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GUIA DE BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

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Page 1: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

GUIA DE BOAS

PRÁTICAS NA

GESTÃO DE

EFLUENTES

SANITÁRIOS E

CAIXA DE GORDURA

Page 2: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

ÍNDICE

03 Introdução

04 O que são efluentes sanitários e provenientes da caixa de gordura

06 Armazenamento

10 Transporte

12 Tratamento

16 Normas e Leis estabelecidas

20 Benefícios Institucionais

23 Por que a TERA

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Introdução

www.teraambiental.com.br

03

A geração de efluentes têm basicamente duas procedências: atividades industriais

e domésticas.

Os chamados efluentes industriais possuem características próprias, inerentes aos

processos industriais e suas características variam de acordo com o ramo de

atividade da indústria, operação, matérias-primas utilizadas, sendo muitas vezes,

altamente poluentes e necessitam de tratamentos específicos.

Porém, além desse tipo de resíduo, as indústrias também geram, juntamente às

residências, comércio, condomínios e instituições, entre outros estabelecimentos,

os efluentes domésticos.

Esses efluentes são provenientes de fossas sépticas e caixas de gordura e são

compostos por esgoto sanitário e restos de alimentos – rejeitos provenientes dos

banheiros e cozinhas.

Boa parte da sua composição é líquida, sendo o restante correspondente aos sólidos

orgânicos e inorgânicos, e aos microrganismos. A fração que representa a carga

poluidora desses efluentes necessita ser tratada antes de ser lançada nos corpos

d'água, como rios e lagos.

Se não houver o tratamento adequado, a vazão dos efluentes sanitários e caixas de

gordura impactam negativamente o meio aquático, prejudicando o meio ambiente

e se tornando agente causador de doenças.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, no Brasil, são gastos

cerca de US$ 2,5 bilhões anualmente com doenças relacionadas à falta de

esgotamento sanitário e à água contaminada. Daí a importância do tratamento e

destinação adequados.

Dentro desse contexto, o País estabeleceu uma legislação ambiental (leia em Normas e leis estabelecidas) que, quando descumprida, acarreta uma série de

punições para indústrias e empresas.

Assim, gestores e responsáveis de áreas como meio ambiente, operação, compras,

suprimentos, segurança do trabalho, administração, entre outras, passam a ter

vários desafios correlatos:

Realizar o tratamento dos efluentes sanitários e sua adequada destinação, a fim

de praticar responsabilidade ambiental;

Cumprir rigorosamente as leis ambientais para que não sejam penalizados;

Buscar o melhor custo-benefício para a empresa na destinação e tratamentos

adequados dos efluentes.

Estudos e especialistas indicam que o tratamento biológico representa a técnica

mais eficiente e a solução mais econômica para determinados tipos de efluentes (leia em Tratamento).

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O QUE SÃO

EFLUENTES

SANITÁRIOS E

PROVENIENTES

DA CAIXA DE

GORDURA

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05O que são efluentes sanitários e provenientes da caixa de gordura

Caixa de Gordura

Efluentes SanitáriosComo possuem características distintas e diferentes cargas orgânicas, a

orientação é que os efluentes provenientes de cozinhas não devem ser

misturados aos sanitários diretamente.

Assim, a caixa de gordura é uma instalação fundamental para coleta e

armazenagem dos resíduos gordurosos provenientes das pias de cozinha e

das máquinas de lavar louça. Sua finalidade é evitar que ocorra o

entupimento de tubulações, ao direcionar o efluente direto para o sistema

de tratamento sanitário.

Quando o efluente gorduroso não é removido, a gordura se acumula e fixa-

se no interior da tubulação, por consequência, entupindo o sistema. Um

dos maiores inconvenientes do entupimento é o refluxo do esgoto.

Sua limpeza periódica é necessária para evitar que dejetos e resíduos

oleosos sejam despejados diretamente na superfície do solo e a

proliferação de vetores.

Esse efluente possui uma carga orgânica mais alta que o efluente sanitário

e quando disposto de forma incorreta pode causar sérios impactos ao meio

ambiente, por isso seja responsável e sempre destine corretamente seus

resíduos.

Os efluentes sanitários, também conhecidos como efluentes domésticos,

são resíduos líquidos provenientes de diferentes atividades em áreas como

cozinha e sanitários.

Basicamente, se resumem aos líquidos de hábitos higiênicos e das

necessidades fisiológicas como urina, fezes, restos de comida, lavagem de

áreas comuns, etc., e são encaminhados para a rede coletora de esgoto,

caixas de gordura, fossas sépticas e reservatórios.

A composição desses efluentes inclui, de forma mais genérica, sólidos

dissolvidos, sólidos suspensos, nutrientes (nitrogênio e fósforo), matéria

orgânica e organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e

helmintos).

Page 6: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

ARMAZENAMENTO

Page 7: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

www.teraambiental.com.br

Armazenamento 07

Os efluentes precisam ser quantificados e ter suas características

especificadas antes de entrarem na etapa de tratamento e

disposição final.

Assim, antes de serem transportados para os locais de

tratamento, eles precisam ser armazenados adequadamente.

Existem diferentes tipos de armazenamento. Conheça

alguns:

1) Caixa de Gordura

A caixa de gordura é um sistema para o pré-tratamento de

resíduos provenientes de pias de cozinha e integra a instalação

predial de esgoto. Trata-se de dispositivo simples e que acumula

efluente com altos teores de graxas e óleos e é responsável pela

remoção de parte desse material graxo. Sua limpeza é feita por

meio de caminhões tipo limpa fossa que possuem bomba de

sucção e tanque para acúmulo do efluente.

A define caixa de gordura como: Norma 8160/1999 da ABNT

“caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas

e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser

removidas periodicamente, evitando que estes componentes

escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma”.

A caixa de gordura comumente não é armazenada, porém o

dimensionamento correto e materiais empregados em sua

construção são de extrema importância.

Page 8: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

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08

2) Fossa séptica

3) Sumidouro

4) Tanques de armazenamento

Armazenamento

São unidades de escoamento horizontal e contínuo do esgoto

doméstico, que realizam a separação de sólidos leves e pesados,

decompondo-os em anaeróbio. São reservatórios não

mecanizados, simples, de baixo custo e de operação fácil, que

realizam funções múltiplas. São utilizadas somente em

residências e estabelecimentos com geração de volumes muito

pequenos de efluentes.

Os tanques de armazenamento são fabricados com placas de

polietileno ou polipropileno – materiais termoplásticos,

resistentes contra a corrosão por produtos químicos e por

oxidação. O reservatório precisa ficar sobre base impermeável

que impeça a lixiviação e percolação de substâncias para o solo e

águas subterrâneas.

O sumidouro é um poço com ausência de placa de revestimento

(laje) no fundo, que permite a penetração do efluente da fossa

séptica no solo. Feito em alvenaria ou em manilha pré-moldada,

tem enchimento de cascalho, pedra britada e coque de pelo

menos 50 centímetros de espessura em seu fundo. Isso permite a

infiltração – penetração – do efluente da fossa séptica no solo. Os

sumidouros possuem vida útil longa, devido à facilidade de

infiltração do líquido praticamente isento dos sólidos causadores

da colmatação. No entanto, para a definição de sua profundidade

é preciso conhecer o nível do lençol freático, sendo normalmente

utilizada a profundidade de um metro.

Page 9: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

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Armazenamento

contêineres

5) Tambores, bombonas e

Normalmente esses modelos são utilizados para acondicionar

somente resíduos perigosos, como forma temporária de espera

para tratamento. Os tambores são de polietileno, de tampa fixa, e

devem ser necessariamente homologadas de acordo com as

portarias Inmetro 326/2006, 71/2008 e 452/2008- Códigos

3378 e 3798.

A armazenagem correta dos efluentes agiliza o processo de

coleta, garante segurança durante a manipulação, permite coleta

de volumes maiores, o que diminui o custo do transporte, reduz

desperdício e atende a legislação ambiental.

Page 10: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

TRANSPORTE

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Transporte 11

O transporte dos efluentes sanitários e de caixa de gordura até o local do

tratamento requer cuidado, também quando opta-se pela destinação dos

efluentes para o tratamento off-site.

Para fazer o transporte correto, devem ser cumpridos alguns

procedimentos:

1. Contratação de empresas qualificadas para coleta e

destinação final

O primeiro passo é escolher uma empresa especializada para fazer a coleta, o

transporte e o tratamento dos efluentes. Essa empresa precisa estar em

situação regular e possuir licenças junto aos órgãos governamentais de

fiscalização, como IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos

Naturais Renováveis), INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial) e CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo), no caso do Estado de São Paulo, entre outros.

2. Licença para envio e tratamento

O órgão ambiental responsável exige licenças e autorizações prévias para o

encaminhamento dos efluentes aos loca is de armazenamento ,

reprocessamento, tratamento ou disposição final. No Estado de São Paulo, o

documento de autorização é chamado de CADRI (Certificado de Movimentação

de Resíduos de Interesse Ambiental), emitido pela CETESB.

3. Coleta dos resíduos

A coleta consiste na remoção do material dos reservatórios, fossas, caixas de

gordura e poços de captação e/ou outros recipientes. O método mais indicado é

o uso de bomba de alto vácuo, que capta os resíduos de forma selada, impedindo

sua exposição à atmosfera.

4. Veículos especiais para o transporte

Os caminhões que transportam o material devem ser especialmente

preparados para essa finalidade, com capacidade suficiente para transportar os

efluentes com segurança e praticidade. Os caminhões devem ser equipados

com compressor de anel líquido, que conseguem realizar a captação em locais

de difícil acesso. Muitos veículos possuem também sistema de hidrojateamento,

permitindo a realização de limpeza no tanque de armazenamento.

5. Resíduos distintos não podem ser misturados

Efluentes com composição distinta não podem ser misturados no mesmo

coletor. Isso porque cada tipo apresenta uma concentração diferente de carga

orgânica e, caso não sejam transportados separadamente, podem impactar

negativamente o processo de precificação e tratamento.

É importante lembrar que o transporte de efluentes para o tratamento precisa

ser feito de forma responsável e de acordo com a legislação ambiental.

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TRATAMENTO

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Tratamento 13

O tratamento de efluentes sanitários e provenientes de caixas de gordura é

fundamental para evitar que o lançamento in natura nos corpos d’água

prejudique o meio ambiente. Ao mesmo tempo, ele atende o previsto na

legislação em vigor, que estabelece a responsabilidade pelo tratamento dos

efluentes à empresa geradora.

Normalmente, o tratamento é feito por uma ETE – Estação de Tratamento de

Esgoto, que é a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário.

Por meio de processos físicos, químicos ou biológicos são removidas as

cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o efluente tratado, em

conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.

As ETEs podem ser operadas pela própria indústria geradora em área de sua

propriedade – tratamento onsite – ou pode ser realizada por uma ETE

operada por empresa terceirizada, especializada em tratamento e

destinação de resíduos – tratamento off-site.

O tratamento de efluentes sanitários é desenvolvido, essencialmente, por

processos biológicos, associados às operações físicas de concentração e

separação de sólidos, e é considerado um dos métodos mais econômicos e

eficientes para a degradação da matéria orgânica.

O efluente tratado pode ser reaproveitado como água de reuso ou retornar

aos rios sem provocar qualquer forma de degradação. Além de efluentes

sanitários, o processo biológico pode tratar, ainda, efluentes líquidos

industriais biodegradáveis e chorume.

No processo de tratamento, ocorre a ação de agentes biológicos como

protozoários, bactérias e algas, e a degradação ocorre por meio do

tratamento biológico anaeróbio ou aeróbio.

Page 14: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

Tratamento 14

Tratamento Biológico Anaeróbio Tratamento Biológico Aeróbio

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No sistema anaeróbio, o efluente é tratado com altas

concentrações de substâncias orgânicas, com mecanização

reduzida.

O processo converte parte da matéria orgânica em gás carbônico

e metano; por isso, também é recomendada a existência de

queimadores de gases, para não poluir a camada de ozônio.

Entre os sistemas de tratamento anaeróbio, existem os tanques

sépticos, as lagoas anaeróbias, os filtros anaeróbios e os reatores

de alta taxa, capazes de receber maiores quantidades de carga

orgânica por unidade volumétrica, como os reatores UASB

(Upflow Anaerobic Sludge Blanket) ou RAFAs (Reatores

Anaeróbios de Fluxo Ascendente).

Existe, ainda, o risco de emissão de odores durante o processo,

dependendo do tipo de efluente que está sendo tratado.

Uma das desvantagens do sistema anaeróbio está na limitação de

eficiência de tratamento com efluentes de pH com muitas

variações, além da manutenção de temperatura relativamente

alta, preferencialmente entre 30º C e 35º C, para uma boa

operação.

Diferente do tratamento anaeróbio que utiliza bactérias que não

necessitam de oxigênio para sua respiração, no aeróbio os micro-

organismos degradam as substâncias orgânicas, que se

transformam em fonte de energia, mediante processos

oxidativos.

Essas bactérias são, em sua maioria, heterótrofas aeróbias e

facultativas e propiciam a retirada mais eficaz da matéria

orgânica.

No processo, o efluente é submetido a temperaturas específicas e

com o pH e oxigênio dissolvido (OD) controlado.

A grande vantagem do sistema é o maior rendimento, uma vez

que ele consegue alcançar maior taxa de remoção da matéria

orgânica. Por exemplo: sistemas de lodos ativados com aeração

prolongada atingem até 98% de eficiência na remoção.

Também o risco de emissão de odores é reduzido e os sistemas

aeróbios mais comuns são lagoas aeradas, filtros biológicos e de

lodos ativados que propiciam a melhor eficiência em remoção de

cargas.

Page 15: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

Tratamento 15

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Conheça as etapas do sistema biológico através de lagoas

de aeração:

1. Gradeamento

É a passagem do efluente pelo gradeamento para retirar materiais sólidos.

Plásticos, pedaços de madeira e papel, entre outros, têm passagem impedida

pela grade. É necessário que os sólidos sejam retirados nessa fase para proteger

bombas, tubulações e outras etapas de tratamento.

2. Elevatorial

Um tanque com bombas e válvulas – estação elevatória ou poço de recalque –

permite que as diferenças de topografia do terreno sejam ultrapassadas.

3. Caixa de areia

A caixa de areia retém os sólidos menores, que passaram pelo gradeamento. A

caixa tem velocidade baixa de fluxo, o que permite a deposição de areia e outras

partículas no fundo. Os resíduos ali depositados não podem ser reaproveitados;

por isso, são retirados e enviados para aterros sanitários, devidamente

licenciados.

4. Lagoas aeradas

A mais delicada e principal etapa do tratamento ocorre nas lagoas aeradas. Ali, o

ar é soprado por meio de difusores e sua vazão é regulada por um sistema

automatizado. É mantido o nível de oxigênio dissolvido em patamares que

permitam a existência de bactérias e outros microrganismos aeróbios. É essa

"fauna" que irá consumir e digerir a matéria orgânica poluente. O tempo de

detenção médio, nesta etapa, é de três dias.

5. Lagoas de decantação

Os micro-organismos e bactérias formam pequenos flocos nas lagoas aeradas e

seguem, junto com o esgoto, para as lagoas de decantação, onde permanecem

por cerca de um dia. Nesse período, os flocos, que ficaram mais densos,

decantam e formam o que é conhecido como lodo.

6. Dragagem

As lagoas de decantação são dragadas com frequência, com a finalidade de

evitar acúmulo de lodo. Essa operação evita que o excesso de lodo, nas lagoas de

decantação, junte-se à água tratada.

7. Tratamento do lodo e secagem

Nessa etapa, é acrescentado um polímero ao lodo, que ainda permanece na

forma líquida – apenas 3% de sólidos – para que os flocos fiquem ainda maiores

e mais firmes, o que facilita a separação do líquido em grandes centrífugas. Após

o processo, o lodo fica no estado pastoso, com cerca de 20% de sólidos.

8. Compostagem

O lodo gerado pelo tratamento é rico em matéria orgânica, possuindo

macronutrientes (NPK) e micronutrientes, o que possibilita sua transformação,

por meio de compostagem, em fertilizantes agrícolas.

Page 16: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

NORMAS E LEIS estabelecidas

Page 17: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

17Normas e leis estabelecidas

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A preocupação com o tratamento e disposição final dos esgotos e

resíduos, de forma geral, fez com que o País adotasse uma

legislação específica, com o intuito de proteger o meio ambiente e

reduzir ao mínimo as consequências de ações poluidoras.

Empresas geradoras que desrespeitam as exigências legais estão

sujeitas à autuação de órgãos como IBAMA, Ministério Público,

Polícia Ambiental e instituições de controle estaduais, como é o

caso da CETESB, em São Paulo. As punições previstas vão desde

multas e paralisação definitiva das atividades até crime de

responsabilidade dos envolvidos, com penas que podem chegar à

prisão.

Duas leis são consideradas marcos nas questões

relativas ao meio ambiente:

Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Concede à sociedade, aos

órgãos ambientais e ao Ministério Público mecanismo para punir os

infratores do meio ambiente, reordenando a legislação ambiental quanto

às infrações e punições, como por exemplo, a possibilidade de

penalização das pessoas jurídicas no caso de ocorrência de crimes

ambientais.

Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

que, na prática, define que todo resíduo deve ser processado

apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está sujeito a

penas passivas, inclusive, de prisão. Seus dispositivos estabelecem

diretrizes ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos e à

gestão integrada. Propõe regras para o cumprimento de seus objetivos

em amplitude nacional e interpreta a responsabilidade como

compartilhada entre governo, empresas e sociedade.

Page 18: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

18Normas e leis estabelecidas

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Outras leis importantes são:

Lei 6.938/1981 - Institui a Política e o Sistema Nacional do Meio

Ambiente - Estipula, por exemplo, que o poluidor é obrigado a indenizar

danos ambientais que causar, independentemente da culpa.

Lei 7.347/1985 - Lei da Ação Civil Pública – Trata da ação civil pública de

responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao

consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico, de

responsabilidade do Ministério Público Brasileiro.

Lei 9.985/2000 - Institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza – Tem como objetivo conservar variedades de

espécies biológicas e recursos genéticos, preservar e restaurar a

diversidade de ecossistemas naturais e promover o desenvolvimento

sustentável a partir dos recursos naturais.

Lei 6.766/1979 - Lei do Parcelamento do Solo Urbano – Define regras

para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação

ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em

terrenos alagadiços.

Lei 9.433/1997 - Lei de Recursos Hídricos – Institui a Política e o Sistema

Nacional de Recursos Hídricos - Estabelece a água como recurso natural

limitado, dotado de valor econômico, e prevê também a criação do

Sistema Nacional para a coleta, tratamento, armazenamento e

recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores

intervenientes em sua gestão.

Lei nº 11284/2006 - Lei de Gestão de Florestas Públicas - Normatiza o

sistema de gestão florestal em áreas públicas e com a criação do órgão

regulador (Serviço Florestal Brasileiro) e do Fundo de Desenvolvimento

Florestal.

Lei 12.651/2012 – Novo Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código

Florestal Brasileiro de 1965 e define que a proteção do meio ambiente

natural é obrigação do proprietário mediante a manutenção de espaços

protegidos de propriedade privada, divididos entre Área de Preservação

Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).

Page 19: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

Normas e leis estabelecidas 19

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As leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do País,

lembrando que existem inúmeros outros decretos, resoluções e

atos normativos, assim como há regulamentações de órgãos

como o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e

Ministério do Meio Ambiente, além da legislação específica de

cada Estado e município.

No Estado de São Paulo, por exemplo, desde 1976, está em vigor o

decreto 8468/76, que estabelece os parâmetros para a

liberação de efluentes tratados nos rios ou nas redes de esgoto.

É importante que os responsáveis tenham conhecimento da

legislação em todas as esferas – federal, estadual e municipal – e

opte por seguir as normas estabelecidas pelas mais restritivas,

para não correr o risco de sofrer punições.

Page 20: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

BENEFÍCIOSInstitucionais

Page 21: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

Benefícios Institucionais 21

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As empresas geradoras de efluentes têm bons motivos para optar

pelo tratamento correto e disposição final.

Primeiro, por ser uma questão de cumprimento da legislação,

evitando multas e outras atuações e, em segundo, por trazer reais

benefícios sociais e ambientais à sociedade com a prevenção de

danos de alto impacto no ecossistema.

Essa medida também consolida a imagem positiva da empresa

junto ao seu público consumidor, que cada vez mais valoriza e

prioriza comprar produtos e/ou serviços de empresas que

praticam responsabilidade social e ambiental.

Há ainda outras vantagens, como a maior facilidade na obtenção

de financiamento junto a determinados órgãos, entidades e

instituições, que privilegiam empresas 'amigas' da natureza.

Page 22: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

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Benefícios Institucionais

Terceirização do tratamento

Devido à complexidade das etapas e processos do tratamento de

efluentes sanitários, a contratação de empresas terceirizadas

qual ificadas e dev idamente cert ificadas é ind icada ,

proporcionando uma ótima relação custo benefício.

Com a terceirização, a empresa geradora não precisa arcar com

altos investimentos em sistemas de tratamento - construção,

operação e manutenção de uma Estação de Tratamento de

Esgoto (ETE) -, ficando ainda isenta de grande parte dos riscos

ambientais, trabalhistas e operacionais envolvidos no processo.

Ao mesmo tempo, realiza de forma simples, confiável e eficiente o

tratamento e disposição final dos efluentes, cumprindo assim

com a legislação vigente do País e com sua responsabilidade

ambiental.

Page 23: GESTÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS E CAIXA DE GORDURA

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Por que a Tera?

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A Tera Ambiental é uma empresa referência no tratamento de efluentes industriais e domésticos, devidamente licenciada junto aos órgãos

ambientais, que atua desde 1999 no segmento.

A empresa possui uma ETE própria, localizada no município de Jundiaí (SP), que é servido por ampla malha viária, o que propicia fácil acesso ao

transporte dos resíduos. O tratamento dos efluentes sanitários é realizado pelo sistema biológico aeróbio, que se utiliza principalmente de lagoas de

aeração com difusores flutuantes de membranas e que garantem oxigenação máxima, sem emitir aerossóis. É um sistema moderno e robusto.

O processo de tratamento da Tera conta, ainda, com um diferencial: 100% do lodo sanitário residual das lagoas de decantação são encaminhados para a

compostagem, resultando na produção de fertilizantes e substratos de qualidade para a agricultura.