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GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA HRAS/SES/DF – Pediatria Isabel Cristina Leal Firmino R1 Dr. Filipe Lacerda www.paulomargotto.com.br 12/6/2009

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GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

HRAS/SES/DF – PediatriaIsabel Cristina Leal Firmino R1Dr. Filipe Lacerdawww.paulomargotto.com.br12/6/2009

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GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA Síndrome Nefrítica é o processo inflamatório agudo

dos glomérulos.

Independente da origem, o quadro básico é caracterizado por: Hematúria Edema HAS Oligúria Proteinúria subnefrótica (< 3,5g/24h)

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GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA Causas de Síndrome nefrítica

Síndrome pós infecciosa

1.1. Pós-estreptocócica1.2. Não pós-estreptocócica Bacteriana: endocardite, abscessos, sepse Virais: hepatite B e C, mononucleose, varicela Parasitárias: malária, toxoplasmose

Causadas por doenças multissistêmicas

Lúpus Eritematoso sistêmicoPúrpura de Henoch-SchönleinCrioglobulinemiaPAN microscópicaGranulomatose de WegenerSíndrome de GoodpastureTumores

Primárias do GloméruloDoença de BergerGN membranoproliferativaGN proliferativa mesangialGN anti-membrana basal glomerularGN pauci-imune (ANCA positivo)GN por imunocomplexos idiopática

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GLOMERULONEFRITE PÓS – ESTREPTOCÓCICA (GNPE)

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EPIDEMIOLOGIA Pico de incidência aos 7 anos

5% em <2 anos; 5 a 10% em adultos.

2:1 meninos:meninas

20% portadores assintomáticos do estreptococo.

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ETIOLOGIA

Causada pelas cepas nefritogênicas do Streptococcus Pyogenes: Piodermite: M tipos 47, 49, 55, 57, 60 Faringoamigdalite: M tipos 1, 2, 4, 12, 18, 25

Risco de aproximadamente 15% Intervalo entre a infecção e a nefrite:

7 a 21 dias se faringoamigdalite 15 a 28 dias se piodermite

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PATOGENIA Mediada por imunocomplexos

Mecanismos propostos Deposição glomerular de imunocomplexos (antígeno

estreptocócico – anticorpo) Mecanismo auto-imune

Reação cruzada com antígeno glomerular renal Complexos terminais do complemento → produção de

interleucina → injúria glomerular e proliferação mesangial

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PATOGENIA Antígenos estreptocócicos (complexos imunológicos):

Exotoxina cisteína - proteínase catiônica B (SPE-B) Receptor de plasmina

Localizados nos glomérulos

Ac sérico associado às infecções nefritogênicas estreptocócicas

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PATOGENIAImunocomplexos formados in situ

↓Deposição no lado subendotelial da parede capilar

↓Ativação do sistema complemento

↓Ativação de neutrófilos

↓Proteases / Substâncias oxidantes

↓Alteração da MBG (proteinúria)

↓Imunocomplexos para o lado epitelial

↓HUMPS

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FISIOPATOLOGIAProcesso inflamatório

↓↓lúmen dos capilares glomerulares

↓↓área filtrante

↓↓TFG

↓↓pressão hidrostática nos capilares glomerulares

↓Retenção de Na e água

↓↑volemia

↓HAS e edema

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FISIOPATOLOGIA

↑volemia↓

Hiponatremia dilucional↓

Retenção de Na nos túbulos distais↓

Expansão do volume↓

Supressão do SRAA

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FISIOPATOLOGIA

Lesões nos capilares glomerulares↓

Hemácias para o espaço de Bowman↓

Hematúria

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FISIOPATOLOGIA

Reação inflamatória↓

Alteração na permeabilidade da membrana↓

Proteinúria

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ANATOMIA PATOLÓGICA Microscopia de luz

Padrão: glomerulonefrite proliferativa pura Proliferação endocapilar de células mesangiais e

endoteliais Tumefação capilar com luzes colapsadas

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ANATOMIA PATOLÓGICA

Microscopia

Glomérulo normal Glomerulonefrite proliferativa

Fonte: NELSON, W. E. et al.  Tratado de pediatria, 2004

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ANATOMIA PATOLÓGICA

Glomérulo na Microscopia Óptica (1000x) com Infiltração Neutrofílica

Fonte:Lopes et al, Relato de Caso 2008

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ANATOMIA PATOLÓGICA Imunofluorescência

Humps Infiltrados inflamatórios grosseiros sob as paredes dos

capilares glomerulares

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Edema

Leve, frio, mole, gravitacional Região periorbitária e no período matutino Membros inferiores, região lombar e genitália

HAS 90% dos casos

Hematúria Macroscópica

50% dos casos Tonalidade acastanhada

Microscópica 100% dos casos, aproximadamente

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Proteinúria

Entre 0,15 a 3,5g/dia (faixa nefrítica) 73% apresentam proteinúria nefrítica 3% proteinúria nefrótica 24% não apresentam proteinúria (Berrios et al, 2004)

Oligúria ou anúria transitórias 25% dos casos

Casos subclínicos

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COMPLICAÇÕES Congestão cardiocirculatória (12%)

Encefalopatia hipertensiva (4%) Cefaléia, vômitos, pertubações visuais, diplopia,

amaurose transitória, convulsão

IRA (1%)

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DIAGNÓSTICO História e exame físico EAS

Hemácias dismórficas Cilindros hemáticos, granulosos, hialino, leucocitário Osmolaridade elevada Proteinúria positiva

Função renal Uréia e creatinina podem estar elevados

Hemograma Anemia por expansão do volume Plaquetopenia transitória (↓meia vida)

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DIAGNÓSTICO ASLO, anti-hialuronidase, anti DNAse (Streptozyme

test) Infecções cutâneas – anti DNAse (sens 60 a 70%) Infecções de orofaringe – ASLO (sens 80 a 90%) e anti

DNAse (sens 75%) Complemento ↓ em 90%

C3, C5, properdina Hipergamaglobulinemia (90%) Fator reumatóide (50%)

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Outras glomerulonefrites pós infecciosas Glomerulonefrite não infecciosa Glomerulonefrite membranoproliferativa

6:1 meninos:meninas Proliferação focal e difusa com cresentes Proteinúria na faixa nefrótica Complemento baixo por mais de 8 semanas

Glomerulopatias crônicas assintomáticas que se manifestam na vigência de processo infeccioso

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TRATAMENTO Erradicação da estreptococcia

Penicilina benzatina Eritromicina nas hipersensibilidades Evita disseminação das cepas

Repouso relativo Restrição de sódio

Na fase oligúrica, durante edema e hipertensão Restrição de K

Oligúria importante Restrição hídrica

20ml/Kg/dia + perdas

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TRATAMENTO HAS e/ou sinais de congestão cardiocirculatória

Furosemida 1 a 6 mg/Kg/dia Hidralazina 0,2 a 0,5 mg/Kg/dose IV ou 1 a 4 mg/Kg/dia

VO Nifedipina 0,1 a 0,25 mg/Kg/dose (pico de difícil

controle) Captopril 0,2 a 0,5 mg/Kg/dose 8/8 ou 12/12h (↑K e

creatinina) Encefalopatia

Diazepam 0,1 a 0,3 mg/Kg/dose nas convulsões Nitroprussiato de sódio 0,5 a 8 mcg/Kg/min

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TRATAMENTO IRA

Hipercalemia leve Restrição dietética Furosemida Resina de troca

Hipercalemia grave Gluconato de cálcio Diálise

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PROGNÓSTICO 1 semana

Normaliza PA ↑diurese ↓uréia e cratinina

2 a 3 semanas Resolve hematúria macroscópica

6 a 8 semanas Resolve hipocomplementenemia

3 a 6 meses Resolve proteinúria

1 ano Resolve hematúria microscópica

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INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL

Oligúria e/ou azotemia persistente por mais de 4 semanas

Hematúria macroscópica por mais de 4 semanas ou recidivante

Hematúria microscópica por mais de 2 anos Hipocomplementenemia por mais de 8 semanas Proteinúria nefrótica por mais de 4 semanas

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SÍNDROME NEFRÍTICA X SÍNDROME NEFRÓTICA

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SINDROME NEFRÍTICA X SÍNDROME NEFRÓTICA

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BIBLIOGRAFIA Nelson, W. E. et al.  Tratado de pediatria.  16 ed.,

Rio de Janeiro, Interamericana,  2004. Lopes, A. C. et al. Glomerulonefrite Aguda Pós-

Estreptocócica com Proteinúria Nefrótica. Relato de caso. Rev Bras Clin Med, 2008;6:213-215.

Morais, M. B., Pediatria – Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP, São Paulo, Manole, 2005.

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