História da Arquitectura da Pré-História à Idade Média Império Bizantino - Basílica Santa Sofia

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Historia do mundo bizantino e Aya Sophia

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    Histria da Arquitectura da Pr-Histria Idade Mdia

    Imprio Bizantino - Baslica Santa Sofia

    ISMAT - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes | Arquitectura

    2 Ano | 2 Semestre | Turma da Noite | Ano 2010 -2011

    Professor: Mestre Valdemar Coutinho

    Aluno: Bruno Silva N20081788

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    ndice pg.

    1. Civilizao Bizantina: Origens de Constantinopla 1 1.1. O Imprio Bizantino 3

    1.2. Histria Poltica 3 1.3. Equilbrio 6 1.4. Religio 7 1.5. O Direito 8 1.6. Principais Dificuldades 8 1.7. O Declnio do Imprio 9

    2. Bizncio 9 2.1.Civilizao Bizantina: Aspectos Culturais 9

    2.1.1.Educao e Ensino 10 2.1.2. Literatura e Msica 11

    3. A Arte Bizantina 12 3.1.Mosaicos 14 3.2. Arquitectura 15

    4. Baslica Santa Sofia 18 4.1. O exterior - Nrtex exterior 19 4.2. Nrtex interior 20 4.3. Nave Central 20 4.4. A cpula 21 4.5. Abside 21 4.6. Paredes 22 4.7. Colunas 22 4.8.Capiteis 23

    5. Concluso 24 6. Bibliografia 25

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    1. Civilizao Bizantina: Origens de Constantinopla

    Constantinopla antes de ser fundada por Constantino no ano 330d.c. era denominada Bizncio, que foi uma colnia da cidade grega de Megara.

    O nome Bizncio que advm de Bizas, permaneceu at que Constantino, O Grande, a transformou na sua nova capital, denominando-a Nova Roma e que posteriormente tornou-se conhecida como Constantinopla (cidade de Constantino).

    As razes para que Constantino fundasse a cidade, considerando-a nova capital do Oriente foram de ordem estratgica, econmica e poltica. A primeira refere-se s necessidades de defesa e de unificao do Imprio Romano Roma localizava-se em uma parte muito afastada das fronteiras e sempre sofria ameaas de ataques brbaras; alm do mais estava localizada no centro do Mediterrneo, cujo eixo econmico declinara. Importava tudo das provncias e apresentando uma agricultura estagnada, no tinha condies de reactivar o comrcio no Mediterrneo.

    Contrapondo-se a essa situao a parte oriental do Imprio possua cidades florescentes, um activo intercmbio comercial e uma produo agrcola e artesanal desenvolvida.

    Sua localizao geogrfica proporcionava uma defesa natural cidade ao sul estendia-se o mar de Mrmara, e, quase no ponto em que o Bsforo desaguava nesse mar, uma estreita enseada avana ao longo da costa setentrional da pennsula triangular para formar um perfeito porto. o Corno de Ouro assim chamado por causa de sua configurao e da riqueza que o comrcio com o mundo lhe proporcionou.

    O comrcio era favorecido pela situao geogrfica, que lhe permitiu dominar vrias rotas comerciais: norte-sul, da Rssia ao Mediterrneo, dessa rota saindo dos portos da Rssia meridional e do Danbio, e atravessando o Mar Negro, os navios transportavam trigo e peles, caviar e sal, mel e ouro, cera e escravos. Do sul, dos ricos

    (localizao)

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    jardins da Anatlia e dos celeiros do Egipto, vinham vveres para alimentar a populao da cidade.

    Rotas terrestres de Constantinopla ligavam a sia Europa Oriental desta forma marfim e mbar, porcelana e pedras preciosas, sedas e damascos, alos e blsamo, canela e acar, almscar e gengibre outras especiarias e medicamentos passavam por e para Constantinopla advindos da ndia, Ceilo e China.

    Para estabelecer em Bizncio a capital de Roma, Constantino procedeu construo de uma nova cidade.

    Constantino transferiu o quanto pode esttuas e obras de arte antiga que passaram por suas mo, entre as quais, o chamado javali de Calidon e a coluna serpentina de Delfos; de todas as partes do mundo cristo foram trazidas relquias estas que ficavam depositadas nas igrejas, santurios e capelas, encerradas em caixas de ouro e prata, ornamentadas com pedras preciosas e s vezes embrulhadas em pano de seda.

    A cidade constitua uma verdadeira fortaleza, estava rodeada por uma linha de muralha trplice, torres de vigia e um fosso profundo que guardavam o lado continental da mesma, enquanto que pelo litoral, ancoradouros murados e uma corrente de um lado a outro do Corno de Ouro protegiam os navios dos ataques por mar.

    A muralha apresentava vinte quilmetros e cinquenta portas fortificadas, qualquer fora que tentasse atacar as defesas ocidentais teria de enfrentar um fosso largo, depois um aterro protegido por um parapeito, depois uma alta muralha externa, com torres a intervalos regulares, e finalmente uma ainda mais alta muralha interna, reforada por torres de vinte metros de altura de onde os defensores podiam controlar todos os acessos.

    A vida da cidade concentrava-se em torno de trs grandes estruturas ou grupos de edifcios: o Hipdromo, o Sagrado Palcio Imperial e a Igreja de Santa Sofia que representavam os trs componentes do mundo bizantino, o povo e a religio.

    (Constantinoplia)

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    1.1. O Imprio Bizantino

    A histria da civilizao bizantina abrange todo o perodo da Idade Medieval, apresentando como diferente do padro cultural ocidental, a sua constituio oriental era patente maior parte de seu territrio localizava-se no oriente (sia Menor, Palestina, Sria e Egipto).

    De 330 d.c. a 1453 d.c., tempo de durao, as fronteiras do seu territrio alterou constantemente na poca de Justiniano (sculo VI), estendia-se da Espanha, no oeste, a plancies da Mesopotmia, no leste, e do Mar Negro e do Danbio, ao norte, orla costeira da frica Mediterrnea. No sul, nas ltimas dcadas da dinastia dos Palelogos, perodo final de Bizncio, as fronteiras do Imprio haviam encolhido at abarcar apenas a prpria cidade e partes da Grcia meridional.

    1.2. Imprio Bizantino: Histria Poltica

    Quanto ao desenvolver histrico, constata-se que tanto o sculo IV quanto fundao de Constantinopla em onze de Maio de 330d.c., representara apenas o incio do que viria a ser o Imprio Bizantino, uma vez que at ento, ele no era ainda considerado o centro indispensvel do governo e nem o cristianismo ortodoxo estava completado.

    Em 337d.c., com a morte de Constantino, o poder foi sucedido por seus filhos: Constantino II, Constncio II e Constante I, entretanto com a morte dos outros dois irmos, Constncio reinou at sua morte em 361. Seu governo enfrentou vrios problemas entre os quais a derrota do usurpador Magnsio em 351, a ameaa das invases persas, alm desses, enfrentou tambm o recrudescimento das aces germnicas no Reno e Danbio, devido s presses que estes estavam sofrendo por aco dos hunos (povo mongol).

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    Com a morte de Teodsio, "o Grande" ocorreu separao entre o Ocidente e o Oriente; a unidade ainda resistiria, quando o Imprio fora dividido em 395, entre seus filhos (Honrio e Acdio) pela actuao do regente dual, Estilico. Este tentou impor-se ao Imperador do Oriente, Arcdio, o que provocou acirrada inimizade por parte dos ministros orientais.

    O rompimento definitivo do Imprio do Oriente com o Ocidente, ocorreu em 408 d.c.

    O sculo V presenciou o declnio do imprio no Ocidente, devastado pelos brbaros, e at a abdicao de Rmulo Augusto em 476 d.c., e a morte de Jlio Nepos em 480, ningum no Ocidente teve o ttulo de imperador. Enquanto que o Oriente, fortalecido pelo legado de Teodsio, "o Grande", e com uma capital invencvel, parecia aos brbaros demasiada forte para ser atacado. Os brbaros que cruzaram o Danbio e atacaram os Blcs voltaram-se para o Ocidente, suas surtidas pouco afectaram o Oriente, at que em 439 d.c., os vndalos se estabeleceram na frica e lanaram de Cartago, uma esquadra que destruiu o monoplio romano do mar. Os portos mediterrneos, outrora seguros, tiveram de construir fortificaes, e Constantinopla teve de enfrentar o problema dos vndalos.

    Justiniano governou de (527 a 565)d.c., seu reinado ficou sendo denominado de Primeira Idade de Ouro bizantina, mesmo no conseguindo corrigir as fraquezas e perigos presentes, reorganizou o sistema administrativo e social, alm de lanar bases slidas de jurisprudncia (em Digesto), no chamado "Cdigo Justiniano" que associou grande parte da legislao romana com tpicos da religio crist.

    Desta forma no Oriente, diferentemente do Ocidente, (onde no decorrer do tempo houve a distino entre Estado e Igreja), a fuso entre Estado e Igreja se fez presente.

    A Igreja enriquece e seus altos membros, tornam-se poderosos, mas o governante soberano dos assuntos mundanos e da f o Imperador.

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    Justiniano descendente de uma famlia de camponeses balcnicos, os retratos de Justiniano em mosaicos mostram que era um homem de estatura mediana, cabelo escuro com uma fisionomia afvel sem ares de imperador, entretanto seu governo, embora afvel, foi tambm vigoroso tendendo arrogncia. Assumiu o poder aos quarenta e cinco anos de idade, quando o imperador seguia um regime austero, levantava-se cedo e ocupava-se dos negcios do Estado at tarde, alm de estudar direito, teologia, msica e arquitectura.

    A obsesso de Justiniano era restituir o antigo Imprio Romano em toda a sua extenso geogrfica, tanto como em suas caractersticas internas, a respeito disso escrevera: "Temos boas esperanas de que Deus nos permitir reconquistar as terras do velho Imprio Romano perdidas por indolncia".

    Teodora foi sua esposa, esta que fora actriz, cortes, filha de um guardador de ursos no Hipdromo detinha vrias qualidades entre elas a inteligncia, coragem e compaixo. Durante os tumultos de Nika dizem que fora ela quem impediu Justiniano de fugir dizendo:

    "Acho que agora mais do que nunca a fuga desaconselhvel, mesmo que traga segurana". "Uma vez que nasce, tambm inevitvel que o homem tenha de morrer. Mas, para um imperador, tornar-se um fugitivo uma coisa intolervel. (...) Se desejas fugir para um lugar seguro, Imperador, isto facilmente se faz. (...) Eis a o mar, aqui esto os navios. Mas quanto a mim, fico com a velha mxima que diz que a realeza uma excelente mortalha".

    Justiniano e Teodora

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    1.3. Imprio Bizantino: Equilbrio

    O equilbrio que proporcionou a longa durao do Imprio deveu-se a vrios factores: 1) o conservadorismo de uma sociedade predominantemente oriental avessa s mudanas sociais violentas que ajudou a preservar-se de rpido declnio.

    2) com maior influncia os factores geogrficos e econmicos geograficamente Constantinopla encontrava-se cercada de gua e de alta muralha facilitando defesa a ataques e economicamente o governo bizantino no sofrera um declnio comercial e industrial como na Itlia; o reinado possua muito tesouro que permitia aperfeioar as defesas.

    Economia O Estado exercia o controle absoluto sobre quase todos os gneros de actividade. O salrio de cada trabalhador e o preo de cada produto era fixado por decreto governamental.

    O produtor no tinha liberdade, no podia determinar quantidade ou qualidade da matria-prima nem o total da produo de condies pelo qual venderia o produto.

    As principais "empresas" industriais que o governo possua e movimentava eram a pesca da prpura ou mrice, minas, fbrica de armamentos e estabelecimentos txteis. O governo tentou estender o monoplio a industria da seda, entretanto, no conseguindo atender aos pedidos, foi preciso permitir que as manufacturas particulares reiniciassem a produo.

    Actividade Rural A terra dividia-se em propriedades extensas e com excepo de regies acidentadas e montanhosas havia pouco lavradores independentes, j nas reas mais privilegiadas a populao agrcola se consistia quase que inteiramente de rendeiros e servos.

    Outra caracterstica foi concentrao agrria nas mos da Igreja, os mosteiros eram os mais ricos proprietrios dos pais. Devido s dificuldades da lavoura, grande nmero de lavradores procurava refgio no claustro doando suas terras s instituies que os admitiam.

    Apesar de ter havido uma transformao econmica, nos sculos VII e VIII no qual os servos recuperaram sua liberdade tornando-se donos das terras que cultivavam, por volta do sculo IX as grandes propriedades haviam reaparecido, sucumbindo classe dos camponeses independentes.

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    1.4. Religio

    O povo bizantino tinha um grande interesse pela religio, desta derivou os movimentos monofisita e iconoclasta que no se reduziam apenas ao carcter religioso.

    Os Monofisitas eram aqueles que afirmavam que Cristo possua apenas uma natureza a divina o que contradizia a doutrina oficial do cristianismo. O auge desse movimento que se iniciara no sculo V, ocorreu com Justiniano (527-565)d.c., este ao ocupar-se dessa seita ambicionava unificar seus sbitos dentro de uma nica f e tambm conquistar o apoio de Roma, contudo, no reprimia os monofisitas devido fora destes e ao fato de sua esposa Teodora pertencer seita.

    No sculo VII os monofisitas se separaram da Igreja oriental, sobrevivendo at hoje no Egipto, Sria e Armnia.

    Outro movimento, o iconoclastico, ocorreu em 725d.c. por decreto de Leo III proibindo o uso de imagens nos templos. Na igreja oriental cone era o nome dado a qualquer imagem de Deus, de Cristo ou santo; iconoclasta ou quebradores de imagem foi como se tornaram conhecidos os que condenavam o uso de cones no culto.

    O movimento iconoclstico representou, assim como o monofisismo, uma oposio a tudo que fosse sensual ou material na religio, um protesto contra o paganismo e o mundanismo da Igreja e representou principalmente uma contraposio de certos imperadores contra o crescente poderio do sistema eclesistico. Esse poderio crescente se deveu ao fato de que os mosteiros alm de absorver a riqueza nacional, afastavam o homem do servio militar e das ocupaes teis.

    O movimento perdurou at sculo IX conseguindo eliminar as esculturas, pois os cones pintados acabaram sendo novamente aceitos. Ele tambm representou o conflito entre tradies romanas e as orientais - os que defendiam o uso da imagem acreditavam em geral numa religio eclesistica onde smbolos e cerimonias so necessrios para o culto.

    Os opositores defendiam a volta espiritualidade do cristianismo primitivo condenando a venerao de objectos e qualquer forma de instituio.

    Os ideais iconoclastas se assemelhavam aos dos reformadores protestantes do sculo XVI. Tambm se constituiu em um importante factor da separao entre os cristos orientais e ocidentais.

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    1.5. O Direito

    As leis romanas no sculo VI estavam obsoletas e eram contraditrias, muitos dos princpios legais no eram aplicados, devido principalmente ao regime de despotismo oriental e adopo do cristianismo como religio oficial.

    Em 527d.c. Justiniano determina uma reviso e uma codificao do direito existente para harmoniza-lo com as novas condies, adoptando-o como base legal do seu governo. Para efectuar a reviso nomeou uma comisso de juristas, cuja superviso coube ao ministro Triboniano.

    1.6. Imprio Bizantino: Principais Dificuldades

    Vrios factores explicam o sucesso das revolues, um deles refere-se ao apoio do exrcito que devido a sua fora elevou ao trono muitos imperadores, os soldados eram totalmente devotos as seus generais.

    Alm do exrcito as revolues contavam com a populao de Constantinopla, composta de aventureiros, ladres, mendigos quase sempre descontente e atenta a insurreies das quais pudessem tirar proveito, esse povo, muitas vezes organizava a revoluo, como ocorreu em 532 Sedio de Nika que quase derrubou Justiniano; Revoluo de 1041 quando Miguel V destronou Zoe, e o povo a defendeu incisivamente.

    Essas revolues tiveram como consequncia directa o desenvolvimento de guerras civis que se agravavam quando os inimigos dessas lutas pediam auxlio de estrangeiros (blgaros, srvios, turcos) e em troca lhes ofereciam pores de territrios bizantinos.

    Lutas entre partidrios e adversrios de uma possvel unio com Roma na qual se rivalizavam genoveses e venezianos; apelo aos turcos que cada vez mais intervinham nos negcios do Imprio tudo isso contribuiu para a decadncia do Imprio bizantino.

    iconoclastia - oposio as imagens religiosas

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    Problema religioso esta questo foi de suma importncia, enquanto a Igreja romana, governada por grandes papas tornava-se um poder independente, a Igreja oriental era obediente s ordens dos soberanos; essa Igreja se constituiu em um instrumento a servio da poltica imperial.

    1.7. O Declnio do Imprio

    Devido a toda problemtica, discutida, presente nos sectores poltico, econmico, social, religioso, que geraram vrios conflitos, podemos afirmar que estes se constituram em elementos internos de desagregao que facilitou as aces dos inimigos e a consequente runa do Imprio Bizantino talvez a primeira causa do colapso do Imprio Bizantino".

    2. Bizncio

    O desenvolvimento econmico, cultural e urbano do Imprio Bizantino, em especial Constantinopla (um dos maiores centros urbanos do mundo), fez com que, o Ocidente absorvesse muito de sua cultura.

    No sculo XII, por exemplo, a arquitectura ocidental se inspirou nos modelos bizantinos as igrejas: Aix-la-Chapelle (erguida a mando de Carlos Magno) e a catedral de So Marcos (Veneza), alm da arquitectura tambm a pintura e escultura tiveram inspirao bizantina.

    Tambm foi atravs do Imprio Bizantino (com Justiniano) que o Direito Romano, antes esquecido pela prpria Itlia durante a Alta Idade Mdia, fora sistematizado.

    A cincia antiga, bem como a filosofia grega divulgou na Europa Crist graas a Bizncio; nessa ltima temos o caso de Aristteles (por intermdio dos muulmanos ibricos) e, directamente, no caso de Plato. Assim Bizncio foi responsvel pelo fornecimento de todo material que a Europa, sobretudo a Itlia, precisou para produzir o Renascimento dos sculos XV e XVI e com ele entrasse na Modernidade.

    Os trs componentes histricos de Bizncio: tradio helenstica, tradio romana e religio crist tornaram-no diferente do Ocidente, no qual a tradio helenstica era fraca e os elementos latinos e germnicos foram fundidos formando a civilizao ocidental crist. Em decorrncia disso o Imprio Bizantino tambm se diferenciava do mundo muulmano, no qual a tradio helenstica misturou-se rabe-persa atravs da religio islmica.

    Desta forma, Bizncio se aparentava mais ao Ocidente e ao Isl do que esses dois entre si, tornava-se uma espcie de mundo intermedirio entre as duas sociedades.

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    2.1.Civilizao Bizantina: Aspectos Culturais

    2.1.1.Educao e Ensino

    A educao em Bizncio era extremamente valorizada, sendo considerada uma virtude e um dever; acreditavam que ela garantia uma superioridade em relao a outros povos, entre os quais os brbaros, que para eles eram ignorantes.

    A base da educao consistia no conhecimento da cultura clssica- lngua e literatura do mundo antigo.

    Por volta dos seis anos iniciavam seus estudos com a Gramtica (helenizao da lngua), nela estudava-se alm da leitura e da escrita, o conhecimento e o comentrio das obras clssicas, principalmente a de Homero.

    Aos quatorze anos, estudavam Retrica, que inclua a correco da pronncia e o estudo de autores como Demstenes. Aps isto se estudava uma terceira cincia - a Filosofia; e as quatro artes Aritmtica, Geometria, Msica e Astronomia. Alm dessas, podia-se acrescentar Direito, Medicina e Fsica.

    O grego e o latim foram ensinados at a poca de Justiniano, mas este lentamente foi decaindo, no sculo VII o grego tomara-lhe completamente o lugar

    Por todo o Imprio se distribuam os grandes centros de cultura dos tempos pagos: havia escolas em Alexandria, Beirute, Antioquia e Atenas; Constantino fundou na nova capital uma escola e Teodsio II, em 425, inaugurou a Universidade de Constantinopla.

    Entre os sculos VII e IX a cultura bizantina passa por um momento crtico Justiniano, em 529, fecha a escola de Atenas e os muulmanos tomam as outras trs - Antioquia, Alexandria e Beirute. Entretanto, para quem pudesse pagar, existiam professores particulares.

    Contudo foi na Engenharia que os bizantinos se destacaram, seus feitos prticos foram de grande importncia: a perfeio das abbadas, sistemas de abastecimento de gua e drenagem (cujos sistemas vieram dos romanos). Alm desses, elaboravam brinquedos, relgios; e no palcio havia lees artificiais que uivavam e um trono que se elevava de grande engenho mecnico.

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    2.1.2. Literatura e Msica

    A literatura clssica, era abrangida no estudo da gramtica, priorizava autores clssicos, sobretudo Homero - depois da Bblia, a Ilada e a Odissia eram os livros mais conhecidos.

    O estudo da Filosofia era bastante apreciado pelos bizantinos, podemos destacar: Leo, o filsofo, que estudou, sobretudo Aristteles alm de Plato, Epicuro e os neoplatnicos; Psello liderou o reflorescimento do neoplatonismo; Miguel Acomitato que preferiu o estoicismo ao aristotelismo.

    Entretanto a filosofia bizantina no era original, com excepo de Jorge Gemisto Pleton neoplatnico, que indiferente ao cristianismo teve maior liberdade de pensamento. A relao existente entre ensino filosfico e o ortodoxo dificultavam o florescimento de um pensamento original e crtico.

    Outro destaque alm da literatura foi a Histria, muito enriquecida pelos bizantinos graas ao discernimento e maturidade crtica dos seus historiadores. Dentre os principais temos: Procpio que no sculo VI, relatou com vigor as guerras de Justiniano; no sculo XI Psello tambm escreveu na rea da histria, narrando este perodo; Ana Comnena descreveu o reinado de seu pai (Imperador Aleixo I). Tambm temos as memrias de Joo VI Cantacuzano, redigida depois de sua abdicao ao trono em 1354, que se constituiu em importante fonte de informao sobre as regies balcnicas no sculo XIV.

    Observa-se que a histria no era considerada uma matria erudita, mas sim de interesse geral, os bizantinos gostavam de ler a respeito de suas glria imperiais do passado.

    A Msica bizantina associava-se a teologia, tendo desenvolvido os Hinos poticos, cuja letra tem grande importncia literria. Apresentavam uma combinao da beleza lrica com a intensidade dramtica e humana expressas em um animado dilogo que lembra a tragdia grega ou os autos sacramentais da Idade Mdia da Europa Ocidental.

    Os principais grandes hinlodos foram: Romano, o Melode, dicono do sculo VI, Joo Damasceno que no sculo VII, criou um dos mais belos hinos da Igreja Crist Bizantina e no sculo IX destacou-se Csia, uma monja.

    Os hinos bizantinos eram compostos de acordo com um sistema de sinais, que eram desenhados acima das palavras gregas. Esses sinais do os intervalos, ritmos e acentos a serem seguidos a partir de uma nota inicial.

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    3. A Arte Bizantina

    A arte bizantina apresentou pocas de grandeza e de decadncia, evoluiu e transformou-se pelos seguintes perodos: primeira idade de ouro- sculo VI, segundo perodo de ouro nos sculos X e XI (entre esses dois ltimos tivemos a poca dos imperadores iconoclastas) e nos sculos XIV e XV uma ltima fase bastante esplendorosa, renovada e transformada.

    Embora essencialmente religiosa, a arte bizantina apresentou tambm um ramo profano que se dedicou a apresentar os retratos de soberanos, grandes cenas histricas e episdios mitolgicos que se desenvolveu principalmente entre os sculos X e XII, apesar de ter cedido espao essncia religiosa, temos, como exemplos, mosaicos como os de So Vital e as miniaturas dos manuscritos.

    Vrias foram s influncias externas que conformaram a arte bizantina, alm da contribuio de Roma foi, sobretudo, do Oriente asitico que adquiriu suas principais caractersticas- sobriedade e graa da Grcia com o realismo vivo e dramtico do Oriente (Sria ou Prsia).

    Nos fins do sculo III a influncia da arte greco-romana declina, a graa, a mincia dos detalhes, a delicadeza do desenho e o equilbrio da composio, a perspectiva brilhante, a anatomia cuidadosa, todo esse naturalismo helnico ser, no sculo IV desprezado pelo oriente. As religies de origem Sria, ou Sria-egpicia que se tornaram mais populares, buscavam uma arte que despertasse uma emoo intensa, realista, que falasse sem concesses, essas eram, alis, as caractersticas da arte aramaica que o cristianismo triunfante abraou, j que se adequava com tais concepes, no ocorrendo o mesmo em relao ao helenismo.

    O Oriente tambm contribuiu com a concepo de soberania advinda da Prsia dos Sassnidas que apresentava uma majestade mais simples que a romana. As representaes romanas do imperador, tanto a escultura, quanto pintura, que se caracterizavam pelo porte magnfico que o distinguia dos sbitos, foi substituda por uma arte impessoal e simblica que o cristianismo completa ao exigir da arte o apelo ao emocional ao invs da perfeio tcnica.

    Apesar disso o helenismo no deixou de existir; as vrias reas da arte bizantina apresentam o elemento helnico ou oriental em propores diferentes enquanto a pintura e a escultura eram frequentemente influenciada pelo helenismo, a arquitectura, apresentou-se bastante original, com linhas prprias.

    No sculo VI com Justiniano a arte bizantina toma essa caracterstica de se apropriar s necessidades crists diferenciando-se do estilo clssico o baixo relevo e um desenho quase abstracto, substituem o alto relevo e o naturalismo dos tempos clssicos.

    Na primeira idade de ouro, que inclui a era de Justiniano, a inspirao artstica se associa ao poder; os artistas estabelecem um paralelo entre a corte celeste e a corte

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    imperial. O tipo iconogrfico do arcanjo ou anjo alado defensor da corte celeste (guardas do palcio) aparece.

    Aps a crise iconoclasta, tem-se um novo desenvolvimento, a segunda idade de ouro, que a partir do sculo X apresenta um retorno s influncias helnicas, entretanto, a simplicidade e a fora da escola bizantina permaneceram. Houve o reflorescimento de temas clssicos que se fundiram com o gosto oriental caracterizada por uma decorao vegetal e geomtrica com cores vivas. O produto dessa fuso resulta em mudana de esteretipos e esquemas dos desenhos rosto oval, imberbe, olhos grandes, abertos, cores vivas e sem matizes do lugar a figuras esbeltas, elegantes, de modelos mais delicados e cores mais discretas.

    A ltima fase de ouro da arte bizantina assinala uma "renascena", tecnicamente h uma nfase na perspectiva, profundidade, movimento e expresses; o helenismo retorna, removendo a austeridade e o dogmatismo e imprimindo temas mais variados, humanos, narrativos, prximos dos poemas picos. Os temas sagrados voltam-se para o pitoresco, para a vida, a elegncia e a graa das composies realada pelo sentimento vivo e pela harmonia das cores.

    Caractersticas Bsicas da arte bizantina

    O Imprio Bizantino apresentou grande durao, extenso geogrfica, e variadas influncias, incluindo as do Islo, sua arte, entretanto, detm algumas caractersticas bsicas:

    Foi essencialmente uma arte crist, dedicada ao servio da Igreja sendo utilizada para ilustrar e desenvolver a liturgia.

    Foi tambm uma arte imperial, uma vez, que o imperador necessitava conjugar seu poder com a concepo crist do mundo, ele era escolhido por Deus para ser seu representante na terra. Desta forma, a arte exaltou a grandeza sobre-humana do imperador, utilizou objectos preciosos para realar seu prestgio, alm de considerar muitos mosteiros fundaes imperiais.

    Era oriental quando substituiu o relevo pelas formas planas, a plstica; a escultura de vulto redondo da arte clssica passa para segundo plano, praticamente desaparecendo. Nessa rea a contribuio bizantina foi na ornamentao arquitectnica placas rectangulares de pedra com cruzes, combates de animais, etc. Os monumentos arquitectnicos eram concebidos como massas equilibradas, de materiais flexveis, mas pouco nobres (ladrilhos, pedras) exteriores austeros e interiores suntuosos e brilhantes, que busca efeitos especiais atravs dos jogos de luzes e sombras.

    Tambm se torna oriental pelo gosto decorativo. A paixo pelo ornamento que substitui a forma, o apreo pelo abstracto ao invs do realismo, preferncia pelo brilho do ornamental e precioso harmonia do Austero, da supremacia da cor. Com isso procuram utilizar materiais ricos: alabastros, jaspes, prfiros, pedras preciosas, sedas, esmaltes; da tambm os trabalhos em mosaico (do a impresso de movimento, no qual a vista no se fixa num ponto determinado).

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    A arte clssica no se perde, apesar disso, e influi tambm nos motivos e ideias.

    O cuidado e o interesse com a figura humana estavam presentes na arte bizantina (representaes individuais da famlia imperial); ela representava residncia do esprito e da f, os seres humanos so arqutipos afastados da realidade visual (forma e propores eram previamente estabelecidas). Assim se copiava um determinado modelo o que gerava certa monotonia, implicava na submisso Igreja e na crena na eficcia da imagem (seu poder estava ligado fidelidade dos prottipos). A paisagem e natureza so concebidas como um elemento que contribui para ornamentar uma determinada cena ajudando a, por exemplo, perfilar elementos e compor o conjunto.

    A lgica visual no coincide com a construtiva; o fundo dourado atua como limite de personagens, naturezas e arquitecturas que parecem aproximar do espectador formando uma espcie de perspectiva invertida. Ao longo estende-se o absoluto - arte bizantina quis evidenciar o invisvel.

    3.1.Mosaicos

    Os mosaicos adornavam pisos e paredes de vilas particulares, palcios imperiais, abbadas e cpulas de igrejas, sendo das artes pictricas a mais esplendorosa. Seu desenho era simples, ousado e de cores contrastantes causando maior impacto quando visto de longe; aproximando-se era possvel observar os encurvamentos das linhas de pedra, a gradao das cores obtidas por meio do emprego de pedras de matizes variadas e o fundo realado pela colorao dos cubos.

    Apresentaram influncias do naturalismo e dos orientais, deste ltimo, apreenderam a utilizao de animais fabulosos, paves de forma decorativa e no como tema principal; no sculo VI o orientalismo se intensifica na estilizao rgida, entretanto viva.

    No perodo mdio da histria bizantina e mesmo na maioria dos mosaicos de outras pocas, h o predomnio da forma hiertica quer dizer santa ou sagrada, com um estilo rgido, formalizado, destinado nem tanto a pintar homens ou acontecimentos, mas inspirar reverncia e meditao. Nesta forma, havia a preservao de normas fixas de conformao do mosaico quanto s medidas e propores; um homem, por exemplo, devia medir um nmero especfico de cabeas, seus cabelos deviam se elevar a um determinado comprimento acima da testa, etc.

    Observa-se que apesar disso o estilo apresentou alteraes durante a escola hiertica inicialmente prevalecendo o estilo clssico da Grcia e Roma (tridimensionalismo), depois o ascetismo oriental (abstractssimo com reduo de padres) e por ltimo o naturalismo (revelando profundeza e compaixo).

    Os mosaicos de cho tinham uma funo mais decorativa e afastavam-se da tendncia helnica e tornaram-se raros aps o sculo VI, quando so substitudos por

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    pisos que so cobertos com grandes formas geomtricas, de mrmore colorido.

    I

    3.2. Arquitectura

    A arquitectura bizantina desenvolveu linhas prprias, apresentando avanos constantes de tcnica, sendo que pouco restou da arquitectura secular (palcios, vilas, banhos pblicos) deste permaneceram principalmente muros, cisternas, aquedutos da engenharia romana. So os edifcios eclesisticos, principalmente as igrejas, os que mais conseguiram permanecer conservados.

    A razes do estilo bizantino advinham do sculo IV e V das cidades gregas de Prgamo, feso, Mileto entre outras prximas da costa egias da Anatlia, destes vieram os elementos bsicos da arquitectura bizantina a construo de abobadas mltiplas, a cpula e o plano centralizado.

    O plano centralizado derivou em parte da forma centralizada dos tmulos gregos e romanos, mas principalmente das baslicas gregas do sculo V (eram igrejas oblongas) que tinham o costume de celebrar a missa em toda nave central (e no em uma extremidade), enquanto os fiis se distribuam em trs naves laterais. Entretanto um plano longo e rectangular de baslica era inadequado a um ato litrgico que ocupava somente a rea central; desta forma adoptam a forma de cruz.

    O elemento primordial da arquitectura bizantina foi abbada, que se constitui em seu principal legado uma vez que os arquitectos precisam criar uma forma de fixar a cpula sobre uma base quadrada. A forma mais simples era de sustenta-la em consolos, o que poderia provocar elipses; outras duas formas mais tcnicas foram:

    1) Usar pedculos (pendentes) - eram tringulos que se elevavam dos ngulos do rectngulo e se curvavam unindo-se num crculo.

    2) Usar arcos Pequenas abbadas absidais ligando os ngulos do rectngulo, seja num tambor quadrado ou ao nvel dos principais arcos de suporte.

    (mosaico, Teodora e a sua corte)

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    A presso das abbadas era contrabalanada por rgos de botaru embutidos na massa do edifcio e que se expressam atravs dor arcos beros dos nichos e dos muros de arrimo.

    A arquitectura bizantina desenvolveu-se em trs perodos: o Primeiro perodo - sculo VI a meados do IX - se caracterizou por uma activa experimentao no traado, estabelecendo um tipo padro de Igreja centralizada.

    A igreja dessa poca era pequena, contendo um ncleo cruciforme, grossos pilares sustentando a cpula sobre a interseco dos braos da cruz e abbadas cilndricas estendendo-se sobre cada um dos quatro braos. reas abobadadas adicionais eram colocadas nos ngulos formados pelos braos da cruz, dando ao edifcio um plano rectangular.

    Apesar de pequena esse tipo de Igreja apresentava em seu interior um efeito de vastido e claridade conseguidas atravs da simplicidade dos pilares e arcos e pela luz brilhante e uniforme que vinha de amplas janelas situadas na cpula e nas paredes.

    O exterior era singelo composto apenas por formas geomtricas simples e janelas desadornadas e com apenas um arco. Esse tipo cruciforme copular propagou-se Grcia e Anatlia, enquanto as regies mais distantes tiveram estilos prprios e independentes dessa arquitectura.

    O Segundo perodo sculos IX e meados do XIII foi marcado no por um tipo especfico de Igreja, mas quatro tipos centralizados diferentes, consistindo cada um deles em um ncleo copulado com varias combinaes da cruz, do octgono e do quadrado. Quase todas eram pequenas e as mais comuns inscritas em um quadrado (descendia provavelmente da igreja cruciforme da primeira fase).

    A cruz inscrita no quadrado apresenta as reas abobadadas nos ngulos dos braos da cruz, unidas ao ncleo cruciforme isso era conseguido pela reduo do tamanho das pilastras de suporte da cpula. Esse elo dava Igreja a aparncia de maior amplitude, alm de uma maior complexidade e subtilezas no presentes na primeira fase.

    Tambm desaparece, nesta fase, a simplicidade e a claridade a abertura da janela anteriormente abarcada por um nico arco, agora se divide em dois ou trs e as janelas e so menores e menos numerosas.

    (tringulos pendentes)

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    Nesse perodo as superfcies foram delicadamente trabalhadas detalhes em pedra lavrada ornamentavam os interiores e nos exteriores ladrilhos eram dispostos em desenhos decorativos. Exteriormente o perfil dos edifcios torna-se mais complexo: a cpula assentava-se sobre um alto tambor cilndrico, haviam vrios nveis de telhados, botarus e meias colunas de tijolos projectavam-se do corpo da igreja.

    Durante esse perodo vrias escolas arquitectnicas locais surgiram: Capadcia (centro-oriental da Anatlia) construiu minsculas igrejas encravadas na rocha viva; na Grcia os exteriores so ornados com alvenaria de tijolos; na Itlia a arquitectura era provinciana e influenciada pelo estilo ocidental com excepo da Igreja de So Marcos em Veneza (esta na verdade uma cpia, do sculo XI, de um original do sculo VI a Igreja dos Santos Apstolos, de Constantinopla, construda por Justiniano no mesmo lugar da igreja do mesmo nome erigida por Constantino).

    No ltimo perodo que durou at 1453, a maior parte desses estilos perdurou com algumas diferenas no ltimo perodo os arquitectos acentuaram a verticalidade do interior e exterior, atravs no apenas do acrscimo de elementos como colunas, pilastras e botarus, mas tambm pelo aumento real dos edifcios. Alm disso, enquanto no segundo perodo as igrejas tinham em comum apenas uma cpula, as do ltimo, frequentemente, tinham cinco (uma grande cpula no centro e uma menor em cada canto).

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    4. Baslica Santa Sofia

    Santa Sofia (Hagia Sophia) sagrada sabedoria Com mais de 30 metros de um lado ao outro e 53 metros de altura, o interior abobadado ultrapassava em tamanho todas as igrejas da Europa. Edificada por Justiniano em 537, foi por nove sculos o centro que comandou o mundo ortodoxo cristo, dela os missionrios propagavam a cultura bizantina em toda a Europa Oriental e na Rssia at a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453 que converteu a igreja em mesquita.

    Artmio de Tralles e Isidoro de Mileto arquitectos conceberam, anos antes, sua planta que combinava o modelo basilical e a rotunda criando um edifcio novo apoiado

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    sobre a cpula e com um sistema de contra-resto que inclua duas semi-cpulas dispostas no eixo longitudinal do espao.

    As semi-cpulas repousavam por sua vez em dois pequenos nichos organizados na diagonal em relao ao eixo. Esta soluo era original, pois rejeitava as filas de colunas que separavam as naves da baslica e as estruturas com deambulatrios concntricos.

    4.1. O exterior da baslica Santa Sofia - Semelhante ao dos outros edifcios estilo bizantino, atarracado, muito volumoso, o que evidencia a cpula, os minaretes so um produto da invaso turca, as portas de entrada para Santa Sofia no esto decoradas com motivos bizantinos antigos. A entrada principal conduz-nos ao nrtex exterior, que mede 60,9 metros de comprimento por 6,03 metros de largura e o seu tecto est repleto de arcos apoiados em colunas.

    Na era bizantina o nrtex exterior estava reservado para aqueles que ainda no tinham sido baptizados. As portas de acesso aos minaretes construdas na era Otomano encontram-se na ala norte e ala sul.

    (cpula, semi-cpulas)

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    4.2. Nrtex interior - os tectos esto cobertos de azulejo, e as paredes de mrmore talhado. A abundncia de cor, dos floreados e das formas geomtricas no azulejo com fundo a ouro proporciona-nos uma magnfica aparncia.

    4.3. Nave Central - O interior, muito amplo, uma complexa interaco de volumes cncavos e convexos. A enorme cpula domina e as arcadas da nave central e das

    (planta,corte,exterior)

    (nrtex exterior)

    (nrtex interior)

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    exedras separam-nas das naves laterais envolventes, de tal modo que o ncleo central parece expandir-se para fora e para cima. No seu interior a sensao de peso desaparece, sob um requintado controle da luz, que desempenha um papel primordial na caracterizao das formas e dos espaos, contribuindo para a unificao dos diferentes espaos numa soluo plasticamente dinmica baseada em dilataes e contraces.

    4.4. A cpula - cpula construda com tijolos de vidro e o seu interior coberto com mosaicos decorativos brilhantes, desde o topo at a sua base. As quarenta janelas na base da cpula so decoradas com mosaicos multicolor, a cpula mede 31 m dimetro e contem 40 nervuras.

    4.5. Abside - A semi-cpula da abside completamente coberta de mosaicos. Quando o estuque foi removido em 1935, foi descoberto um painel representando a Virgem Maria com o menino Jesus ao colo. Nesta cena aparecem tambm dois anjos. O arcanjo Miguel, a norte, est destrudo em quase toda a sua totalidade. O arcanjo Gabriel est em p direita, com um globo na sua mo esquerda, encontra-se tambm deteriorado.

    (cpula)

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    4.6. Paredes (interior) - As paredes da nave principal esto cobertas de mrmore at a parte superior da galeria. As paredes das naves laterais e do nrtex interior esto cobertas com mrmore desde o cho at ao teto. Estes valiosos mrmores de todas as cores e de diferentes regies do imprio foram especialmente escolhidos para Santa Sofia. Diz-se que o mrmore branco, proveniente da ilha de Marmara (Proconnenus); o mrmore verde, da ilha de Egriboze do Monte Tagetus: o mrmore rosa de Synada; o mrmore amarelo de frica e o vermelho de frica do Norte foram trazidos para Constantinopla. O mrmore foi cortado de maneira a que os veios ficassem simtricos para criar padres decorativos para adornar as paredes. Descries gravadas na pedra em forma de painel encontram-se maioritariamente nas duas naves laterais, embora, alguns encontram-se por cima do porto imperial.

    (paredes, mrmore)

    (abside)

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    4.7. Colunas - O interior tem 107 colunas, 40 delas no nvel do trreo e as demais na galeria superior. As mais importantes e maiores das 107 colunas esto no trreo, algumas delas trazidas de templos ainda mais antigos e de diferentes regies do imprio, como do Templo de Artemis.

    4.8.Capiteis - capitis e os arcos que os ligam so elementos importantes da beleza arquitectnica, so meticulosamente esculpidos num delicado rendilhado.

    A Igreja de Santa Sophia passou por diversas reparaes, a primeira ocorreu em 558, quando em consequncia de um terramoto a torre principal ruiu, sendo restaurada com aumento de altura. Em 1454, logo aps a conquista de Constantinopla pelos turcos, foi transformada em mesquita: em cada ngulo externo se construram quatro minaretes, tendo o interior do templo sido adaptada s necessidades do culto muulmano; as figuras humanas de seus mosaicos desapareceram sob estuque.

    (colunas, arcadas)

    (capitis)

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    Em 1847-48 foi restaurada completamente pelo arquitecto Fossati, e em 1926 o domo, que estava em pssimo estado, foi reforado pelo exterior e teve seu telhado substitudo.

    Santa Sofia (Hagia Sophia) era a glria da cidade, tendo influenciado a arquitectura de outras cidades como: Ravena, Veneza, Kiev, Moscou, sendo ainda hoje um dos monumentos arquitectnicos mais belos do mundo.

    5. Concluso - A Arte Bizantina foi o resultado de uma diversidade tnica, foi o ponto

    de fuso entre a Europa e a sia, com forte influncia das civilizaes orientais. No

    reinado de Justiniano, Constantinopla tornou-se a capital artstica e politica no Imprio

    do Oriente, os grandes monumentos da poca como por exemplo Santa Sofia

    espelham uma poca que foi chamada a idade de ouro.

    Atravs das suas expresses artsticas, principalmente atravs da sua arquitectura

    grandiosa e dos seus mosaicos, tornou-se um prolongamento do dogma e o

    desenvolvimento da doutrina crist. As suas imagens representaram um maravilhoso

    espectculo para a alma.

    (minaretes)

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    6. Bibliografia

    DVD - Cenrio HISTORIA Editora Divisa udio Portugus, Espanhol, Ingls Dolby Digital 5.1 Formato Vdeo Widescreen 1.78:1 anamrfico Legendas Portugus, Espanhol, Ingls Formato DVD Durao 44 Minutos Nmero de Discos 1 Ano 2006

    DVD -National Geographic Ancient Megastructures: Istanbuls Hagia Sophia Genre: Documentary

    Discover how the church of Hagia Sophia in Istanbul, rebuilt by the Roman Emperor Justinian, has survived 1,500 years of turbulent history.

    Livro - Nova Histria da Arte de Janson

    http://wiki.sapo.pt/wiki/Imp%C3%A9rio_Bizantino

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Bizantino

    http://www.nossaversao.pro.br/liturgia_detalhes.php?numero=63

    http://valiteratura.blogspot.com http://thiagohmlopes.blogspot.com http://www.adevaherranz.es/Arte/Universal/EDAD%20MEDIA/Bizancio

    /Bizancio.htm

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    ndicepg.