Games (civilizações antigas) Egito - Assistir o 84º episódio do quadro Gamepedia: “Egito nos Games”, apresentado por Flávia Gasi.

São muitos os jogos que se utilizam do Egito como cenário, ou dos típicos clichês relacionados à cultura, à mitologia, aos símbolos e à história antiga do país -- faraós, esfinges, pirâmides, múmias, desertos, hieróglifos... nem a Cleópatra foi esquecida.

O jogo de estratégia “Age of Empires”, por exemplo, apresenta nos primeiros dois títulos da franquia as guerras antigas no ocidente e no oriente durante as quatro idades da Antiguidade, além disso, a versão “Age of Mythology”, é inspirado pelos mitos e lendas dos gregos, egípcios e nórdicos, ao invés da história real.

Age of Mythology (2002)

Além de referências presentes na própria narrativa, o game também caracteriza os elementos da cultura egípcia através dos cenários/ arquiteturas/ objetos de cena, trilha sonora, e ainda, personagens.

Quase todos os jogos que contém fases que se passam no deserto retratam referências ao antigo Egito, mesmo que este não faça parte de seu contexto histórico. Um bom exemplo de tal fenômeno são os jogos: “Final Fantasy V” (1992), “Kings Quest V” (1990), “The Legend of Zelda: A link to the past” (1991).

Final Fantasy V (1992)

The legend of Zelda: A link to the past (1991) Alguns ainda manifestam as eras antigas de maneira

futurística, através da reconstituição de alguns elementos históricos, como é o caso do game Starcraft que apresenta uma espécie de pirâmide de aço com painéis de luzes, permeada por uma tecnologia avançada.

No que se diz respeito aos personagens, são quatro os mais recorrentes durante a temática dos jogos: A múmia, os gatos, as esfinges e os faraós.

Assim como o cenário, os personagens não são elementos “amigáveis”, aparecendo sempre como vilões. Alguns exemplos disso estão presentes em “Metal slug 3” (2000) e “Castlevania: Portrait of the ruin” (2006). Contudo, ainda há exceções onde o jogador pode personificar um desses personagens, como em “League of Legends” e “Darkstalkers resurrection”, nos quais o jogador pode encarnar uma múmia. Além disso, no jogo The sims 3: Volta ao mundo existe um submundo chamado Al simhara onde se é possível explorar tumbas, templos e pirâmides, que faz referência às pirâmides de Menakurue, Quéops e Kuran, ao Templo de Karnak e à Embaixada Dourada ao templo de Cleópatra.

Outros jogos com referências ao Egito: Mother 3; Secret of evermore; Paper Mario; Command & Conquer: Red alert 2; Call of Duty: Black Ops III; Battlefield ; Sonic & Knuckles; Cyvilization; Star fox 64; Contra III: Alien Wars; Team Fortress 2; Diablo II; World of Warcraft; e Banjo - Kazooie. Grécia As referências da Grécia antiga nos games são inúmeras e podem ser feitas de maneira indireta como no caso de Silent Hill 2, onde um dos vilões (Pyramid Head) apresenta características gregas em seu estilo, ou ainda, como em Bioshock em que os nomes das locações de Rapture são inspirados nos deuses gregos, assim como de maneira mais direta, como no caso do jogo God of war. A franquia God of War (game de ação) se baseia na mitologia grega e nórdica, de maneira a modificar algumas partes da história original. Tudo centra-se em torno de seu personagem, Kratos, um guerreiro espartano enganado para matar sua esposa e filha por seu antigo mestre, o deus da guerra Ares. Kratos mata Ares a mando da deusa Atena e toma seu lugar como o novo deus da guerra, mas ainda é assombrado por pesadelos de seu passado. Posteriormente é revelado ser um semideus e filho de Zeus, o rei dos deuses do Olimpo, que trai Kratos. O espartano em seguida busca vingança contra os deuses para suas maquinações. O que se segue na primeira era da série é uma tentativa de libertar-se da influência dos deuses, bem como dos titãs, e da vingança exata. Muitos anos depois de se vingar dos deuses gregos, Kratos acaba no mundo dos deuses nórdicos com um filho chamado Atreus e dá uma volta pelo bem.

God of War (2010)

Sendo um dos jogos mais populares de todos os tempos, o game se destaca, além de uma história envolvente e rica, pelos gráficos de alta qualidade e ferramentas de jogabilidade diferenciadas que se destacam por sua facilidade e inovação.

God of War (2010) Além de jogos de ação e luta, há jogos do gênero multiplayer online battle (MOBA) que apresentam a mesma temática, como é o caso de Smite. Smite é um jogo em terceira pessoa onde os jogadores controlam um deus, deusa ou outra figura mitológica e participam em combate baseado em equipe, usando habilidades e táticas contra outros deuses controlados por jogadores ou por bots. O objetivo é derrotar os titãs rivais.

Smite (2014)

Além de se ressaltar por uma premissa criativa, o jogo contém uma mecânica interessante em que cada personagem principal apresenta uma característica de jogabilidade diferente e relacionada aos aspectos mitológicos que o representam.

Um bom exemplo de tal mecânica é o fato de que todos os seres que visitam o submundo, assim como na mitologia, não podem adentrá-lo armados, portanto, o jogo implementou como ferramenta de defesa a utilização de escudos.

Smite (2014)

Outro game que retrata a Grécia de maneira singular é o jogo

Apotheon. Imaginem que um mural da Grécia antiga ganhou vida num formato digital. Um mural cheio de animação, caráter e... mortes violentas. É praticamente isso que oferece Apotheon, um jogo que se encaixa no gênero apelidado de "Metroidvania", incentivando a que o jogador explore um cenário num plano bidimensional, enquanto tenta progredir e ganhar novas armas e habilidades que lhe permitam aceder a outras áreas.

A ambiência ganha vida através de uma banda sonora eficaz, enriquecida com efeitos sonoros que encaixam como uma luva no estilo visual do jogo.

Apotheon (2014) Outros jogos incríveis e que apresentam uma narrativa relativa

a Grécia antiga são: Cavaleiros do Zodíaco - Batalha do Santuário; Disney’s Hercules; Assassin's Creed Odyssey; Kid Icarus; Rise of the Argonauts; Herc’s adventure; Age of Mythology; e Altered Beast.

Império Romano As referências no mundo dos games relativas ao Império Romano são diversas e retratam, além da arquitetura e vestimentas, sua história e o dia-dia dos romanos. Um bom exemplo de tal estilo de jogo pode ser visto em Caesar III, onde o jogador encarna um cidadão romano que começa nos mais baixos postos do império e vai recebendo missões e galgando promoções (funcionário, engenheiro, arquiteto, questor, procurador, edil, preto, cônsul, procônsul) até chegar ao posto de César e comandar todo o Império Romano.

Caesar III (1998)

Outro exemplo de game que segue o mesmo estilo é Ancient Rome, muito similar ao clássico Age of Empires (que também apresenta uma expansão temática a Roma). O foco neste jogo, não é o aspecto das batalhas e conquistas, mas sim, mostrar o outro lado do Império, como a evolução tecnológica e o processo administrativo que fez as cidades crescerem.

No jogo, você deve encarar o papel de um jovem e ambicioso militar romano, que pretende expandir uma pequena vila e um ponto remoto da Península Itálica. Baseado no sistema de missões, você recebe de um sábio as instruções para iniciar seus trabalhos, e segue o jogo cumprindo tarefas, até o seu objetivo maior: deixar de ser uma pequena vila e se transformar em uma grande potência do Império.

Ancient Rome (2014)

Além de jogos baseados no desenvolvimento das cidades romanas e sua rotina, um tipo popular de game são àqueles que se centralizam em guerras/batalhas, até se assemelhando um pouco com a história verdadeira. O jogo Ryse: Son of Rome conta a história do personagem Marius Tito que terá de trabalhar com a infantaria romana, dando comandos para eles, bem como evento em tempo rápido de finalização controlados durante o combate. É uma história fictícia no mundo alternativo que não é historicamente preciso tanto na história ou as armas mostradas e táticas. A história segue a vida de Marius desde a infância para se tornar um líder no exército romano.

O mais impressionante de Ryse são seus gráficos impecáveis que ressaltam a beleza da arquitetura de Roma, bem como as vestimentas dos soldados e armaduras que são fiéis as utilizadas na época.

Ryse: Son of Rome (2013)

Além dos jogos eletrônicos, há uma série de jogos de tabuleiro com temática baseada no Império Romano.

Um desses jogos é Concordia, onde os jogadores controlam poderosas famílias romanas que enviam colonos para outras cidades do Império a fim de gerar itens econômicos essenciais, como comida, vinho, roupas e ferramentas. Mesmo não havendo conquistas militares envolvidas, o jogo é altamente competitivo à medida que você precisa reunir cartas e ganhar Pontos de Vitória. Esse jogo é altamente estratégico por não exigir somente que você tenha um plano bem

elaborado de vitória, mas que mantenha um olho em como seus oponentes estão indo.

Um lado do tabuleiro mostra todo o Império Romano com 30 cidades para 3 a 5 jogadores/as, enquanto o outro mostra a Península Itálica com 25 cidades para 2 a 4 jogadores/as.

Concordia (2013)

Um jogo popular de tabuleiro que lançou uma versão inspirada em Roma foi WAR. As regras foram mantidas mas o cenário é outro. O mapa foi baseado no mapa do Império Romano na época do seu apogeu. Ao invés de Mackenzie, Sumatra ou Dudinka, você encontra territórios como a Panonia, a Lusitania e a Capadocia.

O mais interessante dos jogos de tabuleiro é que além de apresentarem um mapa e história semelhantes ao real, as peças dos jogadores refletem as mesmas características dos guerreiros romanos.