21
Grupo Aprendizes da Arte Real www.juraemprosaeverso.com.br [email protected] 08 de agosto de 2014 CLIQUE PARA AVANÇAR OS SLIDES Frei Caneca, o Primeiro Mártir da Constituição Ir.’. Joséas Fonseca • M.’.I.’. • Gr.’.33

Grupo Aprendizes da Arte Real [email protected] 08 de agosto de 2014 CLIQUE PARA AVANÇAR OS SLIDES Frei Caneca,

Embed Size (px)

Citation preview

Apresentao do PowerPoint

Grupo Aprendizes da Arte Realwww.juraemprosaeverso.com.brjurandi@juraemprosaeverso.com.br08 de agosto de 2014CLIQUE PARA AVANAR OS SLIDESFrei Caneca, o Primeiro Mrtir da ConstituioIr.. Josas Fonseca M..I.. Gr..33

O nosso querido Irmo, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, merece ser honrado, no panteo dos heris nacionais, como o primeiro mrtir da Constituio na Histria do Brasil.Homem de esprito iluminista, defendeu uma constituio liberal para o Brasil e por esse enlevo patritico, foi entregue s garras da morte pelo general Francisco de Lima e Silva, que presidiu o Tribunal de exceo, qualificado por Frei Caneca como um tribunal sanguinrio e assassino formado pela execranda comisso como consta no itinerrio, no qual Caneca descreveu sua fuga e priso.

Nosso amado carmelita e honrado maom, Frei Caneca, foi um dos cabeas da Confederao do Equador, proclamada em 2 de julho de 1824. Derrotada a Confederao, Frei Caneca foi feito prisioneiro em 29 de novembro de 1824, perto de Misso Velha, a caminho do Trato.

Em seu itinerrio, Frei Caneca consciente de que estava fazendo e escrevendo a histria registrou: Vivamos em descanso em nossa ptria, a cidade de Recife de Pernambuco, trabalhando na educao literria da mocidade, mas nossas verdades chocavam os interesses de Pedro de Alcntara, prncipe portugus, que o Brasil imprudente e loucamente havia aclamado seu imperador.

Frei Caneca lutou por um ideal porque segundo ele, para nossa glria gostamos de encantador nctar da liberdade. Pernambuco tem a honra de ser a ptria da primeira vtima em prol de uma constituio livre.

Aps sua priso, em 29 de novembro, foi remetido ao Recife onde chegou no dia 17 de dezembro de 1824. Encarcerado no calabouo onde se guardavam as cabeas dos enforcados, por ordem expressa do famigerado general Francisco de Lima e Silva, em 20 de novembro Frei Caneca foi levado ante esse sanguinrio tribunal.

Dois dias depois, nosso heri entregou sua defesa por escrito, conforme lemos no processo verbal e sumarssimo realizado pela comisso militar em Pernambuco.Nessa pea antijurdica, Frei Caneca apresentado como escritor de papis incendirios contra os quais o liberticida e mutilador de Pernambuco, Pedro I a carta imperial de 16 de outubro de 1824, refere-se aos escritos violentos e injuriosos e ordena ao brigadeiro Francisco de Lima e Silva que todos os rus de semelhante natureza se devem julgar para serem processados e sentenciados, verbal e sumariamente, sem ateno a sua qualidade, emprego e graduao qualquer que seja.

Dentre as dito testemunhas arroladas no processo- -relmpago, uma disse que Frei Caneca trabalhava para o movimento anrquico, outra afirmou que ele era da faco anarquista, uma terceira denunciou que seus escritos procuravam dirigir a opinio pblica de um modo subversivo da boa ordem.

A sexta testemunha arrolada, afirmou que Frei Caneca propagava o seu sistema de se rebelarem os povos contra o governo imperial. A oitava e ltima testemunha que o ru era escritor de papis, que continham uma doutrina incendiria. Repetimos essas denunciaes porque elas realizam aquele eterno retorno de que nos falam Nietzshe e Mircea Eliade.

Isso porque esses qualificativos foram utilizados at recentemente contra os paladinos das liberdades polticas e dos defensores de uma Assembleia Nacional Constituinte.Em seu escrito de defesa, Frei Caneca ensinou que a sabedoria existe na Nao e com coragem, negou que pregava o separatismo, aos que apenas defendiam um regime constituinte.

No dia seguinte, 23 de dezembro de 1824, antevspera do natal mais triste e vergonhoso da histria de nossa ptria pernambucana, a Comisso Militar votou por unanimidade pela condenao pena de morte natural por crime de sedio e rebelio contra os imperiais do mesmo augusto senhor.

O escrivo do crime Miguel Arcanjo Pstumo do Nascimento, certificou que, em 13 de janeiro de 1825, o Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, pelas nove horas da manh padeceu de morte natural, posto que foi fuzilado, visto no poder ser enforcado pela desobedincia dos carrascos. Essa foi a homenagem que os annimos carrascos e ainda escravos e mesmos prisioneiros prestaram a Frei Caneca, negando-se a enforc-lo. Da porque nosso Frei teve que ser fuzilado, sendo uma morte mais honrada.Da aventura e desventura da Confederao do Equador resultaram executados oito condenados em Pernambuco e trs no Rio de Janeiro, Frei Caneca foi o primeiro deles e por isso merece, com muita justia, o ttulo pstumo de Mrtir da Constituio.

Na sua dissertao sobre o que se deve entender por Ptria do Cidado (1822) Frei Caneca j projetava na posteridade o reconhecimento de sua obra, ao afirmar que se para minha desgraa me atacasse mania de querer obter um juzo do respeitvel pblico, no o procuraria dos que vivem atualmente comigo, sim da justiceira posteridade.

Entretanto, at mesmo os extratos mais baixos da populao (carrascos, escravos, prisioneiros) gozava de grandes prestgios. De modo que o juzo favorvel sobre Frei Caneca no necessitou da interveno de Kronos.

Hoje, devemos honrar a memria desse que o maior heri da Histria Pernambucana e proclamar a necessidade de que seu exemplo seja divulgado para as novas geraes de Pernambuco e de todos os brasileiros.

Para isso urge que se crie uma Fundao Memorial Frei Caneca, onde seriam concentrados os estudos e as pesquisas e toda a produo intelectual que possamos resgatar e realizar em torno da imortal figura desse nosso sublime Ir.. Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, que desde o Oriente Eterno, assiste e partilha conosco desse ato pblico no qual celebramos sua imorredoura histria.

Que o Grande Arquiteto do Universo mantenha bem viva a memria de nosso amado Ir.. Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, poeta e profeta, paladino da liberdade e mrtir da Confederao do Equador. Ele tinha plena conscincia do que o esperava tanto as escreveu os pungentes versos com as quais encerro este trabalho:Quem passa a vida que passoNo deve a morte temerCom a morte no se assustaQuem est sempre a morrer.

GRUPO APRENDIZES DA ARTE REALTEXTO: Ir.. Josas Fonseca M..I.. Gr..33Loja Deoclcio Ramos N 2.444 Or..Jernimo Monteiro GOB ESFOTOS: DO ARQUIVO DO JURA EM PROSA E VERSOFORMATAO: JURA EM PROSA E VERSOMSICA:snr