Guia Dbcv Paisa4

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    1/15

    Seu filho recebeu diagnósticode Diabetes

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    2/15

    Índice

    Página

    1. Seu filho recebeu diagnóstico de diabetes 3

    2. O que é diabetes? 33. Controlando o diabetes 4

    4. Como ficarei sabendo quanto meu filho/filha precisa comer? 5

    5. Há alimentos que afetam o nível de glicemia, mais do que outros 5

    6. Alimentação saudável diariamente 6

    7. Meu filho tem permissão para comer doces

    8. Atividades físicas e esportivas9. Verificação da glicemia

    10. Como e quando deve ser monitorada a glicemia?

    11. Por que os níveis glicêmicos da criança podem variar?

    12. Hipoglicemia ou nível baixo de glicemia

    13. Hiperglicemia ou nível elevado de glicemia

    14. Cetoacidose diabética

    15. Problemas de saúde relacionados

    16. Insulina

    17. Convivendo com o diabetes

    18. Observações finais

    6

    77

    8

    8

    9

    10

    10

    11

    11-12

    13

    14

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    3/15

    1. Seu filho recebeu diagnóstico de diabetes

    3

    Quando seu filho ou sua filha recebeu o diagnóstico dediabetes, provavelmente você sentiu-se confuso eassustado, com muitas dúvidas passando pela suacabeça.

    Como é que isso foi acontecer? O que eu fiz, para quemeu filho/filha tivesse diabetes? A resposta maissimples e clara é: Ninguém tem culpa Nem você, nem a

    criança, nem ninguém poderia ter feito nada para evitar.

    O diabetes iria desenvolver-se, de qualquer maneira. Naverdade, foi até bom que o médico tenha descobertoque seu filho/filha tem diabetes, porque agora você vai

    saber como controlar e poderá ajudar seu filho/filha acrescer saudável.

    Quando acontece uma coisa dessas, você acabadescobrindo que a vida continua. E, de uma coisa você

    pode ter certeza: você irá lidar com a situação, damesma forma que outros pais de crianças com diabetes

     já vêm fazendo, porque o diabetes vai se tornar maisfácil de controlar do que é para você, agora, no começo.

    Evidentemente, você está diante de um grande desafio.

    Você irá enfrentar uma série de novas tarefas, para asquais você terá que arranjar tempo. Você terá quetrabalhar direto, junto com a criança, para desenvolverum estilo de vida equilibrado, com refeições saudáveis,

    e seguindo o tratamento recomendado. Agora a criança

    está precisando de sua ajuda e suporte, mas logo elasaberá como fazer o diabetes encaixar-se em sua vida.

    Aceite todo o suporte disponível em seu dia a dia. Umaequipe de profissionais sua equipe de diabetes estarásempre à sua disposição, mesmo nas situações difíceis.Além disso, existe uma ampla variedade de fontes deinformações e de organizações de apoio. Não há

    nenhum motivo para que você tenha que estar sozinhopara lidar com essa situação.

    2. O que é Diabetes?

    Diabetes é uma condição que torna o organismoincapaz de processar a glicose, um açúcar presente namaioria dos alimentos que comemos, e a principal fontede energia do organismo. O hormônio chamadoinsulina, produzido pelo pâncreas, converte a glicose em

    energia vital. Pessoas com diabetes ou não produzeminsulina, ou produzem muito pouco, em quantidadeinsuficiente para que o organismo realize a conversãode glicose em energia. Se a glicose não for devidamente

    processada, ela vai-se acumulando no sangue,ocasionando inúmeros sintomas que afetam a saúde e obem-estar das pessoas com diabetes.

    Existem dois tipos de diabetes: Diabetes Tipo 1, naqual o pâncreas não produz insulina; e Tipo 2, na qual o

    pâncreas não produz insulina suficiente, e a quantidadeproduzida é ineficaz. Normalmente, o diabetes Tipo 2

    ocorre mais tarde, na vida. Em geral, crianças comdiabetes têm o Tipo 1 e dependem de tratamento diáriocom insulina, para que seus organismos assimilem os

    alimentos que elas ingerem.O diabetes ainda não tem cura. Porém, com controleadequado, com um planejamento saudável das

    refeições, exercícios físicos, medicamento emonitoramento frequente da glicemia (taxa de glicoseno sangue), as crianças com diabetes podem aprendera evitar complicações, tendo uma vida normal e

    participando de todas as atividades escolares. Planosbem-sucedidos de tratamento do diabetes ajudam ascrianças a se desenvolverem normalmente, tanto deforma física quanto emocionalmente, mantendo o

    controle de seus níveis de glicemia.

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    4/15

    4

    3. Controlando o Diabetes

    Embora o diabetes ainda não tenha cura, há muitascoisas que você e seu filho/filha podem fazer paramantê-lo sob controle. Esse controle significa,basicamente, manter os níveis de glicemia da criança

    dentro de uma faixa de valores recomendada pelomédico. A regrinha fundamental é a seguinte: alimentose estresse normalmente aumentam o nível de glicose, einsulina e medicamento oral abaixam o nível de glicose.

    Fazer exercícios físicos e verificar regularmente a

    glicemia ajudam a manter os níveis de glicemia dentroda faixa de valores recomendada. Basicamente,funciona como os pratos de uma balança.

    Mas, nem sempre, as coisas são tão simples quantoparecem. O controle do diabetes exige uma grandedose de disciplina na vida diária. Você pode ajudar seufilho/filha incentivando-o(a), dando explicações, mas

    também mantendo a calma, quando as coisas nãocorrem tão bem. Porém, se seu filho/filha ainda formuito pequeno, a principal responsabilidade é sua.

    Crianças um pouco mais velhas vão querer serindependentes e controlar elas mesmas o diabetes.Mesmo assim, por mais que seu filho/filha sejaindependente, ele/ela irá precisar de seus cuidados.

    Uma equipe de especialistas pode ajudar você e seufilho/filha a controlar o diabetes.

    Essa equipe é formada por:

    O médico diabetologista ou endocrinologista dacriança.Um nutricionista com especialização para trabalhar

    com crianças com diabetes.Um educador em diabetes.Um oftalmologista (médico especialista em olhos),porque o diabetes pode causar problemas aos olhos,

    se não estiver bem controlado.Um assistente social ou psicólogo que irá ajudar acriança a lidar com suas preocupações e a esclarecersuas dúvidas.

    ••

    Uma alimentação adequada é um dos aspectos maisimportantes do controle do diabetes. Tendo em vista queo organismo precisa de insulina para conseguir utilizar oalimento que consome, a criança precisará manter um

    equilíbrio correto entre as aplicações de insulina eingestão de alimentos. Servir pequenas quantidades dealimento, distribuídas ao longo do dia, faz com que acriança receba os nutrientes e vitaminas necessários.

    Também é importante evitar alimentos ricos em gorduras,

    sal e açúcar.

    Um nutricionista especializado em diabetes irá ajudar

    você a estabelecer um plano alimentar adequado eexplicará a você e seu filho/filha algumas informaçõesnutricionais que serão muito úteis.

    A melhor dieta para seu filho/filha vai depender do tipo de

    tratamento que ele/ela está recebendo. No caso detratamentos convencionais com insulina (doses fixas deinsulina), prescritos a crianças com diabetes tipo 1, você e

    a criança precisam estar seguros de que ela:irá se alimentar no mesmo horário, aproximadamente,todos os dias.não irá “pular” refeições ou lanches.comerá a quantidade certa, em cada refeição.

    ••

    3. Controlando o Diabetes

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    5/15

    • A glicemia de seu filho/filha irá aumentar pouco, se ele/ela comer: cereais (trigo, milho, arroz, centeio e outrosgrãos de espigas) ou produtos de cereais parcial ou totalmente integrais; verduras e folhas; produtos nãoadoçados; sementes oleaginosas (amêndoas, castanhas, amendoins, etc.), leguminosas (feijões, ervilhas,

    lentilhas, grão-de-bico e outras vagens).

    • A glicemia aumentará mais rapidamente quando a criança com diabetes comer qualquer alimento feito comfarinha de trigo branca, ou que contenha açúcar, bebidas adoçadas com açúcar, pois o açúcar vai, praticamente,

    direto para a corrente sanguínea da criança.

    • Em geral, pode-se dizer que a glicemia de seu filho/filha irá elevar-se menos:- se o alimento for mais sólido, ou menos líquido, quanto maior for o teor de proteína ou gordura (o excesso de

    qualquer um dos dois, deverá ser evitado),- quando o alimento for menos processado- quanto menor for o conteúdo de açúcar ou farinha de trigo da refeição.

    Quando ingerimos alimentos que contêm carboidratos énecessário insulina, por isso, os alimentos são divididos

    em dois grupos: alimentos com carboidratos e alimentoscom pouquíssimo, ou nenhum carboidrato.

    A maneira mais simples de controlar o plano alimentar

    de seu filho/filha é fazendo a contagem de carboidratos.

    O médico irá estabelecer a quantidade de insulina que épreciso injetar para cada quantidade de carboidrato(relação insulina : carboidrato), com base na ingestão

    diária de carboidratos. Essa quantidade pode ir-sealterando ao longo do tempo e, portanto, deve serconstantemente acompanhada.

    5

    4. Como ficarei sabendoquanto meu filho/filha

    precisa comer?

    5. Há alimentos que afetam o nível deglicemia, mais do que outros

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    6/15

    6

    6. Alimentação saudável diariamente

    Dependendo do tipo de tratamento, i.e. convencional oucom sistema de infusão contínua de insulina, poderá terum plano alimentar restrito, ou menos restrito. Um(a)nutricionista pode ajudar você a montar um plano

    alimentar saudável e equilibrado, para seu filho/filha.Para a criança, nem sempre é fácil seguir um planoalimentar. Um amiguinho pode convidar para umafestinha de aniversário com todos aqueles doces que as

    crianças adoram.... Se isso acontecer de vez em quando,

    não se preocupe, desde que seja uma exceção. Tenteexplicar a seus filho/filha que você precisa saber dessasfestinhas com antecedência, para que elas possam ser

    encaixadas no plano alimentar. Ao mesmo tempo, vocêprecisa lembrar-se de que seu filho/filha não gostaria desentir-se diferente de seus amiguinhos e amiguinhas.Porém, tenha sempre em mente que manter um planoalimentar saudável é um dos fatores mais importantes,

    quando o assunto é controle do diabetes.

    7. Meu filho tem permissão para comer doces?

    Toda a criança gosta de doces. Alimentos que contêmaçúcar, como docinhos e sobremesas, podem ser

    consumidos com moderação. Mas, tendo em vista queeles fazem subir os níveis glicêmicos de seu filho/filha, ébom ter sempre muito cuidado. O melhor é comer odoce logo depois de uma refeição grande. Também é

    melhor que esses itens contenham gorduras ouproteínas; bolos, confeitos e sobremesas são menosperigosos se forem feitos com farinha integral.

    Porém, podemos recomendar o uso de adoçantes, cuja

    contagem de carboidratos é zero. Seu filho/filha podeingerir refrigerantes, iogurtes e geleias de frutasadoçados com adoçantes artificiais. Por outro lado, nãose recomendam substitutos do açúcar, como frutose,

    sorbitol e outras substâncias adicionadas normalmenteem “sobremesas especiais para diabéticos”, pois se

    ingeridas em grandes quantidades, podem provocarindigestão. É por isso que tais substâncias não estão

    recomendadas nas diretrizes internacionais sobrediabetes.

    O grande desejo de comer algo doce, por sua vez, podeser vencido comendo-se carboidratos na forma de

    cereais, frutas e laticínios, e fazendo muito exercíciofísico ao ar livre.

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    7/15

    7

    8. Atividades Físicase Esportivas

    Os benefícios dos exercícios físicos no tratamento dodiabetes já foram estabelecidos há tempos. Criançascom diabetes precisam exercitar-se regularmente poisisso ajuda a equilibrar sua ingestão de alimentos e

    insulina, e pode ajudar a baixar os níveis de glicose nosangue. Fazer exercícios físicos, por meio de esportesorganizados pode ser especialmente benéfico, pois osesportes coletivos ajudam as crianças a sentirem-se

    integradas com os colegas.

    Todavia, crianças com diabetes devem ter atividadesfísicas planejadas, incluindo ingestão de alimento

    antes, depois e, às vezes, durante os exercícios físicos.O momento e a quantidade de alimento podem serdeterminados fazendo testes de glicemia antes deiniciar uma atividade. Os pais precisam ser informadosse algum evento ou atividade especial for afetar os

    horários das refeições as crianças não podem fazerexercícios físicos caso apresentem sintomas dehipoglicemia.

    9. Verificação da glicemia

    Os níveis de glicemia de seu filho/filha mostram a efetividade e o sucesso de seu plano de tratamento do diabetes.

    Por isso, é importante verificar regularmente seus níveis de glicemia. O tratamento pode ser ajustado para adequar-se às necessidades da criança, e pode evitar subidas e descidas desnecessárias de seus níveis de glicemia.

    Quais devem ser os níveis de glicemia de seu filho/filha?Normalmente, é o médico que irá decidir com você qual é a faixa meta ideal.

    O padrão é:

    Objetivos Glicêmicos e de hemoglobina glicada por idadeIDADE

    Menos de 6 anos

    De 6 a 12 anosDe 13 a 19 anos

    PRÉ-PRANDIAL(mg/dL)

    100 a 180

    90 a 18090 a 130

    PÓS-PRANDIAL(mg/dL)

    110 a 200

    100 a 18090 a 150

    HEMOGLOBINA GLICADA(%)

    Mais de 7,5 e menos de 8,5

    Menos de 8Menos de 7 a 7,5

    Fonte: Diretrizes SBD 2009 

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    8/15

    8

    10. Como e quando deve sermonitorada a glicemia?

    Os níveis de glicemia de uma criança com diabetesdevem ser verificados, pelo menos, quatro vezes por dia.Se seu filho/filha estiver em regime intensivo de insulina,as medições devem ser mais frequentes. O médico(a)da criança lhe dará instruções mais detalhadas.

    Para verificar o nível de glicemia obtém-se umapequena gota de sangue, da ponta de um dos dedos damão. Com a ajuda de lancetadores especiais, como oAccu-Chek Multiclix e Accu-Chek Softclix, que visam

    minimizar a dor, é feita uma minúscula picada.

    É necessário um kit de teste para verificar a glicemia dacriança. Esse kit pode incluir:• Monitores de glicemia como o Accu-Chek Active,

    Accu-Chek Performa e Accu-Chek Performa Nano.Escolha o monitor com o qual você e seu filho/filhasintam-se mais à vontade.

    • Um lancetador para obter uma minúscula gota desangue (um aparelho praticamente indolor quecomporta 6 lancetas em um tambor é o Accu-ChekMulticlix)

    • Tiras de teste, nas quais o sangue é aplicado, ou que

    absorvem automaticamente o sangue• um diário do diabetes para anotar cada leitura, ou

    um diário eletrônico que mantém um registro decada leitura.

    O médico(a) ou a enfermeira podem ajudar você aescolher os produtos que melhor atendam suasnecessidades pessoais. A criança não tem necessidadede desinfetar os dedos, antes de fazer uma medição.Basta lavar bem as mãos, pelo simples motivo de que

    pode ficar algum resíduo de alimento misturado aosangue, e isso pode distorcer as medições da glicemia.

    Se seu filho/filha ainda for muito pequeno, você é quemdeve fazer o procedimento. Porém, assim que a criançaentrar na escola, ela ja deverá fazer, ela mesma, ostestes. Certifique-se de que a criança saberá anotar osresultados no diário. Crianças maiores e adolescentes,geralmente têm preguiça de fazer as medições eanotações. Porém, isso é importante porque osresultados cuidadosamente documentados irão garantirque o médico tenha um quadro completo para poderajustar o tratamento com insulina.

    11. Por que os níveis glicêmicos dacriança podem variar?

    Os níveis de glicemia podem inverter-se facilmente ou quando a criança está crescendo muito depressa, ou por estresse, ou poralterações hormonais. Isso não tem que ser, necessariamente, um problema pois, muitas vezes, os níveis voltam sozinhos ànormalidade. Apesar disso, é importante saber reconhecer quando a situação é séria para que você e a criança possam reagir

    correta e imediatamente. Parentes, amigos, professores ou qualquer pessoa que fique frequentemente com a criança tambémdevem saber o que fazer. Além do mais, nunca se sabe quando a criança irá precisar subitamente de ajuda. Evidentemente, seu

    filho/filha deverá estar sempre carregando uma identificação médica informando que ele/ela tem diabetes.

    Sempre que você observar sintomas descritos numa das categorias a seguir, e não tiver certeza do que fazer, entre imediatamenteem contato com o médico da criança. Ele informará exatamente o que fazer.

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    9/15

    9

    12. Hipoglicemia ou nível baixo de glicemia

    A hipoglicemia ocorre quando a quantidade de glicoseno sangue cai a níveis abaixo de 60mg/dL. Essa quedapode ocorrer se a criança tiver feito mais exercíciosfísicos do que de costume, se não se alimentou na hora,

    se deixou de fazer ou atrasou alguma refeição, ou seaplicou uma quantidade excessiva de insulina.Hipoglicemia, o problema mais frequente de criançascom diabetes, é uma situação de emergência. Pode

    acontecer em minutos, numa criança com aparência

    saudável e normal, por isso, é importante agirimediatamente. Crianças em idade escolar podem,normalmente, identificar seus próprios sintomas e

    sabem como avisar um adulto ou um cuidador, quandosentem que estão com uma queda de glicemia. Contudo,em crianças muito pequenas que não conseguemexpressar como se sentem, é importante monitorarcuidadosamente o comportamento, em busca de

    sintomas.

    Sintomas de hipoglicemia:

    • Tremedeira, tremores• Fome excessiva• Fadiga, sonolência• Palidez• Irritabilidade, choro• Tontura• Falta de concentração, dispersão

    • Desmaio e perda de consciência• Suor excessivo• Falta de coordenação• Fala “pastosa”• Pulso acelerado (Taquicardia)• Visão embaçada• Dor de cabeça• Nervosismo• Ansiedade

    O quê você pode fazer...

    ... se uma criança sob seus cuidados apresentar sintomas de hipoglicemia? É fundamental, no primeiro sinal dehipoglicemia, dar açúcar imediatamente, para ajudar a controlar o nível de glicemia.

    • Dê à criança, uma das seguintes coisas:• Sachê de glicose (15g)• 15 mL (3 colheres de chá) ou 3 tabletes de açúcar em ½ copo d'água• 175 mL (3/4 xícara) de suco de fruta ou refrigerante comum• 15 mL (1 colher de sopa) de mel

    • Espere 10-15 minutos. Se não houver melhora, repita o tratamento.

    • Se faltar mais de uma hora para a próxima refeição, ou se a criança for fazer alguma atividade física, dê-lheum lanche, como meio sanduíche ou queijo e biscoitos (algum alimento com 15 g de carboidratos e uma fontede proteína).

    • Não deixe a criança sozinha, até que ela esteja completamente recuperada. É muito importante que a criançaesteja acompanhada por uma pessoa responsável, se tiver que voltar para casa. Não deixe de informar aospais sobre a ocorrência da hipoglicemia, para que eles possam resolver o problema com o médico.

    • Se a criança perder a consciência, tiver convulsão, ou não conseguir engolir, deite-a de lado e não lhe dêbebida nem alimento. Se houver uma enfermeira na escola, chame-a imediatamente, e se tiver glucagonaplique-o imediatamente, na dose de 0,5mg SC, a menores de 5 anos, e 1mg, a maiores de cinco anos e liguepara os pais da criança e/ou para um médico.

    Fonte: Diretrizes SBD 2009 

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    10/15

    10

    13. Hiperglicemia ou nível elevado de glicemia

    Normalmente, a hiperglicemia é causada por falta deinsulina ou por excesso de alimento. Ela também podeocorrer quando o organismo está sob estresse causadopor um resfriado ou gripe. Em geral, não há

    necessidade de tratamento de emergência, mas vocêprecisa conversar com seu médico, para alinharem amelhor maneira de manter a glicemia dentro docontrole. Se a hiperglicemia não for controlada, ela

    pode levar à cetoacidose, uma condição séria, que exige

    cuidados médicos imediatos. Os sintomas dahiperglicemia podem incluir sede excessiva, fadiga,fraqueza, urinar frequentemente e visão embaçada pela

    hiperglicemia, desidratação, vômito e dor abdominalpela cetoacidose.

    O que você e a criança devem fazer?

    • verificar mais regularmente a glicemia• beber mais (água, chá)

    • exames de urina de cetonas e glicose parareconhecimento precoce de descompensaçãometabólica

    • se a criança recebe insulina: injetar insulina de ação

    rápida da maneira indicada pelo médico para que a

    glicemia da criança volte aos níveis de sua faixa alvo• entrar em contato com o médico

    14. Cetoacidose Diabética

    Casos graves ou mais prolongados de hiperglicemia(geralmente envolvendo níveis de glicose acima dos 300mg/dL) podem causar cetoacidose. Essa pode ser umacondição muito séria. Ocorre quando não há insulina noorganismo para ajudar a fazer a glicose entrar nascélulas, de modo que as células começam a decomporgorduras em busca de energia. Quando as gorduras sãodecompostas, o organismo produz cetonas. Cetonaspodem ser perigosas se permanecerem por muitotempo no corpo. Um exame de urina é a melhor

    maneira de detectar cetonas e glicose na criança. Seseu filho/filha está sem comer por algum tempo, i.e.após uma noite de sono, muitas vezes podem serdetectadas cetonas, embora não seja detectada glicosee os níveis de glicemia estejam normais. Essa éconhecida como “acetona de fome”, um fenômeno quenão é perigoso e pode ser facilmente controladoalimentando-se no café da manhã. No entanto, secetonas e glicose forem encontrados na urina, este ésempre um sinal de falta de insulina e indicadescompensação metabólica, ou cetoacidose. Nessecaso, a criança precisará injeção de insulina ehidratação.

    Os sintomas ou sinais de alerta, típicos dacetoacidose são:

    • sensação de náusea• vômito• dor abdominal• sentir-se mal• fraqueza muscular • tontura, e até entrar em coma, que pode ter

    consequências críticas

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    11/15

    11

    15. Problemas de saúde relacionados

    16. Insulina

    Pessoas com diabetes Tipo 1 e algumas com Tipo 2tomam insulina. Insulina é um hormônio produzido nopâncreas. Nas pessoas saudáveis, insulina é a chave

    que “abre” as células para a entrada da glicose que foiextraída dos carboidratos, durante a digestão. Seminsulina, os níveis de glicose sobem rapidamente nosangue e, para gerar o combustível de que necessita, oorganismo começa a decompor suas próprias gorduras.

    Se o organismo não produz sua própria insulina, ou seproduz em quantidade insuficiente, a insulina precisaser obtida de uma fonte externa. No momento, a únicamaneira de fazer isso é injetando insulina no tecidosubcutâneo, ou com uma seringa, ou com uma canetade insulina, ou usando bomba de insulina. Se a insulina

    fosse administrada em forma de comprimidos ou dexarope, ela seria digerida pelo estômago e perderia todoo efeito.

    Se todas as pessoas envolvidas no tratamento do diabetes de seu filho/filha diabetes atuarem de forma correta econsciente, as complicações de longo prazo do diabetes podem ser evitadas ou, pelo menos, adiadas por anos.Porém, se seu filho/filha não controlar a glicemia regularmente, ou se não tomar os medicamentos conformeinstruções do médico, juntamente com as complicações agudas, já descritas, podem ocorrer complicações de longoprazo.

    Entre essas complicações, citamos:

    • lesão nos vasos sanguíneos da retina• perda da função renal

    • danos aos nervos, especialmente nos pés• complicações cardiovasculares, doença cardíaca e derrame

    Normalmente, essas complicações relacionadas ao diabetes surgem causadas pelos níveis elevados de glicemia epor pressão alta. Essa dupla causa dano a pequenos vasos sanguíneos e aos vasos capilares dos olhos, dos rins etambém aos vasos maiores, do coração e do cérebro. Em geral, essas complicações só se desenvolvem depois queuma pessoa já vem tendo diabetes há uns 10 a 12 anos, e muito raramente na infância. Apesar disso, os examesregulares devem ser iniciados na infância para reduzir o risco das complicações de longo prazo. O médico lhe darámais informações sobre esse tema.

    Assim que algum sinal de cetoacidose for detectado leve a criança ao médico, ou vá direto ao hospital mais próximo

    pois essa é uma condição séria e com ameaça de vida.

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    12/15

    Basicamente, existem três opções de tratamento com insulina. O médico de seu filho/filha ajudará você a decidir

    qual é a melhor opção para a criança.

    • O tratamento convencional com insulina envolve a injeção de uma dose específica de insulina 2 a 4 vezes por dia,em horários determinados, além da ingestão de uma quantidade correspondente de carboidratos.

    • O tratamento com basal-bolus de insulina, também conhecido como tratamento intensivo proporciona muito maisflexibilidade, mas exige muito maior conhecimento e habilidade. Esse tipo de tratamento é feito pela aplicação deuma insulina de ação lenta que cobrem a necessidade básica de insulina da criança. Além disso, várias vezes pordia é injetada a chamada dose bolus de insulina, com insulina de ação rápida, para compensar à quantidade decarboidratos consumidos. Também são administradas doses suplementares para corrigir a glicemia da criança,quando ela estiver fora da faixa-alvo.

    • Tratamentos com sistema de infusão contínuo de insulina fazem com que a insulina vá sendo injetada o tempotodo, por meio de um cateter (um tubinho fino e uma cânula que vai liberando a insulina da bomba para o tecidosubcutâneo). A bomba de insulina é um aparelho que contém insulina, e pode ser usado preso a um cinto ounum bolso da calça ou da camisa. O SICI (Sistema de infusão contínua de insulina) é conectado ao corpo pormeio de um conjunto de infusão ou cateter. O médico da criança poderá lhe dizer se essa opção de tratamentoseria a melhor para seu filho/filha. O sistema de infusão contínua de insulina, por exemplo, Accu-Chek Combo,pode proporcionar o máximo de flexibilidade na vida diária da criança por está permanentemente administrandoexatamente a dose certa de insulina, e compensa, de maneira inteligente, alguma refeição fora do programa ou oexcesso de exercício físico.

    No entanto, o sistema de infusão contínua de insulina exige que você e a criança aprendam a programá-lo, e eledeve ser usado o tempo todo (exceto no banho e na natação). Com o sistema a criança também precisa testar

    regularmente a glicemia e seguir um plano alimentar.

    16. Insulina

    12

    Opções de tratamento

    Como injetar a Insulina

    Normalmente, aplicará a insulina por meio de uma seringa ou uma caneta de insulina. Nocomeço, você injetará a insulina na criança, mas com o tempo a criança aprenderá ainjetar-se. Uma criança maiorzinha aprende rapidamente a fazer isso.

    O médico decidirá com você e com seu filho/filha com qual frequência e quais as dosesde insulina a criança deverá receber e, se for o caso, ensinará como misturar a dose. Olocal da injeção precisa ser lavado antes de administrar a injeção. Em geral, a criança nãoprecisa desinfetar a pele, exceto se não houver condições de lavar o local.

    Como guardar a Insulina

    O melhor é que a insulina seja guardada na geladeira, entre +2 a +10 graus Célsius.

    Frasco de insulina aberto, guardado em temperatura ambiente não deverá ser usado pormais de 3 a 6 semanas. Nunca deixe a insulina no freezer, em ambientes quentes, ou sob

    a luz solar direta, pois qualquer dessas situações prejudicará a efetividade domedicamento.

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    13/15

    17. Convivendo com oDiabetes

    13

    17. Convivendo com o Diabetes

    Na pré-escola e escola

    O diabetes de seu filho/filha não impedirá que ele/ela frequente uma pré-escola. Na escola, a criança tambémpoderá fazer todas as atividades. Muitas das crianças e professoras raramente irão perceber que seu filho/filha temdiabetes. A melhor maneira de evitar mal-entendidos é informar a todas as pessoas envolvidas não apenas quemcuida ou os amiguinhos, mas também babás, professores de educação física e outras pessoas que têm contatoregular com a criança. Seria bom se fosse feita uma reunião com todos, no começo do ano letivo.

    Seria bom, também, se você lhes passasse algo por escrito, um tipo de carta, explicando o que é diabetes, porque eo quê a criança precisa alimentar-se regularmente, o quê fazer em caso de hipoglicemia e hiperglicemia, e para

    quem ligar, em caso de emergência.Pensando nisso, criamos um manual com diretrizes para professores de crianças com diabetes.

    Em viagens

    Viajar, especialmente sair de férias, é sempre uma grande aventura, para as crianças. Não deixe que o diabetes deseu filho/filha prenda você e a criança em casa! De maneira geral, você pode viajar, sempre que quiser. Se vocêseguir algumas recomendações gerais, durante a viagem, quase certamente você terá uma viagem tranquila:

    • Antes de sair, verifique se você e a criança sabem tudo o que precisam sobre o diabetes e sobre o tratamento.

    • Antes de sair, informe-se ao máximo sobre os costumes e culinária do local para onde vocês vão.• Converse com o médico da criança, antes de viajar. Pode ser que ele sugira uma opção de tratamento diferente.

    Ele também pode fazer uma receita de medicamento inclusive remédios para alguma emergência• Quando estiver em viagem perceba se a criança está testando a glicemia mais frequentemente do que de

    costume, para que você possa reagir mais rapidamente, se os níveis saírem da faixa-alvo.• Não se preocupe demais, se algum teste estiver anormal: mantenha a calma e curta as férias.

    Não deixe de levar os seguintes itens:

    • insulina mais do que o suficiente, tiras de teste e lancetas• um kit de reserva: monitor de glicemia, baterias, caneta de insulina, seringas ou bomba de insulina• sachês de glicose e bebidas adoçadas• lanche de emergência (para o caso de engarrafamentos de tráfego, greves de transportes, etc.)• uma pulseira ou pendente de identificação médica (com informações em vários idiomas, se for o caso)

    informando que a criança tem diabetes• possivelmente uma bolsa térmica para insulina• medicamentos (aconselhe-se com o médico da criança)• se forem passar de fusos horários, converse com o médico da criança

    • tenha o endereço de um hospital ou de um médico, próximo de onde vocês irão ficar • não despache a insulina em caso de viagem de avião, leve-a sempre com você

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    14/15

    18. Observações finais

    14

    18. Observações finais

    Esperamos que este guia tenha conseguido lhe daralguma ideia do trabalho que você tem pela frente, decomo lidar com situações inesperadas, de onde buscarajuda, do que você precisa estar alerta, e de outros

    aspectos. Se você apenas deu uma espiada no guia, seleu apenas algumas partes, ou se leu tudo com atenção:este guia continuará sendo útil no futuro se quisercertificar-se de algo, se surgir alguma dúvida específica,

    ou mesmo que você queira apenas recapitular seu

    conhecimento, de vez em quando. Conviver comdiabetes é um processo de aprendizagem dedique-se,e aprenda, aos poucos, como cuidar do diabetes de seu

    filho/filha, de modo a melhor atender a você e a criança.

    Logo, logo, para você e para seu filho/filha, o diabetesfará parte, naturalmente, do dia-a-dia uma rotina diáriaque será tão interessante, tão excitante e, na verdade,

    tão normal como era antes do diagnóstico. Cada criançaé única, é uma pessoinha muito especial com ou semdiabetes. Logo você verá que você e seu filho/filha

    estarão vivendo vidas normais mesmo com diabetes.

  • 8/17/2019 Guia Dbcv Paisa4

    15/15

    0800 77 20 126www.accu-chek.com.br [email protected]

    ACCU-CHEK é uma marca registrada Roche.©2012 Roche.