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TEMPO COM ABERTAS MIN 23 MAX 27 HUMIDADE 70-90% • CÂMBIOS EURO 9.5 BAHT 3.7 YUAN 0.7 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEXTA-FEIRA 9 DE NOVEMBRO DE 2012 ANO XII Nº 2731 PUB PUB ENTREVISTA A PAULO BENTO Projecto aliciante é chamariz para o treinador português PÁGINA 15 FORGES Uniformizar o ensino superior lusófono PÁGINA 5 NOVO MACAU DEFENDE Intervenção do Ministério Público no caso da DSEJ PÁGINA 2 URBANISMO Especialista em ordenamento do território diz que Governo precisa de “visão de futuro” Mãos à obra O advogado português Manuel Andrade Neves acre- dita que Macau está a passar pelo momento ideal para saber o que quer para o território. É preciso que o Governo tenha em mente uma directriz concreta ao nível urbanísitico e ambiental. Para isso, o Executivo terá de trabalhar com afinco, naquilo que o jurista defende não ser “um exercício muito difícil, embora complexo”. PÁGINA 3 h BARONESA PULP CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA CHINÊS HU JINTAO ALERTA PARA A CORRUPÇÃO CENTRAIS

Hoje Macau 9 NOV 2012 #2731

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Edição do Hoje Macau de 9 de Novembro de 2012 • Ano X • N.º 2731

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Page 1: Hoje Macau 9 NOV 2012 #2731

TEMPO COM ABERTAS MIN 23 MAX 27 HUMIDADE 70-90% • CÂMBIOS EURO 9.5 BAHT 3.7 YUAN 0.7

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEXTA-FEIRA 9 DE NOVEMBRO DE 2012 • ANO XII • Nº 2731

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ENTREVISTA A PAULO BENTO

Projecto aliciante é chamariz para o treinador português

PÁGINA 15

FORGES

Uniformizaro ensino superior lusófono

PÁGINA 5

NOVO MACAU DEFENDE

Intervenção do Ministério Público no caso da DSEJ

PÁGINA 2

URBANISMO Especialista em ordenamento doterritório diz que Governo precisa de “visão de futuro”

Mãos à obraO advogado português Manuel Andrade Neves acre-dita que Macau está a passar pelo momento ideal para

saber o que quer para o território. É preciso que o Governo tenha em mente uma directriz concreta

ao nível urbanísitico e ambiental. Para isso, o Executivo terá de trabalhar com afinco, naquilo que o jurista defende não ser “um exercício muito

difícil, embora complexo”. PÁGINA 3

hBARONESA PULP •

CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA CHINÊS

HU JINTAO ALERTA PARA A CORRUPÇÃO CENTRAIS

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sexta-feira 9.11.2012política2

Cecília Lincecí[email protected]

A Associação Novo Ma-cau (ANM) entregou ontem uma carta ao Mi-nistério Público (MP)

onde pede uma investigação ao Programa de Aperfeiçoamento Contínuo (PAC), da responsabili-dade da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). Os seus representantes suspeitam que funcionários da DSEJ não tenham respeitado a lei durante o processo

Joana [email protected]

LEONEL Alves foi nomeado presidente da nova Comissão

de Fiscalização do Fundo de Ga-rantia de Depósitos. A escolha do deputado à Assembleia Legislativa e advogado foi publicada na quarta--feira em Boletim Oficial e assinada pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On. Leonel Alves assume o cargo na Comissão ao lado de dois repre-sentes da Direcção dos Serviços de Finanças.

A Comissão de Fiscalização do Fundo de Garantia de Depósitos é um dos grupos criado com o nasci-mento do novo regime de garantia de depósitos, que tem como objec-tivo salvaguardar os depósitos dos residentes de Macau em caso de

falência dos bancos locais. O fundo prevê uma injecção de 300 milhões de patacas, sendo metade deste valor proveniente do Executivo. No total, cada titular poderá receber um má-ximo de 500 mil patacas por cada conta bancária que eventualmente entre em falência.

O Executivo já tinha anunciado que iriam ser diversas as comissões para fiscalizar o fundo. As compe-tências do novo grupo dirigido por Leonel Alves passam, por exemplo, por analisar e fiscalizar o orçamento.

Apesar de ter autonomia admi-nistrativa, financeira e patrimonial, o regime conta com um Conselho Administrativo, uma Comissão de Fiscalização e um Conselho Consul-tivo. Para este último estão também escolhidos os representantes, todos da Associação de Bancos de Macau.

A guerra entre o Comissariado da Auditoria (CA) e a Direc-

ção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) parece ser para continuar. Depois de o CA ter apontado graves problemas de gestão ao organismo, cifrados num rombo de 22 milhões de patacas, a DSEJ contra-atacou dizendo que o CA tinha “compre-endido mal” os procedimentos de apreciação estabelecidos para o Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo.

Agora, por comunicado di-vulgado ontem pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS), o CA veio novamente esclarecer a DSEJ, apresentando, novamente, as principais verificações relata-das no relatório de auditoria para melhor clarificação.

O CA, afirma, em parte al-guma questionou o objectivo do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo,

Jason Chao diz que Programa de Aperfeiçoamento Contínuo é “vergonha para sistema de educação”

Novo Macau quer MP a investigar DSEJ

Comissariado da Auditoria esclarece a DSEJ

Sem questionar o Programa

Leonel Alves nomeado presidentede comissão de fiscalização do FGD

Vigiar o orçamento

de análise do Comissariado da Au-ditoria (CA), devido à não entrega de documentos.

Segundo explicações de Jason Chao, presidente da ANM, as irregularidades terão começado a surgir em Novembro do ano pas-sado, quando o CA pediu à DSEJ os recibos das contas de todas as instituições que iam participar no programa. Jason Chao diz que em Julho de 2011 todos os recibos existiam, mas quando o CA voltou a pedir pela segunda vez recibos de três instituições, um funcionário

terá alegado que os documentos já teriam sido destruídos, dado que os processos de abertura de conta por parte das instituições já tinham sido concluídos.

Para Jason Chao, tal “obvia-mente que não é verdade”, e aponta ainda que quando o CA quis consul-tar alguns documentos adicionais a DSEJ recusou-se a fornecer os da-dos, alegando “motivos técnicos”. Desta forma, o presidente da ANM cita o Código Penal para mostrar que a destruição de documentos neste caso pode constituir crime.

“Se existirem suspeitas de que os funcionários da DSEJ destruíram de forma intencional os documentos, ou se recusaram a fornecer dados por motivos técni-

cos, podemos ir ver à lei”. “Isto é uma vergonha para a DSEJ e para o sistema de educação”.

Chao aponta ainda a falta de qualificação dos cursos do PAC. “O objectivo é ajudar os residen-tes a não sentirem a pressão das propinas, mas alguns cursos não são qualificados. O Governo deve tomar a mesma posição que Hong Kong, onde são contratados espe-cialistas para a supervisão da qua-lidade dos programas, por forma a fortalecer os padrões curriculares de avaliação”.

“o qual visa incentivar os re-sidentes para a aprendizagem contínua como forma de elevar as suas qualidades e competên-cias individuais, em articulação com a política governativa de promover o desenvolvimento e progresso social”.

Aliás, o CA realça mesmo que “é precisamente tendo em consideração estes objectivos” que o organismo “entende que os procedimentos de execução, apreciação, gestão e fiscalização do Programa devam ser aplicados correcta e diligentemente, com vista à aplicação eficaz dos recur-sos em benefício dos cidadãos”.

Para o CA, a auditoria realiza-da visou examinar a implementa-ção pela DSEJ do Regulamento Administrativo n.° 16/2011 e, para o efeito, seguiu os critérios previstos no citado regulamento e as instruções fornecidas pelo serviço executante, isto é a DSEJ. Os problemas de maior relevân-cia detectados na auditoria estão, basicamente, relacionados com a “apresentação, apreciação e au-torização dos cursos de educação contínua”, “inspecção no local”, “execução do regime de caução”, “fiscalização das inscrições nos cursos” e, ainda, um “caso parti-cular que merece a atenção” e se prende com a autorização, “sem razões que o justificassem”, de 39 cursos de uma instituição

que não cumpria as exigências fixadas nos critérios de valora-ção, bem como uma ocorrência em que uma instituição alterou a sua natureza e apresentou, desta forma, um curso igual ao que oferecia anteriormente, mas com propinas com valor superior a 50%, tendo obtido autorização. “Mais, as novas propinas do cur-so chegaram quase ao limite das propinas de referência permitidas ao tipo de instituições que pas-sou a integrar”, pode ler-se nas explicações do CA

O CA relembrou ainda como chegou ao montante que consi-derou ser “um rombo nos cofres públicos”. “Entre Julho de 2011 e Julho de 2012, os subsídios dos cursos autorizados indevidamen-te, por erros nos procedimentos, totalizaram 108 506 785,50 pa-tacas, cujo pagamento efectivo pelo Governo da RAEM dependia apenas da existência ou não de inscrições. Aquando da conclusão dos trabalhos da auditoria em Maio do corrente ano, o montante efectivamente pago pela DSEJ atingia já 22 021 283,00 patacas.”

O CA refere, ainda, em jeito de conclusão que a auditoria se deparou com uma situação pouco habitual. “Relativamente a certos critérios de valoração aplicados na apreciação dos cursos, a DSEJ transmitiu orientações diferentes em momentos diferentes.”

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3políticasexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

O sistema legisla-tivo português a nível de or-denamento do

território talvez não seja exemplo, é demasiado com-

Cecília Lincecí[email protected]

A Federação das Associação dos Operários de Macau

(FAOM) recebeu reclamações de 30 trabalhadores de uma obra do Venetian, que se queixaram de salários atrasados desde há dois meses, devido à dissolução da sociedade responsável pela empreitada para onde trabalha-vam. A FAOM frisou ontem que os problemas relacionados com o atraso de pagamento aos traba-lhadores locais da construção civil são constantes e insta, por isso, o Governo a reforçar a regulação ao mecanismo de sub-contratação. A entidade considera que o

Especialista em ordenamento do território, o advogado português Manuel de Andrade Neves vê Macau num momento certo para determinar as suas ambições na caracterização do território, a nível urbanístico mas também ambiental. A nova lei de do Planeamento Urbanístico, prevista entrar na Assembleia no fim do ano, deve ser cautelosa sobre o desenvolvimento de Macau

Governo de Macau deve programar a legislação urbanísticacom visão de futuro, defende o advogado Manuel Neves

“Não é um exercício muitodifícil, embora complexo”

plexo quando tudo pode ser simplificado. Esta é a visão de Manuel de Andrade Ne-ves, advogado especializado em direito do ambiente e ordenamento do território, que para Macau propõe uma política de urbanismo de mãos dadas com o am-

FAOM ajuda trabalhadores locais a recuperar salários atrasados

A fraqueza do Governo

biente e de olhos voltados para as ambições da RAEM. “Tem de ser sempre uma planificação com uma com-ponente programada: Onde é que Macau quer estar em termos de desenvolvimento urbano? E de território da-qui a uns anos? Qual a sua expectativa a nível demo-gráfico e territorial e qual o planeamento de zonamento, protecção do que já tem, e indicação do que não merece ser protegido”, avalia.

Condições que tornam viável o processo legislati-vo da Lei do Planeamento Urbanístico e da Lei de Salvaguarda do Património andem de mãos dadas. Tal como evocado pelo secretá-rio para os Assuntos Sociais e Cultura, uma vez aprovada esta proposta de lei, será a base para a produção da futura lei de planeamento urbanístico. De outro modo, salienta o advogado, é pre-ciso determinar “através dessas regras, a distribuição das opções territoriais, saber onde é preciso mais escolas e considerar as regras de

mobilidade e transportes de pessoas”, por exemplo. “Não é um exercício muito difícil, embora possa ser complexo. Se as circuns-tâncias mudarem, há que adaptar esse planeamento”, avisa o sócio da Abreu Ad-vogados, parceira da firma local C&C.

CONSCIÊNCIA AMBIENTALAntes de se apresentar como conferencista na palestra “Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável - Enqua-dramento legal: Problemas e Soluções”, no escritório de advogados da Avenida da Praia Grande, onde fez um périplo pelo crescimento dos conceitos da protecção do ambiente e sua política nas últimas décadas, ao nível do direito internacional, ao Hoje Macau diz sentir “uma consciência ambiental crescente em Macau”, ainda que visite pela primeira vez o território. A limpeza das ruas é um dos pontos que enaltece. “Uma coisa que é inigualável a outros países, principalmente europeus, é

o de que não há um papel no chão. Isso tem, naturalmen-te, uma máquina por detrás que leva a que isso aconteça, não é só por uma questão de atitude dos cidadãos.”

Mas, mais do que essa percepção, o advogado não dramatiza os problemas ambientais, segundo análi-se feita ao último relatório ambiental de 2010, lançado em Setembro último. “A criação de resíduos, polui-ção atmosférica (devido aos transportes e produção de electricidade) bem como incineração de resíduos são todos problemas idênticos a uma economia que tenha uma grande concentração de população, muitas vezes sazonal ou temporária num território exíguo”, avalia. No entanto, não desvaloriza a seriedade destas questões: “o problema dos resíduos, do ordenamento do território, das águas e saneamento é grande.”

PROBLEMA NADA RESIDUALEmbora reconheça estar desenquadrado da realidade,

antevê problemas a nível de tratamento de resíduos, por comparação a outras regiões autónomas. “O que acontece muitas vezes nas ilhas é que os resíduos são transportados para fora. E o que acontece no destino final? Será adequado, não será? Será que estamos a esconder o problema ou a colocar nas mãos de outros? Não conheço. Mas é típico das economias em territórios pequenos”, refere Manuel de Andrade Neves.

Nesta questão, salienta, é preciso olhar para um princi-pio do direito internacional do ambiente, o de prevenção, ou seja, antever os danos ao ambiente. E como se faz? “Cada vez que se precisa de implementar um determina-do projecto, se verificar a que corresponde, a dimensão, o que vai produzir, em termos de resíduos, emissões e o que existe no território e deixará de existir”, avança o especialista. Só assim, indica, se pode avançar com medidas de minimização do impacto ambiental.

responsabilidade face aos salários atrasados, porque a lei actual não é completa. “Os empregadores ain-da podem usam as zonas cinzentas para fugir às responsabilidades.”

SUSPEITO DE HONG KONGKwan Tsui Hang menciona um empreiteiro de Hong Kong como o responsável por este caso, como já tem vindo a ser hábito noutras obras onde trabalhou e onde acon-teceram conflitos semelhantes. Contudo, as empresas continuam a contratá-lo. “Isso não é normal. Será que os trabalhadores da construção desconhecem este caso e lhe continuam a dar obras?” A deputada recusou dar o nome deste empresário.

Executivo deve ser mais pesado nas multas às empresas que não paguem aos trabalhadores e, ao mesmo tempo, frisa que deve ser introduzido o mecanismo que faça o empreiteiro geral pagar o salário em nome do sub-empreiteiro, a fim de evitar a repetição de incidentes semelhantes.

Kwan Tsui Hang, membro da FAOM, não está, contudo, confiante no trabalho do Governo nesta área. Ao Hoje Macau, a resposta a se acha que o Governo

vai ter uma atitude dura face a estas empresas veio negativa. “O Governo não pode ser fraco em frente das grandes empresas. Já existem muitos casos de conflito de trabalho que envolvem as em-presas do jogo, como a Venetian, a MGM, a Wynn. O Governo é fraco no que diz respeito ao sector da construção e isso não é aceitável.”

A deputada e vice-presidente da FAOM diz que é necessário alterar a lei para que seja prevista a

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sexta-feira 9.11.2012sociedade4

DEPOIS do Governo ter decre-tado a saída do edifício do Sin

Fong Garden pelo risco de ruína, está quase concluído o processo de retirada dos pertences das famílias. Segundo um comunicado da Direc-ção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), já 120 famílias retiraram todos os seus pertences dos apartamentos. Restam “aproximadamente 20

agregados familiares que não retiraram estes pertences por não terem conseguido até à presente data arrendar provisoriamente uma habitação”. Desta forma, ser-lhe-á permitido nos próximos dias regressar às casas para retirar os pertences, e o Governo garante que vai marcar uma data para que o possam fazer.

A DSSOPT promete que “o pes-

soal responsável pela investigação realizará os diversos trabalhos de inspecção, não havendo de momen-to condições para que os moradores possam regressar às suas casas”.

O Governo diz ainda “com-preender a situação vivida pelos moradores” e espera que estes “compreendam que de momento o edifício não reúne as condições de segurança para habitação”.

Mais trabalhadoresno sector de transportes Dados fornecidos pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o sector dos transportes, armazenagem e comunicações conseguiu ter um aumento de 6% nos trabalhadores em 2011 face a 2010, contabilizando um total de 15.504 pessoas. Quanto ao número de estabelecimentos a operarem no sector, eram de 2.143 em 2011, menos 6 do que em 2010. As receitas do sector contabilizaram um total de 20,76 mil milhões de patacas, uma subida de 20% face a 2010. Quanto às despesas globais fixaram-se nas 17,95 mil milhões de patacas, uma subida de 22%. O valor acrescentado bruto que reflecte o contributo económico do sector cifrou-se nos 6,33 mil milhões de Patacas, traduzindo um aumento de 13%, face ao ano de 2010. A formação bruta de capital fixo atingiu 1,09 mil milhões de patacas, tendo-se expandido 228%, em termos anuais.

“Estamos a terminar tudo a tempo”, indica a coordenadora-adjunta da comissão do Grande Prémio de Macau, Davina Chu. O maior evento desportivo de Macau conta com algumas novidades que vêm aliviar a pressão no trânsito. Faltam agora as inspecções e ultrapassada esta meta, arrancam os treinos

Tudo está a postos para receber o Grande Prémio de Macau 2012

Luzes, câmara, acçãoRita Marques [email protected]

OS últimos por-menores estão afinados e com brio, evidencia a

Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. O São Pedro ajudou e, tanto melhor, se o céu se mantiver limpo durante os quatro dias do evento, entre 15 e 18 de Novembro, indica a coordenadora-adjunta Davi-na Chu. “Estamos a terminar tudo a tempo e as inspecções vão ser realizadas no fim--de-semana. Vem também um representante da FIA [Federação Internacional de Automobilismo] na próxima semana para fazer a última inspecção na quarta-feira, como de costume, antes das corridas”, afiança.

Este ano, espera-se melhorias a nível de con-gestionamento de trânsito através das novas medidas implementadas. “Alarga-mos os portões das bar-reiras e, como se vê, os autocarros já podem andar e virar para as estradas mais facilmente em vez de darem uma grande volta.

Conseguem, desta forma, aliviar um pouco o tráfego”, analisa a responsável. Chu fala, sobretudo, da zona do Terminal Marítimo do

Porto Exterior onde os au-tocarros públicos, em anos anteriores, não conseguiam entrar através da Avenida da Amizade, esperando-se

que agora venha a acelerar a abertura do circuito. Na entrada de hotéis e edi-fícios residenciais foram adicionados outros portões

metálicos, para facilitar os acessos, contabilizando-se mais doze nesta edição.

Mas também foram ins-taladas redes de protecção mais altas em algumas zonas do circuito, onde a velocidade é por norma maior, como na Avenida da Amizade e na Curva R (na estação de radar), e noutras áreas residenciais como a subida de São Francisco, Baguio Court, Ramal dos Mouros e outras.

ASSISTÊNCIA CONFORTÁVEL“Este ano instalámos ca-deiras de plástico também no reservatório, onde só havia bancadas de pedra,

20 famílias ainda não retirarampertences por não possuírem casa

Saída do Sin Fong Garden quase concluída

e vamos para dar um am-biente mais confortável aos espectadores, ecrãs gigantes no reservatório e nas curvas do Lisboa”, avança Davina Chu.

Continuarão a ser pro-videnciados serviços gra-tuitos de autocarros (por exemplo, 12X, 28CX e 31) para transportar os residentes e visitantes , ao meio-dia, no sentido de poder sair do circuito. E, nos dias de treinos e provas, vão ser colocados mais de 60 sinaléticas em chinês, português e inglês.

Resta apelar aos cida-dãos, tal como os Serviços de Trânsito mais uma vez enfatizaram, “estamos a aguardar que, nestes quatro dias, o público se levante mais cedo, especialmente nos primeiros dias de traba-lho em que há normalmente mais trânsito pelo que é necessário saírem mais cedo”, avisa a coordenadora--adjunta.

A desmontagem das barreiras metálicas está garantida para dia 18 de Novembro, último dia do evento, logo após o final das corridas.

GAES promove conversas online até finais deste mêsÉ já no próximo dia 28 de Novembro que o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) vai realizar mais uma série da iniciativa “conversas na internet entre dirigentes da Administração e os estudantes do ensino superior”. Desta vez o tema é o sector jurídico em Macau e o convidado é Cheong Weng Chon, da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ). A conversa é aberta aos estudantes do ensino superior, que se podem inscrever gratuitamente no “Blogue para os Estudantes do Ensino Superior de Macau”. O debate com o responsável da DSAJ irá centrar-se na “actual situação e perspectivas de desenvolvimento para permitir que os estudantes conheçam o fomento futuro do sector e tenham conhecimento das informações mais actualizadas sobre esta área para se prepararem antes de aí irem trabalhar”. Segundo o GAES, o objectivo destas sessões, que duram desde Janeiro, é “aprofundar os conhecimentos dos estudantes do ensino superior sobre as estratégias políticas da RAEM e as perspectivas de desenvolvimento das várias áreas especializadas”.

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5sociedadesexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

LEI Heong Iok, presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM) foi eleito vice-presidente do Fórum

da Gestão do Ensino Superior nos Pa-íses e Regiões de Língua Portuguesa (FORGES) para o triénio 2012-2015. As eleições serviram para encerrar um evento que começou na terça--feira, nas instalações do IPM.

Luísa Cerdeira, docente da Uni-versidade de Lisboa e presidente do FORGES, disse ao Hoje Macau que um dos pontos a discutir nos próximos tempos será a tentativa de igualar cursos e acreditação de disciplinas nas universidades que compõem o mundo lusófono. “A língua é um denominador comum. Esse é um trabalho que deve ser feito e é um trabalho que preocupa, e alguns dos oradores colocaram

TEM lugar nos dias 21, 22 e 23 de Março de 2013 o Fórum e Expo-

sição Internacional de Cooperação Ambiental 2013 (2013 MIECF, na sigla inglesa), que tem como objecti-vo tornar Macau como plataforma de cooperação no domínio da indústria de protecção ambiental. Com vista a reforçar a promoção do evento, res-ponsáveis do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) deslocaram-se a Pequim

para buscar apoio e participação de entidades que já têm vindo a cola-borar com o território.

O tema adoptado para a MIECF do próximo ano é “Cidades Sustentáveis - Caminho para um Futuro Verde”, o que coincide com a actual tendência de protecção ambiental do mundo, frisaram as autoridades chinesas. A Comissão Nacional para Desenvolvi-mento e Reforma chinesa continuará a dar o seu apoio ao evento.

A ideia do evento do próximo ano é levantar a preocupação sobre

a transição da sociedade para uma economia de baixo carbono.

Até à data foram já realizadas cin-co edições da MIECF, contando com cada vez maior número de empresas participantes, a par do crescimento constante da área de exposição e do número de representantes profis-sionais. No ano de 2012, a MIECF atraiu a participação de mais de 8.500 pessoas, incluindo acima de 6.400 representantes profissionais, além de 398 expositores provenientes de 28 países e regiões.

Lucro da Sands Chinaaumenta 16,8% no 3º trimestreO lucro da Sands China, subsidiária da norte-americana Las Vegas Sands – uma das maiores empresas de casinos nos Estados Unidos – aumentou 16,8% no terceiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2012, anunciou ontem a empresa. Segundo a Sands China, a empresa obteve um aumento homólogo anual de 16,8%, atingindo os 2.544,8 milhões de dólares de Hong Kong. Operadora em Macau dos dois maiores casinos do mundo - o Sands e o Venetian - a empresa do magnata Sheldon Adelson adiantou ter tido um aumento de 36,3% das receitas líquidas, conseguindo um recorde de 12.628 milhões de dólares de Hong Kong. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado verificou também uma forte subida – aumentando 24,1% - para um também recorde de 3.761,4 milhões de dólares de Hong Kong. Macau tem actualmente seis operadores de jogo que exploram 35 casinos com 5.497 mesas e 17.029 ‘slot machines’. Até ao final de Outubro, os casinos de Macau arrecadaram receitas brutas de 251.011 milhões de patacas, mais 13,5% do que no mesmo período de 2011.

Terminou ontem mais um Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, onde Lei Heong Iok foi eleito vice-presidente. A presidente, Luísa Cerdeira, confessou que na agenda está o reconhecimento de graus e acreditação dos cursos na rede do ensino superior lusófono

Acreditação de cursos nos países lusófonos é objectivo

Presidente do IPM na direcção do FORGESo problema. É algo que vai estar na esfera do decisor político e ultrapassa o âmbito do FORGES”.

Luísa Cerdeira considera que já há formas que “ultrapassar” a questão, através de “programas e cursos de dupla titulação, em que os alunos ficam com o grau nas duas instituições que estão em parceria”. “Há formas que vamos ter que trabalhar, para haver confiança nos diversos sistemas de ensino e ver como é que a creditação pode ser conseguida. É um dos temas que está na ordem dos trabalhos para o futuro”, acrescentou a docente.

Luísa Cerdeira considera ainda que Macau “é um ponto onde se re-conhecem”, dado que possui “duas pujantes instituições de ensino superior: a Universidade de Macau (UMAC) e o IPM”. A eleição de Lei Heong Iok mostra que o IPM “vai ter um papel activo, porque no fundo as questões da gestão do ensino superior em Macau vão também enriquecer este espaço”.

PRÓXIMO FORGES É NO BRASIL Eleitos os corpos sociais para os próximos três anos, resta ao FOR-GES pôr mãos à obra. O próximo evento vai realizar-se no estado de Pernambuco, no Brasil, e Luísa Cerdeira afirma que vão “continuar a fazer a consolidação”. “Queremos discutir as politicas e as questões que se colocam na gestão de ins-tituições. Por isso vamos ter inter--continuidade de organização anual de uma conferência. Vamos tentar promover a publicação e elaboração de artigos científicos nesta área, elaborar a primeira visita de estudo entre instituições, que deverá ser em Lisboa, e outras actividades de formação. Pretendemos estruturar e alargar esta rede no espaço dos paí-ses que falam a língua portuguesa.”

MIECF de 2013 já está a ser promovida em Pequim

“Cidades sustentáveis” é o tema

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sexta-feira 9.11.2012entrevista6

Helder [email protected]

FÁTIMA, natural de Macau, é adminis-trativa no Venetian. Ludimila, nascida

na Guiné-Bissau, trabalha num escritório de advoga-dos e empenha-se na tese do seu doutoramento em “Gestão e Liderança”. São membros do Clube Toast-masters Macau, entidade que afirma pretender aper-feiçoar o modo das pessoas comunicarem em público. Agora, com possibilidade local desse melhoramento também ser feito em portu-guês. Na entrevista, as res-postas são dadas por ambas, complementando-se entre si.

Os grandes objectivos do Toastmasters?Através do Toastmasters,

Fátima Dores e Ludimila Barai, membros do Toastmasters Macau

“Em português, aperfeiçoamos a comunicação e o espírito e liderança”

agora também em portu-guês, melhoramos a eficácia no modo de comunicar. Tal como podemos tornar-nos melhores ouvintes, melhores observadores e analistas mais objectivos. Natural-mente que estas vantagens aumentam o potencial de liderança em cada um de nós, pois ficamos mais motivados e com maior capacidade em persuadir, crescendo a auto--confiança. Estas vantagens podem aumentar o sucesso pessoal, o que facilita con-seguirmos os objectivos pro-fissionais e pessoais. Neste

caso onde nos centramos, em língua portuguesa.

O Toastmasters, que nas-ceu nos Estados Unidos pe-los anos 1920, é um clube, uma associação?Tem em Macau o estatuto de uma associação sem fins lucrativos. Entre nós, o To-astmasters de Macau, que já tem 10 anos, é composto por vários clubes ou se quiser, grupos. Por exemplo, nós pertencemos ao clube dos profissionais e licenciados, e a Fátima ainda pertence ao clube de mandarim e ao

clube do Venetian. E também há o Toastmasters Club da Universidade de Macau e agora estamos a fazer esfor-ços para o Toastmasters em língua portuguesa em Macau.

Há número limite de mem-bros para cada grupo?É exigido o número mínimo de 20 membros, podendo ir até 30. Por isso estamos já a desenvolver algumas actividades em português, de modo a podermos for-malizar o nosso projecto. Já tivemos algumas reuniões, o número ainda não é o que nós desejamos, mas acreditamos muito neste projecto.

Quantas pessoas o grupo de língua portuguesa já tem?Neste momento, oito. Es-tamos com algumas soli-citações, por isso estamos

acreditamos que brevemente atingiremos os números exigidos.

A ideia nasceu quando?Pensada, desde o ano passa-do. Concretizar é a partir de Julho que estamos a levar a cabo todos os esforços para o Toastmasters em português. Pelo passado histórico de Macau, não fazia sentido ha-ver o Toastmasters em inglês e não haver em português.

Em termos gerais, destina--se a determinados secto-res da sociedade?Estamos abertos a todas as pessoas interessadas em melhorar a maneira de falar em público.

Os interessados o que de-vem fazer?Como é um aperfeiçoamento pessoal, a pessoa escolhe o

que entende lhe seja mais próprio. Um interessado de língua chinesa opta, natu-ralmente, pelo Toastmasters em mandarim. Se bem que tenhamos pessoas bilingues ou trilingues que podem ter várias opções. Para as inscri-ções, os interessados devem consultar a nossa página no Facebook - toastmasters in portuguese, ou Tostmasters Viriato - e enviarem as men-sagens dizendo no que estão interessadas. Também rece-bemos inscrições ou podemos responder a qualquer dúvida sobre o Toastmasters através deste endereço: [email protected].

Quanto tempo cada pessoa leva no seu aperfeiçoa-mento?Depende de pessoa para pes-soa e, naturalmente, da sua disponibilidade de tempo. No

Através do Toastmasters, agora também em português, melhoramos a eficácia no modo de comunicar. Tal como podemos tornar-nos melhores ouvintes, melhores observadores e analistas mais objectivos

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7entrevistasexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo

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59º Grande Prémio de Macau - Concurso de Fotografiados Carros e Motas de Corridas

Organizado pela Comissão do Grande Prémio de Macaucom a co-organização de:

Associação Fotográfica de MacauAssociação de Salão de Fotografia de Macau

Foto NiceFoto Princesa

(a ordem é aleatória)

Regulamento

1. Objectivos: Promoção as actividades do Grande Prémio de Macau dirigidas ao público Concurso de Fotografia dos Carros e Motas de Corridas durante 59º Grande Prémio de Macau, a fim de criar estabilidade e alegria da comunidade. Todas as obras seleccionadas e premiadas, para além de serem exibidas publicamente, poderão ser ainda utilizadas na promoção do Grande Prémio.

2. Locais, data e hora : Local: Praça de Amizade Data e hora : 12:00 a 13:00, 10 de Novembro de 2012 (Cerimônia de

Abertura no 12:00)e 14:00 a 17:00, 11 Novembro de 2012Local: Praça Tap SeacData e hora : 15:00 a 17:00, 10 de Novembro de 2012 (Cerimônia de

Abertura no 15:00) e 14:00 a 17:00, 11 Novembro de 20123. Formato: Fotografias a cores de 8R que terão de ser entregues conjuntamente com um CDR de alta resolução ou em filme.4. Requisitos dos candidatos: Todos os residentes de Macau, com interesse em fotografia.5. Número de obras: 1 fotografia cada candidato.6. Identificação da obra: Os candidatos devem inscrever no verso da obra, todos os dados inerentes à mesma. (Ver verso do boletim de inscrição) 7. Local de entrega: As fotografias devem ser entregues, pessoalmente, nos locais

seguintes. Não são aceites envio por correios:Comissão do Grande Prémio de MacauN.º 207, Av da Amizade, Edif. do Grande Prémio de MacauAssociação Fotográfica de Macau Rua Almirante Costa Cabral, N.º 36, Edif. Veng Cheong, “C” Associação de Salão de Fotografia de MacauAvenida da Praia Grande 702, 2.º andarFoto NiceAvenida da Praia Grande n.º 616, Edf. Milionário, MacauFoto PrincesaAvenida Infante D.Henrique, N.os 55-59

8. Data para entrega dos trabalhos: 19 de Novembro a 31 de Dezembro de 2012.9. Data de selecção dos trabalhos: a anunciar. 10. Júri: Comissão do Grande Prémio de Macau e representantes das entidades co-organizadoras.11. Prémios:

1.º classificado: Prémio Monetário de MOP6.000,00 e taça2.º classificado: Prémio Monetário de MOP4.000,00 e taça3.º classificado: Prémio Monetário de MOP2.000,00 e taça3 menções honrosas: Placa e Prémio monetário no valor de MOP1.000,00

12. Publicação dos resultados do concurso: a anunciar 13. Data da Exposição e atribuição dos prémios: a anunciar 14. Outras disposições regulamentares: a - Tendo como objectivo atrair o máximo de concorrentes, está regulamentado que a

um único participante não podem ser atribuídos os 1º, 2º, 3º e menções honrosas prémios.

b - Os participantes obrigam-se a aceitar o presente Regulamento e as decisões do Júri. c - Se as obras não corresponderem ao exigido pelo Regulamento, a entidade

organizadora tem o direito de desqualificar o participante. d - A organização terá o direito de usar as obras seleccionadas para fins de publicação,

introdução na página electrónica e promoção, não sendo necessária a autorização do participante, nem havendo pela utilização referida, direito a qualquer pagamento de compensação pecuniária.

e - Em caso de omissão do presente Regulamento, compete à entidade organizadora a sua interpretação e decisão.

f - Todos os problemas relacionados com direitos de autor, de imagem e ao bom nome são da inteira responsabilidade do autor da obra.

g - Os trabalhos concorridos vão ficar em arquivo da Comissão do Grande Prémio de Macau. E a Comissão do Grande Prémio de Macau tem o direito de pôr em ex-posição ou outros fins esses trabalhos em qualquer local ou tempo, mas é necessário a publicação dos nomes dos classificados.

h - Os trabalhos não classifcados, não são devolvidos.

* Todo o pessoal da Comissão do Grande Prémio de Macau e dos serviços envolventes está interdito de participar no concurso.** Os dados dentro do formulário são apenas para o concurso. O prazo de arquivo desses dados é de 2 anos

Como é um aperfeiçoamento pessoal, a pessoa escolhe o que entende lhe seja mais próprio. Um interessado de língua chinesa opta, naturalmente, pelo Toastmasters em mandarim. Se bem que tenhamos pessoas bilingues ou trilingues que podem ter várias opções

Toastmasters, temos vários percursos orientados para o desenvolvimento faseado das capacidades de comunicação e liderança de cada membro. E em cada um desses percur-sos existem vários momentos de reconhecimento da evolu-ção nos quais é atribuída uma certificação de acordo com o cumprimento dos respectivos requisitos.

Essencialmente, que per-cursos são esses?Percurso da liderança, que é composto por três níveis de certificação, e o percurso de comunicação que é composto por quatro níveis de certifica-ção. Isto é uma síntese, pois cada percurso possui verten-tes diferenciadas. É assim o Toastmasters aqui na China, incluindo a parte continental, bem como no continente americano e na Europa, por exemplo em Portugal.

Este clube tem alguma espécie de relação com al-guma religião ou ideologia política?Não tem qualquer relação. Há uma regra no clube: os membros não podem falar em religião, política e sexo.

Futebol, está autorizado...Isso não faz mal. A não au-torização de usarmos como tema de projectos e de aper-feiçoamento da capacidade de comunicação em público, temas como política, religião e sexo, é para não ferirmos a sensibilidade de alguém. alguns membros que podem sentir-se retraídos

Num primeiro dia, como é a actividade de um membro que se inicia no Toastmasters?A primeira fase é a do dis-curso preparado. Os membro da sessão apresentam um

dos 10 discursos do manual chamado Competent Com-munication, ou então um discurso de um dos 15 ma-nuais avançados, sendo que os manuais estão organizados no que chamamos projectos. Mais tarde há o discurso de improviso. No dia a dia depa-ramos com muitas ocasiões em que se torna necessário falar de improviso. Esta parte da sessão é destinada a ajudar os participantes a treinar, me-lhorar as suas capacidades, de modo a que, durante um a dois minutos, elaborem o seu ponto de vista sobre algo que lhes é apresentado no momento.

Há avaliações, quem as faz e quais os critérios?Na última parte da sessão os membros praticam as suas capacidades de escuta activa e de avaliação. Quem faz as avaliações são membros previamente designados. Do discurso preparado até à avaliação geral da sessão, pas-sando pelo controlo do tempo, erros gramaticais e identifica-ção de obstáculos à comuni-

cação. O maior objectivo é apontar os aspectos positivos do discurso e potenciais áreas de melhoria, sempre de forma construtiva. A marca registada dos Toastmasters é mesmo a boa avaliação.

Será o Toastmasters Club uma fábrica de líderes?Não é essa a ideia. Enten-demos que um bom líder é quem, com sabedoria, con-segue que os outros o sigam. Ser líder não é mandar. Entre o ciclo familiar, de amizades, nos locais de trabalho, há pessoas que são líderes na-turais. São essas capacidades que o Toastmasters entende desenvolver.

A Fátima Dores já pertence ao Toastmasters há vários anos, tem notado exemplos de evolução de pessoas que se tornaram membros do clube?Variadíssimos exemplos! Pessoas que eu conheci bas-tante tímidas, acanhadas, hoje possuem um assinalá-vel poder de comunicação.

Têm sede física?O ideal seria termos, mas ainda não. Reunimo-nos muitas vezes num espaço cedido gentilmente pela Universidade de S. José, no NAPE, no edifício onde fica a farmácia. Mas a ideia é que as pessoas saibam fazer o seu discurso em qualquer parte, por isso também traz vantagens irmo-nos reunindo em espaço diferentes.

Na agenda de trabalhos, o que está mais próximo no calendário?Temos uma reunião dia 21, às 19h, nas instalações da Universidade de S. José, no 7.º andar daquele edi-fício onde está a Farmácia Popular, como já dissemos.

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1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização dos terrenos: - Rua dos Pescadores, n.os 354 a 408 e Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 431 a 487, em Macau (Edifício Industrial Nam Fung); - Avenida do Almirante Lacerda, n.os 25D a 27 e Avenida Marginal do Patane, n.o 384, em Macau, (Edifício Fu Hang); - Avenida do Ouvidor Arriaga, n.os 90 a 96, Avenida do Almirante Lacerda, n.os 162 a 172 e Travessa de Coelho do

Amaral, n.os 14 a 16, em Macau, (Edifício Centro Comercial Camões).

2. Agradecemos aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subse-quentes à data da notificação, se dirijam ao Núcleo da Contribui-ção Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício Finanças, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.

Aos, 18 de Outubro de 2012.

A Directora dos Serviços de Finanças, Vitória da Conceição

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

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sexta-feira 9.11.2012nacional8

O Governo chinês tem cada vez mais dificulda-des para impor

a censura nas redes sociais, onde os utilizadores, espe-cialmente os mais jovens, conseguem iludir com habi-lidade o controlo do regime e deixam de ter medo de falar, entusiasmados por estarem a provocar mudanças.

Esta é uma das situações que deverá ser encarada pelos novos líderes que sairão do 18.º Congresso do Partido Comunista (PCCh) e que governarão o país na próxima década. “As redes sociais estão a gerar uma revolução cívica”, comenta à Agência Efe uma estudante de Comunicação chinesa que, apesar de se oferecer para falar abertamente, ficou reticente quanto a divulgar a sua identidade real a um meio de comunicação estrangeiro.

Tibetanos protestam contra a ocupação chinesa e imolam-se pelo fogo Cinco tibetanos imolaram-se pelo fogo esta quarta-feira na província chinesa de Siachen em protesto pela ocupação do Tibete pelo Exército de Pequim, disse à Agência Efe em Nova Deli o porta-voz do Governo tibetano no exílio, Tempa Tsering. A fonte precisou que pelo menos dois deles faleceram em consequência das queimaduras. Trata-se da maior tentativa de imolação desde o início, há mais de um ano, deste tipo de acções, que já custaram a vida a cerca 50 tibetanos, na sua maioria monges budistas. Segundo o exílio tibetano, as cinco pessoas que participaram no protesto são jovens e entre elas há uma mulher. Siachen faz parte do território historicamente tibetano e foi cenário de boa parte das tentativas de imolações e da actual onda de protestos, que o Governo chinês atribui ao Dalai Lama, exilado na cidade de Dharamsala, no norte da Índia.

Redes sociais podem ser plataforma para a mudança na China

A revolução cívicaParte do medo de falar

continua latente na China, devido ao aparelho censor do país asiático, um dos mais sofisticados do mundo. “Com o controlo rigoroso do governo na internet, os chineses ainda estão habitu-ados à autocensura”, diz um professor da Universidade de Comunicação de Pequim, que também pediu para manter o anonimato.

No entanto, nos últimos anos, “as redes sociais estão a mudar este sentimento na população”, defende o académico.

As redes conseguiram abrir o debate, inclusive,

sobre os temas mais “sensí-veis” do regime comunista. “Aqui ninguém se sente só. Toda a gente fala, mesmo sobre temas polémicos. Utilizamos sinónimos para falar dos assuntos censura-dos”, explica uma estudante de Economia, sob o nome fictício de Yolanda.

JOGO DE CINTURAA estudante fala sobre redes sociais como a Weibo (cria-da em 2009) - similar ao ocidental Twitter, bloqueado - que já conta com mais de 300 milhões de membros no país asiático.

Na Weibo, a população

chinesa utiliza o jogo de cintura para escapar ao forte controlo governamental, que bloqueia palavras-chave e perfis de utilizadores por divulgarem o que classifi-cam como “boatos”. “Por exemplo, se as pessoas querem falar sobre o filho do ex-dirigente Bo Xi-lai, Bo Guagua, escrevem ‘’melão’’, que em chinês é ‘’migua’’, palavra foneti-camente parecida, explica a estudante.

O professor Huang Dian-lin, analista de comunicação internacional, comenta à Agência Efe a postura dos líderes chineses. “A atitude

oficial para com as redes sociais é aproveitar-se de-las, mas, ao mesmo tempo, controlá-las”.

Este último objectivo está cada vez “mais difícil”, já que “o desenvolvimento da sociedade não pode ser previsto, e costuma ter con-sequências inesperadas”.

Este ano o governo chinês recorreu a todo o tipo de métodos para au-mentar o controlo: desde pagar a utilizadores para que publicassem comentários “favoráveis” ao Partido Comunista nas redes, até fazer com que a Weibo exi-gisse cadastro com nome e apelidos “reais”.

No entanto, longe de impedir que a internet di-vulgasse o debate na China, as redes sociais começaram - nos moldes do que aconte-ceu na Primavera Árabe - a facilitar a mobilização.

Foi o que aconteceu nas últimas manifestações mas-sivas registadas na China, como em Shifang, cidade localizada na província ocidental de Sichuan, onde o protesto de centenas de pes-soas acabou com o projecto de uma indústria química na região e com a destituição do presidente da câmara.

Os protagonistas foram

estudantes do ensino médio, que registaram e imortaliza-ram as manifestações e as compartilharam na Internet, graças aos ‘smartphones’, que começaram a ganhar força no país de forma con-siderável.

Em cerca de dois anos, os utilizadores com tarifa de dados no telemóvel pas-saram de 102 milhões para quase 400 milhões, quase mais 300% .

Comentando este facto, o professor Shen Hao, da Uni-versidade de Comunicação de Pequim, declara que “os políticos estão a começar a ouvir”.

As últimas decisões das autoridades parecem de-monstrar isso mesmo, como no caso dos protestos de Shifang, quando a demissão do presidente da câmara foi anunciada através da Weibo, onde os manifestantes pos-taram as suas queixas. “Esta mudança do ambiente social na China é a maior mudança do país em dez anos”, afirma o professor universitário Huang Dianli.

Uma das questões em que os especialistas em comunicação concordam é que a reforma política é necessária, já que a social “já está a acontecer”.

A população está a perder o medo e alguns, até já falam em “liberdade”. A estudante de comunicação, menos optimista, conclui: “Sim, começamos a falar, mas a liberdade não pode surgir da noite para o dia”.

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9sexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo região

O primeiro-mi-nistro japo-nês, Yoshihiko Noda, felici-

tou esta quarta-feira o Pre-sidente norte-americano, Barack Obama, pela sua reeleição, numa altura em que Tóquio procura apoio dos seus aliados face à China. “Enviei-lhe uma mensagem para o felicitar pela sua reeleição. Quero continuar a cooperar com ele”, disse Noda aos jor-nalistas.

O ministro da Es-tratégia Nacional, Seiji Maehara, declarou, por seu lado, que a relação nipo-americana “foi re-forçada nos quatro anos da presidência Obama”. “Espero que possamos ainda consolidar esta par-ceria”, acrescentou.

A segurança militar do Japão depende em boa

parte dos 47 mil soldados norte-americanos insta-lados no arquipélago ao abrigo de um tratado de se-gurança assinado entre os dois países, mas a chegada do Partido Democrata do Japão (centro-esquerda) ao poder há três anos ditou o arrefecimento das relações durante algum tempo.

O primeiro-ministro japonês da altura, Yukio Hatoyama (2009-2010), queria reequilibrar as relações entre os dois países, encerrando a base norte-americana da ilha de Okinawa (no sul), onde está concentrada mais de metade das tropas norte--americanas estacionadas no Japão.

Com a saída de Ha-toyama, os seus suces-sores Naoto Kan e pos-teriormente Yoshihiko

Noda esforçaram-se por relançar esta relação, considerada essencial para o Japão, apesar dos protestos recorrentes em Okinawa por causa da presença militar massiva.

O uso de aviões de transporte Osprey, con-siderados pouco seguros pela população da ilha, e a violação de uma jovem por dois militares norte--americanos, em meados de Outubro, voltaram a reacender o ressentimento em Okinawa.

Ainda assim, Tóquio parece disposto a uma atitude conciliadora com Washington, tendo em vista a escalada das ten-sões sino-japonesas, de-pois da nacionalização, em Setembro, pelo Japão das ilhas do mar da Chi-na oriental reivindicadas pela China.

ACTIVISTAS sul-coreanos lançaram ontem balões

para a Coreia do Norte, a partir da fronteira, com panfletos po-líticos, preservativos e pensos higiénicos no interior, consta-tou um jornalista da agência noticiosa AFP.

Cerca de 20 balões foram lançados com 150 mil panfle-tos, cinco mil preservativos masculinos e pensos higié-

nicos no seu interior a partir da região de Yeoncheon, na fronteira entre as duas Coreias. “Acreditamos que seja difícil conseguir preservativos no Norte e os norte-coreanos também necessitam de contra-ceptivos e de protecção contra as doenças sexualmente trans-missíveis”, justificou o líder do grupo Right Korea, Bong Tae-Hong, citado pela AFP.

Alguns balões também continham lâmpadas, bom-bons, roupa interior, meias, pasta de dentes, bens extre-mamente raros na Coreia do Norte, e panfletos a denunciar o autoritarismo do regime de Pyongyang e a apelar à revolta dos norte-coreanos contra a dinastia dos Kim, que dirige o país desde 1948.

Esta iniciativa foi orga-

nizada por desertores norte--coreanos, activistas cristãos e por associações conservadoras.

Pyongyang tem ameaçado responder militarmente a estas iniciativas.

As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito armado que enfrentaram terminou em 1953 com a assinatura de um armistí-cio e não de um tratado de paz.

Japão Indiciados soldados americanos acusados de violaçãoOs dois militares americanos acusados de violação de uma japonesa em meados de Outubro foram indiciados esta semana por um tribunal na ilha de Okinawa (sul do Japão). O promotor de Okinawa indiciou o marinheiro Christopher Browning e o cabo Skyler Dozierwalker, ambos de 23 anos, por violação e ofensas corporais, segundo a agência Jiji. Browning também foi acusado de ter roubado dinheiro da vítima. Segundo a agência, os dois militares admitiram a violação durante o interrogatório. No entanto, estas informações ainda não foram confirmadas oficialmente. Caso sejam condenados, os dois homens enfrentarão uma pena mínima de quatro anos de prisão. Depois do incidente, o exército americano impôs um recolher obrigatório de duração indeterminada aos seus 47.000 soldados no Japão.

Tóquio apela a Pequim para desenvolver as suas actividades marítimas de forma pacíficaPequim deverá desenvolver as suas actividades marítimas de forma pacífica, afirmou ontem um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês em resposta à intenção da China de se tornar numa potência marítima. “Todos os países, incluindo a China, têm o direito e a responsabilidade de proteger os seus territórios e as suas águas, mas essas acções deverão ser desenvolvidas de forma pacífica e em linha com o direito internacional”, disse o porta-voz nipónico, Naoko Saiki. O Presidente chinês, Hu Jintao, apelou à transformação da China numa potência marítima. Pequim e Tóquio têm estado, nos últimos três meses, envolvidos numa disputa territorial sobre umas ilhas no Mar do Sul da China.

Activistas sul-coreanos lançaram balões para a Coreia do Norte

Com direito a preservativos

EUA/Eleições Japão felicita Obama e reafirma vontade de cooperação

O amigo americano

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10 www.hojemacau.com.mo sexta-feira 9.11.2012

Maria João BelchiorEm Pequim

O secretário-geral de saída, Hu Jintao, teve hoje aquele que deve ser o

último discurso de uma hora e meia no Palácio do Povo. Uma mensagem lida durante noventa minutos e que além do peso de Marx, Mao e Deng, não esqueceu a importância de Jiang Zemin na construção do partido.

Uma mensagem positiva e com muitas referências a paz e harmonia, quis deixar uma despedida com esperança. Mas Hu Jintao não deixou de lado a crítica aos que esque-ceram que é preciso ser ínte-gro para estar na instituição partidária.

A frase de que a corrupção se pode tornar “fatal” para o partido, quis repetir que ninguém está acima da lei, mensagem já dada na confe-rência de imprensa antes do Congresso.

A desconfiança da popula-ção perante a instituição que é o PC chinês também é sentida por aqueles que seguramente sentados no topo da estrutura, reconhecem que há uma dis-tância cada vez maior do povo.

Mas conscientes da brecha que já se abriu com o con-gresso do partido a não ter o poder de entusiasmar quase ninguém, Hu Jintao repetiu várias vezes uma noção de espécie de estado social que se quer criar para os próximos anos. Mais igualdade e mais acesso ao essencial como casa, trabalho, saúde e edu-cação, para todos.

MODERADAMENTE PRÓSPERAO Estado da Nação está bem e recomenda-se no que diz respeito à economia. O ainda presidente leu no discurso que a China conseguiu superar a crise de 2008 de uma forma que impressionou os outros países. E que perante um cenário de crise como o que se assiste agora, Pequim con-tinua a ter mão na economia nacional.

CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA CHINÊS

Hu Jintao com mensagem de esperança na despedida

O discurso partidário

Um minuto de silêncioAntes da cerimónia de abertura do Congresso, uma voz anunciou que iria marcar-se um minuto de silêncio por aqueles nomes que marcaram a história do partido. Aqui além de Mao, ouviu-se também Zhou Enlai, Deng Xiaoping e Liu Shaoqi. Todos de cabeça em baixo os delegados levantaram-se em memória dos outros. Liu Shaoqi foi um dos líderes que morreu vítima de Mao e da revolução cultural e cujo nome só foi restabelecido na década de 70. Acto simbólico, o minuto parece querer fazer as pazes com a história. E o único som na sala durante os segundos que durou o silêncio, eram os disparos das máquinas fotográficas.

Este congresso tem pela primeira vez o número recor-de da participação de 24 em-presários privados, o número mais alto desde que em 2002 se aceitou a presença de sete empresários privados.

A meta da sociedade “mo-deradamente próspera”, título

do relatório que foi lido, foi estabelecida para o ano 2020. E aqui, Hu Jintao deu toda a confiança à nação dizendo que o actual período que se vive oferece além de desafios, tam-bém um conjunto de grandes possibilidades para a China.

Sobre a tarefa de construir

esta sociedade, disse que “to-dos os camaradas do partido terão de trabalhar arduamen-te”. Uma linguagem muitas vezes repetida, mas que quis mostrar que só a união pode fazer o partido avançar.

Falando da globalização económica, o secretário-geral

defendeu uma postura mais aberta e dinâmica. Um sinal de que os tempos podem estar a mudar, deixando lugar para que outras forças económicas tomem parte no desenvolvi-mento chinês.

Em retrospectiva sobre a sua própria liderança, sem, no entanto, alguma vez ter falado de si mesmo, Hu Jintao disse que nos últimos dez anos a economia chinesa passou de ser a sexta maior mundial para tornar-se na segunda maior mundial. Um sucesso que só por si, o poderia deixar descansado ao abandonar a posição.

O Congresso vai durar até ao próximo dia 14 e espera-se que no dia 15 sejam anuncia-das todas as novas posições

para o Comité Permanente do Politburo. Envolto num gran-de secretismo, todo o mundo está em expectativa para saber quem se vai sentar e em que cadeiras. No primeiro dia do Congresso a segunda cadeira pertenceu surpreendentemen-te ao líder Jiang Zemin.

A IMPORTÂNCIADE JIANG ZEMINO segundo a entrar na sala, logo a seguir a Hu Jintao, o antigo presidente Jiang Zemin apareceu neste Congresso

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11www.hojemacau.com.mosexta-feira 9.11.2012

com um sentido altamente simbólico. Depois de algu-ma especulação sobre o seu estado de saúde, Jiang Zemin regressa ao Palácio do Povo numa demonstração clara de que a sua influência continua sobre este Congresso que agora acontece.

Sentado à esquerda de Hu Jintao, Jiang Zemin que tem agora 86 anos, seria possivel-mente um dos mais idosos no palco do Congresso. Relativa-mente afastado da vida políti-ca pública, o aparecimento de

Jiang Zemin parece querer vir dizer que, apesar de longe das câmaras de televisão, o antigo líder continua a exercer poder nos bastidores.

Com uma foto onde o líder está a ser ajudado para levantar-se na manhã do Con-gresso, a dúvida sobre o seu real estado de saúde persiste. Mais do que facções, o partido caracteriza-se hoje, na opinião de muitos analistas, por redes de influência que passam entre o sector público e privado, famílias poderosas, mas igual-mente por províncias com mais ou menos força.

A informação dada na quarta-feira pelo porta-voz do Congresso de que alguns membros já reformados tinham sido convidados para estar presentes, quase como se fosse na posição de observadores, não deixava antever que Jiang Zemin teria um tão grande lugar de destaque.

Acredita-se agora que os lugares do Politburo devem vir a ser definidos por Jiang Zemin ou por Hu Jintao. E resta saber quem vai ficar com a “maioria” dos sete ou nove.

É um ressurgimento dez anos depois de ter ele mesmo saído do cargo para dar lugar a Hu Jintao. Apadrinhados pe-los mais velhos, os novos líde-res da quinta geração, estavam quase em início de carreira quando Jiang Zemin entrou na principal cena política do país como secretário-geral que substituiu Zhao Ziyang logo a seguir ao massacre de Tiananmen em 1989.

A plateia constituída por mais de dois mil delegados foi a única que pode acompanhar o discurso de Hu Jintao em tempo real, uma vez que ao contrário do que acontece na Assembleia Nacional Popular todos os anos, a tradução do discurso não foi dada aos jornalistas até ao final da cerimónia. Um detalhe que dificultou o trabalho de mui-tos, pela dificuldade de poder entender todo o discurso em

chinês. Sem razão aparente, as centenas de voluntários que trabalham no palácio do povo pareciam um pouco confundi-dos perante as perguntas que lhes colocavam.

OPTIMISTA E CONFIANTERepetida como o socialismo com características chinesas, a reforma deve continuar. No sentido económico, entenda--se. Esta foi encarada também como uma pista da presença de Jiang Zemin entre os mais altos líderes. Deixar a economia mais livre e não tão dependente do Estado, é mais do que um objectivo, uma necessidade urgente para a liderança chinesa.

Embora o crescimento de 7.4% do último trimestre de-monstre que a crise não está na China, a falta de confiança dos consumidores tem vindo a ser demonstrada. Pequim, no seu poder central, quer enviar sinais que assegurem que o caminho vai continuar próspero. Mesmo que mode-radamente.

Hu Jintao disse ainda du-rante o discurso que algumas organizações vão receber mais atenção do governo. Neste caso, a mensagem pode querer dizer que o papel das organizações não--governamentais pode vir a ser reconhecido.

Com um discurso cons-trutivo, o líder chinês quase parecia inspirar-se no for-mato americano que pauta os discursos do presidente Obama. Dizendo “paz sim, guerra não, desenvolvimento sim, pobreza não, cooperação sim, confronto não” Hu Jin-tao anunciou que a história ensina que a lei do mais forte não é um princípio que possa contribuir para a coexistência humana. Como todo o conte-údo do que foi lido na manhã de quinta-feira, em teoria é muito mais fácil falar. Para a população descrente no parti-do, há agora pelo menos mais cinco anos, para ver o rumo real do que se disse.

Tiananmen em alta segurançaApesar do grande aparato de segurança, a primeira manhã do Congresso ficou marcada pela detenção de uma manifestante na praça Tiananmen. Uma mulher foi levada pela polícia depois de ter gritado enquanto a bandeira era hasteada, uma cerimónia que se repete todos os dias em Tiananmen. A notícia foi avançada pela agência Reuters que disse que a mulher gritou “tenho saudades dele” ou “tenho saudades dela” visto que ele e ela são palavras homófonas em mandarim. A manifestante terá atirado uns papéis para o ar antes de ser detida. Com cães-polícia nos principais acessos à praça, a praça estava hoje mais vigiada que nunca e durante a manhã transformou-se em parque de estacionamento para as dezenas de autocarros que transportaram os milhares de delegados e jornalistas até ao Palácio do Povo.

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sexta-feira 9.11.2012publicidade12

CONVOCATÓRIARita Botelho dos Santos, Presidente de Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, vem, nos termos do nº 2 do artigo 30º dos estatutos desta Associação, convocar a Assembleia Geral para o próximo dia 29 de Novembro de 2012 (Quinta-Feira), pelas 18H00, na sede da A.T.F.P.M., sita na Avenida da Amizade Nºs. 273-279 r/c, Macau, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Aprovação do orçamento e plano de actividades para o ano de 2013.

2. Outros assuntos.

Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aos 7 de Novembro de 2012.

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Comendadora Rita Botelho dos Santos

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13sexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo vida

Joana Freitas [email protected]

POR um dia, torne o cor-de--rosa a sua cor favorita e aproveite o que o Conrad Macau Hotel tem para

lhe oferecer ao mesmo tempo que apoia as mulheres vítimas de cancro da mama. O mais recente hotel da Sands China juntou-se à Hong Kong Cancer Fund’s Pink Revolution, uma iniciativa a ní-vel global que pretende angariar dinheiro para o tratamento do can-cro da mama. “É o tipo de cancro mais comum entre as mulheres de Hong Kong e também está no topo da lista em Macau”, frisou Troy Hickox, gerente do Conrad. “Por isso, introduziremos diversas actividades “rosa”, decorações cor--de-rosa em torno do hotel e, mais ainda, doaremos parte do dinheiro angariado com esses eventos para o Fundo do Cancro de Hong Kong.”

Tudo em tons de rosa, símbolo do cancro da mama, e tendo como objectivo levantar a preocupação face a esta doença da era moderna,

UMA mesma molécula pode ser direccionada para de-

tectar células pré-cancerosas da mama, entregar radioterapia para destruir tumores e monitorizar a eficácia do tratamento, de acordo com um estudo do Cancer Rese-arch UK, avança o portal Isaúde.

Os cientistas, em parceria com a Universidade de Oxford, mostraram em laboratório que uma técnica de monitorização dos níveis elevados de uma pro-teína chamada Gamma H2AX, encontrada em muitos tipos de células pré-cancerosas, incluin-do cancro do pulmão, mama e pele, poderiam ser utilizados para detectar a doença mais cedo.

A equipa realizou imagens microscópicas de moléculas flu-orescentes ligadas a um anticorpo que se une à Gamma H2AX, para identificar áreas de danos no ADN. As imagens fluorescentes da molécula revelaram a locali-zação de células pré-cancerosas do cancro da mama num estágio muito precoce. “Esta pesquisa re-vela que no início do rastreamento esta molécula poderia permitir detectar danos no ADN por todo o corpo. Se estudos maiores con-

UM grupo de inves-tigadores, lidera-

dos por um português, concluiu que estão a formar-se 30 vezes me-nos estrelas do que há 11 mil milhões de anos, mas a galáxia da Terra ainda dá um contributo positivo.

O astrofísico David Sobral coordena uma equipa de investigado-res de várias naciona-lidades, entre ingleses, um japonês, um italiano e um holandês, a traba-lhar em diferentes locais do mundo, de Edimbur-go a Quioto, dedicados a estudar o universo.

A partir da Univer-sidade de Leiden, na Holanda, David Sobral lidera o projecto que está a utilizar três dos melhores telescópios do mundo, dois no Havai e um no Chile. “Medimos a taxa de natalidade ao longo da história e veri-ficamos que, no pico da actividade do universo,

há cerca de 11 mil mi-lhões de anos, existiam cerca de 30 toneladas por minuto de estrelas a formar-se num determi-nado volume, enquanto que, hoje, num volume comparável, apenas se está a formar uma tonelada de estrelas por minuto”, disse à agência Lusa o cientista.

“Temos amostras 10 vezes superiores ao que existia antes, e usamos a mesma técnica, o que nunca tinha sido feito antes”, realçou David Sobral.

O investigador sa-lientou a diminuição gradual do que chama o Produto Interno Bruto (PIB) cósmico, numa analogia à criação de riqueza económica, ou seja, a quantidade de novas estrelas que se está a formar.

Aliás, são as estrelas que dão o seu contributo para a criação de rique-za, de que são exemplo

os metais preciosos. “Estamos numa épo-ca em que se formam poucas estrelas, e vão formar-se cada vez me-nos à medida que os anos passam. Mesmo que esperássemos um tem-po infinito, o universo nunca vai formar mais do que cinco por cento das estrelas que existem hoje”, explicou.

Assim, “a maior parte das estrelas que existem e vão existir for-maram-se no passado”, concluiu David Sobral. “A nossa galáxia é uma das que ainda contribui para a quantidade de es-trelas que se formam no universo inteiro, porque é uma galáxia relativa-mente saudável e, pelo menos nos próximos seis ou sete mil milhões de anos, vai continuar a formar estrelas de forma razoável, sustentável, até que irá colidir com uma galáxia vizinha”, relatou o cientista.

Conrad Macau junta-se a campanha de apoio a vítimas de cancro da mama

Revolução cor-de-rosa por uma boa causa

Detectar cancro, destruir tumores e monitorizar tratamento

Molécula 3 em 1Menos estrelas que há 11 mil milhões de anos

Cosmos calmo

o Conrad oferece quatro tipo de experiências para que possa optar pelo que mais lhe agrada.

SONHOS COR-DE-ROSAPor 2800 patacas por noite, o hotel disponibiliza uma estadia na suite “Pink and Plush”. Quarto para duas pessoas, com pequeno--almoço e lanche, descontos no spa e outras ofertas.

No lounge do hotel tem ainda

hipótese de experimentar o “Pink Afternoon tea”, um set de doces e salgados com chá, disponível por 108 patacas e das 15h às 18h. Caso prefira algo mais subtil, pode optar por comprar os sím-bolos de apoio às mulheres com cancro da mama: um urso de peluche ou um pato de plástico, claro está, cor-de-rosa. Todas as experiências estarão disponíveis até ao final de Novembro.

firmarem isso, a proteína pode fornecer uma nova rota para detectar o cancro no seu estágio precoce muito mais rapidamen-te, quando é mais fácil de tratar com sucesso”, afirma a líder da pesquisa Katherine Vallis.

Anteriormente, a equipa tinha modificado um anticorpo para atacar a Gamma H2AX e entregar radioterapia para as células do cancro da mama, que continham níveis elevados da proteína. Esta forma de radio-terapia trabalha, aumentando o dano ao ADN até que as células

não possam mais reparar os erros e morram.

Os resultados confirmaram que o anticorpo radioactivo matou as células de cancro da mama e retardou o crescimento do tumor. “Precisamos de confir-mar estes resultados em estudos maiores, antes de saber se esta abordagem pode beneficiar os pacientes. Mas estes resultados iniciais indicam que pode ser pos-sível rastrear as células com níveis elevados de danos no ADN, e destruí-las antes que se tornem cancerosas”, sugere Vallis.

A equipa acredita que um dia serão capazes de fazer um scan ao corpo para mapear os anticorpos radioactivos ligados à molécula Gamma H2AX. Isso também poderia permitir que os médicos monitorizassem a eficácia do tratamento. “O es-tudo revela que a segmentação desta molécula chave poderia constituir uma rota excitante para novas maneiras de detectar o cancro numa fase anterior e ajudar a entregar radioterapia e monitorizar o seu efeito sobre tumores”, conclui Julie Sharp, do Cancer Research UK.

Page 14: Hoje Macau 9 NOV 2012 #2731

sexta-feira 9.11.2012desporto14

Joana [email protected]

É já amanhã. O prin-cipal evento de ar-tes marciais mistas (MMA, na sigla

inglesa) vai ter lugar na arena do Cotai, no Venetian, e ainda há bilhetes à venda. O Ultimate Fighting Cham-pionship (UFC) Macau traz

ao território um cartaz enca-beçado por Rich Franklin (antigo campeão do UFC) e Cung Le (quatro vezes campeão do mundo e estrela de cinema pela sua mestria em Wushu Kung Fu).

A partir das 20 horas, inicia a sessão de dez com-bates, com nomes como Thiago Silva e Stanislav Nedkov a aparecerem entre

as lutas principais da noite, ao lado de Donh Hyun Kim (ou Stun Gun), coreano que combate contra o brasileiro Paulo Thiago. Mas as sur-presas não acabam por aqui, com o UFC a trazer “The Wolf” – o chinês Tiequan Zhang – ao octágono. “É o primeiro lutador chinês a lutar pela primeira vez na jaula contra Jason Rei-

nhardt, num combate cuja publicidade já recebeu mais de 100 milhões de visuali-zações na China.”

Os lutadores falaram com os jornalistas dois dias antes da entrada no octógono e frisam estar mais que prontos para dar espectáculo. “Estarei pronto para o que quer que seja que Cung Le tente contra

mim”, disse um dos cabeça de cartaz, Rich Franklin, que durante as duas últimas semanas esteve em treinos em Singapura. O oponente também já prometeu muito espectáculo.

Além das presenças femininas – que trazem mo-delos asiáticas e ocidentais bem conhecidas do público -, o Venetian permite ainda

que os fãs possam estar bem perto dos lutadores. Uma sessão de autógrafos vai ser levada a cabo na zona exterior da Arena do Cotai a partir das 14h30 e as pesagens dos lutadores vão até às 18h30, também abertas ao público.

Ainda há bilhetes à ven-da, cujos preços vão desde as 380 patacas às 3800 patacas.

Sporting de Macau nas meias-finais da BolinhaUm golo de João Godinho, na sequência de um livre apontado por Pedro Maia, deu a vitória ao Sporting Clube de Macau (SCM) contra a ADRAM carimbou a passagem dos leões para as meias-finais do campeonato da Bolinha. Um jogo muito suado para os verde-e-brancos que tiveram no guarda-redes Xavier o grande trunfo da noite ou fazer defesas impossíveis que podiam significar golos dos adversários.

UFC Combates mais esperados do território são já amanhã. Hoje há sessão de autógrafos

Venetian mostra lutadores ao público

Ávila termina temporada da Taça Porsche no Circuito de Xangai

Acabar em beleza

CARTAZ PARA O UFC MACAU• Rich Franklin vs Cung Le

• Thiago Silva vs Stanislav Nedkov

• Dong Hyun Kim vs Paulo Thiago

• Takanori Gomi vs Mac Danzig

• Alex Caceres vs Kyung Ho Kang

• Tiequan Zhang vs John Tuck

• Yasuhiro Urushitani vs John Lineker

• Riki Fukuda vs Tom DeBlass

• Takeya Mizugaki vs Jeff Hougland

• Marcelo Guimarães vs Hyun Gyu Lim

ANTES da sua participação na 59.º edição do Grande

Prémio de Macau, o piloto de Macau Rodolfo Ávila quer termi-nar em alta a temporada 2012 da Taça Porsche Carrera Ásia, que encerra este fim-de-semana com uma jornada dupla no Circuito Internacional de Xangai, fazendo parte do primeiro “Sports Car Champion Festival”.

No próximo fim-de-semana, o piloto português que defende as cores do Team Jebsen terá duas oportunidades, nas duas corridas de 12 voltas, para voltar a brilhar face a uma grelha de partida que contará com 28 concorrentes.

Naquela que será a segunda visita do ano à pista de Xangai para a Taça Porsche Carrera Ásia, o Team Jebsen espera melhor sorte

desta vez. Um acidente na segun-da corrida da primeira jornada em Xangai danificou o radiador do 911 GT3 Cup, o que significou para Ávila um abandono prematu-ro. Tal como é a actual distribuição de pontos no campeonato, um pequeno acidente é o suficiente para comprometer as aspirações na luta pelo título do campeonato.

Para Ávila e a sua equipa, um regresso a Xangai é uma oportu-nidade dourada para demonstrar toda a sua tenacidade, espírito de equipa e empenho para atingir os

lugares de pódio. “Foi uma dura temporada para todos no Team Jebsen, onde fizemos para andar sempre no limite. Será fantástico terminar a temporada com nota alta e nós definitivamente temos o ritmo e a determinação para tal. A competição é renhida e todos querem estar em evidência na última prova da época, mas nós estamos absolutamente de-terminados a chegar ao pódio”, disse Ávila que o ano passado se sagrou vice-campeão e que esta temporada contou com o apoio

do Team Jebsen e Asia Creative Group.

Os treinos livres serão reali-zados na sexta-feira, dia 9 de No-vembro, enquanto a qualificação e a primeira corrida decorrem no Sábado, dia 10 de Novembro. Para domingo, dia 11 de Novembro, está marcada a segunda manga o fim-de-semana e a última de 2012.

Page 15: Hoje Macau 9 NOV 2012 #2731

15desportosexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo

Gonçalo Lobo [email protected]

LEVOU o Monte Car-lo ao segundo lugar da Liga de Elite e à final da Taça de Ma-

cau. Paulo Bento, de momento em Portugal onde está ligado a um projecto universitário, fala do futebol de Macau e das saudades que já tem do territó-rio. Ao Hoje Macau, prometeu voltar se as condições forem do seu agrado. Um regresso ao Monte Carlo está em cima da mesa

O que anda o Paulo Bento a fazer?Estou ligado a um projecto universitário dentro da área do futebol que está a termi-nar. Por isso penso muito em voltar a treinar e voltar aos campos.

Não recebeu nenhum con-vite para treinar?Sim, já o podia ter feito, mas comprometi-me em colaborar neste projecto com gente universitária que pediram a minha colaboração e eu acedi até porque tive de apoiar os meus pais num momento de doença, o que me deixou amarrado a Portugal.

E para quando a volta aos treinos à séria?A partir da próxima semana, tudo vai voltar ao normal e assim poderei abraçar outro trabalho fora de Portugal. Tenho vindo a falar com pessoas que me convidaram. Preciso estudar todas as soluções que entendo ser

Marco [email protected]

HANÓI vai acolher a de-cima oitava edição dos

Jogos Asiáticos. A capital vietnamita foi ontem eleita como a cidade anfitriã da edição de 2019 do principal evento desportivo do mais vasto continente do planeta, numa votação que teve como palco a Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental.

A estrutura acolheu du-rante todo o dia de ontem a trigésima primeira Assem-bleia Geral do Conselho Olímpico da Ásia. A reunião magna da família olímpica asiática teve como ponto alto da ordem de trabalhos a eleição da cidade anfitriã dos décimos oitavos Jogos Asiáticos. Á partida para o evento eram três as cidades candidatas, mas a braços com dificuldades financei-

Entrevista Paulo Bento, treinador de futebol

“Penso ter contribuído para a boa qualidade do futebol”boas para o meu percurso e naturalmente vou observar. São campeonatos diferen-tes, com outros quadros competitivos.

À frente do Monte Carlo conseguiu um segundo lugar na Liga de Elite e uma presença na final da Taça de Macau. Pretende voltar?Neste momento estou aberto a propostas, esperando natu-ralmente que o Monte Carlo possa ser um dos clubes in-teressados para que eu volte à RAEM. Penso ter contri-buído para a boa qualidade do futebol desenvolvido e à evolução deste grande clube de Macau.

Receptivo, portanto, a propostas.Aguardo assim, por pro-postas que possam ser ali-ciantes no que diz respeito ao trabalho a desenvolver tanto ao nível de instituições que organizam o futebol de Macau, como de clubes. Gostaria de regressar, pois gosto muito de Macau e é um excelente local para se viver em tranquilidade

e segurança. Contudo, de momento, não sei de nada.

Mas Macau pode ser ou não uma forte possibili-dade?[Risos]. Gosto muito de Macau, nunca o neguei. Se houvesse probabilidade de efectuar um trabalho com profundidade na melhoria do futebol seria uma boa ideia. Gostava de colaborar a fundo com a Associa-ção de Futebol de Macau, principalmente depois de conversa tida com os seus responsáveis, ou com o Instituto do Desporto. E já que falo do desporto em

geral, aproveito para felicitar todos aqueles que directa ou indirectamente contri-buíram para o sucesso que a equipa de hóquei em patins teve na excelente prestação no Campeonato Asiático e desejar uma classificação de grande nível no Uruguai, mostrando a habitual quali-dade e competência.

O desporto no geral está no seu sangue, contudo o futebol é o seu desporto de eleição. Vejo que encara com bons olhos uma ex-periência na Selecção de futebol de Macau.Não necessariamente. Gos-

taria de ver um campeonato ainda mais competitivo do que o anterior e gostaria de ver também mais equipas a lutar pelo título. Era sinal que existia vontade e investimen-to para continuar a apostar no futebol de 11. Um projecto aliciante e com estruturas, levava-me a Macau na certa.

Mas não descarta os clu-bes.Não. Tenho de ponderar to-das as hipóteses. Se uma boa hipótese for estar a coman-dar um clube, e puder dar o meu contributo à evolução da modalidade, aceito. Seja como for, gostava de me

Dubai abdica e Surabaya é a cidade preterida

Hanói acolhe Jogos Asiáticos de 2019ras, o Dubai acabou por abrir mão da candidatura à última da hora, deixando Hanói a concorrer com Su-rabaya pela organização do principal certame desporti-vo da Ásia. Numa votação renhida, a capital vietnamita acabou por levar a melhor sobre a segunda maior cidade da Indonésia e vai acolher os Jogos Asiáticos em 2019.

Apesar de ter sido pre-terida na corrida pela orga-nização da prova, Surabaya vai acolher em 2021 os Jogos Asiáticos da Juven-tude. A nomeação da cidade indonésia como anfitriã da competição teve origem numa proposta de última

competição”, assegurou Nguyen Danh Thai, Ministro da Cultura, dos Desportos e da Educação do governo vietnamita.

O executivo vietnamita estima que o evento poderá vir a exigir um investimento nunca inferior a 150 milhões de dólares norte-ameri-canos. A organização dos Jogos Asiáticos vai obrigar as autoridades vietnamitas a construir de raiz várias infra-estruturas desportivas. O Vietname foi pela última vez anfitrião de uma grande competição internacional em 2009. Há três anos, o país acolheu a terceira edição dos Jogos Asiáticos em Recinto Coberto.

hora formulada por Ahmad al-Sabah. O presidente do Conselho Olímpico Asiático propôs que a cidade derrota-da no processo de atribuição dos direitos de organização dos Jogos Asiáticos de 2019 fosse automáticamente con-siderada a organizadora dos Asiáticos da Juventude, dois anos depois.

A proposta foi aprovada sem votos contra, conceden-do a Surabaya uma espécie de prémio de consolação. Ahmad al Sabah mostrou-se confiante que ambas as ci-dades vão conseguir levar a bom porto os compromissos ontem assumidos. Os res-ponsáveis pela candidatura de Hanói sustentam que têm

noção das dificuldades que os aguardam, mas garantem ainda assim que a cidade vai estar à altura do desafio de que foi esta quarta-feira incumbida pelos membros do Conselho Olímpico Asi-

ático: “Vamos começar a planear o evento e a preparar a prova já no início de 2013 e vamos também começar a investir na divulgação do evento para dar a conhe-cer a prova e o espírito da

GONÇ

ALO

LOBO

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HEIR

O

envolver num projecto des-portivo mais abrangente, ao nível governamental. Bom, esse discurso leva-me a pensar que quer mesmo descartar os clubes.Não, não me interprete mal. Ao nível dos clubes, se aparecer alguém que me possa oferecer condições para efectuar um trabalho de fundo, criar estruturas assente em bases ligadas à formação e com vista ao futuro da sua equipa sénior, estarei muito interessado.

Portanto, um clube com pés e cabeça.[Risos] Um clube onde o trei-nador da equipa principal está em permanente colaboração com os restantes colaborado-res do futebol juvenil, obser-vando, dialogando e trocando ideias que possam contribuir na melhoria da qualidade e de melhores performances dos atletas do futebol juve-nil para que a médio prazo possam estar envolvidos na equipa principal com todos os conhecimentos necessários a uma boa prestação nesse conjunto.

É o tal fosso entre forma-ção e seniores que sempre falou.Sim. É preciso que haja uma óptima transição do futebol juvenil para o futebol sénior. Uma transição extremamen-te equilibrada para poder dar frutos. O trabalho num clube, terá que ser assente nesta base, caso contrário tudo ficará na mesma.

Page 16: Hoje Macau 9 NOV 2012 #2731

sexta-feira 9.11.2012cultura16

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Andreia Sofia [email protected]

JOÃO Botas, jornalista e autor da obra “Macau 1937-45 – os anos da guerra” fala no sucesso

registado no passado mês de Outubro no projecto que detém na internet, o blogue “Macau Antigo”.

Numa nota enviada por e-mail ao Hoje Macau, João Botas destaca que “a caminho do quinto ano de existência o blogue continua a bater recor-des de audiência. Em Outubro último as estatísticas da pla-taforma ‘blogger’ indicam a ocorrência de 17.370 páginas vistas, o que dá uma média diária de 560 visitantes”.

“Os visitantes são de diferentes latitudes com especial relevo para países

O Instituto Cultural (IC) deu a conhecer os traba-

lhos recentes na área da pro-moção das indústrias cultu-rais e criativas e os resultados preliminares do “Estudo do Sistema de Indicadores das Indústrias Culturais e Cria-tivas de Macau”, durante a 2ª reunião Plenária Ordinária de 2012 do Conselho para as Indústrias Culturais de Macau, realizada no dia 1 deste mês. Em relação à formação de talentos e ao abrigo do programa lançado este ano, foram aprovadas 62 candidaturas, informou o presidente do IC, Guilherme Ung Vai Meng.

As duas edições do “Pro-grama de Certificado em Ad-ministração” implementado pelo Instituto de Formação Turística formaram um total de 50 alunos, informa o co-municado da organização.

Quanto à atribuição de subsídios, entre Janeiro e Outubro, o IC concedeu apoios a 1174 actividades relacionadas com as artes e a cultura totalizando um total de aproximadamente 39 milhões de patacas, acres-centa a nota. Estes valores fazem com que as verbas concedidas sejam 1,3 vezes superiores ao ano transacto.

Na reunião o represen-tante do governo da RAEM deu também a conhecer os trabalhos preparativos para a criação do “Fundo de Apoio às Indústrias Culturais”, referindo que o objectivo deste fundo é de apoiar o desenvolvimento de projec-tos das indústrias culturais e que o governo irá fazer os possíveis para completar os procedimentos legais para a criação deste fundo até ao final do ano.

AS autoridades timo-renses vão comemorar

entre domingo e terça-feira o 20.º aniversário do Lusi-tânia Expresso - Missão de Paz a Timor-Leste com uma conferência, uma exposição e a exibição de um conjunto de documentários sobre aquela operação. “Vai ser apresentado pela primeira vez ao público timorense o documentário ‘Lusitânia Expresso, 20 anos depois’ do realizador português Francisco Manso e outros documentários produzidos para as televisões do Cana-dá, Estados Unidos e Aus-trália”, disse à agência Lusa Rui Correia, da organização das comemorações.

Segundo a mesma fonte, os documentários foram re-alizados por representantes da imprensa internacional que participaram no Lusi-tânia Expresso.

O Lusitânia Expresso - Missão de Paz a Timor, surge

Mais de 17 mil visitas no website de João Botas

Blogue Macau Antigo com “recordes de audiência”

Instituto Cultural concedeu apoios a 1174 actividades

Projecção do futuro

Timor-Leste 20.º aniversário do Lusitânia Expresso

Conferência, exposição e documentários

na sequência do massacre de Santa Cruz, ocorrido 12 de Novembro de 1991, e teve como principal objectivo chamar a atenção da opinião pública internacional para a causa timorense.

O número de mortos em resultado do massacre nunca foi definido, mas o Comité 12 de Novembro fala em mais de 200 pessoas.

O Lusitânia Expresso tinha como objectivo chegar a Timor-Leste para homena-gear as vítimas do massacre de 12 de Novembro com a deposição de uma coroa

de flores no cemitério, mas a 11 de Março de 1992 a marinha indonésia impediu a aproximação do ferryboat.

Na conferência vão parti-cipar o bispo de Díli, Alberto da Silva Ricardo, que ajudou muitos jovens que fugiram na sequência do massacre no ce-mitério, Mário Carrascalão, governador de Timor-Leste na altura dos acontecimentos, e o ex-Presidente timoren-se, José Ramos-Horta. Rui Marques, um dos organiza-dores do Lusitânia Expresso, também estará presente na conferência.

ou territórios como o Cana-dá, Brasil, EUA, Austrália, Reino Unido, Hong Kong e, claro, Macau, China e Portugal”, explica o autor.

O “Macau Antigo” tem nesta altura 182 leitores re-gistados, 340 deles na rede social Facebook, possuindo nesta altura mais de dois mil textos publicados e cerca de 30 mil imagens. “Por tudo isto o blogue ‘Macau Antigo’ é hoje considerado o maior acervo documental online sobre a história de Macau dis-ponível e acessível de forma gratuita 24 horas por dia em qualquer parte do mundo. Está lá (quase) tudo apenas à distância de um clique. E até agora, desde o primeiro ‘post’ em 2008, já foram quase 500 mil cliques”, acrescenta João Botas.

Page 17: Hoje Macau 9 NOV 2012 #2731

sexta-feira 9.11.2012

[Tele]visão

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

TDM00:40 Telejornal (Repetição)01:10 RTPi DIRECTO13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:45 RTPi DIRECTO19:00 TDM Talk Show (Repetição)19:30 Resistirei20:30 Telejornal 21:15 Ler + Ler Melhor21:30 Regresso a Sizalinda22:10 A Ferreirinha23:00 TDM News23:31 Resumo Liga Europa23:40 Portugueses Pelo Mundo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 Sexta às 915:30 Com Ciência16:00 Bom Dia Portugal17:00 Portugal Negócios 17:30 Correspondentes18:00 Tito Paris em Cabo Verde19:30 Super Diva - Ópera para Todos20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo 22:15 Portugal no Coração

30 - ESPN13:00 World Cup 3 (Hungary) - Mens 14:00 Premier League Darts 201215:30 Chinese Badminton Super League - Highlights16:30 World Cup 3 (Hungary) - Mens17:30 AFC Champions League 2012 Al Ahli vs. Al lttihad19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 201220:00 Smash 2012 20:30 Football Asia 2012/13 21:00 FIFA Beach Soccer World Cup 2013 Qualifiers Hungary vs. Ukraine22:00 Sportscenter Asia 2012 22:30 The Football Review 2012-2013 23:00 Smash 2012 23:30 FIFA Beach Soccer World Cup 2013 Qualifiers Hungary vs. Ukraine

31 - STAR Sports12:30 (LIVE) Golf Focus Special - Barclays Singapore Open 201213:00 (LIVE) Barclays Singapore Open 2012 Day 2

18:00 V8 Supercars Championship Series - Highlights20:00 GT Asia Series20:30 Inside WTCC21:00 Game 201221:30 (LIVE) Score Tonight 201222:00 Laureus Spirit Of Sport22:30 Game 201223:00 (Delay) Barclays Singapore Open 2012- Highlights

40 - FOX Movies12:15 The Ides Of March14:05 Spider-Man16:10 Spider-Man 318:30 The Walking Dead19:20 Drive Angry21:00 X-Men: First Class23:15 I Am Number Four

41 - HBO12:00 Super 814:00 Superheroes15:30 Finding Forrester

18:05 Einstein And Eddington19:45 Van Helsing22:00 Unbreakable23:50 Take Me Home Tonight

42 - Cinemax12:30 Night Of The Creeps14:15 The Rundown16:00 The Spy With A Cold Nose17:30 Superman/Batman18:35 Hercules Ii20:00 Red21:45 Epad On Max22:00 Strike Back22:50 The Hit List00:20 Mardi Gras: Spring Break

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

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12 - A DOCE • François SchuitenLéon conhece bem a Doce. Compreende-a melhor do que ninguém e antecipa os seus mínimos desejos. O que é muito natural, depois de tantos anos passados juntos a devorar quilómetros. Porque a Doce, ou melhor, a 12.004, é uma locomotiva a vapor. Uma rainha da velocidade, com uma mecânica sofisticada, que é o orgulho do seu maquinista. Mas os tempos mudam, os transportes eléctricos ganham terreno, e os dias da Doce estão contados.

ELOGIO DA MADRASTA • Mario Vargas LlosaElogio da Madrasta é a história de um universo dominado por um triângulo inquietante, que pouco a pouco envolve os leitores na rede de subtil perversidade que une, na plena satisfação dos seus desejos, a sensual Lucrécia, Rigoberto e o filho.Uma audaz e apaixonante incursão de Mario Vargas Llosa no romance erótico.

17www.hojemacau.com.mo futilidades

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-O m. q. aipo. Comprar ou vender na feira. 2-Coberta de embarcação. Coaduna. 3-Dó (ant.). Repercussão. Instrumento cortante com cabo. 4-Corta pouco a pouco com os dentes. Advir (Ant.). Soluço. 5-Esbagoar, tornar calvo. 6-Cubra de iodo. Marca para outro dia. 7-Reincorporo. 8-Admito!. Gastai com o uso. Rio da Suiça. 9-O m. q. eiró. Bago do cacho da videira. Bário (s.q.). 10-Usa-se como condimento. Adquirir, granjear. 11-Dar alabança (Ant). Abertura onde entra um botão da roupa.

VERTICAIS: 1-Tolere, aguente. Anuncia, informa. 2-Tesouro (Fig.). Lago sagado da Ásia. 3-49 (Rom.). Humor purulento que escorre de certas úlceras. Panela (Prov.). 4-Composição poética para ser cantada. Palavra de despedida. 5-Esvaziareis. Gálio (s.q.). 6-O m. q. ovi (pref.). Antiga embarcação de Guerra. 7-A minha pessoa. Consequente, dedutivo. 8-Membro de comunidade religiosa. Abecedário. 9-A classe inferior da sociedade (Pop.). Porto da URSS, no Báltico. Alto!. 10-Coxa, quadril. Agarenos, mouros. 11-Realengos, régios. Implorara.

HORIZONTAIS:1-APIO. FEIRAR. 2-TOLDO. U. UNE. 3-UT. ECO. FACA. 4-ROI. AVIR. AL. 5-ESCAROLAR. S. 6-IODE. ADIA. 7-A. REINTEGRO. 8-VA. USAI. AAR. 9-IROS. UVA. BA. 10-SAL. G. OBTER. 11-ALABAR. CASA.VERTICAIS: 1-ATURE. AVISA. 2-POTOSI. ARAL. 3-IL. ICOR. OLA. 4-ODE. ADEUS. B. 5-OCAREIS. GA. 6-F. OVO. NAU. R. 7-EU. ILATIVO. 8-I. FRADE. ABC. 9-RUA. RIGA. TA. 10-ANCA. ARABES. 11-REAIS. ORARA.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

Aqui há gatoQUAL DEVERÁ SER A ACÇÃODO NOVO CÔNSUL?Os discursos não convenceram, naturalmente. Em cargos diplomáticos, apesar da retórica ser rainha, a comunidade luso-descendente quer acção. Ainda mais, em Macau. E porquê aqui? Porque, como todos não nos cansamos de ouvir, há esta ligação entre o Oriente e o Ocidente, Portugal e China, a que os portugueses mas, sobretudo, os macaenses estão na melhor posição para defender.As boas relações naturalmente são um primeiro passo no impulso das relações comerciais e no impulso da economia de Portugal. Verdade.Mas também das boas relações se cria a união. Parece que nada disto pensou Cansado de Carvalho, que se escusou a comentar questões delicadas e, algo dramáticas, no âmago da comunidade expatriada, que vão muito além dos serviços prestados no seio do consulado. Falam-se de questões de natureza humana e prática, de se ser filho da terra e de se esperar um suporte em terras distantes. Mas nem só de espinhos são compostas as rosas. Há quem exalte o impulso na promoção da língua portuguesa no território onde ela é também oficial. E, nisto, ajudou muitos chineses (e muitos dos mais de 150 mil portadores de passaporte português) a aprender, dando um impulso às principais estruturas na formação dos mesmos. Falo da Escola Portuguesa de Macau e do IPOR, onde os actuais e ex-dirigentes concordam com o contributo do ainda cônsul na acção cultural.Mas agora ouvem-se vozes a pedir mais. Entra Sereno e esperemos que não de mansinho. Até porque as expectativas são elevadas. Apesar de próximo de um Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares que tem sido polémico, pelos piores motivos, vem um novo cônsul com experiência. Movimentou-se bem, passando pela Holanda (onde em Roterdão foi fiel mensageiro e defensor dos interesses da comunidade lusa), Alemanha, Argentina e Guiné-Bissau e, por isso, é até mesmo considerado um dos nomes fortes da nova geração da diplomacia lusa, já que se apresenta na casa dos 40. Ainda em Portugal, o seu currículo está preenchido com a Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa da União Europeia - “Portugal 2007”, tendo sido responsável pela cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa. Espera-se assim que com tamanha bagagem, venha com vontade de estar perto, presente e com vontade de comunicar a quem o quer ouvir pronunciar-se.

Pu Yi

(com 19 casas pretas)

SALA 1COLD WAR [C](Falado em cantonês e legendado em chinês/inglês)Um filme de: Longman Leung, Sunny LukCom: Aaron Kwok, Andy Lau, Tony Leung Ka Fai, Eddie Peng14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 2SKYFALL [C]Um filme de: Sam MendesCom: Daniel Craig, Javier Bardem, Ralph Fiennes14.15, 16.45, 19.15, 21.45

SILENT HILL: REVELATION 3D [C]Um filme de: Michael J. BassettCom: Sean Bean, Kit Harington, Carrie-Anne Moss14.30, 16.30, 21.30

SALA 3UMIZARU 4: BRAVE HEARTS [B](Falado em japonês e legendado em chinês/inglês)Um filme de: Hasumi EiichiroCom: Hideaki Ito, Ryuta Sato, Ai Kato19.30

COLD WAR

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sexta-feira 9.11.2012opinião18

cartoon OBAMA E O SEU NOBELpor Steff

melhor resultado de ter estado três anos na Assembleia Legisla-tiva é ter hoje a minha casa cheia de livros. Por cada proposta de lei, tenho vários livros relacionados com o tema em causa. A maior

parte dos livros que adquiri este ano são relacionados com o sistema democrático e a sociedade civil. A realidade pode ser desencorajadora e decepcionante, mas em casa o mundo é outro. Em casa existe um mundo em que nos podemos recompor e ganhar forças para lutar de novo pelas nos-sas convicções. Nunca conseguiria levar a cabo as minhas lutas sem o apoio espiritual dos trabalhos de grandes homens contidos nesses livros. Se não absorvesse com paixão as ideias valiosas oferecidas pelos livros poderia acabar à beira de um abismo de luxúria, avareza e ganância.

Uma vez disse a um amigo, por graça, que a única maneira de ler todos os livros que possuía era ser sentenciado a 28 anos de prisão e a minha família ir levando-os a pouco e pouco. Mas para mim comprar livros

um gr i to no desertoPaul Chan Wai Chi*

As leis estão desactualizadas e a legislação é pobre. Ao fim de três anos a enfrentar estas limitações ainda não consegui descobrir a solução para alterar este estado das coisas

Deputados e livrosé uma forma de aliviar a tensão, é como um anti-depressivo. Não consigo imaginar como sobreviveria no meio do ambiente enfadonho e sem vida da Assembleia Legislativa sem a companhia dos livros.

Macau, nos últimos anos tem falta de muita coisa, mas não de dinheiro. Depois da implementação dos 15 anos de educação grátis, a DSEJ começou a ficar muito pre-ocupada com a percentagem de estudantes repetentes. Talvez porque a educação grátis foi estabelecida pelo governo. Na verdade, não é muito difícil evitar que os estudantes repitam anos. Mas o resultado de se atribuir grandes notas que permitem a passagem de ano a estudantes que não sabem nada sobre temas fundamentais, é a diminuição generalizada, ano após ano, do nível do saber e dos padrões académi-cos. E quanto à Assembleia Legislativa? Para obterem a confiança dos eleitores os deputados eleitos directamente tentam dar o seu melhor. Quanto aos deputados nomeados ou eleitos indirectamente, esses apenas servem os interesses de quem têm

de servir. Existem algumas vozes que po-deriam abanar o ambiente da Assembleia Legislativa, mas ficam caladas quando chega a altura de votar.

Tem de se ser sério quando se lida com assuntos sociais. Mas levar a sério o que se passa na Assembleia Legislativa é ficar à beira de um ataque cardíaco. A única forma de evitar este risco é beber água e ler um livro. Costumo beber sete ou oito copos de água durante uma sessão da Assembleia. É um processo semelhante à diálise. Se não beber água e presenciar discussões que preconizam grandes in-justiças a minha tensão arterial sobe e a minha vida fica em perigo. Por isso, para ficar até ao fim do meu mandato na As-sembleia Legislativa tenho de beber muita água. Em Hong Kong e em Macau existe a expressão popular, “hea”, que significa que as pessoas apenas se arrastam, que deixam passar os dias sem determinação, nem força. Se convivermos diariamente com este tipo de pessoas “hea”, é quase impossível não sermos afectados por elas. A melhor maneira de evitar a con-taminação é ler. Absorver conhecimento é a forma de me lembrar que não posso “ficar embriagado como todos os outros”.

Conhecimento é poder. Se não queremos morrer afogados no Lago Sai Van temos de lutar pela nossa sobrevivência. Se não que-remos definhar até morrer na nossa cadeira da Assembleia Legislativa, os livros são o melhor alimento para sobreviver. Embora Macau esteja a abarrotar de dinheiro os padrões de qualidade de muitas coisas per-manecem baixos. A razão é simples. Porque é muito raro na nossa sociedade haver opiniões e reivindicações fortes sobre a população ou qualquer assunto.

As leis estão desactualizadas e a le-gislação é pobre. Ao fim de três anos a enfrentar estas limitações ainda não con-segui descobrir a solução para alterar este estado das coisas. Mas, com alguma sorte, ainda não fui derrotado pela negligência. A única pequena melhoria que consegui em três anos foi a revisão dos discursos dos deputados publicados no Diário da Assembleia Legislativa, para evitar er-ros que poderiam afectar a imagem da Assembleia Legislativa.

*Deputado e membroda Associação Novo Macau Democrático

O

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crepúsculo dos ídolosArnaldo Gonçalves

19opiniãosexta-feira 9.11.2012 www.hojemacau.com.mo

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IOs Estados Unidos e China concretizam, esta semana, os processos de transição política que levam à escolha dos líderes das duas grandes potências mundiais e vizinhos do Pacífico nos próximos anos.

Soubemos já que nos Estados Unidos a escolha recaiu sobre Barack Obama, o actual inquilino da Casa Branca. Obama conseguiu uma vitória histórica se olharmos, em termos comparativos, para o historial das campanhas presidenciais e para o peso que a economia e o emprego tiveram nas escolhas dos eleitores.

Para além de uma enorme eficácia retóri-ca, Obama soube ir de encontro aos anseios dos grupos sociais que compõem o ‘melting pot’ americano, dando respostas políticas às aspirações de mais segurança e protecção social da classe média, de integração social das minorias hispânica e afro-americana, da tranquilidade das famílias penalizadas pelas baixas de uma década de guerra, em duas frentes de combate, no Iraque e no Afeganistão.

No fim de uma acesa campanha elei-toral, o opositor de Obama não conseguiu explicar o que faria de diferente em termos da redireccionamento da economia e da criação de novos empregos. A perspectiva de ‘downsizing’ dos programas sociais lançados por Obama terão pesado também na decisão dos eleitores.

Obama vai governar, neste segundo mandato, com um poder de iniciativa res-tringido pela maioria republicana na Câmara dos Representantes, a qual tem “congelado” várias propostas políticas do Presidente. A propalada cooperação ‘across the aisle’ pa-rece mais ‘wishful thinking’ do que algo de concreto e a maioria dos observadores não encontra razão para as coisas acontecerem, de forma diferente, neste segundo mandato. A menos que Obama – como Clinton fez – force a sua agenda, através da iniciativa presidencial, sem esperar pela aprovação do Congresso.

Em termos de linhas gerais de política externa não se esperam grandes mudanças nas relações dos Estados Unidos com os poderes mundiais. O aplauso que Obama encontra na Europa augura o melhor em termos de relações bilaterais; o diálogo Obama-Putin até aqui pouco eficaz pode conhecer novos desenvolvimentos agora que o líder dos Estados Unidos está menos pressionado pela agenda nacional. Sobre as relações bilaterais Estados Unidos-China existe alguma indefinição quanto ao seu curso futuro. A isso não é estranho o perfil

A China é uma potência militar territorial que ambiciona ser também uma potência naval na zona geográfica em que se integra. Isso coloca-a em rota de colisão com as Filipinas, a Indonésia, o Japão ou a Índia, os três aliados históricos dos Estados Unidos no Pacífico

Obama-Jinping: parceiros ou inimigos?

da liderança comunista que começa a ser escolhida no XVIII Congresso do Partido Comunista, esta semana.

IISe tudo correr como previsto teremos uma liderança rejuvenescida dirigida pelo duo Xi Jiping-Li Kejiang, respectivamente secretário-geral e futuro Presidente da Re-pública e o segundo, membro da Comissão Permanente do Politburo e futuro Primeiro--Ministro. Completarão o elenco, dos sete ou nove membros do Comité Permanente, quadros mais ou menos experimentados do PCC que têm ocupado posições de destaque nas províncias e em órgãos do Partido e do Estado. Que características unem estes homens chamados agora ao mais exclusivo e opaco grupo de liderança da China?

É gente mais cosmopolita, com uma visão mais circunstanciada do mundo e dos seus pro-blemas globais, quadros com formação acadé-mica mais diversificada, com maiores contactos internacionais e uma ligação intrínseca à Escola de Quadros do Partido. Gente com uma visão mais política (e mais ideológica) dos desafios que se colocam à China, menos economicista nas suas variáveis de análise, percebendo que tem de unir e enquadrar o povo chinês. Um povo crescentemente desiludido com os líderes pelos escândalos de corrupção, abuso de poder e nepotismo que os media sociais têm denunciado, apesar da censura. A quebra de legitimidade da liderança comunista pode vir a pôr em causa a sobrevivência do Partido Comunista e do próprio regime, apenas sus-tentada pelo desafogo económico.

Numa cultura que favorece mais o rela-cionamento pessoal do que o institucional, algumas interrogações colocam-se ao tipo de relação que Jinping e Obama possam estabelecer. São homens muito diferentes em termos de idade, antecedentes académi-cos, experiência de vida, visão do mundo e eventuais prioridades.

Jinping é um produto do ‘mind-set’ chinês, um ‘princeling’ que beneficiou, na sua ascensão política, do prestígio do pai, Xi Zhongxun, companheiro de Mao na Grande Marcha e líder guerrilheiro de Yenan. Quando o pai caiu em desgraça numa das purgas desencadeadas por Mao, Jiping soube no tempo de “reeducação ideológica” que cumpriu no campo, numa remota província do interior, firmar algu-mas características da sua personalidade – capacidade de trabalho, determinação, prudência e perseverança. Características que o ajudaram a progredir nos escalões do Partido, como um dos protegidos de Hu Yoabang e depois de Hu Jintao.

Formado em engenharia pela Universi-dade de Tsinghua, Jinping tem conseguido esconder as suas opiniões, não se conhecen-do a sua agenda política. Esta prudência (ou indeterminação) pode dificultar a afirmação da sua liderança num tempo em que os líderes seniores retirados continuam a manter uma enorme influência informal, movendo-se nos bastidores em benefício de instituições, gru-pos e favoritos. Num partido muito dividido em facções esta sistemática interferência dos líderes “aposentados” no líder em funções pode dividir ainda mais uma liderança que se prevê pouco colegial e entrosada. Sendo esta (mais que as anteriores) uma direcção colectiva, o sistema político da China não se dá bem com a ausência de “chefe”.

IIIObama é oito anos mais novo que Jinping, formado em direito pela Harvard Law Scho-ol, tendo uma enorme vivência pessoal fora dos Estados Unidos, bem como significativa experiência política como senador e Presi-dente. Obama formou uma visão própria dos desafios que se colocam à política mundial e dos interesses estratégicos dos Estados Unidos, nos vários planos económico, polí-tico e militar. Durante a campanha eleitoral, Obama recusou-se (ainda que acossado por Romney) a identificar a China como ameaça estratégica aos Estados Unidos. O que isto releva para futuro é, neste momento, uma incógnita.

Muito provavelmente Obama e Jinping estarão condenados a trabalhar em conjunto.

Sabe-se que o presidente norte-americano favorece uma resolução negociada e mul-tilateral dos conflitos regionais e mundiais. As duas economias estão mais interligadas do que nunca em termos de comércio e investimento externo; os países são parcei-ros no G8, no Conselho de Segurança, na OMC, nas principais instituições financeiras internacionais. Os dois líderes terão enormes vantagens em trabalharem em conjunto, até para prevenir descarrilamentos na situação política interna.

O que é que os divide? Divide-os as alianças de segurança e de defesa na grande zona do Pacífico, o princípio da livre circu-lação no Mar do Sul da China (que a China entende seu reduto), o acesso às rotas de comércio que levam ao Índico e ao Médio Oriente. A China é uma potência militar territorial que ambiciona ser também uma potência naval na zona geográfica em que se integra. Isso coloca-a em rota de colisão com as Filipinas, a Indonésia, o Japão ou a Índia, os três aliados históricos dos Estados Unidos no Pacífico.

Divide-os sem segundo lugar a sensi-bilidade quanto às questões de segurança. Obama ganhou uma manifesta autoridade sobre os chefes dos três ramos das Forças Armadas americanas, com o plano de re-tirada dos palcos de guerra no Iraque e no Afeganistão, com a acção militar que levou ao abate de Bin Laden, e com uma visão muito consistente sobre o papel e dimensão das mesmas forças.

Xi Jinping não parece ter pensamento estratégico. Conhecida a resistência que os militares opuseram, na preparação do Congresso, a que na transição de poderes viesse a acumular a posição de presidente da poderosa Comissão Político-Militar do Comité Central isso não augura nada de bom. Se Hu Jintao retiver, como se pensa, a posição de presidente deste órgão, Jinping estará manietado quanto à articulação com os comandos do Exército Popular de Liber-tação, um lobby que conjuntamente com os ‘apparatchiks’, as empresas do Estado e a comunidade de segurança interna formam o que David Shambaugh chama o “quadri-látero de aço” do poder na China.

Quando estão em causa programas para dotar a China de capacitações estratégicas acrescidas, nos domínios convencional e nuclear, esta debilidade da nova liderança não é tranquilizante. Xi Jinping poderá estar nas mãos dos Altos Comandos militares quando as tensões com os vizinhos são efervescentes. Isso seria a inversão do moto de Mao “a política no lugar de comando”.

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