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GT PROCURADORES Possibilidade de inserção das desonerações tributárias conferidas aos medicamentos na base de calculo para fins de apuração do percentual de saúde – EC/29 e PLP 141/2012

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GT PROCURADORES Possibilidade de inserção das desonerações tributárias conferidas aos medicamentos na base de calculo para fins de apuração do percentual de saúde – EC/29 e PLP 141/2012. DIVERGÊNCIA ENTRE PARECERES - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: GT PROCURADORES

GT PROCURADORES

Possibilidade de inserção das desonerações tributárias conferidas aos

medicamentos na base de calculo para fins de apuração do percentual de

saúde – EC/29 e PLP 141/2012

 

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DIVERGÊNCIA ENTRE PARECERES

• Parecer MG - Pela possibilidade, tendo em vista que a LC 141/2012

não impede, expressamente, que sejam consideradas despesas as

renúncias de receita.

• Parecer GT procuradores - Pela impossibilidade enquanto não for

alterada a LC 141/2012, com a finalidade de incluir expressamente a

repercussão financeira das renúncias de receita conferida a

medicamentos na base de cálculo do investimento mínimo em

saúde.

 

Page 3: GT PROCURADORES

CONCEITO DE DESPESA

• Parecer MG - LC 141/2012 não impede que sejam consideradas

como despesas, em seu rol taxativo, as receitas não arrecadadas

pelos entes da federação a título de benefícios fiscais sobre

medicamentos, as quais materializam renúncia de receita voltada

especialmente para as ações de saúde pública.

• Parecer GT procuradores - A LC 141/2012 não vedou

expressamente que as desonerações tributárias fossem

consideradas como despesas, porque tais renúncias de receita não

são consideradas despesas à luz da Lei 4.320/64 e da Lei

Complementar 101/2000.

 

Page 4: GT PROCURADORES

ART. 24 DA LC 141/2012• Parecer MG - art. 24, § 4º, I, afasta qualquer dúvida sobre a

possibilidade de computar a renúncia de receita como base de cálculo

do investimento mínimo em saúde, já que indica de maneira expressa

as despesas custeadas com receitas provenientes de operações de

crédito contratadas para e quaisquer outros recursos não considerados

nos arts. 6º e 7º.

• Parecer GT procuradores - art. 24 alude expressamente o que poderá

ser considerado despesa para efeito do cálculo dos recursos mínimos, a

saber: despesas liquidadas e pagas no exercício e despesas

empenhadas e não liquidadas, inscritas em restos a pagar, não

contemplando as renúncias de receita.

 

Page 5: GT PROCURADORES

RISCOS DA APLICAÇÃO DO PARECER MG

• Risco I- Concordância dos Estados com a interpretação atualmente

conferida pelo Supremo Tribunal Federal ao art. 158, IV, da CF, no sentido de

que "a concessão de benefícios fiscais pelos estados-membros não pode

diminuir o repasse da parcela do ICMS constitucionalmente assegurado aos

municípios" (vide RE 477811 e RE 572762).

• Justificativa- tanto o art. 6º da LC 141/2012, como o art. 158, IV, da Constituição

Federal definem um percentual de repasse sobre a arrecadação do ICMS. Então,

se considerarmos a repercussão financeira da isenção de ICMS sobre

medicamentos como produto da arrecadação investido em saúde, por via de

arrastamento teremos que considerar todo e qualquer benefício fiscal como

produto da arrecadação investido em desenvolvimento econômico, p.ex.,

legitimando a pretensão dos municípios de receberem sua parcela de ICMS

mesmo em relação às renúncias fiscais.

 

Page 6: GT PROCURADORES

RISCOS DA APLICAÇÃO DO PARECER MG

• Risco II- Reforçar o atendimento do Conselho de Saúde.

• Justificativa- Conselho de Saúde tem se manifestado no sentido de não

poder ser excluído da base de cálculo dos recursos a serem investidos em

saúde pública quaisquer parcelas decorrentes de isenção tributária,

conforme se pode observar do estudo do Consultor da Comissão de

Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde, in verbis:

“O artigo 29 resgata aspecto tratado no artigo 9º desta Lei Complementar, a saber, os valores decorrentes de políticas de isenção tributária e/ou de estímulo ao desenvolvimento econômico regional ou local, bem como vinculados a fundos e despesas específicas, não poderão ser excluídos da receita base de cálculo para a apuração da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde”(http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2012/docs/cofin_apresentacao/29_05_SemiCofin_LC141_FranscicoFuncia.ppt)

 

Page 7: GT PROCURADORES

RISCOS DA APLICAÇÃO DO PARECER MG

• Risco III- Sustação das transferências voluntárias e

responsabilização do agente político.

• Justificativa- O § 6º do art. 39 c/c art. 46 da LC 141/2012 dispõe

que o descumprimento das disposições da norma complementar

implicará a suspensão das transferências voluntárias entre os entes

da Federação, sem prejuízo da responsabilização por crime de

responsabilidade, improbidade administrativa, etc.

 

Page 8: GT PROCURADORES

CONCLUSÃO

Conforme entendimento externado pelo GT

PROCURADORES na última reunião do GRUPO DE GESTORES

DAS FINANÇAS ESTADUAIS, caso haja interesse político em

computar a repercussão financeira das isenções de ICMS sobre

medicamentos na base de cálculo para fins de apuração do

percentual mínimo em saúde, o meio mais seguro para implantação

desse procedimento é via alteração da Lei Complementar nº

141/2012.

 

Page 9: GT PROCURADORES

 

FIM!

Cristiano Xavier Bayne

Procurador do Estado/RS

([email protected])