítica de como o termo é empregado. Os resultados obtidos demonstram diversas controvérsias analisadas entre autores acerca do tema sustentabilidade urbana.No entanto espero que este trabalho possa contribuir para o levantamento de conceitos atualizados, esclarecimento da importância de como o termo é empregado nos diferentes contextos implícitos nas dimensões da sustentabilidade.

As empresas que tem uma visão sustentável os seus resultados vão ser bem melhor. Apesar da pratica sustentável não seja tão vivenciada nas empresas, muitas dela estão procurando se adaptar para que o mundo dos negócios. A sustentabilidade é uma forma de obter mais lucros, obter melhores resultados

em seu negocio, ela vem inovando cada dia que passa.

“Depoimentos”ROMEL DAMASCENO Ciências Contábeis

ROBERTA LOPESAdministração

MARIANA MARTINSCiências Contábeis

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É possível Empreender grandes projetos mantendo a Responsabilidade Sustentável, que é hoje uma das questões mais cobradas da sociedade para com as empresas, e pode-se dizer que é um fator que influencia diretamente nos negócios já que atualmente a Sustentabilidade está ganhando cada vez

mais espaço nas mídias e nas vidas das pessoas, e a Consciência Sustentável está fazendo com que muitos, antes de comprar ou consumir um serviço e/ou produto, procurem saber o caráter e ações da empresa em relação ao meio ambiente. A Elaboração da matéria sobre o movimento Planeta Sustentável trouxe um conhecimento de fundamental importância tanto em relação à sustentabilidade, quanto em conhecer as ações e projetos de empresas parceiras que atuam de forma conjunta ou individualizada para chegar a um objetivo comum, que é salvar o planeta e tornar a sociedade sustentável.

O setor de Moda é um setor muito representativo na economia mundial. Mesmo se tratando de um grupo mais seleto de consumidores o setor movimenta milhões de dólares por ano em todo o mundo. Sendo este, um setor tão valorizado pelos seus consumidores, existem diversas opções sustentáveis de produtos consumidos por esse

público, respeitando os conceitos de luxo que são utilizados para desenvolver os artigos procurados por esses consu-midores, uma que produtos sustentáveis ou ecologicamente corretos são muito caros e ainda não estar acessível para a maioria da polução. Cada vez mais fala-se em sustentabilidade e claro que não apenas no setor de moda. Diversos outros setores das atividades humanas vem buscando meios de implementar a sustentabilidade em suas indústrias visando a preservação do meio ambiente. Alguns recursos naturais que foram utilizados durante séculos, tais como o petróleo, em diversos setores, estão acabando e isto está levando as empresas a buscarem alternativas de materiais e processos para o desenvolvimento de seus produtos.

O desenvolvimento desse projeto foi muito proveitoso e agregador mesmo com todas as dificuldades encontradas durante o processo de criação, o tema abordado pela revista é muito pertinente, pois trata de um assunto que tem sido amplamente discutido em todo mundo. O novo às vezes assusta e quando

foi lançado o desafio de ter que criar uma revista algo que não tem muito a ver com o curso de engenharia de produção no inicio veio àquela resistência natural afinal não sabia como lidar com essa situação, mas quando iniciamos o trabalho comecei a descobrir coisas muito interessantes. Um ponto de destaque foi à heterogeneidade da equipe como eram integrantes de vários cursos diferentes pude ver o assunto tratado e discutido em varias perspectivas e dentro da realidade de cada curso e isso ajudou muito para que eu pudesse desenvolver melhor o que me foi proposto. Dentre muitos temas que eu poderia abordar decidi falar sobre ENERGIA SUSTENTÉVEL e a importância dos bio-combustíveis como parte de uma evolução global, de uma economia baseada no petróleo que dominava o século XX, para um novo patamar que evoluirá no século 21. São apresentadas evidencias de que esta nova economia não é apenas um modismo ditado por ambientalistas, mas um forte movimento sustentado por grandes multinacionais, bancos e iniciativas governamentais. Por fim gostaria de agradecer a todos os meus colegas de equipe que se empenharam na realização desse trabalho e ao professor por nos proporcionar essa rica oportunidade. Acredito que todos que se envolveram nesse projeto tiveram boas experiências e as levaram por todo curso.

O tema escolhido me proporcionou diversos conhecimentos, pois além de contribuir com o meio ambiente, é um assunto do nosso cotidiano. Espero que todos ao lerem esta matéria percebam da importância do tema e como uma simples mudança de hábito pode impactar em todo um planeta.

MILENA PAULA Administração

DANIEL ALVESEngenharia de Produção

KARISA FERNANDESAdministração

EUDES BARBOSA Design de Moda

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“Um mundo sem vida, de estradas “bem” caminhadas, mas de riquezas momentâneas e de futuro incerto, cada época tem-se suas glorias, suas descobertas, suas alegrias e tristezas, o mundo tudo ver e em tudo está presente, mas há algo que ele não pode dizer, é o que ele sente”

Vivemos em evolução, ou melhor, estamos a viver a evolução, em pleno século 21, um mundo melhor poderia se pensar, não é bem assim, na medida em que evoluímos, o ritmo se torna cada vez mas acelerado e sufocante, tornado a vida chata e entediante, o mundo vive seu de ritmo de maneira muito pior, a cada ano são cortadas milhões de arvores, animais são mortos, aumenta a concentração lixos, mudando seu ecossistema e gerando um estrago grandioso, algo sem controle, o que nos torna vitimas da nossa própria ação, a sustentabilidade é algo que vem desde o inicio o mundo, de modo silencioso, se mostrando a cada evolução, até chegar onde chegamos, onde o opção se torna necessária, a sustentabilidade passou de simples fato para um preocupação mundial, o “Q” questão não esta apenas em usar menos ou ter hábitos sustentáveis, para evoluir precisamos usar recursos do mundo, o que torna o assunto complexo e alvos de muitas controvérsias ao se pensar que não evoluirmos sem degradar-lo, a frase “Crie mais e use menos”, me leva a pensar algo, “revitalizar o que nos próprios estamos a matar”, deixando o mundo como era antes, mas se fizermos tal qual não voltaríamos a fazer o mesmo ponto ?. Devemos evoluir juntamente com o mundo, não sejamos egoístas ao ponto de pensar e si próprios e não quem porventura vir a fazer algo dizendo que não a nada a ser feito, que todos fazem ao contrario, porque eu não deveria fazer o mesmo, uma ação gera uma reação, talvez essa seja a primeira e mais simples alternativa que devemos fazer se realmente desejamos um mundo melhor”

“A preocupação com o meio ambiente é mundial e cada vez mais as pessoas e empresas tomam medidas e fazem a sua parte para tornar a vida no mundo melhor do que é atualmente. Além das metas ambiciosas, pequenos gestos

fazem a diferença e as empresas apostam neles, como por exemplo evitar o uso do papel e tornar a comunicação interna 100% digital. Por puro marketing ou porque realmente estão preocupadas com meio ambiente, as empresas procuram cada vez mais soluções de sustentabilidade. São iniciativas que mudam o comportamento das pessoas e trazem bons resultados para o mundo. Porem ainda é claro que em virtude das novas tecnologias de ponta que estão sendo utilizadas em uma escala cada vez maior, as pessoas que estão muito envolvidas com novos equipamentos e aparelhagens industriais, acabam, em algum momento, se afastando de um mundo mais natural. Nos grandes centros urbanos, os valores pontuais relacionados com o meio ambiente e sua preservação, têm pouco espaço na vida dos jovens que estão acostumados com a automatização de tudo o que precisam. Desse modo, ficam cada vez mais distantes dos ecossistemas naturais, desconhecendo o que precisam saber, de fato, para preservar o ambiente onde estão inseridos. Infelizmente o consumo nosso de cada dia é que tem provocado os desastres que vemos hoje. Todos nós, diariamente, tomamos milhares de decisões de consumo. Optamos pelo melhor lápis, restaurante, produto do supermercado, plano de saúde etc. Tudo é opção de consumo e nós decidimos o tempo todo. Hoje, no dia a dia, já deixamos de regressar a um restaurante que maltrata funcionários, por exemplo. Mas a mesma lógica que impera nas decisões que tangem o social deveria considerar também o ambiental. Isso não é fácil, porque há a obsessão que desenvolvimento sustentável se relaciona só com uma dessas dimensões - ou é social, ou ambiental ou econômico, depende do interesse de quem aplica o termo. Mas a relação é com as três dimensões em conjunto. Por tanto essa pesquisa me fez refletir em varias questões e certamente irei compartilhar esse aprendizado.”

JOSIAS SEVERODesign

MONALISA PINHEIRO-Ciências Contábeis

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Seja VOCÊ a mudança, plante seu FUTURO

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Campanha - Um Mundo Melhor, 2012

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