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1 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS CONSELHO DE ORIENTAÇÃO DO FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS RELATORIO FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - FEHIDRO ELEMENTOS PARA UM BALANÇO 2011 - 2014 Nota: Relatório em base ao relatório Anual apresentado ao COFEHIDRO sem anexos que estão disponíveis no www.sirgrh.sp.gov.br

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS

CONSELHO DE ORIENTAÇÃO DO FUNDO ESTADUAL DE

RECURSOS HÍDRICOS

RELATORIO

FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - FEHIDRO

ELEMENTOS PARA UM BALANÇO 2011 - 2014

Nota: Relatório em base ao relatório Anual apresentado ao COFEHIDRO sem anexos que estão disponíveis

no www.sirgrh.sp.gov.br

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INDICE

DESCRIÇÃO PAGINA

Apresentação 3

Ata Executiva da 1ª Reunião Extraordinária do COFEHIDRO realizada em

30.05.2014: exemplo

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Relatório de Atividades do Ano 2013 6

1 – Objetivo 6

2 – Plano de Aplicação de Recursos 6

3 – Recursos de Investimento 6

a-contratação dos indicados em 2013

b-distribuição dos indicados em 2013 por Agente Técnico

c-contratos assinados entre 2009 e 2013

d-remuneração dos Agentes Técnicos e Ag. Financeiro

e-repasses da ANEEL ao Tesouro

f-movimentação do FEHIDRO

6

9

9

10

10

10

4 – Recursos de Cobrança 11

5 – Recursos de Custeio

a-distribuição dos recursos

b-reembolso aos colegiados (Secofehidro 2)

11

11

11

6 – Deliberações COFEHIDRO do ano de 2013 12

Anexos do Relatório de Atividades 2013 (separados)

7- Resumo da movimentação financeira Anual 2013 13

Balanço do FEHIDRO Quadriênio 2011 – 2014 14

Panorama dos Investimentos quadriênio 2011-14 14

-contratos concluídos 2011-2014

-contratos Fehidro “em andamento’

-contratos assinados 2011-2014

14

15

16

Empreendimentos situação crítica 19

Visão Geral: Papel do Custeio no SIGRHi 2011-14 20

-distribuição do custeio por colegiados 2014

-total dos gastos de custeio 2011-2014

-reembolso aos colegiados (secofehidro 2)

-custeio com recursos da cobrança

-CBHs com cobrança e recursos custeio da compensação

-As Secretarias Executivas dos Comitês

20

21

22

22

24

25

Considerações sobre o custeio às Secretarias executivas Comitês 27

Situação da Cobrança pelo Uso da Água em São Paulo 27

Desafios e perspectivas 29

Lei 7.663/1991 –Dos recursos do Fundo 32

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Apresentação

O FEHIDRO tem se caracterizado como um paradigma de “democracia participativa” na aplicação de

recursos públicos, com decisões descentralizada, baseada em um modelo de participação tripartite com suporte em

um Plano de Bacia Hidrográfica. Existe um crescente esforço de monitoramento da aderência dos investimentos

do Fundo com as diretrizes dos planos e avaliação de resultados (Deliberação CRH nº147). Vários Estados tem

enviado colegas para conhecer e trocar de informações sobre o funcionamento do Fundo, tanto no aspecto

Investimentos como na sua funcionalidade de custeio das atividades institucionais do sistema.

São Paulo é exemplo da aplicação dos 70% que corresponde ao FEHIDRO da Contribuição

Financeira pelo Uso dos Recursos Hídricos transferida pela ANEEL. Com um funcionamento contínuo de

suporte a Política Estadual de Recursos Hídricos, fortalecendo as instancias colegiadas, gerando um “capital

social” intangível de gestão integrada e planejamento no território. É um processo que envolve municípios,

sociedade civil organizada, órgãos públicos, universidades e empreendedores com base na bacia hidrográfica,

fortalecendo uma cultura de planejamento regional. São centenas de empreendimentos que também geram trabalho

e renda na ponta. Os projetos do FEHIDRO tem também uma função de alavancagem de recursos ao subsidiar

projetos básicos e executivos para conseguir recursos em outras fontes, especialmente para pequenos municípios,

que não dispõe de equipes técnicas. O capitulo “relatório de atividades: ano 2013” é o modelo de relatório anual

apresentado ao Conselho do Fundo que é integrado por membros do conselho Estadual de recursos Hídricos.

No final do quadriênio 2011-2014 é significativo recordar que tanto o Fundo como a CRHi foram

transferidos da Secretaria do Meio Ambiente para a nova Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos sofrendo

um processo de ajuste de pessoal técnico. Também fruto de diretrizes de auditorias foi estrito no cumprimento das

normas dos seus manuais de investimento e custeio. Estas ações de gestão mostraram que no período foram

concluídos um conjunto de empreendimentos que sofriam atrasos e tornavam o sistema mais lento, este fato esta

ilustrado no capitulo “empreendimentos críticos”. Considerando demandas de maior recurso ao Fehidro se buscou

outras fontes, explicitando a possibilidade de regulamentar o art. 36 da Lei constitutiva em uma perspectiva de

sustentabilidade do funcionamento do Fundo. A expectativa é que com maior agilidade o Fundo possa enfrentar

com equilíbrio situações macroeconômico instável, fato nunca ocorrido desde sua criação, assim como, os desafios

das mudanças climáticas e socioeconômicas que pressionam impõe pressões ao Fundo e a gestão integrada dos

recursos hídricos.

Secretaria Executiva do FEHIDRO

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ATA EXECUTIVA

1ª Reunião Extraordinária do COFEHIDRO de 2014 - Data e horário: 30 de maio de 2014, às 14hs.

Local: Secretaria de Saneamento e Recursos Hídrico - Rua Bela Cintra, 847 - São Paulo-SP - Gabinete da

SSRH - Sala dos Conselhos.

Conselheiros Participantes: :

Segmento Governo do Estado de São Paulo

Mauro Arce, Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos e Presidente do COFEHIDRO; Walter Tesch, Secretário Executivo do COFEHIDRO;

Lurdes Maria Torres da Silva Maluf, Secretaria de Meio Ambiente;

Antonio Vaz Serralha, Secretaria da Fazenda;

José Roberto Generoso, Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional;

Rui Brasil Assis, Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos.

Segmento Municípios:

José Alberto Gimenez, P.M. de Sertãozinho;

Marcos Antonio Ferreira, P.M. de Patrocínio Paulista;

Benedito Rafael da Silva, P.M. de Salesópolis;

Jairo da Costa e Silva, P.M. de Tarumã;

Edenilson de Almeida P.M. de Guararapes.

Segmento Sociedade Civil Organizada:

João Jerônimo Monticeli – ABGE;

Marcio Gonçalves Oliveira – ABES;

Paulo Roberto Tinel – ASSEMAE;

Claudio Bedran – ONG Planeta Verde;

Gilmas Ogawa -FAESP

1. ABERTURA.

Mauro Arce, Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos e Presidente do COFEHIDRO, agradeceu as

presenças, e deu as boas vindas, iniciando os trabalhos.

2. POSSE DOS NOVOS REPRESENTANTES DO SEGMENTO MUNICÍPIOS E SOCIEDADE CIVIL.

Foram empossados e tomaram posse os Prefeitos municipais como Conselheiros representantes pelo segmento

Municípios para o COFEHIDRO gestão 2014-2016: José Alberto Gimenez pelo Município de Sertãozinho como

titular e Ildefonso Mendes Neto como suplente, Marcos Antonio Ferreira pelo Município de Patrocínio Paulista

como titular e Benedito Rafael da Silva pelo Município de Salesópolis como suplente.

Foram empossados e tomaram posse os Conselheiros representantes do segmento Sociedade Civil Organizada

gestão 2014-2016: Anícia Aparecida Baptistello Pio – FIESP como titular e André Elia Neto – ÚNICA como

suplente, Paulo Roberto Szeligowski Tinel – ASSEMAE como titular e Luis Carlos Orsi – AFCRC como suplente,

João Jerônimo Monticeli – ABGE como titular e Marcio Gonçalves Oliveira – ABES como suplente, Claudio

Bedran – ONG Planeta Verde como titular e Gilmar Ogawa – FAESP como suplente.

3. APROVAÇÃO DA ATA DA 1ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 27.05.2013.

Aprovada.

4. COMUNICAÇÕES DA SECRETARIA EXECUTIVA.

Walter Tesch, Secretário Executivo do COFEHIDRO, apresentou os resultados analíticos resumidos conforme o

explicativo material documentado distribuído antecipadamente aos Conselheiros. Primeiramente apresentou o

quadro das Deliberações COFEHIDRO nºs 124/2012 de 03.04.2012; 131/2012 de 13.11.2012; 137/2013 de

27.05.2013 e 140/2013 de 25.11.2013, dando conhecimento dos empreendimentos que foram concluídos, os

cancelados e os notificados ao Cadin Estadual. Na sequencia apresentou o Relatório de Atividades 2011 e 2012,

destacando as características do FEHIDRO como Fundo de investimentos deliberativo e descentralizado e que terá

maior aporte de recursos à medida que avança a aprovação e aplicação da cobrança pelo uso da água nas diversas

UGRHI´s no Estado, e para tanto seguir as regras da ordenação administrativa do Fundo é muito importante. João

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Jerônimo sugeriu uma publicação objetivando uma melhor análise de dados, contendo o balanço de avaliação geral

por segmento dos tipos de projetos que são financiados pelo FEHIDRO. Paulo Roberto Tinel complementou que

diante da proposta seria cabível o Conselho indicar prioridades para os investimentos FEHIDRO. A análise das

Moções apresentadas pelo CBH-PARDO nº 16 e CBH-RB nº 27, levaram o Conselho a refletir sobre a necessidade

de aprimorar o diálogo com as demais Secretarias de Estado que compõem a estrutura de Agentes Técnicos, e para

a composição de um Grupo de Trabalho de revisão das regras do Manual de Procedimentos Operacionais do

FEHIDRO - MPO.

5.DELIBERAÇÕES.

Aprovado Referendum a Deliberação COFEHIDRO nº 138/2013, de 14.06.2013 que Prorroga o prazo estabelecido

no artigo 2º da Deliberação COFEHIDRO nº 124, de 03.04.2012, para execução financeira mínima dos

empreendimentos. Aprovado Referendum a Deliberação COFEHIDRO nº 139/2013, de 12.09.2013 que Altera o

prazo para início dos empreendimentos contratados até 03/09/2012. Aprovado Referendum a Deliberação

COFEHIDRO nº 140/2013, de 25.11.2013 que Prorroga os prazos estabelecidos nas Deliberações COFEHIDRO nº

137, de 27.05.2013, e nº 138, de 14 de junho de 2013. Aprovado Referendum a Deliberação COFEHIDRO nº

141/2014, de 02.04.2014 que Altera prazos da Deliberação COFEHIDRO nº 135, de 27.05.2013, referente ao

envio de pareceres e assinatura dos contratos FEHIDRO. Aprovado Referendum a Deliberação COFEHIDRO nº

142/2014, de 02.04.2014 que Concede prazo ao Agente Financeiro para análise de documentação de contratos

relacionados no Anexo I da Deliberação COFEHIDRO nº 140, de 25.11.2013, e dá outras providências. Aprovado

Referendum a Deliberação COFEHIDRO nº 143/2014, de 02.04.2014 que Prorroga o prazo da Deliberação

COFEHIDRO nº 141, de 02.04.2014. Aprovado Referendum a Deliberação COFEHIDRO nº 144/2014, de

02.04.2014 que Invalida a Deliberação COFEHIDRO nº 143, de 09.04.2014, e prorroga o prazo para assinatura de

contratos.

Aprovada a Deliberação COFEHIDRO nº 145/2014, de 30.05.2014 que Dispõe sobre o Plano de Aplicação de

Recursos para 2014 e dá outras providências. Com correção para R$ 125.8619.527,64 no valor total disponível

para aplicação pelos CBHs. No Anexo IV referente ao cronograma e prazos para contratação dos

empreendimentos acrescentou atividade para Recebimento nos Agentes técnicos dos empreendimentos indicados

pela SECOFEHIDRO, até 30/10/2014, e observação para os Agentes Técnicos cumprirem o MPO que se refere ao

prazo de análise e emissão de parecer técnico.

Não aprovada a proposta de Deliberação COFEHIDRO que Dispõe sobre adequações de texto relativos a

procedimentos no Manual de Procedimentos Operacionais do FEHIDRO – MPO e dá outras providências foram

apresentadas propostas de alterações, no item 6.3.7 do Artigo 1º. "A inadimplência definitiva será declarada pela

SECOFEHIDRO se o tomador não providenciar a interposição do recurso no prazo determinado, ou será declarada

pelo Presidente do COFEHIDRO se houver indeferimento do recurso proposto.", e no intuito de ser mais taxativo

o item 6.3.10 ao final do Artigo 2º ao invés de sujeita o Tomador ao cancelamento ou a denúncia do contrato, por

"o cancelamento ou a denúncia do contrato.", também para o Artigo 3º. Alterando o prazo de 60 dias para 90 dias

adequando aos prazos do Cadin Estadual. Também apreciaram itens importantes como declaração de

inadimplência definitiva, recursos, deferimento e indeferimento, e a prescrição no prazo de cinco anos. Ao final

coube por designação à Conselheira Lurdes Maria Maluf e ao André Medeiros Advogado promover a redação final

para nova proposta, que deverá ser reapreciada no Conselho. Com a mesma metodologia para adequação final do

texto os Conselheiros apreciaram e não aprovaram a proposta de Deliberação COFEHIDRO que Revoga a

Deliberação COFEHIDRO nº 058/2004, de 20.01.2004, e dispõe sobre alterações do Manual de Procedimentos

Operacionais do FEHIDRO – MPO para utilização de recursos de Custeio.

6. OUTROS ASSUNTOS.

Os Conselheiros receberam informações atualizadas sobre o andamento do processo referente a contratos

auditados e parecer do Tribunal de Contas do Estado - TCE. Estão seguindo as recomendações da Consultoria

Jurídica / SSRH e fornecendo informações ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado. Para alguns

contratos o Agente Técnico novamente atestou irregularidade declarando inadimplência definitiva e a

SECOFEHIDRO procedeu às instruções do MPO-FEHIDRO inserindo Tomadores no Cadin estadual, e

comunicando o Agente Financeiro do sistema para promover ações judiciais de cobrança, sendo que para dois

contratos atestou irregularidade e oito estão em fase de cobrança judicial para receber os valores repassados pelo

FEHIDRO. A comunicação entre SSRH e Ministério Público tem sido periódica.

Mauro Arce

Presidente do COFEHIDRO

Walter Tesch

Secretário Executivo do COFEHIDRO

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES - COBRE APENAS ANO DE 2013

1 - OBJETIVO

O objetivo deste relatório anual é apresentar aspectos do desenvolvimento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos –

FEHIDRO no período de janeiro a dezembro de 2013, em cumprimento ao inciso IV, do artigo 6°, do Decreto Estadual

nº 48.896, de 26 de agosto de 2004.

2 - PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS

O PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS apresentado no Anexo I da Deliberação COFEHIDRO nº 135, de 27 de

maio de 2013 (Anexo I também deste Relatório), foi elaborado a partir da aprovação do Orçamento Geral do Estado,

somando a previsão de rendimentos para 2013, e o excesso de rendimento em comparação a 2012, e após o ajuste do

exercício anterior, distribuiu a receita total estimada. Destaca-se que, a exemplo de anos anteriores, foi utilizado um

percentual menor que o limite de 10% para despesas de custeio.

3 - RECURSOS DE INVESTIMENTO

O Anexo II da Deliberação COFEHIDRO nº 135, de 27 de maio de 2013 (Anexo II também deste Relatório), demonstra a

distribuição dos recursos de investimento por colegiado, composta pelas parcelas relativas à quota do orçamento anual,

aos saldos das subcontas em 31.12.2012 e ao ajuste de anos anteriores.

Dos recursos alocados para investimento, R$ 11.453.281,02 foram destinados ao Comitê Coordenador do Plano

Estadual de Recursos Hídricos - CORHI para o desenvolvimento de programas de âmbito estadual e R$ 138.427.410,52

para os CBHs em suas áreas de abrangência.

Em relação aos RECURSOS PROVENIENTES DE ARRECADAÇÃO DA COBRANÇA pelo uso dos recursos

hídricos nos Comitês de Bacias Hidrográficas foram disponibilizados no mesmo período para investimento definidos pelo

Plano da Bacia do Comitê e decisão descentralizada:

Comitê de Bacia Hidrográfica - CBH Valor disponibilizado

CBH dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí R$ 34.307.288,87

CBH do Rio Paraíba do Sul R$ 7.604.529,90

CBH do Rio Sorocaba e Médio Tietê R$ 7.666.990,45

CBH da Baixada Santista R$ 8.283.526,94

a) CONTRATAÇÃO DOS INDICADOS EM 2013

O gráfico abaixo apresenta o número de contratações em relação às indicações dos colegiados. Em 2013, os colegiados

indicaram um total de 506 empreendimentos com a seguinte distribuição entre contratações e cancelamentos:

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O Anexo III apresenta o detalhamento dos empreendimentos contratados e o Anexo IV a relação dos empreendimentos

cancelados com os respectivos motivos dos cancelamentos.

Seguem abaixo os gráficos com a participação de cada um dos segmentos do Sistema Integrado de Gerenciamento de

Recursos Hídricos – SIGRH no total de contratos assinados e os respectivos valores de financiamento do FEHIDRO:

A tabela a seguir uma ilustração dos tipos de benefícios gerados pelas diversas ações financiáveis com os recursos do

FEHIDRO, cuja análise revela, em termos de valores financiados, uma ênfase maior para Estudos/Projetos, Planejamento

e Gerenciamento de Recursos Hídricos e Galeria de Águas Pluviais (essas três categorias totalizando 68% do total

financiado)1. Em termos de quantidade de contratos, observa-se clara concentração também em Estudos/Projetos (40%).

Tipo de Beneficio gerado Quantidade de

contratos

%

Quantidade

Valores dos

contratos

%

Valores

Abastecimento de Água 27 7% 9.128.374,90 7%

Canalização 9 2% 5.462.241,17 4%

Coleta e Tratamento de Esgotos 26 7% 11.733.350,13 9%

Conservação do Solo 17 4% 4.093.805,48 3%

Educação Ambiental 10 3% 1.688.659,46 1%

Estudos/Projetos 154 40% 31.143.168,37 23%

Galerias de Águas Pluviais 47 12% 14.030.956,47 10%

Planej. e Gerenc. dos Recs. Hídricos 61 16% 36.743.243,1 27%

Poço Tubular Profundo 5 1% 1.060.312,38 1%

Recomposição de Mata Ciliar 3 1% 891.211,82 1%

Trat. e Disp. de Lixo -

Veículos/Equips. 2 1% 575.197,12 0%

1 Importante sublinhar que no PERH- 2012-15 o FEHIDRO representa apenas 0,6% dos recursos. Os recursos do Fundo

tem um foco na gestão, pois aas obras são de custos muito elevados. Para pequenos municípios projetos dão suporte de

alavancagem para obtenção de recursos em outras fontes

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Trat. e Disposição de Lixo - Obras 8 2% 2.011.866,98 1%

Outros 14 4% 16.863.389,58 12%

Total Geral 383 100% 135.425.776,96 100%

A tabela abaixo apresenta o enquadramento dos empreendimentos contratados nos programas de duração

continuada do Plano Estadual de Recursos Hídricos – PDCs:

PDC(programas de duração continuada) Quantidade

de contratos

%

Quantidade

Valores dos

contratos (R$

mil)

%

Valores

PDC01: Planejamento e Gerenciamento de

Recursos Hídricos 107 28% 45.017.398,76 33%

PDC02: Aproveitamento Múltiplo e Controle

dos Recursos Hídricos 3 1% 5.615.000,00 4%

PDC03: Serviços e Obras de Conservação,

Proteção e Recuperação da Qualidade dos

Recursos Hídricos

74 19% 25.992.332,42 19%

PDC04: Desenvolvimento e Proteção das

Águas Subterrâneas 7 2% 1.346.912,38 1%

PDC05: Conservação e Proteção dos

Mananciais Superficiais de Abastecimento

Urbano

33 9% 15.671.137,93 12%

PDC06: Desenvolvimento Racional da

Irrigação 1 0% 111.890,29 0%

PDC07: Conservação de Recursos Hídricos na

Indústria 5 1% 689.977,30 1%

PDC08: Prevenção e Defesa Contra

Inundações 86 22% 29.322.419,57 22%

PDC09: Prevenção e Defesa Contra Erosão

Solo e o Assoreamento dos Corpos d´Água 67 17% 11.658.708,31 9%

PDC10: Desenvolvimento dos Municípios

Afetados por Reservação e Leis de Proteção

de Mananciais

0 0% 0,00 0%

PDC11: Articulação Interestadual e com a

União 0 0% 0,00 0%

PDC12: Participação do Setor Privado 0 0% 0,00 0%

TOTAL 383 100% 135.425.776,96 100%

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b) DISTRIBUIÇÃO POR AGENTE TÉCNICO DOS EMPREENDIMENTOS INDICADOS EM 2013

c) CONTRATOS ASSINADOS ENTRE 2009 E 2013

Nos últimos 05 anos foram assinados mais de 1.600 contratos pelo FEHIDRO. Os gráficos abaixo demonstram essa

evolução de contratos firmados (em quantidade e em valor financiado), levando-se em consideração a data de assinatura e

não o ano que o empreendimento foi indicado pelo colegiado:

Quantidade Valor financiado

Total: 1.681 Total: R$ 357.011.917,58

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d) REMUNERAÇÃO DOS AGENTES TÉCNICOS E DO AGENTE FINANCEIRO

Para os Agentes Técnicos tem-se a remuneração de 2% sobre cada liberação contratual e mais 0,4 % de comissão de

estudos sobre o valor do empreendimento, por ocasião da contratação, totalizando 2,4%.

Para o Agente Financeiro tem-se a taxa de administração de 2% ao ano sobre o patrimônio do FEHIDRO, e as taxas de

contratações e liberações de operações de 1,5% para financiamentos reembolsáveis e 1 % para não-reembolsáveis, sobre

cada valor liberado.

A tabela a seguir apresenta o detalhamento e a totalização dos pagamentos efetuados aos Agentes Técnicos e Financeiro

em 2013:

ESPECIFICAÇÃO R$

Remuneração CETESB 557.895,29

Remuneração CATI 153.438,74

Remuneração CBRN 34.451,48

Remuneração CEA 61.872,73

Remuneração CPLA 36.479,35

Remuneração DAEE 398.377,20

Remuneração FF 6.954,09

Remuneração IG 9.740,00

Remuneração IPT 135.707,21

Remuneração BB 158.672,92

Taxa de administração - BB 384.394,03

TOTAL 1.937.983,04

e) REPASSES DO TESOURO

Dos valores líquidos repassados pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL ao Tesouro do Estado durante o ano

de 2013, 70% está vinculado ao FEHIDRO e montam a R$ 58.257.226,91. Os repasses efetivos da Secretaria da Fazenda

ao Fundo em 2013 totalizaram o valor de R$ 46.844.109,93

f) MOVIMENTAÇÃO DO FEHIDRO

O Resumo da Movimentação do Fundo Consolidado Anual - 2013, apresentado no Anexo V deste Relatório, foi elaborado

pelo Banco do Brasil, considerando os recursos provenientes da compensação financeira pelos aproveitamentos hidro

energéticos no Estado de São Paulo e dos royalties de Itaipu e cobrança.

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4 – RECURSOS DE COBRANÇA

A cobrança pela utilização dos recursos hídricos iniciou-se em julho de 2007 nos Comitês das Bacias

Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e no do Rio Paraíba do Sul, em novembro de 2010 no Comitê

Sorocaba Médio Tietê, em março de 2012 no Comitê da Baixada Santista e em junho de 2013 no Comitê Baixo Tietê.

A seguir apresentamos um resumo dos valores arrecadados e da aplicação desses recursos:

2013

Total Arrecadado Empreendimentos contratados

PCJ-Cobrança R$ 16.839.304,80 R$ 15.415.554,14

PS-Cobrança R$ 3.466.159,48 R$ 7.440.190,13

SMT-Cobrança R$ 8.343.467,96 R$ 4.857.475,56

BS–Cobrança R$ 10.807.616,88 R$ 4.335.437,12

BT–Cobrança R$ 2.527.641,95 Não houve

No Anexo VI deste Relatório consta o detalhamento dos empreendimentos contratados, com os recursos provenientes da

cobrança no Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, do Rio Paraíba do Sul, dos Rios

Sorocaba e Médio Tietê e da Baixada Santista.

5 - RECURSOS DE CUSTEIO

a) Distribuição dos recursos

Os recursos destinados ao suporte das atividades dos colegiados foram aprovados pela Deliberação COFEHIDRO nº 135,

de 25.02.2013, conforme consta no Anexo VII. A verba alocada em 2013 é resultante da distribuição de 1/3 da verba,

conforme índice aprovado pelo CRH e os 2/3 restantes distribuídos uniformemente pelos 21 colegiados.

As Secretarias Executivas do CORHI e do SECOFEHIDRO receberam verbas no valor de R$ 250 mil cada uma e nofnal

de cada ano estes recursos voltam a integrar o Fundo para redistribuição no PA.

b) Reembolso aos Colegiados (conta SECOFEHIDRO 2)

Foi disponibilizado o valor de R$ 230 mil para ressarcimento aos Colegiados das despesas referentes às viagens de

representação do Estado de São Paulo em reuniões de articulação com outros Estados e com a União.

O saldo da conta SECOFEHIDRO 2 em dezembro de 2012 era de R$ 312.160,70 mais rendimentos de R$ 1.902,36

totalizando R$ 314.063,06 e em dezembro de 2013 foi de R$ 281.332,70. A tabela abaixo apresenta os desembolsos da

conta SECOFEHIDRO 2 por colegiado ao longo do ano de 2013:

Colegiado

Quantidade

de

Desembolso

s

VALORES

TOTAL Passag.

Aérea

Estacioname

nto

Locaçã

o

veículo

Combustív

el Taxí

Pedági

o Refeição

Hospedag

em

AP 01 1.740,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 543,00 2.283,05

MP 09 1.899,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 894,00 2793,12

PARDO 01 7.144,39 0,00 0,00 0,00

1.595,0

8 0,00 1,277,27 1895,51

11.912,2

5

SMG 00 706,00 0.00 0,00 0,00 159,00 0,00 143,53 295,00 1304,53

RB 10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

TB 01 9.573,73 0,00 0,00 0,00

1.040,0

0 0,00 1.490,06 2.333,62

14.437,4

1

TOTAL 22

21.063,2

9 0,00 0,00 0,00

2.794,0

8 0,00 2.910,86 5.962,13

32.730,3

6

R$32.730,36(valor total gasto EM 2013) : 22(viagens)= R$1.487,74 média de gasto p/viagem

22(viagens) : 12(meses) = 1,83 (viagens por mês)

R$ 1.487,74(média gasto por viagem) x 1,83(viagens por mês) = R$ 2.722,56 (valor mensal gasto por viagens)

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6 - DELIBERAÇÕES COFEHIDRO DO ANO DE 2013

No ano de 2013 foram produzidas pelo COFEHIDRO nove deliberações conforme listagem a seguir:

Deliberação COFEHIDRO Ad Referendum nº 132, de 22 de janeiro de 2013 – Aprova a minuta do contrato a

ser firmado entre a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e o Banco do Brasil, para exercer a função de

Agente Financeiro do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO;

Deliberação COFEHIDRO Ad Referendum nº 133, de 25 de fevereiro de 2013 – Altera a Deliberação

COFEHIDRO nº 093/2007, que aprovou o Manual de Custeio do FEHIDRO;

Deliberação COFEHIDRO Ad Referendum nº 134, de 23 de abril de 2013 – Estabelece a data de 10 de maio

de 2013 para contratação dos empreendimentos indicados com recursos do ano de 2012, devidamente aprovados

por seus respectivos Agentes Técnicos, e cancelados pela Deliberação COFEHIDRO nº 123/2012;

Deliberação COFEHIDRO nº 135, de 27 de maio de 2013 – Dispõe sobre o Plano de Aplicação de Recursos

do FEHIDRO para 2013 e dá outras providências;

Deliberação COFEHIDRO nº 136, de 27 de maio de 2013 – Altera o Regimento Interno do Conselho de

Orientação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos;

Deliberação COFEHIDRO nº 137, de 27 de maio de 2013 – Prorroga o prazo estabelecido no artigo 1º da

Deliberação COFEHIDRO Ad-referendum nº 131, de 13 de novembro de 2012, referendada na reunião de

27/05/13, para conclusão de diversos empreendimentos financiados com recursos do FEHIDRO de anos anteriores

a 2009;

Deliberação COFEHIDRO Ad Referendum nº 138, de 14 de junho de 2013 – Prorroga o prazo estabelecido

no artigo 2º da Deliberação COFEHIDRO nº 124, de 03 de abril de 2012, para execução financeira mínima dos

empreendimentos;

Deliberação COFEHIDRO Ad Referendum nº 139, de 12 de setembro de 2013 – Altera o prazo para início

dos empreendimentos contratados até 03/09/2012;

Deliberação COFEHIDRO Ad Referendum nº 140, de 25 de novembro de 2013 – Prorroga os prazos

estabelecidos nas Deliberações COFEHIDRO nº 137, de 27 de maio de 2013, e nº 138, de 14 de junho de 2013;

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PANORAMA INVESTIMENTOS QUADRIÊNIO 2011-14

A seguir informações sobre recursos de investimentos e contratos FEHIDRO:

a) contratos FEHIDRO concluídos no período de 2011 a 2014 (levantamento realizado

até 27/10/2014);

b) contratos FEHIDRO “em andamento” atualmente (levantamento realizado em 29/10/2014);

c) contratos FEHIDRO assinados no período de 2011 a 2014: quantidade, montante financeiro e valor médio de

contrato (levantamento realizado até 27/10/2014): - por segmento; - por Agente Técnico; - por PDC.

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EMPREENDIMENTOS EM SITUAÇÃO CRITICA

No quadriênio, com a execução das diretrizes e Deliberações do COFEHIDRO houve diversos tipos de

cancelamentos e inadimplências. O quadro que segue fechando em 29 de outubro de 2014 visa apenas

oferecer uma visão das questões envolvidas. O quadro é dinamico poismutos tomadores ajustam com o Agente

Financeiro

É importante considerar que este numero é dinâmico, pois existem recursos, negociações com o Agente

Financeiro, encerramentos tornando este porcentagem pequeno diante do número de empreendimentos em

andamento e concluídos no período. Esta situação gera um esforço e expertise extra da SECOFEHIDRO, como se

observa em “liminares” e “ações judiciais” decorrente das exigibilidades normativas.

Situação Total

Ação Judicial 2

CADIN 31

Inadimplência 6

Liminar 7

Recurso 2

Termo Encerramento C. 10

Total: 58

Nota: O quadro acima fechado a 29 de outubro esta sujeito a mudanças diariamente

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VISÃO GERAL: PAPEL DO CUSTEIO no SIGRHI 2011 – 2014

Os recursos do FEHIDRO são constituídos pela cota-parte que o Estado recebe da União como

compensação financeira decorrente dos aproveitamentos hidrelétricos em seu território e dos resultados da

cobrança pelo uso da água.

Do total dos recursos do FEHIDRO 90% (noventa por cento) destinam-se à elaboração de projetos e à

execução de obras e serviços do Plano Estadual de Recursos Hídricos e até 10% (dez por cento)podem ser

despendidas com despesas de custeio e pessoal.

O COFEHIDRO delibera anualmente sobre o montante dos recursos disponíveis para custeio que são

distribuídos entre os destinatários (CBHs, CORHI e SECOFEHIDRO), mediante critérios de rateio aprovados pelo

Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH).

Os recursos alocados no FEHIDRO são responsáveis por avanços significativos na implementação do

Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos no Estado de São Paulo. As Secretarias Executivas dos

CBHs com crescentes demandas (cobrança, monitoramento, enquadramento, relatórios, etc) enfrentaram

dificuldades de infraestrutura e pessoal para o desempenho de suas atividades (Deliberação CRH 02/1993),

constituindo aspecto a considerar no próximo quadriênio.

Os recursos de custeio para as Secretarias Executivas de suporte aos CBHs provenientes do FEHIDRO

fornecem – embora nem sempre de forma satisfatória – a infraestrutura mínima e os meios de funcionamento das

Secretarias Executivas. São esses recursos que viabilizam a dinâmica dos CBHs.

DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS DE CUSTEIO AOS COLEGIADOS: 2014

(Deliberação COFEHIDRO Nº 135 / 2014)

CBH COLEGIADOS %

CRH

Verba de Custeio dos CBH's para 2014

1/3 da Verba

conforme %

CRH

1/21 avos de 2/3 VERBA

TOTAL

ALPA Alto Paranapanema 3,90 23.642,63 57.735,35 81.377,98

AP Aguapeí/Peixe 6,84 41.465,53 57.735,35 99.200,88

AT Alto Tietê 9,87 59.834,03 57.735,35 117.569,38

BPG Baixo Pardo/Grande 4,45 26.976,84 57.735,35 84.712,19

BS Baixada Santista 3,43 20.793,39 57.735,35 78.528,74

BT Baixo Tietê 3,97 24.066,98 57.735,35 81.802,33

LN Litoral Norte 3,42 20.732,76 57.735,35 78.468,12

MOGI Mogi-Guaçu 7,33 44.436,01 57.735,35 102.171,36

MP Médio Paranapanema 3,29 19.944,68 57.735,35 77.680,03

PARDO Pardo 4,76 28.856,13 57.735,35 86.591,48

PCJ Piracicaba, Capivari e Jundiaí 8,21 49.770,76 57.735,35 107.506,11

PP Pontal do Paranapanema 4,11 24.915,69 57.735,35 82.651,04

PS Paraíba do Sul 2,98 18.065,39 57.735,35 75.800,74

RB Ribeira do Iguape/Litoral Sul 5,67 34.372,74 57.735,35 92.108,09

SJD São José dos Dourados 2,87 17.398,55 57.735,35 75.133,90

SM Serra da Mantiqueira 2,62 15.883,00 57.735,35 73.618,35

SMG Sapucaí Mirim/Grande 3,25 19.702,19 57.735,35 77.437,54

SMT Tietê/Sorocaba 4,45 26.976,84 57.735,35 84.712,19

TB Tietê/Batalha 4,23 25.643,16 57.735,35 83.378,51

TG Turvo/Grande 4,25 25.764,40 57.735,35 83.499,75

TJ Tietê/Jacaré 6,10 36.979,49 57.735,35 94.714,84

Sub-Total 100,00 606.221,19 1.212.442,38 1.818.663,57

CORHI CORHI - - - 230.000,00

SECOFEHIDRO - - - 230.000,00

TOTAL 100,00 606.221,19 1.212.442,38 2.278.663,57

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21

TOTAL DE GASTOS DO CUSTEIO: 2011 - 2014

2011 2012

ITEM CBHs CORHI SECOF CBHs CORHI SECOF

MATERIAL DE CONSUMO 24.697,31 5.046,62 10.618,69 284.306,70 1.657,05 1.156,21

Gêneros Alimentícios 6.326,74 1.052,63 2.340,90 45.345,88 252,00 103,10

Combustível e Lubrificantes 3.796,18 0,00 0,00 44.489,57 0,00 0,00

Materiais, Peças e Acessórios 4.255,65 737,06 1.579,08 73.763,05 569,85 0,00

Material de Consumo p/

informática 4.211,54 0,00 2.120,93 52.160,64 0,00 227,90

Material de Escritório 4.437,61 2.329,68 3.671,56 36.574,13 335,20 486,26

Outros Materiais de Consumo 1.669,59 927,25 906,22 31.973,43 500,00 338,95

SERVIÇOS DE TERCEIROS 35.822,78 5.691,92 4.617,04 470.057,25 16.332,10 34.548,29

Assessoria e Consultoria 141,68 0,00 0,00 21.629,40 0,00 0,00

Outros Serv. Terceiros pessoa

jurídica 35.457,10 5.691,92 4.617,04 448.314,87 16.332,10 34.548,29

Outros Serv. Terceiros pessoa

física 180,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais Serv. Terceiros 43,25 0,00 0,00 112,98 0,00 0,00

OUTRAS DESP.DE

CUSTEIO 46.623,24 10.033,43 4.460,03 496.880,07 29.460,05 21.480,86

Serviços de Utilidade Publica 11.921,57 3.165,09 1.809,77 104.365,58 631,24 7.679,44

Passagens e Despesas de

Locomoção 13.573,19 4.331,95 1.426,06 156.126,72 14.824,92 12.620,22

alimentação e hospedagem 21.128,48 2.536,42 1.224,20 236.387,77 14.003,89 1.181,20

TOTAL 107.143,33 20.771,97 19.695,76 1.251.244,02 47.448,20 57.185,36

2013 2014

ITEM CBHs CORHI SECOF CBHs CORHI SECOF

MATERIAL DE CONSUMO 332.392,52 8.052,60 16.798,40 173.132,77 7.254,44 2.835,77

Gêneros Alimentícios 80.336,77 2.291,60 4.358,95 40.999,28 4.477,50 2.562,20

Combustível e Lubrificantes 56.086,48 0,00 0,00 27.715,78 0,00 0,00

Materiais, Peças e Acessórios 60.393,16 1.023,00 3.626,21 43.308,52 1.242,27 2.085,40

Material de Consumo p/

informática 58.785,33 476,80 5.139,74 32.218,83 0,00 1.482,80

Material de Escritório 54.393,08 2.523,20 2.695,60 21.976,17 1.534,67 2.526,97

Outros Materiais de Consumo 22.397,70 1.738,00 977,90 6.914,19 0,00 1.078,40

SERVIÇOS DE TERCEIROS 514.661,44 20.616,73 29.829,10 285.080,65 14.462,61 10,010,90

Assessoria e Consultoria 14.490,00 0,00 0,00 13.311,00 0,00 0,00

Outros Serv. Terceiros pessoa

jurídica 496.867,87 17.396,43 29.829,10 269.773,05 14.462,61 10.010,90

Outros Serv. Terceiros pessoa

física 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais Serv. Terceiros 3.303,57 3.220,30 0,00 1.996,60 0,00 0,00

OUTRAS DESP. DE

CUSTEIO 489.775,14 26.169,70 24.485,01 224.112,49 18.585,27 7.338,52

Serviços de Utilidade Publica 104.018,45 6.200,00 9.636,11 70.566,22 0,00 6.592,57

Passagens e Despesas de

Locomoção 155.968,03 12.991,96 8.793,20 37.522,85 9.130,55 3.620,95

alimentação e hospedagem 229.788,66 6.977,74 6.055,70 116.023,42 9.454,72 2.175,00

TOTAL 1.336.829,10 54.839,03 71.112,57 682.325,91 40.302,32 20.235,19

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22

REEMBOLSO AOS COLEGIADOS DAS ATIVIDADES NO SIGRH (SEFEHIDRO 2)

Conta específica (Deliberação COFEHIDRO nº 058/2004) para reembolso das despesas de viagens,

estadias e alimentação de representantes do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRH)

que participam de Câmaras Técnicas do CNRH e reuniões de interesse do Sistema Nacional de Gerenciamento de

Recursos Hídricos (SNGRH), na articulação dos comitês de integração com rios de domínio da União com os

Estados vizinhos e a União, abaixo se apresenta a média dos gastos anuais :

MÉDIA DOS GASTOS EFETUADOS COM VIAGENS 2011-2014

CBH 2011 2012 2013 2014 MÉDIA

AP 10.440,57

13.966,24 2.283,05

0,00 6.672,47

PARDO 21.703,33

29.480,54 11.912,25 14.929,13 19.506,31

PCJ 2.151,87

6.061,16 1.304,53

0,00 2.379,39

RB 3.449,72 0,00 0,00 0,00 862,43

TB 25.406,49

17.589,89 14.437,41 20.831,35 19.566,29

MP 13.575,19

5.419,07 2.793,12

0,00 5.446,85

CORHI 0,00 0,00 0,00 26.092,47 6.523,12

CUSTEIO COM RECURSOS DA COBRANÇA

Na medida em que se implanta a cobrança os CBHs onde se efetua a cobrança podem utilizar até 10% do

arrecadado para custeio. A Fundação Agência de Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí –

Agência das Bacias PCJ foi a primeira constituída na forma jurídica de Fundação de Direito Privado, sem

finalidades lucrativas, conforme previsto na lei estadual nº 10.020/98 e suas finalidades são primordialmente

arrecadar e aplicar recursos financeiros da cobrança pelo uso dos recursos hídricos em rios de domínio estadual

paulista. Foi a primeira a assumir as funções de Secretaria Executiva do Comitê em 2013.2

É importante notar também que através da Resolução CNRH nº 111/10, de 13 de abril de 2010, o

Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou a delegação das funções de Agência de Água para a Fundação

Agência das Bacias PCJ e, em 24/01/2011, foi celebrado o Contrato de Gestão nº 03/11 com a Agência Nacional

de Água – ANA para exercer as funções de entidade delegatária. Desta forma a Fundação, como delegataria, pode

efetuar e gerir a cobrança dos rios de domínio da União na bacia PCJ e para isto fazer jus a até 7.5% para custeio

de seus gastos.

2A Coordenadoria de Recursos Hídricos elaborou um Roteiro de Funcionamento das FABH, com o objetivo de

consolidar os procedimentos operacionais destas entidades do sistema de gestão dos recursos hídricos em São

Paulo.

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23

REPASSE DOS 10% DA ARRECADAÇÃO DA COBRANÇA À FABHPCJ: 2013

(janeiro a dezembro)

Mês/Ano Saldo inicial Rendimento Gasto do Mês Imp. Renda Repasse de 10% Saldo Atual

jan/13

R$

1.976.705,51

R$

10.972,41

R$

99.506,98 R$ 354,55

R$

181.760,05

R$

2.069.576,44

fev/13

R$

2.069.576,44

R$

8.857,62

R$

101.705,20 R$ 459,68

R$

58.969,55

R$

2.035.238,73

mar/13

R$

2.035.238,73

R$

9.907,98

R$

116.759,51 R$ 601,34 R$ -

R$

1.927.785,86

abr/13

R$

1.927.785,86

R$

10.894,08

R$

89.379,74 R$ 502,73

R$

306.843,45

R$

2.155.640,92

mai/13

R$

2.155.640,92

R$

11.617,38

R$

104.665,95 R$ 8.592,89

R$

146.843,20

R$

2.200.842,66

jun/13

R$

2.200.842,66

R$

12.265,59

R$

99.184,56 R$ 268,10

R$

161.829,37

R$

2.275.484,96

jul/13

R$

2.275.484,96

R$

15.004,78

R$

82.471,23 R$ 286,60

R$

138.752,32

R$

2.346.484,23

ago/13

R$

2.346.484,23

R$

14.157,29

R$

90.381,74 R$ 375,76

R$

138.666,20

R$

2.408.550,22

set/13

R$

2.408.550,22

R$

15.606,88

R$

89.220,06 R$ 367,07

R$

128.946,29

R$

2.463.516,26

out/13

R$

2.463.516,26

R$

18.075,13

R$

91.530,82 R$ 416,11

R$

123.373,65

R$

2.513.018,11

nov/13

R$

2.513.018,11

R$

16.391,49

R$

90.766,21 R$ 13.064,25

R$

128.753,75

R$

2.554.332,89

dez/13

R$

2.554.332,89

R$

18.898,22

R$

134.154,70 R$ 328,21

R$

118.110,36

R$

2.556.858,56

TOTAL R$

162.648,85

R$

1.189.726,70 R$ 25.617,29

R$

1.632.848,19 R$ 580.153,05

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24

CBHS COM PROCESSO DE COBRANÇA IMPLANTADO

RECURSOS DE CUSTEIO DA COMPENSAÇÃO DELIBERADOS PELO CRH (CBHs PS e PCJ)3

2011 2012

ITEM PS PCJ PS PCJ

MATERIAL DE CONSUMO 703,71 480,41 1.357,70 2.309,00

Gêneros Alimentícios 145,50 264,00 0,00 0,00

Combustível e Lubrificantes 0,00 0,00 0,00 0,00

Materiais, Peças e Acessórios 0,00 0,00 0,00 0,00

Material de Consumo p/ informática 154,32 135,08 0,00 2.309,00

Material de Escritório 403,90 81,33 1.357,70 0,00

Outros Materiais de Consumo 0,00 0,00 0,00 0,00

SERVIÇOS DE TERCEIROS 3.399,63 3.657,21 6.765,79 1.300,00

Assessoria e Consultoria 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros Serv. Terceiros pessoa jurídica 3.399,63 3.657,21 6.765,79 1.300,00

Outros Serv. Terceiros pessoa física 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais Serv. Terceiros 0,00 0,00 0,00 0,00

OUTRAS DESP.DE CUSTEIO 776,05 2.672,98 6.910,80 227,72

Serviços de Utilidade Publica 478,16 2.107,10 6.910,80 0,00

Passagens e Despesas de Locomoção 147,89 336,69 0,00 61,00

alimentação e hospedagem 150,00 229,18 0,00 166,72

TOTAL 4.879,39 6.810,60 15.034,29 3.836,72

2013 2014

ITEM PS PCJ PS PCJ

MATERIAL DE CONSUMO 5.822,33 0,00 5.588,08 0,00

Gêneros Alimentícios 0,00 0,00 0,00 0,00

Combustível e Lubrificantes 0,00 0,00 0,00 0,00

Materiais, Peças e Acessórios 0,00 0,00 1.000,00 0,00

Material de Consumo p/ informática 1.085,00 0,00 695,00 0,00

Material de Escritório 4.737,33 0,00 3.893,08 0,00

Outros Materiais de Consumo 0,00 0,00 0,00 0,00

SERVIÇOS DE TERCEIROS 8.858,20 31.617,90 2.530,02 3.354,00

Assessoria e Consultoria 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros Serv. Terceiros pessoa jurídica 8.858,20 31.617,90 2.530,02 3.354,00

Outros Serv. Terceiros pessoa física 0,00 0,00 0,00 0,00

Demais Serv. Terceiros 0,00 0,00 0,00 0,00

OUTRAS DESP. DE CUSTEIO 11.350,03 401,25 10.968,10 0,00

Serviços de Utilidade Publica 11.350,03 0,00 10.968,10 0,00

Passagens e Despesas de Locomoção 0,00 201,00 0,00 0,00

alimentação e hospedagem 0,00 200,25 0,00 0,00

TOTAL 26.030,56 32.019,15 19.086,20 3.354,00

3 Origem tabela da distribuição dos recursos de custeio aos colegiados. Até 2014 somente CBH-PCJ, CBH-PS com

cobrança tem controles específicos. Além destes estão com cobrança os seguintes CBHs: Baixada Santista, Sorocaba

Médio Tietê, Baixo Tietê e Alto Tietê.

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25

AS SECRETARIAS EXECUTIVAS DOS COMITÊS DE BACIAS

Fevereiro 2014

1-ALPA Piraju/DAEE 560 DAEE DAEE David Cristina 2 7 _ nenhum 3 DAEE/CBH sim2-AP Marília/DAEE 700 DAEE DAEE Denis Emirieli 2 14 _ nenhum 2 DAEE/CBH sim3-AT São Paulo/CETESB 50 CETESB SSRH Rui Brasil Beatriz 2 2 5 nenhum não tem _ sim4-BPG Barretos/DAEE 200 DAEE DAEE Claudio Luciana 2 5 _ nenhum 2 CBH não5-BS Itanhaém/DAEE 50 DAEE DAEE Wanda Davi, Rui, Selizete 3 4 2 nenhum 1 CBH sim6-BT Birigui/DAEE 60 DAEE DAEE Manfre Zuleica 2 3 1 nenhum 1 CBH sim

7-LNUbatuba/Fund.

Florestal10 Fund. Florestal - Sylvio Marcio, Fabio 3 4 2 Fabio/Iara/ não tem _ sim

8-MOGISão João da Boa

vista/CETESB30 CETESB CETESB Vinicius Amauri 2 2 _ nenhum 1 CETESB não

9-MP Marília/DAEE 700 DAEE DAEE Denis Emirieli 2 14 _ nenhum 1 CBH sim10-Pardo Ribeirão Preto/DAEE 80 DAEE DAEE Carlos A. Claudio 2 8 2 nenhum 2 CBH/DAEE sim

11-PCJPiracicaba/DAEE e

AgênciaDAEE/Agência DAEE/Agência Moretti Ivens 29 29(3) _ nenhum 3

DAEE/Agênc

ianão

12-PPPresidente

Prudente/DAEE300 DAEE DAEE Sandro Murilo, Bryna 3 5 1 nenhum 2 CBH sim

13-PS Taubaté/DAEE 120 DAEE DAEE Mostarda Silvana, Camila,

Washington,

Francisco,

Gessica

5 1 nenhum 1 CBH não

14-RB Registro/DAEE 120 DAEE DAEE NeyGilson, Dorival,

Vanessa5 5+1 1 Jociane 1 CBH sim

15-SJDSão José do Rio

Preto/PM DE JALES150 PM de Jales DAEE Eli Sandra 2 4 2 nenhum 1 CBH sim

16-SM C. Jordão/PMCJ 100 CBH DAEE FernandoMariana,

Francisco3 5 2 nenhum 1 CBH sim

17-SMG Franca/PM Franca 200 PM de Franca DAEE Irene Maeli 2 4 1Jorge

Augusto2 CBH sim

18-SMT Sorocaba/CETESB 60 CETESB CETESB SétimoRosângela, Bene

e Angélica2 4 1 nenhum 1 CBH sim

19-TB Birigui/DAEE 50 DAEE DAEE Lupércio Graziela 2 5 2 nenhum 3 CBH sim

20-TG SJ. Rio Preto/DAEE 400 DAEE DAEE Tokio Sandra 2 5+1 2 Navarro 2 CBH sim

21-TJ Araraquara/DAEE 300 DAEE DAEE Erica Pamela 2 4 1 nenhum 2 CBH não

VeículosCBHs Sede/cedida M² da sedeManutenção da

sedeVeínculo CNPJ

Manutenção do

veículo

há necessita

outro veic.Resp. pela P/C

T o ta l d e

c o m p o n e n te s d a

S E

Fu n c io n á rio s

S E + CB H

Dé f ic it d e

Fu n c io n á rio s

Espec Amb

atualmente

Secretário

Executivo

# LN, Pardo e AT estão necessitando de mais espaço para exercerem suas atividades. # Com exceções de alguns

Comitês, há necessidade de pelo menos mais 1 colaborador de nível técnico.

# AT e LN não possuem veículos, os outros CBH's necessitam de mais 1 veículos, uma vez que o que tem já está

sucateado, gerando custos de manutenção.

# AP e MP compartilham o mesmo espaço físico (salas, salas de reunião e auditório), colaboradores e veículos

atendem aos 02 Comitês, despesa e manutenção dos veículo são divididos entre DAEE e CBH, não há necessidade

de novos colaboradores.

# Os veículos cedidos ou compartilhados pelo DAEE, tem uma cota de combustivel fornecido pelo DAEE, quando acaba

a cota ou quando o mesmo é usado para evento do Comitê, a despesa é custeada pelo CBH, o mesmo acontecendo com a

manutenção.

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26

NECESSIDADES EXPRESSADAS PELAS SECRETARIAS EXECUTIVAS FRENTE NOVAS DEMANDAS

Sede/cedida Manutenção

da sede

Necessidades expressadas 2013

1-

ALPA

Piraju/DAEE DAEE Haverá necessidade de novos colaboradores quando

implantar a Cobrança. Necessita mais 02 veículos.

2-AP Marília/DAEE DAEE Espaço compartilhado com DAEE e CBH-MP, veículos e

funcionários atendem os dois CBH's, mais 1 veículo.

3-AT S. Paulo/FABHAT --- Rua Boa Vista, necessita de 05 colaboradores e 1 veículo.

4-BPG Barretos/DAEE DAEE Espaço compartilhado com DAEE, não há necessidade de

novos colaboradores e veículo.

5-BS Itanhaém/DAEE DAEE Espaço compartilhado com DAEE, há necessidade de 2

novos colaboradores e 1 veículo.

6-BT Birigui/DAEE DAEE Espaço compartilhado com DAEE, há necessidade de 1

novos colaboradores e 1 veículo.

7-LN Ubatuba/Fund.

Florestal

Fund.

Florestal

Sala cedida pela Fund. Florestal, estão em processo de

locação de uma sede, há necessidade de 01 veículo e mais

02 colaboradores técnicos.

8-

MOGI

São J. da Boa

vista/CETESB

CETESB Veículo apenas se for novo

9-MP Marília/DAEE DAEE Espaço compartilhado com DAEE e CBH-MP, veículos e

funcionários atendem os dois CBH's, necessidade de 1

veículo.

10-

Pardo

Ribeirão

Preto/DAEE

DAEE Espaço compartilhado com DAEE, necessita de mais

espaço, mais 2 colaboradores e 01 veículo.

11-PCJ Piracicaba/e

Agência

Agência

/DAEE/

FUNDAÇÃO AGENCIA DE BACIA

12-PP Presidente

Prudente/DAEE

DAEE Sede construída com recursos FEHIDRO em terreno

DAEE, há necessidade de 1 colaborador técnico e 1 veículo.

13-PS Taubaté/DAEE

DAEE O Prédio é compartilhado com o DAEE, mas é suficiente,

há necessidade de 1 colaborador técnico.

14-RB

Registro/DAEE

DAEE O local é compartilhado com DAEE, que paga luz, agua e

telefone fixo, há necessidade de 1 colaborador técnico e 02

veículos.

15-SJD S.J.Rio Preto

PM-Jales

PM de Jales Espaço físico suficiente, há necessidade de 2 colaboradores

e 1 veículo

16-SM C. Jordão/PMCJ

CBH O espaço físico é suficiente, há necessidade de 01 veículo e

1 colaborador técnico.

17-

SMG Franca/PM Franca

PM de

Franca

Sede cedida em comodato pela PM de Franca, luz e tel.

Paga pelo CBH, Necessidade de 01 colaborador téc. E 1

veic.

18-

SMT Sorocaba

CETESB

CETESB Prédio alugado pela CETESB, cedeu 1 sala que foi dividida

em 2, só paga o tel. Fixo, há necessidade de 1 colab. Téc. E

1 veículo.

19-TB

Birigui/DAEE

DAEE Existem 3 salas compartilhadas com DAEE, auditório de

300m² em Novo Horizonte, veículos compartilhados com

DAEE, há necessidade de 1 veículo e 2 colaboradores

técnicos.

20-TG SJ. Rio

Preto/DAEE

DAEE Espaço físico suficiente, há necessidade de 2 colaboradores

e 1 veículo.

21-TJ Araraquara/DAEE

DAEE Especialista CRHI apoia CBH-SMG, necessitando de 1

colaborador técnico.

NOTA: Com a incorporação de mais Comitês no processo de cobrança, tanto as Secretariass Executivas como

A SECOFEHIDRO demanda incremento de pessoal

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27

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CUSTEIO ÀS SECRETARIAS EXECUTIVAS DOS CBHS

a- A sustentabilidade funcional dos Comitês depende de uma Secretaria Executiva eficiente e eficaz e alinhada aos

princípios reitores do SIGRH;

b- O processo de cobrança impõe a consolidação de uma profissionalização crescente e ampliação de atribuições

demandadas pela sociedade e poder público. Este processo esta registrado na dinâmica de definições de implantação,

funcionamento e limitações da Fundações Agencias de Bacias.

c- Os quadros anteriores ilustram aspectos do funcionamento e das demandas explicitadas nos últimos quatro anos de

maior sincronia e aperfeiçoamento das relações entre CRHI-Secretaria Executiva/CBHs-PERH-Investimentos do

FEHIDRO, questões em pauta nas Câmaras Técnicas do CRH.

SITUAÇÃO DA COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA EM SÃO PAULO

Lei 12.183 de 20/12/2005, Decreto 50.667/03/2006 que instrumentaliza a valorização da água.

A cobrança pelo uso da água é um processo longo, desde o estudo de viabilidade pactuado no Comitê até o

Decreto, consolidação de cadastros e emissão do boleto.

No próximo ano a Lei completará 10 anos. Ainda faltam 7 Comitês concretizarem o processo nos rios de

domínio do Estado e efetivar a cobrança dos usuários rurais.

Abaixo um panorama do processo.

1) De 2006 a 2011 concretizaram a cobrança 3 (três) CBH (PCJ, PS e SMT).

2) De 2011 a 2013 mais 3 (BT, BS e AT) e outros 2 dependem de abertura de contas (TB e TJ).

Mais 6 (SMG, Pardo, Mogi, SM, BPG e RB) estão em fase de Ato Convocatório passo prévio emissão de

boleto.

Aguardando decreto são 3: TG, AP e PP.

Mais 2 (ALPA e MP) estão fase de análise na CTCOB:

Um o LN (voltou ao Comitê para ajustes a solicitação da CTCOB).

Apenas 1 (SJD) não foi aprovado no Comitê.

Resumo: COBRANDO ou APROVADOS PELO CRH APTOS A COBRAR DE 2011 -2014: São 14

(quatorze) Comitês (BT, BS, AT, TB, TJ, SMG, Pardo, Mogi, SM, BPG, RB, TG, AP e PP)

SMT Paraíba Sul PCJ Baixo Tiete Baixada Santista

25.062.222,78 20.678.856,35 110.964.667,11 2.542.574,30 21.963.668,58

TOTAL GERAL DA COBRANÇA DESDE 2007 181.211.989,124

(O recurso da Cobrança só pode se aplicados na bacia onde é cobrado. A partir de 2015 será demandado aos CBHs

em processo de cobrança a apresentação de Planos de Aplicação e nos anos subsequentes a avaliação destes

Planos)

4 Uma visão mais atualizada da cobrança em São Paulo pode ser apreciada na nota para a publicação CORRENTEZA em

anexo.

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28

IMPLANTAÇÃO DA COBRANÇA

UGRHI Aprovação da proposta de

Cobrança no CBH

Aprovação da proposta

de cobrança no CRH

Decreto

Estadual

Ato

Convocató

rio

INÍCIO

letos)

02 – Paraíba do Sul Del. CBH-PS 05 de 18.10.06 e 07

"Ad Referendum", 30.11.06

Deliberação CRH 67, de

06.12.06

51.450, de

29.12.06

2007

05 - Piracicaba /

Capivari / Jundiaí

Deliberações Conjuntas PCJ 48

de 28.09.06 e 053 “Ad

Referendum” de 21.11.06

Deliberação CRH 68, de

06.12.06

51.449, de

29.12.06

2007

10 – Sorocaba /

Médio Tietê

Deliberações CBH-SMT 218 de

08.04.09, 220 Ad Referendum, de

24.04.09 e 221 de 07.05.09

Deliberação CRH 94, de

28.04.09

55.008, de

10.12.09

2010

07 – Baixada Santista

Deliberações CBH-BS-15 de

10.09.09, 158 de 17.11.09 e 163

ad referendum de 14.12.09

Deliberação CRH 108, de

10.12.09

56.501, de

09.12.10

2012

19 – Baixo Tietê

Del. CBH-BT 090 de 14.08.09

093 de 17.11.09 e 096 de

15.12.09

Deliberação CRH 109, de

10.12.09

56.504, de

09.12.10

junho de

2013

06 – Alto Tietê Delib. CBH-AT 12 de 07.10.09,

14 de 18.11.09 e 18 de 18.12.09

Deliberação CRH 107, de

10.12.09

56.503, de

09.12.10

Janeiro

2014

13 – Tietê / Jacaré Deliberações CBH-TJ 09 de

28.06.10

Deliberação CRH 110, de

10.12.09

56.505, de

09.12.10

-

16 – Tietê Batalha Deliberações CBH-TB 006 de

26.08.09 e 002 de 26.04.10

Deliberação CRH 116, de

08.06.10

56.502, de

09.12.10

-

04 - Pardo Deliberação CBH- Pardo nº 016,

de 03.12.10

Deliberação CRH 127, de

19.04.11

58.771, de

20.12.12

-

08 – Sapucaí Mirim /

Grande

Deliberação CBH-SMG 183, de

02.12.10 COM RESSALVA

Deliberação CRH 128, de

19.04.11

58.772, de

20.12.12

-

09 – Mogi-Guaçu Deliberação CBH-Mogi 110, de

19.11.10

Deliberação CRH 126, de

19.04.11

58.791, de

21.12.12

-

01 – Serra da

Mantiqueira

Deliberação CBH-SM 03, de

31.03.11 COM RESSALVA

Deliberação CRH 131, de

19.04.11

58.804, de

26.12.12

-

12 – Baixo Pardo /

Grande

Deliberação CBH-BPG 111, de

29.11.10 COM RESSALVA

Deliberação CRH 129, de

19.04.11

58.813, de

27.12.12

-

11 – Ribeira de

Iguape / Litoral Sul

Deliberação CBH-RB 135, de

11.12.10 COM RESSALVA

Deliberação CRH 130, de

19.04.11

58.814, de

27.12.12

-

15 – Turvo Grande Deliberação CBH-TG 203, de

04.12.12

Deliberação CRH 150, de

30.04.13

-

22 – Pontal do

Paranapanema

Deliberação CBH-PP 133, de

30.03.12

-

20/21 – Aguapeí/Peixe Deliberação CBH-AP 166, de

12.12.12

-

03 – Litoral Norte Deliberação CBH-LN 115, de

22.10.10

-

14 – Alto

Paranapanema

Deliberação CBH-ALPA 111, de

31.10.12

-

17 – Médio

Paranapanema

Deliberação CBH-MP 149, de

13.12.12

-

18 – São José dos

Dourados

-

Atualização: Outubro de 2014

Legenda:

Implementado

Em andamento

Etapa ainda não realizada

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29

DESAFIOS E PERSPECTIVAS

1- FORTALECIMENTO FINANCEIRO DO FEHIDRO É POSSÍVEL?

A seguir apresentamos o resumo de duas iniciativas potenciais de ampliação de recursos ao Fundo.

A – A QUESTÃO DA DISPONIBILIZAÇÃO DOS RENDIMENTOS DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS

DOS SALDOS DO FEHIDRO JUNTO À SECRETARIA DA FAZENDA

1. A principal fonte de recursos do FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos (outras fontes do art.

36 não foram exploradas) são as transferências federais relacionadas às áreas inundadas por reservatórios

federais no Estado de São Paulo, além dos royalties relativos à usina de Itaipu. Os valores são definidos

anualmente, pela ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, sendo transferidos mensalmente à SEFAZ -

Secretaria da Fazenda, que repassa os recursos às contas do FEHIDRO administradas pelo seu Agente

Financeiro (Banco do Brasil).

2. Contabilizados na SEFAZ a título do FEHIDRO, são transferidos para a conta do Fundo no AGENTE

FINANCEIRO quando seus gestores solicitam, com base nas necessidades dos cronogramas dos

empreendimentos em execução, o saldo é aplicado e administrado pela própria SEFAZ.

3. Os saldos existentes nesta conta do FEHIDRO na SEFAZ são garantia de recursos para os empreendimentos

financiados já deliberados, conforme definido pela legislação que orienta os Planos de Aplicação Anuais.

Assim, os recursos não repassados para as contas do FEHIDRO no Agente Financeiro permanecem na SEFAZ

e quando aplicados, seus rendimentos financeiros deveriam ser registrados como créditos ao Fundo

4. O tema da incorporação dos rendimentos advindos de aplicações financeiras tem sido objeto de conversações

CRHi/FEHIDRO/SEFAZ ainda em 2010 (assunto processo TC-01913-026-09-FEHIDRO) e posteriormente

registrado como recomendação do Relatório de Auditoria 459/11 da CCA3-SEFAZ, e pelo Relatório de

Fiscalização de Natureza Operacional do FEHIDRO – TCA 12.821/026/11.

5. Submetido o tema à Consultoria Jurídica da SSRH, esta através do Parecer CJ/SSRH 281/2012, item 7 afirma

que “... , outra não pode ser a conclusão senão de que os órgãos públicos legalmente incumbidos da

administração do fundo devem incorporar ao FEHIDRO os acréscimos e correções monetárias decorrentes

da aplicação de seus patrimônios.” Merece frisar que na aprovação do referido parecer pela Procuradora

Chefe da CJ/SSRH, observa que “ ... a conclusão indicada no item 7 do Parecer ora aprovado, para que

possa ser implementada em termos práticos pela administração – ou seja , pelos responsáveis pelo FEHIDRO

– em atendimento à recomendação efetuada pela E. Corte Estadual de Contas, dependerá de gestões da Pasta

junto aos representantes da Fazenda Estadual, os quais certamente poderão indicar com maior clareza todas

as entradas de recursos para o fundo, sua movimentação, aplicações e rendimentos.”

6. Em abril de 2013 foi encaminhado o OFÍCIO SSRH.GS 375/2013 à Secretário da Fazenda, solicitando

análise do assunto, objetivando alcançar que os rendimentos decorrentes das aplicações financeiras de seus

recursos possam registrados e integrar o patrimônio do FEHIDRO.

7. Sem uma conclusão no encerramento do quadriênio 2011/14, o Secretario Executivo do FEHIDRO solicita a

fim de informe ao COFEHIDRO (reunião de 03/12/2014) uma estimativa do valor dos rendimentos

decorrentes das aplicações financeiras dos recursos do em poder da SEFAZ, que não foram incorporados ao

patrimônio do fundo.

8. A assistência técnica elaborou tabela com os seguintes parâmetros: 1) considera somente o período sob a

gestão da SMA (jan/2007 a dez/10), e o período sob a gestão da SSRH (jan/2011 a set/14), considerados

devido à existência de registros mais precisos; 2) transcrição dos valores mensais das transferências ANEEL à

SEFAZ; 3) Valores transferidos pela SEFAZ às contas do FEHIDRO; 4) saldos mensais na SEFAZ não

repassados ao FEHIDRO; 5) saldo acumulado dos recursos do FEHIDRO na conta da SEFAZ, desde jan/2007;

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6) taxas de rendimento financeiro mensal do Fundo BB Nossa Caixa Governos F1 Renda Fixa, utilizado para

as aplicações dos recursos do FEHIDRO, quando feitas por seu Agente Financeiro, o BB; 7) rendimento

mensal calculado para o saldo acumulado dos recursos FEHIDRO que remanescem nas contas da SEFAZ, a

cada mês; 8) índice rendimento acumulado para cálculo da variação total; 9) fator de correção para trazer os

rendimentos para seus valores presentes; 10) rendimentos financeiros mensais corrigidos para o valor presente

de set/14;

9. CONCLUSÃO PRELIMINAR: no período (jan/07 a set/14) a estimativa do total dos rendimentos financeiros

não creditados à conta FEHIDRO é da ordem de R$ 132.857.152,13, sendo R$ 57.404.431,76 devidos

durante a gestão da SMA e R$ 75.452.720,37 correspondentes ao período da gestão da SSRH.

B - RECURSOS AO FEHIDRO PELA REGULAMENTAÇÃO DO ART. 36 DA LEI 7.663/1991

1. Originalmente a Lei 7.663/1991, seção II: DOS RECURSOS DO FUNDO (FEHIDRO), artigo 36, assim

reza: “ IV - parte da compensação financeira que o Estado receber pela exploração de petróleo, gás natural

e recursos minerais em seu território, definida pelo Conselho Estadual de Geologia e Recursos Minerais -

COGEMIN, pela aplicação exclusiva em levantamentos, estudos e programas de interesse para o

gerenciamento dos recursos hídricos subterrâneos;”. Este é o comando original da Lei que não se

concretizou e foi sofrendo mudanças.

2. Em 2011, representação do Fórum Paulista dos Comitês fez chegar a SSRH proposta para que o governo

incrementasse o FEHIDRO com mais recursos para investimento, pois assim fortalecia um Fundo que delibera

recursos descentralizados, em base as prioridades de planos de bacias hidrográficas, com impacto junto aos

pequenos municípios no Estado no resgate da quantidade e qualidade da água. Em sintonia com o gabinete a

CRHi levantou possibilidades e uma foi a de verificar a vigência do citado artigo, uma vez que aparecia na

agenda o pré sal e a exploração do gás de xisto.

3. Submetido a Consultoria Jurídica da pasta (processo SSRH 259/2011-pp 05 a 33), após ampla fundamentação

conclui “...pela viabilidade da edição de lei modificativa..” e a “.. conveniência de edição de decreto visando

regulamentar especialmente a parte não revogada do art. 36 da Lei 7.663/91..” especialmente no referente a

royalties sobre a exploração de gás natural...”

4. Além dos argumentos legais, foi considerado que a exploração de gás, petróleo e minérios produz impactos

ambientais localizados no território com impactos sobre gerações futuras. Por esta razão a aplicação de

recursos da compensação deve ajustar-se a planos que garantam condições de existência as futuras gerações no

território ou regiões em razão da exploração presente de recursos naturais finitos. o parecer registra: “.. não só

a parte dos royalties devidos à exploração de gás natural e que alude a parte não revogada do art.,

36...,mas também, à exploração do petróleo e dos recursos minerais efetivamente deve ser destinada à

compensação dos danos imediatos e mediatos causados por referidas atividades econômicas ao meio

ambiente, com a promoção de políticas de saneamento básico e recursos hídricos, dentre outras”.

5. O FEHIDRO é um Fundo descentralizado, com deliberação de recursos em base aos planos de bacias se tornou

um paradigma de eficiência e eficácia no uso dos recursos públicos. A iniciativa do governo ao normatizar o

art. 36 estaria gerando sinergia com a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), instituída pela

Lei nº 13.798/ 09/11/2009, regulamentada no Decreto 55.947/24/01/2010, cujo objetivo é “Art. 2º - (...)

estabelecer o compromisso do Estado frente ao desafio das mudanças climáticas globais, dispor sobre as

condições para as adaptações necessárias aos impactos derivados das mudanças climáticas, bem como

contribuir para reduzir ou estabilizar a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera”. Parte da

execução desta Lei esta claramente vinculada a Política Estadual de Recursos Hídricos e instâncias previstas

na Lei 7.663/ 1991 e cuja tarefa será definir as áreas de maior vulnerabilidade no âmbito das mudanças

climáticas e as ações de prevenção, mitigação e adaptação conforme decreto regulamentador da PEMC.

Claramente expressa: “Art. 68 - A Política Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema Integrado de

Gerenciamento de Recursos Hídricos, o Plano Estadual de Recursos Hídricos, os Planos de Bacias

Hidrográficas, os Comitês de Bacia Hidrográfica, o Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos

Hídricos e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos devem considerar as mudanças climáticas, a

definição das áreas de maior vulnerabilidade e as ações de prevenção, mitigação e adaptação estabelecidas

na Lei nº 13.798, de 9 de novembro de 2009. Parágrafo único - Caberá aos Comitês de Bacias

Hidrográficas: 1. o acompanhamento dos indicadores sobre qualidade e quantidade dos recursos hídricos,

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incorporados em seus planos de bacias, visando seu adequado gerenciamento no âmbito da Política Estadual

de Mudanças Climáticas; 2. o acompanhamento da elaboração das Avaliações Ambientais Estratégicas e do

Zoneamento Ecológico-Econômico.” (g.f.).

6. Assim sendo, a conjuntura de mudanças climáticas que impactou o Estado e o país em 2014 com efeitos

imprevisíveis, nos recursos hídricos impõe a necessidade de avançar nesta direção. No plano da gestão se faz

necessário ajustar normas orientadoras e aperfeiçoar indicadores de acompanhamento no Plano Estadual de

Recursos Hídricos – PERH e nos respectivo Planos de Bacias.

7. Por último é importante ainda visualizar o volume de transferências intergovernamentais de 2013 e 2014. S.M.J.

uma análise preliminar até setembro se observa decremento do aporte de recursos decorrente da exploração hidro

energética. Se é correta a avaliação tem os de que de 87 milhões passa 58 milhões, isto impacta os recursos dos Fundos

(FEA-FEHIDRO), o que se dá em descompasso à evolução da receita arrecada pelo Estado em relação a compensação

financeira total devida pela exploração de recursos naturais, que subiu de R$ 101 milhões em 2010, para R$ 418 milhões

em 2014:

Repasses Anuais de Cota-Ptes: 2010 2011 2012 2013 2014

1- Compensação financeira

de recursos hidricos 73.702.215,49 75.214.358,23 95.338.608,23 87.612.985,38 58.524.597,57

2- compens.financ.

rec.minerais - cfem 8.464.589,36 10.657.844,42 15.649.567,86 12.764.865,65 11.911.617,60

3-Royalties:

comp.financ.prod.petroleo 19.739.932,34 60.716.739,09 85.589.954,26 156.326.192,27 238.470.791,73

4- Royalties participação

especial-lei 9748/97 18.348.632,51 109.187.188,58

Total Transf. compensação

financ. p/exploracao rec.naturais 101.906.737,19 146.588.941,74 196.578.130,35 275.052.675,81 418.094.195,48

8. A fundamentação e proposta completa foi elaborada pela CRHi estando disponível para encaminhamento ou decreto. Na

última reunião do COFEHIDRO foi estabelecido que a SECOFEHIDRO elabore para 2015 propostas de encaminhamento

que certamente deve ser de conhecimento de toda “comunidade de gestão dos recursos hídricos”

2 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

No quadriênio foram implementadas as sugestões das auditorias para a aplicação do MPO e ao mesmo

tempo, formado um Grupo de Trabalho que recolhesse sugestões e formulasse propostas sobre medidas possíveis

para potenciar o papel especifico do AGENTE TÉCNICO entre os atores que operam o sistema. Foram

sistematizadas propostas que não foi possível operacionalizar deixando disponíveis para o próximo período de

governo.

Além de todas as medidas de abertura e transparência como o “acesso cidadão”, folders, encontros de

divulgação às novas gestões municipais, foi iniciada a “modernização do SINFEHIDRO”, sistema de

gerenciamento on line dos empreendimentos FEHIDRO. foi formatado um TR adequado, realizada a licitação e

esta em fase de implantação do sistema o qual trará maior visibilidade e acompanhamento dos empreendimentos

que ingressam no sistema.

Analises e avaliações dos investimentos em aderência aos Planos de Bacias é um tema de agenda cuja

analise iniciou a Câmara Técnica do CRH e esta sendo acompanhado pelo CORHI em sintonia com a Deliberação

CRH nº 147. A disponibilidade de analistas qualificados poderia potenciar esta instrumentalidade no fundo.

3 - INVENTÁRIO DE CONTAS BANCÁRIAS RELACIONADAS AO FEHIDRO

A movimentação de recursos do FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos se dá através de um

conjunto de quarenta contas bancárias, administradas pelo Agente Financeiro do sistema, o Banco do Brasil. O

inventários de contas-FEHIDRO junto ao Agente Financeiro ilustra desafios de necessidade de pessoal

qualificado – já apontado pelo relatório TCE – a gestão das contas APRM, incremento da Cobrança, seu uso

segundo manuais de custeio e investimento incluindo a estruturação e acompanhamento das Fundações Agencias

de Bacias e responder as demandas e auditorias do SIAFEM, SEFAZ E TCE.

Na Tabela 1 se apresentam as contas bancárias relativas à movimentação dos recursos orçamentários da CRHi

– Coordenadoria de Recursos Hídricos, órgão gestor do sistema, bem como aquelas utilizadas para movimentar os

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recursos oriundos da Compensação Financeira sobre Aproveitamentos Hidroenergéticos e dos Royalties de

Itaipu, tanto os recursos de investimentos do fundo bem como os recursos relativos ao custeio dos CBHs.

Na Tabela 2 estão relacionadas as contas bancárias destinadas à movimentação dos recursos advindos da

cobrança pelo uso das águas, tanto as relativas aos investimentos quanto as relacionadas ao custeio das atividades

das Secretarias Executivas de cada CBH.

Na Tabela 3 se encontram as contas bancárias destinadas à movimentação de recursos advindos da

arrecadação de multas e compensações nas áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais/APRM nas

respectivas áreas.

Nota: A relação completa foi disponibilizada aos Conselheiros na documentação da reunião de 03/12/2014

LEI 7.663/1991 _- DOS RECURSOS DO FUNDO – FEHIDRO

Art. 36 - Constituirão recursos do FEHIDRO: I - recursos do Estado e dos Municípios a ele destinados por disposição legal;

II - transferência da União ou de Estados vizinhos, destinados à execução de planos e programas de recursos

hídricos de interesse comum;

III - compensação financeira que o Estado receber em decorrência dos aproveitamentos hidroenergéticos em

seu território;

IV - parte da compensação financeira que o Estado receber pela exploração de petróleo, gás natural e recursos

minerais em seu território, definida pelo Conselho Estadual de Geologia e Recursos Minerais - COGEMIN,

pela aplicação exclusiva em levantamentos, estudos e programas de interesse para o gerenciamento dos

recursos hídricos subterrâneos;

V - resultado da cobrança pela utilização de recursos hídricos;

VI - empréstimos, nacionais e internacionais, e recursos provenientes da ajuda e cooperação internacional e de

acordos intergovernamentais;

VII - retorno das operações de crédito contratadas com órgãos e entidades da administração direta e indireta do

Estado e dos Municípios, consórcios intermunicipais, concessionárias de serviços públicos e empresas

privadas;

VIII - produto de operações de crédito e as rendas provenientes da aplicação de seus recursos;

IX - resultados de aplicações de multas cobradas dos infratores da legislação de águas;

X - recursos decorrentes do rateio de custos referentes a obras de aproveitamento múltiplo, de interesse comum

ou coletivo;

XI - doações de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou multinacionais e

recursos eventuais.

Parágrafo único - Serão despendidos até 10% (dez por cento) dos recursos do FEHIDRO com despesas de

custeio e pessoal, destinando-se o restante, obrigatoriamente, para a efetiva elaboração de projetos e execução de

obras e serviços do Plano Estadual de Recursos Hídricos.

SEÇÃO III : DAS APLICAÇÕES DO FUNDO/FEHIDRO

Art. 37 - A aplicação de recursos do FEHIDRO deverá ser orientada pelo Plano Estadual de Recursos

Hídricos, devidamente compatibilizando com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o

orçamento anual do Estado, observando-se:

I - os planos anuais e plurianuais de aplicação de recursos financeiros seguirão as diretrizes e atenderão os

objetivos do Plano Estadual de Recursos Hídricos e os objetivos e metas dos planos e programas estabelecidos por

bacias hidrográficas;

II - o produto decorrente da cobrança pela utilização dos recursos hídricos será aplicado em serviços e obras

hidráulicas e de saneamento, de interesse comum, previstos no Plano Estadual de Recursos Hídricos e nos planos

estaduais de saneamento, neles incluídos os planos de proteção e de controle da poluição das águas, observando-

se:

a) prioridade para os serviços e obras de interesse comum, a serem executados na mesma bacia hidrográfica em

que foram arrecadados;

b) até 50 (cinquenta) por cento do valor arrecadado em uma bacia hidrográfica poderá ser aplicado em outra,

desde que esta aplicação beneficie a bacia onde foi feita a arrecadação e haja aprovação pelo Comitê de Bacia

Hidrográfica respectivo;

III - os planos e programas aprovados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas - CBHs, a serem executados com

recursos obtidos pela cobrança pela utilização dos recursos hídricos nas respectivas bacias hidrográficas, terão

caráter vinculante para a aplicação desses recursos;

IV - preferencialmente, aplicações do FEHIDRO serão feitas pela modalidade de empréstimos;

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V - poderão ser estipendiados à conta dos recursos do FEHIDRO a formação e o aperfeiçoamento de quadros de

pessoal em gerenciamento de recursos hídricos.

§ 1º - Para atendimento do estabelecido nos incisos II e III, deste artigo, o FEHIDRO será organizado mediante

subcontas, que permitam a gestão autônoma dos recursos financeiros pertinentes a cada bacia hidrográfica.

§ 2º - Os programas referidos no artigo 5º, desta lei, quando não se relacionarem diretamente com recursos

hídricos, poderão beneficiar-se de recursos do FEHIDRO, em conformidade com o Plano Estadual de Recursos

Hídricos.

Art. 38 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - O Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH, e o Comitê Coordenador do Plano Estadual de

Recursos Hídricos - CORHI, sucederão aos criados pelo Decreto nº 27.576, de 11 de novembro de 1987, que

deverão ser adaptados a esta lei, em até 90 (noventa) dias contados da sua promulgação, por Decreto do Poder

Executivo.

Art. 2º - Fica desde já criado o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e o

Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, cuja organização será proposta pelo Conselho Estadual de Recursos

Hídricos - CRH, em até 120 (cento e vinte) dias da promulgação desta lei.

Parágrafo único - Na primeira reunião dos Comitês acima referidos, serão aprovados os seus estatutos pelos

representantes do Estado e dos Municípios, atendido o estabelecido nos artigos 24, 26 e 27 desta lei.

Art. 3º - A adaptação a que se refere o artigo 1º das Disposições Transitórias e a implantação dos Comitês de

Bacias acima referidos serão feitas por intermédio de Grupo Executivo a ser designado pelo Poder Executivo.

Parágrafo único - A implantação dos Comitês de Bacias contará com a participação dos municípios.

Art. 4º - A criação dos demais Comitês de Bacias Hidrográficas ocorrerá a partir de 1 (um) ano de experiência da

efetiva instalação do Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e do Comitê do Alto Tietê,

incorporando as avaliações dos resultados e as revisões dos procedimentos jurídico-administrativos aconselháveis,

no prazo máximo de 5 (cinco) anos, na seqüência que for estabelecida no Plano Estadual de Recursos Hídricos.

Art. 6º - Os Municípios que sofrem restrições ao seu desenvolvimento em razão da implantação de áreas de

proteção ambiental, por decreto, até a promulgação da presente lei, serão compensados financeiramente pelo

Estado, em conformidade com lei específica, desde que essas áreas tenham como objeto a proteção de recursos

hídricos e sejam discriminadas no Plano Estadual de Recursos Hídricos.

Art. 7º - Compete ao Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE, no âmbito do Sistema Integrado

de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH, exercer as atribuições que lhe forem conferidas por lei,

especialmente:

I - autorizar a implantação de empreendimentos que demandem o uso de recursos hídricos, em conformidade com

o disposto no art. 9º desta lei, sem prejuízo da licença ambiental;

II - cadastrar os usuários e outorgar o direito de uso dos recursos hídricos, na conformidade com o disposto no art.

10 e aplicar as sanções previstas nos artigos 11 e 12 desta lei;

III - efetuar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos, nas condições estabelecidas no inciso I, do art. 13 desta lei.

Parágrafo único - Na reorganização do DAEE incluir-se-ão, entre as suas atribuições, estrutura e organização, as

unidades técnicas e de serviços necessários ao exercício das funções de apoio ao Conselho Estadual de Recursos

Hídricos - CRH e participação no Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos - CORHI nos

moldes e nas condições dispostas nos artigos 5º e 6º do Decreto nº 27.576, de 11 de novembro de 1987.

Art. 8º - A implantação da cobrança pelo uso da água será feita de forma gradativa atendendo-se,

obrigatoriamente, as seguintes fases:

I - desenvolvimento, a partir de 1991, de programa de comunicação social sobre a necessidade econômica, social e

ambiental da utilização racional e proteção da água, com ênfase para a educação ambiental, dirigida para o

primeiro e segundos ciclos;

II - implantação, em 1992, do sistema integrado de outorga de direito de uso dos recursos hídricos, devidamente

compatibilizado com sistemas correlacionados, de licenciamento ambiental e metropolitano;

III - cadastramento dos usuários das águas e regularização das outorgas de direito de uso, durante a implantação

do primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos 1992/1995;

IV - articulação com a União e Estados vizinhos tendo em vista a implantação da cobrança pelo uso dos recursos

hídricos nas bacias hidrográficas de rios de domínio federal, durante o período de 1992/1995;

V - proposição de critérios e normas para a fixação dos preços públicos, definição de instrumentos técnicos e

jurídicos necessários à implantação da cobrança pelo uso da água, no projeto de lei referente ao segundo Plano

Estadual de Recursos Hídricos, a ser aprovado em 1995;

Palácio dos Bandeirantes, 30 de dezembro de 1991. LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO

Governador do Estado.

NOTA: Retirado artigos vetados.

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ANEXOS:

1- COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA EM SÃO PAULO

1- CONCEITUAÇÃO

É pauta constante no SIGRH as discussões em torno da Cobrança pelo Uso da Água nas UGRHIs, importante

instrumento de gestão que dota a água de valor econômico e incentiva o seu uso racional. A Cobrança possui respaldo no

Código Civil, que prevê a remuneração pelo uso dos bens públicos de uso comum; no Código de Águas (Decreto Federal n.º

24.643, de 10 de julho de 1934), ao dispor que o uso comum das águas pode ser gratuito ou retribuído; e na Política Nacional

de Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981), que adota o princípio do usuário-pagador aplicado aos recursos

naturais. É um instrumento que promove o uso racional da água, frente ao crescente desequilíbrio na sua utilização e à sua

iminente escassez. Assim, tem em vista obter, no médio e longo prazo, uma mudança no comportamento dos usuários, com os

seguintes objetivos:

I. Reconhecer a água como bem público de valor econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;

II. Incentivar o uso racional e sustentável da água, coibindo os desperdícios e o uso indevido dos recursos hídricos que acarretem

prejuízos ambientais no curto, médio e longo prazos, além de comprometer o seu aproveitamento pelas gerações futuras (uso

racionalizado, moderado e não poluidor);

III. Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos e

de saneamento, vedada sua transferência para custeio de quaisquer serviços de infraestrutura;

IV. Distribuir o custo socioambiental pelo uso degradante e indiscriminado da água, de modo a promover a cooperação entre

agentes, no sentido da conservação dos recursos hídricos e da indução de mudanças no comportamento da sociedade em geral;

V. Constituir instrumento de planejamento, gestão integrada e descentralizada do uso da água e seus conflitos, de modo a

promover o desenvolvimento no Estado, utilizando-a como mais um instrumento integrado aos mecanismos de ordenamento da

ocupação territorial, redistribuição e/ou indução de atividades econômicas e redução dos processos de degradação e sobrecarga

dos recursos ambientais.

No Estado de São Paulo, a cobrança é regida pela Lei nº 12.183, de 29 de dezembro de 2005, e regulamentada pelo

Decreto nº 50.667 de 30 de Março de 2006. Por enquanto, apenas os usuários urbanos e industriais estão sendo cobrados. O

preço da água é definido pelos CBHs, considerando a quantidade e a qualidade de água disponível, o número de usuários

pagadores e a quantidade de água utilizada. Desta forma, o preço cobrado pela água pode ser diferente em cada bacia

hidrográfica. Os recursos são destinados à bacia em que forem arrecadados, devendo ser aplicados em planos, projetos e obras

que tenham por objetivo gerenciar, controlar, fiscalizar e recuperar os recursos hídricos. A implantação da cobrança ocorre

por meio de processos deliberativos e procedimentos operacionais, envolvendo os CBHs, os órgãos gestores e o CRH, que

referenda a proposta de cobrança de cada Comitê antes da sanção pelo governador do Estado, última etapa legal prevista.

2- PANORAMA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Iniciada em 2007, com sua efetivação nos Comitês Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari, Jundiaí, a cobrança nas

UGRHIs paulistas encontra-se, atualmente, em diferentes fases de implementação (Figura 1):

• 6 UGRHIs já realizam a cobrança (boletos emitidos);

• 8 UGRHIs possuem este instrumento autorizado pelo Governador, através de Decreto Estadual, e estão em

trâmites administrativos para operacionalizá-la;

• 4 UGRHIs têm a cobrança aprovada pelo CRH, e aguardam manifestação do poder executivo;

• Outras 4 UGRHIs encontram-se em fases anteriores da implantação deste instrumento de gestão.

Figura 1 – Panorama da Cobrança pelo Uso da Água nas UGRHIs do Estado de São Paulo em 2014.

Para gerenciar a arrecadação dos recursos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, os CBHs podem implantar as

Agências de Bacias Hidrográficas, que são as instituições de apoio técnico e administrativo aos Comitês de Bacias. Nos

Comitês que optam por não implantar Agência de Bacia, este gerenciamento é realizado pela entidade responsável pela

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outorga de direito de uso, o DAEE. O produto da cobrança está vinculado às bacias hidrográficas em que foi arrecadado, e é

creditado em subconta do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO para aplicação em financiamentos ou

empréstimos a fundo perdido, para a implementação de programas, projetos, serviços e obras, de interesse público, da

iniciativa pública ou privada, definidos nos Planos de Recursos Hídricos, em conformidade com o aprovado pelos respectivos

Comitês de Bacias. Até setembro de 2014, R$ 203,7 milhões 5 foram arrecadados através da cobrança pelo uso da água nos

rios estaduais, distribuídos entre as (6) seis UGRHIs que já efetivaram este instrumento (Figura 2).

Figura 2 – Arrecadação com a Cobrança pelo Uso da Água de usuários urbanos e industriais nas UGRHIs do Estado de São

Paulo.

Em geral, as cobranças instituídas pelos CBHs preveem índices de progressividade, para que os usuários se adaptem à

implantação da cobrança e para a correta apuração do sistema de cobrança da bacia hidrográfica, quando podem ser

identificadas falhas na operação. Esses índices variam, atingindo-se, usualmente, 100% da arrecadação no terceiro ano da

implantação. As arrecadações, por CBH, são apresentadas no Quadro 1:

UGRHI 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

(até setembro)

02-PS 1.854.576,10 2.495.487,16 2.627.563,15 3.442.140,84 3.058.224,90 3.452.093,03 3.466.159,48 1.949.309,60

05-PCJ 8.761.303,98 12.595.098,79 15.584.099,46 18.338.431,79 16.838.970,57 17.677.619,98 16.839.304,74 10.622.098,30

06-AT N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A 8.795.985,63

07-BS N/A N/A N/A N/A N/A 8.609.595,53 10.807.616,88 6.367.162,77

10-SMT N/A N/A N/A 2.390.433,04 6.423.654,87 7.564.925,52 8.343.467,96 481.261,19

19-BT N/A N/A N/A N/A N/A N/A 2.527.641,95 1.806.572,74

TOTAL 10.615.880,08 15.090.585,95 18.211.662,61 24.171.005,67 26.320.850,34 37.304.234,06 41.984.191,01 30.022.390,23

N/A = Não se aplica. A cobrança ainda não havia sido iniciada.

Quadro 1 – Arrecadação, em reais, da Cobrança pelo Uso da Água de usuários urbanos e industriais nas UGRHIs do Estado

de São Paulo.

Os recursos arrecadados com a cobrança no Estado de São Paulo possibilitam aos CBHs investimentos em

recuperação, manutenção e gerenciamento dos recursos hídricos da UGRHI, contribuindo para a melhora da qualidade e da

oferta da quantidade de água. Dos (6)seis CBHs que instituíram a cobrança, (4)quatro já estão investindo os recursos na

contratação de projetos. Até 2014, os recursos da cobrança possibilitaram a contratação de 209 empreendimentos

FEHIDRO, com valor total financiado de aproximadamente 110 milhões de reais. (Figura 3).

Figura 3 – Valor total financiado pelo FEHIDRO dos empreendimentos contratados pelos Comitês entre 2007 e 2014.

Ressalta-se, por fim, a importância deste instrumento de gestão previsto na Política Estadual de Recursos Hídricos,

em plena expansão nas UGRHIs paulistas, em uma época em que os eventos extremos de estiagem e de chuvas parecem se

intensificar, aumentando, na mesma proporção, a necessidade de eficiência e eficácia nos investimentos públicos. Mais que

apenas uma nova fonte de financiamento de projetos suportada pelo Estado, a Cobrança pelo Uso da Água é a possibilidade da

aplicação da gestão descentralizada e participativa dos recursos, por quem conhece e vivencia os problemas da bacia

hidrográfica. CRHI/DGRH- Novembro 2014 - www.sigrh.sp.gov.br

5 Não estão contabilizados os recursos advindos da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da união, os quais ocorrem,

também, nas UGRHIs 02-PS e 05-PCJ .