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Novos aterros CONSTRUÇÃO TERÁ IMPACTO AMBIENTAL ARRASADOR • Centrais PUB Transportes LIMITE NOS PRIVADOS, MAIS AUTOCARROS E TÁXIS • Centrais TEMPO MUITO NUBLADO MIN 21 MAX 27 HUMIDADE 55-85% CÂMBIOS EURO 11.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEGUNDA-FEIRA 31 DE OUTUBRO DE 2011 ANO XI Nº 2483 PUB Ter para ler Jovens gastam mais dinheiro no jogo e acreditam no amor para a vida Tradicionais e gastadores Não ajudam nas despesas de casa e o dinheiro que ganham é para gastar nas mesas dos ca- sinos, a comprar comida e a se divertir. Essa é uma das caracte- rístias das gerações mais novas de Macau revelada num estudo encomendado pelo Governo. Fazer sexo antes do casamento ou viver sob o mesmo tecto não seduzem os jovens, que acredi- tam fortemente no amor eterno. > PÁGINA 6 Terminal Marítimo DAVID CHOW SÓ VÊ DESVANTAGENS NA MUDANÇA • Páginas 14 e 15

Hoje Macau 31 OUT 2011 #2483

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Edição do Hoje Macau de 31 de Outubro de 2011 • Ano X • N.º 2483

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Novos aterros

CONSTRUÇÃO TERÁ IMPACTO

AMBIENTAL ARRASADOR

• Centrais

PUBTransportes

LIMITE NOS PRIVADOS, MAIS AUTOCARROS

E TÁXIS• Centrais

TEMPO MUITO NUBLADO MIN 21 MAX 27 HUMIDADE 55-85% • CÂMBIOS EURO 11.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEGUNDA-FEIRA 31 DE OUTUBRO DE 2011 • ANO XI • Nº 2483

PUB

Ter para ler

Jovens gastam mais dinheiro no jogo e acreditam no amor para a vida

Tradicionais e gastadoresNão ajudam nas despesas de casa e o dinheiro que ganham é para gastar nas mesas dos ca-sinos, a comprar comida e a se divertir. Essa é uma das caracte-rístias das gerações mais novas de Macau revelada num estudo encomendado pelo Governo. Fazer sexo antes do casamento ou viver sob o mesmo tecto não seduzem os jovens, que acredi-tam fortemente no amor eterno. > PÁGINA 6

Terminal Marítimo

DAVID CHOW SÓ VÊ

DESVANTAGENS NA MUDANÇA

• Páginas 14 e 15

SEGUNDA-FEIRA 31.10.2011

2www.hojemacau.com.mo ACTUAL

AUTORIDADES chinesas e euro-peias tentaram minimizar as ex-

pectativas sobre quando e como a China poderá dispo-nibilizar os seus vastos recur-sos financeiros para ajudar a socorrer países endividados da Europa.

O vice-ministro chinês da Economia disse que a China deve primeiro conhecer os detalhes de um novo fundo de resgate europeu, antes de assumir qualquer com-promisso. “Naturalmente, devemos esperar até que a estrutura [desse fundo] fique extremamente clara”, disse Zhu Guangyao. “Além disso, este investimento deve ser decidido depois de discus-sões técnicas sérias.”

Klaus Regling, chefe do Fundo Europeu de Estabi-lidade Financeira, o FEEF, voou para Pequim na sexta--feira, na primeira escala numa digressão pela Ásia em busca de apoio para a

António CaeiroAgência Lusa

O cidadão 7.000.000.000, cujo nascimento está anunciado

para hoje, já teria nascido há cinco anos se a China não tivesse imposto à sua população a política de “um casal um filho”, realçam demógrafos chineses. Pelas con-tas do Governo chinês, o drástico controlo da natalidade imposto há três décadas impediu 1340 milhões de habitantes - o número apurado no final de 2010 - o país já teria ultrapassado os 1700 milhões.

O “efectivo controlo” do cres-cimento populacional “aliviou a pressão sobre os recursos e o ambiente e criou uma base relativa-mente sólida para o firme e rápido desenvolvimento económico e social da China”, disse o director do Gabinete Nacional de Estatísti-

China reduz expectativas de contribuir ao resgate europeu

Queremos ajudar, mas não tanto

OS PRÓS E OS CONTRAS DO CONTROLO DEMOGRÁFICO CHINÊS

Um casal, um filho e muitos problemas

Europa. Disse, porém, não esperar “nenhum resultado preciso” da sua visita à China e que “ainda é muito cedo para dizer que tipo de valores podem entrar em discussão”. O responsável frisou que a viagem à Ásia visava con-

sultar investidores sobre a melhor forma de estruturar o pacote de ajuda.

Os líderes europeus con-cordaram na quinta-feira passada em alavancar o FEEF e aumentar o seu poder de fogo por meio de dois me-

canismos: um fundo especial e um esquema de seguros para os títulos soberanos. Detalhes sobre o novo fundo são escassos, mas os líderes europeus querem financiar a expansão do fundo, parcial-mente, com investimentos de

economias emergentes com muita liquidez disponível, como a China.

Zhu também disse que são necessários mais detalhes so-bre a estruturação do seguro. “Quanto custa esse seguro? Isso ainda não está claro”, disse ele. Pequim já manifes-tou anteriormente a vontade de ajudar a Europa, mas por intermédio do FMI. Em vista das maciças reservas cambiais da China poucos outros países têm poder de fogo financeiro para dar uma contribuição significativa.

Analistas dizem que qualquer novo apoio da Chi-na à Europa será condicional. O país espera que as econo-mias europeias avancem nas duras reformas internas e sejam mais simpáticas aos in-teresses chineses. Há também um debate público na China, questionando se socorrer a Europa é uma utilização ade-quada das reservas do país.

É bem claro que a China tem interesse em apoiar a

economia da sua maior par-ceira comercial. Mas com a Europa a chegar de chapéu na mão, os analistas dizem que Pequim pode julgar que tem direito a mais do que apenas um retorno um pouco maior sobre o capital.

Pequim tem uma lon-ga lista de queixas sobre a Europa, como a falta de vontade da União Europeia de cancelar o embargo sobre a venda de armas à China, a sua recusa em tratar a China da mesma forma que outras grandes economias nas disputas comerciais, as dificuldades encontradas pelas empresas chinesas que tentam investir na Europa, e a pressão da UE para que a China valorize sua moeda mais rapidamente.

Muitos especialistas di-zem que é improvável que a China seja um “cavaleiro branco” que irá salvar a Eu-ropa. Um desfile de políticos de economias europeias em dificuldades tem ido à China ao longo dos últimos anos em busca de apoio. Normal-mente a resposta de Pequim é afirmar que continuará a comprar títulos de dívidas europeias, mas o país não tem feito isso em escala sig-nificativa.

cas, Ma Jiantang, ao apresentar os resultados do último Censo.

Tibetanos, mongóis, uigures e as outras 52 minorias étnicas do país, que no conjunto representam oito por cento da população, estão isentas de seguir a política de “um casal, um filho”.

O contributo chinês para atrasar a “sobrepopulação do planeta”, tema muito destacado nos últimos dias pela imprensa oficial, teve, contudo, um elevado preço e segundo alguns analistas, aquela política é “uma bomba de relógio demográfico”.

Em 2010, a China tornou-se a segunda maior economia do mundo, ultrapassando o Japão, mas o seu Produto Interno Bruto per capita ronda apenas os 4500 dólares - menos do que Cabo Verde, por exemplo.

Ao contrário do que aconteceu

na Europa e no Japão, a China começou a envelhecer antes de se tornar rica. Os chineses com mais de 60 anos (a idade da reforma) já representam 13,2% cento da popu-lação, apenas menos 3,3 pontos dos que têm menos de 14 anos, e em 2050, a percentagem chegará a 34%.

O país onde vive hoje 19% da humanidade terá então um quarto de toda a terceira idade do planeta e a sua população activa descerá para 750 milhões, quase menos 200 milhões do que em 2011.

Alem de abortos e esterili-zações forçadas, denunciadas

nomeadamente pelo advogado Chen Guangcheng, a imposição da política de “um casal, um filho” provocou uma acentuada diferença entre o número de homens e de mulheres.

Dada a tradicional preferência por filhos do sexo masculino, os únicos que perpetuam o apelido da família e apoiam os pais na velhice, muitos casais interrompem a gravi-dez se o feto for do sexo feminino.

Oficialmente, por cada 100 ra-parigas nascem 118 rapazes, quan-do o ratio considerado normal é de 103 para 107, e dentro de poucos anos, haverá mais vinte milhões de homens do que mulheres.

O “egoísmo” ou “ultra-indivi-dualismo” detectado entre os mais de cem milhões de filhos únicos nascidos entretanto na China - “pequenos imperadores”, que cresceram rodeados da atenção dos pais e avós - é outra “preocupação social”.

De acordo com a lei, um casal em que os dois cônjuges são filhos únicos poderá ter um segundo filho, mas muitos dizem que não querem ter nenhum.

Klaus Regling

SEGUNDA-FEIRA 31.10.2011

3www.hojemacau.com.mo

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Agentes policiais da divisão de choque chinesa ocuparam na sexta-feira as ruas

da cidade industrial de Zhili (leste) para debelar uma onda de protestos violentos contra o “imposto da máquina de costu-ra”, cuja cobrança foi suspensa pelo governo local.

Nas noites de quarta e quinta-feira, centenas de traba-lhadores de pequenas fábricas destruíram cerca de 30 carros nas ruas de Zhili, cidade co-nhecida por produzir roupa infantil. Não há informações sobre feridos, mas ninguém morreu.

O estopim dos tumultos foi a tentativa de aumento de um imposto que as fábricas, quase todas caseiras, precisam

O líder exilado tibetano, Dalai Lama, apontou que a China possui uma

“política impiedosa”, enquanto falava sobre as recentes mortes de monges do Tibete que se atearam fogo em protesto contra as autoridades chinesas.

O vencedor do Prémio Nobel da Paz pediu a Pequim que mude a sua aborda-gem do controle da região tibetana. “Para os seus interesses, não apenas por algum tipo de problema aqui e ali, mas por todo

MAIS DE 12 MIL DETIDOS EM OPERAÇÃO ANTI-DROGAAs autoridades chinesas anunciaram a detenção de mais de 12 mil suspeitos e a apreensão de 300 quilogramas de drogas numa operação nacional contra o narcotráfico vendido através da Internet. De acordo com a agência oficial chinesa, a Xinhua, a polícia desmantelou 144 alianças de produção e tráfico de droga numa campanha recente, mas não refere o tipo de estupefacientes apreendidos. Por outro lado, a agência indica que em algumas cidades como Lanzhou ou Xi´na, os agentes policiais descobriram que as pessoas compravam drogas através da Internet em sítios fechados a novos membros, que só entravam se introduzidos pelos utilizadores existentes.

EXPLOSÃO EM MINA MATA 29Uma explosão de gás numa mina de carvão em Hengyang, província de Hunan, provocou a morte a 29 mineiros, revelaram as autoridades chinesas que salientaram também que seis pessoas sobreviveram ao desastre. A explosão, cujas causas são ainda desconhecidas, aconteceu na noite de sábado e os trabalhos de resgate estão concluídos, segundo as autoridades chinesas. Os acidentes nas minas de carvão na China são comuns devido à intensiva exploração daquela rocha, uma das principais fontes de energia do país, e pelas precárias condições de segurança das minas, apesar das condições e do número de fatalidades ter diminuído drasticamente desde que as autoridades encerraram muitas minas ilegais.

ACIDENTE EM LINHA FERROVIÁRIA FAZ 21 MORTOS21 mortos e sete feridos em acidente em linha ferroviária em construção. Pelo menos 21 trabalhadores ferroviários morreram e sete ficaram feridos na sexta-feira quando um veículo que os transportava caiu numa linha de caminho de ferro em construção no noroeste da China, revelou a agência Xinhua. O acidente ocorreu em Lintao, província de Gansu, na linha entre Lanzhou e Chongqing que está em construção. A Xinhua não especifica se a linha em construção irá receber os comboios de alta velocidade que a China tem lançado em vários pontos do país nem revelou o número de trabalhadores a bordo do veículo na altura do acidente.

Polícia ocupa ruas para encerrar protestos contra imposto

Guerra dos trabalhadores fabris

DALAI LAMA CHAMA POLÍTICA CHINESA DE IMPIEDOSA E PEDE AJUDA EXTERNA

Alguém que nos salveo futuro de todo o país, eles precisam agir com uma política realística”, afirmou em um hotel em Tóquio, durante visita a ví-timas do terramoto e tsunami de Março deste ano.

Ao menos nove monges tibetanos imolaram-se desde Março em protesto contra o controlo chinês sobre a região, e cinco deles morreram por conta dos feri-mentos. Pequim acusa o Dalai Lama e os seus seguidores de encorajar as imolações.

pagar por cada trabalhador. Os manifestantes, quase todos mi-grantes da província de Anhui, também alegam que são discri-minados na mais rica província de Zhejiang.

Os tumultos em Zhili foram vistos como reflexo das crescen-tes dificuldades das pequenas e médias fábricas da região em manter o negócio lucrativo em meio à valorização do yuan, aos crescentes custos de produção e à deterioração do cenário mundial.

Na cidade de Wenzhou, também em Zhejiang, o cenário difícil fez com que centenas de empresários buscassem finan-ciamento fora dos bancos, a taxas de juros exorbitantes. Dezenas fugiram da cidade por não poder pagar as dívidas.

O líder religioso descreveu os actos dos religiosos como trágicos e pediu à comunidade internacional que pressione Pequim a dialogar sobre as suas políticas no Tibete e regiões chinesas tradicional-mente tibetanas no oeste do país. “Os líderes precisam, na verdade, observar qual é a real causa para essas mortes”, disse sobre a China. “É o seu próprio tipo de política errada, a política implacável, a política ilógica”.

Se o Terminal Marítimo for deslocado para a zona do Cotai, como é que os que aqui chegarem, por via aérea e por via terrestre, e que tenham necessariamente de passar também, em primeiro lugar, pelo Cotai, terão oportunidade para visitar a península de Macau, sabendo-se que a média da estadia, em Macau, é de um dia e meio? A oportunidade de conhecerem Macau é drasticamente reduzida, o que é contrário aos fins da promoção do Património Mundial de Macau. David Chow, P. 14 e 15

O Posto de Urgência das Ilhas do Centro Hospitalar Conde de São Januário dos Serviços de Saúde do Governo da Região Administrativa Especial de Macau vai entrar em funcionamento no próximo dia 1 de Novembro de 2011, pelas 9:00horas, prestando serviços de urgência de cuidados de saúde de 24 horas ao público. O presente posto situa-se na Avenida Wai Long da Taipa, no Edifício “H” da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (ao lado do Hospital Universitário) e os utentes podem apanhar os autocarros n.os 26, 36, AP1, MT1, MT2, MT4 e N2, descer na paragem da Rotunda do Aeroporto / M.U.S.T. Hospital Universitário, e andar uma curta distância para chegar ao posto. A par disso, o Centro de Saúde da Taipa vai suspender os serviços de urgência de cuidados de saúde, das 20:00 às 8:30 horas do dia seguinte, a partir do dia 1 de Novembro de 2011. O novo horário de expediente neste centro de saúde é o seguinte: de segunda-feira a sexta-feira, das 8:30 às 20:00 horas, mas aos sábados e domingos, é das 9:00 às 13:00 horas, e proporciona apenas cuidados de enfermagem.

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei nº. 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização dos terrenos: - Calçada do Januário, n.os 4 a 10, Rua de João Lecaros, n.os 2 a 18 e Rua dos Armazéns, n.os 16 a 32 (Edifício Kwan On); - Rua de Madre Terezinha, n.os 2F a 2H e Beco dos Pássaros, n.os 5 e 5A (Edifício Fok Veng Lau).2. Agradecemosaoscontribuintesque,noprazode30diasapósarecepçãodanotificaçãodopagamento,ou,até28/11/2011,

se dirijam ao Núcleo da Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício Finanças, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada. Aos, 24 de Outubro de 2011. A Directora dos Serviços de Finanças, Vitória da Conceição

SEGUNDA-FEIRA 31.10.2011

4www.hojemacau.com.mo POLÍTICA

Joana [email protected]

EM dois anos, os Bombeiros de Macau atenderam cerca de 340 pedidos de ajuda de pessoas que ficaram presas

em elevadores. Segundo dados fornecidos pela entidade ao Hoje Macau – que abordam os períodos de Janeiro a Setembro de 2010 e 2011 -, o número caiu em 14% de um ano para o outro, mas nem por isso a segurança dos sistemas elec-tromecânicos deixou de importar.

A falta de uma entidade própria para fiscalizar e regulamentar as obras electromecânicas é um dos graves problemas da RAEM. A instalação dos elevadores nos prédios, por exemplo, fica a cargo dos condomínios, que muitas vezes não fiscalizam as instalações após passar o período de garantia.

Os Bombeiros deixam o alerta de que, muitas vezes, nem chegam a ser chamados, já que os porteiros dos prédios conseguem resolver os problemas, sendo impossível pre-ver o número exacto de situações em que pessoas ficaram presas em elevadores.

Na Assembleia Legislativa, ele-vadores, escadas rolantes e outros

Deputados querem entidade única para regular e fiscalizar sistemas electromecânicos

Os elevadores também importam

sistemas eléctricos estão a levantar preocupação entre os deputados.

Ho Ion Sang apresentou, na semana passada, uma interpelação escrita ao Governo, onde acusava a falta de qualquer forma de fisca-lização destas instalações e pedia,

mais uma vez, a criação de um órgão único para esse efeito. “Já são de há muito tempo as solicita-ções no sentido de o Governo criar uma entidade competente para coordenar e regulamentar as obras electromecânicas”, frisou.

O deputado lembra que é ne-cessário reforçar a fiscalização não só da instalação dos sistemas, mas também na importação e preserva-ção dos equipamentos. “É preciso definir padrões de segurança, bem como [alguém] para apreciar as qualificações dos profissionais”.

Segundo uma estimativa do sector, são cerca de seis mil os elevadores e escadas rolantes que existem no território. E todos eles seguem regras de manutenção e inspecção de empresas diferentes, muitas vezes criadas por ex-funcio-nários de empresas concorrentes.

Sem normas obrigatórias para a frequência em que deverá ser feita a manutenção, os elevadores e as escadas rolantes só merecem atenção, normalmente, depois de acontecer algum acidente, acusou Ho Ion Sang.

Jaime Carion, director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), presente na AL, garantiu que todos os técnicos e responsáveis pelos serviços de elec-tromecânica teriam de estar “regis-tados” na entidade. O responsável afirma que, apesar de existirem diferentes empresas de instalação de sistemas electromecânicos, a DSSOPT analisa todos os projectos e peças a serem utilizados.

O Governo já iniciou um estudo para criar mecanismos de fiscalização, mas ainda nada foi concluído. Jaime Carion ad-mitiu ser necessária uma equipa especificamente qualificada para a fiscalização e garante que este está a ser um “assunto debatido”.

Actualmente, são diversos os serviços públicos com competên-cias para fiscalizar os sistemas electromecânicos.

“Macau precisa de se moder-nizar e é preciso tomar medidas de prevenção até que o grupo de trabalho conclua o estudo”, alertou José Pereira Coutinho. As medidas de prevenção passam, por exemplo, por aperfeiçoar as legislações vigentes, que Jaime Carion admite estarem dispersas.

Apesar de afirmar estar atento às preocupações dos deputados, o director da DSSOPT alerta que não é tarefa fácil fiscalizar todos os sistemas electromecânicos de Macau. A RAEM já assinou protocolos com o interior da China neste âmbito, de forma a que possa contar com a ajuda de profissionais, mas Jaime Carion diz não saber ainda que modelo adoptar para a criação da entida-de competente.

Virginia [email protected]

UMA comissão parla-mentar está encarrega-

da de investigar situações de abuso de poder por parte de agentes das autoridades policiais, mas o deputado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam San levantou dúvi-das a respeito da realidade no terreno. O pró-democrata quer maior esclarecimento sobre a questão do abuso do poder policial e sobre a prá-tica do seu monitoramento.

A Comissão de Fiscaliza-ção da Disciplina das Forças e Serviços de Segurança de Macau (CFDFSSM) emitiu um comunicado confirman-do uma acusação de abuso de poder à polícia, mas sem que tenham surgido provas práticas após a investigação, afirmou Au Kam San. O tra-balho da comissão foi alvo

MAIOR ESCLARECIMENTO SOBRE O CONTROLO DO ABUSO

DE PODER DOS AGENTES DE SEGURANÇA

Juizinho, senhor políciade crítica pelo seu trabalho de monitoração de compor-tamentos de abuso de poder por parte da polícia. Au Kam San enviou uma carta à CFDFSSM, em que referiu problemas relevantes e ape-lou à comissão que buscasse um conhecimento prático e aprofundado da situação, de forma a esclarecer os problemas.

Au Kam San referiu-se a um caso prático, em que um residente se queixou de estar a ser com frequência vítima de perseguição e abuso de poder por parte da polícia, principalmente depois de ter reclamado da conduta

policial. O deputado criticou a resposta da CFDFSSM, que após tomar conhecimento da queixa do residente, limitou--se a dizer que iria proceder a uma “investigação mais

aprofundada”. Na opinião de Au Kam San, a investigação da comissão apenas tem se valeu das respostas do Corpo de Polícia de Segurança Pú-blica ao inquérito entre 24 e

29 de Agosto, para emitir as suas conclusões, sem maior apuramento de provas.

Voltando ao caso prático e lembrando o que diz o Códi-go de Processo Penal – “Ha-

vendo motivo para suspeita, os órgãos de polícia criminal podem conduzir as pessoas que forem incapazes de se identificar ou se recusarem a fazê-lo ao posto policial mais próximo e compeli-las a permanecer ali pelo tempo estritamente necessário à identificação, em caso algum superior a 6 horas” – Au Kam San pediu um maior esclare-cimento sobre a veracidade ou não de que a polícia tem utilizado abusivamente esse poder de deter quem quer que seja para depois proceder à libertação antes do prazo das seis horas. “Deve existir razão para a suspeita”, subli-nha o deputado. Na reclama-ção apresentada, o residente queixoso acusa a polícia de o ter detido por diversas vezes ao longo de meio mês, sem-pre com o mesmo alegado motivo: “confirmação de identidade”.

SEGUNDA-FEIRA 31.10.2011

5www.hojemacau.com.mo

ANTÓ

NIO

FALC

ÃO

GOVERNO LANÇA UNIÃO CONTRA TABAGISMOCom vista à implementação da nova lei “Regime de Prevenção e Controlo do Tabagismo” no ano de 2012 e com vista a promover e divulgar em conjunto a legislação, foi formada a União contra o Tabagismo. O seu lançamento realizou-se no passado sábado, com o objectivo de serem obtidos consensos e esforços da sociedade através da participação de todos os cidadãos. No futuro, o Governo da RAEM diz que vai continuar a avançar para o alvo de uma região sem fumo, constando da estratégia governativa uma série de medidas, nomeadamente, a aplicação da lei, a sua divulgação e promoção junto do público, contando com a União para melhor atingir a sua meta.

No final do ano haverão novidades acerca do caso das sepulturas

Ora dizes tu, ora digo euGonçalo Lobo [email protected]

O caso das sepulturas terá novos contornos até ao final do ano, quando o Grupo de Trabalho para

o Aperfeiçoamento do Processo de Concessão de Sepulturas entregar o seu relatório ao Chefe do Executi-vo. Até lá, os deputados da Assem-bleia Legislativa (AL) José Pereira Coutinho, Ng Kuok Cheong e Au Kam San não desarmam.

Em Setembro, Pereira Coutinho redigiu uma interpelação escrita em que apontava para o facto de “extrair-se [do relatório] que estão directamente envolvidos no presente escândalo a actual secretária para a Administração e Justiça e uma assessora do seu Gabinete”. O Governo vem agora rebater dizendo, nas entrelinhas, que o deputado não sabe do que está a falar.

Para o Governo, o “Relatório de investigação sobre a atribuição de dez sepulturas perpétuas pela ex-Câmara Municipal de Macau Provisória”, feito pelo Comissa-riado contra a Corrupção (CCAC), é bastante elucidativo. Cheong Chui Ling, chefe do Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça, cita o relatório na sua res-posta à interpelação do deputado considerando que há “conclusões claras e definitivas”. “Visto que a entidade tutelar não tem o poder de autorizar a atribuição de sepulturas e que o respectivo procedimento é da responsabilidade e foi de facto decidido pelo presidente da ex-Câ-mara Provisória, não há condições, na presente fase, para comprovar a prática de abuso de poder por parte da entidade tutelar.”

COUTINHO E OS DEMOCRATASA polémica arrasta-se sem

fim. Pereira Coutinho e democra-tas querem Florinda Chan na AL para que esta preste um “serviço público” à população, esclarecen-do em viva voz o que sabe sobre a polémica das sepulturas.

Aliás, Au Kam San acusou a tutela de estar por detrás do “extravio de documentos essen-ciais” numa das suas últimas interpelações orais, situação negada peremptoriamente pelo presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Raymond Tam.

De acordo com Tam, o Gabine-te de Florinda Chan solicitou ao IACM “o envio dos documentos em causa e a devida informação (...) os mesmos documentos foram devolvidos pelo GSAJ ao IACM”. “Por isso, não corres-

ponde à verdade, a afirmação do deputado Au Kam San quando referiu que “alguns dos docu-mentos considerados essenciais tinham sido extraviados”, finali-zou Raymond Tam.

O OBSERVADOR ALEXIS TAMCheong Chui Ling refere

ainda as palavras de Alexis Tam, porta-voz do Governo, a 19 de Setembro. Alexis Tam disse na altura que, depois de uma análise “sob o ponto de vista jurídico e de procedimentos administrativos, as relações entre a ex-Câmara Provisória e a tutela, bem como a questão do prazo de prescrição”,

tudo aponta “nitidamente” para que não tenha havido abuso de poder por parte da tutela. Pereira Coutinho discorda e resguarda-se no artigo 347.º do Código Penal onde, nos seus termos, a conduta de Florinda Chan é “a seu ver” um crime de “abuso de poder que ainda não prescreveu”.

A bola volta para Cheong que se resguarda na lei. “De acordo com o previsto nos artigos 29.º e 30.º da Lei n.º 24/88/M (Regime jurídico dos Municípios), a maior parte das competências inicialmente pertencentes à Câmara Municipal foram delegadas no presidente, incluindo o poder de concessão de

sepulturas”, pode também ler-se na página 38 do relatório do CCAC.

Cheong Chui Ling acrescenta ainda que “na verdade, o então presidente da Câmara Municipal usou a sua própria competência cometida pela lei e não comunicou a sua decisão à entidade tutelar”. “Em Dezembro de 2001, a entidade tutelar não tinha conhecimento sobre a concessão das sepulturas em causa”.

Relativamente a pedidos de campas alugadas, o Gabinete da secretária para a Administração e Justiça lembrou ao deputado que “os mesmos são processados de acordo com o Regulamento de

administração, funcionamento e fiscalização dos cemitérios”.

O caso, despoletado em 2010 quando detractores referiram que o regulamento “foi feito à medida para certas pessoas”, remonta a 2001, aquando da dis-cussão do “Regulamento Interno de Arrendamento Perpétuo de Campas Alugadas” por parte da ex-Câmara Municipal Provisó-ria numa reunião datada de 13 de Dezembro. Oito dias depois foram autorizados dez pedidos de arrendamento perpétuo pelo preço de 38 mil patacas. Florinda Chan sempre negou o seu envol-vimento no caso.

SEGUNDA-FEIRA 31.10.2011

6www.hojemacau.com.mo SOCIEDADE

Joana [email protected]

FORAM 3992 os jovens entrevistados, com idades entre os 13 e os 29 anos, que permitiram perceber como

anda a juventude em Macau. De 2008 – data do último estudo – para 2010, houve uma diminuição nos hábitos de fumar ou beber álcool, bem como no de jogar. Mas, se há menos jovens a jogar, esses poucos mostram gastar mais tempo e mais dinheiro nesta prática.

Mahjong, cartas, apostas de futebol, slot-machines e mesas de casinos fazem as delícias de cerca dos 300 jovens entrevistados, que apostam uma média de 4800 patacas neste tipo de actividades, montante que mais do que dupli-cou desde 2008, onde era apenas de 600 patacas. No total, estes jogadores mais novos passam uma

Jovens apostam mais dinheiro no jogo mas preservam valores tradicionais

Amor eterno às fichasTêm entre os 13 e os 29 anos, dormem em média sete horas por dia e preservam valores como “o amor eterno”. Os jovens de Macau voltaram a ser alvo de um estudo social, cujos resultados mostram que, apesar de terem diminuído vícios menos saudáveis, os mais novos do território estão a apostar muito mais dinheiro no jogo

JOVENS SENTEMMUITA PRESSÃO FAMILIARNo estudo, 30,8% dos jovens admitiu sentir “muitíssima pressão” na sua vida normal. Este foi um sentimento que cresceu 5,8% de 2008 para o ano passado. Lee Kwok Hoo afirma que esta pressão se prende, sobretudo, com a relação dos jovens com os estudos ou com a relação dos familiares perante a vida académica. No topo das preferências dos mais novos para aliviar esta pressão estão a música, as conversas ou a televisão.

Tabela exemplo

• HÁBITOS 2008 2010 Tabaco 11,8% 7,4% Bebidas alcoólicas 41,7% 29,2%

• PREFERÊNCIAS Navegar na Internet 66,5% Ver televisão/filmes 50,2% Ouvir música 46,4% Fazer compras 43,9%

• BOAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Com a família 61,8% Com colegas da escola ou trabalho 68,6% Com amigos 81,4%

• PARTICIPAÇÃO EM ACTIVIDADES RECREATIVAS E SOCIAIS Actividades culturais 45,8% Actividades desportivas 73,7% Serviços de voluntariado 38,3% Actividades sobre discussão de políticas juvenis 13,7% Actividades sobre debate da votação da Assembleia Legislativa 43,2%

média de 4,5 horas a jogar (mais duas do que em 2008).

Lee Kwok Hoo, director dos Serviços Sociais da Associação Sheng Kung Hui de Macau – a entidade responsável pela investi-gação -, frisa que não há detalhes sobre quais os locais preferidos dos jovens para jogar, mas admite um aumento no número de tempo gasto nos casinos. Lee Kwok Hoo diz ainda que são os mais velhos – entre os 21 e os 24 – que mais jogam. “Os jovens precisam de alar-gar horizontes. Vamos pensar em medidas de prevenção, como mais locais de recreação ou desporto”, disse o responsável.

Já os conceitos de “valor” estão a aproximar-se cada vez mais aos tradicionais entre a juventude do território. No que ao casamento diz respeito, denotou-se um aumento de 1,5% - para 70% - dos jovens que afirmam concordar com o “amor

eterno”, mas uma diminuição nos que são a favor do “sexo antes do casamento” e da co-habitação.

A delinquência juvenil continua a ser um problema entre 58,1% dos jovens da RAEM, ainda que sem gravidade: vadiar à noite, estar viciado em ‘cybercafés’ ou centros de diversão e fumar são as acções mais praticadas. No lado mais ilícito, estão o consumo de estupefacientes e a condução sob o efeito do álcool.

O dinheiro continua a ser o fac-tor mais importante para os jovens, quando chega a altura de optar por uma profissão ou carreira, ainda que 57,1% afirme que “o dinheiro não é tudo na vida”.

Os três principais gastos dos jovens são alocados em alimen-tação – 80,8% -, entretenimento – 56,6% - e vestuário – 44,4%. Apenas 30% dos entrevistados afirmam responsabilizar-se pela economia familiar.

Em outras áreas – como as actividades culturais -, 66,5% dos jovens mostram grande interesse em navegar na internet, gastando nisto quase quatro horas diárias. Ver televisão, ouvir música e fazer compras são as preferências que se seguem. Cerca de 47% dos jovens revelaram ter participado em acti-vidades culturais nos últimos seis

meses, um aumento significativo de 46%, se comparado com 2008. Já mais de metade – 74% - partici-param em actividades desportivas.

No que diz respeito a trabalhos de voluntariado, os mais novos do território mostram ter participado em programas de ajuda social e 13,7% afirmaram fazer parte de grupos de discussão sobre políticas juvenis.

O “Estudo Social dos Indicado-res sobre a Juventude”, encomen-dado pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), tem como objectivo principal apoiar o Executivo a elaborar políticas mais adaptadas à realidade social. As pesquisas envolveram 2,68% dos jovens do território e foram leva-das a cabo entre Março e Agosto de 2010.

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SANDS CHINA AUMENTA LUCROS EM 41,6% NO TERCEIRO TRIMESTREA Sands China registou um aumento de 41,6% nos lucros líquidos no terceiro trimestre deste ano para 278,3 milhões de dólares. Dados revelados pela Las Vegas Sands indicam que as receitas líquidas da Sands China subiram 11,1% para 1200 milhões de dólares, enquanto que o EBITDA ajustado cresceu 18,9% para 390,6 milhões de dólares. Para o presidente da empresa, o milionário Sheldon Adelson, a companhia vai continuar à procura de novas oportunidades de investimento sendo que o mercado asiático será sempre uma prioridade.

favor de “uma economia de turismo, que engloba muito mais”, vincou.

Pansy Ho mostrou-se ainda favorável aos limites impostos no sector do jogo. “Esta é uma forma muito prudente de regular. É exac-tamente essa a questão. Ao mesmo tempo que as polí-ticas ajudaram a promover

Macau tem de demonstrar que o crescimento é sustentável nos próximos anos

Os sábios conselhos de Pansy Ho

tica e os investimentos vão estar ligados de uma forma que vai beneficiar o conjun-to”. “Comparando com os problemas que outras regi-ões enfrentam, Macau está muito bem posicionado”, e graças às reestruturações realizadas nos últimos 10 a 15 anos, a região abandonou as “micro-perspectivas” a

A empresária Pansy Macau defendeu que Macau tem de demonstrar que o

forte crescimento eviden-ciado nos últimos anos é sustentável no futuro. “De-monstrámos ao mundo que podemos crescer num curto espaço de tempo. E toda a gente faz a mesma pergunta: isto é sustentável?”, disse Pansy Ho aos jornalistas, à margem da inauguração do Centro de Investigação para a Economia Global do Turismo, em Macau.

A empresária frisou que Macau está bem localizada geograficamente no sul da China e tem um forte apoio político do Governo Central chinês. “Desde o 12.º plano quinquenal à cooperação com a província de Guang-dong - a mais populosa da China [102 milhões de habitantes] e pioneira da política de Reforma Econó-mica e Abertura ao Exterior, lançada nos anos 1970 -, sabemos de antemão que nas próximas décadas vai haver um grande investimento em infra-estruturas para ligar Macau e torná-lo mais próximo de outras regiões”, sublinhou.

Pansy Ho destacou tam-bém a capacidade de “atrac-ção de capitais do mercado de fundos de investimento” e da própria da região em gerar “receitas avultadas, as quais sabemos que serão reinvestidas em Macau para torná-lo ainda um mercado mais atractivo”. “Não en-frentamos os mesmos pro-blemas de outras economias de turismo. Aqui estamos a falar de um cenário perfeito, onde temos os recursos e ao mesmo tempo as políticas. Esta fórmula é bastante inve-jada por todos. Toda a gente quer vir a Macau aprender com a nossa experiência”, concretizou.

A filha do magnata dos casinos Stanley Ho disse-se “confiante” no futuro, pelo facto de Macau ter “obra fei-ta” e “um ambiente estável para demonstrar que a polí-

a aplicação de capitais e o crescimento, também tem de haver algum equilíbrio”, destacou.

Para a empresária, sete anos depois da abertura, de facto, do mercado do jogo, “foi encontrado um certo equilíbrio, ou pelo menos um ponto em que todos concordam, sobre a forma

como o mercado deve ser regulado”.

RAINHA DO TURISMOMacau dispõe desde o fim--de-semana de um Centro de Investigação para a Eco-nomia Global do Turismo para promover o “desen-volvimento sustentável do turismo” na Ásia e reforçar a

sua posição enquanto “centro internacional de lazer”.

O organismo é apresen-tado como uma organização “independente e sem fins lucrativos”, que tem como missão a partilha de conheci-mento e informação com os governos e entidades ligadas ao turismo, com vista ao de-senvolvimento sustentável do sector na Ásia e no mundo, diz o Centro numa nota à imprensa.

O novo organismo é presidido por Pansy Ho, que expressou um “grande optimismo” em relação ao novo centro, justificando que “o turismo foi sempre um pilar do desenvolvimento em Macau”

O centro foi “estrategica-mente” sedeado em Macau, em virtude da “competitivi-dade” da região no sector, e da sua “localização privilegia-da”, que lhe permite “seguir os últimos desenvolvimentos e tendências do turismo na Ásia e disseminá-los para o mundo”. Além da investiga-ção, o Centro vai promover anualmente um fórum global de turismo (Global Tourism Economic Fórum), estando o primeiro previsto para mea-dos de 2012, em Macau.

O novo organismo é presidido por Pansy Ho, que expressou um “grande optimismo” em relação ao novo centro, justificando que “o turismo foi sempre um pilar do desenvolvimento em Macau”. “Ao estabelecermos um centro de investigação dedicado ao turismo e ex-ploração de estratégias para aumentar a competitividade internacional de Macau, es-tamos a dar mais um passo para colocar a Região na linha da frente enquanto destino turístico global”, afirmou.

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Clickecológico

Joana [email protected]

É a meta definida pelo Governo: o número de veículos não pode crescer mais de 4% por ano. A Direcção dos Serviços

para os Assuntos de Tráfego (DSAT) apresentou, na sexta-feira, o plano da “Política Geral do Trânsito e dos Transportes Terrestres de Macau” para os próximos dez anos, onde constam medidas mais adoptadas à população.

Após a realização de duas fases de consulta pública, o Executivo ela-borou quatro planos de acção com 61 medidas para “construir uma cidade verde onde a população e os turistas se desloquem agradavelmente”, como se pode ler nos folhetos de promoção da política do Executivo. Wong Wan explicou que os planos serão imple-mentados em três fases através de um investimento de 4,8 mil milhões de patacas, sendo que a curto prazo, ou seja, até 2012 as prioridades são o reordenamento dos transportes públi-cos, melhoria dos espaços pedonais e preparação das obras da primeira fase do metro ligeiro.

“A médio prazo [até 2015] entrará em funcionamento a primeira fase do metro ligeiro e pretende-se integrar melhor o sistema de transportes pú-blicos com as redes pedonal e de ciclo-vias, a par do controlo do crescimento e utilização dos veículos privados”, cuja taxa deverá ser inferior a 4% até 2020, acrescentou.

Os autocarros vão passar a servir todos os locais de Macau, sendo que, a curto prazo, um terço das sobre-posições sentidas nos itinerários das carreiras vão ser ajustadas. Além da melhoria nos transportes públicos, que se prevê ainda que cubram a 90% as necessidades dos residentes das ilhas, e da reordenação das rotas e paragens, também os táxis vão sofrer alterações.

A BRAMA DOS VEADOS• Um veado-vermelho (“Cervus elaphus”) protege as fêmeas do seu núcleo durante a época da brama no Highland Wildlife Park, em Kincraig, Escócia.

FOTÓGRAFO PORTUGUÊS DISTINGUIDO COM UMA DAS MELHORES IMAGENS DE VIDA SELVAGEMA imagem de um tubarão azul ao largo do Faial, nos Açores, deu ao fotógrafo português Nuno Sá um “alto louvor” no concurso Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year 2011. “Racing blue” foi a fotografia com a qual Nuno Sá ganhou um “alto louvor” na categoria “The Underwater World”, distinguindo-se entre um total de 41 mil fotografias vindas de 95 países. A imagem vencedora deste ano é “Still life in oil”, do espanhol Daniel Beltrá. Nuno Sá tirou a fotografia ao largo da ilha do Faial, quando acompanhava uma equipa de investigadores da Universidade dos Açores, que estudava a importância dos montes marinhos para a reprodução dos tubarões azuis.

Governo quer limitar crescimento anual de veículos a 4% e criar mais táxis

Menos carros, mais espaço para peões

Planetaem números

vezes mais rápido é a velocidade com que as geleiras da Patagónia estão a derreter. Tal número é o maior dos últimos 350 anos. A quantidade de gelo perdida já chegou aos 96 quilómetros quadrados.

Wong Wan, director da DSAT, afirmou que serão emitidas mais licenças para os táxis. Sobre o recente pedido de aumento da bandeirada, pedido pelas operadoras de táxi e ajustada entre os 7% e os 15%, Wong Wan disse não haver, para já, qualquer decisão.

Num local onde veículos e peões lutam pelo mesmo espaço, a DSAT diz querer mais espaços pedonais. Para isso, além da melhoria dos já existentes, irá ser limitado o número de automóveis a circular na RAEM.

O Governo prevê aumentar o pre-ço dos estacionamentos – ainda que não haja ainda conclusão sobre este assunto -, de forma a que o número de veículos não cresça mais de 4% por ano. A DSAT afirma ter falado com as operadoras de jogo neste âmbito e assegura que pode contar com o apoio do sector no controlo do número de autocarros.

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Os espaços para estacionamentos vão aumentar também – em 2012, cerca de 2500 lugares estarão dispo-níveis na zona norte da cidade -, mas há ainda muito a fazer no que toca à preservação ambiental.

CARROS VERDES NA DÚVIDAA DSAT planeia instalar uma ciclo-via na Taipa em 2015, e será nesse

ano que serão introduzidos mais veículos amigos do ambiente. Ac-tualmente, entre os mais de 200 mil veículos que Macau tem, existem apenas dois ecológicos – da CEM e da Direcção dos Serviços de Pro-tecção Ambiental. Em breve, haverá um local para carregamento destes automóveis, mas essa é ainda uma falha a colmatar.

A promoção dos veículos “ami-gos do ambiente” não está, porém, prevista para antes de 2015. A chefe do departamento de Planea-mento e Avaliação Ambiental dos Serviços de Protecção Ambiental, Annie Fong, constatou existirem já “veículos amigos do ambiente em diferentes partes do mundo”, mas salientou existirem dúvidas sobre a melhor forma de os implementar em Macau, ao referir que essa situação está a ser estudada. “Vamos estar atentos às tecnologias de produção” dos veículos eléctricos, porque “queremos melhorias na qualidade do ar”, mas estes “trabalhos são de longo prazo”, sublinhou.

Depois de Wong Wan relembrar que este tipo de veículos estão já livres da taxa de importação, Annie Fong admitiu estarem ainda a ser feitos estudos sobre a viabilidade destes automóveis.

Se serão aumentados os impos-tos sobre a importação de veículos mais antigos, a DSAT ainda não sabe. Para já, o plano da nova política dos transportes conta com medidas para mais lugares de es-tacionamento, melhores condições para os peões, mais licenças para táxis e melhores rotas para auto-carros. O sistema de metro ligeiro também tem lugar no plano, que vai ser reavaliado em 2015.

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Lia [email protected]

NOVO projectos, novo sonho. É este o slogan dos futuros aterros que vão nascer em Macau. O

Centro de Ciência e Macau recebeu ontem um workshop para discutir esse futuro. Sob o tema “Planeamento ecológico nas novas zonas urbanas”, os especialistas falaram de uma situ-ação ecológica com riscos de maior degradação e de uma população pre-ocupada com a falta de zonas verdes.

Ho Kin-chung, director de Ciência na Universidade de São José, diz que “proteger é uma luta entre o bem e mal”. Um exemplo aqui ao lado – Hong Kong – que foi com novas zonas urbanas que se consegui desenvolver, mostra um lado positivo em ter mais Macau. Mas por outro lado, uma construção deste envergadura pode trazer problemas ainda mais graves na situação ambiental do território.

Um aterro marítimo pode vir a ter como consequências uma estag-nação das águas se não houver um

FOTÓGRAFO PORTUGUÊS DISTINGUIDO COM UMA DAS MELHORES IMAGENS DE VIDA SELVAGEMA imagem de um tubarão azul ao largo do Faial, nos Açores, deu ao fotógrafo português Nuno Sá um “alto louvor” no concurso Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year 2011. “Racing blue” foi a fotografia com a qual Nuno Sá ganhou um “alto louvor” na categoria “The Underwater World”, distinguindo-se entre um total de 41 mil fotografias vindas de 95 países. A imagem vencedora deste ano é “Still life in oil”, do espanhol Daniel Beltrá. Nuno Sá tirou a fotografia ao largo da ilha do Faial, quando acompanhava uma equipa de investigadores da Universidade dos Açores, que estudava a importância dos montes marinhos para a reprodução dos tubarões azuis.

NOVOS ATERROS PODEM VIR A PIORAR POLUIÇÃO DE MACAU

Como se vai resolver?planeamento organizado, refere Cui Shubin, engenheiro-chefe da Acade-mia Chinesa de Ciência Hidráulica. É preciso estudar bem como fazer as novas construções, tendo em conta os recursos hídricos, esgotos, vegetação e qualidade de vida dos residentes. Assim, o engenheiro con-clui que se não houver uma atenção redobrada e um planeamento muito bem pensado na hora de fazer as escavações da zona A, o impacto ambiental pode vir a ser bastante nefasto. Apesar desta situação, Shubin acredita que seguindo um bom plano tudo será possível, até porque um aterro é sempre feito com base no desenvolvimento sustentável de uma cidade. “uma boa estratégia evita prejuízos para o ambiente”, constata.

O passo agora é então uma avaliação do sistema ecológico de

Macau e depois aplicá-lo ao plano urbanístico. “Cada aterro pode ter métodos diferentes, para cada um é preciso saber qual é a situação”, proferiu na sua apresentação Lu Jianjian, professor da Faculdade de Ciências e Ambiente da Univer-

sidade Normal do Leste da China. Depois da primeira fase de

auscultação pública, que decorreu entre Junho e Agosto do ano passa-do, foram recolhidas 1879 opiniões abrangendo 14 áreas e 96 tópicos. Numa cidade com índices altos

de poluição, a população gostaria de ver nas novas zonas urbanas do território, mais zonas verdes e de lazer. Depois de ouvir a opinião de quem por cá vive é ter uma linha traçada – como fazer o planeamento ecológico dos aterros. Para já, Ho Wai Tim, presidente da Associação de Ecologia de Macau (AEM), avança que a região ainda não reúne as condições para avançar com as obras. A poluição tem vindo a aumentar, seja da água, do ar ou do excessivo consumo de energia, que é preciso travar. As futuras ilhas artificiais têm como princípios básicos, uma pro-tecção ambiental, desenvolvimento habitacional e ir ao encontro de um tão falado centro de turismo e lazer, que oferece zonas verdes.

O presidente da AEM deixa ainda a garantia que Macau vai continuar a ter Terminal Marítimo, “não vai deixar de existir, vai sofrer uns ajus-tamentos, penas de 160 metros de distância do actual”. Mais opiniões vão ainda ser recolhidas e mais no-vos projectos delineados. Está ainda tudo em fase de estudo.

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11www.hojemacau.com.moCULTURA

OS Ar de Rock e Quinteto António Zambujo revisi-taram sábado a

herança lusitana de Macau e interessaram potenciais seguidores na cidade, num concerto integrado no Festi-val Internacional de Música (FIMM) que este ano come-mora as bodas de prata.

“O meu pai cresceu aqui, o meu avô foi administrador dos Correios e Macau sem-pre esteve muito presente na família. Realmente foi a primeira vez, mas parecia que já conhecia”, disse à agência Lusa, Olavo Bilac, músico convidado dos Ar de Rock, após o concerto na praia de Hac Sá, que o levou a descobrir o território.

O vocalista dos Santos e Pecadores chegou com a sensação de “realidade passada num sonho” e en-controu um Macau “muito familiar”. “Temos andado por aí, temos encontrado

Maria João [email protected]

PARA miúdos e graúdos, o Museu de Arte Moderna de Xangai tem

a decorrer uma exposição da Pixar onde se mostra a história de como nasceram os divertidos personagens que desde há décadas enchem salas de cinema no mundo inteiro. No aniversário do primeiro quarto de século, a Pixar levou até Xangai os desenhos originais de “Toy Story”, “Nemo”, “Ratatouille”, entre vários outros sucessos.

Um trabalho de uma grande equipa, fazer cada filme passa por inúmeros estudos em conjunto até que nasce um personagem animado e todo o ambiente em que este se move. Com pequenos filmes onde a equipa explica a sua parte no todo, desde a orquestra a tocar em estúdio até à concepção da animação, a ex-posição que ocupa todo o museu é a primeira feita na China. Fazer cada som exige um estudo que o especta-dor no cinema nunca pensou. Como é que uma pulga fala, que barulho faz ao mover-se, são perguntas que os animadores têm de responder. Criar uma personagem é criar uma

Músicos portugueses revisitaram herança lusitana e agradaram público em Macau

Novos admiradores na mala de regresso

PIXAR MOSTRA 25 ANOS DE ANIMAÇÃO EM XANGAI

Animação passo-a-passo

os portugueses e, lá está, a grande saudade que faz parte do ser humano, o sentir falta da casa, isso faz com que as pessoas também te abracem e se manifestem de uma forma muito positiva”.

António Zambujo tam-bém se estreou em Macau com o seu quinteto. Vindo de uma digressão nos Es-tados Unidos, e com uma breve passagem por Paris e Lisboa, elogiou as condi-ções técnicas e a beleza do cenário natural da praia de Hac Sá. “Tocar em Macau era uma curiosidade. (…) Foi engraçado, tem boas condi-ções técnicas e sentimo-nos como se estivéssemos a tocar num teatro, num sítio onde estamos habituados a tocar”, justificou.

O músico, que trouxe a Macau um novo fado sob a influência do jazz e música brasileira, surpreendeu-se com o legado português na região. “É engraçado

chegar a Macau e perceber os vestígios da cultura por-tuguesa que estão ainda tão fortes, tão marcados. (…) É engraçado continuar a haver esta ligação, apesar de já não haver ligação oficial”, comentou.

Surpreendidos com a música portuguesa ficaram também alguns jovens de Macau, sem qualquer relação com a cultura portuguesa, apanhados pelo concerto por ‘sorte’ do acaso. As amigas G.

Man Tang e Grace Tou, ambas de 20 anos, deslocaram-se num grupo grande a Hac Sá para um churrasco, mas mal ouviram a voz de António Zambujo perderam-se do resto dos amigos, viraram as costas à praia, e sentaram os olhos no palco.

Não privam com por-tugueses e nunca ouviram falar de fado mas nem por isso deixaram de classificar um estilo diferente do que vêem nos canais de música

da televisão por cabo. “É ‘fresh’”, atirou G Man Tang, como que a dizer a que sabe a música de António Zam-bujo. Dali a querer saber os níveis de popularidade dos Ar de Rock em Portugal foi um pulo, sossegado quan-do a jovem arranjou um programa “com os nomes em chinês” para mais tarde investigar.

Noutro grupo não muito distante dos amigos ‘perdi-dos’, entretanto reunidos e

aos saltos junto às grades, Donly Kon destacava-se pela câmara fotográfica profissio-nal e pelo ritmo no corpo. O jovem de 25 anos, assistente na igreja Zion e teclista nos tempos livres, também não conhecia nem as bandas nem a língua, mas a música revelou-se universal em Hac Sá. “Eu gosto de pop e esta música não me parece diferente”, simplificou.

Enquanto isso, os por-tugueses, em larga maioria, matavam saudades dos anos 80 em português. “Gostei muito, venho sempre que há iniciativas destas. Devia haver mais”, disse a jurista Rosário Gomes da Silva, em Macau com a família há sete anos.

Os Ar de Rock e Quinteto António Zambujo encer-raram a participação por-tuguesa no 25.º FIMM. Os Ensemble Vocal Introitus e Sete Lágrimas tinham aberto o apetite, há duas semanas.

personalidade e uma forma de falar que até então nunca ninguém ouviu.

“Um personagem não nasce por fazer olhos num carro, mas por pôr sentimentos e pensamentos na mente do carro” lê-se na mostra da animação do estúdio norte-ameri-cano. O factor humano em todos os personagens animados tornou

os filmes e as curtas da Pixar num sucesso no cinema de animação. “A Pixar é sobre tornar um mundo real”, diz John Lasseter, director criativo do estúdio. O segredo é criar emoções e conseguir expressá-las, seja para um carro ou para uma pulga.

Desenhar um peixe de tantas maneiras quanto possíveis é a

fórmula que se aplica a todos os personagens da Pixar. Por exemplo, cada brinquedo do “Toy Story” tem uma voz e uma personalidade dife-rente. E são centenas de personagens criadas em 25 anos de trabalho. Para conseguir esta variedade, tem de estudar-se cada um até ao mais pequeno detalhe num trabalho que chega a durar anos.

Em pinturas em pastel, aguarela, ou carvão, o museu de arte moderna de Xangai dá aos visitantes a opor-tunidade de ver peixe Nemo, os Incríveis ou Woody do “Toy Story”, nos mais variados ângulos. Um dos pontos altos da exposição está na apresentação de um Zoetrope com os personagens do “Toy Story”.

Um modelo de animação criado no século XIX, o Zoetrope utiliza a reprodução de dezenas de imagens, cada uma um pouco diferente da anterior, que ao girar numa estrutura cilíndrica ganham movimento com a velocidade e a luz que incide sobre

estas. Se inicialmente o Zoetrope era feito com desenhos, a Pixar escolheu utilizar esculturas dos bonecos inspirando-se num modelo de Zoetrope visto John Lasseter num museu japonês. Dezoito imagens de cada um dos personagens ganham vida assim que o disco de base do carrossel começa a girar. Uma mostra que não deixa de impressionar cada visitante que entra na sala escura da exposição.

Desde o primeiro grande suces-so de Toy Story em 1995, a Pixar já acumula 26 Óscares da Academia. O carácter intemporal das histórias fazem do estúdio norte-americano o maior caso de sucesso no cinema de animação. Depois de ter sido comprada por Steve Jobs na década de 80, a Pixar foi vendida por Jobs à Walt Disney em 2006.

Em Xangai, além dos filmes, dos personagens reproduzidos em vários formatos, da mostra de curtas Pixar, há ainda uma animação final onde através de portas que se vão abrindo os visitantes entram no uni-verso de cada filme, desde o fundo do mar de Nemo até ao céu de “Up”. São 25 anos que levam a uma viagem ao mundo real da imaginação.

Ar de Rock

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[ ] CinemaCineteatro | PUB

[f]utilidadesSEGUNDA-FEIRA 31.10.2011www.hojemacau.com.mo

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HORIZONTAIS: 1-Contexto completo. Comando (abrev.). 2-Camareira. Ouro (s.q.). Árvore da antiga India Portuguesa. 3-Camas de lona. Desgastai cortando. 4-Género da família das Caprifoliáceas (Bot.). 5-Transmitir sífilis. 6-Regimento de Artilharia (abrev.). Pesar. 499 (Rom.). Nesta terra. 7-Apertar com perguntas, atrapalhar. 8-Qualidade do que é límpido. 9-Bom estado do indivíduo, cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal. Entrelaçam. 10-O m. q. eido. Bário (s.q.). Flanco. 11-Corroi. Queimar.

VERTICAIS: 1-Andavam. Espalhar-se. 2-Ninho (Prov.). Átomo (abrev.). Preceptor nas casas nobres. 3-Bocados, buchas. Referi-me indirecta ou vagamente. 4-Que não contém água. 5-O m. q. gaseiforme. 6-Ruténio (s. q.). 101 (Rom.). Apartamento (abrev.). Consoante iguais. 7-Licitar de novo. 8-Analogia. 9-Que tem competência. O m. q. porcas (Prov.). 10-Sem miolo, vã. Antes-de-Cristo (abrev.). Trata com zelo. 11-Chefe de aldeia em Ceilão. Grande extensão de água salgada.

[Tele]visãoTDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h RTPi14:30 RTPi Directo16:00 Liga Sagres: Benfica - Olhanense (Repetição)17:30 Que Loucura de Família18:00 Música Movimento (Repetição)18:30 Contraponto (Repetição)19:30 Amanhecer20:30 Telejornal21:00 TDM Desporto22:10 Passione23:00 TDM News23:30 Portugueses Pelo Mundo00:15 Telejornal - Repetição00:45 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 Consigo15:00 Magazine EUA Contacto – N. Inglaterra 15:30 Cidades Património Mundial16:00 Bom Dia Portugal17:00 O Elo Mais Fraco18:00 Resistirei18:45 Linha da Frente19:00 Pai à Força 20:00 Jornal Da Tarde 21:15 O Preço Certo22:00 Magazine EUA Contacto – N. Inglaterra22:30 Portugal no Coração

ESPN 3012:00 Mountain West Conference Football BYU vs. TCU15:00 Fina Diving World Series 16:00 FINA Aquatics World 201116:30 Euro Asia Allstars Cup 2011 Day 219:30 (LIVE) Sportscenter Asia20:00 Monday Night Verdict20:30 Stihl Timbersports Series21:00 Winter X Games Fourteen Classix22:00 Sportscenter Asia 22:30 Euro Asia Allstars Cup 2011 Day 2

STAR SPORTS 3113:00 Palembang Musi Championship14:00 FIA F1 World Championship Raceday 2011

15:15 FIA F1 World Championship 2011 - Main Race Grand Prix of India17:15 FIA F1 World Championship Chequered Flag 2011 Grand Prix of India18:00 Rugby World Cup 2011-Tournament Highlights19:00 Commonwealth Bank Tournament Of Champions 2010 Hls19:30 Planet Speed 2011/1220:00 MotoGP World Championship 2011 - Highlights Malaysian Motorcycle Grand Prix21:00 Game21:30 (LIVE) Score Tonight22:00 Intercontinental Rally Challenge 2011 - Magazine22:30 Engine Block 201123:00 FIA F1 World Championship Highlights 2011 Grand Prix of India

STAR MOVIES 4012:20 Closer14:00 A Few Good Men16:20 Glitter18:15 The Code20:05 The Walking Dead21:00 The Net23:00 Stigmata

HBO 4112:00 The Other Guys13:50 The Marc Pease Experience15:15 The Back-Up Plan17:00 The Bounty Hunter19:00 Dinocroc Vs Supergator20:30 Zombieland22:00 The Special Relationship23:35 Devil00:55 Wolvesbayne

CINEMAX 4212:45 Harley Davidson And The Marlboro Man14:30 Supernova16:00 The Kiss Of The Vampire17:30 The Revenge Of Frankenstein19:15 Hollywood Buzz19:45 Epad On Max20:00 Creepshow22:00 Fright Night23:45 30 Days Of Night

Su doku

[ ] Cru

zadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1-INTEGRA.COM. 2-AIA. AU. PACA. 3-MACAS. RAPAI. 4-LONICERA. O. 5-G. SIFILIZAR. 6-AR. DO. ID. CA. 7-ATARRACAR. L. 8-S. LIMPIDEZ. 9-SAUDE. TECEM. 10-AIDO. BA. ALA. 11-ROI. ABRASAR.VERTICAIS: 1-IAM. GRASSAR. 2-NIAL. AT. AIO. 3-TACOS. ALUDI. 4-E. ANIDRIDO. 5-GASIFORME. A. 6-RU. CI. AP. BB. 7-A. RELICITAR. 8-PARIDADE. A. 9-CAPAZ. RECAS. 10-OCA. AC. ZELA. 11-MAIORAL. MAR.

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

SALA 1YOU ARE THE APPLE OF MY EYE [C] (Falado em putonghua, legendado em chinês/inglês)Um filme de: Giddens KoCom: Zhendong Ke, Yanxi Chen, Siu-Man Fok14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 2IN TIME [B] Um filme de: Andrew NiccolCom: Justin Timberlake, Amanda Seyfried14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 3MAYDAY 3DNA 3D [B] (Falado em putonghua, legendado em chinês/inglês)Um filme de: Yann KungCom: Mayday, Richie Jen, Rene Liu 14.30, 16.30, 21.30

SPY KIDS: ALL THE TIME IN THE WORLD 4D 3D [A] (Falado em cantonês)Um filme de: Robert RodriguezCom: Jessica Alba, Joel McHale, Jeremy Piven19.30 Aqui há gato

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MACAU, SÉCULO XXIMacau quer ser uma cidade internacional de turismo e lazer. E está no bom caminho, senão vejamos. Para o ajudar a conhecer os pontos turísticos do território fizemos uma busca incessante de vários locais de interesse.Se optar por dar uma volta pela cidade aconselhamos que vá até perto do Lago Nam Van. Não para ver o lago e a Torre de Macau ao fundo, porque isso não tem interesse. O que lhe queremos mostrar são os prédios devolutos. Ou melhor, prédios inacabados – dizem, por culpa de Ao Man Long - que são a coqueluche da cidade. Repare bem no detalhe da sua arquitectura. Estrutura aberta, com boa luz natural, boa ventilação. A preocupação com o meio ambiente é notória com o crescimento de musgos e líquenes nas paredes da estrutura. Tire as fotografias que desejar.Se for até à Avenida Almeida Ribeiro tem o Leal Senado, o edifício dos Correios de Macau. Esqueça. Isso não tem interesse nenhum. Podia aconselhá-lo a repousar numa das camas do Hotel Central, mas depois da sua remodelação (?) já não serve os intentos da massa turística internacional. Vá mais adiante, em direcção à Rua das Lorchas. Alto. Na esquina da Almeida Ribeiro com a esta rua, tem um hotel. Repare bem na imponência do edifício. O Grande Hotel pode oferecer-lhe as melhores comodidades no centro da cidade. Bem localizado, este hotel tem uma ventilação fora do normal. Se reparar as janelas abertas são um novo conceito de hotelaria gourmet por estas bandas. As portas estão fechadas com tapumes e cimento para proporcionar maior conforto aos hóspedes. Dizem que alguns deles gostam de consumir produtos que queimam neurónios dentro das suas paredes. Ainda não entendi muito bem do que falam.Se estiver de costas para o Grande Hotel avista outra opção, o Hotel Península. Aqui a arquitectura parece estar menos em voga. As janelas ainda estão fechadas, o que se traduz em pouca ventilação no hotel. Os tapumes bloqueiam um pouco a visão, e possivelmente há falta de luz interior. Contudo, quem já lá esteve (há alguns anos) diz que o local é tranquilo e pode descansar sem ter ninguém a chateá-lo. Esqueça o Ponte 16 ali ao lado, não provoca nenhuma sensação especial de conforto. Continuamos a preferir os colchões do Península.E o jogo? Se está em Macau tem de experimentar a unicidade do jogo. Muitos lhe devem ter dito: “Se vais a Macau tens de ir ao Venetian, que é o maior casino do mundo, ou ao Grand Lisboa, do magnata Stanley Ho”. Não dê ouvidos a essa gente. Numa cidade virada para o futuro como é Macau, onde o turismo é pedra de toque nós aconselhamos uma visita ao casino flutuante Macau Palace. Está ali para os lados da Ilha Verde e reveste-se de uma experiência única para o turista-jogador. Aproveite e vá até às salas VIP do Macau Palace. Um sonho de noite.Se o que dissemos não lhe agrada então sempre pode tentar outro hotel da cidade ou ainda jogar na roleta do mais afamado de todos: Hotel Estoril, mas apresse-se. Dizem por aí que irá ser demolido para dar lugar à Escola Portuguesa de Macau. Fora isso tudo bem. Bem-vindo!

Pu Yi

O AMOR E O FACEBOOK • CLÁUDIA MORAISAs redes sociais vieram para ficar nas nossas vidas, mas até que ponto são reais as ligações de amizade que lá estabelecemos? Que riscos corremos com a exposição a que nos sujeitamos no nosso perfil e com o conhecimento que passamos a ter da vida dos outros? Que consequências é que essa rede de contactos pode ter no nosso casamento ou namoro? Partindo de casos concretos, “Amor e Facebook” oferece dezenas de pistas para uma correcta utilização da maior rede social do mundo, evitando que se torne um problema para a nossa vida sentimental e sublinhando as suas virtudes e potencialidades no campo dos afectos.

CORPORATE GOVERNANCE NO ESPAÇO LUSÓFONO • VÁRIOSGovernança Corporativa ou Corporate Governance é um tema da administração que vem ganhando importância devido ao crescimento das organizações e pela sua internacionalização. Este livro aborda este assunto de uma forma didáctica, explicando a teoria e a prática mostrando exemplos das diferenças do exercício da Governança Corporativa, através de normas em diferentes países e particularmente nos de língua portuguesa ou como traduz no título: Espaço Lusófono.As normas são apresentadas nos principais países de língua portuguesa: Portugal; Brasil; Angola; Cabo Verde e Moçambique. Devido à importância do Brasil, os autores dedicam um capítulo para comparar a prática de governança empresarial deste país com Portugal e dedica outro capítulo para apresentar os modelos de governança empresarial em Angola, Cabo Verde e Moçambique.

OPINIÃOcar ta ao d i rec to r

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David Chow*

I. INTRODUÇÃOO crescimento exponencial da economia trouxe um desenvolvimento desordenado. O fosso entre ricos e pobres é cada vez maior. As novas e velhas zonas desenvolvem-se sem um planeamento devidamente concertado, gerando-se desequilíbrios. São, portanto, problemas que afectam, directamente, o integral desenvolvimento económico e o bem-estar dos residentes. Correm rumores, ultimamente, de que o Terminal Marítimo do Porto Exterior, em funcionamento desde 1993, vai ser transferido para outro local, após mais de 18 anos de funcionamento, estando este facto a despertar a atenção de todos os sectores da sociedade. Segundo os dados estatísticos divulgados pelo Depar-tamento de Migração do Corpo de Polícia de Segurança Pública, entraram em Macau, em 2010, através do Terminal Marítimo do Porto Exterior, importante eixo de tráfego de Macau, mais de 7.130.000 visitantes, o que representa mais de 70% do número total de visitantes entrados por via terrestre. Sendo o mais importante posto fronteiriço maríti-mo desde a década de 60, a sua deslocação decerto irá trazer um impacto directo no futuro desenvolvimento económico.

II. A DESLOCAÇÃO DESTE EIXO DE TRÁFEGO AGRAVA OS ENCARGOS DOS RESIDENTES E DE TODOS OS QUE VISITAM MACAUAscende a 470.000 o número total de habitan-tes que reside habitualmente na península de Macau, o que corresponde a cerca de 85,2% da população, sendo que o Terminal Marí-timo do Porto Exterior é o posto fronteiriço marítimo que, actualmente, melhor serve os interesses dos residentes nas suas desloca-ções ao exterior. É sabido, de facto, segundo estatísticas informais, que este Terminal Ma-rítimo é utilizado, anualmente, por mais de um milhão de residentes, nas suas viagens ao exterior ou quando recebem familiares e amigos que os visitam. Por isso, a eventual deslocação do mesmo para as Ilhas vai criar um grande impacto na população, na medida em que as pessoas ficarão obrigadas a des-pender mais tempo nas suas deslocações e na recepção a familiares e amigos, para além de terem de suportar encargos adicionais com o transporte e de consumirem mais combustíveis, com graves repercussões para o meio ambiente e para a saúde.

É do conhecimento geral, por outro lado,

Terminal maríTimo do PorTo exTerior versus eruPção do CoTai e afundamenTo da Península

que a via marítima é o principal meio utili-zado pelos residentes nas suas deslocações a Hong Kong e a Shenzhen. O Terminal Marítimo do Porto Exterior, por estar situ-ado entre Macau e as Ilhas, é de fácil acesso para os residentes, dado que a esmagadora maioria da população vive na península de Macau, e, pelo facto de estar apenas a 8 minutos de carro do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, facilita a vida aos visitantes nas suas deslocações, via terrestre, à China continental. Para além disso, permite ainda equilibrar o fluxo dos visitantes entre Macau, Hong Kong e Zhuhai. De resto, ficou mais do que provado que o fluxo de visitantes que se deslocam do Terminal Marítimo do Porto Exterior para a Taipa não tem constituído uma sobrecarga para a Ponte da Amizade.

III. A DESLOCAÇÃO DO TERMINAL MARÍTIMO DO PORTO EXTERIOR PARA FORA DO PERÍMETRO DA PENÍNSULA DE MACAU AFECTA A SOBREVIVÊNCIA DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESASA entrada em funcionamento do Terminal Marítimo do Porto Exterior criou vantagens e oportunidades de desenvolvimento para Macau, especialmente para as pequenas e médias empresas do Porto Exterior. Pelo facto de o Terminal Marítimo do Porto Exterior ser o posto que faz a ligação entre Hong Kong e Shenzhen e, como tal, funcionar

estas empresas se sujeitam, no exercício da sua actividade, às restrições impostas pelos recursos e pelo clima de negócios. Natural-mente, a deslocação do Terminal Marítimo do Porto Exterior vai afectar, muito directa e particularmente, as deslocações dos resi-dentes, dos empresários e dos visitantes das três regiões, querendo com isto dizer, numa outra perspectiva, que o centro económico também será indirectamente afectado. Por isso, em jogo está a sobrevivência das pe-quenas e médias empresas instaladas na península de Macau que dependem do fluxo de visitantes do Terminal Marítimo do Porto Exterior. A eventual deslocação deste eixo de tráfego é contrária à política que o Governo tem vindo a advogar, sistematicamente, qual seja, a diversificação adequada da economia e o apoio ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas.

IV. A CRIAÇÃO DE BENEFÍCIOS APENAS PARA AS OPERADORAS DO JOGO NO COTAI É UMA MEDIDA CONTRÁRIA AOS FINS DA PROMOÇÃO DO PATRIMÓNIO MUNDIALA dimensão da componente turística do Cotai é já hoje visível, depois de os complexos do Venetian, da City of Dreams e da Galaxy terem iniciado as suas operações. A acessibili-dade, em termos de tráfego e transporte, está mais que aperfeiçoada. O Cotai conta, por

inscrito o seu nome na Lista do Património Mundial, Macau deparou-se com uma opor-tunidade ímpar de promover e divulgar o seu património, associado que está a mais de quatro séculos de intercâmbio, diversifi-cação e coexistência de culturas. Pois bem, todo este património encontra-se localizado, na sua totalidade, na península de Macau. Sendo assim, se o Terminal Marítimo for deslocado para a zona do Cotai, como é que os que aqui chegarem, por via aérea e por via terrestre, e que tenham necessariamente de passar também, em primeiro lugar, pelo Cotai, terão oportunidade para visitar a pe-nínsula de Macau, sabendo-se que a média da estadia, em Macau, é de um dia e meio? A oportunidade de conhecerem Macau é drasticamente reduzida, o que é contrá-rio aos fins da promoção do Património Mundial de Macau, bem como prejudicial para a imagem de cidade turística e para a construção de Centro de Turismo e Lazer a nível internacional.

V. ERUPÇÃO DAS NOVAS ZONAS E AFUNDAMENTO DAS VELHASIndependentemente dos respectivos pres-supostos históricos, as empresas retalhistas e os estabelecimentos de restauração que criaram, há anos, as suas raízes na península de Macau, conseguiram, de alguma forma, com muita dedicação e empenho, criar a sua própria marca, sendo este, aliás, o chamariz para os visitantes que aqui aportam à procura de um turismo de lazer e de prazeres gastro-nómicos. A deslocação do Terminal Marítimo do Porto Exterior vai criar, sem margem para qualquer dúvida, um forte impacto nos seus negócios. Será que terão, também, de mudar para o Cotai? Ou deverão manter-se, pura e simplesmente, na zona velha, à espera que a asfixia da sua actividade venha a ditar o seu próprio fim?

A acessibilidade ao Terminal Marítimo do Porto Exterior é considerada bastante boa, pois os visitantes tanto podem apanhar um autocarro, como um táxi ou recorrer ao serviço de autocarros expresso. O desman-telamento daquele terminal marítimo e das instalações de parqueamento anexas não só representa um esbanjamento de recursos, mas obriga também à construção de novas infra-estruturas que levam o seu tempo. Por conseguinte, a deslocação é uma má decisão política, em termos de empreendimento e de desenvolvimento urbano.

As contrastantes diferenças entre a parte nova e a parte velha de Las Vegas e o empe-nho demonstrado pelo Governo de Cantão

A eventual deslocação do Terminal Marítimo para as Ilhas vai criar um grande impacto na população, na medida em que as pessoas ficarão obrigadas a despender mais tempo nas suas deslocações e na recepção a familiares e amigos, para além de terem de suportar encargos adicionais com o transporte e de consumirem mais combustíveis, com graves repercussões para o meio ambiente e para a saúde

como elo de ligação entre Guangdong, Hong Kong e Macau, aumentaram as visitas dos residentes de Guangdong e de Hong Kong e, como não podia deixar de ser, o âmbito de desenvolvimento das pequenas e médias empresas também se alargou, sendo esta a razão pela qual a península de Macau tem vindo a ser o principal ponto de concentração das pequenas e médias empresas. Segundo as estatísticas, existiam, em 2009, cerca de 15.000 pequenas e médias empresas, estando 99% do total, ou seja, a esmagadora maioria, localizada e a operar na península de Macau. É por terem uma dimensão pequena que

via aérea, com o Aeroporto Internacional de Macau, ali mesmo ao lado; por via terrestre, com o Posto Fronteiriço da Ilha da Montanha e, por via marítima, com o Terminal Marítimo Provisório. Deslocando-se, integralmente, o Terminal Marítimo do Porto Exterior para o Cotai, tal leva-nos a questionar se não se trata de mais uma política desequilibrada para beneficiar as operadoras do jogo no Cotai. O jogo, enquanto produto turístico a desenvolver e a promover, mais não é do que, para a esmagadora maioria dos visitantes, uma curiosidade para ver e conhecer, e não um incentivo. Desde 2005, data em que viu

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Lia Coelho; Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos M. Cordeiro; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Ciclone

no projecto de reconstrução dos bairros velhos da cidade, enquanto medida de re-abilitação, são exemplos que temos à nossa disposição. Deslocar e encerrar as operações do Terminal Marítimo do Porto Exterior irá fazer com que a zona velha da península de Macau entre em declínio e que a zona nova do Cotai conheça um desenvolvimento. Será que é isto que todos queremos ver? Importa, portanto, que haja uma reflexão séria sobre esta questão.

VI. CONCLUSÃO1. A CONSTRUÇÃO DE UM TERMINAL MARÍTIMO DEVE SER FEITA EM ARTICULAÇÃO COM O PLANO DIRECTOR URBANOPelo acima exposto, entendo que, de facto, o actual Terminal Marítimo do Porto Exterior deixou de ter capacidade para satisfazer as necessidades, não restando dúvidas, portanto, de que há toda a necessidade de ampliar as actuais instalações ou de construir um novo terminal, porventura no Cotai, de forma a desenvolver o turismo nesta nova zona. Contudo, suspender o uso do actual Terminal Marítimo do Porto Exterior pode trazer efeitos inimagináveis para a zona ve-lha de Macau, sendo que a construção de um novo terminal marítimo implica um grande volume de obras, a aplicação de avultados recursos do erário público, o dispêndio de tempo, a articulação com o plano director urbano, a construção de canais de navegação, o planeamento de acessibilidades, incluindo a sua interligação com os diversos postos fronteiriços e os meios de transporte (Metro ligeiro, autocarros, táxis e serviços de auto-carro expresso), bem como a planificação dos equipamentos turísticos envolventes e o respectivo montante dos investimentos. Sendo tudo isto alvo de atenção da socieda-de e vindo o actual terminal marítimo a ser deslocado, o novo terminal marítimo terá de ter, pelo menos, a mesma capacidade de resposta para o actual e futuro número de visitantes, perante aquilo que é a clara ten-dência de aumento do número de turistas.

2. DESENVOLVIMENTO EQUILIBRADO ENTRE ZONAS NOVAS E VELHAS, EM PROL DA PROMOÇÃO DA DIVERSIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES ECONÓMICASNo processo de desenvolvimento de qual-quer grande ou pequena urbe, há sempre assimetrias entre a parte velha e a parte nova das cidades, especialmente para as que têm uma longa história, onde se notam facilmente traços de envelhecimento nas zonas velhas. “Novas zonas a emergirem e velhas a imergirem”, é uma realidade com

para passageiros, de forma a manter activo o comércio tanto nas zonas velhas como nas zonas novas, para além de garantir uma diversificação da economia.

O Governo está apostado em tornar Macau num Centro de Turismo e de Lazer a nível internacional e em promover a diversi-ficação da economia. Os pontos de interesse turístico concentram-se, na sua maioria, na zona das Ruínas de S. Paulo, no Templo de A-Má e na Fortaleza do Monte, locais que se articulam bem com as compras de lazer em vias públicas, em contraste com as grandes superfícies comerciais do Cotai, o que prova que cada uma das zonas, velha e nova, dispõe de peculiaridades e características próprias, sendo esta, portanto, uma boa estratégia a ser seguida na criação do Centro de Turismo e de Lazer a nível internacional e na promoção de uma economia diversificada.

3. ELABORAÇÃO DE REGULAMENTOS PARA RESOLVER O PROBLEMA DO FLUXO DE TURISTAS NO TERMINAL MARÍTIMO DO PORTO EXTERIORNas zonas velhas de Macau, os monumentos, as construções e os sítios históricos são o património que, por não ser passível de ser imitado, atrai os visitantes. Há quem entenda que é devido a questões de limitação de espaço no Terminal Marítimo do Porto Exterior que os serviços de autocarro expresso causam engarrafamentos de trânsito nas vias circun-dantes. Na minha opinião, o problema tem a ver, essencialmente, com questões de gestão e coordenação. Nada mais. A solução passa por

uma restrição no número e pela lotação dos autocarros de serviço expresso, até um limite razoável, e pela definição de um regime que regule as partidas, incluindo o local, a hora e a lotação para as partidas. É assim que os engarrafamentos de trânsito terão solução.

4. UTILIZAÇÃO EM SIMULTÂNEO DO TERMINAL MARÍTIMO DO PORTO EXTERIOR E DO TERMINAL MARÍTIMO DO COTAI PARA CIRCULAÇÃO DE TURISTASMacau já é uma cidade internacional, aco-lhendo, anualmente, mais de 25 milhões de visitantes, prevendo-se um crescimento contínuo durante os próximos 5 anos. Ao abrigo do Acordo de Cooperação entre Guangdong e Macau, e depois de estarem concluídas as obras de construção da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, é inevitável que haja uma integração regional, sendo esta uma das razões pela qual o Terminal Marítimo do Porto Exterior deve ser mantido em funcionamento, ampliando-o adequada-mente, para além de serem optimizadas as actuais instalações do Terminal Marítimo Provisório da Taipa, que deve passar a ser, também, uma infra-estrutura definitiva. Será este o melhor plano de desenvolvimento urbano. O número de postos fronteiriços é uma importante referência no que concerne à internacionalização de qualquer cidade. Xangai dispõe de dois aeroportos internacio-nais (Aeroporto Internacional de Hungqiao e Aeroporto Internacional de Pudong) e Tóquio, grande metrópole internacional, também dispõe de dois aeroportos interna-cionais (Aeroporto Internacional de Narita e Aeroporto Internacional de Haneda). O funcionamento, em simultâneo, de dois postos fronteiriços não só contribui para garantir uma maior circulação de turistas, como oferece também mais opções aos visitantes, a par de uma maximização do aproveitamento dos recursos, sem afectar as deslocações dos residentes. Isto não só cria condições para o desenvolvimento do Cotai, mas, também, para manter a prospe-ridade económica da península de Macau. Sendo a deslocação do Terminal Marítimo do Porto Exterior uma questão relevante, em termos de planeamento urbano, deve o Governo promover uma consulta alargada junto da sociedade e proceder à sua devida avaliação. O presente texto foi elaborado com base numa estratégia de desenvolvimento a longo prazo, lançando pistas para que nos faça chegar a sua opinião.

*Ex-Deputado à Assembleia Legislativa de Macau e actua membro do Conselho Económico de Macau e da

Comissão de Apoio ao Desenvolvimento Turístico de Macau

Há quem entenda que é devido a questões de limitação de espaço no Terminal Marítimo do Porto Exterior que os serviços de autocarro expresso causam engarrafamentos de trânsito nas vias circundantes. Na minha opinião, o problema tem a ver, essencialmente, com questões de gestão e coordenação

que nenhuma sociedade deseja ser con-frontada. Por exemplo, em Hong Kong, em ordem a manter um equilíbrio entre as zonas velhas e as zonas novas, o Governo envol-veu o sector privado no desenvolvimento das zonas velhas, no sentido de continuar a explorar a dinâmica do mercado, dando aproveitamento às construções históricas e revitalizando-as para dinamizar o desen-volvimento do turismo. O essencial, acima de tudo, é manter um fluxo equilibrado de pessoas, tanto nas zonas novas como nas zonas velhas, sendo esta experiência digna de referência para Macau. Em Hong Kong, existem mais de sete terminais marítimos para passageiros, distribuídos por Hong Kong, Kowloon e Novos Territórios, contri-buindo, assim, para equilibrar a economia e o fluxo de pessoas nas zonas velhas e nas zonas novas. Em Macau, quer na península, quer nas Ilhas, há um terminal marítimo

Uma boa ratoeira, só mesmo feita por ratos.Por Fernando

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por SteffCIDADÃO NÚMERO

SETE MIL MILHÕESBRASIL LULA DA SILVA TEM CANCRO NA LARINGEO Hospital Sirio-Libanês de São Paulo anunciou ontem em comunicado que o ex-presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, de 66 anos, realizou exames naquele hospital e foi-lhe diagnosticado um tumor localizado de laringe. “Após avaliação multidisciplinar, foi definido tratamento inicial com quimioterapia, que será iniciado nos próximos dias. O paciente encontra-se bem e deverá realizar o tratamento em regime ambulatório”, refere o comunicado.

PORTUGAL CRISE AFECTA MERCADO DOS LIVROSNo primeiro semestre de 2011 os portugueses compraram menos livros do que no mesmo período de 2010. A descida no consumo foi de 3% e é bem menor do que aconteceu em outras áreas como a electrónica de consumo (menos 13%), o entretenimento (menos 13%) , ou a informática (menos 8%). Este ano, até Junho, foram facturados pelo mercado livreiro português 70 milhões de euros. O ano passado a facturação foi de 170 milhões; em 2009, de 168 milhões e em 2008, foram facturados 156,3 milhões de euros.

ARÁBIA PRIMEIRA MULHER DA AL-QAEDA CONDENADAUm tribunal especial na Arábia Saudita condenou uma saudita, membro da Al-Qaeda, a 15 anos de prisão, no primeiro julgamento de uma mulher ligada à rede terrorista no reino. O julgamento desta mulher, cuja identidade não foi divulgada e que é designada como "senhora Al-Qaeda", iniciou-se a 31 de Julho num tribunal de Jeddah (oeste) e realizou-se à porta fechada, sem a presença dos média, a pedido da família.

ISRAEL FACÇÕES PALESTINIANAS ASSINAR CESSAR-FOGOAs facções palestinianas de Gaza concordaram em restabelecer o cessar-fogo com Israel, após uma jornada de violência que fez dez mortos, nove palestinianos e um israelita. Esta trégua entrou em vigor no fim-de-semana, depois do acordo entre todas as facções palestinianas de Gaza, decidido após a intervenção do Egipto. No entanto, a polícia israelita indicou que continuaram a cair projécteis no sul do Estado hebreu, nomeadamente depois da hora indicada para o início do cessar-fogo.

SÉRVIA ATAQUE À EMBAIXADA DOS EUA LEVA A DETENÇÃO DE 17Dezassete pessoas foram detidas pela polícia sérvia em Sandjak, no sul da Sérvia, depois do ataque bombista cometido por um islamita sérvio contra a embaixada dos EUA em Sarajevo. O director da agência de inteligência bósnia, Almir Dzuvo, confirmou que um dos suspeitos, de 23 anos, mantinha ligações com o movimento wahabita na Bósnia, um braço integrista do Islão. Depois da operação na Sérvia, 17 pessoas foram presas, uma das quais de identidade bósnia. As buscas realizaram-se em 18 locais nas quais foram apreendidos computadores, CD e cartões telefónicos.

TAILÂNDIA NATUREZA DÁ TRÉGUAS A BANGUECOQUEAs inundações que ameaçam Banguecoque estão a poupar o centro da capital tailandesa e deverão começar a recuar nos próximos dias, depois de milhares de pessoas terem fugido daquela metrópole de 12 milhões de habitantes nos últimos dias. Banguecoque tem estado em estado de alerta e permanecerá dessa forma até amanhã, depois de as autoridades terem decretado cinco dias de férias. A situação começou, porém, a melhorar a meio do dia de ontem. Apesar do centro da cidade estar já seco, outras partes da capital, incluindo o bairro chinês, estão ainda cobertas de água. Esta estação de monções, já provocou a morte de pelo menos 381 pessoas na Tailândia. Diversos países já desaconselharam os seus cidadãos a viajarem para aquele país asiático, embora o aeroporto internacional da capital continue a funcionar normalmente.

REINO UNIDO HOMEM OU MULHER PODE SUCEDER AO TRONO A partir de agora será o filho primogénito, independentemente do género, que terá prioridade de sucessão ao trono do Reino Unido. Rapazes ou raparigas terão, pela primeira vez, igual direito de acesso à Coroa britânica. Os líderes dos 16 países da Commonwealth, onde a rainha continua a ser formalmente a chefe de Estado, aprovaram as alterações na cimeira de Perth, na Austrália. De acordo com as anteriores lei de sucessão, que têm mais de 300 anos, o herdeiro do trono teria de ser o primeiro filho varão do monarca. Apenas quando não há rapazes nascidos da união é que pode uma mulher aceder à Coroa britânica, como aliás aconteceu com o pai da actual rainha, Jorge VI. Nesse caso o trono foi ocupado pela filha mais velha, Isabel II.

Marco [email protected]

SÃO semi-profissionais, sagraram-se na última tem-porada vencedores da prin-cipal prova do basquetebol

formosino e na sexta-feira não deixaram créditos por mãos alheias e conquistaram, no Pavilhão do Tap Seac, a edição de 2011 da Taça do Estreito. O semi-profissionalismo bastou ao cinco do Taiwan Beer para levar a melhor sobre a concorrência na competição que reúne anual-mente equipas oriundas das quatro regiões que integram o espaço da Grande China.

Este ano coube à Associação Geral de Basquetebol de Macau organizar o evento e a jogar perante o seu próprio público, os represen-tantes do território não comprome-teram. As cores da RAEM estiveram representadas na prova pelo cinco do Fujian e no frente-a-frente com as formações do South China, da Selecção Júnior de Fukien e do Taiwan Beer, os vice-campeões do território mostraram ser dignos representantes do basquetebol de Macau, ao concluir o certame numa honrosa segunda posição.

Depois de em Maio ter falhado o assalto ao principal título do basquetebol de Macau, ao perder o encontro decisivo da Liga Open da modalidade frente ao Iao Cheng pelo parcial de 69 – 59, o Fukien voltou a disputar e a perder uma final, mas a derrota teve desta feita sabor agridoce. No encontro decisivo da edição de 2011 da Taça do Estreito os actuais titulares da Taça de Prata

Basquetebol | Fukien perde contra taiwaneses

Macau sem Taça do Estreito(o primeiro grande torneio da tem-porada) esgrimiram argumentos contra os campeões formosinos sem conseguir travar o manancial ofensivo do adversário. Ao fim dos quatro períodos regulamentares, o placard não deixava grande margem a interpretações. Derrotada pelo co-pioso parcial de 99 – 67, a formação em que alinha o português Nuno Gomes viu o cinco do Taiwan Beer levantar o troféu, mas nem por isso deixou de festejar, mercê sobretudo da grande exibição conseguida no desafio que abriu as portas da final ao cinco do território.

Antes de esgrimir argumentos com a toda poderosa formação do Taiwan Beer, o Fukien disputou o acesso ao encontro decisivo da prova com a Selecção Júnior da província continental de Fujian, num encontro em que o cinco local assinou uma exibição monumental, no entender de Nuno Gomes: “No encontro das meias-finais, frente à selecção de Fujian, a equipa fez um excelente trabalho. O nosso adversário era uma das melhores equipas do sul da China e trouxe ao torneio um gigante de dois metros e quinze, mas fizemos um jogo quase perfeito e consegui-mos neutralizar as investidas do adversário. Foi um desafio muito bem disputado em que o Fukien como equipa esteve muito bem. A final foi diferente. Fizemos um jogo regular e o jogo regular não bastou. Entrámos a acreditar que podíamos ganhar, mas depressa percebemos que seria difícil”, assume o basque-tebolista português.

O cinco do território conseguiu carimbar a passagem à final depois

de ter derrotado a Selecção Júnior de Fujien por 77 – 53. Num encon-tro renhido em que o equilíbrio no placard foi a nota dominante, Nuno Gomes chamou a si um papel fun-damental na definição do resultado, ao apontar dois preciosos pontos na recta final da partida. Na outra meia-final, a formação do Taiwan Beer levou a melhor sobre o Sou-th China com relativa facilidade, triunfando pelo parcial de 86-65. A formação de Hong Kong vingou a derrota frente ao cinco formosino, com uma vitória dilatada sobre a Selecção de Fujian no encontro de atribuição do terceiro e quarto lugar no âmbito da edição de 2011 da Taça do Estreito.