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8/12/2019 História da Raiva
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Epidemiologia e Controle de Doenças – Departamento de Vigilância à Saúde
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Epidemiologia e Controle de Doenças – Departamento de Vigilância à Saúde
A raiva é uma das doenças conhecidas
há mais tempo na história dahumanidade.
Muito se descobriu a respeito dela, masmuito ainda permanece obscuro.
Infelizmente, embora sejaimunoprevinível, muitas pessoas, nos diasde hoje, morrem de raiva.
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Da palavra em sânscrito derivou o latimclássico rabĭes , do qual o latim vulgar rabĭa .
A palavra em grego Lyssa ( / ) provém da raiz lud que também
significa “violento”.
A palavra raiva é registrada desde3.000 A.C, no sânscito "rabhas"que significa "fazer violência".
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Português: do latim vulgar rabĭa século XIV– rávia / século XV - raiva
O TERMO NAS LÍNGUAS MODERNAS
Inglês: do latim clássico rabĭes 1661 - rabies
Espanhol: do latim vulgar rabĭa 1220-1250 -
rabia
Francês: do latim vulgar rabĭa 1288 - rage
Italiano: do latim vulgar rabĭa séculos XIII-XIV - rabbia
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“Se um cão está
louco e asautoridadesnotificaram ao dono,
e se ele nãoprendê-lo e o cão
morder um homem ecausar a sua morte,então o dono deve
pagar 40 shekels deprata, mas se ele
morder um escravoe causar sua morte,
o dono pagará 15shekels”.
A mais antigareferênciaconhecida sobre adoença, data de
2.300 AC, naMesopotâmia, nos
Códigos de
Eshnunna:
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Democritus (500 B.C.) andAristotle (322 B.C.) in ancientGreece.
He , believing it to be aninflammation of the nervoussystem
Democritus, in his book ReasonsAbout Animals, he is trying toexplain the role of the internalorgans in the physiology of theanimal.
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Em 30 A.C. PubliusVirgilius Maro,poeta de César,
descreveu a raivacanina, afirmandoque era causada
pelo ar pestilento.
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No 1º século D.C.Aulus Cornélius Celsus
afirmou que a doençaera incurável,reconheceu a conexãoentre a raiva animal ehumana, a transmissão
pela saliva, erecomendou a
cauterização comotratamento paraferidas causadas por
cão raivoso.
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Ainda no séc I D.C,Plínio, o Velho, noVII volume de sua
História Natural,escreveu que um
verme na língua dos
cães era o causadorda raiva.
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Até a descoberta da vacina anti-rábica, adoença, resultado da ação de um vírustransmitido pelos lobos, condenava as
vítimas à morte após longos sofrimentos.
Durante séculos, a mera menção do termo"raiva" suscitava um sentimento de terror,
mesmo entre as pessoas mais corajosas.
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Antes que Louis Pasteur estabelecesse embases científicas as relações entre o
homem e o vírus da raiva, a humanidade foiimpotente diante desse flagelo. Nenhum
tratamento conseguia combatê-la ou
erradicá-la.
As vítimas eram, em geral, abandonadas ou
submetidas a charlatães, que indicavampaliativos sem nenhum efeito sobre aevolução fatal da doença.
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Até então, o tratamento “mais eficaz” era acauterização da ferida.
Amarrada, dominada porfortes assistentes e na
presença de curiosos
horrorizados, a vítima era"operada" por um ferreiro
impassível, que cauterizava a
mordida o mais profundamentepossível, sem se importar comos gritos de dor provocados.
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Haviam também receitas caseiras do tipo:
"Pegue uma galinha viva, depene seutraseiro e aplique-o sobre o local afetado.
Mantenha-a assim por longo tempo e aperte
seu pescoço até que a galinha abra otraseiro e 'extraia' assim o veneno. Depois,moa nozes com sal para fazer um emplastro,
que deve ser aplicado no lugar. A galinhadeve ser queimada para que nenhuma pessoaa coma e se torne assim raivosa".
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Na França, em 1810, uma lei foi proposta,nos seguintes termos:
“Sob pena de morte, proíbe-se estrangular,asfixiar, sangrar pelas quatro extremidades
ou matar de qualquer outra maneira àspessoas atacadas de raiva, hidrofobia ouqualquer outra enfermidade que provoque
acessos, convulsões ou loucura furiosa.
Corresponde à polícia e à família dasvítimas, tomar precauções para proteger a
saúde pública e a particular"
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No século XIX vários cientistaspesquisaram a transmissão do vírus pela
saliva, e sua afinidade com o SistemaNervoso Central.
Dentre estescientistas, LouisPasteur foi quemdescobriu o vírus
fixo, e desenvolveu aprimeira vacina anti-
rábica, em 1885.
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Com as descobertas de Pasteur, iniciou-seuma nova era no controle da raiva,
tornando-se possível tratar essaenfermidade letal e altamente freqüentena época, havendo uma queda nos níveis
de mortalidade por raiva para 1 a 2 %.
Outros pesquisadores desenvolveram
novas vacinas, que passaram a ser usadas.Porém a vacina original de Pasteur aindafoi utilizada até 1959.
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Os primeiros estudos com autilização de imunização
passiva contra raiva datamde 1890, porém o soro anti-rábico só passou a ser
utilizado na imunoprevenção
após importante observaçãofeita em 1955 por Baltazarde Bahmanyar no Irã, quando
um lobo raivoso atacou uma aldeia e mordeu29 pessoas. O uso do soro determinou umadiminuição considerável na porcentagem de
mortalidade nas pessoas tratadas.
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Em 1903, mesmoano em que Negri
descobriu asinclusões
citoplamáticas
patognomônicas deraiva, teve início asAções de Vigilância
Epidemiológica daRaiva no Estado deSão Paulo, pelo
Instituto Pasteur
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Até 1910, não se conhecia a participação dosmorcegos na transmissão da raiva.
Em 1911, Carini, pesquisador do InstitutoPasteur de São Paulo, investigando um surto na
zona rural de Santa Catarina, notou que os
casos ocorriam nas duas margens do rio Itajaí,em locais cuja travessia seria impossível paraum cão. O médico constatou a existência de
morcegos hematófagos e indícios de ataquedestes. No Instituto Pasteur comprovou, emlaboratório, que os morcegos eram os
responsáveis pelo surto.
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Com medo de provocar a enfermidade naspessoas que fossem vacinadas, foramdesenvolvidas as vacinas inativadas:
Fermi (1908) e Semple (1919).
Estas vacinas foram utilizadasamplamente até os anos 50.
A vacina desenvolvida por Pasteur, era detecido nervoso, com vírus vivo atenuadoatravés de várias passagens em coelhos.
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Com medo de provocar a enfermidade naspessoas que fossem vacinadas, foramdesenvolvidas as vacinas inativadas:
Fermi (1908) e Semple (1919).
Estas vacinas foram utilizadasamplamente até os anos 50.
A vacina desenvolvida por Pasteur, era detecido nervoso, com vírus vivo atenuadoatravés de várias passagens em coelhos.
P é 1960 h d
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Porém, em 1960, uma campanha devacinação em Fortaleza-CE, utilizando
vacinas tipo Fermi, resultou num surto deraiva, onde
morreram 18pessoas. Tal
ocorreu devidoa uma mutação
involuntária nas
amostras devírus usados nafabricação da
vacina
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Em 1954, no Chile, Fuenzalida e Palaciosdesenvolveram uma vacina de vírus
inativado, feita no cérebro decamundongo lactente. Assim, emborafeita em tecido nervoso, a vacina não
deveria conter mielina, o que levava àdiminuição dos acidentes vacinais.
Esta foi a vacina utilizada no Estado de
São Paulo até 2000, e no Brasil até 2002,quando foi substituída pela vacina feita
em cultivo de células diplóides.
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Desde Pasteur, asvacinas anti-rábicas
eram aplicadas aoredor do umbigo.
Isto porque aaplicação subcutânea
de volumes como 5
ml não podia ser emoutra localização
anatômica
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Com a evolução das vacinas,tendo-se elas tornado mais
imunogênicas, o volume diminuiu, ea aplicação passou a serintramuscular.
Como as aplicações eram diárias,por pelo menos 7 dias, fazia-se um
rodízio de músculos:1ª dose - Deltóide D 6ª dose – Delt. E
2ª dose - Deltóide E 7ª dose – Glut. E3ª dose - Glúteo E 8ª dose – Glut. D
4ª dose - Glúteo D 9ª dose – Delt. D
5ª dose - Deltóide D 10ª dose – Delt. E
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Epidemiologia e Controle de Doenças Departamento de Vigilância à Saúde
A partir de dadosdivulgados em 1992 pelo
Comitê de Peritos em Raivada OMS, demonstrando que
a administração no Glúteo
determina baixos níveis deanticorpos, a via deadministração passou a ser
IM profunda no Deltóide.
No caso de crianças menores de 2 anos,pode ser aplicada no Vasto Lateral.