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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEXTA-FEIRA 22 DE MARÇO DE 2013 ANO XII Nº 2817 PUB PUB PROCESSO PENAL Deputados contra sistema urgente para não-residentes PÁGINA 2 ENSINO ESPECIAL Professora portuguesa sem data de chegada PÁGINA 4 MIECF 2013 Dez empresas de Portugal com olhos na China PÁGINA 10 PUB VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) Ter para ler Os quatro arguidos no âmbito do “caso das campas” foram pronunciados para ir a julgamento, agora que terminou a fase de instrução. A decisão, que ainda não transitou em julgado, está no segredo de justiça. Seja como for, o Hoje Macau sabe que os arguidos podem agora pedir recurso da decisão do juiz de instrução. PÁGINA 3 PUB h Julgamento à porta CASO DAS CAMPAS Juiz de Instrução pronuncia-se ANTÓNIO PATRÍCIO INÉDITO MOP$10 MUITO NUBLADO MIN 19 MAX 25 HUM 70-95% EURO 10.1 BAHT 0.2 YUAN 1.2 CONCURSO PÚBLICO PARA LIMPEZA URBANA EMPRESA LUSA CONFIANTE NUM BOM RESULTADO PÁGINA 5

Hoje Macau 22 MAR 2013 #2817

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2817 de 22 de Março de 2013

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Page 1: Hoje Macau 22 MAR 2013  #2817

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • sexta-feira 22 de março de 2013 • Ano Xii • nº 2817

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processo penal

Deputados contra sistema urgente para não-residentes

página 2

ensino especial

Professora portuguesa sem data de chegada

página 4

MiecF 2013

Dez empresas de Portugal com olhos na China

página 10

pub

Venham mais cinco (séculos)

Ter para ler

Os quatro arguidos no âmbito do “caso das campas” foram pronunciados para ir a julgamento, agora que terminou a fase de instrução. A decisão, que ainda não transitou em julgado, está no segredo de justiça. Seja como for, o Hoje Macau sabe que os arguidos podem agora pedir recurso da decisão do juiz de instrução. página 3

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hJulgamento à portacaso Das campas Juiz de instrução pronuncia-se

antóniopatrício

• InéDIto

mop$10

Muito nublado Min 19 Max 25 huM 70-95% • euro 10.1 baht 0.2 yuan 1.2

concurso público para liMpeza urbana

eMpresa lusa conFiantenuM boM resultado

página 5

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sexta-feira 22.3.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

Os deputados estão com dúvidas no que diz respei-to à aplicação do processo de urgência para os não-

-residentes que cometam crimes em Macau. A 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) reuniu ontem com o Executivo, para continuar a análise da alteração ao Código de Processo Penal (CPP). Em cima da mesa estiveram alguns destaques, mas a aplicação deste tipo de julgamento foi o que mais motivou a discussão entre assessorias.

O Governo sugeriu que os não-residentes – incluindo os tra-balhadores – que cometessem cri-mes no território fossem julgados através de processo de urgência. A

Andreia Sofia [email protected]

A Associação de Divulgação da Lei Básica de Macau (ADL-

BM) continua a apostar na criação de uma disciplina própria para que a mini-constituição seja ensinada aos alunos do ensino básico e secundá-rio. A prova disso é a abertura do processo de candidaturas ao Plano de Divulgação da Lei Básica nas Escolas. Este vai decorrer entre setembro e Dezembro e cada insti-tuição de ensino deverá apresentar o seu próprio projecto. “Na maioria das escolas os estudantes receberam alguns conhecimentos sobre a Lei Básica, mas o que estamos a falar é da possibilidade de se criar uma disciplina específica nas escolas. De facto, em comparação com outras regiões, nós estamos na vanguarda da promoção da Lei Básica. Mas podemos fazer ainda melhor”, expli-cou Lam Pui Lam, vice-presidente da ADLBM.

Quanto à actual situação da

divulgação da Lei Básica, tanto Lam Pui Lam como a própria Di-recção dos serviços de Educação e Juventude (DsEJ) falam de um panorama diferenciado. “Há certas escolas que incluem esses cursos no primeiro ano do ensino secundário, mas depende de cada escola e da situação concreta de cada uma. Há escolas que consideram a Lei Básica como uma disciplina e uma matéria essencial, mas há outras que seguem o material escolar adiantado pela DsEJ. Trata-se de material de estudo sobre educação cívica, onde já estão incluídos conhecimentos sobre a Lei Básica”, acrescentou Lam Pui Lam.

O vice-presidente da ADLBM falou da existência de cursos para

formar professores capazes de en-sinar a Lei Básica, mas não soube adiantar quantos é que já foram formados. Contudo, “quem está a ensinar deve ter participado nos cursos para ter uma noção mínima. Há um grande número de profes-sores que tem o conhecimento mínimo para ensinar.”

Do lado da DsEJ, Cheong Kuai san, director do centro de educação permanente, garantiu que “o material de educação cívica abrange conhecimentos sobre a Lei Básica e de facto é um requisito básico para os estudantes. Em cada ano de aprendizagem divulgamos a Lei Básica junto dos estudantes”.

Este plano para as escolas é uma das muitas actividades que vão decorrer nos próximos me-ses para comemorar os 20 anos da Lei Básica, juntamente com cursos, concursos, jogos infantis e seminários. A organização é da ADLBM em conjunto com Assuntos Cívicos e Municipais, serviços de Justiça e DsEJ.

Cecília [email protected]

EsPECiALisTAs da área social e o deputado Au Kam san fala-

ram, ontem, ao canal TDM chinês sobre o período de impossibilidade de venda dos apartamentos de ha-bitação económica. A nova lei de habitação económica regula que o período é de 16 anos e que, quando a habitação seja vendida, algum do dinheiro tem de ser devolvido ao Governo. Alguns especialista pensam que a medida é racional, mas há também quem pense que a medida não ajuda a ajustar o preço do mercado imobiliário privado.

Para um dos membros do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública, sandro Kou, o subsídio é racional. “A proporção pedida pelo Governo impede que haja lucro e quando o Governo recomprar a casa, a habitação poderá ter outra aloca-ção.” Mas, para o vice-director

da Associação Económica de Macau, Chang Chek io, o período de impedimento de venda da casa de 16 anos não ajuda a ajustar o preço de mercado privado. “isso não influencia em nada o mer-cado imobiliário. Normalmente, o período nos outros países é de cerca de seis anos.”

O deputado Au Kam san tam-bém questionou o período de 16 anos. “A lei antiga da habitação económica só regulava seis anos no período de travamento. isso dá possibilidade aos proprietários de comprar casas privadas depois de vender a sua casa pública, para mudar para uma casa maior e me-lhor. Mas com a nova lei, quase é impossível mudar de casa.” De fac-to, na manifestação de 1.º de Maio do ano passado, alguns residentes manifestaram-se contra a nova lei, considerando que comprar uma casa económica é ficar preso para sempre. Au Kam san recomenda ao Governo que reveja a lei.

Processo Penal Possibilidade de processo urgente para não-residentes faz discordar

Com medo de possível discriminaçãoComissão assegura que entende a intenção do Governo em aplicar o processo de urgência nestes casos, mas também manifesta preocu-pações face ao que pode ser con-siderado discriminação. “se não houver esta norma, rapidamente poderá haver lugar a abusos, mas também nos preocupamos que possa haver discriminação porque os não-autorizados a permanecer no território têm direito a um processo de urgência, mas os re-sidentes não.”

Como cidade turística e “aberta 24 horas por dia”, Macau é propício a que pessoas de fora possam come-ter crimes. O Executivo assegura que, sem o processo de urgência, os suspeitos têm de ficar em Macau, mas, ao não terem autorização para trabalhar e, consequentemente,

dinheiro, podem vir a cometer mais crimes.

MP ContrAPor agora, a assessoria do Governo apenas se compromete a alterar a redacção do artigo correspondente aos não-residentes e ao respectivo processo a ser aplicado, de forma a que esta seja melhorada. Ainda assim, o Ministério Público (MP) já disse não concordar com a si-tuação, porque entende que essa solução pode não ser viável para o sistema judicial de Macau. “Há muitos processos com muitos não-residentes envolvidos. Tendo em conta o trabalho do MP e dos tribunais, [o MP] diz não ser viá-vel”, explicou Cheang Chi Keong, presidente da Comissão. O proble-ma é que a explicação do MP não

convence. “Não sabemos quantos não-residentes estão envolvidos em processos. Mas [também nos preocupamos] que esta norma possa resultar em demoras para outros processos, porque não es-tão elencadas situações em que a norma possa ser aplicada.”

A 3.ª Comissão garante não estar contra a norma, mas pede que esta seja melhor redigida, “ de forma a não dar lugar a zonas cinzentas ou novos problemas”.

Na próxima semana, Governo e deputados voltam a encontrar--se, desta vez para discutirem os artigos relacionados com as escutas telefónicas e as buscas domiciliárias. O Executivo já disse que não intenção de alterar a norma referente às escutas de telefonemas, mas uma vez que a Associação de Advogados de Macau manifestou opiniões, a discussão vai ser necessária.

Em cima da mesa está ainda a alteração do artigo referente às buscas em casa de suspeitos, que ao invés de ter na redacção “proibidas antes e depois do nascer do sol”, poderá passar a ter horas concretas. O Governo propôs das seis horas da manhã às 21 horas, mas os deputados ainda não sabem se esse será o período adequado.

Candidaturas para plano das escolas abrem em Setembro

“Estamos na vanguardada promoção da Lei Básica”

Período de impedimento para vendade casas económicas gera discussão

Uma questãode tempo

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3políticasexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo

Gonçalo Lobo [email protected]

Terminada a fa- se de instrução, os quatro arguidos no âmbito do “caso

das campas” foram pronun-ciados para ir a julgamento. de acordo com fonte bem informada junto do minis-tério Público (mP) e que pediu anonimato, o actual presidente do instituto para os assuntos Cívicos e mu-nicipais (iaCm), raymond Tam, o vice-presidente Lei Wai nong, o chefe do de-partamento dos Serviços de ambiente e Licenciamento, Fong Vai Seng, e ainda um funcionário, ajudante de encarregado, de nome Siu Kok Kun, poderão ir mesmo até à barra dos tribunais. e poderão, porque a decisão foi ontem proferida e é passível de recurso.

ao nosso jornal, que em dezembro do ano passado tinha avançado com a notícia de que o mP tinha constitu-ído arguidos no “caso das campas, foi lembrado que o processo ainda continua em segredo de justiça uma vez que ainda não transitou em julgado, contudo mui-to dificilmente os quatro envolvidos – constituídos arguidos durante o processo de investigação e não pela atribuição das campas - es-caparão de ir a julgamento.

Os quatro indivíduos “foram acusados de preva-ricação por terem demorado tempo demasiado a entregar os documentos que o mP pe-diu” durante a investigação do caso das 10 sepulturas perpétuas do cemitério São miguel arcanjo.

em macau, o crime de prevaricação tem uma moldura funcional, ou seja, é praticado por um fun-cionário público contra a administração Pública. na verdade, o acto consiste em retardar ou deixar de praticar indevidamente um acto de ofício – neste caso o atraso na entrega de documentação expressamente pedida e es-sencial para a investigação do mP.

de acordo com o artigo 333.º do Código Penal de macau no seu Capítulo iV – Crimes contra a realiza-ção da justiça, este tipo de

Caso das campas Quatro arguidos podem recorrer da decisão do juiz de instrução

Pronunciados para ir a julgamento

raymond Tam recusou a comentar a sua acusaçãoRaymond Tam, o presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), recusou ontem comentar o facto de ser arguido no âmbito do caso das campas e a sua recente nomeação para a Comissão de Eleição para o sufrágio deste ano. Confrontado com as diversas perguntas dos jornalistas chineses, Raymond Tam fingiu estar a jogar no seu telemóvel – como a foto documenta - e, a custo, respondeu que não comentava. - C.L.

marques, deveria ter tido outra atitude no caso. O relatório do comissariado é peremptório: “Verifica-se efectivamente a existência de diversas irregularidades na atribuição das sepulturas, o que contraria os esclare-cimentos então prestados.”

mais à frente, e na mes-ma moeda, Florinda Chan respondeu ao CCaC com o relatório elaborado pelo grupo de trabalho para o aper-feiçoamento do processo de concessão de sepulturas, do qual fizeram parte Raymond Tam, presidente do conselho de administração do iaCm, Lei Wai nong e Lo Veng Tak, vice-presidentes do organismo, antónio Correia marques da Silva e Fong Soi Tong, assessores do gabinete da secretária para a adminis-tração e Justiça, “limpando” a imagem de Sales marques e referindo que este agiu no âmbito dos seus poderes, não por estar de saída mas porque tinha de decidir.

a novela continua. no final do ano passado, surgiu a “polémica” relacionada com Paulina alves dos Santos. a macaense acabou exonerada dos dois cargos que ocupava na esfera da administração Pública e, em entrevista ao Hoje macau, referiu sentir-se “perseguida politicamente” porque deci-diu apresentar uma queixa relacionada com o caso ao ministério Público.

relacionado com o caso, o Chefe do executivo, Fer-nando Chui Sai On, afirmou que só depois de concluída a fase de instrução – algo que agora acontece e será brevemente anunciada - é que as autoridades se podem pronunciar sobre o caso. “Por agora é impossível falar sobre o próximo passo. muitas vezes, na sequência dos procedimentos proces-suais, o caso vai se tornando público, mas nesta altura é necessário defender o prin-cípio da confidencialidade”, pode ler-se num comunicado emitido pelo Gabinete de Comunicação Social, no final de Dezembro passado.

O “caso das campas” está envolto em polémica devi-do às diferentes versões de como é contada a história e também ao período de tempo a que já se arrasta.

crime serve, para satisfazer interesses – próprios ou de terceiros. na alínea 1 do re-ferido artigo pode ler-se: “O funcionário que, no âmbito de inquérito preliminar ou de processo jurisdicional, disciplinar ou de outra natureza, conscientemente e contra direito, promover ou não promover, conduzir, decidir ou não decidir, ou praticar acto no exercício de poderes decorrentes do car-go que exerce, com intenção de prejudicar ou beneficiar alguém, é punido com pena de prisão até cinco anos.”

“na verdade, e a meu ver, a acção dos quatro indivídu-os não deverá ser entendida juridicamente como uma intencionalidade de satis-fazer um interesse pessoal mas sim porque, intencio-nalmente, terão atrasado a execução do seu trabalho em proveito de terceiros”, referiu ainda fonte próxima do mP ao Hoje macau, em dezembro de 2012, altura que os quatro indivíduos foram tornados arguidos.

Um roLde acontecimentosO “caso das campas” teve início em 2001 quando, alegadamente, terão sido atribuídas 10 sepulturas per-pétuas indevidamente com o conhecimento da secretária para a administração e Jus-tiça, Florinda Chan, e com

o aval do então presidente da Câmara municipal de macau Provisória, José Luís de Sales marques.

Contudo, apenas em 2010 é que rebentou a bom-ba. Vieram a terreiro diver-sas queixas dos deputados José Pereira Coutinho e au Kam San – que reconheceu em 2011 falhas na comissão que abriu caminho à atribui-ção das dez campas perpétu-

as e na qual era vogal, e de outras tantas individualida-des, como Paulina alves dos Santos, denunciante do caso das sepulturas no ministério Público.

O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) afirmou, também em 2011, num re-latório feito em apreciação ao caso e depois de uma denúncia, que não houve qualquer abuso de poder

por parte da secretária para a administração e Justiça, Florinda Chan, afastando--a de responsabilidades na atribuição das campas. Con-tudo, o CCaC não deixou de considerar que a entidade tutelar dos órgãos munici-pais “não conseguiu garantir o cumprimento rigoroso do princípio da legalidade por parte da entidade tutelada”.

Para o CCaC, Sales

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tiago alcântara

sexta-feira 22.3.2013sociedade4 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

AindA não existe uma data concreta para a chegada da professora do

ensino especial de língua portuguesa, embora todos os processos burocráticos já estejam concluídos. Em res-posta escrita enviada ao Hoje Macau, a direcção dos Servi-ços de Educação e Juventude (dSEJ) disse apenas que a che-gada da docente irá acontecer “em breve”, estando prevista a integração no Centro de Apoio Psico-Pedagógico e Ensino Especial (CAPPEE). “A pro-fessora prestará consultas e apoiará os professores e pais dos alunos com necessidades educativas especiais”, explica o organismo.

Joana [email protected]

A Wynn Resorts respondeu ontem à notícia de que as

autoridades dos Estados Unidos reponderam que a doação à Univer-sidade de Macau (UMAC) tenha sido “imprópria e potencialmente ilegal”. Em comunicado enviado aos jornalistas, a operadora refere que a tentativa de processar nova-mente a Wynn pela doação é algo repetido. “isto é simplesmente uma

Cecília [email protected]

O presidente da Associação do Comércio e de Exposições

de Macau, Lam Chong in, fala da existência de um défice de 70 milhões de patacas no sector das exposições e convenções. Segundo dados que o próprio citou ao Jornal do Cidadão, os organizadores tiveram lucros na ordem das 160 milhões de patacas com os eventos realizados em

dSEJ diz apenas que inserção no CAPPEE será feita “em breve”

Ensino especial continua sem professora

Wynn reage a notícia de doação potencialmente ilegal

“Reciclagem de queixas”Pedido centro fixo para exposiçõe

para aumentar competitividade

Um défice de 70 milhões de patacastentativa de reciclar uma queixa

que foi anteriormente rejeitada por um juiz federal”, defende Michael Weaver, porta-voz da Wynn de Las Vegas.

A notícia, ontem avançada pela Bloomberg, dizia que a doação de 135 milhões de dólares norte--americanos da Wynn à UMAC pode ser ilegal. num novo pro-cesso interposto no nevada, não é alegado que os directores da Wynn Resorts tenha violado as leis anti-corrupção dos EUA, mas sim

que a operadora deveria saber se essa doação pode ou não ter esse poder. Além disso, as autoridades norte-americanas tentam mostrar que os accionistas da Wynn po-dem ter feito propositadamente a doação. “Eles podiam saber que, ao arranjarem este presente para a Fundação para o desenvolvimento da Universidade de Macau, os seus membros podiam ser influenciados a dar um empurrãozinho para que a aprovação da concessão do terreno para o casino da Sands fosse feita mais rapidamente”, pode ler-se na imprensa norte-americana. “A Fundação da UMAC tinha mem-bros com ligações ao negócio do jogo em Macau pela sua posição no Governo de Macau e também com ligações à Wynn por causa de relações empresariais”, alega a acusação. “A doação à UMAC foi uma tentativa inapropriada do quadro administrativo [da Wynn] em influenciar a aquisição de uma licença de casino e constituiu uma violação flagrante e chocante dos seus deveres.

Recorde-se que, em Fevereiro, o tribunal considerou que Steve Wynn e os seus sócios não tinham tido qualquer comportamento ina-propriado face à doação. A Wynn garante agora que vai defender-se “vigorosamente” e diz mesmo esperar que a pessoa que fez a acusação seja despedida.

Ao Hoje Macau, isabel dias Marques, psicóloga da Escola Portuguesa de Macau (EPM), considerou que seria importante a chegada desta docente para prestar apoio aos alunos.

Estando o CAPPEE ac-tualmente a funcionar com cinco docentes, não está, contudo, prevista a contra-tação de mais professores. A dSEJ diz apenas que “agentes e profissionais serão recrutados de acordo com o desenvolvimento e neces-sidades da comunidade de ensino especial de Macau”.

no que diz respeito ao número de alunos, registou--se um aumento: se no ano lectivo 2011/2012 eram 314 os estudantes com necessi-dades educativas especiais, dados contabilizados até 5

de Fevereiro mostram que já há 424 a receber apoio do CAPPEE. “O CAPPE proporciona apoio a todos os alunos de Macau com necessidades educativas es-peciais, independentemente de estarem matriculados em escolas de ensino regular, in-tegrado ou ensino especial.”

Para os próximos tem-pos, o objectivo é apostar na formação contínua e na criação de workshops. “O conteúdo da formação inclui métodos de ensino para os alunos com várias necessi-dades educativas especiais, tais como a hiperactividade e défice de atenção, autismo, problemas emocionais e comportamentais, deficiên-cia visual, auditiva, física ou dificuldades especificas de aprendizagem.”

2012, mas as despesas situaram--se na ordem das 230 milhões de patacas. Aconteceram menos 23% de eventos face a 2011, embora o número de visitantes tenha subido 26%.

Perante esta situação, Lam Chong in pede que o Governo construa um centro para conven-ções e exposições, por forma a atrair mais eventos de carácter mundial. O responsável falou ainda que, em 2012, aconteceram apenas três grandes convenções: o 3ª Fórum internacional de investimento e Construção de infra-estruturas, o Fórum de Economia Global de Turismo, a 3ª Exposição da indústria de Restauração da China. Para Lam Chong in, tratam-se de primeiras edições, o que revela uma “con-siderável falta de exposições”. “Além da falta de espaço, espero que o Governo possa reavaliar e fazer os ajustes necessários para a alocação dos recursos humanos”, que para Lam Chong in é um dos factores para a limitação do desenvolvimento do sector. “A competição é muito grande e o sector não teve um bom desem-penho”, assume.

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5sociedadesexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

O concurso público de recolha de resíduos sólidos urbanos e limpe-

za urbana foi aberto pela Di-recção dos Serviços de Pro-tecção Ambiental (DSPA) em Dezembro passado. Ao mesmo concorreram cinco empresas, do continente, Portugal e Espanha, entre as quais está a Urbaser, subsidi-ária da empresa portuguesa SUMA, detida pelo grupo de construção luso Mota--Engil. Presente no Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Internacional (MIECF, na sigla inglesa), no pavilhão da União Eu-ropeia, vem mostrar a sua experiência e potencial no sector a que agora concorre em Macau, potencial região de estreia do grupo. “Temos uma boa proposta, tanto no critério preço no qual ficámos em primeiro lugar. Também temos um currículo bastante superior a qualquer uma das outras empresas, o que também pontuava. Fica a restar a avaliação da parte técnica da proposta e é nisso que obviamente não conhecemos as propostas dos outros. Vai ser feita uma avaliação e esperamos que aí também consigamos su-

FrEDErICO Ma, pre-sidente da Associação

para a Protecção Ambiental de Macau, disse ao Jornal do Cidadão que nos últimos anos, graças aos muitos projectos de construção, “várias questões ambientais se tornaram cada vez mais

importantes”. Por essa ra-zão, disse ao diário de língua chinesa que era importante a “implementação de um sis-tema de avaliação ambiental o mais rápido possível, bem como uma lista dos projec-tos reconhecidos e com um sistema de qualificação”,

sem esquecer o “apoio e treino ao nível arquitectó-nico e urbano”.

O responsável citou os dados fornecidos pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Até 31 de De-zembro do ano passado,

foram recebidos cerca de 2000 pedidos pelo Fundo de Protecção Ambiental e Conservação de Ener-gia, sendo que 95% dos pedidos são de empresas comerciais e 5% de asso-ciações. Mais de 700 casos foram aprovados, num fi-

nanciamento aproximado de 70 milhões de patacas. Frederico Ma espera que a DSPA possa fazer “uma revisão periódica ao nível do financiamento e a efi-cácia do Fundo, para que possa desempenhar bem a sua função”. - C.L.

Questões ambientais lançadas por Frederico Ma

Exigido sistema de avaliação ambiental

Jorge Rodrigues, presidente da SUMA, está confiantena candidatura ao concurso de recolha de resíduos e limpeza urbana

“Temos um currículo bastante superior a qualquer uma das outras”

A espanhola Urbaser, subsidiária da empresa portuguesa Suma, é uma das cinco candidatas ao concurso público de recolha de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana. “Temos uma boa proposta, tanto no critério preço no qual ficámos em primeiro lugar, também temos um currículo bastante superior a qualquer uma das outras”, explicou o presidente Jorge Rodrigues

plantar as outras”, explicou o presidente da SUMA, Jorge rodrigues.

Mas a convicção sobe de tom quando o responsável inúmera as áreas geográ-ficas onde operam as duas empresas juntas: 24 países espalhados entre Europa, América do Sul, África e Médio Oriente. “Aqui na zona da Ásia, se ganharmos a China será o primeiro país onde vamos operar”, avança. Macau é assim visto com muita expectativa até porque pode servir de ponte para a entrada no continente. “Ma-cau é uma zona da China

que tem um potencial, não só pelo crescimento a que assistimos como o facto de estar à porta da grande China e haver aí um potencial de fazermos um bom trabalho [aqui] e estender os serviços ao continente.”

Atrás do concurso há muito tempo, desde que há três ou quatro anos tem sido falado, concorreram com uma proposta de valor de “240 milhões de patacas por ano”, ou seja, 2,4 mil milhões no contrato a dez anos - tendo sido o valor mais próximo do preço médio das propostas apre-

sentadas, o que na segunda fase de avaliação represen-tava a maior pontuação. “Já tínhamos feito o levanta-mento das condições locais há algum tempo para poder ter a proposta estudada”, refere Jorge rodrigues. A empresa, explica, ainda pre-tende apostar na educação ambiental com campanhas de sensibilização, nomeada-mente nas escolas, além de inovações nos equipamentos (menos poluentes e ruido-sos) que a actual concessio-nária, ao serviço há mais de uma década, não apresenta. Também prevê, por outro

lado, a instalação de mais ecopontos de reciclagem no território.

Para já, no entanto, ainda não há qualquer resposta da DSPA, que decidiu pror-rogar (pela terceira vez) o contrato com a actual Companhia de Sistemas de resíduos (CSr) até Outubro para melhor analisar a com-plexidade das informações e obter esclarecimentos sobre o conteúdo das propostas, faltando no entanto numa avaliação feita o “mais rapidamente possível”. “Se não for prorrogado outra vez vão ter de tomar uma

decisão com antecedência de três meses antes do fim de Outubro porque a nova empresa vai ter tempo para tomar conta do negócio”, frisa o dirigente da SUMA.

O concurso está envolto em alguma polémica por causa de uma interpelação do deputado José Pereira Coutinho que referiu alegadas suspeitas de favorecimento à actual concessionária, cujos dirigentes estiverem envolvi-dos em processos conexos ao julgamento de Ao Man Long, ex-secretário das Obras Pú-blicas e Transportes, detentor também de acções da CSr.

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sexta-feira 22.3.2013www.hojemacau.com.monacional6

ANÚNCIO [Nº.51/2013](Processo: 50/CDH-DAG/2012)

No uso das competências delegadas pelo n.º 13 do Despacho n.º 09/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 13, II Série, de 28 de Março de 2012, e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, são por esta via notificados WONG LOK e WONG SIO FONG, promitentes-compradores da fracção V do 25.º andar do Bloco IV do Edifício de Alameda da Tranquilidade, do seguinte:

Conforme as averiguações feitas por este Instituto, verificou-se que os promitentes-compradores da fracção V do 25.º andar do Bloco IV do Edifício de Alameda da Tranquilidade, não instalou o portão metálico conforme o modelo do portão de correr definido nas plantas do Instituto de Habitação, pelo que existe infracção neste acto, nos termos da alínea h) do n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto, “não colocar grades de segurança e estendais que não obedeçam aos padrões definidos pelo IH”. Sobre o facto da infracção, os promitentes-compradores devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas que lhes sejam favoráveis, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do n.º 1 do artigo 19.º do mesmo decreto-lei.

E, se não apresentarem as contestações no prazo indicado, ou as explicações das mesmas não forem admitidas por este Instituto, de acordo com o artigo 19.º do decreto-lei supracitado (processo de aplicação das multas), os interessados acima referidas estarão sujeitos à aplicação da multa de mil patacas (MOP 1 000,00), nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 18.º.

Se for necessário consultar o respectivo processo, poderão dirigir-se ao Instituto de Habitação, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, e contactar a Sr.ª Wong (telefone n.º 2859 4875, extensão n.º 721).

Aos, 18 de Março de 2013. Pelo Presidente,

Iam Lei Leng Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos

O presidente chinês, Xi Jinping, conver-sou ao telefone, esta quinta-feira com o

secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Ban Ki-moon congratulou Xi Jinping pela recente eleição como presidente da China e disse que

Chineses que quiserem doar órgãos poderão fazer registo onlineOs chineses que quiserem doar os seus órgãos gratuitamente depois de falecerem poderão registar-se pela internet a partir do final de Junho de 2013. Isto será possibilitado devido à entrada em funcionamento de um sistema de administração de informações deste tipo de voluntariado. O sistema vai incluir os dados dos registados por todo o país a fim de unificar as informações entre as pessoas com necessidade de receber órgãos e as pessoas doadoras. A Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar afirmou que a China está a planear promulgar os regulamentos sobre a distribuição e a obtenção de órgãos doados para distribuir os recursos segundo factores como a urgência, região e idade dos doentes.

Mais de 270 mil estudantes chineses no estrangeiro regressam à China Em 2012 mais de 270 mil estudantes chineses que estudaram no estrangeiro voltaram à China, um aumento de 46,6% em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados ontem pelos departamentos do sector. Nos últimos anos, muitos dos chineses que estudam no estrangeiro voltaram para participar activamente no país, informa a rádio China. Desde 1978, mais de um milhão de estudantes chineses que foram estudar no estrangeiro regressaram ao gigante asiático. Somente nos últimos cinco anos, este número foi de cerca de 800 mil.

Xi Jinping conversa ao telefone com Ban Ki-moom

Em nome da paz e do desenvolvimento

PMI preliminar de indústria da China sobe para 51,7 após feriadoO crescimento no vasto sector industrial da China acelerou em Março, segundo a pesquisa preliminar Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) esta quinta-feira, recuperando de uma queda guiada por um feriado no mês anterior, mas ainda abaixo do forte desempenho de Janeiro. O PMI de indústria do HSBC de Março subiu para 51,7 face aos 50,4 de Fevereiro, mas continuou abaixo do máximo dos últimos dois anos de 52,3 atingido no começo do ano. A retracção em Fevereiro sustentou as expectativas de que a dinâmica de crescimento na economia estava a perder força e que seria nula durante o ano de 2013. De facto, os dados divulgados no começo de Março sugeriram que a economia teve no início de 2013 um crescimento fraco.

a ONU elogia altamente o facto da China persistir no caminho do desenvolvimento pacífico e espera que esta desempenhe um papel mais positivo no cenário internacional.

Ban Ki-moon elogiou também a visita de Xi Jinping à Rússia e a três países africanos. Para além

disto, o secretário-geral da ONU espera que o 5º Encontro de Líderes do Brics tenha grande sucesso. Segundo Ban Ki-moon, a ONU está disposta a fortalecer a cooperação com a China nos assuntos africanos.

Ban Ki-moon disse ainda que acredita que o povo chinês possa

concretizar o sonho chinês da renascença da Nação Chinesa, como expressou o presidente Xi Jinping.

Xi Jinping agradeceu a con-gratulação de Ban Ki-moon e sublinhou que o desenvolvimento chinês se relaciona com o mundo. O país persiste no desenvolvi-mento pacífico, na estratégia de abertura de benefício recíproco, na promoção da paz e do desen-volvimento mundial.

A China será sempre um apoiante e um importante par-ceiro da ONU. Também defende e promove o multilateralismo, salvaguardando o princípio da Carta das Nações Unidas e o prestígio da entidade.

Com o desenvolvimento con-tínuo, o país continuará a cum-prir o seu dever internacional, aprofundando a cooperação com a ONU, salvaguardando a justiça internacional, e promovendo a cooperação, a fim de dar mais contribuições para a paz e para o desenvolvimento da Humanidade.

Xi Jinping reiterou também a contribuição da ONU com a paz e o desenvolvimento africano. Xi disse ainda que a China está dis-posta a reforçar os intercâmbios e a cooperação com a ONU para envidar mais esforços para a paz e o desenvolvimento africano e mundial.

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sexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo 7região

Pequim planeia construir um novo aeroporto nos subúrbios

do distrito de Daxing, sul da cida-de, próximo à Província de Hebei, segundo uma conferência de im-prensa convocada esta terça-feira.

O projecto do novo aeroporto foi aprovado pelo Conselho de estado e pela Comissão militar Central no final de 2012, infor-mou Shao Heng, vice-chefe do escritório do governo do distrito de Daxing, na conferência de imprensa destacando o reforço do desenvolvimento dos subúrbios no sul de Pequim.

A construção do aeroporto será iniciada em 2014. Os pre-parativos estão em andamento, segundo Shao.

O novo aeroporto servirá como um novo motor para o crescimento

económico de Pequim e um novo marco da capital chinesa, disse Zhao Lei, vice-director da Comis-são municipal de Desenvolvimen-to e Reforma de Pequim.

Ao mesmo tempo, será esta-belecida uma zona económica para o transporte aéreo, com um investimento de cerca de 110 mil milhões de patacas, revelou Shao.

quando estiver concluído, o novo aeroporto deverá aliviar a pressão de transporte do Aero-porto internacional Shoudu de Pequim que foi o segundo mais movimentado do mundo em 2012 em termos de volume de passageiros. O volume cresceu 4,2% anualmente atingindo 81,8 milhões em 2012, de acordo com um comunicado publicado pelo aeroporto em Janeiro.

ReSPOnSáveiS norte--americanos e japoneses

discutiram planos de contin-gência para reassumirem o controlo das ilhas Diaoyu, disputadas pela China e pelo Japão, caso as autoridades chinesas pretendam assumir o seu controlo.

Localizado no mar da China Oriental, o pequeno arquipéla-go está sob controlo japonês, mas é alvo de disputas entre a China e o Japão dado que especialistas salientaram existir no local importantes reservas de petróleo e gás natural.

De acordo com o jornal nipónico nikkei, o Japão e os estados unidos têm mantido conversações sobre planos de contingência caso a China assu-ma o controlo das ilhas de forma a recuperar o arquipélago para a soberania japonesa. “Temos planos de contingência e vamos discuti-los com os aliados”,

A Coreia do norte ameaçou ontem atacar as bases

norte-americanas no Japão e em Guam em resposta aos voos de treino dos bombardeiros dos Estados Unidos B-52 sobre a Coreia do Sul no âmbito de manobras militares conjuntas. “Os estados unidos não devem esquecer que a base Anderson em Guam, de onde descolam os B-52, bem como as bases navais na ilha principal do Japão e em Okinawa, estão todas ao alcance dos nossos ataques,” declarou o comandante supremo

do exército norte-coreano em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.

Washington e Seul estão a realizar manobras militares conjuntas anuais e os estados unidos revelaram no início da semana que elas incluiriam voos de treino de bombardeiros B-52, capazes de lançar bombas convencionais e nucleares.

Pyongyang alertou na quar-ta-feira que iria responder de forma activa se os voos dos B-52 se realizassem.

não é a primeira vez que

os estados unidos efectuam voos de treino dos B-52 no espaço aéreo sul-coreano, mas o Pentágono decidiu desta vez sublinhar a situação para en-viar “um sinal muito forte” a Pyongyang do compromisso de Washington de proteger o seu aliado, a Coreia do Sul.

Há várias semanas que a tensão aumenta na península coreana, depois das novas sanções adoptadas pela Onu na sequência do terceiro teste nuclear levado a cabo por Pyongyang.

Naufrágio faz 11 mortos e quatro desaparecidos no leste da ChinaOnze pessoas morreram e outras quatro estão desaparecidas após o naufrágio de um navio no rio Minjiang, na província de Fujian, no leste da China. Segundo as autoridades locais, citadas pela agência oficial “Xinhua”, a embarcação afundou-se na comarca de Xiadao esta quarta-feira. As buscas pelos desaparecidos continuam, enquanto as investigações iniciais confirmaram o mau tempo como a causa do acidente, declararam as autoridades. Este é o segundo acidente de uma embarcação devido a um temporal no leste da China esta semana. Na terça-feira, 11 pessoas faleceram e duas foram dadas como desaparecidas no naufrágio de um cargueiro que se deslocava da cidade de Tianjin para Taizhou, na província de Zhejiang.

Ciberataques na Coreia do Sul tiveram origem em IP chinêsO ciberataque contra sistemas informáticos de vários canais de televisão e bancos sul-coreanos teve origem num endereço IP chinês, mas a identidade dos ‘hackers’ continua por apurar, informaram ontem as autoridades da Coreia do Sul. “Os ‘hackers’ não identificados utilizaram um endereço IP chinês para contactar os servidores de seis organizações e empresas afectadas, e para instalarem software malicioso que atacou os computadores”, declarou um responsável do regulador de comunicações sul-coreano. O ataque teve lugar na quarta-feira e visou os sistemas informáticos das televisões KBS, MBC e YTN e dos bancos Shinhan e Nonghyu, tendo surgido a suspeita de que a Coreia do Norte estivesse por detrás do mesmo. A Comissão de Comunicações sul-coreana sublinhou que o facto de o ataque ter tido origem num endereço IP chinês não permite revelar a identidade dos ‘hackers’ e que o ataque poderá ter origem noutra fonte antes de ter sido reencaminhado através do endereço chinês.

Pequim planeia construir novoaeroporto nos subúrbios do sul da cidade

Aliviar a pressão

EUA e Japão discutem contingência para recuperar ilhas disputadas com a China em caso de ataque

encontro no Havai

Coreia do Norte ameaçaatacar bases norte-americanas no Japão

Avisos sobem de tom

disse uma autoridade militar norte-americana à agência AFP, sob anonimato, salientando ser normal existirem planos devido às tensões recentes.

Responsáveis militares do Japão, como o general Shigeru iwasaki, e o almirante norte--americano Samuel Locklear, líder do comando do Pacífico vão encontrar-se no Havai para

conversações e os planos de contingência sobre as ilhas Diaoyu estarão em cima da mesa.

Apesar de na referência às ilhas em disputa, as autoridades norte-americanas indicarem sempre o nome japonês - Senkaku - salientam defende-rem a resolução do problema por meios pacíficos.

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sexta-feira 22.3.2013www.hojemacau.com.mo8 entrevista

Helder [email protected]

Dirige o escritório de advocacia em Díli, Tilman & As-sociados, precisa-

mente na Avenida de Portugal, em plena zona onde estão as embaixadas. Sendo activi-dade privada, não o impede de pegar em processos onde assume a defesa do estado, como aconteceu recentemente. Politicamente, Manuel Tilman continua como líder do parti-do KOTA (Filhos Heróis das Montanhas de Timor), o par-tido monárquico fundado em 1975 e, ultrapassadas algumas divergências é actualmente um aliado tácito e de facto, da Fretilin. Filho de liurais, Til-man assume-se como príncipe descendente da aristocracia timorense. em Portugal foi deputado à Assembleia da república pela ASDi (As-sociação Social-democrata independente, um movimento político que agregou dissiden-tes do PPD, chefiado por Sousa Franco), viveu em Macau, foi co-fundador, juntamente com o Padre Francisco Fernandes, do local grupo rai-Timor. regressando a Díli, vem exer-cendo cargos políticos. Por exemplo, por 10 anos presidiu á comissão parlamentar de economia e finanças.

Ultrapassadas algumas diver-gências, o partido que dirige, KOTA, é aliado tácito da Fretilin. O que é pretendido com esta aliança?Podem ser várias situações, as próximas eleições, eventual constituição de um governo, mesmo agora, nos debates políticos, sou convidado pela Fretilin para participar. As divergências que em tempos houve, foram pontuais, apenas no debate político, em estraté-gia política não, eu nunca fui opositor da Fretilin.

Saiu de Macau em Novem-bro de 1999 para regressar ao seu país. Como observa Timor-Leste, as transfor-mações acontecidas até chegar a este ano de 2013?Andámos muito, lutámos mui-to, sofremos muito. Também passei graves perigos, quase a morrer queimado, mas es-tando muito grato à gNr de Portugal que me salvou, tal como fez a muitos timorenses.

Manuel Tilman, advogado e presidente do partido timorense KOTA

“Prioridade para o investimento na agro-indústria e criação de escolas técnico-profissionais”

Quando regressei a Timor era um tempo em que não havia dinheiro. Fui eleito membro da Assembleia Constituinte, por proposta da Fretilin fui secretário coordenador da Comissão de Sistematização e Harmonização, com respon-sabilidades na concepção do texto constitucional referente à parte económica e financeira.

A pergunta é no sentido da sua observação actual. Timor-Leste tem hoje uma boa situação financeira, pos-suindo neste momento, cerca de 13 biliões de dólares norte-americanos no Fundo Petrolífero em investimento.

Que tipos de investimento?Até ao ano passado, em obrigações do estado norte--americano.

O governo pode ir retirando algum dinheiro desse fundo?Somente com autorização do parlamento nacional, como está nos termos da lei. Anualmente, só é possível retirar anualmente

3% do Fundo, mas para investir em Timor através do Orçamento de estado. A propósito de fun-dos financeiros, continua em debate, ao que sei, um fundo de investimento entre os países da CPLP.

No suposto que esses 3% são retirados anualmente, considera estarem a ser bem utilizados?Sim, tenho opinião de que sim. Verbas destinadas a estradas, educação, saúde.

Se bem me lembro, a edu-cação é um sector que lhe é sensível...eu privilegio a educação. Neste momento temos escolas em todo o País.

A Escola Portuguesa em Díli, está bem?É uma escola dinamizadora, é a melhor escola estrangeira em Timor-Leste.

Nem todos têm condições para frequentar a Escola Portuguesa...

Bom, neste momento.... todo o timorense que queira e pos-sa suportar as propinas que realmente são um bocadinho caras...

E o ensino oficial?O ensino oficial tem cobertura em todo o País.

E quanto a dificuldades de penetração da língua por-tuguesa?Não é fácil, sabemos de al-guma contestação. O facto é que em termos legais, a con-sagração da língua portuguesa como língua oficial em Timor

foi aprovada por unanimidade no nosso Parlamento. O que existe é uma certa resistência de alguns partidos porque estiveram sempre ligados à indonésia, achando-se agora, os seus militantes e simpatizantes, prejudicados porque não falam português e não têm acesso sobretudo ao funcionalismo público. Na função pública, uma das notas principais é a obrigato-riedade do domínio da língua portuguesa.

No campo da saúde, tem havido investimento signi-ficativo, ou seja: melhoria substancial das condições em Timor?Na saúde é o maior investi-mento. Há hoje incomparável melhoramento das condições de saúde da população, in-cluindo o sector da mater-nidade. Sobre mortalidade infantil, cujos números eram horrorosos, diminuiu e conti-nua a diminuir significativa-mente. Construíram-se hos-pitais regionais, há o hospital

nacional em Díli, também hospitais distritais, aumentou o núm ero de médicos com maioria formada em Cuba, apoio de médicos cubanos, chineses e portugueses. A saú-de melhorou imenso, embora falte ainda muitíssimo para percorrer.

O parlamento debate exaus-tiva e publicamente as ques-tões orçamentais?Com toda a certeza, e transpa-rentemente. Com transmissão directa na televisão. É mesmo dos espaços televisivos com maior auditório, ou mesmo o de maior número de teles-pectadores.

Outros sectores: as pescas, a agricultura?O sector das pescas continua virgem. As grandes carências que tínhamos no forneci-mento de energia eléctrica dificultava quase tudo. Só agora é que avança no sen-tido da cobertura nacional. investiu-se mais de um bilião de dólares americanos para

timor-leste tem hoje uma boa situação financeira, possuindo neste momento, cerca de 13 biliões de dólares norte-americanos no Fundo Petrolífero em investimento

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9sexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo entrevista

Temos melhores condições do que Bali, estamos é um bocadinho mais para o sul, há as dificuldades do transporte aéreo que acaba por ficar caríssimo. Estou certo que essas e outras dificuldades saberemos ultrapassá-las

Manuel Tilman, advogado e presidente do partido timorense KOTA

“Prioridade para o investimento na agro-indústria e criação de escolas técnico-profissionais”

Um objectivo fundamental é diminuir a importação e produzir mais.

Fala-se da construção do aeroporto em Díli. Qual é o ponto da situação?Vai agora a concurso inter-nacional a construção do aeroporto internacional de Díli. Será um grandioso in-vestimento. Provavelmente também o porto marítimo de águas profundas.

A segurança pública no país, a começar na capital?Podemos dizer que es-tão sanados os problemas. Temeu-se que com a partida dos elementos das Nações Unidas, se registasse alguma ebulição, mas não houve. O

País está sossegado, se bem que há questões pontuais perfeitamente controladas pelas forças policiais e mi-litares.

Timor-Leste já criou a sua força aérea militar?Ainda não. Estão a criar uma força aérea militar e uma unidade da marinha militar, são primeiros passos.

E a companhia aérea timo-rense?A Timor Air funciona com a Silkair e voa para Singapura.

No campo das telecomuni-cações?Está agora liberalizado, exis-tem tês companhias, tanto para operar em telefones fixos, como telemóveis e Internet. Claro que ainda há bastante para melhorar.

Como vê o papel da igreja católica em Timor do pre-sente?Importante, sobretudo na edu-cação, e tem apoio do Estado. Timor tem três dioceses: Díli, Baucau e Maliana. Para cada uma delas há um orçamento de um milhão e meio de dólares norte-americanos, tirado do Orçamento Geral do Estado que não pede nada à igreja, mas reconhece o papel que desempenhou durante a resis-tência e no desenvolvimento físico e humano do País, na estabilidade social.

Sobre a cooperação, desig-nadamente de professores portugueses, mas não so-mente?Sempre bem vinda, têm desempenhado um papel importantíssimo. Algumas dificuldades como o obstáculo da língua, são muitas vezes ul-trapassadas com os contactos pessoais entre professoras e professores e as populações

Quando o país deixará de ser muito carente em áreas tão importantes , apesar de começar a viver com algum conforto financeiro?Quando cada família timoren-se tiver casa própria, água e electricidade. Normalmente, o estrangeiro olha para a nossa capital e diz: é uma cidade bonita, mas suja e com gente pobre. Choca-me, perfura-me os ouvidos. Penso estar certo ao dizer que os timorenses têm

consciência de que a maior batalha neste momento é pela redução da pobreza.

Ao longo do tempo gerações de timorenses foram saindo da sua terra natal por falta de condições. Hoje a situa-ção não é assim, mas ainda há muitos espalhados pelo mundo.O timorense tem há muito uma enorme diáspora, é verdade. Contribuem com as remessas que enviam para o País, embora seja uma receita pequena. Foi uma forma de o timorense se desenvolver téc-nica e academicamente, para além de ganhar consciência da sua forma consequente de dar a sua forma de globaliza-ção do mundo. Bom número de nós está em Portugal, nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, na Indonésia, Coreia do Sul onde trabalham na construção civil, na agri-cultura, na pesca. E existem

timorenses com bolsas de estudo dadas pelo Estado timorense para estudarem em universidades no estrangeiro. Claro que temos uma uni-versidade nacional, que é a maior, e outras seis privadas. Para além da Universidade católica que deve estar a surgir em breve.

Que dimensão tem o desem-prego em Timor?Enorme, por enquanto.

O senhor já fez parte da diáspora timorense, quer deixar alguma mensagem aos seus compatriotas que o podem ler fora do país?Digo que podem regressar à Pátria, com as suas reformas, o seu grande amor à terra, porque precisamos deles. É um apelo que faço para o seu regresso.

Não perguntarão sobre a existência de condições?

Eu não fiz esse tipo de pergun-tas quando decidi sair de Ma-cau, onde exercia advocacia, vivia com conforto, para re-gressar ao meu País! Cheguei sem nada, levava um sonho: ajudar a minha terra a caminhar livremente em direcção a um futuro bom para todos.

O sector do Turismo?Temos melhores condições do que Bali, estamos é um bocadinho mais para o sul, há as dificuldades do transporte aéreo que acaba por ficar caríssimo. Estou certo que essas e outras dificuldades saberemos ultrapassá-las.

Onde aconselharia um in-vestidor a colocar os seus interesses?Neste momento, sem dúvida que na agro-indústria. Depois na educação criando esco-las técnicas, profissionais, como escolas de turismo por exemplo.

electrificação do País; quem está fazendo esse trabalho é uma companhia chinesa. Pos-so dizer que há duas grandes companhias da China a ope-rar em Timor. A que já men-cionei e outra que fornece casas pré-fabricadas, fora de Díli, em áreas mais remotas, por várias zonas geográficas onde é difícil construir, desti-nadas aos mais necessitados. Um investimento de mais de 100 milhões de dólares norte-americanos. Do mesmo modo, Timor está a meter ombros ao que chamamos auto-suficiência alimentar. Um sector que preenche uma fatia substancial do investimento nacional, uma vez que 80 por cento da po-pulação vive da agricultura.

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sexta-feira 22.3.2013vida10 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

ApresentAm-se nu--ma missão de estreia em macau mas vêm com garra. Uma comi-

tiva de dez empresas portuguesas foi reunida pela Associação de Jo-vens empresários portugal-China (AJepC), algumas mais recentes outras mais antigas, com maior ou menor dimensão, chega com “perspectivas e expectativas muito elevadas”, refere Filipa reis, porta--voz da delegação portuguesa e representante da First reason, uma empresa nascida em maio de 2012 que providencia soluções para redução do consumo de energia.

A ideia é promoverem os seus produtos que visam uma maior eficiência energética mas, sobre-tudo, fazer negócios nesta área e implementá-los no mercado local. Mas existe ainda a possibilidade de dar apoio técnico mesmo à distância, confirma.

Sobre a forte demanda no abas-

A China despertou a tempo para o impacto ambien-

tal do seu desenvolvimento económico sem precedentes e ainda vai a tempo para remedir a situação. e, aci-ma disso, tem hipóteses de ser um “líder mundial num novo tipo de desenvolvi-mento [mais sustentável]”. esta é pelo menos a posição defendida por Jeffrey sachs, assessor do secretário-geral das nações Unidas, Ban Ki-moon, um dos oradores convidados a falar na ceri-mónia de abertura do Fórum e exposição Internacional de Cooperação Internacional (mIeCF, na sigla inglesa).

O também director do Instituto da terra da Uni-versidade de Columbia, nos EUA, diz-se confiante nas promessas de resolução de problemas ambientais feitas pela nova liderança do Go-verno Central, com planos a cinco anos, embora sejam necessários estratégias para 20 a 30 anos. “tenho essas expectativas [que consigam despoluir]. será um dos grandes desafios, não será simples. mas acho que é do interesse da China e a nova liderança está a pensar em maneiras de se viver

Dez empresas portuguesas vêm com “expectativas muito elevadas” para implementar produtos e fornecer serviços

China ao alcance de Portugalpainéis fotovoltaicos chineses com restriçõesA União Europeia (UE) prepara-se para lançar uma normativa comunitária sobre a importação de painéis fotovoltaicos oriundos da China, depois de grandes fabricantes europeus terem apresentado queixa na Comissão Europeia sobre uma possível prática de “dumping”. A ideia deixa as empresas portuguesas do sector em dúvida sobre o futuro, explica Filipa Reis. “O que acontece é que sabendo nós que já existem fábricas em Portugal e muitas delas também a fazer a assemblagem de produtos com componente chineses sabemos que haverá alguma volta que no mercado (...) mas ao momento é expectável que as coisas corram da melhor forma.” Para o assessor de Ban Ki-Moon, Jeffrey Sachs, a este proteccionismo dos UE e dos EUA fecharem a porta aos produtos ‘low-cost’ é “um erro terrível” porque deve-se “espalhar esta tecnologia muito rapidamente”. “Deve ser combatido porque não é uma política inteligente e é contrária ao objectivo do desenvolvimento sustentável”, disse ontem aos jornalistas.

Jeffrey Sachs, assessor de Ban Ki-moon, acredita no poder da China para liderar um desenvolvimento mundial sustentável

Optimismo na mudança de rumoAté porque as “energias

limpas” são o futuro, a única esperança de se transformar a nossa forma de viver no mundo inteiro. “A ideia é mudar a nossa economia para uma que é baseada em energia de baixo carbono - energia solar, energia eólica, potência nuclear ou captura e armazenamento de carbono.”

por todas estas razões, a China pode ser pioneira na liderança “deste novo desafio global de desenvolvimento sustentável com capacidade de ter um papel transforma-dor para todo o mundo”.

E MaCau?Sobre Macau, Jeffrey Sachs sempre preferiu referir-se como parte integrante da China, dizendo-se pouco a par dos níveis de poluição no território. no entanto, deixa o conselho: “Acho que é a altura certa para fazer planos de anti-corrupção e de desenvolvimento para que toda a região, macau, Hong Kong e Guangdong se coordenem numa estratégia de energia limpa. em geral, não há cidade que sozinha possa resolver estes pro-blemas. É necessária uma estratégia regional.” - R.M.R.

com melhor qualidade de vida”, explica o especialista. Embora por muitos anos o objectivo da China tenha sido “Get rich first and clean later (tornar-se rica primeiro e só depois despoluir), pelo menos agora, já enriquecida, tem os meios tecnológicos para arranjar energias mais limpas e tratar da poluição da água e do ar, afiança Sachs.

PolítiCaS aniMadoRaSApesar de ser o país com maiores níveis de poluição, ressalva, e de com o seu desenvolvimento maciço ter criado um maior fosso de desigualdade, a verdade é que a China tem também contri-buído para novas formas de desenvolvimento sustentá-vel. Antes de mais, refere, está a incrementar políticas de controlo do aumento po-pulacional, com restrições à natalidade. “não vamos ter um mundo sustentável com 10 mil milhões de habitan-

tes”, refere, como estimado depois de 2024, pelo que me-didas semelhantes devem ser seguidas por outros países.

Por outro lado, também “mostrou reduzir a pobreza dramática em duas décadas, num esforço nunca antes visto”. “Em África eu vejo esta ajuda da China. Criou um remédio para acabar com a malária que vem do trata-mento chinês antigo e pas-sou a ser o mais importante conhecimento científico.”

A mesma parceria pode ser agora posta em prática ao nível de energias renováveis, acredita, até porque a China é quem faz mais utilização de painéis solares sendo também o maior produtor. “não há país que precise de mais energia solar que África com tanto sol e luz suficiente. se a China quiser pode levar electricidade para África para que também lá se atinja um desenvolvimento sustentá-vel”, analisa Jeffrey sachs.

tecimento, caso as portas se abram depois para o mercado chinês, para já não se coloca o problema. “Em termos de volume de negócios conseguimos dar resposta mas depende muito do tipo de negócio”, pondera Filipa reis.

Maria João Bonifácio já não expressa as mesmas dúvidas, pelo menos a nível de empresas portuguesas já consolidadas em mercados internacionais. “temos

empresas de grande dimensão na área do ambiente, podemos falar na eDp, eFACeC e muitas outras. são empresas internacionais e multina-cionais, a eDp está presente nos Estados Unidos, onde é também uma das principais fornecedoras de energia eólica além de o ser tam-bém na Europa. Portanto sim, julgo que algumas das nossas empresas têm capacidade de fornecer uma China”, salienta a nova delegada

da Agência para o Investimento e Comércio externo de portugal (AICep) em macau. para o efeito, salienta, são também devidamente instruídas relativamente ao mer-cado sobre possíveis parcerias e vantagens na sua presença.

Com algumas expectativas também nesta comitiva repre-sentante da área lusitana, maria João Bonifácio dá ainda conta de novos contactos entre empresas portuguesas e outras entidades, com reuniões agendadas parale-lamente que poderão potenciar alguns projectos.

A AICep fez-se representar no MIECF 2013 em dois balcões, no pavilhão da União europeia (Ue) e na zona internacional, junto à área de empresas portuguesas, faltou apenas no pavilhão de macau, refere a delegada da AICep. neste Fórum apresenta-se ainda a Asso-ciação Industrial portuguesa (AIp), além da AJepC, e outras empresas de matriz portuguesa no território, como a Consulasia, a eDp através da Cem e a CesL Asia.

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11sexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo cultura

José C. [email protected]

AnA Luena é encenadora, cenógrafa, figurinista e fundadora do Teatro Bru-to, companhia nascida

no Porto em 1995. Ao Hoje Macau falou de como o teatro entrou por acaso, ou talvez não, na sua vida, da importância de trabalhar com autores portugueses e da necessidade de ser completamente original. A relação do ser com o outro é uma constante dos textos que encena. Confessa que não resiste a um bom desafio e deixa ainda a mensagem da necessidade absoluta de uma revolução de valores. Teatro Bruto apresenta “Canil”, de Valter Hugo Mãe, no Teatro D. Pedro V, este domingo

Começando pelo princípio, como nasceu o seu interesse pelo teatro?Vivia no Algarve e lá não há teatro. Nunca tinha tido nenhum contacto com o teatro, tirando uma peça que vi com a minha avó numa ida a Lisboa. Mas entretanto fui começando a interessar-me mais pela área artística...dividida entre fazer roupa ou arquitectura. Mais tarde fui ao Porto, apaixonei-me pela cidade e quis ir viver para lá.

E foi aí que também nasceu a sua paixão pelo teatro?Sim, fui ver uma peça de uns alu-nos da escola de teatro do António Capelo e fiquei doida com aquilo.

Descobriu que era isto que queria fazer?Sim, percebi imediatamente que era aquilo que queria fazer, fui para a escola e tirei o curso de cenografia e figurinos, que era uma área que nem sabia que existia, mas que estava próxima daquilo que eu an-siava. Foi assim que tudo começou, a partir do primeiro espectáculo de teatro que vi, encenado pelo António Capelo, o “Sangue no Pescoço de Gato”, de Fassbinder.

Não é daquelas pessoas que sabia o que queria desde sempre?Não, foi uma coisa que me surpre-endeu, não foi algo que eu tenha sempre procurado.

Tirou o curso de cenografia e figurinos. Depois como é que saltou para a encenação?Na escola também tive uma expe-riência, porque na altura o primeiro ano era conjunto e tínhamos várias disciplinas. Quando acabei o curso fiquei logo ligada ao Teatro Bruto como fundadora juntamente com outras pessoas. Fazia cenografia e figurinos, mas não era propriamen-te freelancer. Fazia parte de uma companhia e assistia aos ensaios todos e embora de uma forma não muito assumida comecei a fazer assistência de encenação dos encenadores convidados. Mesmo o meu trabalho enquanto cenógrafa

Este “canil” é um grupo de pessoas que estão a planear uma revolução, mas um pouco à imagem do que foi a revolução portuguesa falham por causa disso mesmo. no fundo é uma reflexão, sem dar respostas é uma metáfora. Uma reflexão sobre o que poderá ser hoje uma revolução. acho que precisamos de uma revolução. De valores, do quotidiano individual e colectivo, mas não organizada... não sei se é possível

Entrevista Ana Luena, fundadora do Teatro Bruto

A revolução (im)possível

e figurinista na companhia foi um trabalho de acompanhamento dos ensaios.

Até passar a dirigi-los?Sim, depois de algumas experiên-cias de trabalho em conjunto que não estavam a funcionar, um dia fui eu a dirigir um espectáculo no Teatro Bruto.

E como foi a experiência?Na altura a minha grande insegu-rança prendia-se com a direcção de actores. Porque embora tives-se visto muitos ensaios e tivesse aprendido muito, e embora o meu trabalho de cenografia e de figurinos estivesse sempre mais ligado à dramaturgia e menos à questão plástica, essa aparecia depois, a primeira experiência talvez não tenha sido a melhor, mas é assim que se vai apren-dendo. Vai-se dando passos. E também tive a sorte... se calhar não foi só sorte... mas sem dúvida que sim, de ter um grupo de acto-res que apostaram em mim e que me aceitaram como encenadora. Começou por ser primeiro mais um trabalho de direcção para depois se tornar cada vez mais um trabalho autoral.

Assina a encenação, cenografia e figurinos? Só falta passar para o palco também como actriz...Sim, embora ultimamente tenha sentido muita vontade de deixar a cenografia e os figurinos, enquanto encenadora. Especialmente os fi-

gurinos. Por um lado é bom encenar e também fazer o cenário, porque o cenário surge com os actores e neste momento o meu trabalho principal é com os actores. Só que agora tive uma experiência com um cenógrafo e adorei.

Porquê?Porque ele trouxe-me propostas so-bre as quais eu nunca tinha pensado e de repente tive de fazer uma ence-nação a partir daqueles módulos que ele propôs. Para além de um músico, de um desenhador de luz, agora um cenógrafo... são outros campos que se abrem. E o teatro é muito isso, é um trabalho de partilha.

Tem privilegiado muito o tra-balho com autores, escritores portugueses. Porquê?Porque gosto da ideia de um traba-lho completamente original.

Completamente?Completamente! Tudo!

Então não lhe passa pela cabeça pegar num texto de Shakespeare ou de Tchekhov, por exemplo?Passa, como experiência, e tenho tido algumas fora do Teatro Bruto. Para um encenador é um desafio e

eu gosto de desafios. Se me trou-xerem um texto para eu encenar e se depois de o ler aceitar fazê-lo, passa a ser o projecto da minha vida. Sou assim... (risos)

Mas não tem nada contra os clássicos?Não, há textos que gosto, mas enquanto não tropeçar neles, não acho que estão predestinados para mim. Acho que nós vamos traçando um caminho, as coisas não nos aparecem por acaso, mas também temos de estar receptivos. O trabalho que tenho desenvolvido é mais de reflexão sobre a questão da criação e da relação com o outro. Procuro sempre textos que tenham a ver com isso. Com a questão do espelho, do outro, do nosso duplo, da nossa relação com outro e como somos diferentes na relação que estabelecemos com cada um.

Falando agora da experiência aqui em Macau. Fez uma confe-rência cénica com alunos da Es-cola Portuguesa. Como correu?Correu muito bem. Gostei bastante de trabalhar com os alunos da Escola Portuguesa. Foi pouco tempo, mas foi bastante positivo. Eles fizerem a adaptação dum capítulo do romance do Valter Hugo Mãe, “O Filho de Mil Homens”, comigo, e fizemos algumas sessões de prática teatral e depois tiveram o contacto com os ac-tores e a participaram na conferência.

Sentiu que existe apetência pelo teatro em Macau?Senti, sobretudo no dia da apresen-tação em que as pessoas se envol-veram muito na apresentação da leitura encenada. É pena que tenha sido só para portugueses... gostaria de numa próxima oportunidade conseguir abrir as portas também a outras comunidades.

Está a pensar voltar?Eu gostava.

Em Portugal vive-se de há uns tempos a esta parte uma situação dramática. Acha que o teatro agora deve ter um papel mais predominante? Agora mais do que nunca. Só que os apoios e os financiamentos são tão escassos, que tenho receio que alguns projectos sejam cortados e que nunca mais voltem.

Este “Canil” que vai ser apre-sentado no domingo. É o quê?Este “Canil” é um grupo de pessoas que estão a planear uma revolução, mas um pouco à imagem do que foi a revolução portuguesa falham por causa disso mesmo. No fundo é uma reflexão, sem dar respostas é uma metáfora. Uma reflexão sobre o que poderá ser hoje uma revolução. Acho que precisamos de uma revolução. De valores, do quotidiano individual e colectivo, mas não organizada... não sei se é possível.

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Calendário Taça PorsChe Carrera ásia de 2013

sexta-feira 22.3.2013desporto12 www.hojemacau.com.mo

Rodolfo Ávi-la irá continuar a vestir as cores do Team Jebsen pelo

quarto ano consecutivo na Taça Porsche Carrera Ásia. o piloto português de Macau e a equipa baseada em Hong Kong estão preparados para lutar pelo título do troféu de 2013.

Os terceiros classificados da temporada de 2012 estão a postos para entrar em acção, depois de terem realizado uma preparação continua durante a paragem Inverno. A principal novidade da equipa é incor-poração do engenheiro inglês Ricki Martino, com uma vasta experiência nas corridas de GT no Reino Unido e na Ásia, e uma nova decoração psicadélica no Porsche 911 GT3 Cup que ostenta o nº 20.

A nova regulamentação para 2013 impõe que a melhor volta da qualificação determi-na a grelha de partida para a

Piloto de Macau entra no quarto ano consecutivo na Taça Porsche Carrera Ásia

Rodolfo Ávila prossegue com o Team Jebsen

22 - 23 Março Circuito de Sepang, Malásia

12 - 14 Abril Circuito de Xangai, China

3 - 5 Maio Circuito de Zhuhai, China

5 - 7 Julho Circuito de Ordos, China

2 - 4 Agosto Circuito de Sepang, Malásia

20 - 22 Setembro Marina bay, Singapura

25 - 27 Outubro Circuito de Xangai, China

primeira corrida, enquanto que a segunda melhor volta da qualificação decidirá as posições de arranque da se-gunda manga. Esta alteração irá tornar a qualificação ainda mais crucial e obrigará a um esforço ainda maior por parte de pilotos e equipas. “Em cada ano que passa a Taça Porsche Carrera Ásia fica mais forte. Nos últimos dez anos tem sido o topo do automobilismo

de Autopia, nos arredores de Seul, a estrear-se no calendá-rio. “Quanto maior variedade de pistas, melhor, mas um novo circuito significa que começaremos do zero. Este é um daqueles desafios que o Team Jebsen realmente gosta”, conclui o piloto de 26 anos.

em Sepang , a temporada da Taça Porsche Carrera Ásia tem os seu início marcado para o dia 24 de Março, com a corrida de suporte do Grande Prémio de fórmula 1 da Malásia. o campeonato de 2013 será composto por sete eventos e onze corridas, com o novo circuito coreano

asiático e o plantel deste ano é de classe mundial. Esta será provavelmente, para mim, a mais difícil temporada até aqui no campeonato, o que terá um sabor ainda melhor se conquistarmos o título”, explica o piloto de 26 anos.

Esta época Ávila irá en-frentar não só uma forte con-corrência internacional, como também um número alargado de jovens talentos chineses

que serão com certeza uma ameaça com o decorrer da temporada. “Há mais pilotos internacionais esta época, mas é também interessante ver novos talentos da China a juntarem-se ao campeonato. Temos que ser rápidos desde o início e mantermo-nos fortes durante a época se quisermos alcançar o nosso objectivo.”

Tendo recentemente com-pletado o dia de testes oficiais

ASSOCIAÇÃO GERAL DE AUTOMÓVEL DE MACAU-CHINA

Inscrição

Curso de Formação para os Comissários Desportivos do

60º. Grande Prémio de Macau

A Comissão do Grande Prémio de Macau com o intuito fomentar o desenvolvimento do desporto automobilismo, comunica-se a todos os interessados que as inscrições do curso de formação para os comissários desportivos do 60º. Grande Prémio de Macau para o ano 2013 estão abertas a partir do dia 25 de Fevereiro do corrente ano.

Todos os interessados devem preencher uma ficha de inscrição fornecida pelo AAMC, juntando 1 fotocópia do Bilhete de Identidade de Residente Macau, incluindo 2 fotografias a cores e 1 atestado médico (registado na RAEM) apto para prestar o cargo acima referido e entregá-la até ao dia 12 de Abril de 2013 na sede do Associação Geral de Automóvel de Macau - China (AAMC), sita na Avenida Amizade, Ed.do Grande Prémio, Torre Controle, 1º. Andar, Sala 121 – Macau. (virada ao Cais do Porto Exterior de Macau)

Horário- De 2ª. Feira a 6ª. Feira: das 09H30 às 13H00 e das 14H30 às 18H30 (excepto feriados oficiais e tolerância de ponto aprovado pelo Chefe Executivo)

Informação- Telefone: (853) 2872 6578

PROPINA PARA INSCRIÇÃO: Mop$100.00 por inscrição. (o montante será reembolsado após da frequência de todas as aulas do referido curso)

Nota: Relativamente ao horário do curso de formação para os comissários desportivos, está afixado no placar e na página electrónica da Associação Geral de Automóvel de Macau – China, www.aamcauto.org.mo

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13sexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS: 1-OLE. MOBILAR. 2-AEREA. OSACA. 3-RS. BIBE. AS. 4-IA. USARIAM. 5-SIAR. R. NIAL. 6-T. GNU. SOA. I. 7-OCRE. F. DRIL. 8-LEONICO. DA. 9-SA. EMIR. AC. 10-IMITO. AONDE. 11-CARENAR. TEO.VERTICAIS: 1-OARISTO. SIC. 2-LESAI. CLAMA. 3-ER. AGRE. IR. 4EBURNEO. TE. 5-MAIS. U. NEON. 6-O. BAR. FIM. A. 7-BOER. S. CIAR. 8-IS. INODORO. 9-LA. AIAR. NT. 10-ACAMA. IDADE. 11-RAS. LILACEO.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUçãO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

Aqui há gato

HORIZONTAIS: 1-Grita-se nas touradas. Guarnecer de mobília. 2-Abstracta (Fig.). Cidade do Japão. 3-Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (abrev.). Avental com mangas, para crianças. Peça de dominó. 4-Prosseguia. Vestiriam. 5-Fechar as asas para descer mais depressa (a ave.). Ninho (Prov.). 6-Antílope africano de chifres como o bisão e cauda de cavalo. Ressoa. 7-Argila colorida. Tecido branco de linho. 8-Relativo a leão. Oferece. 9-Sua (Arc.). O m. q. amir. Antes-de-Cristo (abrev.). 10-Copio. Para que lugar. 11-O m.q. querenar (Náut.). Deus (Pref.).

VERTICAIS: 1-Colóquio entre noivos. Textualmente. 2-Causai prejuízo a alguém. Exige, reclama. 3-Érbio (s.q.). O m. q. acre. Transitar. 4-Semelhante ao marfim, na cor ou na lisura. Nome de letra. 5-Maior quantidade. Elemento gasoso existente no ar em mínima proporção. 6-Estabelecimento onde se servem bebidas. Conclusão. 7-Sul-africano descendente de holandês. Remar para fazer recuar. 8-Vogal (pl.). Que não exala cheiro. 9-Algures. Suspirar. Nota do tradutor (abrev.). 10-Cai doente de cama. Época da vida. 11-O m. q. arrás. Relativo ao lilás.

OLyMPUS HAS FALLEN

Sala 1mama [c]Um filme de: Andy MuschiettiCom: Jessica Chastain, Nikolaj Coster-Waldau14.30, 16.30, 19.30, 21.30

[Tele]visão

Pu Yi

A TerrAdoS mil PeCAdoSHá dias aventurei-me para o fabuloso mundo do Casino lisboa, não digo o mais novo, falo daquele com mais uns aninhos e com aquele ar bem ‘Kitch’. depois de recuperar a visão turva, provocada por aquelas luzes radiosas e ofuscantes da fachada principal, lá me aventurei pelo seu interior. À partida nada de espectacular, vulgo estapafúrdico - como já nos habituámos noutras andanças -, uma decoração clássica, desengraçada mas nada chocante. e, de repente, quando percorremos por uns momentos mais aqueles corredores noto que a atmosfera está prestes a mudar. de início considero uma ou outra rapariga mais ousada na maneira de vestir, depois começo a verificar que a depravação abunda em determinada área. de diferentes nacionalidades, assim o indicam os diferentes traços orientais, meninas com idade colegial envergam trajes reduzidos - vestidos curtos ou minissaias, bem colados ao corpo, decotes arrojados e pernas em destaque pelos altos saltos. São autênticas manequins de vitrinas de um “red district”. A grande diferença é que andam de trás para à frente - como se de uma passerelle se tratasse - e estão bem ao alcance de homens sedentos, que nada fazem para esconder a tentação de que estas querem ser alvo. A abordagem é o passo seguinte, num casino que coloca também quartos ao dispor. mais adiante, outra zona fascinante. logo ao fundo desse mesmo corredor, temos homens paralisados e assombrados pelas corridas de galgos, onde investem as suas apostas. isto num ambiente minado pelo fumo do tabaco e pelas caras tão pouco amigáveis. e tudo isto numa zona de poucos metros quadrados e bem à vista de qualquer visitante.Achei curioso que um lugar, só por si tido como um mausoléu do jogo, albergue ainda outros dois vícios. mas do mal o menos, condensa-se a perdição num só local. e quem queira sabe bem onde localizar o caminho para a perdição.

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360º (Diferido)14:45 RTPi Directo17:30 Selecção Nacional Sub21: Portugal – Suécia (Repetição)19:00 TDM Talk Show (Repetição)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:20 Ler + Ler Melhor21:30 José Mourinho – A Entrevista22:10 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Portugueses Pelo Mundo00:20 Telejornal – Repetição01:00 RTPi Directo

INFORMAçãO TDM

RTPi 8215:00 Telejornal Madeira15:35 Percursos16:35 AntiCrise17:00 Bom Dia Portugal18:00 Sexta às 918:30 Estado de Graça19:05 Feitos ao Bife20:10 Depois do Adeus21:00 Jornal da Tarde21:50 O Preço Certo 22:40 Tec@Net22:55 Portugal no Coração

30 - FOX Sports13:00 The Football Review 2012-201313:30 Australian Ironwoman 2012/1314:30 US Open 9-Ball C’ship 201218:00 ABL Crossover 201318:30 Total Rugby19:00 The Football Review 2012-201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 (LIVE) Asean Basketball League 2013 Westports Malaysia Dragons vs. Singapore Slingers22:00 FOX SPORTS Central 22:30 Football Asia 2013/1423:00 Smash 201323:30 Global Football 2012/13

31 - STAR Sports13:00 Inside Grand Prix 2013

13:25 2 Wheels13:55 (LIVE) FIA F1 World Championship - Practice Session 2 Malaysia Grand Prix15:30 FIM Mx1 & Mx2 World Championship 2013 - Highlights16:00 Hot Water 2012/1317:00 HSBC Sevens World Series 2012/1317:30 2 Wheels18:00 FIA F1 World Championship - Practice Session 1 Malaysia Grand Prix19:30 FIA F1 World Championship - Practice Session 2 Malaysia Grand Prix21:00 Game 201221:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Formula Friday22:30 Game 201223:00 FIA F1 World Championship - Practice Session 2 Malaysia Grand Prix

40 - FOX Movies12:20 John Carter14:35 13 Going On 3016:15 Transporter: The Series17:10 Enough19:05 The Fighter21:00 Goon22:35 Insidious00:20 Transporter: The Series

41 - HBO12:00 Safe House14:00 Hellboy16:15 The Grace Card18:05 Rango20:00 Unknown22:00 The Rock00:15 Se7En

42 - Cinemax12:40 All About The Benjamins14:15 Piranha Ii: The Spawning16:00 The Double Man17:45 Superman: Doomsday19:00 Ambushed20:45 Epad On Max21:00 Banshee 23:00 Rest Stop00:20 Rest Stop: Don’T Look Back

Sala 2parker [c]Um filme de: Taylor HackfordCom: Jason Statham, Jennifer Lopez14.30, 16.45, 21.30

oZ: the great and powerful [3d] [b]Um filme de: Sam RaimiCom: James Franco, Rachel Weisz, Michelle Williams, Mila Kunis19.15

Sala 3olympuS haS fallen [c]Um filme de: Antoine FuquaCom: Gerard Butler, Morgan Freeman, Aaron Eckhart14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

À VENDA NA LIVRARIA PORTuGuESA

O GRANDE LIVRO DAS TRADIçõES POPuLARES PORTuGuESAS •João Viale MoutinhoCada dia do ano é uma entrada onde se apresentam algumas das mais importantes tradições populares portuguesas. Um reencontro quotidia-no com adivinhas, lengalengas, rimas, pensamentos, lendas, pequenas histórias e outras tradições escritas e orais que povoam o nosso universo desde a mais tenra idade.

O SEu SIGNO ASTROLóGICO LuNAR•David WellsÉ possível que você se tenha considerado um escorpião a vida inteira; quão surpreendido ficaria se soubesse que, do ponto de vista emocional, o seu signo é Gémeos? Talvez vários amigos e familiares apontem o seu gosto pela ordem e organização, tão típicos do signo Virgem… mas agora você pode responder-lhes que, na verdade, você também possui a impetuosidade típica de um Aquário! muitos de nós conhecem o seu signo solar, mas desconhecem que também têm um signo lunar. o Seu Signo Astrológico lunar combina os seus signos lunar e solar para lhe apresentar um perfil único da sua personalidade, a partir da sua data e hora de nascimento. Um guia útil, acessível e prático que lhe permitirá encarar-se a si mesmo e às pessoas mais importantes da sua vida a partir de uma perspectiva completamente nova, de forma a viver relacionamentos mais autênticos e satisfatórios.

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sexta-feira 22.3.2013opinião14 www.hojemacau.com.mo

crepúsculo dos ídolosArnaldo Gonçalves

IFecha-se o processo de ascensão ao poder da Quinta Geração de líderes da República Popular da China. Trata-se da geração que nasceu durante a década de 1950 que hoje é chamada a dirigir o grande país do planalto do Yangtsé. Depois de ter sido “marcada” pela Revolução Cultural e perdido uma década esta geração está hoje ao leme de um país que ainda procura o seu lugar no concerto dos povos. Não sabendo bem o que é, nem o que irá ser.

Num tempo tem o pé no passado e os seus tiques imperiais são manifestos. Noutro tempo apresenta-se como um país dedicado a viver em paz com os seus vizinhos e a construir com tranquilidade o seu próprio caminho. Por entre os discursos, por vezes miméticos, espreitam arcaicos fantasmas bem como a nostalgia das glórias guerreiras passadas.

O renascimento chinês anuncia-se como um “Dai China Teikoku”. Lembra o slogan que marcou o arranque do Japão para a sua aventura no Pacífico.

Os sinais de intranquilidade vão surgindo um pouco por todo o lado. O facto da primeira visita ao estrangeiro do Presidente Xi Jin-ping ser à Rússia tem uma inevitável leitura política, dada a natureza dos dois regimes.

Também no plano interno a acção da nova liderança confronta-se com vários desafios. Ser o equilibrador das facções, contentar as Forças Armadas, responder às expecta-tivas da população de uma governação de proximidade, manter a estabilidade interna, conter a corrupção no aparelho, controlar o protagonismo dos líderes regionais.

No que concerne a Macau e Hong Kong assegurar uma supervisão à vista, estar atento aos sinais de insatisfação popular e fiscalizar a mudança de líderes dentro de dois anos. O

Todos os países que têm na China, em Macau e em Hong Kong comunidades de expatriados importantes têm uma estratégia cuidada de como as podem potenciar para ganharem mais influência. Seria bom que Portugal os imitasse, ainda que seja tarde

Tudo é mudançafacto do encontro protocolar de Xi Jinping e Li Keqiang com os dirigentes das Regiões Administrativas Especiais ter sido feito em conjunto tem também uma manifesta leitura política. Algo irá mudar no relacionamento Governo Central – Governos das RAE.

IIPor coincidência de calendário, Portugal procede à mudança dos seus representantes diplomáticos em Pequim e Macau. Está por clarificar o que o governo português quer para o futuro das relações com Pequim. Uma relação cambaleante, marcada umas vezes pelo alheamento outras por juras de maior proactividade. A única questão relevante parece ser estar-se atento ao protagonismo da China em mercados de língua portuguesa que são tradicionais destinos das exportações portuguesas e mais recentemente origem de investimentos cruciais para a nossa pericli-tante economia. O que é pouco.

Olhando para os últimos oito anos, é contraditório o balanço da acção diplomática de Tadeu Soares em Pequim e de Cansado de Carvalho em Macau. Do primeiro pode-se dizer que fez pontes, abriu portas no mo-

mento em que a economia portuguesa caiu a pique e precisou de investimentos externos. Não se conhece à distância a sua acção de difusão cultural do nosso país, porventura porque essa área, por opção de Lisboa, continuou atribuída à responsabilidade do Instituto Camões.

Do segundo fica a ideia que nunca se ajustou bem ao perfil exigido para a representação consular em Macau. Teve manifesta dificuldade de relacionamento com a comunidade portuguesa e suas asso-ciações locais, parecendo ostensivamente divorciado de iniciativas que de forma espontânea foram surgindo. No momento da aprovação da Lei de Segurança Interna esteve distante. Não deu a resposta que lhe cabia como representante dos interesses de Portugal. Sai deixando a impressão que foi um erro de “casting” do ex-Ministro Luís Amado.

Sobre os que iniciam funções que esperar? Em primeiro lugar acompanhar o processo de internacionalização da eco-nomia chinesa, colocar o nosso país na rota de projecção do investimento externo chinês, promovendo o produto “Portugal”. Em segundo lugar usar o “património” dos 440 anos de relacionamento próximo, por causa de Macau, como razão para uma relação próxima, amiga e respeitosa. Em terceiro lugar acompanhar, com cuidado, a nova onda da emigração portuguesa jovem e qualificada que procura também esta parte do mundo à procura de novas oportunidades.

Todos os países que têm na China, em Macau e em Hong Kong comunidades de expatriados importantes têm uma estratégia cuidada de como as podem potenciar para ganharem mais influência. Seria bom que Portugal os imitasse, ainda que seja tarde.

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15opiniãosexta-feira 22.3.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

T Ouve-se de tudo nesta Assembleia: não-sei, não-me-façam-perguntas-

-difíceis, este-diploma-é-muito-técnico, não-tenho-formação-em-Direito, esta-lei--tem-muitos-artigos. Uma ou outra vez também se ouve um só-os-portugueses--é-que-fazem-destas-perguntas, em raros mas preciosos momentos de sinceridade

enho as mais profundas reser-vas em relação aos resultados do corta-mato que a Assembleia Legislativa está a fazer nesta recta final da legislatura. no edifício do Lago nam Van estão

neste momento a ser apreciadas, a um ritmo considerável, várias propostas de lei há muito necessárias e reivindicadas por quem se preocupa com as coisas públicas da cidade. Por obra do acaso, que por cá se chama Governo, estes diplomas concentraram-se todos no último ano de mandato dos actuais deputados. Se não forem aprovados, caem. Mas isso já não interessa – são detalhes do modo de fazer deste executivo, como era do anterior.

Algumas destas propostas de lei estão intimamente ligadas – refiro-me à lei de terras, ao planeamento urbanístico e à salvaguarda do património. São três leis essenciais para um território em que o ideal seria fazer marcha atrás no tempo e fazer (ou não fazer) de novo. Mas isso também já não interessa – e, a avaliar pela posição de alguns dos deputados que dão a voz para explicar o que está neste momento a ser analisado na Assembleia, o que está para trás não chegou alguma vez a interessar. o que vem aí também não parece ser motivo de grandes preocupações.

o ideal seria a Assembleia ser feita de gente com um elevado grau de preparação técnica. em Macau, não é isso que acontece. Muitos dos deputados vêm do mundo dos negócios, estão no mundo nos negócios e vão para o mundo dos negócios. São excelentes empresários. Apenas.

A posição do empresariado legislativo é assumida sem pruridos, nem falsos pudores. não se disfarça sequer a vontade de se levar por diante o que se prometeu ao eleitorado porque, na maioria dos casos, não foram feitas promessas ao eleitorado. A maioria dos deputados não tem um programa político, não se lhe conhece ideologia e tampouco recorre à noção de interesse público para justificar posições – estar na Assembleia Legislativa é passar a deter um estatuto que o imobiliário, a construção civil e o jogo, por ora, ainda não permitem adquirir.

o ideal seria a Assembleia ser constituída por pessoas com preparação técnica e, já agora, moral, mas todos nós sabemos que o ideal não existe. na ausência de algumas competências técnicas e morais, o ideal seria então um grau de dedicação mínimo em relação às matérias sobre as quais os depu-tados têm de se pronunciar. Mas já todos nós sabemos que o ideal, versão B, não existe. Assim como não existe qualquer problema

contramãoIsabel [email protected]

não me faças perguntas difíceisdeputado que tem nas mãos a condução da análise de um diploma não encontre uma resposta mais ágil para dar, sendo certo que o eleitorado também não a pede.

É por causa desta mistura entre opacidade e ignorância (autêntica e de subterfúgio) que tenho reservas sobre o que aí vem. Duvido que da lei de terras saia uma forma efectiva de distribuir com transparência os poucos recursos que Macau tem. Duvido que do planeamento urbanístico saia uma ideia concreta para a cidade que pense em quem nela vive. Duvido que da lei de salvaguarda do património saiam mecanismos efectivos para garantir que os interesses económicos não se sobrepõem aos humildes desígnios culturais.

A ver vamos, com uma única certeza: em Setembro, vai tudo a votos, uns com promessas e outros sem elas, que delas não precisam. A ignorância – que a sabedoria popular diz ser atrevida, seja ela espontânea ou estudada – continuará a ter assento no edifício do Lago nam Van.

em se mostrar a ignorância, nem qualquer pudor em usar a ignorância como desculpa para a ausência de respostas.

É um hábito de alguns deputados, so-bretudo dos que presidem às comissões permanentes em que estas leis andam a ser debatidas, refugiarem-se no facto de não serem juristas para evitarem dar respostas às questões mais complicadas. ouve-se de tudo nesta Assembleia: não-sei, não-me-façam--perguntas-difíceis, este-diploma-é-muito--técnico, não-tenho-formação-em-Direito, esta-lei-tem-muitos-artigos. Uma ou outra vez também se ouve um só-os-portugueses--é-que-fazem-destas-perguntas, em raros

mas preciosos momentos de sinceridade, semelhantes aos já-é-hora-de-almoço--temos-de-ir-comer.

Por falar em hora do almoço, chutam-se as batatas quentes para as mãos dos assesso-res jurídicos, como se fossem eles a tomar as decisões políticas que resultam do interesse da maioria dos deputados que – por mera coincidência, ora pois – é, mais coisa, menos coisa, o interesse do Governo. Se a pergunta é difícil ou incómoda, o assunto passa au-tomaticamente a fazer parte dos domínios que estão a ser estudados pela assessoria. A resposta poderá coincidir com a realidade – mas não consigo compreender que um

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sexta-feira 22.3.2013www.hojemacau.com.mo

car toonpor Steff

Quirguistão segue para a fase final da Taça Challenge

Paquistão vence Macau

Videoclip dos Muse feito por portuguesesDois portugueses venceram o concurso para o videoclip oficial da música “Animals” dos Muse, segundo anunciou, esta quarta-feira, a banda britânica na sua página oficial no Facebook. Em Dezembro de 2012 a banda britânica lançou um concurso entre os fãs para fazerem o videoclip da música “Animals”, tendo agora anunciado que o vencedor foi uma dupla portuguesa “OnenessTeam”. “Os vossos votos foram contados, a banda deliberou e todos concordamos que a excelente versão de Animals por Inês Freitas e Miguel Mendes, de Portugal, é o vencedor do concurso”, escreveu a banda na sua página no Facebook onde divulga o vídeo dos portugueses, vencedor entre cinco vídeos finalistas que os Muse seleccionaram, também eles europeus, vindos de Espanha, Polónia, Reino Unido e França. O vídeo está disponível no Youtube e no site oficial da banda e, segundo a página My Way, vai ser ainda apresentado durante a digressão da banda, este verão, que no dia 10 de Junho passa por Portugal, pelo estádio do Dragão, no Porto.

Relógio desenhado por Messi vai ser leiloadoA leiloeira Sotheby´s vai colocar à venda, no próximo dia 11 de Maio, um relógio da marca suíça de luxo Audemars Piguet, desenhado em colaboração com Lionel Messi, tendo o comprador a oportunidade de conhecer o jogador argentino. As receitas do leilão do “N.º 10 Royal Oak Chronograph Leo Messi” têm como destino a Fundação Leo Messi, que ajuda crianças necessitadas na Argentina, México e Espanha. A peça leiloada, um cronógrafo de 41 milímetros em platina, é o décimo relógio produzido pela Audemars Piguet, de uma série de apenas 100 unidades, dedicada ao astro argentino. O comprador receberá o relógio, acompanhado de uma camisola da Selecção argentina com o número 10 do jogador, autografada por ele, assim como o esboço inicial do desenho do relógio, tendo ainda a oportunidade de conhecer Messi em Barcelona.

Caso Casa Pia Prisões já foram ordenadasA prisão efectiva imposta a Carlos Cruz, Jorge Ritto e Manuel Abrantes será ordenada pela 8.ª Vara Criminal de Lisboa depois de o processo do caso Casa Pia ter transitado, esta quarta-feira, em julgado. No caso de Ferreira Diniz, o Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o requerimento do médico. Segundo o TC, o prazo para pedir aclaração “de erros materiais e outros incidentes pós-decisórios”, no acórdão do TC de 28 de Fevereiro, desfavorável aos quatro arguidos, terminou na terça-feira, não tendo sido apresentado qualquer requerimento por parte de Carlos Cruz, Jorge Ritto e Manuel Abrantes que adiasse o trânsito em julgado da decisão dos juízes conselheiros. Assim sendo, após o apuramento das taxas de justiça a aplicar, a decisão do TC será remetida para a juíza Ana Peres, presidente do colectivo de juízes da 8.ª Vara Criminal de Lisboa que, depois de receber o processo, emitirá os mandados de condução de Carlos Cruz, Jorge Ritto e Manuel Abrantes a estabelecimento prisional. No caso de Ferreira Diniz, o requerimento com o fundamento de “prescrição de crimes” suspende a prisão do médico.

Polícia detém menina que traficava drogaA polícia mexicana deteve uma menina de 11 anos, num bairro em Cancún, México, que transportava droga para vender a clientes. De acordo com a EFE, a criança viajava de moto em excesso de velocidade quando foi mandada parar pela polícia, que ao revistá-la encontrou dois sacos com crack e erva, acabando a menina por confessar que tinha comprado a droga a um fornecedor, para depois vender a clientes. Segundo a Procuradoria Geral de Justiça do Estado de Quintana Roo, a menina será considerada vítima do delito de corrupção de menores, não podendo ser julgada como menor infractor, uma vez que a legislação em Quintana Roo estabelece que a idade mínima para poder ser submetida a julgamento é de 15 anos.

Portugal destacado para SomáliaA fragata “Álvares Cabral” ruma esta quinta-feira ao Oceano Índico, no âmbito da “Operação Atalanta” da União Europeia, de combate à pirataria na bacia da Somália. A missão, que tem a duração de cinco meses, abrange 211 militares, que terão como objectivo proteger os navios que transportam ajuda humanitária para a Somália e combater a pirataria no Mar Vermelho, Golfo de Áden, Golfo de Omã e bacia da Somália. Esta é a segunda vez que Portugal lidera a força naval europeia na Somália.

Obama e NeTaNyahu

Marco [email protected]

TrêS jogos, três derro-tas, seis golos sofridos, nenhum marcado. a selecção de futebol de

macau despediu-se da campa-nha de apuramento para a fase final da Taça Challenge com o terceiro desaire em outros tantos jogos disputados desde o fim-de--semana passado. Ontem, na capi-tal quirguíz, bishkek, a formação orientada por Leung Sui Wing não conseguiu contrariar o melhor jogo do Paquistão e acabou por se despedir da Ásia Central vergada ao peso de uma nova derrota. a cautela e a prudência voltaram a ser estratégia para o onze do terri-tório e a exemplo do que sucedeu nos desafios contra o Tadjiquistão e contra o Quirguistão, a aposta voltou a redundar em desastre. Formados nas escolas do Sport macau e benfica, Vinício morais alves e Iuri Capelo mereceram a confiança de Leung Sui Wing para a frente de ataque, mas a aposta em seis jogadores de características defensivas acabou por impedir que os dois jovens encarnados fizessem a diferença no último reduto paquistanês.

Tal como havia sucedido nos encontros da primeira e da segun-da ronda do grupo b, o onze do território conseguiu salvaguardar as redes defendidas por ho man Fai quase até ao final da primeira parte, mas a um minuto dos 45 a resistência da formação do

Lótus ruiu, com hassan bashir, dianteiro dos dinamarqueses do Nordvest FC, a inaugurar o marcador na cobrança de uma grande penalidade. O golo do onze paquistanês nada teria de anormal, não fosse o Paquistão ter ficado reduzido a dez unidades quatro minutos antes. Kamran Khan viu o cartão vermelho directo aos quarenta minutos, após uma entrada dura sobre um jogador do território.

a formação orientada pelo sérvio Zavisa milosavljevic não acusou o toque, muito por falta de ousadia de Leung Sui Wing. O seleccionador do território limitou-se a substituir o defesa Leong Sio meng pelo médio ho

Chi Fong no início da segunda metade e o Paquistão acabou por agradecer a cortesia e dilatar a vantagem de que dispunha aos 70 minutos. marcou Kallim ullah, um jovem avançado de 20 anos visto por muitos como uma das maiores promessas do futebol paquistanês.

a selecção de macau des-pediu-se da campanha de qua-lificação para a Taça Challenge sem um único ponto alcançado e um único golo marcado. Na fase final da prova está o anfitrião Quirguistão, que ontem venceu o Tadjiquistão pela margem mínima, com um golo apontado por David bruce Tetteh aos 39 minutos.