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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA G S 1ª Quinzena de Setembro 2012 ANO XIX - Nº 346 M azeta ão ateus DE OLHO NOS FATOS 19 Aos 64 anos São Mateus vem mudando rapidamente N o extremo leste de São Paulo, di- visa com o município de Mauá, está São Mateus. São cerca de 400 mil habitantes que vivem em sua maioria, em condições de pobre- za, mantendo-se com metade da renda mé- dia do município de São Paulo como um todo. Dez por cento destas famílias vivem em favelas, como a do Jardim Tietê e a do Parque das Flores, onde, aliás, apesar do nome, restam pouquíssimas árvores. Página 5 ditorial E Página 2 Recusando a lógica dos grandes, eleitores se voltam para Russomano O s números indicam que na campanha eleitoral paulistana, as baterias de parte de setores supostamente progressistas que se empenham a todo volume na empreitada para que o tucanato seja eliminado em São Paulo, volta agora suas preocupações com o candidato Celso Russomano (PRB). Campanha para vereador é a mais cara do país Opinião M uito oportuna matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo nesse mês onde, segun- do o depoimento dos próprios vereadores ao A escola e o potencial do Cinema na aprendizagem Página 6 Lideranças destacam a situação e as perspectivas para São Mateus A Gazeta São Ma- teus, como parte das comemora- ções do 64º aniversário desse imponente bairro na zona leste da cida- de de São Paulo, bus- cou ouvir de algumas lideranças de diversos segmentos que compõe a sociedade de São Ma- teus suas considerações sobre como estão as coi- sas e quais são as pers- pectivas para essa co- munidade nos próximos anos. Página 6 jornal, dá conta de que a eleição de um candidato a vereador na cidade de São Paulo pode custar até R$ 8 milhões. Página 2 Página 8 30 crianças são vítimas de acidentes com escorpiões por dia na cidade de SP Página 6 L evantamento realizado pelo Instituto Butan- tan, unidade da Secre- taria de Estado da Saú- de de São Paulo, por intermédio do Hospital Vital Brazil, apontou que no ano de 2011, as crianças foram vítimas de aproximadamente 11 mil acidentes com escorpiões na cidade de São Paulo. Em 2011, foram mais de 11 mil acidentes; primeiro atendimento é fator determinante para a recuperação Antonio Carlos de Souza Germano Gonçalves Marcelo Dória Clovis Luiz Chaves São Mateus contado em versos São Mateus contado em versos Cidade de São Mateus, Glória que de longe a vista, É uma dádiva de Deus, Também cartão de visita, Para nossos imigrantes, Que procuram sua conquista, Nesta terra bandeirante, Que é orgulho dos Paulistas. Quero hoje homenagear, A cidade São Mateus, E também quero falar, Para todos filhos teus, Pra que possa continuar, Quem já o antecedeu, Na tarefa de lutar, Sobre a proteção de Deus. Página 8

Gazeta São Mateus - Edição 346

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Edição 346 do jornal Gazeta São Mateus

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

G S1ª Quinzena de Setembro 2012ANO XIX - Nº 346

Mazeta ão ateusDE OLHO NOS FATOS19

Aos 64 anos São Mateus vem mudando rapidamente

No extremo leste de São Paulo, di-visa com o município de Mauá, está São Mateus. São cerca de 400 mil habitantes que vivem

em sua maioria, em condições de pobre-za, mantendo-se com metade da renda mé-dia do município de São Paulo como um todo. Dez por cento destas famílias vivem em favelas, como a do Jardim Tietê e a do Parque das Flores, onde, aliás, apesar do nome, restam pouquíssimas árvores.

Página 5

ditorialE

Página 2

Recusando a lógica dos grandes, eleitores se voltam

para Russomano

Os números indicam que na campanha eleitoral paulistana, as baterias de parte de setores supostamente progressistas

que se empenham a todo volume na empreitada para que o tucanato seja eliminado em São Paulo, volta agora suas preocupações com o candidato Celso Russomano (PRB).

Campanha para vereador é a mais cara do paísOpinião

Muito oportuna matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo nesse mês onde, segun-do o depoimento dos próprios vereadores ao

A escola e o potencial do Cinema na aprendizagem

Página 6

Lideranças destacam a situação e as perspectivas para São Mateus A Gazeta São Ma-

teus, como parte das comemora-

ções do 64º aniversário desse imponente bairro na zona leste da cida-de de São Paulo, bus-cou ouvir de algumas lideranças de diversos segmentos que compõe a sociedade de São Ma-teus suas considerações sobre como estão as coi-sas e quais são as pers-pectivas para essa co-munidade nos próximos anos.

Página 6

jornal, dá conta de que a eleição de um candidato a vereador na cidade de São Paulo pode custar até R$ 8 milhões.

Página 2

Página 8

30 crianças são vítimas de acidentes com escorpiões por dia na cidade de SP

Página 6

Le v a n t a m e n t o realizado pelo Instituto Butan-

tan, unidade da Secre-taria de Estado da Saú-de de São Paulo, por intermédio do Hospital

Vital Brazil, apontou que no ano de 2011, as crianças foram vítimas de aproximadamente 11 mil acidentes com escorpiões na cidade de São Paulo.

Em 2011, foram mais de 11 mil acidentes; primeiro atendimento é fator determinante

para a recuperação

Antonio Carlos de SouzaGermano Gonçalves

Marcelo DóriaClovis Luiz Chaves

São Mateus contado em versos

São Mateus contado em versos

Cidade de São Mateus,Glória que de longe a vista,

É uma dádiva de Deus,Também cartão de visita,Para nossos imigrantes,

Que procuram sua conquista,Nesta terra bandeirante,

Que é orgulho dos Paulistas.

Quero hoje homenagear,A cidade São Mateus,E também quero falar,Para todos filhos teus,

Pra que possa continuar,Quem já o antecedeu,

Na tarefa de lutar,Sobre a proteção de Deus.

Página 8

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Página 2 1ª Quinzena de Setembro 2012Gazeta São Mateus

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(Obs: Matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião do jornal)

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Proibida a reprodução total ou parcial dos textosTiragem: 20 mil exemplares

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Distribuição gratuita

ditorialEOpinião

DE OLHO NOS FATOS19

Lucy Mendonça jornalista responsável pelo Jornal

Gazeta São Mateus MTB 43029-SP

Recusando a lógica dos grandes, eleitores se

voltam para Russomano

Os números indicam que na campanha eleitoral paulistana,

as baterias de parte de seto-res supostamente progressis-tas que se empenham a todo volume na empreitada para que o tucanato seja elimina-do em São Paulo, volta ago-ra suas preocupações com o candidato Celso Russomano (PRB). Já não está tão sóli-da a impressão de que num eventual segundo turno do Haddad contra o candidato dos bispos a vitória estaria garantida facilmente. A tur-ma do PSDB também não estava dando muita pelota para o concorrente. Não o tinha sobre a sua mira nesse primeiro tempo, pelo contrá-rio conta com ele num even-tual segundo turno com os petistas.

Com um bispo de cada lado. Celso Russomano com o Edir Macedo e o Haddad com o Lula a peleja estaria em aberto e, agora, sem as certezas de outrora de que Lula e Dilma na campanha em São Paulo seriam imba-tíveis. A rigor Lula e/ou o PT elegeram, em outra conjun-tura, a Luisa Erundina, antes do Lula se render ao status quo e a senadora Marta Su-plicy que disputou outras campanhas para o Executivo sem sucesso e que foi elei-ta uma vez prefeita com o apoio então do Paulo Maluf um dos candidatos que divi-diu os votos.

Enquanto esses setores estavam em sua cruzada para superação do tucanato em São Paulo, notadamente no espaço da internet a mando, sugestão ou soldo dos par-tidos e aliados, os eleitores não se sensibilizaram com a cantilena e respondem sina-lizando que não vão acom-panhar essa cruzada. De-monstram isso flertando com Celso Russomano, de quem, os supostos progressistas, queixam-se ser muito equi-vocado em suas propostas e ser tutelado pelo bispado evangélico da Igreja Uni-versal do Reino de Deus. A revelação de ambas as coisas parece não estar importando para os eleitores.

As armações, encami-nhamentos e as lógicas dos dois grandes partidos que disputam a eleição munici-pal, PSDB e PT, parecem ter sido percebidas e rejeitadas. Algo como um recado nos seguintes termos “Vocês fa-çam o que quiserem ai, bo-lem e lancem os seus candi-datos, mas o voto é nosso e fazemos dele o que quere-mos”. Uma afirmação desse tipo só faria enfatizar que a desesperança e desconfiança com os políticos é generali-zada, graças, principalmen-te, ao papel deles próprios.

Equívocos de parte a parte Por causa do comporta-

mento dos políticos acima, uma fatia expressiva de elei-tores paulistanos não está muito atenta à viabilidade ou não das propostas do Russo-mano. Apesar de mirabolan-tes conquista apoios. Algu-mas entre as várias sandices do queridinho da hora diz res-

peito a intenção de incorporar os milhares de seguranças e vigias privados a forças re-gulares de segurança, no caso à Guarda Municipal. Outra é acabar com a progressão con-tinuada no ensino fundamen-tal municipal.

A primeira é uma boba-gem, mas esses eleitores não estão nem ai e ainda apoiam o desdobramento em outra proposta do CR de colocar guardas municipais dentro das escolas, atitude que cria calafrios nos especialistas em educação, mas que tem apoio de alguns professores na intimidade e apoio des-compromissado de pais e res-ponsáveis. Quanto a acabar com a progressão continua-da nas escolas municipais, as pessoas gostam de ouvir que é um absurdo passar de ano sem saber nada. Entretanto, se é para isso acontecer pre-cisa combinar o jogo com as escolas estaduais para onde migraram os potenciais re-petentes.

No olho clinico e rigoro-so de uma análise, diversas dessas medidas e indicações de soluções são simplórias e equivocadas. Russomano cos-tuma esgrimir ideias erradas e simples para problemas com-plexos. Outra que parece razo-ável, mas é bastante discutível é a proposta de verticalizar as creches para atender as de-mandas. É prudente crianças de menos de cinco anos subin-do lances de escada?

No cravo e na ferradura; voltando a Serra e Haddad

Todas as entrevistas com números deveriam ser mais cuidadosas, certo? Pois bem, nem sempre é assim Ao per-guntarem sobre dados seria prudente que os jornalistas tivessem estes em mãos. O candidato também. Em en-trevista recente ao SPTV, Haddad disse que em 2009 as creches atendiam a 9% da demanda. Passou a ser aten-dida em 23% na sua saída do governo, ou seja, final de 2011, início de 2012. O que ele sugeria é que, enquanto ministro da Educação, fez elevar em 14 pontos percen-tuais o número de vagas? Os fatos, entretanto, dizem outra coisa. O programa federal de creches, chamado Pró-Ínfân-cia prometeu 6 mil creches, mas entregou, no máximo, 200. Com um pouco de es-forço podemos estimar que foram abertas 20 mil vagas. Se for para comparar, o man-dato do Serra e do Kassab, em oito anos, criaram 148 mil vagas, sendo que quan-do o primeiro assumiu as ofertas era de apenas 60 mil vagas.

Vale contextualizar que Haddad admitiu na mesma entrevista que a cobertura de creches no Brasil todo é de 23% e na cidade de São Paulo 48%. Ou seja, para quem entende que a cober-tura de creches tem que ser de 100%, nem no Brasil nem em São Paulo isso ocorre. Diante dos dados, não bri-gando com os números e não tendo interesse em um candi-dato ou outro, um dos lados fez mais, ou não?

Outra curiosidade, se cobra o passado recente de

um e não de outroTem sido recorrente e

correto o Serra ser cobrado nas entrevistas sobre a desis-tência de mandato, da heran-ça deixada ao Kassab e ago-ra pelo Kassab. O mesmo critério ou comportamento, entretanto, não tem sido re-gistrado nas entrevistas com o Haddad. Ele tem sido pou-pado de questionamentos sobre a sua passagem pelo Ministério da Educação. De novo, a implicância não é nossa. São os fatos e haveria questionamentos a se fazer.

Recentemente as uni-versidades federais comple-taram quatro meses em gre-ve em 2011 e outros tantos meses, pelo menos três em 2012 com questões salariais de professores que vem des-de antes passando pela época em que o Haddad lá estava. O ex-ministro tem alguma contribuição na situação?

A expansão das uni-versidades federais Brasil afora foi feita a despeito da qualidade e da possibilidade de seu bom funcionamento. Boa parte dos campi avan-çados não tem prédios cons-truídos para os alunos, em outros prédios falta energia elétrica e num outro cam-pus até o esgoto corre a céu aberto. Em alguns faltam la-boratórios e os hospitais uni-versitários vivem uma crise jamais experimentada.

Culpa só do Haddad? Claro que não, mas e ai, al-guma responsabilidade cola-teral ele pode ter e não tem que ter receio em fazer as perguntas. Se o critério da avaliação vale para tucanos que se valha também para petistas.

Diante de parte do quadro surreal pode ficar “russo” mano

Nesse início de setem-bro a situação indica poucas alternativas de mudanças e inversão das intenções de votos dos eleitores para Ser-ra ou Haddad. Uma parte ex-pressiva do eleitorado, que nos laboratórios das direções partidárias, se considerava como progressista, tem se cansado de promessas não cumpridas e abraça as mani-festas soluções simples e ob-jetivas, sem dimensionar os complicadores. Para a candi-datura de Celso Russomano migrou também parte do que se convencionou chamar de eleitorado conservador, an-tipetista. Parte desse público é o mesmo que pode achar a gestão Kassab e Serra razo-áveis, mas mesmo assim irá com o Russomano.

Se nenhum sobressalto acontecer, Russomano esta-rá no segundo turno. Contra Serra poderá demonizar a gestão Kassab atingindo o oponente. Se for contra Ha-ddad poderá querer repassar seu passado no Ministério da Educação, arrolará o imbró-glio do julgamento do men-salão e ainda fará com que salte para a linha de frente da campanha obreiros evan-gélicos que lembraram que o escolhido de Lula é o pai do kit gay. (JMN)

Campanha para vereador é a mais

cara do país

Muito oportuna ma-téria publicada no jornal O Estado

de S. Paulo nesse mês onde, segundo o depoimento dos próprios vereadores ao jor-nal, dá conta de que a eleição de um candidato a vereador na cidade de São Paulo pode custar até R$ 8 milhões.

Como fica isso então? O salário de um parlamentar municipal eleito pelos nos-sos votos é de R$ 9.288,05 e poupando todo esse valor durante quatro anos, incluin-do o 13º não chega a meio milhão de reais. De onde sai o pagamento da diferença? A referida matéria também não responde, mas esse deveria ser um questionamento sem-pre presente.

Com os gastos indicados os candidatos buscam em média 40 mil votos pessoais que somados aos eventuais votos de legenda são sufi-ciente para eles serem eleitos. Se fizermos contas, ao final da campanha com esses 8 milhões cada voto terá custa-do também uma média de R$ 200,00. Tem gente do lado que gritou “Dá a minha parte que tem o meu voto”, numa clara demonstração de irres-ponsabilidade cívica e mau caráter. Quem se propõe a comprar então está cometen-do sério crime eleitoral.

Claro que essas contas iniciais não levam em conta eventuais vantagens que um ou outro candidato possa ter acumulado ao longo de seus mandatos anteriores, servi-ços prestados ou liderança. Pode ser, e isso ocorre muito, é o candidato ter um territó-rio físico demarcado ou boa ligação com categorias que

votariam nele sem grandes investimentos. Tendo esses tipos de vantagens os custos começam a declinar.

Declinando ou não, te-mos que estar atentos a isso e raciocinar por onde e em que condições entraram o dinhei-ro para a campanha e como o candidato deve pagar esse “investimento”.

Conforme a reportagem, os 1.185 candidatos regis-trados informaram à Justi-ça Eleitoral que pretendem gastar, em média, R$ 2,7 milhões, a depender da sigla. O Partido da Causa Operária - PCO prevê gasto de R$ 50 mil por candidato, enquanto os do PSD, PSDB, PRB, PT do B e PTN, por exemplo, já estão acima de milhão.

Quatro anos atrás, a cam-panha mais cara de 2008 cus-tou, segundo prestação de contas R$ 1,7 milhão. Per-tence ao vereador da velha guarda eleito, Antonio Carlos Rodrigues (PR) que gastou R$ 40 por voto.

Nas campanhas anterio-res, grande parte dos gastos dos candidatos foi com pes-soal. Assessores, despesas e pró-labores de lideranças comunitárias que tem influ-ência eleitoral e ainda cabos eleitorais contratados. Para os vereadores mais experien-tes e que se elegem cerca de R$ 65 de cada R$ 100 é para despesas com pessoal.

Conforme levantamos já em nossas edições anterio-res, é possível que por conta do julgamento em curso do suposto mensalão no Supre-mo Tribunal Federal – STF e a insistente cobertura da grande imprensa, o dinheiro para os candidatos financia-

rem suas campanhas tenha minguado, pelo menos, um pouco. Isso deve explicar até mesmo a opção escandalosa da atual campanha por grande parte do pessoal despreparado e desqualificado para os desa-fios da eleição. O que se vê nas ruas é muita gente agitan-do bandeirolas nas esquinas não sabendo quase nada sobre o candidato que está divul-gando.

Claro que a um nível aci-ma desse exército de gente mal preparada e mal remune-rada existe uma grande dispu-ta por lideranças comunitárias que tem uma rede de eleitores que seguem suas orientações na hora do voto. Diversos lí-deres já se profissionalizaram nesse aspecto e, em geral, fecham com quem pagar me-lhor e tão maior será o preço quanto o alcance de sua in-fluência. Quem fecha com esses tem algumas vantagens, mas não todas. Em geral, em tese, ficam melhores aqueles parlamentares que durante o seu mandato seguram essas lideranças através da con-tratação direta ou através de comprometimentos políticos de interesse de ambos. Exis-tem casos de assessores terem polpudos salários pagos pelo poder público. Que os eleito-res saibam também fazer essa leitura.

Claro que existem outras formas de correr atrás dos votos e voltaremos a ela bre-vemente. O ideal é que fosse pelo confronto e a exposição das ideias e plataformas, mas cada vez mais despolitizada, quem tem que se virar para votar certo é o eleitor. Que assim seja. Façamos a nossa parte. (LM)

O que quer que você faça na sua vida

será insig-nificante,

mas é mui-to impor-tante que você faça, porque nin-guém mais

o fará!(Gandhi)

Page 3: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 31ª Quinzena de Setembro 2012 Gazeta São Mateus

Qual a saída para São Paulo?Entrevistas com os candidatos a prefeito mostram o plano de cada um para a questão da mobilidade urbana, problema central da cidade

São Paulo é a cidade escolhida para a re-portagem do Mobi-

lize Brasil, dentro da série que apresenta os planos de mobilidade sustentável dos candidatos a prefeito de onze capitais brasilei-ras. A intenção é que o eleitor conheça e avalie bem as propostas dos can-didatos, e cobre depois do futuro prefeito da maior cidade do país suas pro-messas de campanha.

Segundo a última pesquisa Data Folha, de 28 e 29 de agosto, os três primeiros prefeituráveis na disputa eleitoral paulista-na são: Celso Russoman-no (PRB), com 31%; José Serra (PSDB), com 22%; e Fernando Haddad (PT), com 14%. Atrás, ficaram Gabriel Chalita (PMDB), com 7%, e Soninha (PPS), com 4%. Estes foram os candidatos procurados pelo Mobilize. Apenas o tucano José Serra não atendeu à reportagem. Apesar de consultada várias vezes, por telefo-ne e e-mails, a assessoria do candidato não enca-minhou nenhuma linha, nem justificou o silêncio peessedebista.

Leia a seguir o que res-ponderam os candidatos à seguinte questão: “Caso seja eleito, qual o prin-cipal projeto de mobili-dade urbana sustentável que implementará du-

rante o seu governo?”

Celso Russomanno (PRB) - “Eu sou totalmen-te a favor de projetos sus-tentáveis na cidade de São Paulo. Tenho 22 bicicle-tas espalhadas pelos imó-veis que temos e aprovo a ideia da construção das ciclovias, com educação de trânsito aos motoristas e pedestres. Eu sou ciclis-ta. A ciclovia é importante, mas tem de fazer direito, não como a prefeitura vem fazendo atualmente.

Eu gostaria de ver na cidade a alternativa de ir pedalando ao trabalho. O ciclista ocupa menos espaço que o carro e colabora para a mobilidade. Vou colaborar

para ter mais ciclovias, mas não esses remendos feitos

no bairro de Moema.”Fernando Haddad

(PT) - “Nossa gestão co-locará em prática um pla-no integrado de mobili-dade urbana sustentável e transporte público de qua-lidade, baseado na criação do Arco do Futuro, que tem por objetivo descen-tralizar a distribuição dos postos de trabalho em São Paulo, evitando longos deslocamentos e dimi-nuindo o trânsito em dire-ção ao centro expandido.

O Arco do Futuro co-meça na avenida Cupecê e segue pelas Marginais dos rios Pinheiros e Tietê e pela avenida Jacu-Pêsse-go. Nosso compromisso é reduzir de 5% para 2% o ISS das empresas que se instalarem ao longo e no entorno do arco, além de diminuir o IPTU (podendo até zerar) das companhias que investirem na região e

de investir cerca de R$ 20 bilhões em obras viárias com a ajuda do governo federal.

Além disso, va-mos criar 150 km de novos corredores e outros 150 km de fai-xas exclusivas para ônibus, diminuindo a circulação de carros nas grandes avenidas e estimulando o uso do transporte coletivo. Os corredores de ôni-

bus existentes serão recu-perados, e a SPTrans e a CET passarão a gerenciar de maneira efetiva o trân-sito, poupando os ônibus de congestionamentos e informando o usuário. Ao mesmo tempo, vamos promover o uso de ener-gias renováveis, substi-tuindo gradualmente o uso de combustíveis fós-seis por outros com me-nor potencial poluente. Vamos ainda disponibili-zar recursos da prefeitura para que o metrô acelere suas obras de expansão, mediante a negociação de prazos e metas com o governo estadual, que é o ente federativo respon-sável pelos investimentos

nesse modal. Nossa gestão apoiará, sobretudo, a an-

tecipação da entrega das estações Jardim Ângela, Pirituba, Lapa e Cerro Corá.

O uso da bicicleta também ganhará espaço: a prefeitura vai incentivar seu uso, explorando seu potencial como meio de transporte em campanhas educativas de trânsito. Criaremos um sistema cicloviário com vias co-nexas e contínuas para a circulação segura das

bicicletas, com a redução da velocidade máxima nas vias arteriais, de modo a diminuir riscos para os ci-clistas. Haverá sinalização viária específica, normas de prioridade e circulação, infraestrutura e equipamen-tos para o estacionamento e guarda de bicicletas junto aos principais centros de destino das viagens, às es-tações e terminais de trans-porte público.

A bicicleta, porém, é apenas um dos modais dis-poníveis. Para que possa ter seu uso ampliado, é pre-ciso que ela dialogue com o sistema público de trans-porte como um todo. Nes-se sentido, o Bilhete Único é fundamental: por meio dele, a prefeitura criará um sistema pelo qual o usuário poderá pagar o emprésti-mo e o compartilhamento de bicicletas com os crédi-tos do seu próprio bilhete. Também haverá postos de venda da Zona Azul onde será possível usar o Bilhe-te Único para pagar o esta-cionamento integrado com o transporte coletivo. E não é só: vamos criar o Bi-lhete Único diário, sema-nal e mensal, com valida-de temporal definida, para que o usuário realize tantas viagens quantas deseje no período de tempo esco-lhido, obtendo descontos maiores quanto mais longo for o período adquirido.”

Gabriel Chalita (PMDB) - “A mobilida-de urbana será melhorada por meio de diversas ações integradas, com investi-mentos em vários meios de transporte, infraestru-

tura e gestão do trânsito. Haverá ampliação dos cor-redores de ônibus já exis-tentes (permitindo a ultra-passagem dos veículos), o redesenho de linhas (para torná-las mais eficientes) e a construção de novos corredores, no modelo dos BRTs, para ligar bairros distantes e populosos ao centro da cidade com me-nos paradas no caminho, de forma a reduzir o tempo de percurso. Um projeto de corredor expresso, pronto para ser implementado já no primeiro ano de gover-no, conectará diretamente, sem paradas, Itaquera ao centro da cidade.

No caso dos corredores atuais, é preciso moderni-zá-los e corrigir absurdos como a falta de áreas para ultrapassagem que faz com que, em alguns casos, os ônibus cheguem a ficar até 12 minutos parados nos pontos enquanto aguardam o embarque de passagei-ros, prejudicando o fluxo de todo o corredor. Precisamos usar de forma inteligente tanto a infraestrutura quan-to a frota de cerca de 15 mil ônibus já disponíveis na ci-dade, fazendo as mudanças necessárias ao mesmo tem-po em que investimos em novos projetos. O prefeito também deve participar ativamente dos projetos de ampliação do metrô, junta-mente com os governos es-tadual e federal.

Hoje acontecem 7 mi-lhões de viagens a pé na cidade de São Paulo por dia, e apenas 304 mil de bi-cicleta. Ou seja, a bicicleta poderia ocupar um espaço maior na matriz de trans-portes do município, subs-tituindo parte dos trajetos a pé. Além do seu uso como lazer, principalmente nos finais de semana. Entretan-to, é preciso que haja uma política de segurança para o uso da bicicleta na cida-de. Isso envolve a cons-trução de ciclovias bem sinalizadas, seguras, com manutenção e fiscalização da prefeitura, e nunca com as mesmas faixas compe-tindo diretamente com os carros, para impedir no-vas mortes de ciclistas no trânsito (nos últimos anos, o acidente fatal com ci-clistas no trânsito de São Paulo tem variado entre 60 e 100 mortes por ano). Também devemos ampliar os projetos de aluguel de

bicicletas, a integração com o metrô e o número de vagas de estacionamen-to. Campanhas educativas e de conscientização para motoristas e ciclistas serão constantes.”

=- “Medidas para me-lhorar a qualidade do ser-viço público, para quem já o utiliza e para atrair no-vos usuários:

- Implantar novos corredores; - Implemen-tar efetivamente linhas--tronco nos corredores, com veículos de maior capacidade operando no modo “metrô sobre rodas” ou “BRT” para melhorar a fluidez, regularidade e duração das viagens; - Im-plantar o pagamento de tarifa nos pontos ou esta-ções nos corredores, antes do embarque; - Assegurar conforto para passageiros, motoristas e cobradores – nos veículos, pontos, ter-minais (assentos, ruído, temperatura, qualidade do ar, banheiros, áreas de alimentação e serviços, internet sem fio); - Im-plantar efetivamente a acessibilidade univer-sal em pontos, termi-nais e veículos; - Am-pliar a oferta de linhas perimetrais inter--bairros e regiões (ex: ligação norte-noroes-te); - Oferecer ônibus 24 horas e aumentar a oferta nos fins-de--semana; - Expandir as linhas de trólebus, com substituição por veículos mais moder-nos; - Estudar a viabi-lidade de implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) a médio prazo nos corredores; - Melho-rar a integração entre os vários modais; implantar garagens de automóveis e bicicletários junto a esta-ções de metrô; - Implantar um Sistema Cicloviário na cidade, elaborando Pla-nos Cicloviários para cada bairro e distrito; - Aumen-tar a oferta de bicicletas de uso compartilhado; - Implantar passarelas para pedestres e ciclistas sobre as Marginais Tietê e Pi-nheiros; - Oferecer barcas para travessia de passagei-ros nas represas Billings e Guarapiranga; - Aperfei-çoar os mecanismos de controle de pontualidade (completar a instalação de GPS nos veículos e do Sistema Integrado de Mo-nitoramento); velocidade (monitoramento dos tacó-grafos), segurança (boas condições do veículo e a conduta correta do moto-rista), impacto ambiental

(substituir, paulatinamen-te, a matriz energética da frota de ônibus por modos menos poluentes); - Fis-calizar a manutenção da estrutura viária, pontos, terminais, elevadores e escadas rolantes com equi-pes em motos elétricas ou bicicletas; - Aperfeiçoar mecanismos para recebi-mento de reclamações e sugestões; - Reduzir o cus-teio: racionalizar o sistema e aumentar a produtivida-de, evitando sobreposição ou carência de linhas , excesso ou falta de veícu-los; - Lutar politicamente pela redução do custo dos insumos (impostos sobre o diesel; IPI para a aquisi-ção de microônibus; tarifa pelo uso de energia elétri-ca no sistema de trólebus); - Aumentar a receita extra--tarifária com exploração de publicidade em veícu-

los e pontos e licitação de pontos comerciais nos ter-minais; - Desestimular a circulação de automóveis na região central, con-sultando a população em plebiscito sobre as alterna-tivas “rodízio ampliado” e “pedágio urbano”; - Di-minuir o número de vagas de estacionamento em vias públicas para ampliar cal-çadas e ciclofaixas; - Re-ver as restrições para ôni-bus fretados; - Estudar o impacto no trânsito antes de conceder licenças para novos empreendimentos; - Promover uma política de redução de distâncias e re-dução da desigualdade

*Os demais candida-tos - Paulinho da Força (PDT), Ana Luiza (PSTU), Carlos Giannazi (PSOL), Anaí Caproni (PCO), Ey-mael (PSDC), Levy Fide-lix (PRTB), Miguel (PPL), com 2% ou menos da in-tenção de votos, não foram consultados.

Por Regina Rocha, no Mobilize Brasil

Celso Russomanno (PRB)

Gabriel Chalita (PMDB)

Soninha (PPS)

Fernando Haddad (PT)

DE OLHO NOS FATOS19

Page 4: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 4 1ª Quinzena de Setembro 2012Gazeta São Mateus

Menores são proibidos para distribuição de material publicitário

Por: Riselda Morais

A cidade de São Paulo está lançando cerca de 30 mil empreen-

dimentos imobiliários neste ano e só no período de janei-ro a maio gerou 1,2 milhão de novos empregos formais. Com tantos lançamentos, a competição entre as constru-toras é acirrada, percebemos facilmente a intensidade da concorrência ao fazer um pequeno percurso de carro com os vidros abertos, a cada semáforo surgem várias pes-soas entregando os antigos panfletos, que agora proibi-dos na capital paulista foram repaginados, para parecer um jornal ganharam algumas matérias sobre o crescimento da região mas mantiveram o tamanho e o tipo de papel de panfletos.

A irritação que o bombar-deio do material provoca nos munícipes que acabam vol-tando para casa com o carro cheio de panfletos não tem consequencias, mas o fato de algumas empresas usa-rem menores na distribuição do material nos semáforos e com placa do empreendi-mento pendurada no corpo, muitas vezes usando perucas coloridas ou roupas chama-tivas, chamou a atenção do Ministério Público do Tra-balho, que através da Pro-curadora do Trabalho Maria José S.C.P. do Vale notificou, em 30 de maio de 2012, a Secovi-SP para que alerte as empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis residenciais e co-merciais representadas pelo sindicato acerca dos male-fícios do trabalho desem-penhado aos adolescentes, bem como a proibição legal ao emprego de crianças e adolescentes para a distribui-ção de material “jornalísti-co” ou publicitário nas ruas, para promover lançamentos imobiliários, seja através de contratação direta ou indi-reta dos mesmos, inclusive

dentro dos empreendimentos imobiliários, com o intuito de coibir a utilização de crianças ou adolescentes para fins de atividades exploratorias, pre-ponderantemente portando placa indicativa da localidade do prédio objeto do negócio a céu aberto. A notificação lembra que a defesa dos di-reitos de crianças e adoles-centes não é restrita somente ao poder público, sendo tam-bém dever posto de toda a so-ciedade brasileira.

A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbem o trabalho infantil no País.

A Constituição Federal em seu artigo 7º XXXIII, veda o trabalho aos menores de 18 anos que atente contra sua formação física e moral. “Proibição de trabalho no-turno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de catorze anos de idade“.

O Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (Lei 8.069/90) em seu Artigo 2º considera criança a pessoa de até 12 anos de idade incom-pletos, e considera adoles-cente a pessoa entre 12 e 18 anos de idade.

O artigo 67 dispõe que : “Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-gover-namental, é vedado trabalho: II - perigoso, insalubre e pe-noso; III- realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físi-co, psíquico, moral e social.“

Não só na cidade de São Paulo, mas em todo o País, muitos adolescentes traba-lham como adultos para aju-dar na renda familiar. Segun-do dados do IBGE, são mais de quatro milhões de peque-nos brasileiros, entre 5 e 17 anos que trabalham.

Morango estimula a beleza feminina

Vitamina C e polifenóis colaboram com juventude

Delicioso e suculento o morango faz sucesso entre os brasileiros.

Tortas, bolos, sorvetes, enfim, são diversas as receitas que contêm a fruta como ingre-diente principal. A Boa noti-cia, é que além de deliciosa, a fruta também colabora com a beleza. “O que pouca gen-te sabe é que esta fruta é uma das mais ricas em vitamina C e polifenóis, que são podero-sas armas no combate aos ra-dicais livres que envelhecem e destroem nossas células, in-clusive a fibra capilar”, expli-ca o professor de Cosmetolo-gia e diretor da Consulfarma, Maurício Pupo.

Os resultados podem ser percebidos na pele e nos ca-belos, e garantem resultados positivos. “Na pele, a apli-cação do morango terá uma ação desintoxicante pro-funda. Ele irá limpá-la dos radicais livres, estimular a circulação sanguínea, deixá--la mais clara, mais macia e

muito mais viçosa. Os sais minerais e as demais vita-minas irão mantê-la bem hi-dratada. O couro cabeludo e a raiz também sofrem mui-to com todos os poluentes e agentes agressores a que somos expostos diariamente, a ponto de gerar radicais li-vres, contaminar o sebo que recobre o couro cabeludo e até provocar doenças como a caspa e o envelhecimen-to da fibra dos cabelos, que contribuem para a perda do brilho e da maciez. O moran-go devolve o brilho perdido e protege a raiz contra doenças e queda dos fios”, ressalta o especialista.

Uma importante dica também é utilizar morangos orgânicos cultivados sem in-seticidas e sem fertilizantes químicos. Isso por si só já é uma excelente razão para preferi-los. Mas, vale lembrar também que os produtos or-gânicos possuem uma maior quantidade de nutrientes.

Máscara revitalizante e desintoxicante facial

Ingredientes: Morango, iogurte, aveia

e mel. Modo de preparo:Bater com auxílio de um

mixer três morangos médios, uma colher de sopa de io-gurte, uma colher de sopa de aveia e uma colher de sopa de mel. Você irá obter uma mistura deliciosamente per-fumada e extraordinariamen-te rica em nutrientes, vitami-nas e polifenóis.

Aplicação:Para aplicar limpe pri-

meiramente a pele lavando-a com água e sabão. Em se-guida, aplique a máscara em camada generosa. Deixe agir por cerca de 30 minutos e re-tire apenas com água gelada. Este procedimento pode ser feito uma vez por semana ou

até diariamente no caso de se desejar um resultado de cho-que. Quanto maior o número de aplicações, melhores os resultados.

Vale lembrar que, devi-do ao fato de a vitamina C oxidar-se rapidamente, esta máscara deve ser preparada e aplicada na hora.

Para recuperar o brilho dos cabelos

Aplicação: Para os cabelos siga a

mesma receita acima, adicio-nando, porém, uma colher de sopa de abacate para a repo-sição dos lipídios naturais do cabelo. Aplique com os ca-belos previamente lavados, deixando agir por 30 minutos enrolado com uma toalha, e em seguida enxágüe apenas com água. Nos cabelos, uma vez por semana é suficiente.

São Mateus comemora 64 anosEm 21 de setembro, o bairro Cidade São Mateus irá completar 64 anos.

A data será celebrada com uma programação repleta de dança, música, teatro e desfile cívico militar

Em comemoração aos 64 anos do bairro Cidade São Mateus, cujo aniversário oficial é dia 21 de setembro, a Subprefeitura São Mateus realizará,

por meio da Supervisão de Cultura, uma programação que contará com espetáculos com dança, teatro, música e o tradicional Desfile Cívico Militar.

A programação festiva tem início no sábado, dia 15 de setembro, com a festa de encerramento das ati-vidades do primeiro semestre da Casa de Cultura São Mateus. O evento, realizado a partir das 10h00 na Casa de Cultura São Mateus ( Rua Titã Ruffo, 1.086) irá exi-bir os trabalhos dos alunos participantes das oficinas de ballet, cinema e meio ambiente, violão e viola, artes marciais, arte urbana e artesanato.

Em 16 de setembro acontece, no CDC Cidade Saté-lite Santa Bárbara, a ação cultural com apresentação de três espetáculos do Grupo Folias e Folguedos. O even-to gratuito irá exibir, a partir das 13h00, as peças tea-trais Criança da Terra, Brincadeiras Vai, Música Vem, e Ecofolias. O CDC Cidade Satélite está localizado na Av. Satélite, s/n.

Já, no dia 23, a partir das 9h00, ocorre o tradicional

Desfile Cívico Militar, na Avenida Mateo Bei. A so-lenidade contará com a participação da Paróquia São Mateus Apóstolo, Guarda Civil Metropolitano, Polícia Militar, Defesa Civil e apresentação grupos de artes marciais, fanfarras escolares, bandas e representantes de entidades da região.

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Colágeno é o segredo para ter a pele perfeita

Especialista recomenda tratamento estético para repor proteína

Quando se fala de en-velhecimento, não tem como não falar

da perda de colágeno. Essa proteína, que é encontrada na pele, nas artérias, nas cartila-gens e nas articulações ajuda na elasticidade dos tecidos, é considerada um dos carros--chefes para a manutenção de uma pele bonita e rejuvenes-cida.

No entanto, o organismo deixa de produzir colágeno ao longo dos anos. E quando ele está em falta, começam a surgir as temidas rugas, a desidratação da pele, além da perda do viço e do brilho. Em alguns casos ocorre até mes-mo a diminuição da espessu-ra do fio capilar.

“Conforme envelhece-mos, produzimos quantida-des cada vez maiores de uma enzima chamada colagenase que destrói o colágeno em todos os tecidos do corpo humano”, explica o médico esteticista Paulo Kogake, in-tegrante da Academia Brasi-leira de Estética.

“Os radicais livres, prin-cipalmente pela exposição ao sol sem foto proteção, é um dos principais fatorers que induzem a produção de co-lagenase”, completa Kogake.

O médico ainda afirma que a melhor forma de repor essa substância em nosso or-ganismo é através da alimen-tação, seja ela feita através da soja, do leite o do feijão. “O nosso sistema irá quebrar estas proteínas para obter os aminoácidos prolina e lisina, responsáveis pela produção de colágeno”, diz o médico.

De olho nesse processo natural, a indústria cosmética já está oferecendo algumas opções para repor ou estimu-lar a produção dessa proteína tão importante para a pele. Há no mercado diversas cáp-sulas, balas, vitaminas, su-cos, shakes e sopas – além de cremes com colágeno.

“É importante alerta que o colágeno, no entanto, en-contrado nesses produtos são meros coadjuvantes. Ou seja, elas não devem substituir um tratamento mais intenso para a produção da proteína. Mesmo porque o nosso corpo gosta de produzir seu próprio colágeno”, ressalta o médico esteticista.

“Portanto, ainda reco-mendo os tratamentos em clínicas estéticas com uso de tecnologias modernas que es-timulam a produção de colá-geno”.

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Page 5: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 51ª Quinzena de Setembro 2012 Gazeta São Mateus

Escola Estufa oferece cursos gratuitos aos moradores

de São MateusJá estão abertas as inscrições para o primeiro curso, voltado para

técnicas de cultivo de hortaliças e demais plantas

Na última segun-da-feira, 10 de setembro, foi

inaugurada a unidade São Mateus da Escola Estufa Lucy Montoro, localiza-da no pátio da Unidade de Áreas Verdes da Subpre-feitura São Mateus, Av. Ragueb Chohfi, 822. Por meio desse equipamento, a comunidade da região poderá participar do cur-so gratuito “Horta Escola: Por uma cidade sustentá-vel”, que ensina técnicas e conceitos do cultivo de hortaliças e outras plantas,

possibilitando aos partici-pantes o aumento de renda e a reeducação alimentar.

O curso, cuja carga ho-rária é de 72 horas, será desenvolvido durante três meses, com as aulas de 3 horas diárias, duas vezes por semana. Há 60 vagas disponíveis, que, se preen-chidas, serão divididas em dois turnos, e cada turma terá, no máximo, 30 alu-nos. As inscrições já estão abertas e os interessados devem ter mais de 14 anos de idade; para se inscrever, basta entrar em contato

pelos telefones: (11) 3113-9629 ou (11) 3113-9683.

A Escola Estufa inte-gra o projeto da Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), que por meio da Coordenadoria de Con-vivência, Participação e Empreendedorismo Social (CONPARES), tem como objetivo incentivar e orga-nizar a implantação de hor-tas orgânicas, capacitando agentes multiplicadores para o seu funcionamento autônomo e integrando a comunidade com o meio ambiente.

SERVIÇO:Curso: “Horta Escola: Por uma cidade sustentável”Local: Escola Estufa Lucy MontouroEndereço: Av. Ragueb Chohfi, 822Telefones: (11) 3113-9629 ou (11) 3113-9683

Anuncie aqui: (11) 2962.3172 / (11) 9431.7658 [email protected]

Marta Suplicy ocupaMinistério da Cultura

O Estado de S. Paulo

A senadora Marta Suplicy(PT-SP) é a nova ministra da Cul-

tura em substituição a Ana de Hollanda, que há tempos vinha tendo dificuldades no governo. A presidente deci-diu fazer a troc a logo depois que Marta concordou em apoiar o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fer-nando Haddad. Marta tomou posse na segunda semana de setembro.

A saída de Ana de Hollanda estava prevista para o início do ano que vem, quando Dilma fará nova re-forma na equipe. A presiden-te, porém, decidiu antecipar a troca por causa das elei-ções municipais. Além disso, ela ficou muito irritada com o vazamento de uma carta escrita pela ministra da Cul-tura para a titular do Planeja-mento, Miriam Belchior. Na carta, Ana reivindicava mais verbas para a pasta.

Marta boicotou a campa-nha de Haddad por quase dez meses e só concordou em ajudá-lo há duas semanas, após conversas com Dilma e com o ex-presidente Luiz

Inácio Lula da Silva. A se-nadora estava magoada com Lula por ter sido obrigada a desistir da disputa pela Pre-feitura, no ano passado, para dar a vaga a Haddad.

O primeiro suplente de Marta no Senado é o verea-dor Antônio Carlos Rodri-

gues (PR-SP), presidente do PR paulistano.

Ele deverá se licenciar para assumir a vaga. Embo-ra seja da base do governo no Congresso, o PR está na coligação de partidos que apoiam José Serra (PSDB) à Prefeitura.

Epitácio Pessoa/AE

Dia do Corretor de Imóveis

No dia 27 de Agos-to, foi realizado na sede da CDL-

São Mateus um almoço de confraternização com as maiores Imobiliárias de São Mateus, estiveram presentes a Freitas Imo-biliária, Nuclear Imóveis, Kaka Imóveis, Norber-to Imóveis e renomados Corretores de imóveis da Região. Merece destaque as presenças das mídias da região estiveram presentes no evento a Revista Tem Tudo, Revista São Mateus e o Jornal Gazeta de São Mateus,representado por Marcelo Doria.

Para o presidente em

exercício da CDL-São Mateus, Alecsi Montanari Junior, o evento contribui para fortalecer a categoria dos corretores de imóveis além de possibilitar a rea-lização de vários negócios entre as imobiliárias e os

corretores. O tesoureiro da entidade, Roger Oliveira, destaca a importância de compartilhar conhecimen-tos sobre o segmento e criar novos relacionamen-tos gerando várias oportu-nidades.

30 crianças são vítimas de acidentes com escorpiões por

dia na cidade de SPEm 2011, foram mais de 11 mil acidentes; primeiro atendimento é fator

determinante para a recuperação

Levantamento realiza-do pelo Instituto Bu-tantan, unidade da Se-

cretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermé-dio do Hospital Vital Brazil, apontou que no ano de 2011, as crianças foram vítimas de aproximadamente 11 mil acidentes com escorpiões na cidade de São Paulo.

Desse total, foram regis-trados 40 óbitos de crianças, letalidade 220% maior que a registrada em adultos, com 51 mortes em 46 mil casos. Isso ocorre porque as crian-ças são mais suscetíveis a le-sões mais graves e a ação do veneno do animal.

Para evitar os aciden-tes, alguns cuidados básicos devem ser adotados, como manter limpos quintais, jar-dins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico (veja mais dicas de prevenção abaixo).

Em caso de acidentes, a primeira medida que deve ser adotada é realizar com-pressas de água morna sobre a picada. Isso pode aliviar a dor até a chegada ao servi-ço de saúde mais próximo. Outro alerta é não usar gelo, água gelada ou álcool, pois podem piorar a dor.

“É fundamental que as pessoas procurem o hospital

mais próximo de sua residên-cia. Isso garantirá diagnósti-co e tratamento mais eficaz”, relata o diretor-médico do Hospital Vital Brazil, Carlos Medeiros.

O Hospital Vital Brazil disponibiliza o telefone (11) 2627-9528 de orientação em casos de emergência e aci-dentes com animais peço-nhentos. O serviço funciona 24 horas por dia e orienta a população sobre o local mais próximo para atendimento.

Dicas para evitar acidentes com escorpiões:

* Vedar soleiras de por-tas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e de chão com

tela ou válvula apropriada; * Colocar o lixo em sa-

cos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar aparecimento de bara-tas, moscas e outros insetos, alimentos prediletos de es-corpiões; examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-las;

* Andar sempre calçado e usar luvas de raspa de cou-ro ao trabalhar com material de construção, lenha etc.

* Aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas.

Mais dicas de preven-ção estão disponíveis no site www.butantan.gov.br.

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Page 6: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 6 1ª Quinzena de Setembro 2012Gazeta São Mateus

Lideranças destacam a situação e as perspectivas para São Mateus

A Gazeta São Mateus, como parte das comemorações do 64º aniversário desse imponente bairro na zona leste da cidade de São Paulo, buscou ouvir de algumas lideranças de diversos segmentos que compõe a sociedade de São Mateus suas considerações sobre como estão as coisas e quais são as perspectivas para essa comunidade nos próximos anos. Até o fechamento da edição, gentilmente res-ponderam as perguntas o escritor Germano Gonçalves, morador no Parque São

Rafael há 46 anos; Clóvis Luis Chaves, que como subprefeito de São Mateus atuou nos três distritos; Antonio Carlos de Souza, morador em São Mateus há 12 anos e mantenedor do Colégio São Matheus no distrito de São Mateus e Marcelo Dória, empresário na região de São Mateus desde 1997 que administra a rede de Lojas Depósito da Lingerie.

Acompanhe o resumo das respostas e leia a íntegra no site da Gazeta

GSM- Gostaríamos de saber o seu nome, ocupação e há quanto tempo mora ou tra-balha em São Mateus e em qual dos três distritos?Germano Gonçalves - Sou Germano Gonçalves Arru-das, escritor independente com o pseudônimo O Urba-nista Concreto e moro a 46 anos no bairro Parque São Rafael.Clovis Luiz Chaves: Fui subprefeito de São Mateus trabalhando mais de 5 anos nos 3 distritos.Antonio Carlos de Souza: Moro em São Mateus há 12 anos e sou mantenedor do Colégio São Matheus.Marcelo Dória: Sou empre-sário na região desde 1997. Administro a rede de Lojas Depósito da Lingerie.

GSM- Durante esse tempo em que mora ou trabalha em São Mateus quais tem sido suas maiores alegrias e maiores decepções?GC - Minhas alegrias vêm da cultura, quando me dediquei mais ao incentivo a leitura fui descobrindo talentos que fazem arte independente e muitas associações culturais pela região que desenvolve trabalhos sociais e culturais, onde pude participar con-tribuindo com meus conhe-cimentos literários. Minhas decepções são com o serviço público que poderia olhar mais para o lado social das comunidades, em um todo, saúde, educação, segurança, esporte e lazer. Fazer sua parte. Uma sugestão fazer convênios com a indústria e o comércio da região, para que cada um cuide de uma escola, de um centro cultural, uma creche etc.

CLC - As maiores alegrias foram às obras reclamadas e agora conquistadas. Exem-plos: construção de casas ou apartamentos onde eram fa-velas; regularização de imó-veis e loteamentos como o Jardim da Conquista e outros. Canalização de esgoto. Era apenas 12% hoje são mais de 90% canalizados. Construção e reformas de escolas, cre-ches, AMAS, CEOS. Asfalto e recapeamento de ruas e ave-nidas; reforma e iluminação de vários campos de várzea como o Primeiro de Maio, Urubuzão e tantos outros. Clubes Esportivos; reforma da Avenida Mateo Bei; canal anti-enchente da Avenida Aricanduva; Riacho dos Ma-chados; reurbanização do Parque das Flores, Jardim São Francisco, Nova Vitória, Vitotoma, entre outras. Ter acabado com a feira do rolo que tanto envergonhava São Mateus e sua gente, graças à valorosa equipe de fun-cionários da Subprefeitura de São Mateus. Por quatro anos seguidos conquista-mos o prêmio “Manequinho Lopes” destinado à sub que mais planta árvores e cuida

do meio ambiente em toda a cidade de São Paulo. Das decepções ficaram re-gistradas algumas obras que gostaria de ter realizado, a regularização da Vila Bela, a conclusão do resto do Riacho dos Machados, a constru-ção do Centro Olímpico, a construção do Centro do Comércio Popular, conclu-são das obras do Expresso Tiradentes.ACS - As maiores alegrias foi a participação nas entida-des representativas da nossa comunidade: sociedade ami-gos do bairro; Lions; Clube Diretores Lojistas; Rotary. A decepção fica por conta das entidades acima citadas, hoje, sem a representação junto à comunidade.MD - Venho de uma família humilde e cheguei a São Ma-teus 15 anos atrás. Cheguei ainda adolescente e desde então acompanho o desenvol-vimento da região. As muitas alegrias foram proporciona-das pelas amizades que fiz. As maiores decepções são com o descaso do poder pú-blico que acompanha a nossa região, “chega de político mi-lionário e bairro miserável”.

GSM- Efetivamente qual o grau de dependência de ser-viços públicos que existem em sua comunidade, local de residência ou trabalho?GC - Falando do meu local de residência, aqui só temos o que chamamos de cultura independente, e em um geral escassa. Gostaria de fazer do meu bairro um local conheci-do pela leitura, mas para isso realmente dependemos dos serviços públicos. Investir no bairro, conhecimento os artistas que se preocupam

como o bairro incenti-vando-os para o bem da cultura local. Outras áreas públicas também merecem atenção, con-forme já mencionei. CLC - A comunidade depende muito dos ser-viços públicos, escolas, creches, saúde, trans-porte, laser, cultura, esportes, quanto mais carente, maior é a de-pendência dos serviços públicos.ACS - Pelo crescimen-to da nossa região a de-

pendência fica por conta dos serviços públicos, tais como, saúde, educação, transporte.MD- A região é carente de vários serviços públicos. Destaco a Saúde, pois as pessoas não podem ficar doentes após as 18 horas. Não tem médico. Falta de creches, a precariedade do transporte público, além de outras carências.

GSM- No seu entendimen-to quais são os serviços públicos mais eficientes oferecidos na região como um todo?GC - Um dos serviços que eu acho que esta dando certo aqui na região é a AMA aqui do Jardim São Fran-cisco. Por enquanto não tem que reclamar e fica a sugestão para ampliar e construir mais AMA’S. Os demais tipos: creche e postos de saúde estão precisando de melhorias. A segurança esta deixando a desejar. Precisamos de uma operação delegada aqui no bairro do Pq. São Rafael. A delegacia daqui, em vez de aumentar os serviços à população esta

diminuindo e o atendimento é demorado, mas estamos de olho com o Conseg.CLC - Água, esgoto, Escolas de Ensino Fundamental.ACS - Faço uma referencia positiva com relação à segu-rança publica, em particular com relação a Operação De-legada.MD - É importante destacar o trabalho dos funcionários públicos da região apesar da falta de investimentos em infraestrutura e condições de trabalho.

GSM- E quais são os serviços públicos mais deficitários e quais sugestões eventu-almente o sr(a) daria para ajudar na solução desses problemas?GC - Como já disse os pos-tos de saúde e creches. Mais profissionais e atendentes. Existem vários estudantes na área que já poderiam estar estagiando em diversas fun-ções. Na Educação, muitas escolas não têm professor de determinada matéria e exis-tem estudantes de faculdade que já podem dar aulas em caráter emergencial. Veja só, na Faculdade aqui da região a Santa Izildinha tem alunos que já estão aptos para le-cionar, mas o que impede é a influência e rotina dos fun-cionários no andamento dos serviços públicos. CLC - Iluminação e transpor-te. Iluminação com a criação de equipe descentralizada com base na própria Subprefeitura. No Transporte a implantação rápida do Monotrilho vai fa-cilitar o transporte e desafogar o transito.ACS - Entendo que em vários locais da nossa região falta uma atenção maior ao sane-amento, principalmente os córregos, os quais são esgotos sem tratamento.MD - Prefiro falar de solu-ções, mais saúde – AMAS com médicos e funcionando 24hrs. Mais escolas técnicas com a sua grade curricular adequada as necessidades de mão de obra das empresas da região e a construção de mais creches.

GSM- Determinado can-didato a prefeito tem pro-metido que as escolhas dos subprefeitos na cidade serão feitas pelos moradores do distrito também por eleição em uma lista pré-definida anteriormente. O Sr (a) acha isso importante? Participaria dessa eleição em lista para subprefeito?GC - Sim, acho importante, pois estamos em um país democrático que até agora a democracia só favorece o rico, seria uma maneira de a comu-nidade estar mais próxima dos acontecimentos do serviço público prestado e poder co-brar ao colocar uma pessoa da região, mesmo porque esta pessoa vive e convive com os problemas da comunidade. Eu

participaria sim da lista, acho que demorou em se fazer algo neste sentido.CLC - Acho que o subpre-feito tem que ser de confian-ça do governante, gostar de trabalhar, atender pessoas, implantar as diretrizes da administração, saber que as eleições se acabam no dia da votação e que após esse dia todos devem ter um só parti-do “Partido de São Mateus”, a maneira da escolha do Sub não importa, importante é o desempenho no cargo.ACS - Acho importante e necessário. O subprefeito tem que ser da região, para poder ter uma afinidade maior com a comunidade.MD - Acredito que o gover-nante deve estar próximo das necessidades da população, conhecer de perto o que o povo precisa. A função de sub-prefeito exige uma capacidade de interpretar as necessidades da sociedade e servir e atender as suas expectativas. GSM - No seu entender o que um subprefeito deveria fazer para ouvir e melhor encami-nhar as demandas dos três distritos?GC - A primeira coisa é a agilidade em despachar do-cumentos arquivados, entrar em acordo com o prefeito da cidade, governo estadual e até mesmo se possível fe-deral, fazer alianças em prol da comunidade e fazer valer o seu cargo de subprefeito. Delegar visitas nos bairros dos distritos e aparecer mais para a comunidade, abrir sessões do tipo mostrar orçamento do distrito junto à população.CLC - Muito simples, atender diretamente e indistintamente a comunidade, suas lideran-ças, vereadores, assessores, associações, preferencial-mente agendadas com dia e horário para evitar espera de-morada em anti-sala, respeito ao cidadão.ACS - Em primeiro lugar criar um conselho adminis-trativo com as lideranças de cada distrito, para saber das necessidades e relacionar as prioridades da região.MD - As Subprefeituras fo-ram grandes avanços, porém devemos otimizar os canais de comunicação entre a população e o poder público; temos que trabalhar por mais autonomia das Subprefeituras para atender de fato as necessidades da po-pulação. Exigir mais eficiência dos serviços públicos.

GSM- Do ponto de vista do desenvolvimento eco-nômico, como o sr vê São Mateus? Algumas empresas estão indo embora, o que o sr acha disso?GC - Eu acho que a úni-ca razão que as empresas vão para outra localidade é a cobrança de impostos, portanto, deveria haver a redução nos tributos para quem dá emprego para a po-pulação. Incentivo fiscal para os produtos e valorização da

empresa que está na região, bem como a produção para que o capital de giro circule na região, para que a mesma tenha uma economia de porte para manter aqui a indústria em evidencia.CLC - A pujança de São Mateus é visível, a valoriza-ção de imóveis e aluguel nos últimos sete anos é enorme, comparáveis aos praticados em regiões nobres da cidade. Evidentemente, tem empre-sas que procuram regiões mais baratas para se insta-larem, entretanto, inúmeras estão tentando vir para São Mateus.ACS - São Mateus ainda possui áreas que podem atrair mais empresas com incen-tivos fiscais, e redução de impostos, tais como IPTU; ISS IPI, etc.MD - Mais incentivos para as empresas se instalarem na periferia, tome-se como exemplo o caso do bairro do Palanque, onde empre-sas foram incentivadas a se instalarem na região e agora tem dificuldades de obter sua regularização junto ao poder público. A região precisa de representantes que façam mais do que nomes de ruas e praças, precisamos de verea-dores preocupados em gerar mais empregos no bairro evitando que pessoas tenham que enfrentar três horas de condução para chegar ao seu local de trabalho.

GSM- E o comércio e a pres-tação de serviços?O sr. acha que essas atividades ainda podem crescer em São Ma-teus e gerar empregos para os moradores?GC - O comércio lo-cal deve ser valoriza-do fazendo com que o consumidor consuma das lojas locais, não precisando se deslocar para outras localida-des. Só assim o capital de giro vai circular na região. Para vender e oferecer produtos de marca e baixos preços na região, tem que ter incentivo dos serviços públicos como melhor acessibilidade, logística para circularção de mercado-rias, divulgação do comércio e uma associação dos lojistas atuante.CLC - Está crescendo e vai crescer muito mais. Fora os incentivos dados as empresas que aqui se instalam, creio que o franco desenvolvimen-to ainda é maior atrativo para as empresas prestadoras de serviços ou outras.ACS - Acredito que sim, principalmente no distrito do Iguatemi, entendo que isso vai acontecer naturalmente, principalmente com a chega-da do monotrilho que vai até a cidade Tiradentes.MD - Acredito que sim. A revitalização das avenidas comerciais da região, in-centivos para a instalação de empresas de logística e relacionar a grade curricular das escolas técnicas da região com as necessidades de mão de obra das empresas.

GSM - Se coubesse ao Sr (a) uma recomendação para os moradores dos três distritos no sentido de melhorar as condições de vida e o dia--a-dia de São Mateus qual seria essa?GC - A principal, no meu modo de ver é plantar árvo-res, cuidar do meio ambiente,

conscientizar as pessoas de que o planeta precisa de ajuda. Outra questão é o lixo. Cobrar dos serviços públicos uma coleta seletiva nos distritos e a colaboração da população. O resto vai reivindicando e co-brando dos serviços públicos e fazendo é lógico a nossa parte.CLC - Que continuassem acreditando que esta é uma região em franco desenvol-vimento. Para tanto preci-sam continuar trabalhando honestamente, estudar, fazer cursos profissionalizantes ou outros, se especializarem em uma profissão, se prepararem pela educação, o solo é fértil, a região promissora, as opor-tunidades virão, depende de cada um fazer a sua parte ACS - Convocar todas as lideranças dos três distritos no sentido de se unir e voltar a ter representação junto às autoridades em nossa região.MD- Acreditar no potencial do bairro, São Mateus é vo-cacionado para o desenvolvi-mento, composto por pessoas trabalhadoras e honestas. Por mais que as pessoas estejam desacreditadas na classe po-lítica brasileira, avaliem o seu candidato(a); verifiquem se é ficha limpa, analisem seu comprometimento com o bairro, quais são os seus pro-jetos e o seu passado. Exercite o seu direito de escolher o seu representante, pois, com certeza, a sua escolha terá im-pacto na vida da comunidade nos próximos quatro anos.

GSM-Alguma coisa a acres-centar?GC - Duas coisas: a primeira quanto ao transporte público.

O distrito do Parque São Rafa-el está escasso, só tem uma li-nha de ônibus para o terminal São Mateus, Metrô e centro da cidade. A segunda é sobre as calçadas totalmente desiguais, esburacadas, cheia de matos e muitas não são cimentadas. Nas avenidas então até lixo se encontra. Minha sugestão é avisar aos moradores para cui-dar da calçada; dar um prazo, caso não cuide a subprefeitura faz o serviço e depois manda a conta. Agradeço a Deus por morar aqui e pela oportunida-de da entrevista.CLC - Além das belezas na-turais da região; rios, matas, o Morro do Cruzeiro, a topogra-fia maravilhosa, São Mateus possui uma gente maravi-lhosa, hospitaleira composta das várias regiões da cidade de São Paulo, do Estado e de todo o Brasil. Aqui não existe forasteiro, são todos amigos.ACS - Volto a frisar o sub-prefeito tem que ter a cara, respirar, conhecer e viver São Mateus. Se isto não acontecer vamos continuar a engolir forasteiros sem compromisso com o nosso pedaço de chão.MD - No dia 7 de Outubro a responsabilidade estará em suas mãos, você poderá contribuir com o desenvolvi-mento da região. Boa escolha.

Antonio Carlos de Souza

Germano Gonçalves

Marcelo Dória

Clovis Luiz Chaves

Page 7: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 71ª Quinzena de Setembro 2012 Gazeta São Mateus

A escola e o potencial do Cinema na aprendizagem

Alunos que não ques t ionam, que não pro-duzem dian-

te da folha em branco de uma redação, alunos que não conseguem entender a aplicabilidade prática de matérias como mate-mática, língua portuguesa, história, geografia e outras em seu dia a dia.

Alunos que praticam bullying porque têm difi-culdades de aceitar o que é diferente de seu modo de ser e de viver, alunos que se fecham dentro de seu mundo porque desconhe-cem ou não se interessam pelas riquezas de manifes-tações artísticas.

Esse tem sido o cená-rio de muitas de nossas es-colas hoje em dia e, para mudá-lo e corrigi-lo, o Cinema é uma rica fonte

quando bem-utilizado em sala de aula, dado que, so-zinho, o filme pouco pode fazer.

Ainda que o aluno nunca tenha ido a uma ses-são de cinema, é fato que este mesmo aluno está dia-riamente exposto a con-teúdos fílmicos ao ligar a televisão de sua casa, em qualquer horário, estando ou não acompanhado por um adulto.

Num cenário como esse, torna-se cada vez mais evidente a necessida-de de trabalharmos o olhar de nosso aluno, tornando-o um crítico diante de todas as informações que lhe são ofertadas por meio de con-teúdos televisivos (progra-mas, novelas, filmes e no-ticiários), internet (sites, jogos eletrônicos, blogs, redes sociais), propagan-

das (fôlderes, folhetos, carros de som) e diversas outras fontes de expressão.

Essas fontes revelam o pensamento de alguém que intenciona persuadir, mudar conceitos, levar pessoas a pensar e a agir diferente, tendo as mais diferentes intenções.

Para verdadeiramente construir e agregar conhe-cimentos, o aluno precisa identificar em sua realida-de o que está sendo ensina-do pelo professor em sala de aula e, para isso, o filme é um recurso com grande potencial que não pode ser deixado de lado, dado que encanta, emociona e impacta a vida de crian-ças, jovens, adultos, fa-mílias e toda a sociedade. Isso pode ser facilmente compreendido porque, por meio da linguagem cine-

matográfica, o espectador experimenta sensações de choro, tédio, revolta, amor, simpatia, tal como se estivesse numa segunda realidade, tal como num sonho.

Dessa forma, a Sé-tima Arte precisa ser levada mais a sério em nossas escolas, dado que adentra a casa e a vida de famílias e sociedade por meio da televisão,

sessões de cinema, fil-mes alugados ou em-prestados e, até mesmo, baixados na internet.

Quando a exibição de filmes tem a ação de um profissional que consegue aproveitar seus conteúdos e transformá-los em apren-dizagens - potencializando os conteúdos de discipli-nas escolares, abordagens dos temas transversais, tratamento de informa-

ções e aproximação de conteúdos modernos e atuais de conteúdos que contam a história da hu-manidade -, há mudanças e transformações que afe-tam o presente e o futuro não apenas da comunidade da qual o aluno faz parte, mas todo o futuro de nos-sa nação, que contará com cidadãos mais preparados para o completo exercício da cidadania.

Aprendiza-do é isso:

De repente, você com-

preende al-guma coisa que sempre entendeu,

mas de uma nova ma-

neira.

Aprendiza-do é isso: De repen-te, você

compreen-de alguma coisa que sempre

entendeu, mas de

uma nova maneira.

(Doris Lessing)

Page 8: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 8 1ª Quinzena de Setembro 2012Gazeta São Mateus

POESIA - CIDADE SÃO MATEUSCidade de São Mateus,Glória que de longe a vista,É uma dádiva de Deus,Também cartão de visita,Para nossos imigrantes,Que procuram sua conquista,Nesta terra bandeirante,Que é orgulho dos Paulistas. Quero hoje homenagear,A cidade São Mateus,E também quero falar,Para todos filhos teus,Pra que possa continuar,Quem já o antecedeu,Na tarefa de lutar,

Sobre a proteção de Deus. Falo de São Rafael,Do Ester e Tognol,Falo do Jardim Hessel,Vila Flávia e Verde Sol,Falo do Iguatemi,E Jardim Vila Carrão,E falo do Roseli,E terceira Divisão. Falo do Jardim Ricardo,Vera Cruz e Vila Bela,Falo do Jardim Pirani,Três Marias e Santa Adélia,Do Helena e Ingaí,Perto do Sítio dos Franças,

São Gonçalo e Buriti,E do Parque Boa Esperança.E Valquíria tem boa vista,Falo do Jardim Tietê,E do Jardim da Conquista,Que não se pode esquecer,Falo do Jardim Augusta,Junto ao rio Caguaçu,Falo do Nove de Julho,Sapopemba e Marilú. E também do Alto Alegre,Vista Alegre e Laranjeira,Santa Bárbara consegue,Ter sua gente altaneira,Falo em Quarto Centenário,

Junto Taquapininduva,E falo do São Lourenço,Que é Perto do Aricanduva.Eu Falo do Promorar,E do Jardim Santo André,Falo do irregular,Que não sabe quanto é,Dos presentes e futuro,Eu desejo homenagear,E chegar manhã seguro,Pra que possa festejar. Eu falo pro Colonial,Pêssego e Cinco de Julho,Se esqueci algum local,Me desculpem sem orgulho,

Aqui nossos ancestrais,Aumentaram a Capital,E só pra finalizar,Nós somos todos iguais. A todos sem distinção, Desta boa rica paragem,Desejo à população,Muito sucesso e coragem,Para ser com discrição,Os heróis desta paisagem,Receba de coração,Minha singela homenagem.

Dr. Jair HesselAniversário de

São Mateus

Aos 64 anos São Mateus vem mudando rapidamente

No extremo leste de São Paulo, di-visa com o mu-nicípio de Mauá,

está São Mateus. Enquanto os dados oficiais não são atu-alizados, estimativas indi-cam que são quase 1 milhão de habitantes que vivem em sua maioria, em condições de pobreza, mantendo-se com metade da renda média do município de São Pau-lo como um todo. Dez por cento destas famílias vivem em favelas, como a do Jar-dim Tietê e a do Parque das Flores, onde, aliás, apesar do nome, restam pouquíssimas árvores.

Com três distritos – São Mateus, São Rafael e Igua-temi – esse último apresenta situação social mais grave. Resistiu com perfil rural por mais tempo tem muitas ocu-pações irregulares e pouca oferta de empregos. Iguatemi chegou a ostentar o segundo pior índice no mapa da Ex-clusão/Inclusão Social da Ci-dade de São Paulo em 2000. São Rafael ocupa o 7º lugar e São Mateus a 38ª posição en-tre os 91 distritos da capital.

É este bairro de São Ma-teus que está completando este ano de 2012, 64 anos de sua fundação e com muita luta vem alcançando paulati-namente melhores condições de vida para seus habitantes. Teve, como era previsível, surtos de maior ou menor desenvolvimento. Neste se-gundo mandato do Gilberto Kassab que está chegando ao final com as eleições de

outubro algumas coisas es-friaram. Vale ressaltar, entre-tanto que como uma locomo-tiva lenta ou aceleradamente trará outras mudanças urba-nísticas.

Um passeio resumido sobre a história recente

Essa história toda que começou lá pelos anos 1840, quando toda região era de fa-zendas que foram divididas em glebas e deram início a muito da atual configuração. Essa história toda não se en-cerra e ainda está sendo con-tada com algumas recentes in-tervenções que foram ou vem sendo feitas na região, confor-me registramos mais a frente.

As dificuldades sempre fizeram parte da história de São Mateus. Até o ano de 1946 a região não passava de uma grande fazenda. O pro-prietário, Antonio Cardoso de Siqueira, dividiu as terras em glebas e uma delas, com 50 alqueires, foi comprada pelo imigrante italiano Mateo Bei. Foi só então que o destino do lugar começou a mudar.

Decidido a lotear a terra, hoje a parte baixa da avenida que leva o seu nome, Bei não conseguia levar adiante seus planos devido às longas dis-tâncias até a “cidade” e a au-sência de meios de transpor-te – os ônibus só começaram a operar em 1952. A solu-ção foi oferecer material de construção para quem com-prasse os lotes. Os tijolos e telhas eram transportados em carros de boi e as casas eram geralmente construídas em sistema de mutirão.

Se até a década de 40 era apenas a fazenda Rio das Pe-dras, em 1946, 50 alqueires foram vendidos à família Bei que decidiu lotear a área já de olho no que se iniciava como área de desenvolvi-mento industrial do ABC nos anos seguintes.

Coube a Nildo Gregório da Silva a missão de abrir as primeiras ruas em 1946, como funcionário da em-presa responsável pela ter-raplanagem. O loteamento começou exatamente em seu ponto zero na Avenida Ca-

guaçú, mais tarde conhecida como Avenida Rio das Pe-dras. Nildo assumiu o papel de defensor do bairro sendo uma de suas primeiras lide-ranças.

A estratégia dos loteado-res eram abrir novos lotea-mentos em lugares distantes desprovidos de benfeitorias públicas que através do seu adensamento acabava cons-trangendo a prefeitura e o Estado a levar, mesmo que a contragosto, alguns serviços públicos até o local. Em geral a primeira demanda era por

transportes daí os primeiros ônibus começarem a circular de forma mais intensa no iní-cio dos anos 50.

Em 1952, Nildo Gre-gório fundou a associação “A Voz da Colina”, um serviço de alto-falantes puxados por meio do qual a população apresentava suas reivindicações nas áreas de transportes, saúde e educação. O slogan da associação - “Entra no ar a nossa divulgadora A Voz da Colina, uma voz amiga que cruza os céus de Piratinin-

ga”, ficou na memória dos são-mateuenses.

Muitas demandas a se-rem atendidas foram graças ao empenho dos moradores e de suas lideranças que São Mateus ganhou sua primeira escola e rede de água que só chegou em 1976. Foram muitas as lutas populares que impulsionaram o desen-volvimento local, passando por várias décadas. Ainda hoje é possível registrar ocorrências de lutas reivin-dicatórias em diversas partes de São Mateus.

Como é contada a história oficial de São Mateus: a cidade da Família Bei

A história de São Mateus remonta ao século XIX. Mais precisamen-

te ao ano de 1.842, época em que existia uma fazenda de propriedade de João Francis-co Rocha, onde se criavam cavalos, carneiros e bois. Posteriormente, a fazenda foi adquirida por Antônio Cardoso de Siqueira, que op-tou por dividi-la em 5 (cin-co) glebas.

Já no século XX, na dé-cada de 40, tudo não passa-va de uma grande fazenda: a Fazenda Rio das Pedras. Em 1.946, uma gleba de 50 alqueires de terras foi ven-dida à Família Bei (Mateo e Salvador Bei), dando origem a fazenda São Mateus. Dois anos depois da aquisição das terras, em 1948, Mateo Bei, o patriarca da família, decide lotear a área e vende os pri-meiros lotes com total suces-so, surgindo dessa iniciativa o bairro de São Mateus. Para

personalizar a importância dela, foi celebrada a primei-ra missa em ação de graças, no dia 8 de Dezembro do mesmo ano, pelo bispo Dom Antônio de Macedo.

“Cidade São Mateus” foi o nome escolhido por Sal-vador Bei, em homenagem ao pai, Mateo Bei, que mais tarde teve seu nome dado, também, à primeira aveni-da do bairro (atualmente, o principal ponto de referência do bairro). O termo cidade foi empregado porque todos da Família Bei tinham con-vicção de que o bairro um dia se transformaria em uma grande cidade.

Em 1946 foi iniciada a abertura das ruas da região. Foram usados burros para que fosse aberta aquela que viria a ser a Avenida Mateo Bei, exatamente no marco “zero”, na Avenida Caguaçu, mais tarde Avenida Rio das Pedras. Mateo Bei foi, tam-bém, um lutador incansável

que se dedicou à formação cultural e sócio-econômica de São Mateus. Foram mui-tos anos de perseverança e fé.

O primeiro ponto co-mercial do bairro surgiu em 1949, o Empório do Eustá-quio, seguido pelo Empório do Maninho no ano seguinte. Os lotes da Avenida Mateo Bei valorizavam a cada dia (o valor de um lote de 350 m² custava 7.500 cruzeiros). A Loteadora Bei Filho doava

500 telhas e dois mil tijolos aos novos proprietários (ma-terial este transportado das olarias em carros-de-boi), que, através de mutirões, le-vantavam suas casas.

Bairro que tem uma histó-ria de lutas: São Mateus tem a oferecer a seus moradores uma perspectiva de desen-volvimento que foge à estag-nação econômica e ao pessi-mismo de alguns. São Mateus tem proporcionado grandes

possibilidades de investimen-tos em diversos setores, do comércio à industria e, cla-ro, no mercado imobiliário. Crescimento rápido e desor-denado, São Mateus registra oficialmente 78 bairros e 35 favelas, segundo dados da Prefeitura, de 1996. No âm-bito residencial, percebe-se vários tipos de moradia: fave-las, cortiços, casas, prédios e até pequenas mansões.

Conhecendo o bairroA via mais importante

de São Mateus é a Aveni-da Mateo Bei, o principal corredor de ligação entre os bairros mais internos às vias mais centrais. Mas quem foi Mateo Bei? Empresário ítalo-brasileiro do ramo imo-biliário. Foi um dos grandes loteadores da Zona Leste de São Paulo. Filho de Salva-dor Bei e Catarina Barsotti, nasceu em 30 de julho de 1880, em Montenagno, a poucos quilômetros da cida-de toscana de Lucca na Itá-

lia. Com 19 anos emigra para o Brasil, fixando-se em São Paulo. Em São Paulo dedica--se a diversas atividades, até que resolve se concentrar no ramo imobiliário, compran-do grandes áreas de terra e loteando-as. Loteou diversos terrenos em diversos bairros da Capital, inclusive criando alguns e levando o desen-volvimento para outros. Em 1905, casa-se com Paulina Mei, com quem teve cinco fi-lhos. Faleceu em 11 de maio de 1946, em São Paulo. Fon-tes: site da Prefeitura de São Paulo e Wikipedia

São Mateus – Distritos administrativos: Iguatemi, São Mateus e São Rafael

População: 430.234 hab (dados oficiais). Estimativas indicam que é mais que o do-bro. Área: 45,50 km2.

Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística) – Censos Demográ-ficos / SMDU/Dipro-Retro-estimativas e Projeções 2011.

Page 9: Gazeta São Mateus - Edição 346

Página 91ª Quinzena de Setembro 2012 Gazeta São Mateus

Cristais e a Mulher

Você é do tipo que acredita no poder de energia de uma pe-

dra? Sim? Não?...Desde os primórdios da civilização o cristal já era a utilizado como um talismã, onde se obtinha a cura para males de ordem mental, espiritual, emocional e física.

Os cristais são fonte de energia positiva. Já que, se-gundo estudos, ele tem esse maravilhoso poder de energi-zação e, partindo desse pres-suposto, por que então não unir a beleza da pedra com sua força energética? Ela tra-

rá brilho, beleza, delicadeza, glamour e ainda irá propor-cionar a sua usuária, incrí-veis sensações de conforto e segurança. Acreditem!

Os cristais devem ser limpos e energizados antes de serem usados. Como um ritual, um processo de expe-lir energias ruins e captar as

positivas.Como usar o primeiro

cristal:- Você deverá energizá-

-lo, deixando sob água cor-rente por alguns minutos;

- Deixá-lo exposto à luz solar por seis horas e/ou lu-nar por doze horas;

Já ouviu a famosa frase que diz “ A gente é o que pensa ”!

- Pegue o cristal com a mão direita e mentalize seu pedido, seja claro e objeti-vo, escolha bem as palavras, nada que deixe dúvidas ou que soe de forma negativa,

somente assim obterá um bom resultado.

Pode ser usado em uma peça, um acessório, como gargantilha, brincos ou en-tão, somente a pedra protegi-do dentro de um saquinho de veludo ou seda.

O importante é carregá--lo sempre juntinho a você!

Aprenda a energizar sua casa

com flores e plantas

No Brasil, setembro é um dos meses mais bonitos e energi-

zados. E ele também traz a mais bela das estações do ano, a Primavera. Setembro chega lembrando que há vida lá fora, com cheiro de natu-reza, com a energia e colo-rido das flores e plantas nos convidando a viver mais e deixar nossa casa mais sa-dia e energizada. Isso o Feng Shui aprova, pois o que mais queremos e precisamos é de energia na nossa casa e para as pessoas.Claro que seria muito fantástico morar numa casa toda cercada pela natu-reza da floresta. Mas pode-mos, com bom senso e bom gosto, trazer a natureza para nossa residência, colocando plantas e flores nos ambien-tes internos e fora de casa, no jardim, quintal, sacada e terraços.

Só que quando falo em colocar a natureza dentro de casa, estou falando de flo-res e plantas naturais, que têm vida e energia. Vejo um grande erro nas pessoas que acreditam que flor de plás-tico ou fotos de plantas traz a mesma energia. Flores e plantas artificiais, por mais belas que sejam para deco-

rar, não têm vida e energia. Não são seres vivos. E o que o Feng Shui mais prega é mais vida e energia para os ambientes. Plantas e flores vivas num ambiente equili-bram as energias, eliminam más vibrações e atraem bons fluidos. Logo, use a abuse de plantas e flores na sua casa e empresa. Ao por uma planta ou flor, podemos associar a ela alguma “intenção energé-tica”, para atrair ainda mais energias favoráveis à nossa vida e às pessoas.

Atraia boas vibrações com as cores das flores:

Independente do tipo de flor, podemos usar as cores para atrair boas energias. Exemplos:

- Paz e tranquilidade: flo-res brancas e rosadas

- Riqueza e prosperidade: flores amarelas e vermelhas

- Alegria e felicidade: flores amarelas, vermelhas e cores cítricas

- Amor e paixão: flores vermelhas e rosadas

- Romance: flores rosa-das e brancas

- Amizades: flor amarela e cores cítricas

- Saúde: flores brancas e o verde das plantas

Conheça símbolos místicos do

feng shui para boas energias

Quando fazemos um estudo de feng shui de uma residência ou

empresa, estamos equilibran-do a energia dos ambientes e trazendo ainda mais energia. Podemos usar uma série de símbolos místicos para trazer mais energia ou harmonizar o chi dos ambientes. Conhe-ça alguns destes símbolos místicos do feng shui e da cultura chinesa.

Ba-gua: instrumento octagonal com os trigramas do I Ching. Usado na porta de entrada para espantar as más energias que podem en-trar no imóvel. Colocá-lo em cima da porta, pelo lado de fora da casa.

Fênix: uma dos animais sagrados. Representa liber-dade, visão ampla, horizonte aberto e oportunidades.

Dragão: um dos animais mais místicos e poderosos do feng shui. Representa força espiritual, garra, determina-ção e poder. Animal de pro-teção. Colocar na frente da casa ou da porta de entrada.

Moedas chinesas: repre-sentam prosperidade, riqueza e oportunidades de trabalho e

negócios. Usados na porta de entrada, na gaveta do dinhei-ro no comércio, na bolsa, na carteira ou no bolso da calça.

Sino Chinês: usado para espantar as más energias. Acabar com a energia es-tagnada. Fazer a energia chi fluir. Deve ser colocado em todos os casos anteriores.

Leões do feng shui: muito confundido com dragões. São usados para proteger só am-bientes de más energias. Tam-bém transmitem forma e poder. Colocar na porta de entrada.

Tigre: representa força, energia vital, trabalho e de-terminação. Colocá-lo nos ambientes de trabalho.

Tartaruga: símbolo de longevidade, segurança e pa-ciência. Colocar nos ambien-tes da casa.

Sapo da fortuna ou ka-eru: um sapo com três per-nas com uma moeda na boca. E usado nos ambientes para atrair riqueza, prosperidade e abundancia. Atrai também sorte e felicidade. Pode ser usado também na bolsa.

Bambu: símbolo da fle-xibilidade, longevidade e crescimento.

Parabéns São Mateus

São Mateus comemo-ra 64 anos de história. Na década de 40 tudo

não passava de uma grande fazenda: a fazenda Rio das Pedras. Em 1946, uma gle-ba de 50 alqueires de terra foi vendida a família Mateo Bei ( Mateo e Salvador Bei ), dando origem a fazenda São Mateus.

Em 1948, Mateo Bei, patriarca da família, decide lotear a área e vende os pri-meiros lotes com total suces-so, surgindo dessa iniciativa o bairro de São Mateus. Para personalizar a importância desta iniciativa foi realizada a primeira missa em ação de graças, no dia 8 de dezembro do mesmo ano, pelo Bispo Dom Antonio de Macedo.

Com estes loteamentos, varias famílias vieram para o bairro, que começou a ser adensado na metade do sé-culo passado, quando entrou em vigor a lei do inquilina-to, que freou a construção de habitações de aluguel, o que tornou escassos os materiais de construção cível. Isso im-pulsionou uma população empobrecida, a ocupar as áreas mais periféricas da ci-

dade, realizando assim o so-nho da casa própria, e sentir orgulho ao dizer: “- moro na periferia, mas moro no que é meu.”

Venho de uma família humilde e agradeço a Deus pelos meus pais terem esco-lhido a região para recome-çar a sua vida na cidade de São Paulo, tenho muito orgu-lho de ter crescido nos Bair-ros de São Mateus, Parque São Rafael, Iguatemi, e ter acompanhado o seu desen-volvimento da zona leste.

São Mateus tem é uma região de muitas qualidades, tem vocação para o desen-volvimento, sua população é trabalhadora e ordeira, sua localização geográfica é pri-vilegiada e tem tudo para se desenvolver ainda mais.

Gostaria de transmitir aos moradores de São Ma-teus os meus mais sinceros votos de Parabéns a todos os moradores que contribuem com o desenvolvimento do Bairro. PARABÉNS SÃO MATEUS.

Por Pedro Kaka, na re-gião há 40 anos e Advogado e Administrador dos Super-mercados da Praça

Cozinhando com a Bruxa

Cozinha também é lu-gar de bruxa. O ato de preparar ali-

mentos funciona como uma verdadeira alquimia.

Os ingredientes utilizados são os mesmos encontrados em qualquer casa:

arroz, feijão, condimentos, ervas aromáticas.

A diferença está nos deta-lhes e no objetivo que se de-seja alcançar,

ou seja, na magia da mente e dos atos.

Cozinhar em panela de barro atrai abundância finan-ceira e saúde,

a de vidro é apropriada para conquistas amorosas e a de ferro favorece os pedidos em geral e qualquer tipo de bruxaria.

Nunca use colheres de alu-mínio, pois pode quebrar o feitiço.

O importante é mentalizar o que desejamos enquanto preparamos os alimentos.

E as asas de morcego, rabo de escorpião e patas de urubu? As bruxas não que-

riam que os conhecimentos da Arte caíssem em mãos erradas por isso colocaram coisas tenebrosas para que as pessoas tivessem nojo ou medo e não usassem esse co-nhecimento para o mal.

DICIONÁRIO DE COZINHA DA BRUXA:

• Asa de Morcego: Pimenta do reino

• Coração de Boi: Tomate• Barriga de Sapo: Pepino· Sangue de Moça Virgem:

Vinho tinto•Rabo de Escorpião: Salsa

ou coentro•Moscas Mortas: Uvas

passas•Olho de Sapo: Azeitona•Terra de Túmulo: Choco-

late•Elfos Negros: Chá preto•Ossos Moídos: Farinha de

trigo•Beijo da Sereia: Sal•Pernas de Aranha: Ale-

crim•Penas de Fênix: Louro•Saliva de Dragão: Vinagre Um dia, a Verdade

andava visitando os homens sem roupas

e sem adornos, tão nua como o seu nome.

E todos que a viam vira-vam-lhe as costas de vergo-nha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.

Assim, a Verdade per-corria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito des-consolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.

- Verdade, por que estás tão abatida? - perguntou a Parábola.

- Porque devo ser mui-to feia já que os homens me evitam tanto!

- Que disparate! - riu a Parábola

- Não é por isso que os homens te evitam.

- Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.

Então a Verdade pôs al-gumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passa era bem-vinda.

- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfar-çada.

(Conto Judaico)

Fábula da Verdade

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Página 10 1ª Quinzena de Setembro 2012Gazeta São Mateus

Parabéns São Mateus, 64 anos de lutas e progressoParabéns São Mateus, 64 anos de lutas e progresso

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