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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA€¦ · roberval lopes lima diretor do tesouro arlindo luiz de santana jÚnior diretor da contabilidade pública manuel roque dos santos filho crc-ba 18.358/o-5

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  • GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Fazenda

    Demonstrações Contábeis Consolidadas do Estado (Com relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal)

    Exercício de 2018

    SALVADOR, BAHIA 2019

  • Bahia. Governo do Estado.B135d Demonstrações Contábeis Consolidadas do Estado – Exercício 2018. Salvador: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, 2019. 822p. : il. Color. Anual.

    Títulos anteriores: Balanço Geral do Estado – até 2006; Balanço Consolidado do Estado – até 2008.

    1. Administração pública – Prestação de contas – Bahia. I. Bahia. Secretaria da Fazenda. II. Título

    CDD 336.1 CDU 336.143.21(813.8)

    Elaboração da Ficha Catalográfica: coordenador da Biblioteca UCS/SEFAZ - Jean Bezerra.

    Av. Luiz Viana Filho, 2ª Avenida, 260 - CAB - CEP 41745-003Tel.: (71) 3115-5059 / Fax: (71) 3115-8761

    www.sefaz.ba.gov.br / [email protected]

  • GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    GovernadorRUI COSTA

    Secretário da FazendaMANOEL VITÓRIO DA SILVA FILHO

    Subsecretário da FazendaJOÃO BATISTA ASLAN RIBEIRO

    Chefe de GabineteADRIANO TADEU OLIVEIRA GUEDES CHAGAS

    Superintendente de Administração FinanceiraANTÔNIO HUMBERTO NOVAIS DE PAULA

    Coordenador-Geral de Planejamento, Acompanhamento e Controle FinanceiroROBERVAL LOPES LIMA

    Diretor do TesouroARLINDO LUIZ DE SANTANA JÚNIOR

    Diretor da Contabilidade PúblicaMANUEL ROQUE DOS SANTOS FILHO

    CRC-BA 18.358/O-5

    DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................9

    1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................................11

    Análise da Economia Baiana e Brasileira em 2018 ..................................................................11

    Desempenho da arrecadação em relação à previsão, e providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação (art. 58 da LRF)...............13

    Ações implementadas na Área Financeira..................................................................................20

    Relatório das concessões comuns e especiais – PPP (art. 26 da lei 9.290/2004)................27

    2. NOTAS EXPLICATIVAS .............................................................................................................36

    3. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA ......................................................................................................126

    3.1 Balanço Orçamentário............................................................................................................126

    3.2 Resultado Orçamentário.........................................................................................................128

    3.3 Receita Orçamentária..............................................................................................................129

    3.3.1 Receitas Correntes..........................................................................................................132

    3.3.2 Receitas de Capital.........................................................................................................134

    3.4 Despesa Orçamentária............................................................................................................136

    3.4.1 Despesas Correntes........................................................................................................138

    3.4.2 Despesas de Capital.......................................................................................................139

    3.5 Despesas de Exercícios Anteriores........................................................................................141

    3.6 Aplicação de Recursos Vinculados: Saúde e Educação....................................................143

    3.6.1 Aplicação de Recursos Vinculados à Saúde..............................................................143

    3.6.2 Aplicação de Recursos Vinculados à Educação......................................................144

    3.7 Gestão Orçamentária dos Fundos Especiais......................................................................145

    3.7.1 Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FUNCEP.................................................146

    3.7.2 Fundo de Cultura da Bahia – FCBA.............................................................................147

    3.7.3 Fundo de Investimentos Econômico e Social da Bahia – FIES..............................148

    4. GESTÃO FINANCEIRA .............................................................................................................149

    4.1 Balanço Financeiro...................................................................................................................149

    4.1.1 Receitas e Despesas Orçamentárias...........................................................................150

    4.1.2 Transferências Financeiras...........................................................................................150

    4.1.3 Recebimentos e Pagamentos Extraorçamentários..................................................151

    4.1.4 Saldo do Exercício Anterior e Saldo para o Exercício Seguinte.............................152

    4.2 Demonstração dos Fluxos de Caixa......................................................................................152

    5. GESTÃO PATRIMONIAL ..........................................................................................................155

    5.1 Balanço Patrimonial................................................................................................................155

    5.1.1 Ativo Circulante...............................................................................................................159

    5.1.2 Passivo Circulante...........................................................................................................161

    5.1.3 Ativo Não Circulante.......................................................................................................162

    5.1.4 Passivo Não Circulante..................................................................................................165

    5.1.5 Patrimônio Líquido........................................................................................................166

    5.1.6 Atos Potenciais Ativos e Passivos.................................................................................167

    5.2 Demonstração das Variações Patrimoniais........................................................................167

    5.2.1 Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA.............................................................170

    Sumário

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    5.2.2 Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD................................................................171

    5.2.3 Considerações Relevantes de VPA E VPD...................................................................172

    5.3 Índices da Gestão Patrimonial...............................................................................................174

    5.3.1 Análise do Quociente de Liquidez Imediata.............................................................174

    5.3.2 Análise do Quociente de Liquidez Corrente............................................................174

    5.3.3 Análise do Quociente de Liquidez Geral....................................................................175

    5.3.4 Análise do Quociente de Liquidez Geral ajustado...................................................175

    5.3.5 Análise do Quociente da Composição do Endividamento..................................175

    5.3.6 Análise de Endividamento Geral.................................................................................176

    5.3.7 Análise da Situação Financeira...................................................................................176

    5.3.8 Análise da Situação Permanente................................................................................176

    5.3.9 Análise do Quociente do Resultado Patrimonial.....................................................176

    5.3.10 Análise do Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais.......................177

    6. GESTÃO ECONÔMICA ..............................................................................................................178

    7. GESTÃO FISCAL..........................................................................................................................182

    7.1 Receita Corrente Líquida.....................................................................................................182

    7.2 Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos...183

    7.3 Resultado Primário...................................................................................................................187

    7.4 Resultado Nominal.................................................................................................................189

    7.5 Aplicação de Recursos em Saúde.........................................................................................190

    7.6 Aplicação de Recursos em Educação...................................................................................193

    7.7 Despesas com Pessoal............................................................................................................195

    7.8 Disponibilidade de Caixa.......................................................................................................196

    7.9 Restos a Pagar............................................................................................................................197

    7.10 Parcerias Público-Privadas contratadas pelo Estado.....................................................197

    7.11 Dívida Pública.......................................................................................................................200

    8. GLOSSÁRIO................................................................................................................................211

    9. ORGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA.............................................................................223

    10. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA E FUNDOS..........................................224

    10.1 Autarquias................................................................................................................................224

    10.2 Fundações...............................................................................................................................224

    10.3 Fundos....................................................................................................................................224

    10.4 Empresas Estatais Dependentes.........................................................................................225

    11. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................226

    12. EQUIPE TÉCNICA E COLABORADORES..........................................................................228

    DECLARAÇÃO DO REGISTRO DE ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO NO FIPLAN...........229

    13. ANEXOS DA LEI 4.320/64.....................................................................................................233

    Administração Consolidada – Todos os Poderes....................................................................235

    Anexo 1 – Demonstrativo da Receita e da Despesa Segundo as Categorias Econômicas ...237

    Anexo 2 – Demonstrativo da Receita...........................................................................................241

    Anexo 2 – Demonstrativo da Despesa (Consolidado)..............................................................279

    Anexo 2 – Demonstrativo da Despesa por Órgãos...................................................................285

    Anexo 6 – Programa de Trabalho do Governo – Demonstrativo da Despesa por Função/SubFunção/Programa por Órgão e Unidade Orçamentária...........................443

    Anexo 7 - Programa de Trabalho do Governo – Demonstrativo da Despesa por Função/SubFunção/Programa por Projeto e Atividade........................................................................557

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    Anexo 8 – Programa de Trabalho do Governo - Demonstrativo da Despesa por Função/SubFunção/Programa, conforme o vínculo com os recursos.......................581

    Anexo 9 – Demonstrativo da Despesa por Órgão e Função...................................................615

    Anexo 10 – Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada...........................................631

    Anexo 11 – Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada......................................671

    Anexo 12 – Balanço Orçamentário.............................................................................................681

    Anexo 13 – Balanço Financeiro.....................................................................................................689

    DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa................................................................................697

    Anexo 14 – Balanço Patrimonial...................................................................................................709

    Anexo 15 – Demonstrativo das Variações Patrimoniais..........................................................725

    Anexo 16 – Demonstrativo da Dívida Fundada (Interna e Externa)......................................733

    Anexo 17 – Demonstrativo da Dívida Flutuante.......................................................................737

    Administração Consolidada – Poder Executivo.......................................................................741

    Anexo 12 – Balanço Orçamentário................................................................................................743

    Anexo 13 – Balanço Financeiro....................................................................................................751

    Anexo 14 – Balanço Patrimonial..................................................................................................759

    Anexo 15 – Demonstrativo das Variações Patrimoniais........................................................775

    14.DEMONSTRATIVOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF..........................783

    Balanço Orçamentário – Receita.................................................................................................785

    Balanço Orçamentário – Despesa.................................................................................................787

    Demonstrativo da Execução das Despesas por Função e Subfunção................................788

    Demonstrativo da Receita Corrente Líquida..............................................................................794

    Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos...........................................................................................................................................795

    Demonstrativo do Resultado Nominal.....................................................................................797

    Demonstrativo do Resultado Primário......................................................................................797

    Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão.............................................................799

    Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE..................................................................................................................................................800

    Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital.................804

    Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos.......................................................................................................................805

    Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos...................809

    Demonstrativo da Receita Líquida de Impostos e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde.........................................................................................................810

    Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas.......................................................................812

    Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido de Execução Orçamentária............813

    Demonstrativo da Execução das Despesas por Emendas Individuais dos Deputados Estaduais........................................................................................................................................815

    Demonstrativo da Despesa com Pessoal – Poder Executivo...................................................817

    Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida.......................................................................818

    Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores.................................................819

    Demonstrativo das Operações de Crédito.................................................................................820

    Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa – Poder Executivo...........................................821

    Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão Fiscal...................................................822

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 9 •

    APRESENTAÇÃO

    A Superintendência de Administração Financeira da Secretaria da Fazenda, responsável pelo levantamento das Demonstrações Contábeis Consolidadas e pela elaboração do Relatório Contábil da Administração Pública Estadual, apresenta a prestação de contas do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado da Bahia, concernente ao exercício financeiro de 2018.

    Cumpre o Estado, assim, o seu dever constitucional de dar transparência às suas ações e gestão financeira à sociedade baiana. Este relatório será encaminhado à Assembleia Legislativa, na forma do Artigo 105, inciso XV, da Constituição do Estado da Bahia de 1989.

    As Demonstrações Contábeis Consolidadas do Estado evidenciam os resultados das gestões orçamentária,financeira e patrimonial da Administração Direta, das Autarquias, das Fundações, dos Fundos Especiais e a execução orçamentária das Empresas Estatais Dependentes, elaboradas segundo as normas federais e estaduais que regem a matéria, em especial a Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de 1964, e incorporam as mudanças introduzidas pela Lei Federal nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF) e Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – NBC TSP), complementadas pelas orientações contidas nas portarias federais publicadas pela Secretaria do Tesouro Nacional - STN, sendo os dados contábeis oriundos essencialmente do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN.

    Em 2018, o FIPLAN teve mais um ano de avanços em seu desempenho e na capacidade de alimentar bases de dados para geração de relatórios gerenciais. Neste exercício foram especificadas, desenvolvidas e implantadas novas funcionalidades e integrações, bem como a automatização de outras já existentes, e os usuários solidificaram, ainda mais, seu conhecimento do sistema.

    O Relatório Contábil, parte componente da prestação de contas, apresenta uma análise mais detalhada das informações contábeis e fiscais, buscando o uso de uma linguagem de fácil entendimento a todo cidadão dos vários segmentos da sociedade, e com o aprimoramento contínuo das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis. Além disso, continuam sendo usados gráficos e tabelas para permitir uma melhor visualização dos dados constantes dos Balanços e demais Demonstrações Contábeis, incluindo uma análise por quocientes no relatório de gestão patrimonial.

    Os relatórios constantes da presente prestação de contas demonstram que o Estado da Bahia - apesar da crise que tem atingido a economia nacional e afetado suas receitas de forma negativa - tem cumprido todos os indicadores constitucionais, os da Lei de Responsabilidade Fiscal e os do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal – PAF; tem mantido o equilíbrio fiscal e continua firme no seu propósito de reduzir as desigualdades, criar oportunidades para todos e cuidar do bem-estar social.

    Salvador, 1º de fevereiro de 2019

    Antônio Humberto Novais de Paula Superintendente de Administração Financeira

  • • 11 •

    DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    1. Introdução INTRODUÇÃO

    1.1 ANÁLISE DA ECONOMIA BAIANA NO CONTEXTO DA ECONOMIA BRASILEIRA EM 2018

    Estima-se para 2018 um aumento do Produto Interno Bruto – PIB em torno de 1,3%, após o leve aumento de 1% do PIB em 2017. Até o terceiro trimestre, o PIB nacional acumulou alta de 1,1%, com as seguintes taxas: agropecuária (-0,3%), indústria (0,9%) e serviços (1,4%). Apesar da leve melhora em relação ao ano anterior, permanece o cenário de déficits nas contas públicas, não só no Governo Federal, mas também em parte dos estados e municípios que continuam apresentando dificuldades para honrar compromissos financeiros, inclusive com atrasos nos pagamentos de salários dos servidores públicos.

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, indicador oficial de inflação, encerrou o ano com percentual de 3,69% – abaixo do centro da meta de 4,5% estabelecido pelo governo. Esse cenário levou o Banco Central do Brasil a manter a política monetária de redução da taxa de juros, saindo de 7,0% no início do ano, para o patamar de 6,5% no final de 2018.

    A cotação do dólar americano frente ao real elevou-se do patamar de R$ 3,31 no início de 2018 para o patamar em torno de R$ 3,87. A balança comercial encerrou o exercício com superávit de US$ 58,6 bilhões, resultado inferior ao registrado em 2017, que apresentou superávit de US$ 67 bilhões. Já as transações correntes tiveram um déficit de US$ 14,5 bilhões, que foi financiado pelo investimento estrangeiro direto, que, de janeiro até dezembro, somou US$ 88,3 bilhões. As reservas internacionais encerraram o exercício com saldo de US$ 374,7 bilhões, valor menor que o registrado em 2017 (US$ 382 bilhões).

    De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, no período de janeiro a setembro a economia baiana registrou expansão no PIB, em volume,

    de 1,5%. Essa taxa de crescimento do PIB deve-se ao bom comportamento do setor agropecuário, que expandiu 16,8% e ao setor de serviços que cresceu 1,1%, taxa positiva devido à leve recuperação na atividade de comércio (1,2%) e das taxas verificadas na administração pública (1,5%) e nas atividades imobiliárias (1,7%). Em contrapartida o baixo desempenho da indústria baiana (- 0,9%) está atrelado à queda de três entre as quatro atividades que compõem o setor, com destaque para a retração da construção civil (- 4,5%) e da transformação (- 1,0%).

    No terceiro trimestre, o destaque positivo ficou apenas para a atividade de eletricidade e água com alta de 10,7%, devido ao aumento do consumo de energia de 4,2% e da geração em quase 20,0%. Esse ganho na geração deve-se à contínua expansão da energia por fonte eólica e também à introdução no cálculo do PIB trimestral da energia fotovoltaica que passa a pesar 5% na composição da atividade de eletricidade e água. Com esses resultados, a SEI estima um avanço de 1,2% no PIB baiano em 2018.

    A safra agrícola de 2018, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, realizado em novembro, é estimada em 10 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 16,8% em relação à safra de 2017.

    De acordo com o Boletim de Comércio Exterior, da SEI, até dezembro as exportações baianas alcançaram US$ 8,8 bilhões, valor 9,1% acima do registrado em 2017. O fortalecimento da China como principal parceiro da Bahia, uma trajetória de preços mais favorável que resultou em uma valorização média de 6% na pauta comparada ao ano anterior, além de nova expansão da produção agrícola estimada em 17%, foram os principais responsáveis pelo melhor resultado para as exportações baianas desde 2014.

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 12 •

    Já as importações cresceram um pouco mais, cerca de 10%, alcançando US$ 7,92 bilhões, sinalizando um maior dinamismo da economia, apesar da ainda frágil recuperação da atividade industrial.

    Com os resultados apurados, a Bahia acumulou um superávit de US$ 881,1 milhões em sua balança comercial, com a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegando a US$ 16,71 bilhões e crescimento de 9,5% sobre igual período de 2017.

    De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, no acumulado do ano de 2018, o Estado apresentou um saldo positivo de 28.621 postos de trabalho formais, número bastante superior ao saldo de 839 postos de trabalho apresentado no ano anterior.

    BAHIA INVESTE R$ 9,2 BI DESDE 2015

    Mesmo com a crise econômica, a Bahia manteve o equilíbrio fiscal e somou R$ 9,2 bilhões em investimentos entre janeiro de 2015 e agosto de 2018, ficando logo atrás do Rio de Janeiro, que contou com ampla ajuda federal para sediar as Olimpíadas de 2016. Rio e Bahia foram superados apenas por São Paulo, o estado mais rico do país, que investiu R$ 27,1 bilhões. O ranking de investimentos entre os estados brasileiros foi apurado com base no SICONFI - Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro, publicado pela STN - Secretaria do Tesouro Nacional. Como proporção dos respectivos orçamentos, a Bahia investiu mais que os outros dois líderes do ranking.

    A manutenção da capacidade de investimento reflete o equilíbrio fiscal assegurado pelo governo baiano ao longo de todo o período 2015-2018, apesar da persistência dos efeitos da crise econômica e da redução proporcional nas transferências da União. Este equilíbrio é fruto de dois fatores principais: a melhoria contínua da arrecadação de impostos estaduais e o controle dos gastos públicos.

    Entre as evidências do equilíbrio fiscal, está o fato de que, mesmo com a persistência da crise, a Bahia segue pagando os servidores em dia e dentro do mês trabalhado, um diferencial importante com relação à maioria dos estados. O governo baiano também permanece honrando os compromissos com fornecedores e, apesar da forte alta do dólar desde 2017, mantém o endividamento entre os mais baixos do país, com a Dívida Consolidada Líquida equivalendo a 65% da Receita Corrente Líquida.

    O endividamento baiano, que em 2006 chegou a 102%, mas caiu nos anos seguintes, vem se mantendo na última década bem abaixo do teto previsto pela LRF para este indicador, que é de 200% da Receita Corrente Líquida. A situação é bem mais confortável que a dos grandes estados brasileiros. Rio de Janeiro (270%) e Rio Grande do Sul (227%) estão acima do teto, enquanto Minas Gerais (189%) e São Paulo (167%) se aproximam desse patamar.

    INVESTIMENTOS

    Entre os principais exemplos de investimentos em infraestrutura do Governo Estadual no período, estão os novos corredores estruturantes em Salvador, a exemplo da nova etapa da Linha Azul, que faz a ligação entre as avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa, da Via Barradão, a expansão do metrô, que chegou em abril ao aeroporto, alcançando 33 quilômetros de extensão, e ainda a construção e a recuperação de estradas em todo o Estado e a implantação de obras de segurança hídrica que minimizam os efeitos da seca.

    As entregas nos últimos anos incluíram, na área de saúde, o HGE 2 e o Hospital da Mulher, em Salvador, e ainda os hospitais do Cacau, em Ilhéus, e da Chapada, em Seabra, além da Maternidade do Hospital da Criança, em Feira, e das policlínicas regionais em Feira de Santana, Jequié, Irecê, Alagoinhas, Guanambi, Teixeira de Freitas, além da ampliação do número de leitos nas redes direta e indireta. Outras nove policlínicas estão em fase de construção.

    Em segurança pública, são destaques a implantação do Centro de Operações e Inteligência 2 de Julho, referência no setor no país, e ainda de 31 Distritos Integrados de Segurança (DISEPS) e de 10 Centros Integrados de Comunicações (CICONS) no interior. Já são, ao todo, 20 CICONS instalados em todo o Estado, e estão em fase de implantação os centros de Brumado e Serrinha. Além da modernização das polícias baianas, os investimentos na área de segurança contemplaram ainda a renovação da frota.

    EDUCAÇÃO – EXPANSÃO DO ENSINO EM TEMPO INTEGRAL

    De acordo com a Secretaria da Educação do Estado (SEC), em 2018 foram 3 mil oportunidades a mais do que em 2017. No total, 101 unidades da rede estadual, em 49 municípios da Bahia, operam a  modalidade de ensino em tempo integral – foram oferecidas matrículas para 30 mil vagas de educação integral.

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 13 •

    Estas matrículas foram disponibilizadas em cidades nas diversas regiões do Estado, a exemplo de Salvador, Vitória da Conquista, Jequié, Amargosa, Valença, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas, Barreiras, Senhor do Bonfim, Valente e Entre Rios.  “A ampliação do tempo e espaço pedagógicos na Educação Básica oportuniza ao estudante uma formação baseada nos seus  projetos de vida e identidades”, conforme informação da Secretaria Estadual da Educação (SEC).

    Em 2019 a Bahia vai receber R$ 19,65 milhões para a expansão e qualificação das unidades de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). A verba será repassada por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A autorização do repasse foi feita em novembro, no valor total de R$ 420,79 milhões para os estados brasileiros com instituições públicas que fizeram adesões ao Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.

    ESTADO NOMEIA APROVADOS NO CONCURSO PARA PROFESSOR E COORDENADOR PEDAGÓGICO

    O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (SEC) e Secretaria da Administração (SAEB), publicou em 16/1/2019, no Diário Oficial do Estado (DOE), a nomeação de 2.289 professores e coordenadores pedagógicos aprovados no concurso – que foi lançado em novembro de 2017 – para a rede estadual de ensino na Bahia. Os 2.089 professores e 200 coordenadores pedagógicos nomeados serão distribuídos entre 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE), situados em Salvador e outros municípios do estado, de acordo com a ordem de classificação. Os coordenadores serão alocados nas 200 maiores escolas da rede estadual que ainda não possuem coordenação pedagógica.

    1.2 DESEMPENHO DA ARRECADAÇÃO EM RELAÇÃO À PREVISÃO, E PROVIDÊNCIAS ADOTADAS NO ÂMBITO DA FISCALIZAÇÃO DAS RECEITAS E COMBATE À SONEGAÇÃO (ART. 58 DA LRF)

    RESULTADOS DA ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS:

    O ICMS por segmento econômico – A tabela mostrada ao lado traz o resultado da arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e

    TABELA 1.01

    SEGMENTO PREVISTO REALIZADO REALIZADO/

    PREVISTOREALIZADO –

    PREVISTO

    Agricultura 134.772,47 156.683,90 116,26% 21.911,43

    Agroindustria 589.012,86 547.759,52 93,00% -41.253,34

    Comércio Atacadista 3.242.993,80 3.319.438,82 102,36% 76.445,02

    Comércio Varejista 4.549.122,15 4.549.879,66 100,02% 757,50

    Ind Açúcar e Álcool 24.030,17 63.532,27 264,39% 39.502,09

    Ind Bebidas 1.233.896,23 1.300.609,41 105,41% 66.713,18

    Ind Metalúrgica 386.225,17 431.096,02 111,62% 44.870,85

    Ind Mineração e Derivados 244.562,60 269.658,04 110,26% 25.095,44

    Ind Química 1.217.060,39 1.293.818,38 106,31% 76.757,99

    Misto Indústria 534.624,71 522.815,32 97,79% -11.809,39

    Misto Serviços 141.724,59 179.629,00 126,75% 37.904,41

    Petróleo 5.634.904,87 5.871.798,01 104,20% 236.893,14

    Serviços de Transporte 276.400,92 297.806,53 107,74% 21.405,61

    Serviços de Utilidade Pública

    3.605.218,92 3.666.206,95 101,69% 60.988,02

    Supermercados 995.851,19 1.003.683,72 100,79% 7.832,53

    TOTAL 22.810.401,02 23.474.415,53 102,91% 664.014,51

    Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, por segmento econômico, mostrando os valores previstos e os valores realizados no exercício de 2018. Nas últimas colunas estão os valores das diferenças percentuais e absolutas de cada um dos segmentos.

    Observa-se que a meta ideal de arrecadação do ICMS estabelecida para o ano de 2018 foi superada em 2,91%, equivalente a R$ 664 milhões em valores absolutos. As participações mais relevantes no atingimento desses valores, considerados os pesos de cada um deles na arrecadação, são dos segmentos de Petróleo, Serviços de Utilidade Pública, Comércio Atacadista, Indústria Química e Indústria de Bebidas.

    Fonte PGM – Janeiro de 2019

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    Arrecadação do ICMS, IPVA, ITD, Taxas e outras receitas em 2018 - comparativo com o ano anterior

    A arrecadação de todos os tributos teve um incremento nominal de 10,80% em relação ao ano de 2017. O maior destaque percentual foi relativo às multas. O efeito preponderante, contudo, no resultado global de 10,80% é o crescimento do ICMS, com mais de 90% de toda arrecadação tributária, tendo crescido 11,15%.

    Tal resultado foi alcançado mesmo com a situação ainda tímida da economia em 2018, tendo a arrecadação do ICMS na Bahia superado R$ 23,47 bilhões e cumprindo a meta fixada para aquele exercício. O ICMS, principal tributo estadual, registrou um crescimento nominal de 11,15% em relação a 2017, resultados alcançados por meio dos processos de fiscalização voltados para o combate à sonegação e do processo de modernização tecnológica do fisco que tornou, por meio do programa SEFAZ On-line, as ações mais rápidas e precisas.

    Para a manutenção do ritmo de desempenho da arrecadação a SEFAZ teve como aliado importante, também, na recuperação de créditos, a parceria com outros órgãos do Estado por meio da atuação conjunta com o CIRA – Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos, que inclui o Tribunal de Justiça, o Ministério Público Estadual, a Secretaria de Segurança Pública e a Procuradoria Geral do Estado.

    FISCALIZAÇÃO DE MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS

    Fonte SIGAT - Janeiro de 2019• OBS 1: Valor ICMS é composto de Valor Principal e Valor de Acréscimos do ICMS, Fundo de Pobreza e FCBA.• OBS 2: Outras Receitas é composta de: Honorários, Multas do ICMS e Multas ao descumprimento à legislação de cada tributo.

    TABELA 1.02ARRECADAÇÃO DOS TRIBUTOS ESTADUAIS

    VALORES EM R$ MILHÕES

    2017 2018 % INCREMENTOICMS 21.118,50 23.473,54 11,15%

    IPVA 1.165,06 1.260,36 8,18%

    ITD 127,94 131,23 2,57%

    Taxas 749,97 792,47 5,67%

    Multas Tributárias e Honorários 115,47 132,55 14,80%

    TOTAL 23.276,95 25.790,16 10,80%

    2017 2018

    127,94 131,23

    GRÁFICO 1.01

    21.118,5023.473,54

    1.165,06 1.260,36 749,97 792,47

    30.000,00

    25.000,00

    20.000,00

    15.000,00

    10.000,00

    5.000,00

    -ICMS IPVA ITD Taxas Multas tributárias

    e honoráriosTOTAL

    ARRECADAÇÃO DOS TRIBUTOS ESTADUAIS (VALORES EM R$ MILHÕES)

    23.276,95

    25.790,16

    115,47 132,55 2018 2017

    200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 1.400,00 1.600,00-

    GRÁFICO 1.02

    Multa aplicada

    ICMS recalmado

    ICMS RECALMADO E MULTAS APLICADAS (VALORES EM R$ MILHÕES)

    780,86

    715,81

    1.460,07

    1.265,86

    2017 2018

    127,94 131,23

    GRÁFICO 1.01

    21.118,5023.473,54

    1.165,06 1.260,36 749,97 792,47

    30.000,00

    25.000,00

    20.000,00

    15.000,00

    10.000,00

    5.000,00

    -ICMS IPVA ITD Taxas Outras

    ReceitasTOTAL

    ARRECADAÇÃO DOS TRIBUTOS ESTADUAIS (VALORES EM R$ MILHÕES)

    23.276,95

    25.790,16

    115,47 132,55

    2018 2017

    200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 1.400,00 1.600,00-

    GRÁFICO 1.02

    Multa aplicada

    ICMS recalmado

    ICMS RECALMADO E MULTAS APLICADAS (VALORES EM R$ MILHÕES)

    780,86

    715,81

    1.460,07

    1.265,86

    2017 2018

    127,94 131,23

    GRÁFICO 1.01

    21.118,5023.473,54

    1.165,06 1.260,36 749,97 792,47

    30.000,00

    25.000,00

    20.000,00

    15.000,00

    10.000,00

    5.000,00

    -ICMS IPVA ITD Taxas Multas tributárias

    e honoráriosTOTAL

    ARRECADAÇÃO DOS TRIBUTOS ESTADUAIS (VALORES EM R$ MILHÕES)

    23.276,95

    25.790,16

    115,47 132,55

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    Com um papel indispensável na missão da administração tributária, a fiscalização presencial, por meio do trabalho das Inspetorias, traz os números mostrados no gráfico. Foram 2.368 ordens de serviço concluídas sendo 1.953 com resultados, no ano de 2018.

    Os resultados decorrem, também, da utilização de recursos técnicos já criados em anos anteriores, todos eles em aderência ao novo modelo de disposição das informações em meio digital, a exemplo da Malha Fiscal Censitária, do Domicílio Tributário Eletrônico, do Painel de Planejamento da Fiscalização – PPF, sistemas que desempenham papel importante no acompanhamento, fiscalização e interação com os contribuintes, buscando otimizar o cumprimento das obrigações tributárias.

    O trabalho da fiscalização é um forte catalisador na arrecadação total do ICMS, que responde majoritariamente pela parcela de receita própria do Estado e foi de fundamental importância para a manutenção do equilíbrio fiscal. Assim, a Bahia manteve a trajetória de equilíbrio com a arrecadação de tributos em especial o ICMS, consequência do esforço do corpo funcional da SEFAZ.

    COMPORTAMENTO DA ARRECADAÇÃO DE ICMS DO SIMPLES NACIONAL

    A arrecadação de ICMS do universo de contribuintes do Simples Nacional cresceu 12,20% em valores nominais, R$ 114,4 milhões acima da arrecadação do ano anterior tendo como destaque os segmentos Comércio Varejista, Comércio Atacadista e Supermercados. Nas ações relativas a fiscalização com lançamento de crédito de ofício, teve-se como resultado o valor de R$ 38,9 milhões de reclamação de crédito, mais R$ 19,7 milhões de multas aplicadas, resultante de 2.761 ordens de serviço concluídas.

    O comportamento positivo desta parte da arrecadação tem mais uma vez como papel importante o trabalho conjunto realizado pela área de Planejamento e as Unidades Fiscalizadoras, com ajuda do Sistema Antecipa, projeto que integra o programa SEFAZ On-line.

    A identificação de inconsistências utiliza as informações dos cruzamentos das notas fiscais eletrônicas realizados pela Coordenação de Operações Estaduais (COE).

    O Sistema Antecipa integra-se com outros sistemas da SEFAZ, especialmente aqueles do SEFAZ On-line, inclusive utilizando o Domicílio Tributário Eletrônico, informando e convocando os contribuintes para malha fiscal visando à regularização dos débitos referentes às inconsistências detectadas na malha fiscal.

    Ações para o incremento da arrecadação - Fiscalização

    MALHA FISCAL DO SIMPLES NACIONAL

    Em 2018 foram convocados 7,5 mil contribuintes optantes do Simples Nacional para esclarecimentos, via Domicílio Tributário Eletrônico (DTe), após malha fiscal baseada em cruzamento de dados digitais identificar que os valores de faturamento declarados mensalmente por essas empresas ficaram abaixo dos montantes apurados junto às operadoras de cartões de crédito e débito. Os convocados tiveram de justificar os valores divergentes, mediante apresentação de documentos, ou retificar as informações prestadas gerando mais valores referentes à parcela do ICMS da cesta de tributos dos contribuintes que optaram pelo Regime Simplificado de Tributação do Simples Nacional.

    Todo o processo ocorre utilizando o Domicilio Tributário Eletrônico – DTe, facilitando a regularização por parte dos contribuintes. Criado para atuar como canal direto on-line entre o fisco e as empresas, o DTe não apenas transmite a convocação, como permite aos contribuintes acessar o demonstrativo com as divergências identificadas, e, então, preencher formulário para regularizar as pendências, ou ainda retificar a declaração mensal do Simples Nacional.

    Esse novo procedimento constitui um grande diferencial por facilitar a autorregularização por parte das empresas, evitando o deslocamento do contribuinte até uma unidade da SEFAZ. Com a convocação virtual e a autorregularização via DTe, a SEFAZ consegue alcançar um grande número de contribuintes com o menor impacto possível nas unidades de atendimento e fiscalização, massificando a ação fiscal e facilitando a vida do contribuinte.

    FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE MERCADORIAS

    O total de crédito reclamado pelas ações de fiscalização do trânsito de mercadorias em 2018 chegou a R$ R$ 196,7 milhões resultante de 29.947 ações.

    Operação Safra Oeste

    Nesta ação do fisco estadual foram lavrados autos de infração, resultando em um montante de R$ 5,5 milhões de crédito reclamado por meio de 266 ações fiscais. A operação foi realizada entre os meses de maio e agosto na região Oeste do Estado, com o

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    objetivo de fiscalizar o escoamento da safra de grãos, em especial a de soja, de algodão e de milho.

    A região Oeste é considerada a maior produtora de grãos do Nordeste, com grande desenvolvimento socioeconômico voltado para o agronegócio sendo imprescindível a presença mais ostensiva da fiscalização, visando ao combate à sonegação e assegurando a concorrência leal entre os comerciantes.

    A operação mobilizou 12 unidades móveis da SEFAZ-BA em abordagens avulsas nas estradas, executada pela Diretoria de Administração Tributária da Região Sul (DAT-Sul), por meio da Inspetoria de Fiscalização de Mercadorias em Trânsito Sul.

    MONITORAMENTO DOS VEÍCULOS DE CARGA POR MEIO DE ANTENAS NAS RODOVIAS

    O monitoramento de veículos de carga que circulam pela Bahia ganhou um importante reforço com a instalação, nas rodovias baianas, de antenas leitoras de radiofrequência, que capturam as informações da placa do veículo e registram ainda a data, a hora e o local da passagem, para posterior verificação da carga transportada e respectivas documentações fiscais. O projeto é uma iniciativa da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT.

    As informações capturadas pelos equipamentos são encaminhadas para o Sistema ONE (Operador Nacional dos Estados), que verifica no banco de dados nacional do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (MDF-e) se determinado veículo está transportando mercadorias. Em caso positivo, é realizado o “registro de passagem automático” de todos os documentos transportados, como as notas fiscais eletrônicas e os conhecimentos de transporte eletrônicos.

    A partir daí, as informações são encaminhadas para a Coordenação de Operações Estaduais da Fiscalização de Mercadorias em Trânsito (COE) da SEFAZ-BA, que identificará informações como valor da carga, documentação do motorista, placas, pesos da carga e do veículo, valores dos impostos, empresa responsável pelo transporte, rotas e estados de percurso, informações do comprador e do emissor da NF-e, número da apólice, responsável pelo seguro da carga e valor pago pelo frete. Com isso, a Administração Tributária vem aumentando cada vez mais o combate aos sonegadores do ICMS.

    As iniciativas incluem também um sistema on-line que permite a identificação em segundos, por meio de aparelho de leitura ótica, dos documentos fiscais eletrônicos de mercadorias transportadas pelos caminhões que passam pelos postos fiscais. A modernização da fiscalização do trânsito é uma das ações do programa Sefaz On-line, que vem inserindo o fisco baiano na nova realidade de dados digitais, ampliando o risco para a sonegação, melhorando relacionamento com o contribuinte e otimizando a fiscalização.

    CENTRAL DE MONITORAMENTO DE TRANSPORTADORAS (CMT)

    Implantada em julho para potencializar os resultados da fiscalização sobre a circulação de mercadorias em trânsito, a Central de Monitoramento de Transportadoras (CMT) da Secretaria da Fazenda do Estado (SEFAZ-BA) emitiu 1.661 notificações por irregularidades fiscais, com a cobrança de R$ 1,9 milhão em impostos devidos, dos quais R$ 1,45 milhão foram efetivamente recolhidos.

    Inicialmente, o monitoramento é feito no Norte do Estado, sob a coordenação da Diretoria de Arrecadação Tributária responsável pela região (DAT-Norte), mas já está sendo implantado nas demais Diretorias Regionais. Este trabalho deverá ter o seu alcance ampliado, aprofundando a fiscalização sobre todas as operações relacionadas ao transporte de mercadorias e tendo como principais objetivos identificar, em tempo real, as aquisições interestaduais de mercadorias com base na emissão de Manifestos Eletrônicos de Documentos Fiscais (MDF-e), fazer o monitoramento dessas operações e lavrar as notificações fiscais ou autos de infração para aquelas que não comprovarem o recolhimento do ICMS devido.

    A CMT integra o programa SEFAZ On-line, que reúne um conjunto de iniciativas para inserir o fisco baiano na nova realidade de dados digitais, ampliando o combate à sonegação, melhorando o relacionamento com o contribuinte e otimizando a fiscalização.

    O monitoramento é feito com base nos resultados dos cruzamentos eletrônicos de informações fiscais digitais, realizados pela Coordenação de Operações Estaduais da Fiscalização de Mercadorias em Trânsito (COE). Entre as informações encaminhadas pela COE à Central de Monitoramento estão valor e peso da carga, placa e peso do veículo, valores dos impostos, empresa responsável, rotas de percurso, informações

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    do comprador e do emissor da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), nome do responsável pelo seguro da carga e valor pago pelo frete.

    SISTEMA MALHA FISCAL CENSITÁRIA - SMFC

    A Malha Fiscal Censitária, por meio do Módulo de Verificação de Indícios passa a averiguar as inconsistências encontradas após os cruzamentos dos dados contidos nos documentos fiscais eletrônicos, escrituração fiscal digital e as demais informações fiscais, financeiras e econômicas, em meio digital.

    Este módulo é responsável por identificar os indícios de infração à legislação tributária, a partir da análise da base de dados de resultados de batimentos de dados, e por conduzir o processo de verificação destes indícios, visando fazer os devidos ajustes por meio da autocorreção feita pelo contribuinte ou da autuação resultante da fiscalização. O papel do SMFC, então, é suprir a área de Planejamento da Fiscalização com informações que são a base para as programações lançadas para a área de Execução de Fiscalização, quais sejam, as ações de Monitoramento dos contribuintes, a Fiscalização de médios e grandes contribuintes em programações sumárias ou de profundidade (Fiscalizações Verticais).

    NOTA FISCAL ELETRÔNICA DO CONSUMIDOR - NFC-e E A INCLUSÃO DO CPF NO DOCUMENTO

    O volume de notas fiscais emitidas teve grande crescimento em 2018. Foram 85,8 milhões em dezembro de 2018, que comparados com 52,5 milhões em dezembro de 2017, registrou um incremento de 64%. Ao todo, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, as empresas baianas já emitiram mais de 903 milhões de notas fiscais do consumidor eletrônicas. Destas, 772 milhões só no ano de 2018.

    A inclusão do CPF na nota fiscal do varejo tornou-se frequente na medida em que aumenta o número de estabelecimentos que emitem a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica, documento cuja principal característica é o QR-Code, código em imagem quadriculada, e é associado aos sorteios da campanha Nota Premiada Bahia. O número de emissores da NFC-e cresceu 126% em um ano, saltando de 14.681 para 33.294.

    Ao inserir o CPF na nota, o consumidor está contribuindo para combater a prática de sonegação fiscal. Além disso, quem se cadastra na Nota Premiada Bahia concorre a prêmios mensais de R$ 100 mil e também a sorteios especiais de R$ 1 milhão.

    Desde fevereiro, quando começaram os sorteios realizados pela campanha, já foram contemplados 81 participantes: 80 com prêmios de R$ 100 mil cada, e um com o especial de R$ 1 milhão realizado em junho.

    O CPF na nota garante ainda o compartilhamento do documento fiscal, de forma on-line e automática, com até duas entidades filantrópicas, uma da área social e outra da de saúde, que são escolhidas pelo próprio participante ao se cadastrar.

    A NOTA PREMIADA BAHIA

    A Nota Premiada Bahia já tem mais de 100 mil cidadãos baianos cadastrados. O objetivo da campanha de cidadania fiscal lançada pelo Governo do Estado é incentivar a população a exigir a emissão da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica nas compras realizadas no mercado varejista. Com sorteios mensais, a campanha distribui prêmios de R$ 100 mil, além de premiações especiais de R$ 1 milhão.

    Os participantes, além disso, compartilharão suas notas fiscais eletrônicas com as instituições que integram o programa Sua Nota é um Show de Solidariedade. Ao fazer o cadastramento, o cidadão poderá indicar até duas instituições que participam do programa, uma da área de saúde e outra da área social. Com a NFC-e, a doação passará a acontecer de forma automática a cada compra em que o CPF cadastrado for incluído na nota.

    Para a Administração Tributária, o maior benefício que tal programa traz é o fato de que cada cidadão passa a ser potencialmente um ator na fiscalização do cumprimento da obrigação do recolhimento do ICMS. A emissão do documento fiscal na ponta da cadeia econômica, o varejo, é de importância vital para a fiscalização e para colocar as empresas em condições de igualdade no mercado, diminuindo a concorrência predatória.

    PAINÉIS SAS E O SERVIDOR DE BIG DATA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

    Inseridos no trabalho da Administração Tributária com possibilidades de ampliar ainda mais agilidade e precisão nos seus processos e suas ações, foram assim dois recursos aportados pelo Estado. Um deles é um servidor de Big Data (database appliance) de alta performance, capaz de processar com rapidez grandes volumes de dados em alta velocidade e com 96 terabytes de memória. O outro é um software de mineração e descoberta de dados, o SAS Visual Data Discovery. O SAS permite buscar as informações

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    no banco de dados em qualquer cenário mais adequado para análise a depender do objetivo do trabalho.

    Assim, a área de Planejamento, Fiscalização e Controle da Arrecadação vem construindo diversos painéis que serão de extrema utilidade. Estão em pleno uso hoje: Painel de Acompanhamento da Adimplência da Escrituração Fiscal Digital – EFD, Painel do Crédito Tributário, Painel de Acompanhamento das Operações do Trânsito de Mercadorias.

    Enquanto o servidor de Big Data acelera o cruzamento da vasta quantidade de dados recebida continuamente pelos sistemas da SEFAZ-BA assegurando a sua efetiva utilização pelo fisco, o SAS permite visualizar as inconsistências encontradas, estimulando o gestor a ter mais insights, produzindo informação e conhecimento por meio de relatórios gerenciais capazes de orientar e melhorar o desempenho das equipes de fiscalização.

    O Painel de Acompanhamento da Adimplência da EFD mostra o resultado do cruzamento entre as informações declaradas pelo contribuinte na sua EFD e as informações apuradas pela SAT nos documentos fiscais eletrônicos, evidenciando aqueles contribuintes que ficam omissos ou que entregam a EFD sem o efetivo registro das operações realizadas. A Superintendência de Administração Tributária tem agora uma visão completa e instantânea no nível de adimplência e da qualidade das declarações entregues.

    Construído pela Central de Operações Estaduais – COE, o Painel de Monitoramento do Trânsito de Mercadorias produz diariamente uma análise completa sobre a fiscalização do trânsito de mercadorias no Estado, com a visão da movimentação de cargas no Estado e das ações desenvolvidas nos postos fiscais e unidades móveis de fiscalização, em diversos cenários a depender da necessidade do gestor.

    Com o Painel do Crédito Tributário é possível visualizar todo crédito constituído dos tributos estaduais, em qualquer cenário, pelas fases do crédito, dos atributos dos contribuintes, da situação dos Processos Administrativos Fiscais – PAF’s, das unidades constituidoras do crédito etc.

    OS CENTROS DE MONITORAMENTO ON-LINE – CMO

    Criado para o combate diário aos fraudadores que se utilizam da Nota Fiscal Eletrônica, o CMO vem ampliando cada vez mais seu trabalho. Hoje, conta com uma nova

    funcionalidade para ampliar a cooperação entre os Estados na fiscalização do ICMS, inibindo a atuação de fraudadores.

    A maioria dos casos envolve a utilização de cadastros de Microempreendedores Individuais, MEI’s, identificados por ultrapassarem o limite legal de faturamento ou de compras permitido para cada faixa. Hoje já é possível identificar uma empresa fantasma antes mesmo de ela emitir um documento fiscal. A SEFAZ já possui um histórico e as características desses fraudadores, com todas as informações cadastrais. Assim, já é possível evitar o cometimento de uma irregularidade mesmo antes que ela seja concluída. Os indícios de fraude fiscal são identificados pelo CMO, a empresa suspeita é tornada inapta o mais rápido possível, por intermédio do bloqueio imediato da inscrição estadual. Os promovedores das fraudes utilizam-se com frequência de empreendimentos de pequeno porte para suas ações.

    Por meio do trabalho dos CMO’s hoje existe a interação entre os fiscos, implementada pela SEFAZ-BA que é o alerta de irregularidades fiscais, por meio do qual são enviados comunicados sobre fraudes detectadas no sistema para o Estado de destino da mercadoria, para que este também possa adotar as medidas cabíveis. Tal alerta é incluído na nota fiscal eletrônica, e somente os fiscos estaduais têm acesso às informações. A maioria dos casos de fraudes envolve tentativas de gerar créditos fiscais irregulares, de acobertar cargas roubadas e de utilizar empresas ‘laranjas’ como fornecedores.

    As equipes do CMO foram treinadas para rastrear empresas que se constituem e encerram suas atividades em curtos períodos; são divididas em equipes de monitoramento on-line e ação fiscal localizadas nas diretorias de Administração da SEFAZ-BA nas regiões Metropolitana (Salvador), Norte (Feira de Santana) e Sul (Vitória da Conquista), que fazem a cobertura em todo o estado.

    Apenas em 2018, os CMO’s tornaram inaptas 2.810 empresas irregulares. Desses casos, 586 empresas foram punidas por indícios de fraude, 999 por não serem encontradas no local registrado e 1.225 eram microempreendedores que extrapolaram o limite de compras para esta categoria.

    PLANEJAMENTO DA FISCALIZAÇÃO

    Tendo como base o conceito do programa SEFAZ On-line e visando aumentar a percepção do risco subjetivo, prevenindo o contencioso e melhorando os resultados da arrecadação,

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    a SAT adotou um novo modelo de planejamento da fiscalização ao trazer a ação fiscal para acontecer de forma mais próxima ao fato gerador.

    As ações em execução contemplam auditorias verticais, horizontais, malhas e cruzamento de dados. Um dos exemplos de ações foi a malha fiscal do Antecipa. Desde o seu início, em outubro de 2016, até 2018, a malha já alcançou, via DTe, mais de 8 mil empresas do Simples Nacional, com recuperação superior a R$ 63 milhões.

    CONCILIAÇÃO DE DÉBITOS COM ICMS

    Em um trabalho conjunto com o Tribunal de Justiça do Estado (TJBA) e a Procuradoria Geral do Estado da Bahia, foi realizada a Semana de Conciliação para os contribuintes do ICMS e o REFIS, com foco nos débitos tributários gerados até dezembro de 2017. A PGE convocou os contribuintes com maior volume de débitos ajuizados para participarem da iniciativa.

    A regularização da situação de débito com o fisco estadual, com condições especiais incluiu desconto de 90% em multas e acréscimos moratórios na quitação de débitos de ICMS, também gerados até dezembro de 2017, e ainda abatimento de 70% nas penalidades decorrentes de descumprimento de obrigações acessórias.

    O trabalho resultou em um montante de R$ 575,36 milhões arrecadado pelo Estado da Bahia.

    Tal iniciativa do Estado permitiu o fim de litígios tributários reduzindo o acervo de processos em tramitação, tanto no âmbito administrativo quanto no judicial. A oportunidade de regularização dos débitos de ICMS ocorreu em paralelo à intensificação das ações judiciais de contribuintes que deixam de recolher ao fisco o ICMS cobrado do consumidor final.

    CIRA

    Em 2018 deu-se continuidade às ações de combate à sonegação por meio da força-tarefa que são parte das iniciativas do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), que reúne a SEFAZ-BA, o MP-BA, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o Tribunal de Justiça (TJBA) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE-BA).

    São exemplos de operações contra a sonegação realizadas pela força-tarefa do CIRA nos últimos anos a operação Beton, na área de argamassa e materiais de construção; a operação Grana Padano, na área de laticínios; a Etanol I e II, na área de combustíveis; e a operação Mosaico contra contribuinte que causou prejuízo de cerca de R$ 18 milhões ao Estado. O CIRA vem intensificando, ainda, o acionamento judicial de contribuintes que cometem crimes tributários, a exemplo da omissão de pagamento do Débito Declarado.

    OBRIGATORIEDADE DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA DO CONSUMIDOR PARA OS CONTRIBUINTES DO SIMPLES NACIONAL

    Todos os contribuintes baianos do Simples Nacional inscritos no cadastro do ICMS foram obrigados, a partir do dia 1º de janeiro, a emitir a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e). De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado, a obrigatoriedade, prevista pelo Decreto nº 16.434/15, já vale para todas as grandes e médias empresas baianas. Em 2019, apenas os Microempreendedores Individuais (MEI’s) estarão dispensados da obrigatoriedade.

    Os estabelecimentos obrigados a aderir à NFC-e mas que não emitirem o documento poderão ter a inscrição estadual tornada inapta.

    O documento digital traz vantagens para o consumidor, para o fisco e para o contribuinte. Para as empresas, a NFC-e traz agilidade e significativa redução de custos ao substituir o Emissor de Cupom Fiscal (ECF), um equipamento de uso específico, por um software que permite a utilização de qualquer impressora não fiscal. Como o armazenamento é eletrônico e a impressão é opcional, a NFC-e também permite economia de papel.

    A Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica também é uma forma de estimular os estabelecimentos a atuarem de forma regular, já que sua emissão totalmente on-line amplia a capacidade de monitoramento pelo fisco. Para o consumidor, a principal vantagem é a comodidade: como a nota eletrônica é um documento digital, ela pode ser armazenada e consultada quando houver necessidade, bastando para isso que a empresa se cadastre no sistema da SEFAZ-BA.

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 20 •

    1.3 AÇÕES IMPLEMENTADAS NA ÁREA FINANCEIRA

    SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO, CONTABILIDADE E FINANÇAS – FIPLAN

    Dando continuidade às implementações do sistema FIPLAN-BA, foram realizadas:

    • Implantação das rotinas necessárias à execução da Ordem de Pagamento Especial (OPE), contemplando cerca de dez funcionalidades novas, além de adequações em outras funcionalidades do sistema, a saber: rotinas de transmissão; rotinas específicas para subsidiar a conciliação bancária da Conta Única (CUTE); rotinas de geração de Pedido de Empenho (PED), Empenho (EMP) e Liquidação (LIQ), de forma automática. A OPE tem como objetivo realizar pagamentos e regularizações de despesa em situações especiais, os quais demandam urgência, sem passagem pelo ciclo orçamentário, com posterior registro da execução orçamentária.

    • Desenvolvimento, homologação e implantação de mais um lote de consultas para identificação, entre dois exercícios, das divergências do conteúdo das principais tabelas básicas do sistema.

    • Desenvolvimento e implantação das adequações necessárias nas funcionalidades Solicitação de Reserva de Dotação (SRD), Licitação, Inexigibilidade e Dispensa (LID), Instrumento (INT), Termo Aditivo (TAD), Apostila (APT) e Encerramento de Instrumento (ENC), do módulo de Cadastro de Despesa (CDD), como também do Pedido de Empenho (PED), para viabilizar a adequada execução dos instrumentos cujo vencedor da licitação é um consórcio de empresas.

    • Especificação, desenvolvimento e implantação das adequações necessárias nas funcionalidades do módulo de Cadastro de Despesa (CDD) para permitir a recepção de dotação com valor igual a zero no cronograma de desembolso, enviado pela integração com o Sistema Integrado de Material Patrimônio e Serviços (SIMPAS), da Secretaria de Administração (SAEB).

    • Homologação e implantação do relatório FIP 848 - Relatório de Instrumentos com Pendências de Pagamento, que permite a unidade identificar as pendências de pagamento para instrumentos registrados no CDD.

    • Desenvolvimento, homologação e implantação da agregação do filtro de mês no relatório FIP 610 – Demonstrativo de recursos orçamentários.

    • Especificação, desenvolvimento e homologação das adequações nas funcionalidades da execução da receita, em atendimento à Portaria Interministerial STN/SOF nº 5, de 25 de agosto de 2015, relativa à alteração da estrutura de códigos da classificação da receita quanto à natureza. Envolve as seguintes funcionalidades: Tributo Orçamentário, Vinculação da Receita, DAE Orçamentário, Tabela Associativa de Reconhecimento do Ativo, Abertura da Receita (ABR), Aviso de Receita (AVR), Aviso de Crédito (DAC), Receita Integrada (RSS), Receita Orçamentária (RDR), Receita Extraorçamentária (RDE), Reconhecimento do Ativo por Competência (RAC) e relatórios.

    • Especificação, desenvolvimento e homologação de novas funcionalidades, como também de adequações nas funcionalidades da execução da receita, para proporcionar a integração com o Sistema Integrado de Gestão da Administração Tributária (SIGAT) relativo a Dívida Ativa.

    • Homologação e implantação de mudanças nas funcionalidades Receita Orçamentária (RDR), Tributo Orçamentário, Vinculação da Receita e Nota de Lançamento Automático (NLA) para impedir o registro de receita para Unidade Orçamentária X Destinação de Recurso X Classificação da Receita não contemplada no plano de contas orçamentário da receita, mantido pela Secretaria de Planejamento (SEPLAN).

    • Homologação e implantação das rotinas necessárias à geração da Matriz de Saldos Contábeis (MSC) para envio ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI). O projeto comportou rotinas para a geração da matriz: Gerar Matriz, Relatório de Conferência e Homologar Matriz, como também com rotinas para importação e consulta das tabelas do SICONFI e correlação entre as tabelas do SICONFI e as do FIPLAN.

    • Especificação e desenvolvimento das adequações necessárias nas rotinas de geração da Matriz de Saldos Contábeis (MSC) para o exercício de 2019, conforme determinações da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

    • Desenvolvimento, homologação e implantação das adequações na funcionalidade Bloqueio de Execução, como também do reflexo dessas alterações em várias funcionalidades do sistema, objetivando ampliar os critérios de bloqueio de execução,

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    aprimorado, assim, as rotinas do sistema, principalmente as do encerramento do exercício.

    • Especificação, desenvolvimento, homologação e implantação de rotina automática para cadastro de credores, utilizando arquivos de dados.

    • Desenvolvimento e homologação das rotinas para importação dos extratos bancários que compõem o caixa único, das funcionalidades para conciliação e ajustes dos lançamentos entre o extrato e a contabilidade, das rotinas para a conciliação automática diária parametrizada, das funcionalidades para identificação e saneamento, se houver, do legado, como também dos relatórios com visões gerenciais, analíticas e de auditoria.

    • Especificação, desenvolvimento, homologação e implantação das adequações para contemplar os pagamentos de GRU de cobrança.

    • Especificação, desenvolvimento, homologação e implantação de mudanças na funcionalidade Carga de Saldo a fim de permitir a execução simultânea em dois exercícios abertos, assim como contemplar a compatibilização das naturezas de receita conforme novo ementário.

    • Especificação e desenvolvimento das adequações necessárias para que todas as despesas atendam ao princípio da competência, e não apenas aquelas que possuam Reconhecimento do Passivo por Competência (RPC) e/ou Autorização Documentos Hábeis (ADH).

    • Especificação das adequações necessárias nas rotinas de Pedido de Empenho (PED), inclusive PED automático, com o intuito de recepcionar o número do SEI e o amparo legal para despesas de DEA.

    • Especificação das adequações necessárias nas rotinas de Empenho (EMP) automático a fim de gerar concessão automática para folha de pagamento e despesas de outros poderes.

    • Especificação de novas funcionalidades, como também especificação de adequações nas funcionalidades da execução da despesa, a fim de viabilizar o pagamento centralizado da folha de pessoal por meio de integração com sistema de RH-Bahia.

    • Especificação de novas funcionalidades, como também especificação de adequações nas funcionalidades da execução da despesa, para permitir a regularização orçamentária da despesa de folha de pessoal por meio de integração com sistema de RH-Bahia.

    FIPLAN GERENCIAL WEB - FGWEB

    Projetado com a finalidade de disponibilizar relatórios gerenciais relacionados à execução orçamentária e financeira do Estado, tendo como origem as informações fornecidas pelo FIPLAN – Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia, de forma ágil e flexível, o FGWEB está em constante evolução, adaptando-se com o objetivo de atender às demandas de seus usuários.

    Com essa premissa, em 2018 foram implementadas as seguintes alterações em seus módulos:

    • Relatórios – Execução da Receita

    Intervenção de grande porte visando à preparação deste módulo para fornecer relatórios e consultas de acordo com a nova estrutura de codificação estabelecida pela Portaria Interministerial STN/SOF nº 5, de 25 de agosto de 2015, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2019.

    Para os exercícios anteriores a 2019 o FGWEB exibirá em seu modo default o código vigente até 2018, porém o usuário poderá escolher a exibição das informações no novo formato.

    • Relatórios – Prestação de Contas

    Foi disponibilizada interface no FGWEB para o Anexo 17 – Demonstrativo da Dívida Flutuante, fornecido pelo COGNOS, ferramenta de geração de relatórios.

    • Operacional

    Foram feitas alterações no Módulo Operacional do FGWEB de modo que permita aos usuários do Grupo Gestor do sistema:

    • Emitir relatórios de grupos e respectivos usuários, exibindo:

    - a relação de usuários de um grupo ou de todos os grupos; - a relação dos acessos de um ou todos os grupos e as respectivas permissões.

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    • Permitir o cadastro de grupos com acesso a mais de uma UO - Unidade Orçamentária, inclusive de poderes diferentes; e

    • Inclusão da restrição de acesso dos servidores por UG - Unidade Gestora.

    SISTEMA DE CUSTOS DO SETOR PÚBLICO – ACPF

    Em 2018, foram implantadas versões corretivas e de melhorias, a exemplo das versões 3.6.1, 3.7.0, 3.8.0, 3.9.0, 3.9.1 e 3.9.2. Essas versões foram implantadas com o objetivo de corrigir algumas inconsistências, além de otimizar funcionalidades, como a relativa a associação de parâmetros dos sistemas integrados ao ACPF.

    Em razão da implantação do sistema RH Bahia, também foi necessário especificar uma nova versão (3.10.0) para adaptar o ACPF, de modo a viabilizar a transferência de valores relativos a custos de pessoal, que correspondem a mais da metade dos custos totais registrados no ACPF.

    Após a realização de diversas reuniões e tratativas com as equipes de negócio e de TI do ACPF e do RH Bahia, em junho/2018 a equipe PRODEB enviou uma primeira carga de teste, com o layout já definido conforme especificação. Por outro lado, a equipe de TI da SEFAZ ainda está aguardando algumas definições do sistema SERV, para avançar no cronograma de desenvolvimento da nova versão de integração ACPF X RH Bahia.

    Essas integrações do sistema de custo estão alinhadas com as diretrizes da NBC T 16.11 (aprovada pela Resolução CFC nº 1.366/11, de 25 de novembro de 2011, e Portaria STN nº 634, de 19 de novembro de 2013), que prevê no item 19, in verbis:

    O SICSP (Sistema de Informação de Custos do Setor Público) deve capturar informações dos demais sistemas de informações das entidades do setor público.

    No mês de agosto, foi disponibilizado treinamento aos servidores dos diversos órgãos/entidades para operacionalizarem novas versões do ACPF. Esses treinamentos são oferecidos em laboratórios da Universidade Corporativa do Serviço Público – UCS – unidade SEFAZ.

    • Painel de Custos

    Como desdobramento do VII Congresso Internacional de Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, realizado entre os dias 16 e 18/10/2017, em Natal-RN, quando foram utilizados gráficos para melhor apresentação das informações de

    custos do ACPF, foi feita uma reunião na SEFAZ e decidiu-se, posteriormente, iniciar o desenvolvimento do Painel de Custos Públicos, com utilização de recursos gráficos. No momento, o referido painel encontra-se em desenvolvimento, com previsão de implantação de uma primeira versão no final de fevereiro de 2019.

    O Painel de Custos poderá trazer uma maior facilidade para o conhecimento e a gestão de custos. Sendo desenvolvido por meio de ferramenta de BI – Business Intelligence, utilizará a mesma base de dados do ACPF, e, portanto, apresentará os mesmos desafios, especialmente, a melhoria nos processos de cargas das diversas integrações entre os sistemas corporativos e o ACPF, e a operacionalização e uso sistemático das informações de custo pelas unidades setoriais.

    PRECATÓRIOS

    Atendendo a solicitação1 do TJ-BA e do TRT 5ª Região, foi apresentado plano de pagamento dos precatórios para os exercícios de 2018 a 2024, com fundamentações expostas nos quadros constantes da tabela 1.03, a saber:

    Para o exercício de 2018, considerou-se no quadro I do anexo:

    1. O saldo dos precatórios vencidos levantados em 1º/7/2017;

    2. O valor dos precatórios pagos entre 1º/7 e 31/12/2017;

    3. O saldo de recursos em poder dos tribunais em 31 dezembro de 2017, distribuídos por cada órgão responsável pelo pagamento.

    4. Abatendo-se do saldo de precatórios em 1º/7/2017 os precatórios pagos entre 01/07/2017 e 31/12/2017 e o saldo de recursos em poder dos tribunais, apura-se o seguinte valor líquido de precatórios vencidos:

    a. TJ-BA. ................................R$ 1.933.188.017,72 b. TRT 5ª Região ........................R$ 147.555.245,79 c. TRF 1ª Região ........................R$ 644.635,23 d. Total .....................................R$ 2.081.387.898,74

    1Proposta da Secretaria da Fazenda ao Tribunal de Justiça TJ-BA, Tribunal Regional do Trabalho TRT 5ª Região e ao TRF 1ª Região, para desembolso dos valores relativos aos pagamentos dos precatórios do Poder Executivo, nos exercícios de 2018 a 2024, de acordo com a Emenda Constitucional nº 99/2017, que alterou os artigos 101; 102; 103 e 105 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.

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    TABELA 1.03PLANO PARA PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS – EXERCÍCIO DE 2018

    QUADRO ISALDO DE PRECATÓRIOS – BASE DE CÁLCULO PARA 2018

    ITENS TJ / BA TRT 5ª R. TOTAL

    Saldo de precatórios em 01/07/2017 (a) 2.505.684.084,27 170.303.585,81 2.676.632.305,31

    Precatórios pagos entre 01/07 e 31/12/2017 (b) 101.971.007,43 0,00 101.971.007,43

    Saldo de Precatórios vencidos (c=a-b) 2.403.713.076,84 170.303.585,81 2.574.661.297,88

    Saldo de Recursos em poder dos Tribunais em 31/12/17 (d) 470.525.059,12 22.748.340,02 493.273.399,14

    Saldo líquido de precatórios vencidos (base de cálculo) (e=c-d) 1.933.188.017,72 147.555.245,79 2.081.387.898,74

    QUADRO IIMÉDIA DOS PERCENTUAIS DOS DEPÓSITOS EFETUADOS EM 2017

    MÊS RCL APURADA EM RCL - R$ PRECATÓRIOS PAGOS %

    janeiro nov/16 28.181.185.751,52 21.750.000,00 0,07718%

    fevereiro dez/16 28.714.179.024,82 21.750.000,00 0,07575%

    março jan/17 28.838.210.566,27 21.750.000,00 0,07542%

    abril fev/17 29.175.371.230,69 21.750.000,00 0,07455%

    maio mar/17 29.178.187.859,16 21.750.000,00 0,07454%

    junho abr/17 29.390.956.526,13 21.750.000,00 0,07400%

    julho mai/17 29.294.375.826,99 21.750.000,00 0,07425%

    agosto jun/17 29.356.799.123,09 21.750.000,00 0,07409%

    setembro jul/17 29.527.014.177,23 21.750.000,00 0,07366%

    outubro ago/17 29.800.798.482,65 21.750.000,00 0,07298%

    novembro set/17 30.103.746.510,75 21.750.000,00 0,07225%

    dezembro out/17 30.260.193.879,17 21.750.000,00 0,07188%

    MÉDIA MENSAL 0,07421%

    QUADRO III PLANO DE PAGAMENTOS - DEPÓSITOS ANUAIS

    ANO TJ / BA TRT 5ª R. TRF 1ª R TOTAL

    2018 13% 251.314.442,30 19.182.181,95 83.802,58 270.580.426,84

    2019 13% 251.314.442,30 19.182.181,95 83.802,58 270.580.426,84

    2020 13% 251.314.442,30 19.182.181,95 83.802,58 270.580.426,84

    2021 14% 270.646.322,48 20.657.734,41 90.248,93 291.394.305,82 Continua

    TRF 1ª R.

    644.635,23

    0,00

    644.625,23

    00

    644.635,23

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 24 •

    2022 14% 270.646.322,48 20.657.734,41 90.248,93 291.394.305,82

    2023 16% 309.310.082,84 23.608.839,33 103.141,64 333.022.063,80

    2024 17% 328.641.963,01 25.084.391,78 109.587,99 353.835.942,79

    TOTAL 100% 1.933.188.017,72 147.555.245,79 644.635,23 2.081.387.898,74

    QUADRO IV PLANO DE PAGAMENTO - DEPÓSITOS MENSAIS

    ANO TJ / BA TRT 5ª R. TRF 1ª R TOTAL

    2018 20.942.870,19 1.598.515,16 6.983,55 22.548.368,90

    2019 20.942.870,19 1.598.515,16 6.983,55 22.548.368,90

    2020 20.942.870,19 1.598.515,16 6.983,55 22.548.368,90

    2021 22.553.860,21 1.721.477,87 7.520,74 24.282.858,82

    2022 22.553.860,21 1.721.477,87 7.520,74 24.282.858,82

    2023 25.775.840,24 1.967.403,28 8.595,14 27.751.838,65

    2024 27.386.830,25 2.090.365,98 9.132,33 29.486.328,57

    CÁLCULO DA PARCELA PARA O MÊS JANEIRO/18 VALORES R$ % DA RCL MÉDIA DE 2017 DIFERENÇA*

    Receita Corrente Líquida (RCL) Nov / 2017 30.096.055.961,50 0,07492% 0,07421% 0,00071%

    Parcela a pagar em janeiro de 2018 22.548.368,90

    *repor, se negativa

    TABELA 1.04QUADRO V

    VALORES PROPOSTOS MENSAIS A DEPOSITAR EM 2018 COMPARATIVAMENTE COM O % MÍNIMO DE RCL

    O valor a ser recolhido deve ser o maior entre os valores 1 e 2 abaixo

    MÊS DO DEPÓSITO/RCL BASE RCL MÍNIMO = 0,07421% PROPOSTO EXCESSO EM RELAÇÃO AO MÍNIMO LEGAL

    Valor 1 Valor 2 Valor 2 - Valor 1

    janeiro 2018/novembro 2017 30.096.055.961,50 22.334.973,08 22.548.368,90 213.395,83

    fevereiro 2018/dezembro 2017 29.952.763.445,46 22.228.632,42 22.548.368,90 319.736,48

    março 2018/janeiro 2018 30.138.943.272,82 22.366.800,73 22.548.368,90 181.568,17

    abril 2018/fevereiro 2018 30.262.039.790,47 22.458.153,48 22.548.368,90 90.215,42

    maio 2018/março 2018 30.343.292.785,70 22.518.453,19 22.548.368,90 29.915,71

    junho 2018/abril 2018 30.283.939.640,37 22.474.405,86 22.548.368,90 73.963,04

    julho 2018 /maio 2018 30.522.434.851,75 22.651.398,63 22.548.368,90 -103.029,73

    agosto 2018/junho 2018 30.609.536.026,75 22.716.038,40 22.548.368,90 -167.669,50

    Continuação

    Continua

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 25 •

    setembro 2018/julho 2018 30.862.027.850,39 22.903.418,37 22.548.368,90 -355.049,47

    outubro 2018/agosto 2018 30.930.200.467,33 22.954.010,84 22.548.368,90 -405.641,94

    novembro 2018/setembro 2018 31.239.488.252,53 23.183.540,39 22.548.368,90 -635.171,49

    dezembro 2018/outubro 2018 31.280.249.863,01 23.213.790,52 24.880.352,65 1.666.562,13

    *repor, se negativa Fonte: Nota Técnica nº 01/2018 - SAF/COPAF

    No quadro II, diante da dificuldade de interpretação do disposto no Artigo 101 do ADCT, com a redação dada pela EC 99/2017, quando estabelece o percentual mínimo da receita corrente líquida – RCL que deve ser destinado ao pagamento de precatórios – “ainda que variável, nunca inferior, em cada exercício, ao percentual praticado na data da entrada em vigor do regime especial a que se refere este artigo” – Apurou-se a média mensal dos pagamentos efetuados em 2017 – 0,07421 % em relação à RCL, considerando-se esse percentual como sendo o mínimo admissível.

    Note-se que esse percentual é maior que a média apurada entre 2012 e 2014, que se situou em 0,0643% e foi a referência de valor mínimo utilizada no exercício de 2017.

    No quadro III apresenta-se a proposta da Secretaria da Fazenda – SEFAZ – para realização dos aportes anuais para quitação dos saldos dos precatórios, distribuídos por tribunais. Ressalta-se que ao final de cada exercício os valores serão recalculados, com base no novo saldo apurado em decorrência do abatimento dos valores pagos no ano e do acréscimo dos novos precatórios recebidos, para apresentação de novo plano de pagamento.

    O quadro IV complementa o quadro III, transformando os valores anuais em valores mensais, também distribuídos por tribunais. Complementa-se o quadro com uma demonstração da parcela a ser paga em janeiro de 2018, comparativamente com RCL de novembro/2017 (segundo mês anterior ao de referência), demonstrando que o percentual ficou superior ao valor médio dos pagamentos efetuados em 2017.

    O último quadro (V) propõe uma tabela para acompanhamento mensal dos aportes aos tribunais, visando garantir que os valores repassados não sejam inferiores à média levantada no quadro II, já que os valores levam em consideração a RCL levantada no segundo mês anterior ao mês do pagamento.

    Com a tendência de recuperação da economia espera-se um crescimento mais acelerado da Receita Corrente Líquida do Estado – RCL, o que poderá implicar em aportes maiores

    que o proposto neste plano de modo a respeitar o percentual mínimo de aporte em relação à RCL.

    O presente trabalho não considerou a inclusão dos precatórios recebidos após 1º/7/2017, por não estarem ainda vencidos, e os que serão recebidos no futuro, pela dificuldade em estimar os seus valores e o deságio proveniente da negociação daqueles que optarem por fazer acordo. Como o plano é revisado anualmente, esses valores serão então considerados quando das revisões anuais. Ressalte-se ainda que, mensalmente, o valor mínimo a ser repassado será observado e, caso o valor previsto seja inferior ao mínimo considerado, o Estado da Bahia se compromete a complementar a diferença, de modo a cumprir as determinações legais de aporte mínimo em relação à RCL.

    Obedecendo ao disposto na E.C nº 62/2009 e a E.C nº 94/2016, a evolução dos valores depositados pode ser vista na tabela 1.05:

    TABELA 1.05 PRECATÓRIOS: DEPÓSITOS REALIZADOS A PARTIR DAS E.C Nº 62/2009 E A E.C Nº 94/2016

    DATA BASE DE CÁLCULOVALOR

    DEPOSITADOSALDO

    Dezembro de 2014 1.757.641.712,22 159.785.610,21 1.597.856.102,01

    Dezembro de 2015 2.081.178.493,27 183.146.454,83 1.898.032.038,44

    Dezembro de 2016 2.236.669.099,91 260.784.858,13 1.975.884.241,78

    Dezembro de 2017 1.975.884.241,78 261.000.000,00 1.714.884.241,78

    Dezembro de 2018 2.081.387.898,74 270.580.426,84 1.810.807.471,90

    Fonte: SEFAZ/SAF/DEPAT/GEPRO

    Continuação

  • DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO COM RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL • EXERCÍCIO 2018GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    • 26 •

    QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO

    A Coordenação de Qualidade do Gasto Público vincula as ações de qualidade do gasto às metas de cumprimento do orçamento, evitando que as despesas ultrapassem o limite orçamentário estabelecido, proporcionando o conhecimento do histórico das despesas, de modo a balizar eventuais contingenciamentos, otimizando o planejamento da gestão dos gastos.

    Em 2018, foram elaboradas mais de 5 mil análises técnicas de processos de aquisições e contratações das unidades, em atendimento ao decreto de contingenciamento. As visitas in loco nas unidades também foram uma das atividades realidades pela coordenação, por meio de análises qualitativas das despesas, levando em consideração o boletim de monitoramento mensal dos gastos.

    Com a política de controle de gastos, o governo baiano encerra o período 2015-2018 com uma marca histórica: a economia real de R$ 4,73 bilhões em despesas de custeio, ou seja, aquelas relacionadas aos gastos com a manutenção da máquina pública, a exemplo de água, energia e material de consumo. O resultado leva em conta a inflação do período e reflete o trabalho voltado para a Qualidade do Gasto, desenvolvido pela Secretaria da Fazenda desde 2015. O dinheiro economizado, de acordo com a SEFAZ-BA, ajudou a preservar o equilíbrio das contas e a ampliar os investimentos públicos.

    Destaque do Modelo Bahia de Gestão – como foi batizado o conjunto de iniciativas implementadas pelo governador Rui Costa com o objetivo de garantir a qualidade do gasto público e a capacidade operacional do Estado -, a criação da Coordenação de Qualidade do Gasto Público, sediada na SEFAZ-BA, integrou a reforma administrativa promovida pelo atual governo em 2015. O governo também extinguiu dois mil cargos públicos e reduziu de 27 para 24 o número de secretarias estaduais, entre outras medidas.

    O cálculo da economia real tomou por base a despesa do Estado com custeio da máquina pública em 2014, que foi de R$ 6,46 bilhões. A cada ano subsequente, este valor foi corrigido com base na inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), e comparado com o que foi efetivamente gasto.

    Em 2015, primeiro ano de atuação da SEFAZ-BA no monitoramento do custeio, as despesas somaram R$ 6,19 bilhões, enquanto o gasto do ano anterior corrigido chegou a R$ 7,15 bilhões: a economia real foi de R$ 955,8 milhões. Nos anos seguintes, foram

    economizados, considerando-se o mesmo cálculo, R$ 1,42 bilhão (2016), R$ 1,11 bilhão (2017) e R$ 1,24 bilhão (2018)

    PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO E AJUSTE FISCAL – PAF

    O Programa de Reestr